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13.07.2015 Views

O Piquenique Pan-europeuCom a porta aberta as pessoas afluíram à ÁustriaAproveitando a fronteira aberta centenas de cidadãos da RDA fugiram para a ÁustriaA notícia da queda da cortina do ferro na Hungria espalhou-se rapidamente, e levantoua esperança especialmente dos cidadãos da RDA, de que eles podiam viajar para aÁustria através da Hungria e depois seguir para a RFA. Mas naquele tempo isto ainda nãofoi possível, porque apesar de a barreira técnica da fronteira ter desaparecido, o serviçode guarda fronteiriça da Hungria vigiava-a rigorosamente durante os meses do Verão.Além disso, a Hungria foi obrigada por um tratado internacional a devolver os infractoresda fronteira às autoridades nacionais a que pertenciam. No Verão de 1989 dezenas demilhares de cidadãos da Alemanha Oriental esperaram durante semanas em Budapestea possibilidade de sair de algum modo para o Oeste.Não chore filhinho, já estamos aí!Felizes e salvos na terra austríacaEm 19 de Agosto de 1989 os activistas do Foro Democrático Húngaro(MDF) da cidade de Debrecen juntamente com as organizações daoposição da cidade de Sopron organizaram em Sopronpuszta, namesma fronteira húngaro-austríaca, uma festa chamada “piquenique”.O presidente da União Pan-europeia, Otto de Habsburg e o ministro deestado da Hungria Imre Pozsgay foram os patrocinadores do evento,mas não compareceram pessoalmente. Milhares de pessoas, entreas quais cidadãos da Alemanha Oriental, relembraram o corte dacortina de ferro e a ideia unificadora do pensamento pan-europeuque atravessa fronteiras. Conforme o acordo prévio entre os Governosda Hungria e da Áustria, a abertura por algumas horas de um postofronteiriço temporário, fez parte do programa da tarde. Aproveitandoesta oportunidade cerca de 700 cidadãos da RDA saíram para aÁustria durante aquele dia.Zoltán Horváth, um dosorganizadores do PiqueniquePan-europeuO Piquenique Pan-europeu de Sopron trouxe a liberdade para muitos, e ao mesmo tempotestou a reacção de Moscovo e do Agrupamento do Sul do Exército Soviético estacionado naHungria a esta acção inédita. O Kremlin tomou conhecimento, no entanto o Governo de BerlimOriental, com uma reacção viva, apelou à Hungria que cumprisse o acordo em vigor e queimpedisse a fuga de outros cidadãos da RDA para o exterior.8A queda da cortina de ferrocomemora-se no local anualmente,no dia 19 de Agosto

Parte dos refugiados foi alojada no acampamento de pioneiros CsillebércRefugiados da RDA na HungriaO Serviço de Caridade Maltês da Hungria (MMSZ) deu alojamentoe comida a milhares de cidadãos da Alemanha OrientalEm 13 de Agosto de 1989 jovens de Budapeste exigem ademolição do muro de BerlimEm 1989 as manifestações intensificaramsena RDA. Os participantes dos protestosexigiram a ampliação dos direitos políticos,entre eles a liberdade de viajar. Milharespediram asilo na representação permanenteda RFA em Berlim Oriental, bem como nasEmbaixadas da RFA em Budapeste e Praga. AHungria ficou também atractiva na visão doscidadãos da Alemanha Oriental porque em 14de Março de 1989 o país aderiu à Convençãode Genebra da ONU de 1951 relativa aoEstatuto dos Refugiados. Originalmenteo Governo Húngaro queria assegurar comesse passo a protecção jurídica internacional dos húngaros da Transilvânia refugiados em número cada vez maior à Hungriapor causa da sua discriminação étnica. Os cidadãos da RDA viram a possibilidade da sua liberdade nessa decisão. Durante oVerão concentraram-se cerca de 60 mil refugiados nos quatro acampamentos de refugiados em Budapeste e no Lago Balaton,esperando um resultado favorável nas negociações entre os Governos da Hungria e das duas Alemanhas.Líder do MMSZ Padre Imre Kozmarelembra a abertura da fronteirana conferência internacionaldenominada “O primeiro tijolo domuro de Berlim” (2007)9O Chanceler da Alemanha GerhardSchröder coloca um ramo de flores noMonumento de Acolhimento na sede deMMSZ em Budapeste (2004)O Primeiro-Ministro Miklós Németh e o Ministro dos NegóciosEstrangeiros Gyula Horn viajaram em segredo para Bona ondemantiveram negociações com o Chanceler Helmuth Kohl e como seu vice, também Ministro de Negócios Estrangeiros, Hans-Dietrich Genscher. Depois disso o Governo Húngaro resolveudar um passo que realmente teve consequências ao nível dapolítica mundial: suspendeu unilateralmente o acordo de 1969entre a Hungria e a RDA sobre o trânsito de pessoas bem comoa execução do protocolo confidencial do mesmo. A decisãofoi comunicada tanto ao Governo de Berlim Oriental comoà liderança soviética. O Governo da RDA fez tudo para que adecisão fosse revogada, no entanto Moscovo não levantouobjecções.Na noite de 10 de Setembro de 1989 Gyula Horn anunciouna Televisão Húngara que a partir de meia-noite a Hungriapossibilitaria que os cidadãos da RDA prosseguissem a suaviagem para qualquer país que estivesse pronto para autorizar asua entrada ou trânsito.Refugiados da RDA também fizeram umacampamento frente à Embaixada da RFAem Budapeste

O Piquenique Pan-europeuCom a porta aberta as pessoas afluíram à ÁustriaAproveitando a fronteira aberta centenas de cidadãos da RDA fugiram para a ÁustriaA notícia da queda da <strong>cortina</strong> do <strong>ferro</strong> na Hungria espalhou-se rapidamente, e levantoua esperança especialmente dos cidadãos da RDA, de que eles podiam viajar para aÁustria através da Hungria e depois seguir para a RFA. Mas naquele tempo isto ainda nãofoi possível, porque apesar de a barreira técnica da fronteira ter desaparecido, o serviçode guarda fronteiriça da Hungria vigiava-a rigorosamente durante os meses do Verão.Além disso, a Hungria foi obrigada por um tratado internacional a devolver os infractoresda fronteira às autoridades nacionais a que pertenciam. No Verão de 1989 dezenas demilhares de cidadãos da Alemanha Oriental esperaram durante semanas em Budapestea possibilidade de sair de algum modo para o Oeste.Não chore filhinho, já estamos aí!Felizes e salvos na terra austríacaEm 19 de Agosto de 1989 os activistas do Foro <strong>De</strong>mocrático Húngaro(MDF) da cidade de <strong>De</strong>brecen juntamente com as organizações d<strong>ao</strong>posição da cidade de Sopron organizaram em Sopronpuszta, namesma fronteira húngaro-austríaca, uma festa chamada “piquenique”.O presidente da União Pan-europeia, Otto de Habsburg e o ministro deestado da Hungria Imre Pozsgay foram os patrocinadores do evento,mas não compareceram pessoalmente. Milhares de pessoas, entreas quais cidadãos da Alemanha Oriental, relembraram o <strong>corte</strong> da<strong>cortina</strong> de <strong>ferro</strong> e a ideia unificadora do pensamento pan-europeuque atravessa fronteiras. Conforme o acordo prévio entre os Governosda Hungria e da Áustria, a abertura por algumas horas de um postofronteiriço temporário, fez parte do programa da tarde. Aproveitandoesta oportunidade cerca de 700 cidadãos da RDA saíram para aÁustria durante aquele dia.Zoltán Horváth, um dosorganizadores do PiqueniquePan-europeuO Piquenique Pan-europeu de Sopron trouxe a liberdade para muitos, e <strong>ao</strong> mesmo tempotestou a reacção de Moscovo e do Agrupamento do Sul do Exército Soviético estacionado naHungria a esta acção inédita. O Kremlin tomou conhecimento, no entanto o Governo de BerlimOriental, com uma reacção viva, apelou à Hungria que cumprisse o acordo em vigor e queimpedisse a fuga de outros cidadãos da RDA para o exterior.8A queda da <strong>cortina</strong> de <strong>ferro</strong>comemora-se no local anualmente,no dia 19 de Agosto

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