■Economia■31 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2005 | 17Empresários da região apreensivosAumento da electricida<strong>de</strong> ameaçaindústria transformadoraOs <strong>em</strong>presários da região vê<strong>em</strong> combastante apreensão a entrada <strong>em</strong> vigor,já amanhã, <strong>das</strong> novas tarifas a aplicar àenergia eléctrica. Consi<strong>de</strong>ram-nas “insuportáveis”e t<strong>em</strong><strong>em</strong> o encerramento <strong>de</strong><strong>em</strong>presas e o <strong>de</strong>spedimento <strong>de</strong> centenas<strong>de</strong> trabalhadores. Os aumentos variamentre os 5.59 por cento, para a médiatensão (MT) e os 9.82 por cento, para amuito alta tensão. A alta tensão (AT)sobe 8.68 por cento. A Entida<strong>de</strong> Reguladorado Sector Eléctrico (ERSE) diz queestes aumentos “resultam da variaçãodos custos incorridos na aquisição <strong>de</strong>combustíveis”. Já no início do ano tinhahavido aumentos na ord<strong>em</strong> dos dois porcento.No distrito, os sectores vidreiro (cristalariae garrafeiras) e cerâmico serão dos<strong>mais</strong> afectados porque os gastos comenergia pesam <strong>de</strong> forma significativa naestrutura <strong>de</strong> custos. O presi<strong>de</strong>nte da Associaçãodos Industriais <strong>de</strong> Cristalaria (AIC)admite estar “muito preocupado” e garanteque este aumento “é <strong>mais</strong> uma machadadana já débil situação do sector”. Osgastos com energia são precisamente umdos principais itens na estrutura <strong>de</strong> custosda cristalaria, pelo que a associaçãovai encetar negociações com <strong>em</strong>presasconcorrentes da EDP. “Mais ainda viv<strong>em</strong>osuma situação <strong>de</strong> oligopólio, pelo queos ganhos não serão significativos”, lamentaFernando Esperança.O dirigente l<strong>em</strong>bra que não há verda<strong>de</strong>iraliberalização no sector e lamentaque o Governo não se preocupe com asituação. “T<strong>em</strong> que haver uma políticanacional <strong>de</strong> energia, mas não há e ninguémt<strong>em</strong> corag<strong>em</strong> <strong>de</strong> o assumir”, dizainda o presi<strong>de</strong>nte da AIC, que asseguraque o sector vai per<strong>de</strong>r competitivida<strong>de</strong>.“Como é que pod<strong>em</strong>os competir nestascondições?”, questiona. Um estudo daprópria ERSE, citado pelo ‘<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> Notícias’,divulgado <strong>em</strong> Nov<strong>em</strong>bro, revelavaque os industriais portugueses pagam <strong>em</strong>média <strong>mais</strong> 32.5 por cento (s<strong>em</strong> impostos)do que os espanhóis pela electricida<strong>de</strong>.José Maria Ferreira garante que “éirrealista” aplicar aqueles acréscimos esustenta que as <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> cristalaria“não suportam qualquer aumento <strong>de</strong>ARQUIVO/JLClientes industriais <strong>de</strong> média tensão vão pagar <strong>mais</strong> 5.59 por centocustos”. A Tosel, por ex<strong>em</strong>plo, gasta <strong>em</strong>média, por mês, 36 mil euros só <strong>em</strong> energiaeléctrica. Vai ver a factura agravada<strong>em</strong> 1500 euros, “o que daria para pelomenos um novo posto <strong>de</strong> trabalho b<strong>em</strong>pago”. O <strong>em</strong>presário <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> l<strong>em</strong>bra queas <strong>em</strong>presas já não são competitivas nosmercados para on<strong>de</strong> exportam e nãopo<strong>de</strong>rão repercutir o aumento <strong>das</strong> tarifasno preço final dos produtos. “Paracompetirmos precisamos <strong>de</strong> controlar osnossos custos <strong>de</strong> produção, mas isto éuma colete <strong>de</strong> forças imposto por viaadministrativa”.“ESTADO DITADOR”O administrador da Tosel garante queas questões energéticas pod<strong>em</strong> “fazer viverou morrer” o sector da cristalaria e revelaque “é uma frustração completa trabalharassim”, já que os esforços feitospara reduzir custos são <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>rrubadospor situações <strong>de</strong>stas. “Estamos peranteum Estado ditador nesta matéria”. JoséMaria Ferreira lamenta igualmente quenão haja liberalização do mercado energéticon<strong>em</strong> uma política nacional <strong>de</strong> energia.“Há <strong>em</strong>presas espanholas no mercado,mas não estão interessa<strong>das</strong> <strong>em</strong>‘estragá-lo’. Basta-lhes fazer preços doisou três por cento <strong>mais</strong> baratos para arranjarclientes, mas não são essas diferençasque nos resolv<strong>em</strong> o probl<strong>em</strong>a”. O<strong>em</strong>presário garante que com estes aumentos“to<strong>das</strong> as <strong>em</strong>presas transformadorasestão <strong>em</strong> risco” e diz não compreen<strong>de</strong>rcomo é que uma situação <strong>de</strong>stas é possível.“Já estamos mal e vamos ficar pior”,assegura José Eduardo Alves, que apontaa situação difícil vivida no sector cerâmico,<strong>de</strong>vido ao valor do euro e à concorrência<strong>de</strong>sleal <strong>de</strong> países asiáticos. Opresi<strong>de</strong>nte da Val do Sol, cerâmica <strong>de</strong>corativase<strong>de</strong>ada <strong>em</strong> Porto <strong>de</strong> Mós, garanteque existe o risco <strong>de</strong> vir<strong>em</strong> a fechar<strong>em</strong>presas neste sector <strong>de</strong>vido ao impactoque o aumento <strong>das</strong> tarifas energéticasvai causar. No seu caso, a <strong>em</strong>presa gastacerca <strong>de</strong> 75 mil euros por mês comenergias e o <strong>em</strong>presário estima vir a serobrigado a <strong>de</strong>spen<strong>de</strong>r <strong>mais</strong> 7500 eurosmensalmente.“Um aumento <strong>de</strong> 5.59 por cento é insuportável”,sustenta o <strong>em</strong>presário, afirmandoque o quadro “é muito negro”para o sector. Alerta para o facto <strong>de</strong> estar<strong>em</strong><strong>em</strong> risco milhares <strong>de</strong> <strong>em</strong>pregos naregião, dado que a cerâmica continua a<strong>em</strong>pregar mão-<strong>de</strong>-obra <strong>em</strong> regime intensivo.“Faz<strong>em</strong>os cerâmica <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>,que compete <strong>em</strong> mercados exigentes edivulga o nome <strong>de</strong> Portugal, pelo que oGoverno <strong>de</strong>veria olhar para a nossa situação”,<strong>de</strong>fen<strong>de</strong> José Eduardo Alves.O presi<strong>de</strong>nte da Associação Portuguesados Industriais Gran<strong>de</strong>s Consumidores<strong>de</strong> Energia Eléctrica, já veio a públicodizer que estas tarifas vão “<strong>de</strong>struir”a base produtiva nacional, levando <strong>em</strong>presasa “adiar ou suspen<strong>de</strong>r” projectos <strong>de</strong>investimento no País. E alertou igualmentepara o “risco gravíssimo” <strong>em</strong> queestão muitos <strong>em</strong>pregos ligados à tecnologia<strong>mais</strong> avançada. E o presi<strong>de</strong>nte daConfe<strong>de</strong>ração da Indústria Portuguesaalerta igualmente para o facto <strong>de</strong> as <strong>em</strong>presasestar<strong>em</strong> a ser coloca<strong>das</strong> <strong>em</strong> situações<strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong> muito <strong>de</strong>sfavoráveise admite o encerramento <strong>de</strong> <strong>em</strong>presasface à inexistência <strong>de</strong> apoios. ■Raquel <strong>de</strong> Sousa SilvaConferência é hoje à noite nas Cortes, <strong>Leiria</strong>Vítor Constâncio analisa futuro do mo<strong>de</strong>lo europeuO governador do Banco <strong>de</strong>Portugal vai estar hoje à noitenas Cortes, <strong>Leiria</strong>, num jantarconferênciasobre ‘Portugal e ofuturo do mo<strong>de</strong>lo europeu’. Trata-se<strong>de</strong> uma iniciativa promovidapela Liga <strong>de</strong> Amigos da Casa-Museu João Soares, marcada paraas 20 horas, na Quinta <strong>de</strong> SantoAntónio do Freixo. Vítor Constâncioé governador daquela instituição<strong>de</strong>s<strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2000,mas já tinha <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penhado omesmo cargo entre 1985 e 1986.Licenciado <strong>em</strong> Economia peloInstituto Superior <strong>de</strong> CiênciasEconómicas e Financeiras <strong>de</strong> Lisboa,iniciou a sua activida<strong>de</strong> noBanco <strong>de</strong> Portugal <strong>em</strong> 1975 comodirector do Departamento <strong>de</strong> Estatísticae <strong>de</strong> Estudos Económicos.Foi nomeado vice-governador<strong>em</strong> 1977, posição que voltaria aocupar <strong>em</strong> 1979 e durante o período1981-84. Des<strong>em</strong>penhou várioscargos <strong>em</strong> diversos governos efoi <strong>de</strong>putado à Ass<strong>em</strong>bleia daRepública. Também <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penhouo cargo <strong>de</strong> Presi<strong>de</strong>nte daComissão para a Integração Europeia.É m<strong>em</strong>bro do Conselho <strong>de</strong>Estado e Professor Catedráticoconvidado do Instituto Superior<strong>de</strong> Economia e Gestão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1989.Antes <strong>de</strong> assumir a li<strong>de</strong>rança doBanco <strong>de</strong> Portugal <strong>em</strong> 2000 foiadministrador do Banco Português<strong>de</strong> Investimento e administradornão executivo da Electricida<strong>de</strong><strong>de</strong> Portugal. ■DR
18 | 31 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2005 | ECONOMIA | JORNAL DE LEIRIA |BREVES■BeneditaConcorrênciaasiática <strong>em</strong><strong>de</strong>bateA concorrência dos paísesasiáticos, a globalização daeconomia e a consequenteabertura do mercado internoforam os t<strong>em</strong>as <strong>em</strong> <strong>de</strong>bate nareunião que a Associação Portuguesa<strong>de</strong> Calçado, Componentes,Artigos <strong>de</strong> Pele e seusSucedâneos (APICCAPS) promoveu,dia 22, na Benedita.Dirigida aos industriais dosector, o encontro recebeuvárias <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> participantes,entre os quais el<strong>em</strong>entosda autarquia local.Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>Adiado futuroda Empresa<strong>de</strong> LimasA ass<strong>em</strong>bleia <strong>de</strong> credores daEmpresa <strong>de</strong> Limas Tomé Féteira,realizada anteont<strong>em</strong> noTribunal da Marinha Gran<strong>de</strong>,foi adiada para 11 <strong>de</strong> Abrilporque a Direcção-Geral doTesouro pediu uma prorrogação<strong>de</strong> alguns dias parapo<strong>de</strong>r avaliar melhor o patrimónioda <strong>em</strong>presa, explicaGabriela Me<strong>de</strong>iros, coor<strong>de</strong>nadorado Sindicato dos Metalúrgicos.A dirigente acrescentaque há uma gran<strong>de</strong>expectativa à volta <strong>de</strong>ste processojá que há um investidoraustríaco (IBS Braun) quequer comprar a <strong>em</strong>presa, manteros cerca <strong>de</strong> 50 operáriose transferir para a Vieira aprodução que actualmente<strong>de</strong>senvolve na Áustria.Porto <strong>de</strong> MósFeira Novaquer abrir lojaO grupo Jerónimo Martinsquer abrir uma loja Feira Novano concelho <strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Móse já apresentou um pedido <strong>de</strong>viabilida<strong>de</strong> na Câmara. O presi<strong>de</strong>nte,José Ferreira, explicaque tal não é possível nolocal on<strong>de</strong> os investidoresqueriam (na zona do AtlanticRetail Park), pelo que estãoa procurar outra alternativa.Trata-se <strong>de</strong> um espaço comuma área <strong>de</strong> venda <strong>de</strong> 2000metros quadrados. Entretanto,para a Cumeira, Juncal,está já aprovado um espaçoEcomarché, da ca<strong>de</strong>ia ‘Os Mosqueteiros’.■Projecto já está na Direcção Regional <strong>de</strong> EconomiaNovo centro comercial previstopara zona da Cerâmica do LizNo estado <strong>em</strong>que a nossa agriculturaestá, atrasadíssima<strong>em</strong> relaçãoao resto daEuropa, é umasituação lamentável.Há muitosfuncionários, masnão farão o suficientepara que osector consiga osapoios <strong>de</strong> que precisapara se <strong>de</strong>senvolver,até porque estão concentrados nos gabinetes,s<strong>em</strong> conhecer a realida<strong>de</strong>. Estou admirada,nunca pensei que fosse possível. É <strong>mais</strong> umex<strong>em</strong>plo do peso da administração pública.Sabrina Ribeiro,<strong>em</strong>presária, Cal<strong>das</strong> da RainhaALEXANDRA BARATAProjecto <strong>de</strong>verá ocupar 48 mil metros quadrados neste localChama-se Lis Shopping o novocentro comercial que disputa como Fórum e com o W Shopping acida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Promovido pelaVougaInvest, <strong>de</strong> Aveiro, e pelo<strong>em</strong>presário e arquitecto AntónioCristo, <strong>de</strong> Con<strong>de</strong>ixa-a-Nova, o<strong>em</strong>preendimento <strong>de</strong>verá ter 48 milmetros quadrados <strong>de</strong> área <strong>de</strong> vendae está previsto para a zona daCerâmica do Liz/Plásticos <strong>de</strong> SantoAntónio. O JORNAL DE LEI-RIA apurou que a primeira <strong>em</strong>presaserá reinstalada noutro localdo concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> caso o projectoavance, enquanto a segundapossui há já algum t<strong>em</strong>po terrenos<strong>em</strong> Monte Redondo, po<strong>de</strong>ndovir a instalar-se na futura zonaindustrial prevista para esta localida<strong>de</strong>.Miguel Ritto, da Plásticos <strong>de</strong>Santo António, admite os contactoscom aquele arquitecto, masfrisa que não há “nada <strong>de</strong> concreto”<strong>de</strong>finido, <strong>em</strong>bora não tenhanegado a possibilida<strong>de</strong> da <strong>em</strong>presase mudar. Até ao fecho <strong>de</strong>staedição, e apesar <strong>de</strong> diversas tentativas,não foi possível ouvir| F r e n t e a F r e n t e |O Ministério daAgricultura t<strong>em</strong> umfuncionário para quatroagricultores(consi<strong>de</strong>rando os queviv<strong>em</strong> efectivamente daactivida<strong>de</strong>). E a maioriados funcionários está <strong>em</strong>Lisboa. O que pensa<strong>de</strong>sta situação?Grupo t<strong>em</strong> fábricas na Marinha Gran<strong>de</strong>Álvaro Torre <strong>de</strong>ixa Global SourceÁlvaro TorreNo contexto <strong>de</strong> uma reestruturaçãoque t<strong>em</strong> vindo a ser concretizadano grupo Global Source,o <strong>em</strong>presário Álvaro Torre<strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser administrador e asua participação foi adquiridapela Mon<strong>de</strong>fim, que já <strong>de</strong>tinha amaioria do capital da <strong>em</strong>presa.“Chegámos à conclusão que seriamelhor a sua saída”, diz GabrielBastos, presi<strong>de</strong>nte do Conselho<strong>de</strong> Administração da Global Source,que se escusou a revelar os<strong>de</strong>talhes da transacção, mas admiteter manifestado algumas discordâncias<strong>em</strong> relação à gestão<strong>de</strong> Álvaro Torre (o JORNAL DELEIRIA tentou ouvi-lo mas atéao fecho da edição todos os contactosforam infrutíferos). Noâmbito <strong>de</strong>sta reestruturação foiadmitido um director-geral, ManuelAroso.A Global Source <strong>de</strong>tém a totalida<strong>de</strong>do capital da GS Mol<strong>de</strong>s,da Afa e da Tecnifreza, to<strong>das</strong> naMarinha Gran<strong>de</strong>, que <strong>em</strong>pregamcerca <strong>de</strong> 150 pessoas. Gabriel Bastosreconhece que as duas primeirasestiveram durante algunsnenhum responsável da Cerâmicado Liz n<strong>em</strong> da VougaInvest.António Cristo, por sua vez, não<strong>de</strong>smentiu n<strong>em</strong> confirmou as informações,r<strong>em</strong>etendo todos os esclarecimentospara uma fase posteriordo processo. “Um <strong>em</strong>preendimento<strong>de</strong>stes, naquela localizaçãoe com as envolventes que t<strong>em</strong>,implica uma atitu<strong>de</strong> concertadada parte dos promotores e nãoexplicações <strong>de</strong>sgarra<strong>das</strong>”.O projecto está a partir <strong>de</strong> hoje<strong>em</strong> fase <strong>de</strong> consulta pública naDirecção Regional do Centro doMinistério da Economia, <strong>em</strong> Coimbra,e to<strong>das</strong> as apreciações apresenta<strong>das</strong>por escrito e relaciona<strong>das</strong>com o projecto serãoaprecia<strong>das</strong> por aqueles serviços.Da parte da Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> nãohá ainda qualquer parecer sobreeste projecto e o vereador FernandoCarvalho garante que talsó <strong>de</strong>verá acontecer (assim como<strong>em</strong> relação aos outros dois) quandoa autarquia estiver na possedo estudo sócio-económico queencomendou à Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Lisboa. ■anos “a per<strong>de</strong>r dinheiro”, pelo que“era preciso inverter a situação”,avançando com um processo <strong>de</strong>reestruturação. Agora, garante,“as coisas estão equilibra<strong>das</strong>”. Tendopor filosofia o <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> soluções completas parao mercado da sub-contrataçãoindustrial com valor-acrescentadopara o cliente, através da integraçãoe da inovação dos seusserviços, a Global Source atingiuno último exercício um volume<strong>de</strong> negócios <strong>de</strong> 28 milhões <strong>de</strong>euros. ■A informaçãoveio surpreen<strong>de</strong>r,apesar <strong>de</strong> tudo.Nota-se que háfuncionários a<strong>mais</strong> e que elesestão mesmo concentradosnosgabinetes, porqueo trabalho nãoaparece feito, n<strong>em</strong>andam nos camposa ver as dificulda<strong>de</strong>sdos agricultores.T<strong>em</strong>os que ser nós a queixar-nos e sósomos ouvidos quando há catástrofes. Há muitostécnicos mas não se faz<strong>em</strong> estudos sustentadospara o <strong>de</strong>senvolvimento da agricultura.Victor Cor<strong>de</strong>iro,agricultor, Porto <strong>de</strong> Mós