463 Pacs. Projeto de Pesquisa:Estu<strong>do</strong> e Acompanhamento<strong>do</strong> <strong>Orçamento</strong> <strong>Público</strong>.Rio <strong>do</strong> Janeiro: Semdata, (mimeo).4 Dentre as organizaçõesque fundaram o FórumPopular de <strong>Orçamento</strong> <strong>do</strong>Rio de Janeiro destacamos:Ibase (Instituto Brasileirode Análises Sociais e Econômicas),Pacs (PolíticasAlternativas para o ConeSul), Corecon (ConselhoRegional de Economia <strong>do</strong>Rio de Janeiro), Amaleme(Associação de Mora<strong>do</strong>res<strong>do</strong> Leme), CTO (Centro deTeatro <strong>do</strong> Oprimi<strong>do</strong>).5 Este é o caso de diversasinstituições que hoje compõemo Fórum entre asquais destacamos o GrupoPela Vida (GPV) e o Institutode Desenvolvimentode Estu<strong>do</strong>s Políticos e Sociais(Ideps).tituem a democratização na questão <strong>do</strong> orçamento propriamente dita.Conforme expresso em <strong>do</strong>cumento de uma das organizações da sua coordenação,Pacs (Políticas Alternativas para o Cone Sul), está claro para oFórum “a interdependência entre esses três objetivos: quanto maior for atransparência, maior a possibilidade de participação e, por conseguinte,de identificação e promoção de prioridades sociais” 3 . Segun<strong>do</strong> uma liderança<strong>do</strong> Fórum ligada a essa mesma organização, a preocupação “é permitiro entendimento <strong>do</strong> orçamento, impedir seu uso eleitoreiro, desmistificá-loe democratizá-lo, tanto a partir da busca <strong>do</strong> que a maioria dapopulação realmente quer e deseja, principalmente aquela maioria que jáé desprovida há muito tempo, quanto fazen<strong>do</strong> com que os recursos sejamdireciona<strong>do</strong>s para estes que realmente precisam”.A decisão de participação das diferentes organizações envolve processosdiferencia<strong>do</strong>s. Há situações em que esta se liga a própria história <strong>do</strong>Fórum, uma vez que foi a partir da articulação dessas várias entidadesque emergiu a questão <strong>do</strong> orçamento como problemática comum. 4 Emoutras, esta decisão foi resulta<strong>do</strong> de um processo de envolvimento dainstituição com seus temas de interesse específico e a questão orçamentária.5 Desde o início, porém, a participação de muitas das organizações éirregular, varian<strong>do</strong> em função das suas demandas concretas.Não existe restrição à participação e ela é aberta a pessoas e instituições.Como afirma uma das lideranças <strong>do</strong> Fórum, liga<strong>do</strong> ao Ibase, “qualquerpessoa, qualquer entidade, sem restrição alguma, está livre para participar”.A participação não precisa ser formalizada por um <strong>do</strong>cumento,mas é, quase sempre, a expressão <strong>do</strong> vínculo institucional de cada participante.De qualquer forma, tu<strong>do</strong> indica que a decisão de participar estáfortemente relacionada à discussão <strong>do</strong>s temas de interesse de cada instituição,seja educação, saúde, moradia, saneamento e outros. A dinâmica<strong>do</strong> Fórum parece possibilitar a ampliação <strong>do</strong> envolvimento <strong>do</strong>s participantesnas discussões mais gerais <strong>do</strong> orçamento público. Nessa direção, éemblemática a opinião de uma integrante <strong>do</strong> Fórum, para quem este tempor característica exatamente fazer a ligação, para os participantes, dasrelações entre orçamento, política pública e sua implementação.Quan<strong>do</strong> foi forma<strong>do</strong>, o Fórum funcionava sob a direção de um coordena<strong>do</strong>rindica<strong>do</strong> pelos demais integrantes. Essa estrutura mu<strong>do</strong>u e, a partir de2002, o Fórum passou a ter uma coordenação composta por quatro instituições:Ibase, Corecon, Pacs e Ideps. A freqüência das reuniões também sofreugrandes variações desde sua criação. No início elas eram mensais, depois passarampara semanais e, desde o segun<strong>do</strong> semestre de 2002, o Fórum combinareuniões da coordenação com plenárias. As reuniões da coordenação sãomensais, e as plenárias são convocadas por essa instância, sempre que avaliarnecessário. Além disso, o Fórum criou o “Plantão <strong>do</strong> <strong>Orçamento</strong>” para responderàs dúvidas sobre questões em torno <strong>do</strong> orçamento público. O plantão
funciona todas as quintas-feiras na sede <strong>do</strong> Fórum, em uma sala cedida peloConselho Regional de Economistas (Corecon).Dentre as atividades desenvolvidas pelo Fórum, a que demanda maistempo é relacionada ao acompanhamento da Lei Orçamentária Anual (LOA),o que significa monitorar o andamento das receitas e das despesas bemcomo os remanejamentos efetua<strong>do</strong>s. Este é um <strong>do</strong>s procedimentos maistrabalhosos, ten<strong>do</strong> em vista os percentuais de alteração <strong>do</strong> orçamento,autoriza<strong>do</strong>s pela Câmara de Verea<strong>do</strong>res na Lei Orçamentária Anual.Há no Rio de Janeiro um sistema municipal de da<strong>do</strong>s sobre o orçamento,denomina<strong>do</strong> Fincon, que disponibiliza on line o acesso à execução orçamentária.Cria<strong>do</strong> em 1995, foi uma iniciativa da Controla<strong>do</strong>ria Geral <strong>do</strong> Municípioque visava dar ao setor público um instrumento moderno de gestão orçamentáriae financeira que permitisse aos gestores ter segurança na prestaçãode contas. O acesso <strong>do</strong> Fórum Popular de <strong>Orçamento</strong> ao sistema Fincon foifundamental para suas atividades de monitoramento. Antes de ter acesso aosistema, o Fórum tinha de acompanhar o orçamento por meio de terminaisinstala<strong>do</strong>s na Câmara Municipal. Depois de negociações com os diversos governos(nas últimas três gestões), o Fórum conquistou o acesso ao sistema,com a instalação de um terminal na sua sede, possibilitan<strong>do</strong> à sua equipe acoleta de informações e produção sistemática de análises sobre a execuçãoorçamentária. Certamente, o acesso <strong>do</strong> Fórum ao sistema Fincon pode serconsidera<strong>do</strong> um reconhecimento político muito importante.Para se ter uma idéia das possibilidades de análise e monitoramento, oacesso ao sistema permite que sejam coleta<strong>do</strong>s diversos tipos de da<strong>do</strong>s einformações sobre a execução orçamentária em tempo real, tais como osvalores liquida<strong>do</strong>s pagos, empenha<strong>do</strong>s, contigencia<strong>do</strong>s e remaneja<strong>do</strong>s porprograma de trabalho, secretarias, natureza de despesa e fonte de despesa.O principal acompanhamento realiza<strong>do</strong> pelo Fórum é sobre a execuçãoorçamentária <strong>do</strong>s Programas de Trabalho, das secretarias e das autarquias.Para este trabalho, o Fórum conta com <strong>do</strong>is estagiários que fazemo acompanhamento sistemático <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s e os repassam nas reuniões epara a mídia, que, como é habitual, só torna o fato notícia quan<strong>do</strong> estepode gerar repercussão.A análise da execução orçamentária é o principal instrumento utiliza<strong>do</strong>pelo Fórum para o monitoramento e a avaliação <strong>do</strong> governo municipal.Isso permite que se identifiquem quais foram os projetos realiza<strong>do</strong>s,quanto foi previsto e quanto foi efetivamente gasto. Nessa tarefa, sãosempre utiliza<strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s oficiais forneci<strong>do</strong>s pelo próprio poder público,por meio <strong>do</strong> sistema Fincon.Além <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s acessa<strong>do</strong>s sistematicamente no sistema, o Fórum utilizacomo fonte de análise a Prestação de Contas Anual <strong>do</strong> Município, impressocomo <strong>do</strong>cumento pela Prefeitura, onde as atividades executadas aparecemcom maior detalhamento, inclusive na forma de quadros exigi<strong>do</strong>s pela Lei47
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