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simone de oliveira alves sífilis congênita na maternidade do ... - UFSC

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4<strong>de</strong> <strong>sífilis</strong> <strong>congênita</strong>; 4. Toda situação <strong>de</strong> evidência <strong>de</strong> infecção pelo Treponema pallidum emplacenta ou cordão umbilical e/ou amostra da lesão, biópsia ou necropsia <strong>de</strong> criança, abortoou <strong>na</strong>timorto. 6,13O manejo terapêutico da <strong>sífilis</strong> <strong>na</strong> gestação <strong>de</strong>ve ser realiza<strong>do</strong> com penicili<strong>na</strong> Gbenzati<strong>na</strong>, pois essa droga é capaz <strong>de</strong> atingir níveis séricos bactericidas no feto, sen<strong>do</strong> eficaznos casos <strong>de</strong> transmissão transplacentária (anexo 1). 6Entretanto, há possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> falhasterapêuticas em até 14% das vezes, o que po<strong>de</strong> estar relacio<strong>na</strong><strong>do</strong> à hemodiluição gestacio<strong>na</strong>l,à presença <strong>de</strong> coinfecções ou a esquemas terapêuticos i<strong>na</strong><strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s. 1O tratamento éconsi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> completo, com penicili<strong>na</strong>, instituí<strong>do</strong> pelo menos 30 dias antes<strong>do</strong> parto e o parceiro <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> ser trata<strong>do</strong> concomitantemente com a gestante; qualqueralteração nos requisitos supracita<strong>do</strong>s configura tratamento i<strong>na</strong><strong>de</strong>qua<strong>do</strong>. 7 Existem relatos <strong>na</strong>literatura sugerin<strong>do</strong> que a história <strong>na</strong>tural da <strong>sífilis</strong> po<strong>de</strong> ser profundamente alterada comoresulta<strong>do</strong> da coinfecção pelo Human Immuno<strong>de</strong>ficiency Virus (HIV). As lesões <strong>de</strong> <strong>sífilis</strong>primária e secundária po<strong>de</strong>m se apresentar <strong>de</strong> maneira atípica, os títulos <strong>de</strong> VDRL po<strong>de</strong>msofrer retar<strong>do</strong> em sua queda ou negativação, além <strong>de</strong> maior índice <strong>de</strong> resulta<strong>do</strong>s falsonegativos.O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> neuros<strong>sífilis</strong> nesses indivíduos po<strong>de</strong> ocorrer mais1, 14precocemente, haven<strong>do</strong> maior risco <strong>de</strong> falência terapêutica.O manejo a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> <strong>do</strong> recém-<strong>na</strong>sci<strong>do</strong> <strong>na</strong> maternida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve assegurar que sejamrealizadas a testagem <strong>de</strong> VDRL em amostra <strong>de</strong> sangue periférico em to<strong>do</strong>s os RN cujas mãesapresentarem VDRL reagente <strong>na</strong> gestação, no parto ou <strong>na</strong> suspeita clínica <strong>de</strong> SC e arealização <strong>de</strong> radiografia <strong>de</strong> ossos longos, hemograma e análise <strong>do</strong> líquor em to<strong>do</strong>s os RN quese enquadrem <strong>na</strong> <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> caso. O tratamento é realiza<strong>do</strong> com penicili<strong>na</strong> benzati<strong>na</strong>,procaí<strong>na</strong> ou cristali<strong>na</strong>, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a sintomatologia, sorologia, exames complementares epresença ou não <strong>de</strong> neuros<strong>sífilis</strong> no RN (anexo 2). 1,7 Além disso, <strong>de</strong>ve haver seguimentoambulatorial para acompanhamento clínico até 12 meses <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, avaliação laboratorial comVDRL até 18 meses (interrompen<strong>do</strong> o seguimento com <strong>do</strong>is VDRL negativos consecutivos) eteste treponêmico após essa ida<strong>de</strong> para confirmação <strong>do</strong> caso, bem como acompanhamentooftalmológico, neurológico e audiológico por <strong>do</strong>is anos. 1,7Apesar <strong>de</strong> a prevalência da <strong>sífilis</strong> ter diminuí<strong>do</strong> consi<strong>de</strong>ravelmente com a <strong>de</strong>scoberta euso da penicili<strong>na</strong> <strong>na</strong> década <strong>de</strong> 40, a partir da década <strong>de</strong> 80 tem-se observa<strong>do</strong> tendênciamundial no recru<strong>de</strong>scimento <strong>de</strong>sta infecção entre a população em geral e, <strong>de</strong> forma particular,<strong>do</strong>s casos <strong>de</strong> <strong>sífilis</strong> <strong>congênita</strong>, tor<strong>na</strong>n<strong>do</strong>-a um <strong>do</strong>s mais <strong>de</strong>safia<strong>do</strong>res problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>pública <strong>de</strong>ste início <strong>de</strong> milênio. 15-17 Estima-se que, globalmente, o número <strong>de</strong> mortes (fetal eneo<strong>na</strong>tal) atribuídas à SC esteja ao re<strong>do</strong>r <strong>de</strong> 500.000 por ano. 18

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