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PROT-AML Plano Regional de Ordenamento do ... - CCDR-LVT

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[Proposta]<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong><strong>Plano</strong> <strong>Regional</strong> <strong>de</strong>Or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> Território daÁrea Metropolitana <strong>de</strong> LisboaVolume IVersão Aprovada[Janeiro 2002]


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 2Ficha TécnicaCoor<strong>de</strong>nação GeralAntónio Fonseca FerreiraFernanda VaraCoor<strong>de</strong>nação OperacionalFernanda <strong>do</strong> CarmoHipólito BettencourtSérgio TomásEquipa InternaFernanda <strong>do</strong> CarmoSérgio TomásHipólito BettencourtMarta AlvarengaMaria João PintoJoana LucasPaula PintoEmília CabeleiraRaquel SoaresVital RosárioPedro VeríssimoAbel MarquesFrancisco Car<strong>do</strong>soFátima MalheiroCoor<strong>de</strong>nação / Especialistas ExternosPaulo Correia – Esquema <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>lo TerritorialLuís Jorge Bruno Soares – Estratégia TerritorialAtaí<strong>de</strong> Ferreira – Consultor JurídicoFernan<strong>do</strong> Nunes da Silva – CESUR – TransportesDGTT – Mobilida<strong>de</strong> e LogísticaAna Sofia Rodrigues – Conservação da NaturezaJorge Palmeirim – Conservação da NaturezaFernan<strong>do</strong> Godinho, Hidroprojecto – Saneamento Básico, Recursos Hídricos e Poluição HídricaEugénio Sequeira – SolosJaime Gil Paz – SolosVictor Góis – Qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> ArPedro Martins da Silva – Ruí<strong>do</strong>INE, Gabinete <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s e Conjuntura – Projecções <strong>de</strong> População Resi<strong>de</strong>nteEstagiáriosFilipa MonteiroMaria Custódio MicaeloNatália S. CunhaSilvana CachuchoEdiçãoComissão <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação da Região <strong>de</strong> Lisboa e Vale <strong>do</strong> TejoRua Artilharia um, 33, 1269-145 LisboaTel.: 213 837 100Fax: 213 831 292En<strong>de</strong>reço Internet: www.ccr-lvt.ptProjecto gráfico e paginação: Paulo Fernan<strong>de</strong>sImpressão: IDGLisboa, Janeiro <strong>de</strong> 2002


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 3|Índice| Proposta Volume II Introdução1 Enquadramento2 Priorida<strong>de</strong>s3 Âmbito Territorial4 Conteú<strong>do</strong> MaterialII Opções Estratégicas1 Visão estratégica2 Estratégia Económica3 Estratégia Ambiental4 Estratégia <strong>de</strong> Coesão Socio-Territorial5 Estratégia TerritorialIII Esquema <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>lo Territorial1 Esquema <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>lo Territorial – Esquema Geral2 Unida<strong>de</strong>s Territoriais3 Estrutura Metropolitana <strong>de</strong> Protecçãoe Valorização Ambiental4 Transportes e LogísticaIV Normas Orienta<strong>do</strong>rasIntrodução1 Normas Gerais2 Normas Específicas3 Acções Urbanísticas4 Parâmetros <strong>de</strong> Acompanhamentoe Avaliação <strong>do</strong> <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong>5 Disposições Finais e TransitóriasAnexoIndica<strong>do</strong>res / Parâmetros <strong>de</strong> Monitorização


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 4I Introdução1 Enquadramento2 Priorida<strong>de</strong>s3 Âmbito Territorial4 Conteú<strong>do</strong> material


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 51 EnquadramentoO <strong>Plano</strong> <strong>Regional</strong> <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> Território da Área Metropolitana <strong>de</strong> Lisboa (<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong>)é enquadra<strong>do</strong> pelos seguintes instrumentos legais e <strong>de</strong> política:• Lei <strong>de</strong> Bases da Política <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> Território e <strong>de</strong> Urbanismo – Lei n.º 48/98, <strong>de</strong>11 <strong>de</strong> Agosto;• D. L. n.º 380/99, <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> Setembro – Desenvolvimento da Lei <strong>de</strong> Bases da Política <strong>de</strong>Or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> Território e <strong>de</strong> Urbanismo;• <strong>Plano</strong> Nacional <strong>de</strong> Desenvolvimento Económico e Social (PNDES), com as especificações<strong>do</strong> <strong>Plano</strong> Estratégico da Região <strong>de</strong> Lisboa e Vale <strong>do</strong> Tejo;• Gran<strong>de</strong>s Opções <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> (GOP´s);• Programa <strong>de</strong> Governo;• <strong>Plano</strong>s Sectoriais existentes, formalmente aprova<strong>do</strong>s ou consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s <strong>de</strong> valor indicativo,como o <strong>Plano</strong> Nacional <strong>de</strong> Políticas <strong>do</strong> Ambiente, o <strong>Plano</strong> Ro<strong>do</strong>viário Nacional, oPrograma Especial <strong>de</strong> Realojamento e os Programas <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> equipamentosregionais e nacionais.O quadro legal em vigor estipula que os <strong>Plano</strong>s Regionais <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> Território(<strong>PROT</strong>’s) visam “Desenvolver, no âmbito regional, as opções constantes <strong>do</strong> programanacional da política <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> território e <strong>do</strong>s planos sectoriais”. Não estan<strong>do</strong>,ainda, elabora<strong>do</strong> o Programa Nacional da Política <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> Território, asorientações da política territorial <strong>do</strong> <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> são as que constam <strong>do</strong> PNDES, das GOP’s e <strong>do</strong>Programa <strong>de</strong> Governo.Entre as orientações que resultam <strong>de</strong>stes instrumentos <strong>de</strong> política com particular incidênciana Área Metropolitana <strong>de</strong> Lisboa salientam-se:• a progressiva redução <strong>do</strong> passivo ambiental com a implementação continuada ecoerente <strong>do</strong> paradigma <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sustentável;• uma maior coesão <strong>do</strong> sistema urbano, proporcionan<strong>do</strong> uma mais a<strong>de</strong>quada articulaçãoentre as áreas metropolitanas e os restantes centros urbanos, com vista à redução dasassimetrias regionais;• a reorganização das áreas metropolitanas, com <strong>de</strong>staque para a <strong>AML</strong>, reduzin<strong>do</strong> aexpressão <strong>do</strong>s fenómenos <strong>de</strong> suburbanização, promoven<strong>do</strong> a contenção urbana ecaminhan<strong>do</strong> para a consolidação <strong>de</strong> estruturas territoriais multipolares;• a melhoria da mobilida<strong>de</strong> territorial, através <strong>do</strong> reforço das acessibilida<strong>de</strong>s e daorganização e gestão <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> transporte sustentáveis, fiáveis e competitivos.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 62 Priorida<strong>de</strong>sO <strong>Plano</strong> <strong>Regional</strong> <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> Território, elabora<strong>do</strong> segun<strong>do</strong> o novo conceito <strong>de</strong><strong>Plano</strong>, consagra<strong>do</strong> na Lei <strong>de</strong> Bases da Política <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> Território e <strong>de</strong> Urbanismo,<strong>de</strong>fine as opções estratégicas para o <strong>de</strong>senvolvimento da <strong>AML</strong> e a sua tradução espacial;estabelece um mo<strong>de</strong>lo territorial, i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong> os principais sistemas, re<strong>de</strong>s e articulações<strong>de</strong> nível regional; sistematiza as normas que <strong>de</strong>vem orientar as <strong>de</strong>cisões e os planos daAdministração Central e Local e que constituem o quadro <strong>de</strong> referência para a elaboração<strong>do</strong>s Instrumentos <strong>de</strong> Gestão Territorial; e estabelece o programa <strong>de</strong> realizações para a suaexecução através da i<strong>de</strong>ntificação das acções e investimentos, nos diversos <strong>do</strong>mínios.É bem conheci<strong>do</strong> o facto das gran<strong>de</strong>s infraestruturas e equipamentos serem os maispo<strong>de</strong>rosos factores <strong>de</strong> estruturação <strong>do</strong> território.A importância <strong>de</strong>ste facto é ainda maior numa época em que a componente voluntarista daAdministração na estruturação <strong>do</strong> território (traduzida no planeamento <strong>do</strong> território e narealização <strong>de</strong> obras públicas) se vem praticamente confinan<strong>do</strong> à realização <strong>de</strong> infraestruturase equipamentos, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> ao merca<strong>do</strong> a realização <strong>de</strong> novas áreas urbanas e <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>sprodutivas.A simples divulgação, pela Administração, da <strong>de</strong>cisão sobre uma nova realização pública<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> imediato novos comportamentos <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> que procuram apropriar-sedas vantagens comparativas que a alteração territorial venha a proporcionar (ainda que aprazo, após a sua materialização).A Proposta <strong>de</strong> <strong>PROT</strong> que se apresenta para a <strong>AML</strong> fundamenta-se em quatro priorida<strong>de</strong>sessenciais:1. Sustentabilida<strong>de</strong> ambiental – encaran<strong>do</strong> a preservação e a valorização ambiental comopremissas fundamentais <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, a<strong>do</strong>pta-seuma visão sistémica das vertentes ambientais, propon<strong>do</strong>-se que a "EstruturaMetropolitana <strong>de</strong> Protecção e Valorização Ambiental" constitua a re<strong>de</strong> fundamental <strong>de</strong>áreas, corre<strong>do</strong>res e ligações ecológicas, <strong>de</strong> valorização ambiental <strong>do</strong> sistema territorial.A (re)valorização da água como elemento <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong> ambiental e <strong>de</strong> valorizaçãoda paisagem, e a revitalização <strong>do</strong> meio rural como elemento <strong>do</strong> equilíbrio metropolitanosão também objectivos fundamentais <strong>do</strong> <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong>;2. Qualificação metropolitana – realizada através da contenção da expansão urbana e <strong>de</strong>um mo<strong>de</strong>lo/estrutura territorial que visa:• a recentragem e o or<strong>de</strong>namento da <strong>AML</strong>, em articulação com o Estuário <strong>do</strong> Tejo,salvaguardan<strong>do</strong> os recursos naturais e as áreas protegidas;• o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas centralida<strong>de</strong>s metropolitanas;• o complemento e a consolidação <strong>de</strong> uma estrutura <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong>s em re<strong>de</strong>;• o or<strong>de</strong>namento da logística.3. Coesão sócio–territorial – através <strong>de</strong> uma melhoria sustentada das condições <strong>de</strong> vida eda qualida<strong>de</strong> urbana para a população resi<strong>de</strong>nte na <strong>AML</strong>.A erradicação <strong>do</strong>s bairros <strong>de</strong> barracas e <strong>de</strong> outras situações <strong>de</strong> precarida<strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ncial,melhoran<strong>do</strong>, em simultâneo, as condições <strong>de</strong> realojamento e <strong>de</strong> equipamentos <strong>do</strong>sbairros sociais; a requalificação <strong>do</strong>s subúrbios é uma proposta inova<strong>do</strong>ra e <strong>de</strong> óbviasconsequências sociais e territoriais; a implementação <strong>de</strong> uma política urbana <strong>de</strong>


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 7equida<strong>de</strong> territorial, garantin<strong>do</strong> a igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s no acesso aosequipamentos, à habitação e aos serviços; e a valorização <strong>do</strong>s recursos humanos, daempregabilida<strong>de</strong> e <strong>do</strong> emprego, são as condições que se preconizam para a garantia dacoesão sócio-territorial na <strong>AML</strong>.4. Organização <strong>do</strong> sistema metropolitano <strong>de</strong> transportes – A <strong>AML</strong> dispõe já <strong>de</strong> umapreciável sistema <strong>de</strong> infraestruturas e equipamentos <strong>de</strong> transportes, mas a <strong>de</strong>bilida<strong>de</strong> e<strong>de</strong>scoor<strong>de</strong>nação <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> transportes na Região constitui uma das principaisfragilida<strong>de</strong>s. Não existe coor<strong>de</strong>nação intermodal e vem prevalecen<strong>do</strong> o transporteindividual, com consequências nocivas no funcionamento da <strong>AML</strong>, na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vidadas pessoas e no or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> território. Nos transportes <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias persistemtambém <strong>de</strong>bilida<strong>de</strong>s que urge ultrapassar.A criação da “Autorida<strong>de</strong> Metropolitana <strong>de</strong> Transportes”, instância <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>naçãointermodal, é uma medida inadiável. Do <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> constam as medidas indutoras <strong>de</strong> umprogressivo reforço <strong>do</strong> transporte colectivo, privilegian<strong>do</strong> o transporte ferroviário efluvial, e completan<strong>do</strong> uma coerente e consolidável estrutura rádio–concêntrica <strong>de</strong>acessibilida<strong>de</strong>s.Estruturar e qualificar a Área Metropolitana é o <strong>de</strong>safio fundamental expresso naproposta <strong>do</strong> <strong>PROT</strong>, para a próxima década, em contraponto com o urbanismo expansivoe <strong>de</strong>preda<strong>do</strong>r <strong>de</strong> recursos que caracterizou a Região nos últimos 30 anos.Assim o impõem as orientações <strong>de</strong> política nacional, as necessida<strong>de</strong>s da competitivida<strong>de</strong>externa, mas também os condicionamentos <strong>de</strong>mográficos, ambientais e socioeconómicos.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 83 Âmbito TerritorialA <strong>AML</strong> é constituída pelos concelhos <strong>de</strong> Alcochete, Almada, Ama<strong>do</strong>ra, Azambuja, Barreiro,Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Oeiras, Palmela, Sesimbra, Setúbal, Seixal,Sintra e Vila Franca <strong>de</strong> Xira, e ainda pelo município <strong>de</strong> Odivelas, recentemente cria<strong>do</strong>. Noentanto, o <strong>de</strong>senvolvimento da região <strong>de</strong> Lisboa durante os últimos 15 anos – e emparticular das suas acessibilida<strong>de</strong>s – tem leva<strong>do</strong> a <strong>AML</strong> a alargar-se, tanto para o Oeste, atéTorres Vedras, como pelo Vale <strong>do</strong> Tejo até Santarém, como para o Alentejo.O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> povoamento e urbanização metropolitano está a evoluir duma estruturaurbana compacta, <strong>de</strong> uma estrutura radial organizada sobre eixos ferroviários na margemnorte e um conjunto <strong>de</strong> centros ribeirinhos na margem sul <strong>do</strong> Tejo, para uma re<strong>de</strong>progressivamente radio-concêntrica e poli-nucleada, ainda que manten<strong>do</strong> a gran<strong>de</strong>pre<strong>do</strong>minância <strong>do</strong> seu centro – a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa – quanto a emprego, serviços eequipamentos especializa<strong>do</strong>s.O futuro IC11, ligan<strong>do</strong> Torres Vedras à Marateca, constituir-se-á como referência<strong>de</strong>limita<strong>do</strong>ra da região metropolitana.Assim, apesar <strong>de</strong> não fazerem parte da <strong>AML</strong> e <strong>do</strong> âmbito territorial <strong>do</strong> <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong>, o concelho<strong>de</strong> Benavente, na margem sul, e os concelhos <strong>de</strong> Alenquer, Arruda <strong>do</strong>s Vinhos, Sobral <strong>de</strong>Monte Agraço e Torres Vedras, na margem norte, integraram também os estu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong>, ainda que as referências a estes territórios não sejam vinculativas. Procurou-se <strong>de</strong>stemo<strong>do</strong> efectuar uma melhor articulação da <strong>AML</strong> com o Vale <strong>do</strong> Tejo e com o Oeste.As Resoluções <strong>do</strong> Conselho <strong>de</strong> Ministros n.º 21/89 (I Série), <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> Maio, e n.º 27/99 (IISérie), <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> Março, <strong>de</strong>finem o âmbito territorial <strong>do</strong> <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong>.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 9Figura 1 – Área <strong>de</strong> Intervenção <strong>do</strong> <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong>


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 104 Conteú<strong>do</strong> MaterialA formatação <strong>do</strong> <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> traduz-se no seguinte conteú<strong>do</strong> material:a) Opções Estratégicas – explicitação da estratégia para a <strong>AML</strong>, incluin<strong>do</strong> os objectivos e asorientações a longo prazo e as políticas e objectivos para o horizonte <strong>do</strong> plano,vinculan<strong>do</strong> todas as entida<strong>de</strong>s relevantes.b) Esquema <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>lo Territorial – aplicação das Opções Estratégicas ao território da <strong>AML</strong>,no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> concretizar o mo<strong>de</strong>lo territorial, através da <strong>de</strong>finição <strong>do</strong> sistema urbanocaracteriza<strong>do</strong> em termos da vocação, especialização e importância <strong>de</strong> cada centro oupólo, das unida<strong>de</strong>s territoriais metropolitanas, das áreas que merecem <strong>de</strong>staque nointerior <strong>de</strong> cada unida<strong>de</strong> territorial, das re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> infraestruturas e equipamentosregionais e da re<strong>de</strong> urbana.• Unida<strong>de</strong>s Territoriais – i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> espaços com características homogéneas ouespecíficas, a serem alvo <strong>de</strong> intervenção integrada.• Estrutura Metropolitana <strong>de</strong> Protecção e Valorização Ambiental – estrutura ecológicametropolitana constituída pelos espaços naturais e protegi<strong>do</strong>s, por espaços agrícolas,florestais, agro-florestais e ver<strong>de</strong>s urbanos com dimensão e importância regional, epor corre<strong>do</strong>res ecológicos e áreas vitais.• Transportes e Logística – <strong>de</strong>finição das re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong>s fundamentais, comexplicitação das priorida<strong>de</strong>s da execução e das orientações para a implantação dasáreas <strong>de</strong> logística aos diversos níveis.c) Normas Orienta<strong>do</strong>ras – vinculam os serviços da Administração Central e Local eenquadram e orientam os Instrumentos <strong>de</strong> Gestão Territorial, a elaborar ou a rever, comincidência na <strong>AML</strong>, <strong>de</strong>signadamente ao nível municipal.d) Relatóriod1) Programa <strong>de</strong> Execução e Quadro <strong>de</strong> Meios – a execução das medidas, e sobretu<strong>do</strong> dasacções <strong>de</strong>correntes <strong>do</strong> plano (realização <strong>de</strong> infraestruturas, equipamentos, etc.), requero escalonamento temporal das realizações, bem como a estimativa <strong>do</strong>s meiosnecessários à sua implementação e a i<strong>de</strong>ntificação das fontes <strong>de</strong> financiamento. Aprogramação <strong>do</strong> financiamento das realizações po<strong>de</strong>rá ser aferida ao longo <strong>do</strong> perío<strong>do</strong><strong>de</strong> implementação <strong>do</strong> plano, no quadro institucional, que incluirá a Comissão <strong>de</strong>Acompanhamento e Avaliação <strong>do</strong> <strong>Plano</strong>, a criar.d2) Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Fundamentação Técnica – <strong>de</strong>scrição e justificação da solução <strong>do</strong> plano, queinclui a avaliação (quantitativa e qualitativa) <strong>do</strong>s problemas e das soluções propostas, e acaracterização e diagnóstico prospectivo da situação existente.• Estu<strong>do</strong>s Sectoriais – os aspectos sectoriais relativos a acessibilida<strong>de</strong>s, logística,saneamento ambiental, sistema ecológico metropolitano, equipamentos colectivos,padrões <strong>de</strong> ocupação <strong>do</strong> solo, exclusão social e fragmentação territorial e outrosaspectos que o justifiquem, dispõem <strong>de</strong> tradução espacializada em plantas sectoriais,uma vez que as cartas (síntese) <strong>do</strong> Esquema <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>lo Territorial e da EstruturaMetropolitana <strong>de</strong> Protecção e Valorização Ambiental propostos não po<strong>de</strong>m incluirto<strong>do</strong>s estes aspectos <strong>de</strong> uma forma <strong>de</strong>talhada.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 11II Opções Estratégicas1 Visão Estratégica2 Estratégia Económica3 Estratégia Ambiental4 Estratégia <strong>de</strong> Coesão-Territorial5 Estratégia Territorial


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 121 Visão EstratégicaA Área Metropolitana <strong>de</strong> Lisboa ocupa uma posição muito singular na Região e ao nívelnacional, <strong>de</strong>sempenhan<strong>do</strong> um papel específico e fundamental, na medida em que integragran<strong>de</strong> parte das componentes estruturantes e estratégicas <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> País eda sua internacionalização.Gran<strong>de</strong> pólo <strong>de</strong> produção e <strong>de</strong> consumo, concentran<strong>do</strong> os principais recursos nacionais eminvestigação, <strong>de</strong>senvolvimento científico e tecnológico, bem como os serviços avança<strong>do</strong>s àsempresas e as infra-estruturas <strong>de</strong> transportes, culturais e <strong>de</strong>sportivas, a <strong>AML</strong> tem um papelincontornável no reforço da competitivida<strong>de</strong> externa <strong>do</strong> País e no processo <strong>de</strong> integraçãoeuropeia, na melhoria <strong>do</strong>s padrões <strong>de</strong> vida e na coesão social e territorial, ao nível nacional.As políticas <strong>do</strong> território não se reduzem ao económico e ao urbano. Elas <strong>de</strong>vem alicerçar-seno equilíbrio <strong>de</strong> um <strong>de</strong>senvolvimento harmonioso e sustenta<strong>do</strong>, on<strong>de</strong> as diversas dimensões(que incluem o social, o ambiental, e o cultural) se integram com vista a uma melhorqualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida para o máximo <strong>de</strong> cidadãos.Assim, a estratégia territorial proposta para a <strong>AML</strong> procura traduzir a incidência dasestratégias <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, configuran<strong>do</strong> uma i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> organização dinâmica baseadanas pré-existências e nos processos <strong>de</strong> transformação instala<strong>do</strong>s e emergentes.No novo contexto e tendência das economias europeia e mundial, fazen<strong>do</strong> valer a suaposição geoestratégica singular e os diversifica<strong>do</strong>s recursos naturais, logísticos e humanos,<strong>de</strong>fine-se como Visão Estratégica para a <strong>AML</strong>, no horizonte 2010:VISÃO ESTRATÉGICAOBJECTIVO GLOBALDar dimensão e centralida<strong>de</strong> europeia e ibérica à Área Metropolitana <strong>de</strong>Lisboa, espaço privilegia<strong>do</strong> e qualifica<strong>do</strong> <strong>de</strong> relações euroatlânticas, comrecursos produtivos, científicos e tecnológicos avança<strong>do</strong>s, um patrimónionatural, histórico, urbanístico e cultural singular, terra <strong>de</strong> intercâmbio esolidarieda<strong>de</strong>, especialmente atractiva para residir, trabalhar e visitar.Para alcançar este objectivo, dan<strong>do</strong> corpo às condições <strong>de</strong>finidas na Visão Estratégica para aR<strong>LVT</strong>, assumem-se como Linhas Estratégicas <strong>de</strong> Desenvolvimento para a <strong>AML</strong>:1. Afirmar Lisboa como região <strong>de</strong> excelência para residir, trabalhar e visitar, apostan<strong>do</strong> naqualificação social, territorial, urbana e ambiental da área metropolitana;2. Potenciar as inter-relações regionais da <strong>AML</strong>;3. Inserir a <strong>AML</strong> nas re<strong>de</strong>s globais <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s e regiões europeias atractivas e competitivas;4. Desenvolver e consolidar as activida<strong>de</strong>s económicas com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> valorização ediferenciação funcional, ao nível nacional e internacional;5. Promover a coesão social, através <strong>do</strong> incremento da equida<strong>de</strong> territorial, daempregabilida<strong>de</strong>, <strong>do</strong> aprofundamento da cidadania e <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong>s factoresda igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s;


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 136. Potenciar as condições ambientais da <strong>AML</strong>.A concretização <strong>de</strong>stas Linhas Estratégicas assenta fundamentalmente nas seguintesMedidas:1. qualificação <strong>do</strong> território, elegen<strong>do</strong> o ambiente e o património como factores <strong>de</strong>competitivida<strong>de</strong>;2. requalificação socio-urbanística <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>gradadas;3. reforço das acessibilida<strong>de</strong>s internas e externas (portos, aeroportos, re<strong>de</strong>stranseuropeias);4. qualificação <strong>do</strong>s serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>;5. promoção habitacional enquadrada em planos <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento e padrões construtivosqualifica<strong>do</strong>s, estimulan<strong>do</strong> o repovoamento das áreas urbanas centrais;6. integração urbana e social <strong>de</strong> grupos social e economicamente <strong>de</strong>sfavoreci<strong>do</strong>s –combate à pobreza e à exclusão social;7. qualificação <strong>do</strong>s sistemas <strong>de</strong> educação, formação e inserção profissional;8. incremento <strong>do</strong> lazer e <strong>do</strong> turismo;9. realização e promoção <strong>de</strong> eventos multiculturais e <strong>de</strong>sportivos;10. reforço <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> produção e difusão científica e tecnológica;11. <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> serviços avança<strong>do</strong>s <strong>de</strong> nível internacional;12. <strong>de</strong>senvolvimento das indústrias <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>s.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 142 Estratégia EconómicaNo contexto <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> globalização, a especialização <strong>de</strong> cada espaço económico – daregião aos gran<strong>de</strong>s merca<strong>do</strong>s supranacionais, passan<strong>do</strong> pelas economias nacionais –<strong>de</strong>senha-se, cada vez mais, ao nível da procura <strong>do</strong>s produtos e das competências e não aonível da oferta <strong>do</strong>s sectores e <strong>do</strong>s recursos.Uma estratégia <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento económico coerente e sustentável para a <strong>AML</strong> <strong>de</strong>vecorrespon<strong>de</strong>r, assim, a um exigente quadro <strong>de</strong> integração na estratégia nacional e regional,por um la<strong>do</strong>, e <strong>de</strong> afirmação como pólo <strong>de</strong> excelência, com capacida<strong>de</strong>s humanas e infraestruturasmais próximas das exigências colocadas pelos <strong>de</strong>safios da participação activa naconstrução europeia e na globalização, por outro la<strong>do</strong>.A estratégia <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento económico da <strong>AML</strong> na transição para o século XXI,correspon<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a uma consolidação da entrada num grupo mais restrito <strong>de</strong> regiões, áreasmetropolitanas e cida<strong>de</strong>s mais <strong>de</strong>senvolvidas no espaço europeu e mundial (com aconsequente ”penalização” no acesso aos meios previstos no QCA III), <strong>de</strong>ve dar também umsóli<strong>do</strong> e inova<strong>do</strong>r contributo na articulação solidária com outros territórios e regiões <strong>do</strong> país,em particular com o Oeste e o Vale <strong>do</strong> Tejo. O Alentejo po<strong>de</strong> também assumir, no seurelacionamento com a capital, uma dimensão <strong>de</strong> nova fronteira <strong>de</strong> crescimento e produção<strong>de</strong> riqueza.Escolhas selectivasA <strong>AML</strong> apresenta um apreciável potencial <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento no contexto nacional, umavez que a sua afirmação competitiva na Europa e no Mun<strong>do</strong> só po<strong>de</strong>rá ser realizada numquadro <strong>de</strong> integração em profundida<strong>de</strong> com os outros pólos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> país ecom os pólos ”naturais” <strong>de</strong> relacionamento internacional, em especial os que se situam noespaço atlântico.A ”chave” para uma a<strong>de</strong>quada exploração <strong>de</strong>ste potencial <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento resi<strong>de</strong> naconstrução <strong>de</strong> uma estreita articulação entre a inserção dinâmica no processo global <strong>de</strong>internacionalização da economia portuguesa e a redução das disparida<strong>de</strong>s internas <strong>de</strong>coesão económica e social que a caracterizam, isto é, na construção <strong>de</strong> uma novacapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gerar riqueza, segun<strong>do</strong> critérios internacionais e distribuir rendimento noespaço nacional num contexto aberto e competitivo.Uma estratégia para a <strong>AML</strong> implica fazer opções nestes <strong>do</strong>is terrenos, ou seja, escolherinfluências externas <strong>de</strong> forma selectiva e favorecer, <strong>de</strong> forma igualmente selectiva,capacida<strong>de</strong>s internas, in<strong>do</strong> muito além <strong>de</strong> um mero alargar das ”facilida<strong>de</strong>s” oferecidas paraas activida<strong>de</strong>s económicas, sociais e culturais.O estabelecimento <strong>de</strong> parcerias privilegiadas para a construção europeia, a ”Norte” e a ”Sul”;a selecção <strong>do</strong>s investimentos a realizar nas activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> futuro (Ciência & Tecnologia,Educação & Formação e Informação & Comunicação); e a promoção <strong>do</strong>s mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gestãopública e privada a acolher e incentivar, constituem os três eixos principais que moldam aselectivida<strong>de</strong> da estratégia.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 15Desenvolvimento sustenta<strong>do</strong> em competências qualificadas e na dinâmica daprocuraA estratégia <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento económico para a <strong>AML</strong> <strong>de</strong>ve ser suportada por um mo<strong>de</strong>lo<strong>de</strong> crescimento cumulativo e sustentável, orienta<strong>do</strong> para a consolidação <strong>de</strong> uma estruturaeconómica forte e competitiva, gera<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> empregos e oportunida<strong>de</strong>s, em sintonia com asexpectativas e exigências acrescidas da população.Uma economia forte, na era da globalização, é uma economia <strong>de</strong> resposta rápida equalificada ao dinamismo da procura, uma economia eficiente ao serviço das necessida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> consumi<strong>do</strong>res diferencia<strong>do</strong>s.A concretização <strong>de</strong> sinergias entre iniciativas e estratégias públicas e privadas constitui opano <strong>de</strong> fun<strong>do</strong> cataliza<strong>do</strong>r <strong>de</strong>ste mo<strong>de</strong>lo, exigin<strong>do</strong>, por isso, a institucionalização <strong>de</strong>processos <strong>de</strong> intervenção e concertação que garantam a integração <strong>de</strong> objectivos <strong>de</strong>natureza económica, social e cultural.Um núcleo <strong>de</strong> projectos estruturantes, suficientemente concentra<strong>do</strong> e mobiliza<strong>do</strong>r, será oprincipal instrumento <strong>de</strong>ste processo <strong>de</strong> concertação estratégica para o <strong>de</strong>senvolvimentoeconómico da <strong>AML</strong>, projectos que <strong>de</strong>vem servir os seguintes objectivos:• <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos factores <strong>de</strong> atracção e manutenção das activida<strong>de</strong>seconómicas estruturantes, nomeadamente no quadro diversifica<strong>do</strong> das articulações daEuropa com os outros blocos regionais;• promoção <strong>de</strong> acções <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento económico, social e ambiental protagonizadaspor agentes económicos e políticos com estratégias centradas nas potencialida<strong>de</strong>s elimitações concretas da <strong>AML</strong>;• melhoria organizacional <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> empresarial através da implantação <strong>de</strong> formas <strong>de</strong>flexibilida<strong>de</strong> produtiva, valorizan<strong>do</strong> a utilização generalizada <strong>de</strong> recursos humanos maisqualifica<strong>do</strong>s e induzin<strong>do</strong> ritmos e horários <strong>de</strong> trabalho mais a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s aos <strong>de</strong>safios daglobalização;• criação <strong>de</strong> condições favoráveis à afirmação <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>ra, <strong>do</strong> risco eda capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inovação na vida empresarial e na administração das agências públicas;• melhoria <strong>do</strong> potencial <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico endógeno da activida<strong>de</strong>empresarial, das infra-estruturas e <strong>do</strong>s serviços <strong>de</strong> suporte, nomeadamente nasactivida<strong>de</strong>s logísticas e <strong>de</strong> distribuição, visan<strong>do</strong> um alargamento da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor;• promoção da coesão económica e social, encarada como objectivo regional, nacional ecomunitário;• enriquecimento e diversificação das funções <strong>de</strong>sempenhadas pela <strong>AML</strong> no quadro maisgeral da estruturação <strong>do</strong>s espaços on<strong>de</strong> se insere – o espaço nacional e o espaçoeuropeu;• qualificação ambiental diversificada, no campo das activida<strong>de</strong>s, das infraestruturas e <strong>do</strong>urbanismo.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 16Construir vantagens competitivas dura<strong>do</strong>uras na concorrência internacionalA construção <strong>de</strong> vantagens competitivas dinâmicas no merca<strong>do</strong> mundial só é possível combase numa forte cooperação empresarial e institucional, envolven<strong>do</strong> o sector público e osector priva<strong>do</strong>, que viabilize estratégias criativas <strong>de</strong> utilização <strong>do</strong>s factores produtivos epermita melhorar o po<strong>de</strong>r tecnológico e <strong>de</strong> merca<strong>do</strong> <strong>do</strong>s grupos económicos e daspequenas empresas inova<strong>do</strong>ras.A <strong>AML</strong> po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>sempenhar um papel fundamental na viabilização <strong>de</strong> uma trajectória<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento que, apostan<strong>do</strong> ousadamente na internacionalização, consiga contrariarprocessos <strong>de</strong> divergência interna e redução <strong>do</strong> grau <strong>de</strong> coesão nacional que ten<strong>de</strong>rá aafirmar-se sempre que o crescimento económico correspon<strong>de</strong>r basicamente a umainternacionalização por ”choque” exógeno e a uma mo<strong>de</strong>rnização por mimetismo.A construção <strong>de</strong> novas vantagens competitivas que representem um efectivo ajustamentoestrutural – face à insustentável aposta na manutenção <strong>de</strong> vantagens apoiadas no baixocusto <strong>do</strong> trabalho – será uma orientação fundamental para a gestão <strong>do</strong>s sistemas <strong>de</strong>incentivo à activida<strong>de</strong> económica, para o estabelecimento <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>s nos investimentosem infra-estruturas e para o esforço <strong>de</strong> formação e qualificação <strong>do</strong>s recursos humanos.Afirmar um novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> cooperaçãoA Área Metropolitana <strong>de</strong> Lisboa, <strong>de</strong>ten<strong>do</strong> o maior potencial <strong>de</strong> internacionalização <strong>de</strong> to<strong>do</strong>sos subsistemas regionais <strong>do</strong> país e necessitan<strong>do</strong> <strong>de</strong>, no quadro <strong>do</strong> próximo perío<strong>do</strong> <strong>de</strong>gestão <strong>do</strong>s fun<strong>do</strong>s estruturais, proce<strong>de</strong>r a um profun<strong>do</strong> ajustamento estrutural, tem aresponsabilida<strong>de</strong> estratégica <strong>de</strong> assumir um claro protagonismo na promoção <strong>de</strong> uma lógica<strong>de</strong> cooperação inter-regional.O <strong>de</strong>senvolvimento regional <strong>do</strong> país, enquanto vector fundamental <strong>de</strong> um verda<strong>de</strong>iro<strong>de</strong>senvolvimento económico e <strong>de</strong> progresso social, <strong>de</strong>ve ser concebi<strong>do</strong> como um processoem que a <strong>AML</strong> possa <strong>de</strong>sempenhar uma função <strong>de</strong> ”pivot” na internacionalização daeconomia, permitin<strong>do</strong> a criação <strong>de</strong> mais riqueza e, sobretu<strong>do</strong>, uma repartição <strong>de</strong>rendimento e uma afectação <strong>de</strong> recursos promotora da coesão social e <strong>do</strong> equilíbrioregional.A lógica <strong>de</strong> cooperação inter-regional constitui um terreno <strong>de</strong>cisivo da estratégia <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento económico da Área Metropolitana <strong>de</strong> Lisboa, reforçan<strong>do</strong> a integração e acoesão interna da R<strong>LVT</strong> e alargan<strong>do</strong> o espaço <strong>de</strong> cooperação com as outras regiões <strong>do</strong> país,num esforço coerente <strong>de</strong> <strong>de</strong>scentralização <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s produtivas com contrapartida naorganização <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s globalizadas <strong>de</strong> negócio e produção <strong>de</strong> valor acrescenta<strong>do</strong>.Qualificar a <strong>AML</strong> como centro <strong>de</strong> consumo relevante e dinâmico no espaçoeuropeuA <strong>AML</strong> surge como o gran<strong>de</strong> pólo <strong>de</strong> consumo da socieda<strong>de</strong> portuguesa, quer na dimensãoquantitativa, integran<strong>do</strong> população e po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra, quer na dimensão qualitativa dadifusão <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> consumo e <strong>de</strong> formas <strong>de</strong> distribuição, originan<strong>do</strong> uma dinâmicarelativamente completa <strong>de</strong> articulação entre economias <strong>de</strong> escala e <strong>de</strong> aglomeração, entre


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 17consumo <strong>de</strong> bens e <strong>de</strong> serviços e entre estratégias e comportamentos <strong>de</strong> custo e <strong>de</strong>qualida<strong>de</strong>.A Área Metropolitana <strong>de</strong> Lisboa emerge, na economia portuguesa, como o gran<strong>de</strong> pólo commassa crítica suficiente para que a dinâmica <strong>de</strong> consumo possa ser consi<strong>de</strong>rada como factorestratégico <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, seja pelos efeitos <strong>de</strong> arrastamento a montante, seja pelodinamismo <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> emprego e rendimento, como factor <strong>de</strong> atracção einternacionalização e como elemento <strong>de</strong> articulação com outros espaços regionais <strong>do</strong> país.A estratégia a a<strong>do</strong>ptar apresenta, <strong>de</strong>ste mo<strong>do</strong>, um traço inova<strong>do</strong>r <strong>de</strong> apoio ao<strong>de</strong>senvolvimento, estimulan<strong>do</strong> preferencialmente o dinamismo <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>s regula<strong>do</strong>straduzi<strong>do</strong> em procuras sustentadas dirigidas a activida<strong>de</strong>s inova<strong>do</strong>ras e qualificadas, em<strong>de</strong>trimento <strong>do</strong>s apoios directos à oferta, muitas vezes ineficientes e improdutivos.Aprofundar a especialização em activida<strong>de</strong>s centradas na diferenciação comforte potencial <strong>de</strong> crescimentoA <strong>AML</strong> apresenta uma trajectória específica no contexto nacional que lhe conferecaracterísticas claramente diferenciadas das restantes regiões, em função da sua dimensão<strong>de</strong> capital (nacional e europeia), da sua forte terciarização, da sua articulação internacional e<strong>do</strong> seu peso <strong>de</strong>cisivo em activida<strong>de</strong>s e recursos incorporan<strong>do</strong> ciência e informação.A estratégia a prosseguir visa dar coerência à diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s económicas nelapresentes, focalizan<strong>do</strong>-se nos factores competitivos associa<strong>do</strong>s à diferenciação, seja nosbens <strong>de</strong> equipamento, seja nos bens <strong>de</strong> consumo e nos segmentos <strong>de</strong> forte potencial <strong>de</strong>crescimento à escala mundial, para tentar obter uma ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor <strong>de</strong> banda mais larga e<strong>de</strong> maior estabilida<strong>de</strong> e rendibilida<strong>de</strong>. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> especialização a prosseguir procuracompatibilizar e articular:• aprofundamento da aposta nas duas gran<strong>de</strong>s fileiras produtivas presentes na região: fileiraagro-química e fileira <strong>do</strong>s transportes;• a estruturação e qualificação <strong>de</strong> fileiras insuficientemente <strong>de</strong>senvolvidas: fileira <strong>do</strong>turismo/lazer e fileira transversal da concepção/distribuição <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> consumodiferencia<strong>do</strong>s;• a exploração das oportunida<strong>de</strong>s abertas pelas ”economias <strong>de</strong> gama” (flexibilida<strong>de</strong> eadaptação à procura);• a articulação entre investimento estrangeiro em Portugal e investimento português noestrangeiro, ganhan<strong>do</strong> capacida<strong>de</strong> concorrencial na globalização.Este mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> especialização, orienta<strong>do</strong> por uma incidência mais forte nas competênciastécnicas e nas orientações <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s, visa promover uma difusão transversal <strong>do</strong>s ganhos<strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> e <strong>do</strong> progresso tecnológico, enfrentan<strong>do</strong> com <strong>de</strong>terminação os problemasespecíficos da coesão económica e empresarial.Alcançar dimensão relevante como centro <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> ”classe mundial”Construir na Área Metropolitana <strong>de</strong> Lisboa uma economia competitiva passa, finalmente,pelo reconhecimento <strong>do</strong> papel primordial que hoje os serviços qualifica<strong>do</strong>s <strong>de</strong>sempenhamna atracção e fixação <strong>de</strong> pessoas e empresas.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 18Ten<strong>do</strong> presente os objectivos estratégicos nacionais <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s para o perío<strong>do</strong> 2000-2006, a<strong>AML</strong> necessita <strong>de</strong> realizar um gran<strong>de</strong> esforço para se <strong>de</strong>senvolver como centro <strong>de</strong> serviços<strong>de</strong> ”classe mundial” – muito mais <strong>do</strong> que a quantida<strong>de</strong> importará a qualida<strong>de</strong> – comoalavanca para alcançar os objectivos traça<strong>do</strong>s para o seu <strong>de</strong>senvolvimento económico, noplano interno e internacional. Neste <strong>do</strong>mínio trata-se <strong>de</strong>:• assegurar a presença <strong>de</strong> uma massa crítica <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Ciência & Tecnologia e <strong>de</strong>Investigação & Desenvolvimento;• potenciar a plena afirmação <strong>de</strong> serviços financeiros alarga<strong>do</strong>s, com expressãosignificativa nas formas <strong>de</strong> capital <strong>de</strong> risco e <strong>de</strong> acesso ao merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> capitais, noquadro mais vasto <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> europeu;• reforço das infraestruturas e condições que permitam explorar a mobilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoase recursos e, em particular, todas as formas <strong>de</strong> integração empresarial nas re<strong>de</strong>smundiais (serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, transportes, logística e telecomunicações);• ganhar relevância no <strong>do</strong>mínio da animação cultural e das activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Informação &Comunicação como instrumento privilegia<strong>do</strong> <strong>de</strong> luta contra uma situação aindaperiférica em muitos aspectos;• valorizar a excelência na educação & formação como factor <strong>de</strong>cisivo, <strong>de</strong> ciclo curto eresposta rápida, exigin<strong>do</strong> novos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> organização e financiamento;• qualificar, flexibilizar e diferenciar as estruturas empresariais da activida<strong>de</strong> comercial, noquadro mais geral da valorização da dinâmica <strong>do</strong> consumo como factor <strong>de</strong> progressoeconómico.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 193 Estratégia AmbientalSustentabilida<strong>de</strong> AmbientalO ambiente através <strong>do</strong> conjunto das suas principais componentes e respectivas relações,constitui elemento central da estratégia <strong>de</strong> elaboração <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento paraa <strong>AML</strong>. As questões da sustentabilida<strong>de</strong> são consi<strong>de</strong>radas como uma priorida<strong>de</strong> que <strong>de</strong>veinformar as principais <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> âmbito metropolitano e local.A <strong>AML</strong> possui condições <strong>de</strong> excelência ambiental, ao nível <strong>do</strong>s recursos, das áreasclassificadas, das áreas agrícolas, florestais e das condições naturais, que <strong>de</strong>vem serpotenciadas, colocan<strong>do</strong> as questões <strong>do</strong> ambiente como factores <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento ecompetitivida<strong>de</strong> metropolitana.É ao nível da protecção da natureza e das áreas classificadas (Áreas Protegidas, ZPE, sítios daLista Nacional <strong>de</strong> Sítios e outras áreas classificadas), tanto <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista da legislaçãonacional como da aplicação das Directivas Comunitárias, que a região metropolitana <strong>de</strong>Lisboa constitui uma das mais ricas e diversificadas a nível Europeu. Esta potencialida<strong>de</strong>natural e estratégica não po<strong>de</strong> ser colocada em causa pelas dinâmicas territoriais instaladasou afectada pelas activida<strong>de</strong>s e infraestruturas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento económico ou social,<strong>de</strong>ven<strong>do</strong> pelo contrário ser aproveitada como valor da diferença e especificida<strong>de</strong> local.A elaboração <strong>de</strong> <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> tem por base um conjunto <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s que permitemfundamentar uma Estrutura Metropolitana <strong>de</strong> Protecção e Valorização Ambiental, conceitoabrangente on<strong>de</strong> <strong>de</strong>verão estar incluí<strong>do</strong>s não só os territórios importantes <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vistaambiental, mas também o conjunto das normas, projectos e acções que influenciam asactivida<strong>de</strong>s, na sua relação com as componentes ambientais.Ainda que com condições naturais excepcionais, como já foi referi<strong>do</strong>, a <strong>AML</strong> possuidisfunções ambientais e urbanísticas que põem em causa a qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s sítios, <strong>do</strong>secossistemas e <strong>do</strong>s territórios metropolitanos.O passivo ambiental, o saneamento básico, a localização <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> infraestruturasem áreas não vocacionadas para essas funções, a <strong>de</strong>gradação urbanística <strong>de</strong> áreassignificativas <strong>do</strong> território metropolitano, o gran<strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> território pelas áreasurbanas <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nadas e fragmentadas são fenómenos que <strong>de</strong>vem ser combati<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong>crucial inverter as tendências existentes, nomeadamente, promoven<strong>do</strong> a contenção e arequalificação urbanística e a estabilização das áreas e das activida<strong>de</strong>s agrícolas e florestaisda <strong>AML</strong>.As áreas costeiras e litorais, sejam <strong>do</strong>s estuários, seja <strong>do</strong> contacto com o Oceano,representam áreas com potencialida<strong>de</strong>s excepcionais, ainda que altamente sensíveis às<strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> planeamento. O litoral <strong>de</strong>ve manter-se como área preferencial <strong>de</strong> recreio e lazer,garantin<strong>do</strong> a manutenção das suas características naturais.A água é outro factor central no <strong>de</strong>senvolvimento da <strong>AML</strong>, através da dimensão única <strong>do</strong>sEstuários <strong>do</strong> Tejo e <strong>do</strong> Sa<strong>do</strong>, da extensão da orla costeira, mas também <strong>do</strong> conjunto <strong>de</strong>linhas <strong>de</strong> água superficiais e <strong>do</strong>s recursos subterrâneos, constituin<strong>do</strong> valores estratégicos anível metropolitano que <strong>de</strong>vem ser protegi<strong>do</strong>s. Especial atenção <strong>de</strong>ve ser dada àpreservação <strong>de</strong>stes recursos e à manutenção das linhas <strong>de</strong> água superficiais no seu esta<strong>do</strong>natural.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 20As áreas agrícolas e florestais, e a sua importância ecológica e económica na <strong>AML</strong>, <strong>de</strong>vem serreforçadas através <strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong> protecção e apoio às activida<strong>de</strong>s que nelas seexercem, garantin<strong>do</strong> assim a sua contribuição fundamental para a sustentabilida<strong>de</strong> ecológicada <strong>AML</strong>.Para além das áreas e corre<strong>do</strong>res estruturantes, que <strong>de</strong>correm das principais áreas cominteresse ambiental, o <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> assume, no interior <strong>do</strong> sistema urbano actualmenteexistente, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrir e concretizar as áreas consi<strong>de</strong>radas vitais para ainversão <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação <strong>de</strong>ste sistema e para a recuperação paisagística <strong>do</strong>território. É no interior <strong>do</strong> sistema urbano que as questões ambientais assumem proporçõespor vezes mais nítidas e claras, e as suas relações com as questões <strong>do</strong> Or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong>Território são mais evi<strong>de</strong>ntes.A atitu<strong>de</strong>, nomeadamente ao nível <strong>do</strong>s Instrumentos <strong>de</strong> Planeamento Territorial, <strong>de</strong>vealterar-se no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> criar e dar origem a espaços urbanos mais qualifica<strong>do</strong>s eambientalmente mais eficazes e sustentáveis, investin<strong>do</strong> na criação <strong>de</strong> espaços públicos,espaços ver<strong>de</strong>s urbanos, e permitin<strong>do</strong> melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida das populações, emespecial das que habitam os subúrbios ou as áreas menos qualificadas da <strong>AML</strong>.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 214 Estratégia <strong>de</strong> Coesão Socio-TerritorialVivemos numa época marcada por profundas alterações tecnológicas, económicas e sociais,o que contribui, por um la<strong>do</strong>, para o <strong>de</strong>senvolvimento e para a criação <strong>de</strong> riqueza, mas quearrasta, por outro, uma parte da população para situações <strong>de</strong> exclusão social e <strong>de</strong> pobreza.Uma tal dualida<strong>de</strong> está presente nas gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s e nas áreas metropolitanas, on<strong>de</strong> têmlugar as mais intensas mutações tecnológicas e económicas, impostas pela competitivida<strong>de</strong>,mas fortemente indutoras <strong>de</strong> problemas sociais, como o <strong>de</strong>semprego, o emprego precário ea <strong>de</strong>sadaptação profissional.As formas urbanas reflectem essas situações <strong>de</strong> precarização social, através da disseminação<strong>de</strong> zonas urbanisticamente <strong>de</strong>gradadas e subequipadas, on<strong>de</strong> resi<strong>de</strong>m, maioritariamente,populações socialmente <strong>de</strong>sfavorecidas e mais vulneráveis ao fenómeno <strong>de</strong> exclusão social,ou seja, grupos <strong>de</strong> risco (i<strong>do</strong>sos isola<strong>do</strong>s, famílias com carências económicas, indivíduos<strong>de</strong>semprega<strong>do</strong>s ou com empregos precários, crianças e jovens com dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inserçãosocial, minorias étnicas, emigrantes, sem abrigo, toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, <strong>de</strong>ficientes, indivíduosafecta<strong>do</strong>s por <strong>do</strong>enças graves). Por outro la<strong>do</strong>, a essa precarização sócio-económicaassociam-se fenómenos <strong>de</strong> marginalização e <strong>de</strong> insegurança urbana, que não <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> terefeitos (negativos) quer na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida urbana em geral, quer nas próprias activida<strong>de</strong>seconómicas.A <strong>AML</strong> acumula to<strong>do</strong>s os factores sociais e urbanísticos gera<strong>do</strong>res <strong>de</strong> exclusão social, <strong>de</strong>fortes assimetrias e <strong>de</strong> fragmentação territorial: um processo histórico que, em geral,permitiu a urbanização <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada e <strong>de</strong>squalificada, aos níveis social e espacial (políticas <strong>de</strong>planeamento ineficazes, ausência <strong>de</strong> requalificação da habitação e <strong>do</strong> espaço público, bemcomo <strong>de</strong> infraestruturas e equipamentos a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s às necessida<strong>de</strong>s, aos hábitos e àsexpectativas legítimas das populações); tendência para a <strong>de</strong>sertificação das áreas centraiscom reforço cumulativo <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> suburbanização; envelhecimento da população;concentração <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s imigrantes e minorias étnicas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> heterogeneida<strong>de</strong>cultural; insuficiência das estruturas e dinâmicas educacionais e <strong>de</strong> capacitação profissional;<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s nas condições <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> e insuficiência ao nível <strong>do</strong>s equipamentos sociaise cívicos.Face a este cenário social, há que contrariar as dinâmicas <strong>de</strong> exclusão actuais, na medida emque as fracturas socio-urbanísticas existentes na <strong>AML</strong> po<strong>de</strong>m tornar-se uma ameaça real,aumentan<strong>do</strong> as clivagens sociais e polarizan<strong>do</strong> as formas <strong>de</strong> apropriação e <strong>de</strong> fruição dacida<strong>de</strong>.A <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s problemas da pobreza e da exclusão social no território metropolitanocompromete claramente os fundamentos da coesão social, tornan<strong>do</strong>-se prioritária umaestratégia <strong>de</strong> intervenção territorial que vise a requalificação das áreas social eurbanisticamente <strong>de</strong>gradadas, bem como a integração social, económica e profissional <strong>de</strong>populações <strong>de</strong> risco.As estratégias <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização equacionadas para a <strong>AML</strong>, implicamprofundas mutações económicas, tecnológicas e culturais, bem como a re-localização <strong>de</strong>activida<strong>de</strong>s mais susceptíveis <strong>de</strong> agravar as assimetrias e precarida<strong>de</strong>s - sociais, urbanísticas egeracionais – se não forem a<strong>do</strong>ptadas as a<strong>de</strong>quadas medidas <strong>de</strong> prevenção e controlo.O reforço da coesão social, ao nível <strong>do</strong>s territórios, exige uma gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação, luci<strong>de</strong>ze inovação e, sobretu<strong>do</strong>, a partilha <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>s e a coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> esforços entre


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 22a Administração Pública e os actores sociais, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a evitar que o mo<strong>de</strong>lo territorialproposto para a <strong>AML</strong> não provoque efeitos ”preversos” e, consequentemente, um territórioa duas velocida<strong>de</strong>s.Propõem-se, <strong>de</strong>ste mo<strong>do</strong>, as seguintes opções estratégicas, no âmbito <strong>de</strong> uma acçãocoerente e sustentada <strong>de</strong> coesão socio-territorial para a <strong>AML</strong>:1. Requalificação sócio-urbanística <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>gradadasA) Programa Especial <strong>de</strong> Realojamento (PER)B) ”Dar vida aos subúrbios”C) Revitalização das áreas históricasD) Qualificação <strong>do</strong>s bairros sociais subequipa<strong>do</strong>s e <strong>de</strong>grada<strong>do</strong>s2. Implementação <strong>de</strong> políticas <strong>de</strong> valorização <strong>do</strong>s recursos humanos, <strong>de</strong>emprego e empregabilida<strong>de</strong>3. Implementação <strong>de</strong> uma política urbana e habitacional <strong>de</strong> equida<strong>de</strong>territorial1. Requalificação sócio-urbanística <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>gradadasA reconversão, requalificação e revitalização das áreas social e urbanisticamente <strong>de</strong>gradadas,assume-se como uma das opções estratégicas fundamentais para uma maior coesão social eespacial <strong>do</strong> território metropolitano, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> constituir, nos próximos anos, uma das áreas<strong>de</strong> maior investimento financeiro e político.A) Programa Especial <strong>de</strong> Realojamento (PER)Torna-se fundamental concluir o processo <strong>de</strong> realojamento das populações resi<strong>de</strong>ntes emalojamentos em situação <strong>de</strong> risco, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a proporcionar-lhes a residência numa habitaçãocondigna, através da erradicação <strong>do</strong>s ”bairros <strong>de</strong> barracas” existentes na <strong>AML</strong>.B) ”Dar vida aos subúrbios”No processo <strong>de</strong> requalificação e revitalização das áreas suburbanas é fundamental aqualificação <strong>do</strong> espaço público, das praças, ruas e jardins, através <strong>de</strong> projectos urbanísticos e<strong>de</strong> arte pública <strong>de</strong> elevada qualida<strong>de</strong> (cuja elaboração <strong>de</strong>verá ser atribuída aos melhoresprojectistas nacionais e estrangeiros), melhoran<strong>do</strong> a imagem e o ambiente urbanos, nosenti<strong>do</strong> <strong>de</strong> os transformar em locais <strong>de</strong> encontro, <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação e afectivida<strong>de</strong>. Por outrola<strong>do</strong>, há que ter especial atenção com a construção ou reabilitação/conservação <strong>de</strong>equipamentos cívicos mo<strong>de</strong>rnos e a dinamização <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s lúdicas, <strong>de</strong>sportivas eculturais – dirigidas aos jovens e à comunida<strong>de</strong> local em geral.Outro aspecto importante a ter em conta, na requalificação <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> áreas urbanas,pren<strong>de</strong>-se com o objectivo <strong>de</strong> reduzir o insucesso escolar e o fraco nível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> quea população possa apresentar, através da criação <strong>de</strong> escolas-mo<strong>de</strong>lo, em termospedagógicos, <strong>de</strong> excelência ao nível <strong>do</strong>s professores, <strong>do</strong> equipamento e <strong>do</strong> material escolar,bem integradas na comunida<strong>de</strong>.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 23Por outro la<strong>do</strong>, é fundamental a criação <strong>de</strong> empregos locais no que respeita à gestão e àmanutenção <strong>do</strong>s equipamentos e serviços urbanos (arranjo e gestão <strong>do</strong>s espaços públicos e<strong>do</strong>s equipamentos em matéria <strong>de</strong> <strong>de</strong>sporto e lazer e apoios sociais) e, simultaneamente, acriação <strong>de</strong> espaços atractivos e <strong>de</strong> condições para a instalação <strong>de</strong> novas activida<strong>de</strong>seconómicas gera<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> emprego e <strong>de</strong> serviços fundamentais <strong>de</strong> suporte à vidaquotidiana, incentivan<strong>do</strong> o investimento priva<strong>do</strong>, particularmente na área <strong>do</strong>s serviços e <strong>do</strong>comércio.C) Revitalização das áreas históricasA recuperação e reabilitação <strong>do</strong>s edifícios – quer <strong>do</strong> parque habitacional, quer patrimonial –o tratamento cuida<strong>do</strong> <strong>do</strong>s espaços públicos, a gestão <strong>do</strong>s serviços e comércio, o forteinvestimento nas áreas da cultura e <strong>de</strong>sporto e a promoção da participação cívica – reforço<strong>de</strong> colectivida<strong>de</strong>s e associações culturais – <strong>de</strong>verão constituir opções fundamentais noprocesso <strong>de</strong> revitalização das áreas históricas. Por outro la<strong>do</strong>, há que ter particular atençãocom a melhoria das acessibilida<strong>de</strong>s em transporte público e com a gestão <strong>do</strong>estacionamento.D) Qualificação <strong>do</strong>s bairros sociais subequipa<strong>do</strong>s e <strong>de</strong>grada<strong>do</strong>sPara a qualificação <strong>do</strong>s bairros sociais <strong>de</strong>grada<strong>do</strong>s e subequipa<strong>do</strong>s, contrarian<strong>do</strong> a lógica <strong>de</strong>que ”basta construir casas”, <strong>de</strong>ve assegurar-se: por um la<strong>do</strong>, a existência <strong>de</strong> suficientesinfraestruturas e equipamentos <strong>de</strong> apoio à população, que tenham em conta as suasnecessida<strong>de</strong>s, hábitos e expectativas legítimas – <strong>de</strong>signadamente equipamentos <strong>de</strong> ensino,<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong> <strong>de</strong>sporto – e a criação <strong>de</strong> espaços <strong>de</strong> convívio com qualida<strong>de</strong>, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong>promover as relações <strong>de</strong> sociabilida<strong>de</strong>; por outro, a dinamização <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s culturais,lúdicas e <strong>de</strong>sportivas, com vista à criação ou reforço da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> local e a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong>critérios <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e a<strong>de</strong>quação arquitectónico-urbanística, <strong>do</strong> parque habitacional aedificar, aos perfis socioculturais <strong>do</strong>s habitantes, são também vertentes fundamentais noprocesso <strong>de</strong> qualificação <strong>do</strong>s bairros sociais.2. Implementação <strong>de</strong> políticas <strong>de</strong> valorização <strong>do</strong>s recursos humanos, <strong>de</strong>emprego e empregabilida<strong>de</strong>A afirmação da <strong>AML</strong> como pólo <strong>de</strong> excelência, no quadro das estratégias regional e nacional,implica o <strong>de</strong>senvolvimento das capacida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s recursos humanos, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> permitiratingir uma dimensão relevante como centro <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> ”classe mundial” em áreas <strong>de</strong>activida<strong>de</strong> internacionalmente competitivas. A educação e a formação tornam-se, assim,fundamentais para garantir a qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s recursos humanos disponíveis, tornan<strong>do</strong> a <strong>AML</strong>atractiva para a fixação <strong>de</strong> empresas <strong>de</strong> alta produtivida<strong>de</strong>, internacionalmente competitivase cria<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> emprego <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.No entanto, as aglomerações urbano-metropolitanas economicamente <strong>de</strong>senvolvidasinduzem, também, importantes fenómenos <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego, quer engendra<strong>do</strong>s pelasintensas e frequentes mutações económicas e tecnológicas inerentes ao funcionamento daeconomia global, quer pela atracção que representam para populações <strong>de</strong> regiões menos<strong>de</strong>senvolvidas <strong>do</strong> país e <strong>de</strong> outros países. Concentram-se, <strong>de</strong>ste mo<strong>do</strong>, em <strong>de</strong>terminadaszonas <strong>do</strong>s aglomera<strong>do</strong>s urbanos, fenómenos <strong>de</strong> exclusão social, em que ao problema <strong>do</strong><strong>de</strong>semprego e da <strong>de</strong>squalificação profissional ten<strong>de</strong>m a associar-se outros, nomeadamentenas áreas da habitação, educação, saú<strong>de</strong> e família.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 24A solução <strong>de</strong>stes fenómenos passa por uma abordagem integrada <strong>de</strong> âmbito territorial, nocontexto da qual a criação <strong>de</strong> emprego po<strong>de</strong> ocorrer em áreas <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s nãosatisfeitas <strong>de</strong>ssa população, através da criação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> proximida<strong>de</strong>, eventualmenteapoiadas em medidas activas da política <strong>de</strong> emprego, no quadro <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> Social <strong>de</strong>Emprego, em <strong>do</strong>mínios como a prestação <strong>de</strong> apoio a crianças, i<strong>do</strong>sos e outros <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes,mas também em articulação com a política da habitação, nomeadamente no que respeita aconstrução <strong>de</strong> infraestruturas e equipamentos locais, a gestão <strong>de</strong> bairros e equipamentosou, ainda, a criação <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> animação <strong>de</strong>sportiva e cultural.A valorização <strong>do</strong>s recursos humanos e a promoção <strong>do</strong> emprego e da empregabilida<strong>de</strong>constituem, assim, vertentes centrais na prossecução <strong>de</strong> uma estratégia <strong>de</strong> coesão socioterritorial,implican<strong>do</strong> medidas activas que não se <strong>de</strong>verão esgotar na reestruturação emo<strong>de</strong>rnização das activida<strong>de</strong>s económicas e <strong>do</strong>s equipamentos <strong>de</strong> educação e formação,mas que <strong>de</strong>verão orientar-se para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> Social <strong>de</strong> Emprego, emque se conjuga a realização <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a colmatar as necessida<strong>de</strong>s locais, coma criação <strong>de</strong> emprego para as respectivas populações. É fundamental que as actuações,neste <strong>do</strong>mínio, tenham uma perspectiva territorializada clara e consistente.3. Implementação <strong>de</strong> uma política urbana e habitacional <strong>de</strong> equida<strong>de</strong>territorialPreten<strong>de</strong> contrariar-se actuações urbanísticas gera<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> fracturas sociais e <strong>de</strong><strong>de</strong>sintegrações sócio-urbanísticas e arquitectónicas, com vista ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> umapolítica urbana <strong>de</strong> equida<strong>de</strong> territorial.Para tal, é fundamental aumentar, em quantida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong>, as infraestruturas,equipamentos e serviços <strong>de</strong> suporte à vida quotidiana – particularmente no que respeita aosequipamentos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e ao reforço da qualificação tecnológica e cultural da populaçãoresi<strong>de</strong>nte – no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> colmatar as carências e <strong>de</strong>ficiências existentes, sobretu<strong>do</strong> emterritórios ocupa<strong>do</strong>s maioritariamente por grupos com risco <strong>de</strong> exclusão social.Por outro la<strong>do</strong>, há que qualificar e diferenciar o espaço público e a imagem urbana,melhoran<strong>do</strong> os processos organizacionais <strong>de</strong> gestão urbana e repensan<strong>do</strong> a relação entre aadministração e os cidadãos (diálogo na intervenção urbana, princípio da implicação naqualificação <strong>do</strong>s espaços, princípio da responsabilida<strong>de</strong> na conservação ambiental).


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 255 Estratégia TerritorialRecentrar a área metropolitana e policentrar a regiãoA Área Metropolitana <strong>de</strong> Lisboa é, hoje, uma entida<strong>de</strong> territorial alargada cuja polarização seesten<strong>de</strong>, ao longo <strong>do</strong> Vale <strong>do</strong> Tejo, <strong>do</strong> Litoral Centro e <strong>do</strong> Alentejo, muito para além <strong>do</strong>s seuslimites administrativos.A formulação da estratégia territorial para a <strong>AML</strong> tem presente esta nova expressão daRegião Metropolitana entendida na inter<strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> 3 dimensões territoriais:• A Área Metropolitana Central constituída pelos contínuos urbanos que envolvem as duasmargens <strong>do</strong> Tejo e pelos espaços mais directamente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e articula<strong>do</strong>s com onúcleo central metropolitano, a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa.• A Periferia Metropolitana, que integra uma estrutura urbana polinucleada, <strong>de</strong>scontínua,fortemente inter<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, com uma estreita relação entre espaços urbanos eespaços rurais, na qual se <strong>de</strong>staca um conjunto <strong>de</strong> centros pela dimensão <strong>de</strong>mográfica,dinâmica económica e relativa autonomia funcional em relação à Área MetropolitanaCentral.• A Região <strong>de</strong> Polarização Metropolitana, que abrange um vasto espaço <strong>do</strong> territórionacional on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>senvolvem relações económicas, sociais e culturais em gran<strong>de</strong> parteinduzidas e polarizadas pela Área Metropolitana Central.A melhoria das condições <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> proporcionadas pela expansão e mo<strong>de</strong>rnizaçãodas infra-estruturas <strong>de</strong> transportes tem constituí<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s principais indutores dareconfiguração da <strong>AML</strong> e <strong>do</strong> alargamento da sua área <strong>de</strong> influência.Por esta razão a Região Metropolitana estrutura-se fundamentalmente com base nosprincipais eixos <strong>de</strong> transporte nacional e inter-regional, os quais estabelecem corre<strong>do</strong>resprivilegia<strong>do</strong>s <strong>de</strong> inter-relações territoriais.De facto, a melhoria das condições <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> que se verificaram nos últimos anoscolocaram Torres Vedras e Santarém no espaço <strong>de</strong> relações directas e diárias com Lisboa, e amenos <strong>de</strong> noventa minutos da <strong>AML</strong>, Leiria, Torres Novas/Tomar/Abrantes, Évora e Sines.Nesta nova dimensão territorial, a <strong>AML</strong> ten<strong>de</strong> a passar <strong>de</strong> uma estrutura centrada e quaseexclusivamente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Lisboa, a um sistema territorial complexo no qual a PeriferiaMetropolitana <strong>de</strong>sempenha, cada vez mais, funções <strong>de</strong> articulação inter-regional e um papelimportante na organização e equilíbrio da Região Metropolitana.É neste contexto que se abrem novas condições e oportunida<strong>de</strong>s à reorganização territoriale funcional da Área Metropolitana <strong>de</strong> Lisboa, processo que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> também fortemente <strong>de</strong>dinâmicas e tendências instaladas e emergentes nesta área, as quais estão associadas, porum la<strong>do</strong>, às assimetrias e <strong>de</strong>sequilíbrios socio-urbanísticos e funcionais herda<strong>do</strong>s <strong>do</strong> processo<strong>de</strong> metropolização das décadas <strong>de</strong> 50, 60 e 70, e, por outro la<strong>do</strong>, às mudanças estruturaisrecentes <strong>de</strong>correntes da alteração das condições <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong>, da <strong>de</strong>sconcentração <strong>de</strong>funções e activida<strong>de</strong>s tradicionalmente localizadas em Lisboa, e da progressiva<strong>de</strong>scentralização administrativa e reforço das iniciativas locais.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 26As dinâmicas <strong>de</strong> transformação territorial enten<strong>de</strong>m-se no <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> como a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>mudança que se verifica nas diversas áreas da estrutura metropolitana, em relação àssituações pré-existentes, principalmente a forte <strong>de</strong>pendência funcional <strong>de</strong> Lisboa, a<strong>de</strong>squalificação urbana, ambiental e social das áreas habitacionais, a perda <strong>de</strong> vitalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>áreas urbanas centrais e a <strong>de</strong>gradação física <strong>de</strong> áreas com usos tradicionais em aban<strong>do</strong>no.Em relação às dinâmicas e tendências <strong>do</strong>minantes <strong>de</strong> mudança i<strong>de</strong>ntificaram-se sete tipos<strong>de</strong> espaços:Espaços Motores – espaços que se <strong>de</strong>stacam no actual processo <strong>de</strong> especialização funcionalda <strong>AML</strong>, através da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atraírem e fixarem novas activida<strong>de</strong>s e funções <strong>de</strong> nívelsuperior, e/ou <strong>de</strong> renovação e requalificação urbanas através da valorização <strong>do</strong> espaçopúblico, estruturação da re<strong>de</strong> viária principal, elevação <strong>do</strong> nível <strong>de</strong> serviços urbanos emelhoria da qualida<strong>de</strong> da oferta habitacional.Estes espaços com impacte positivo na <strong>AML</strong> integram a Coroa <strong>de</strong> Transição da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Lisboa, o eixo Oeiras-Cascais, Almada-Seixal, Setúbal-Palmela, e a Zona Industrial e <strong>de</strong> serviços<strong>de</strong> Coina.Espaços Problema – abrangem as áreas periféricas fragmentadas e <strong>de</strong>sestruturadas comtendência para a <strong>de</strong>squalificação urbana e ambiental e que apresentam dificulda<strong>de</strong>s, pelasua localização e dimensão territorial. De igual mo<strong>do</strong>, abrangem as áreas centrais <strong>do</strong>saglomera<strong>do</strong>s urbanos da <strong>AML</strong> que se encontram em perda <strong>de</strong> população resi<strong>de</strong>nte e <strong>de</strong>activida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>notan<strong>do</strong> um acentua<strong>do</strong> <strong>de</strong>clínio urbano e fortes processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação.Estes espaços correspon<strong>de</strong>m a extensas áreas a reor<strong>de</strong>nar e a revitalizar on<strong>de</strong> será difícilinverter tendências a curto prazo, e integram a área central <strong>de</strong> Lisboa, os espaçosintersticiais entre os eixos Oeiras-Cascais e Ama<strong>do</strong>ra-Sintra, o arco Belas-Bucelas, e áreas <strong>do</strong>interior da Península <strong>de</strong> Setúbal ocupadas com loteamentos clan<strong>de</strong>stinos.Áreas Críticas Urbanas – são áreas especialmente <strong>de</strong>squalificadas urbanística e socialmente,carenciadas <strong>de</strong> infra-estruturas e equipamentos, e caracterizadas por uma forteconcentração resi<strong>de</strong>ncial e altas <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s populacionais. Exigem importantesinvestimentos orienta<strong>do</strong>s para a reestruturação e requalificação urbanas com vista a invertertendências a médio-longo prazos. Integram o Centro Histórico <strong>de</strong> Lisboa, os eixos <strong>de</strong>Algueirão – Cacém – Ama<strong>do</strong>ra e Sacavém – Vila Franca <strong>de</strong> Xira, liga<strong>do</strong>s pela costeira <strong>de</strong>Loures, a zona habitacional Lavradio – Baixa da Banheira – Vale da Amoreira e os bairros<strong>de</strong>squalifica<strong>do</strong>s em Setúbal.Espaços Emergentes – correspon<strong>de</strong>m a áreas com potencialida<strong>de</strong>s para protagonizaremtransformações positivas na <strong>AML</strong>, tanto no que respeita ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> funçõesespecializadas e novos usos, como à reestruturação e qualificação urbana e ambiental <strong>de</strong>sectores importantes da estrutura metropolitana.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 27Figura 2 – Esquema <strong>de</strong> Polarização Metropolitana


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 28Os espaços ribeirinhos <strong>do</strong>s estuários <strong>do</strong> Tejo e Sa<strong>do</strong> e a Orla Costeira Norte e Sul po<strong>de</strong>m terum papel <strong>de</strong>staca<strong>do</strong> na requalificação da vida metropolitana, oferecen<strong>do</strong> condiçõesprivilegiadas para o recreio, lazer e turismo na ligação ao mar, aos rios e à natureza,integran<strong>do</strong> a estrutura ecológica metropolitana, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> assegurar o necessárioequilíbrio e complementarida<strong>de</strong> com os valores ambientais, <strong>de</strong>signadamente os das áreasclassificadas.O espaço Odivelas-Loures integra um conjunto <strong>de</strong> novas infra-estruturas ro<strong>do</strong>viárias que lheatribuem um papel chave na reestruturação <strong>do</strong> arco urbano envolvente norte, crian<strong>do</strong>nomeadamente condições para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas centralida<strong>de</strong>s.O eixo Cascais-Sintra vem-se afirman<strong>do</strong> como um espaço resi<strong>de</strong>ncial-turístico comimportância na estrutura metropolitana ao qual se vêm associan<strong>do</strong> instalações <strong>de</strong> serviços ecomércio <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> dimensão.As novas infraestruturas da Ponte Vasco da Gama e <strong>do</strong> Anel <strong>de</strong> Coina (IC 32) colocaram osconcelhos <strong>de</strong> Alcochete e Montijo numa posição <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> na re<strong>de</strong>metropolitana crian<strong>do</strong> condições para constituírem espaços estruturantes da <strong>AML</strong> sobretu<strong>do</strong>através da sua diferenciação funcional e da oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> promover equipamentos eespaços <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> urbana e ambiental, caracteriza<strong>do</strong>s por baixas <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>surbanas e por uma oferta habitacional diferenciada, da generalida<strong>de</strong> da <strong>AML</strong>.De igual mo<strong>do</strong>, a área <strong>de</strong> Belas apresenta potencialida<strong>de</strong>s para se constituir como umespaço <strong>de</strong> diferenciação funcional e para promover equipamentos e espaços <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>qualida<strong>de</strong> urbana e ambiental.Áreas com Potencialida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Reconversão / Renovação – são áreas marcadas porocupações obsoletas ou em <strong>de</strong>sactivação que ten<strong>de</strong>m a ser reconvertidas ou renovadas. Asua posição na <strong>AML</strong> e a dimensão das áreas a renovar criam condições ao <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> novas centralida<strong>de</strong>s metropolitanas com a instalação <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s dinâmicas einova<strong>do</strong>ras.Integram estas áreas os antigos complexos industriais da Si<strong>de</strong>rurgia, Quimigal (Quimiparque),Lisnave e a Zona Oriental <strong>de</strong> Lisboa, em particular as novas áreas envolventes da Parque-Expo.Áreas Dinâmicas Periféricas – estas áreas, localizadas fora <strong>do</strong> contínuo urbano metropolitano,apresentam capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atracção <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s e residência, constituin<strong>do</strong> núcleos comalguma autonomia funcional em relação à Área Metropolitana Central.Estão neste caso as áreas <strong>de</strong> Malveira-Mafra, Carrega<strong>do</strong>-Azambuja, Samora Correia-Benavente, Marateca-Pegões e Sesimbra-Santana.Espaços Naturais Protegi<strong>do</strong>s – são as áreas classificadas, integradas em Parques ou ReservasNaturais, a Re<strong>de</strong> Natura 2000 e as áreas <strong>de</strong>finidas em legislação específica <strong>de</strong> âmbitonacional, <strong>de</strong>fendidas das dinâmicas urbanas metropolitanas.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 29Figura 3 – Dinâmicas Territoriais na <strong>AML</strong>


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 30As dinâmicas territoriais i<strong>de</strong>ntificadas, associadas a diversos espaços da estruturametropolitana, estiveram na base da formulação <strong>de</strong> <strong>do</strong>is cenários contrasta<strong>do</strong>s <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento, a partir <strong>do</strong>s quais se estabeleceram as linhas <strong>de</strong> estratégia territorialmetropolitana e um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento metropolitano.O cenário formula<strong>do</strong>, a partir das tendências <strong>do</strong>minantes instaladas, aponta para aprogressiva ”Litoralização” da <strong>AML</strong>, isto é, para a ocupação preferencial e mais valorizada dazona litoral da <strong>AML</strong>, com a contínua <strong>de</strong>svalorização da generalida<strong>de</strong> das zonas interiores,acentuan<strong>do</strong>, assim, os <strong>de</strong>sequilíbrios existentes.O cenário alternativo, contrário às tendências da ”Litoralização”, assenta no papelestruturante e requalifica<strong>do</strong>r <strong>do</strong>s espaços emergentes a Norte e Sul <strong>do</strong> Estuário, nareconversão e requalificação <strong>de</strong> áreas interiores mais <strong>de</strong>squalificadas da estruturametropolitana e na proposta ”voluntarista” <strong>de</strong> novas centralida<strong>de</strong>s apoiadas em áreas <strong>de</strong>serviço às empresas e à colectivida<strong>de</strong>, investigação e <strong>de</strong>senvolvimento, logística e centros <strong>de</strong>transporte, e valências turísticas e ambientais.A opção por este último cenário conduziu a uma estratégia territorial para a <strong>AML</strong> que visa,antes <strong>de</strong> mais, revalorizar o seu núcleo principal, a Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa, afirmar o Estuário <strong>do</strong>Tejo como espaço central da estrutura metropolitana, e corrigir <strong>de</strong>sequilíbrios urbanísticos esociais presentes na estrutura actual, sem prejuízo da exigência <strong>de</strong> salvaguarda <strong>do</strong>s valoresnaturais e das áreas protegidas.Esta opção procura contrariar, por um la<strong>do</strong>, o crescimento extensivo da estruturametropolitana que se instalou nas fases <strong>de</strong> maior crescimento <strong>de</strong>mográfico periférico, e, poroutro, a tendência para a litoralização com a consequente valorização fundiária e<strong>de</strong>nsificação das áreas Poente da <strong>AML</strong> e da Orla Costeira.Simultaneamente, as novas condições <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> proporcionadas pelas travessias <strong>do</strong>Tejo e pelo Anel <strong>de</strong> Coina permitem reequacionar o papel <strong>do</strong> Arco Urbano Ribeirinho Sul,envolvente <strong>do</strong> Estuário <strong>do</strong> Tejo, na configuração <strong>de</strong> um novo espaço urbano metropolitanoe ancora<strong>do</strong> na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa, que simultaneamente se <strong>de</strong>ve reforçar como centroprincipal da Região Metropolitana.Neste senti<strong>do</strong>, a estratégia territorial visa quatro objectivos específicos:• Recentrar a Área Metropolitana no Estuário <strong>do</strong> Tejo, salvaguardan<strong>do</strong> os valores naturais eas áreas protegidas;• Desenvolver a ”Gran<strong>de</strong> Lisboa”, cida<strong>de</strong> das duas margens, ancorada na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa;• Policentrar a Região;• Valorizar a diversida<strong>de</strong> territorial, corrigin<strong>do</strong> <strong>de</strong>sequilíbrios existentes.Esta estratégia implica uma valorização especial, nos instrumentos <strong>de</strong> gestão territoriais, <strong>de</strong>cinco vertentes fundamentais:• Estrutura Metropolitana Policentrada / Desenvolvimento <strong>de</strong> novas centralida<strong>de</strong>sEsta estrutura tem como elemento principal e fe<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>r a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa, com o qual searticula uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> centros urbanos que <strong>de</strong>ve ver reforçada a sua autonomia funcional ecapacida<strong>de</strong> polariza<strong>do</strong>ra ao nível sub-regional e regional.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 31Figura 4 – Estrutura PolinucleadaCentralida<strong>de</strong>s Metropolitanas


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 32O sistema urbano-metropolitano <strong>de</strong>verá ser reestrutura<strong>do</strong> e requalifica<strong>do</strong> através <strong>do</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas centralida<strong>de</strong>s metropolitanas baseadas em:– Áreas <strong>de</strong> serviço às empresas e à colectivida<strong>de</strong>,<strong>de</strong> nível supra-municipal e metropolitano;– Centros <strong>de</strong> Investigação e Desenvolvimento;– Áreas logísticas e centros <strong>de</strong> transportes.• Estrutura <strong>de</strong> transportes em re<strong>de</strong>A Região Metropolitana e a Área Metropolitana <strong>de</strong> Lisboa <strong>de</strong>verão ser apoiadas por umaestrutura ro<strong>do</strong>-ferroviária que favoreça não só as <strong>de</strong>slocações radiais mas também as<strong>de</strong>slocações transversais, crian<strong>do</strong> condições para que o sistema regional e metropolitano<strong>de</strong> transportes proporcione o funcionamento da estrutura urbano-metropolitana em re<strong>de</strong>.Estas condições <strong>de</strong>verão ser garantidas tanto a Norte como a Sul <strong>do</strong> Tejo.• Corre<strong>do</strong>res e infra-estruturas <strong>de</strong> articulação nacional e internacionalA Área Metropolitana <strong>de</strong>verá articular-se com o exterior através <strong>de</strong> infra-estruturas <strong>de</strong>transporte que permitam serviços qualifica<strong>do</strong>s e competitivos, contribuin<strong>do</strong>, também,para a implementação da estratégia <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo territorial <strong>de</strong>recentragem metropolitana.Estas infra-estruturas integram, no fundamental, as re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> transporte multimodaisinseridas nas re<strong>de</strong>s transeuropeias.• A presença da água como valor estratégico e estruturante da <strong>AML</strong>A presença da água <strong>de</strong>verá ser valorizada como recurso e como valor ambiental epaisagístico estratégico, e o Estuário <strong>do</strong> Tejo como um espaço <strong>de</strong> diferenciação territoriale <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação e coesão metropolitanas.• Estrutura Metropolitana <strong>de</strong> Protecção e Valorização AmbientalEsta estrutura será constituída pelos espaços naturais, agrícolas e florestais, e pela re<strong>de</strong>ecológica metropolitana, que garantam o funcionamento e o equilíbrio biofísico da <strong>AML</strong>, apreservação e valorização <strong>de</strong> ecossistemas naturais, e o enquadramento e valorização <strong>do</strong>sespaços urbanos.A passagem da situação actual, traduzida no diagrama das Dinâmicas Territoriais da <strong>AML</strong>, paraa situação <strong>de</strong>sejada, expressa no mo<strong>de</strong>lo territorial, implica um conjunto articula<strong>do</strong> <strong>de</strong> linhas<strong>de</strong> política territorial referentes aos diversos tipos <strong>de</strong> espaços, as quais se traduzem em:1. incentivar os Espaços Motores como acelera<strong>do</strong>res <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e dainternacionalização da <strong>AML</strong>;2. apoiar e enquadrar o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong>s Espaços Emergentes e as áreas comPotencial <strong>de</strong> Reconversão / Renovação, para que cumpram funções <strong>de</strong> reestruturaçãoe qualificação da <strong>AML</strong>;3. intervir nos Espaços Problema e nas Áreas Críticas Urbanas com vista a conter astendências <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação e <strong>de</strong>squalificação, introduzir dinâmicas <strong>de</strong> reequilibrio sociale urbanístico e reforçar os mecanismos <strong>de</strong> coesão social;


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 33Figura 5 – Re<strong>de</strong> Inter-regional e Internacional


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 34Figura 6 – A Água e a Natureza como valores estratégicos Estruturantes da <strong>AML</strong>


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 354. proteger e valorizar recursos naturais, os estuários, a orla costeira e os espaços agroflorestaissensíveis, integran<strong>do</strong>-os num conceito alarga<strong>do</strong> <strong>de</strong> Região Metropolitana.5. <strong>de</strong>finir o sistema estruturante <strong>de</strong> transportesda <strong>AML</strong>, as suas articulações externas (nacionais, ibéricas, internacionais) e a integraçãodas principais infra-estruturas portuárias e aeroportuárias.Finalmente a Estratégia Territorial para a <strong>AML</strong> <strong>de</strong>verá ter como instrumentos fundamentais<strong>de</strong> implementação um conjunto <strong>de</strong> programas integra<strong>do</strong>s, apoian<strong>do</strong>-se, <strong>de</strong>signadamente,nos ”sistemas <strong>de</strong> execução” previstos no D. L. n.º 380/99, <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> Setembro:Ambiente• Valorização <strong>do</strong>s Estuários <strong>do</strong> Tejo e Sa<strong>do</strong> e das frentes <strong>de</strong> Água• Saneamento Ambiental• Estrutura Metropolitana <strong>de</strong> Protecção e Valorização Ambiental• Gestão da ÁguaAcessibilida<strong>de</strong>s• Sistema <strong>de</strong> Transportes metropolitano – Autorida<strong>de</strong> Metropolitana <strong>de</strong> Transportes• Porto <strong>de</strong> Lisboa/Setúbal• Novo Aeroporto Internacional• Re<strong>de</strong>s Transeuropeias na <strong>AML</strong>Activida<strong>de</strong>s/Competitivida<strong>de</strong>• Centros <strong>de</strong> I & D• Turismo, Lazer, Eventos• Saú<strong>de</strong>• Sistema LogísticoQualificação Urbana• Requalificação urbanística <strong>de</strong> áreas suburbanas• Desenvolvimento <strong>de</strong> novas centralida<strong>de</strong>s• Valorização <strong>do</strong> património e <strong>de</strong> áreas históricas• Revitalização da área central <strong>de</strong> Lisboa• Novos mecanismos <strong>de</strong> programação <strong>do</strong> solo urbano (D. L. n.º 380/99)Integração e Coesão Social• Habitação• Apoio a grupos <strong>de</strong> risco


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 36III Esquema <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>lo Territorial1 Esquema <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>lo Territorial – Esquema Geral2 Unida<strong>de</strong>s Territoriais3 Estrutura Metropolitana <strong>de</strong> Protecçãoe Valorização Ambiental4 Transportes e Logística


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 371 Esquema <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>lo TerritorialEsquema GeralO mo<strong>de</strong>lo territorial proposto traduz espacialmente os objectivos e orientações <strong>de</strong>lineadasnas Opções Estratégicas e visa orientar a reconfiguração espacial e funcional da <strong>AML</strong>.Por um la<strong>do</strong>, procura-se tirar parti<strong>do</strong> das condições geo-estratégicas da <strong>AML</strong>, no cruzamento<strong>do</strong>s arcos atlântico e mediterrânico, da excelência das suas condições ambientais, da suabase económica, <strong>do</strong> seu potencial socio-económico e da sua inserção e importância no Paíse na Península Ibérica.As consequências territoriais <strong>de</strong>ste objectivo traduzem-se na <strong>do</strong>tação <strong>de</strong> excelentescondições <strong>de</strong> articulação da <strong>AML</strong> com o exterior, em termos <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong>s, logística etelecomunicações a nível ibérico, europeu e mundial e, também, na inclusão <strong>de</strong> pólos <strong>de</strong>internacionalização económica e cultural, e <strong>de</strong> investigação e <strong>de</strong>senvolvimento no sistemametropolitano (tanto como pólos especializa<strong>do</strong>s, como integra<strong>do</strong>s em centrosmultifuncionais).Por outro, é necessário revitalizar o centro tradicional <strong>de</strong> Lisboa, bem como as orlas <strong>do</strong>s <strong>do</strong>isestuários, promoven<strong>do</strong> a sua fruição como espaços <strong>de</strong> valorização ambiental e paisagística,<strong>de</strong> <strong>de</strong>safogo, <strong>de</strong> recreio e lazer, e ainda a integração funcional entre o centro <strong>de</strong> Lisboa e ospólos <strong>de</strong> Almada, Seixal e Barreiro. Esta última componente implica o progressivo reforço daacessibilida<strong>de</strong> entre as duas margens <strong>do</strong> Tejo. Ainda que a construção <strong>de</strong> novas travessias <strong>do</strong>Tejo em Lisboa se possa colocar para além <strong>do</strong> horizonte <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> (10 anos), é indispensávelsalvaguardar os corre<strong>do</strong>res necessários, bem como os espaços para as suas inserções nasduas margens. De facto, assume-se como primeira opção a travessia Chelas-Barreiro,<strong>de</strong>ven<strong>do</strong> os estu<strong>do</strong>s necessários à implementação <strong>de</strong>sta travessia indicar se a componenteferroviária se assume como prioritária ou se se avança com uma travessia ro<strong>do</strong>-ferroviária.Porém, não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar-se <strong>de</strong> referir que, em termos <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> Território, atravessia ferroviária é fundamental para o <strong>de</strong>senvolvimento da <strong>AML</strong> e que, em <strong>de</strong>finitivo, atravessia Chelas-Barreiro <strong>de</strong>verá possibilitar o atravessamento ro<strong>do</strong>viário e ferroviário.É importante ainda o estabelecimento <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> hierarquizada <strong>de</strong> centros e pólos <strong>de</strong>activida<strong>de</strong> económica especializa<strong>do</strong>s e complementares, liga<strong>do</strong>s entre si e ao exterior porum sistema <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong>s e telecomunicações a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>. Será necessário resolver, emparalelo, as questões <strong>de</strong> exclusão social e prevenir o agravamento ou surgimento <strong>de</strong> novasbolsas que a restruturação económica e a relocalização <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s sempre ten<strong>de</strong> aintroduzir. Esta re<strong>de</strong> visa também favorecer a salvaguarda e valorização da estruturaecológica metropolitana, potenciar a sua diversida<strong>de</strong> territorial e estabilizar os espaçosagrícolas e florestais.Finalmente, procura-se salvaguardar e valorizar o sistema ecológico metropolitano, o queimplica reorientar o <strong>de</strong>senvolvimento urbano da <strong>AML</strong>, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> promover a<strong>de</strong>scompressão <strong>do</strong> seu centro, das orlas costeiras e <strong>do</strong>s estuários, <strong>de</strong> completar emo<strong>de</strong>rnizar os seus sistemas <strong>de</strong> saneamento ambiental, <strong>de</strong> promover a estabilização edinâmica <strong>do</strong>s espaços naturais e agro-florestais, e <strong>de</strong> assegurar a sua sustentabilida<strong>de</strong>ambiental, seja a nível das medidas <strong>de</strong> protecção e valorização <strong>do</strong>s espaços naturais ecorre<strong>do</strong>res ecológicos que constituem a Re<strong>de</strong> Ecológica Metropolitana, seja quanto à suacompatibilida<strong>de</strong> com o mo<strong>de</strong>lo territorial proposto.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 38O esquema <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo territorial integra as seguintes componentes:• Acções urbanísticas – Estas acções resultam <strong>do</strong> diagnóstico <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento, dai<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong>s padrões <strong>de</strong> ocupação <strong>do</strong> solo e <strong>de</strong> propostas <strong>de</strong> actuação. Cada espaçoterritorial requer um planeamento e intervenção conjuntos, embora distinguin<strong>do</strong>internamente os tipos <strong>de</strong> acções urbanísticas a<strong>de</strong>quadas aos usos e ocupações existentes, a<strong>de</strong>senvolver no planeamento municipal.• Centros / Pólos – Cada espaço contém áreas cuja valorização, reconversão ou<strong>de</strong>senvolvimento têm uma importância estruturante para a materialização <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>loterritorial proposto. Estas áreas coinci<strong>de</strong>m com os centros e pólos, multifuncionais ouespecializa<strong>do</strong>s, que <strong>de</strong>finem o sistema metropolitano <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s.• Ligações entre pólos e eixos ou conjuntos multipolares a reforçar ou fomentar –Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> as ligações que já hoje se observam (face às infraestruturas existentes e àsrelações mais importantes que já se verificam), hierarquizam-se as novas ligações a criar e asligações existentes a reforçar, em função, não apenas da importância relativa da intervençãoque seja necessário promover com vista à consolidação <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo, mas também dasligações internas da <strong>AML</strong>, <strong>do</strong> seu centro, ou as ligações da <strong>AML</strong> ao exterior.• Sistema ecológico metropolitanoDestacam-se como elementos fundamentais as áreas estruturantes primárias e oscorre<strong>do</strong>res/ligações estruturantes primários, em articulação e complemento das áreas agroflorestaisestruturantes e ainda <strong>do</strong>minantes na <strong>AML</strong>, com vista a <strong>de</strong>monstrarsimultaneamente a compatibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo territorial proposto com aquele sistema àescala regional e o papel que aqueles espaços <strong>de</strong>vem <strong>de</strong>sempenhar na execução das OpçõesEstratégicas para a <strong>AML</strong>.A estrutura <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo territorial proposto é a seguinte:• Centro da <strong>AML</strong>, constituí<strong>do</strong> por Lisboa e, complementarmente, por Almada-Seixal-Barreiro,implican<strong>do</strong> melhoria das acessibilida<strong>de</strong>s, com priorida<strong>de</strong> ao Transporte Público, no senti<strong>do</strong><strong>de</strong> reforçar a interligação <strong>do</strong> centro da <strong>AML</strong> e as relações <strong>de</strong> complementarida<strong>de</strong> entre osdiversos pólos <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo proposto, bem como <strong>de</strong> melhorar as ligações <strong>do</strong> centro da <strong>AML</strong> aosul <strong>do</strong> país e a Espanha pelo mo<strong>do</strong> ferroviário.• Primeiro anel envolvente <strong>do</strong> centro da <strong>AML</strong>, incluin<strong>do</strong> igualmente o progressivo reforçodas acessibilida<strong>de</strong>s entre as duas margens <strong>do</strong> rio, <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bran<strong>do</strong> e apoian<strong>do</strong> o centro da <strong>AML</strong>através <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> pólos vocaciona<strong>do</strong>s para equipamentos e serviços: Algés,Ama<strong>do</strong>ra, Odivelas, Loures, Montijo e Moita. Este anel integra ainda o Parque das Nações,que <strong>de</strong>verá evoluir no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> se constituir como uma plataforma para ainternacionalização da <strong>AML</strong>, Coina, enquanto centro <strong>de</strong> indústria, armazenagem e logística, eMonte da Caparica, como pólo <strong>de</strong> investigação e <strong>de</strong>senvolvimento.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 39Figura 7 – Esquema <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>lo Territorial


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 40• Segun<strong>do</strong> anel metropolitano, integran<strong>do</strong> Cascais, Sintra, Malveira, Torres Vedras,Benavente/Samora Correia e Setúbal – como pólos vocaciona<strong>do</strong>s para equipamentos eserviços – Sintra – na vertente, complementar, <strong>de</strong> pólo <strong>de</strong> internacionalização cultural – e ospólosTerrugem/MemMartins/Sabugo/Pero Pinheiro, Carrega<strong>do</strong>/Azambuja/Ota (com apoio <strong>de</strong>Alenquer em termos <strong>de</strong> equipamentos e serviços) e Pegões/Marateca (com extensões àPenínsula da Mitrena e ao CTM <strong>de</strong> Setúbal/Palmela) – vocaciona<strong>do</strong>s para indústria,armazenagem e logística. Estes pólos liga<strong>do</strong>s por infraestruturas circulares a executar a curtoprazo constituirão a coroa da <strong>AML</strong>, a partir da qual se faz a articulação com o exterior.• Em localizações não inseridas neste segun<strong>do</strong> anel, prevêem-se três pólos <strong>de</strong> valênciaturística e ambiental com especificida<strong>de</strong>s bem diferenciadas:– Alcochete, funcionalmente articula<strong>do</strong> com o Arco Ribeirinho, assume-se como pólo <strong>de</strong>valência para apoio ao turismo, recreio e lazer <strong>de</strong> muito baixa <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>, com uma fortecomponente ambiental, assim como área <strong>de</strong> vocação para a instalação <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>investigação e <strong>de</strong>senvolvimento ligadas ao meio estuarino.– Sesimbra, com pre<strong>do</strong>mínio <strong>de</strong> áreas ambientalmente condicionadas, mas compotencialida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> recreio e lazer e activida<strong>de</strong>s turísticas ligadas às excelentes condiçõesnaturais interiores e litorais.– Mafra, pólo <strong>de</strong> apoio ao turismo rural e ao agroturismo, associa<strong>do</strong>s à paisagemagroflorestal ainda com elementos <strong>de</strong> ruralida<strong>de</strong>, bem como ao turismo <strong>do</strong> litoral.• Articulação principal norte da <strong>AML</strong>, na área <strong>do</strong> Carrega<strong>do</strong> / Azambuja / Ota / Alenquer (emligação com o TVT <strong>de</strong> Riachos), através da área <strong>de</strong> expansão logística.• Articulação principal sul da <strong>AML</strong>, através da área <strong>de</strong> expansão logística a criar em Pegões /Marateca (em ligação com o porto <strong>de</strong> Sines).• Articulações secundárias da <strong>AML</strong> que procuram privilegiar as ligações ao Oeste, através daextensão <strong>do</strong> IC1 para Norte <strong>de</strong> Torres Vedras, e ao Vale <strong>do</strong> Tejo, através da extensão <strong>do</strong> IC3ao longo <strong>do</strong> Vale <strong>do</strong> Tejo, sen<strong>do</strong> também uma alternativa à ligação nacional norte-sul.• Eixos e conjuntos multipolares a <strong>de</strong>senvolver entre:– Setúbal / Palmela / Mitrena / CTM Setúbal-Palmela, conjugan<strong>do</strong> a multifuncionalida<strong>de</strong> <strong>do</strong>Centro <strong>de</strong> nível sub-regional – Setúbal – com o apoio em termos <strong>de</strong> equipamentos e serviços<strong>de</strong> Palmela, o <strong>de</strong>senvolvimento industrial da Península da Mitrena essencialmente liga<strong>do</strong> aoPorto <strong>de</strong> Setúbal e o apoio em termos <strong>de</strong> transporte ro<strong>do</strong>viário <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias que serápossível com a criação <strong>do</strong> CTM <strong>de</strong> Setúbal-Palmela;– Almada / Monte da Caparica, associan<strong>do</strong> um pólo <strong>de</strong> investigação e <strong>de</strong>senvolvimento aAlmada;– Oeiras / Tagus Park, associan<strong>do</strong> um pólo <strong>de</strong> investigação e <strong>de</strong>senvolvimento a Oeiras;– Terrugem / Mem Martins / Sabugo / Pero Pinheiro, interligan<strong>do</strong> a multi-funcionalida<strong>de</strong>industrial <strong>do</strong>s pólos existentes e <strong>do</strong> novo pólo <strong>de</strong> Sabugo, a criar, com as novas condições <strong>de</strong>acessibilida<strong>de</strong> que serão concretizadas, muito favoráveis à logística;– Boba<strong>de</strong>la / M.A.R.L. / Alverca, conjugan<strong>do</strong> abastecimento / distribuição com logística;– Coina / Pinhal Novo, organizan<strong>do</strong> o interior da Península <strong>de</strong> Setúbal, conjugan<strong>do</strong> indústria,distribuição e logística;– Samora Correia / Benavente (já fora da <strong>AML</strong>), no cruzamento da ligação entre as áreas <strong>de</strong>expansão logística (que será também parte da ligação nacional norte-sul tangencial à <strong>AML</strong>)com a ligação da <strong>AML</strong> Sul ao Vale <strong>do</strong> Tejo.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 41Note-se que a poli-nucleação proposta implica a <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong> das áreas urbanas,contrarian<strong>do</strong> fenómenos <strong>de</strong> expansão difusa e fragmentada, com vista à melhoria <strong>do</strong>sistema urbano, à salvaguarda e valorização da re<strong>de</strong> ecológica metropolitana e, <strong>de</strong> um mo<strong>do</strong>geral, à valorização paisagísticae à sustentabilida<strong>de</strong> ambiental da <strong>AML</strong>.As ligações a promover com priorida<strong>de</strong> (ligações principais segun<strong>do</strong> o esquema <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>loterritorial proposto) são <strong>de</strong>cisivas para alterar as tendências actuais <strong>de</strong> ocupação urbanalitoral e ao longo das margens <strong>do</strong>s estuários, encaminhan<strong>do</strong>, simultaneamente, a localização<strong>de</strong> novas activida<strong>de</strong>s para nascente e favorecen<strong>do</strong> uma melhor articulação da <strong>AML</strong> com oexterior. Neste contexto, assumem uma priorida<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisiva as ligações circulares (em torno<strong>do</strong> centro da <strong>AML</strong>), sobretu<strong>do</strong> as mais periféricas, que viabilizam a complementarida<strong>de</strong>funcional entre pólos (ou conjuntos <strong>de</strong> pólos). As ligações secundárias são assimconsi<strong>de</strong>radas por já disporem <strong>de</strong> infraestruturas <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quadas e/ou por seremmenos <strong>de</strong>cisivas à consolidação <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo proposto que implica alterar a evoluçãoten<strong>de</strong>ncial observada. Não se trata, pois, <strong>de</strong> reduzir a importância <strong>de</strong>stas ligações masapenas <strong>de</strong> sublinhar a priorida<strong>de</strong> que <strong>de</strong>ve ser dada às ligações principais para ser alcançadaa alteração <strong>de</strong>sejada da evolução ten<strong>de</strong>ncial.As áreas litorais não integradas no sistema ecológico metropolitano <strong>de</strong>vem manter eleva<strong>do</strong>spadrões <strong>de</strong> <strong>de</strong>safogo e qualida<strong>de</strong> ambiental. Todas as áreas litorais <strong>de</strong>vem manter-sedisponíveis para o recreio e lazer e para a fruição <strong>do</strong>s valores naturais, ainda que possamacolher activida<strong>de</strong>s turísticas que não ponham em causa estes valores, embora a opção <strong>do</strong>mo<strong>de</strong>lo, no geral, se traduza na oferta <strong>de</strong> novas localizações preferenciais para activida<strong>de</strong>seconómicas afastadas <strong>do</strong> litoral.O planeamento municipal <strong>de</strong>verá <strong>de</strong>senvolver e a<strong>do</strong>ptar este princípio, seleccionan<strong>do</strong>corre<strong>do</strong>res <strong>de</strong> acesso, privilegian<strong>do</strong> e procuran<strong>do</strong> conciliar os sistemas <strong>de</strong> vistas das áreasedificáveis e/ou urbanizáveis com a salvaguarda da paisagem e das silhuetas das cumeadas.Neste senti<strong>do</strong>, é importante o controlo das <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s e das cérceas, bem como a <strong>de</strong>finição<strong>do</strong>s limites <strong>do</strong>s perímetros urbanos costeiros para fruição paisagística e funcional.A concretização <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo territorial proposto, se bem que fortemente induzida pelasorientações <strong>do</strong> plano e pelo seu programa <strong>de</strong> execução, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m igualmente da formacomo forem <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s nos PMOT e <strong>do</strong>s quadros <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong>stes planos municipais.Neste senti<strong>do</strong>, torna-se indispensável que os PMOT quantifiquem o uso e ocupação <strong>do</strong>território em termos <strong>de</strong> limites mínimos e máximos – entre os mínimos que viabilizaminfraestruturas, equipamentos, funções centrais <strong>de</strong> pólos urbanos, e os máximos que nãocomprometem os recursos naturais disponíveis e mobilizáveis (<strong>de</strong>signadamente o sistemaecológico metropolitano), nem sejam <strong>de</strong>sajusta<strong>do</strong>s à procura real <strong>de</strong> espaços adapta<strong>do</strong>s aosdiversos usos e activida<strong>de</strong>s. Note-se que não se trata apenas <strong>de</strong> índices urbanísticosregulamentares, mas também <strong>de</strong> parâmetros urbanísticos <strong>de</strong> monitorização.Tanto os PMOT como a própria gestão urbanística municipal <strong>de</strong>vem dispor <strong>de</strong> parâmetrosurbanísticos estatísticos, continuamente actualiza<strong>do</strong>s, que permitam avaliar periodicamentea evolução <strong>do</strong> uso e ocupação <strong>do</strong> território municipal e metropolitano, <strong>de</strong>signadamentequanto a áreas urbanas, áreas entretanto urbanizadas, variações populacionais e <strong>de</strong> fogos, eáreas <strong>de</strong> construção.Por outro la<strong>do</strong>, os PMOT <strong>de</strong>vem incluir a programação da sua execução, não apenas dasobras municipais, mas também da expansão e reconversão urbanas, que, afinal,<strong>de</strong>senvolvem e especificam para cada área a execução <strong>do</strong> <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> articulada com apolítica <strong>de</strong> solos <strong>de</strong> cada município.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 422 Unida<strong>de</strong>s TerritoriaisOs estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> caracterização e diagnóstico <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>signadamente o inventárioterritorial - levantamento <strong>do</strong>s padrões <strong>de</strong> ocupação <strong>do</strong> solo, permitiram fundamentar ai<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> 17 unida<strong>de</strong>s territoriais distintas que constituíram a base <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>loterritorial e que <strong>de</strong>le são parte integrante.Estas unida<strong>de</strong>s territoriais foram <strong>de</strong>limitadas com base em critérios <strong>de</strong> intervenção eprefiguram territórios com características próprias que <strong>de</strong>vem ser equaciona<strong>do</strong>s emconjunto.Em termos <strong>de</strong> composição interna, estas unida<strong>de</strong>s encerram, consoante os casos, áreas compadrões <strong>de</strong> ocupação <strong>do</strong> solo razoavelmente homogéneos, perfeitamente individualiza<strong>do</strong>s ei<strong>de</strong>ntificáveis no território da <strong>AML</strong>, ou conjuntos <strong>de</strong> áreas com padrões <strong>de</strong> ocupaçãodistintos, que por si só constituem sub-unida<strong>de</strong>s territoriais, para as quais, ao nívelmetropolitano, faz senti<strong>do</strong> uma abordagem conjunta e uma intervenção integrada.1. Estuário <strong>do</strong> TejoO Estuário <strong>do</strong> Tejo constitui o espaço central da <strong>AML</strong>, sen<strong>do</strong> em torno das suas margens quese iniciou o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> sistema urbano, em ligação com os mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> vidaribeirinhos que a sua presença proporcionava, e sen<strong>do</strong> através <strong>de</strong>le que se fazem as ligaçõesentre a margem norte e a margem sul da área urbana mais <strong>de</strong>nsa da <strong>AML</strong>.Em termos naturais, o Estuário é uma área <strong>de</strong> importância estratégica ao nível metropolitanoe nacional. Os seus valores naturais <strong>de</strong>correm, em particular, da sua dimensão, diversida<strong>de</strong>,riqueza florística e faunística e, <strong>de</strong> um mo<strong>do</strong> geral, da varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> ecossistemas que neleocorrem, estan<strong>do</strong> classifica<strong>do</strong>s como Reserva Natural e Zona <strong>de</strong> Protecção Especial para aavifauna.Existem conflitos e ameaças a esta unida<strong>de</strong> <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> usos ribeirinhos, <strong>do</strong> seufuncionamento como meio receptor da Bacia Hidrográfica <strong>do</strong> Rio Tejo, bem como <strong>de</strong>activida<strong>de</strong>s localizadas na envolvente urbana, entre elas algumas associadas ao porto <strong>de</strong>Lisboa.O estuário tem condições para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s económicas e <strong>de</strong> recreio elazer importantes para a evolução da <strong>AML</strong> e para funcionar como elemento aglutina<strong>do</strong>r eestrutura<strong>do</strong>r <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> duas margens, integran<strong>do</strong> as condiçõesambientais particulares e traduzin<strong>do</strong> uma das i<strong>de</strong>ias-chave <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>lo Territorial proposto:”Recentrar a Área Metropolitana no Estuário <strong>do</strong> Tejo”.2. Lisboa Centro MetropolitanoEsta unida<strong>de</strong> territorial correspon<strong>de</strong> sensivelmente ao concelho <strong>de</strong> Lisboa, com excepção daárea a noroeste <strong>do</strong> aeroporto, e constitui o centro da <strong>AML</strong>. Cerca <strong>de</strong> 85% <strong>de</strong>sta área éclassificada como urbano consolida<strong>do</strong>, nela se atingin<strong>do</strong>, em termos globais, as maiores<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ocupação da <strong>AML</strong>.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 43Figura 8 – Unida<strong>de</strong>s Territoriais


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 44Embora assim i<strong>de</strong>ntificada, os limites da unida<strong>de</strong> ”Lisboa-Centro Metropolitano” sãonaturalmente difusos, apresentan<strong>do</strong> uma forte continuida<strong>de</strong> espacial e funcional com asunida<strong>de</strong>s envolventes, em particular nas áreas <strong>de</strong> fronteira com os gran<strong>de</strong>s eixos urbanosque <strong>de</strong>la irradiam: Cascais; Sintra; Loures e Vila Franca <strong>de</strong> Xira.Nesta unida<strong>de</strong> polariza<strong>do</strong>ra concentra-se a gran<strong>de</strong> maioria <strong>do</strong>s equipamentos e serviços <strong>de</strong>nível superior e nele convergem as principais infraestruturas <strong>de</strong> transportes e gran<strong>de</strong>s fluxos<strong>de</strong> população e bens, o que tem <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> problemas <strong>de</strong> congestionamento e <strong>de</strong>funcionalida<strong>de</strong>.Em termos gerais, esta área estrutura-se: numa área central que engloba as áreas históricas<strong>do</strong> centro, on<strong>de</strong> existem áreas com graves problemas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sertificação populacional e <strong>de</strong><strong>de</strong>cadência comercial; nos espaços <strong>de</strong> importância histórico-cultural <strong>de</strong> Ajuda e Belém; nosgran<strong>de</strong>s eixos <strong>de</strong> crescimento inicial da cida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> se localizam importantes manchas <strong>de</strong>terciário; em áreas pontuais e eixos <strong>de</strong>squalifica<strong>do</strong>s e <strong>de</strong>grada<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>signadamenteassocia<strong>do</strong>s a bairros históricos, áreas industriais e <strong>de</strong> armazenagem em <strong>de</strong>cadência e áreas<strong>de</strong> habitação social; numa faixa envolvente mais recente, <strong>de</strong>senvolvida em torno da 2.ªcircular, prolongada pelo eixo N/S, on<strong>de</strong> se registaram e continuam a registar fenómenos <strong>de</strong><strong>de</strong>nsificação acelerada.Nas áreas <strong>de</strong> fronteira com os principais eixos <strong>de</strong> crescimento urbano que <strong>de</strong>la irradiamocorrem, ainda, lacunas e <strong>de</strong>sarticulações <strong>de</strong> infraestruturação, fenómenos <strong>de</strong><strong>de</strong>squalificação <strong>do</strong> espaço urbano, <strong>de</strong>signadamente a existência <strong>de</strong> núcleos <strong>de</strong> barracas eoutro tipo <strong>de</strong> habitação <strong>de</strong>gradada, em promiscuida<strong>de</strong> com unida<strong>de</strong>s industriais e <strong>de</strong>armazenagem em <strong>de</strong>clínio, aban<strong>do</strong>nadas ou, <strong>de</strong> um mo<strong>do</strong> geral, pouco cuidadas inseridasnum espaço público não minimamente trata<strong>do</strong>.Os problemas <strong>de</strong> pobreza, exclusão ou, <strong>de</strong> alguma forma, <strong>de</strong> <strong>de</strong>squalificação social são nestaunida<strong>de</strong> particularmente graves, afectan<strong>do</strong> cerca <strong>de</strong> 30% da população resi<strong>de</strong>nte, agrava<strong>do</strong>spela presença significativa <strong>de</strong> minorias étnicas resi<strong>de</strong>ntes em bairros <strong>de</strong>grada<strong>do</strong>s.3. Espaço Metropolitano PoenteO Espaço Metropolitano Poente, adjacente a Lisboa-Centro Metropolitano, forma com esteum contínuo urbano suporta<strong>do</strong> pelos <strong>do</strong>is gran<strong>de</strong>s eixos <strong>de</strong> transportes ro<strong>do</strong> e ferroviáriosque ligam Lisboa a Cascais e a Sintra.Nesta unida<strong>de</strong> individualizam-se três sub-unida<strong>de</strong>s distintas:• ”Eixo Algés – Cascais”, eixo consolida<strong>do</strong>, <strong>de</strong> crescimento inicial ao longo da linha <strong>de</strong>caminho <strong>de</strong> ferro e da Estrada Marginal, cuja posição geográfica privilegiada <strong>de</strong>terminouuma urbanização <strong>do</strong>minantemente <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, em estreita relação com o aproveitamentodas potencialida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> litoral e ligada a padrões <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> ambiental eleva<strong>do</strong>s. Noterritório, a especificida<strong>de</strong> <strong>do</strong> crescimento urbano traduziu-se numa ocupação <strong>de</strong> baixa<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> com pre<strong>do</strong>minância, face ao total da área ocupada, da tipologia em moradias.A construção recente <strong>do</strong> IC15 (A5), no limite norte <strong>do</strong> eixo, veio reforçar muitosignificativamente a acessibilida<strong>de</strong>, contribuin<strong>do</strong> para a estruturação da sua área maisinterior e menos qualificada, <strong>de</strong>signadamente atrain<strong>do</strong> a implantação <strong>de</strong> importantesnúcleos <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> terciária <strong>de</strong> nível superior, em particular no concelho <strong>de</strong> Oeiras, mastambém dinamizan<strong>do</strong> processos <strong>de</strong> urbanização que po<strong>de</strong>m entrar em conflito com ascapacida<strong>de</strong>s da re<strong>de</strong> viária interna.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 45Nesta sub-unida<strong>de</strong>, o ”Eixo Cascais – Estoril” continua a manter gran<strong>de</strong> atractivida<strong>de</strong> emtermos <strong>do</strong> turismo, recreio e lazer, nacional e internacional;• ”Eixo Ama<strong>do</strong>ra – Sintra”, também um eixo consolida<strong>do</strong> <strong>de</strong> crescimento organiza<strong>do</strong> emtorno da linha <strong>de</strong> caminho <strong>de</strong> ferro, teve na sua génese a resposta a procuras <strong>de</strong> populaçãocom menor po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra e apresenta actualmente marcas expressivas da fracaestruturação da urbanização e baixos índices <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> da construção e <strong>do</strong> espaçopúblico. Nalgumas áreas pontuais, verifica-se já a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> renovar o teci<strong>do</strong> edifica<strong>do</strong>em resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> eleva<strong>do</strong> nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação <strong>de</strong> alguns bairros habitacionais <strong>de</strong> muito máqualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> construção, bem como <strong>do</strong> <strong>de</strong>clínio e aban<strong>do</strong>no <strong>de</strong> instalações industriais.Nesta sub-unida<strong>de</strong>, os padrões são <strong>de</strong> elevada <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>, <strong>do</strong>minan<strong>do</strong> extensamente astipologias <strong>de</strong> edifícios multifamiliares. A construção <strong>do</strong> IC 19, ao longo <strong>do</strong> seu limite sul,trouxe um reforço <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> e novas dinâmicas <strong>de</strong> ocupação <strong>do</strong> solo, a que seassociam novos problemas <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> nesta sub-unida<strong>de</strong> e nas sub-unida<strong>de</strong>s localiza<strong>do</strong>simediatamente a sul;• A área intersticial entre os <strong>do</strong>is eixos, <strong>de</strong>signada por Interior <strong>do</strong> Espaço MetropolitanoPoente, apresenta uma matriz <strong>de</strong> ocupação <strong>do</strong> solo caracterizada pela profusão esimultaneida<strong>de</strong> <strong>de</strong> usos edifica<strong>do</strong>s num contexto <strong>de</strong> insipiente ou nula estruturaçãoterritorial. Este é um território marca<strong>do</strong> por extensos fenómenos <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> géneseilegal e <strong>de</strong> urbanização/localização <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s avulsas e não planeadas, <strong>de</strong>ficientes eminfraestruturas e muito fragmentadas e <strong>de</strong>sorganizadas. Por outro la<strong>do</strong>, verifica-se a<strong>de</strong>scaracterização <strong>do</strong>s centros <strong>do</strong>s antigos núcleos rurais e <strong>do</strong> património edifica<strong>do</strong> liga<strong>do</strong>sàs quintas, e a existência <strong>de</strong> pressões generalizadas sobre o solo ainda não construí<strong>do</strong> oufracciona<strong>do</strong> para a construção.Neste panorama <strong>de</strong> <strong>de</strong>sorganização territorial sobressaem, no entanto, algumas áreas <strong>de</strong>activida<strong>de</strong> económica dinâmicas e com fortes potencialida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> servir <strong>de</strong> motor ao<strong>de</strong>senvolvimento, <strong>de</strong>signadamente as manchas industriais ligadas à química farmacêutica noconcelho <strong>de</strong> Sintra e o Tagus Park no concelho <strong>de</strong> Oeiras.O IC 15 (A5) e o IC19 constituem, respectivamente, os limites sul e norte <strong>de</strong>sta sub-unida<strong>de</strong>,que será no futuro servida pelo IC 30, no sopé oriental da Serra <strong>de</strong> Sintra implementan<strong>do</strong>uma importante ligação <strong>de</strong> Cascais a Sintra, numa área <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong> paisagística.No seu conjunto, esta unida<strong>de</strong> apresenta gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ficiências em termos <strong>de</strong> ligações viáriasinternas e <strong>de</strong> articulação funcional, existin<strong>do</strong>, no entanto, um potencial urbano e <strong>de</strong>consolidação e diversificação da base económica que po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que<strong>de</strong>vidamente orienta<strong>do</strong> e organiza<strong>do</strong>.Sen<strong>do</strong> um território com uma ocupação muito extensiva, as áreas livres <strong>de</strong> construção sãoexíguas, registan<strong>do</strong>-se graves conflitos com o funcionamento <strong>do</strong> sistema ecológico,<strong>de</strong>signadamente <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a estrangulamentos <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> drenagem natural, à ocupação <strong>de</strong>áreas <strong>de</strong> amortecimento <strong>de</strong> cheias e, <strong>de</strong> uma forma geral, à dificulda<strong>de</strong> <strong>do</strong> restabelecimentoda continuida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s sistemas, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> limites estáveis.4. Eixo Sacavém Vila Franca <strong>de</strong> XiraEixo urbano-industrial <strong>de</strong> expansão <strong>de</strong> Lisboa para Nor<strong>de</strong>ste, <strong>de</strong>senvolveu-se ao longo <strong>do</strong>caminho <strong>de</strong> ferro (linha <strong>do</strong> Norte) e <strong>do</strong> IP1 (A1). Com áreas habitacionais <strong>de</strong> dimensão e<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> significativas, este eixo tem um cariz nitidamente industrial com importantes


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 46unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> indústria transforma<strong>do</strong>ra – algumas <strong>de</strong>las ligadas à exploração <strong>de</strong> recursoslocais, como a cimenteira – e <strong>de</strong> armazenagem.A sua natureza ribeirinha proporcionava à partida excelentes condições naturais, mas aocupação <strong>do</strong> território processou-se <strong>de</strong> uma forma pesada, não aproveitan<strong>do</strong> essaspotencialida<strong>de</strong>s, verifican<strong>do</strong>-se, nomeadamente, a implantação <strong>de</strong> extensos cordões <strong>de</strong>construções industriais junto ao rio que impossibilitam a fruição <strong>do</strong> espaço ribeirinho eimpe<strong>de</strong>m as ligações <strong>do</strong> sistema ecológico entre o interior e o rio.Alterações <strong>de</strong> natureza económica levaram ao <strong>de</strong>clínio <strong>de</strong> muitas unida<strong>de</strong>s industriais,assistin<strong>do</strong>-se a uma fase <strong>de</strong> reestruturação com a substituição da indústria por outrasactivida<strong>de</strong>s industriais ou pela armazenagem – em <strong>de</strong>terminadas áreas associada à logística -e a eleva<strong>do</strong>s índices <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação da paisagem liga<strong>do</strong>s ao aban<strong>do</strong>no <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s e àsubstituição <strong>de</strong>sregrada <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s. O aproveitamento <strong>de</strong>senquadra<strong>do</strong> <strong>de</strong> antigas áreasocupadas por indústria para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> urbanizações para fins habitacionaisrevela, também, índices <strong>de</strong> <strong>de</strong>squalificação resultantes da promiscuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> usos e da falta<strong>de</strong> integração <strong>do</strong>s teci<strong>do</strong>s urbanos.Sen<strong>do</strong> um eixo ribeirinho relativamente estreito, encaixa<strong>do</strong> entre a margem <strong>do</strong> Tejo e ascosteiras que o separam <strong>do</strong> interior é, no entanto, pela sua posição geográfica, um canalprivilegia<strong>do</strong> para a passagem <strong>de</strong> infraestruturas que ligam o centro da <strong>AML</strong> ao Vale <strong>do</strong> Tejo ea Norte, <strong>de</strong>notan<strong>do</strong> já fortes estrangulamentos.Este eixo prolonga-se para além <strong>de</strong> Vila Franca <strong>de</strong> Xira, acompanhan<strong>do</strong> as vias <strong>de</strong>comunicação ao longo <strong>do</strong> Vale <strong>do</strong> Tejo, apresentan<strong>do</strong> continuida<strong>de</strong> física com a áreaindustrial <strong>do</strong> Carrega<strong>do</strong>, inserida na unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Carrega<strong>do</strong>/Ota/Azambuja. Apresenta,também, fortes ligações com o interior <strong>do</strong>s concelhos <strong>de</strong> Loures e <strong>de</strong> Vila Franca <strong>de</strong> Xira,reforçadas pela CREL e, futuramente, incrementadas com a construção da Via <strong>de</strong> Cintura da<strong>AML</strong> e <strong>do</strong> IC2/A10. Neste contexto, Alverca constitui um importante pólo <strong>de</strong>ste eixo,<strong>de</strong>ten<strong>do</strong> já um papel <strong>de</strong> interface <strong>de</strong> transportes e <strong>de</strong> centro polariza<strong>do</strong>r <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s eserviços liga<strong>do</strong>s à logística. O reforço da ligação <strong>de</strong>ste eixo para Sul pela Lezíria <strong>do</strong> Tejo, aimplementar com o IC11 que atravessará o rio Tejo no Carrega<strong>do</strong> (no limite exterior daunida<strong>de</strong>), contribuirá para o reforço da centralida<strong>de</strong> assumida por Vila Franca <strong>de</strong> Xira.5. Arco Ribeirinho SulO Arco Ribeirinho Sul integra várias sub-unida<strong>de</strong>s distintas: a mancha urbana consolidada<strong>de</strong>senvolvida em torno da margem esquerda <strong>do</strong> Estuário <strong>do</strong> Tejo, <strong>de</strong> Cacilhas ao Montijo; ointerior <strong>do</strong>s concelhos <strong>de</strong> Almada e Seixal; a faixa litoral da Costa da Caparica e das praiasurbanas estendida até à Fonte da Telha, incluin<strong>do</strong> algumas áreas urbanas <strong>de</strong> carácterturístico; as vertentes ribeirinhas <strong>do</strong> concelho <strong>de</strong> Almada. No seu conjunto, estas subunida<strong>de</strong>sconstituem a gran<strong>de</strong> coroa urbana da margem sul.O <strong>de</strong>senvolvimento urbano <strong>do</strong> Arco Ribeirinho <strong>de</strong> Cacilhas ao Montijo iniciou-se a partir <strong>do</strong>slocais <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> fluvial a Lisboa. A construção da Ponte 25 <strong>de</strong> Abril fomentou umasuburbanização em gran<strong>de</strong> escala no troço ribeirinho <strong>de</strong> Almada ao Fogueteiro, a nascenteda autoestrada, traduzida no forte crescimento da construção <strong>de</strong> alta <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>, emtipologias multifamiliares para <strong>do</strong>rmitório da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa. Na parte nascente <strong>de</strong>staunida<strong>de</strong>, a ocupação urbana é polinucleada, <strong>de</strong>scontínua e diversificada, existin<strong>do</strong> núcleoshistóricos ribeirinhos ainda relativamente conserva<strong>do</strong>s e preserva<strong>do</strong>s mas também bolsas <strong>de</strong>habitação <strong>de</strong> má qualida<strong>de</strong> construtiva e arquitectónica, muito congestionadas e<strong>de</strong>ficientemente equipadas e infraestruturadas, algumas constituin<strong>do</strong> guetos comproblemas <strong>de</strong> exclusão social.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 47A ocupação industrial tem, tradicionalmente, uma forte presença no Arco Ribeirinho, noentanto, a evolução económica das últimas décadas levou à obsolescência e <strong>de</strong>cadência <strong>de</strong>muitas unida<strong>de</strong>s que se encontram aban<strong>do</strong>nadas ou em processo <strong>de</strong> aban<strong>do</strong>no. A alteração<strong>do</strong>s processos <strong>de</strong> produção e <strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> produtos, por um la<strong>do</strong>, e o incremento <strong>do</strong>ssectores <strong>do</strong> comércio e da armazenagem, por outro, imprimiram movimentos <strong>de</strong>reorganização espacial das activida<strong>de</strong>s e, inerentemente, da oferta <strong>de</strong> emprego na Península<strong>de</strong> Setúbal, no senti<strong>do</strong> geral <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocalização <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> arco ribeirinho em direcçãoàs áreas <strong>de</strong> Coina e <strong>de</strong> Setúbal.A poente da autoestrada, a área interior <strong>do</strong> concelho <strong>de</strong> Almada e <strong>de</strong> parte <strong>do</strong> concelho <strong>do</strong>Seixal, apresenta-se como um espaço urbano caracteriza<strong>do</strong> por uma urbanização extensivacom base em tipologias <strong>de</strong> moradias, <strong>de</strong> primeira residência no sector norte e <strong>de</strong> segundaresidência no sector sul.Recentemente, a fronteira <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is distintos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> urbanização, assumida pelaautoestrada, tem vin<strong>do</strong> a diluir-se mediante a progressão da urbanização <strong>de</strong> elevada<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>, em altura, para poente da autoestrada, como é já visível na baixa <strong>de</strong> Corroios eao longo <strong>do</strong> IC20, que liga Almada à Costa da Caparica. A entrada em funcionamento daligação ferroviária a Lisboa ten<strong>de</strong>rá a acentuar este fenómeno.As vertentes <strong>de</strong> Almada viradas para o Tejo constituem espaços naturais <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valor,constituin<strong>do</strong> um importante património paisagístico no enquadramento que proporcionamao rio Tejo e à cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa. Estas vertentes são pontualizadas, junto ao rio, por cais einstalações <strong>de</strong> armazenagem relacionadas com o movimento portuário. As construções naencosta virada a sul, sem o <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> respeito das cérceas pela linha <strong>de</strong> festo, constituemintrusões visuais graves que diminuem a qualida<strong>de</strong> visual <strong>de</strong> toda esta área.A sub-unida<strong>de</strong> Costa da Caparica/Fonte da Telha/Aroeira–Verdizela agrupa um conjunto <strong>de</strong>áreas urbanas <strong>de</strong>senvolvidas com base no turismo, recreio e lazer. Trata-se <strong>de</strong> uma frentecom vocação balnear <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carga em termos <strong>de</strong> praia, mas comsensibilida<strong>de</strong>s próprias que têm <strong>de</strong> ser equacionadas, em particular com a Área <strong>de</strong> PaisagemProtegida da Arriba Fóssil da Costa da Caparica e com as áreas sensíveis <strong>do</strong> litoral.Decorrente <strong>de</strong> um cenário <strong>de</strong> crescimento que privilegiou as relações com Lisboa, asconexões internas <strong>do</strong> arco são fracas, processan<strong>do</strong>-se principalmente entre concelhosfisicamente mais próximos – Almada/Seixal, Barreiro/Moita, Montijo/Alcochete – emanifestan<strong>do</strong> subalternização <strong>do</strong>s que não possuem ligação directa a Lisboa relativamenteaos que a possuem. A conclusão <strong>do</strong> IC32 e a implementação <strong>do</strong> projecto <strong>do</strong> metro <strong>de</strong>superfície criarão condições para o fomento e a consolidação <strong>de</strong> relações transversais nointerior <strong>do</strong> arco.Neste conjunto, o concelho <strong>de</strong> Almada tem vin<strong>do</strong> a <strong>de</strong>stacar-se num processo <strong>de</strong>autonomização e quebra <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência relativamente a Lisboa que passa peloequipamento, infraestruturação e pela <strong>do</strong>tação funcional e <strong>de</strong> emprego.A implementação <strong>do</strong> mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> transporte ferroviário na Ponte 25 <strong>de</strong> Abril permite melhorarsignificativamente a acessibilida<strong>de</strong> nas ligações entre as duas margens, constituin<strong>do</strong> umimportante contributo para a afirmação da margem sul numa perspectiva <strong>de</strong> interacção ecomplementarida<strong>de</strong> com Lisboa.6. Setúbal-Palmela


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 48A unida<strong>de</strong> Setúbal - Palmela encerra duas sub-unida<strong>de</strong>s: o pólo urbano e industrial <strong>de</strong>Setúbal, por razões históricas e <strong>de</strong> complementarida<strong>de</strong> funcional naturalmente associa<strong>do</strong> aPalmela, e a área agrícola a norte <strong>de</strong> Setúbal.O contexto territorial <strong>de</strong> Setúbal confere-lhe uma condição periférica face ao centro da <strong>AML</strong>e, simultaneamente, uma gran<strong>de</strong> centralida<strong>de</strong> face à acessibilida<strong>de</strong> que <strong>de</strong>tém nos váriosmo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> transporte (ro<strong>do</strong>viário, ferroviário e marítimo), situação que possibilitou a suaconsolidação em termos económicos e a <strong>do</strong>tação em infraestruturas e equipamentos <strong>de</strong>nível superior que lhe dão um eleva<strong>do</strong> grau <strong>de</strong> autonomia funcional e que o elegem comouma centralida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nível sub-regional <strong>de</strong>ntro da <strong>AML</strong> e extra-regional na sua relação com aregião <strong>do</strong> Alentejo.O dinamismo económico <strong>de</strong>ste pólo <strong>de</strong>ve-se, em particular, às activida<strong>de</strong>s ligadas ao porto<strong>de</strong> Setúbal – porto <strong>de</strong> importância estratégica por si mesmo e pela complementarida<strong>de</strong>funcional com os portos <strong>de</strong> Lisboa e <strong>de</strong> Sines – e a um processo <strong>de</strong> industrialização muitovira<strong>do</strong> para a exportação, que se encontra em franco crescimento associa<strong>do</strong> aos fenómenos<strong>de</strong> relocalização, renovação e incremento industrial <strong>de</strong>ntro da Península <strong>de</strong> Setúbal.Esta unida<strong>de</strong> tem fortes relações físicas e funcionais com a Península <strong>de</strong> Tróia não sen<strong>do</strong>possível equacionar algumas das questões <strong>do</strong> seu <strong>de</strong>senvolvimento sem a consi<strong>de</strong>rar.A área agrícola norte, em especial as terras marginais <strong>do</strong> Sa<strong>do</strong>, tem importância <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong>vista agrícola e ambiental, <strong>de</strong>signadamente em termos <strong>de</strong> manutenção da diversida<strong>de</strong>biológica e da capacida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s solos como <strong>de</strong>pura<strong>do</strong>res das águas.No seu conjunto, esta unida<strong>de</strong> encerra um eleva<strong>do</strong> potencial em termos naturais, históricose culturais, dada a sua localização geográfica - entre o Parque Natural da Serra da Arrábida ea Reserva Natural <strong>do</strong> Estuário <strong>do</strong> Tejo - e as ocorrências patrimoniais históricas que <strong>de</strong>témbem preservadas, <strong>de</strong>signadamente os centros históricos <strong>de</strong> Setúbal e Palmela.7. Planície Interior SulA Planície Interior Sul constitui o território central na Península <strong>de</strong> Setúbaladministrativamente reparti<strong>do</strong> por seis concelhos.Os processos iniciais <strong>de</strong> transformação <strong>de</strong>ste território estão liga<strong>do</strong>s ao boom <strong>de</strong> construçãoda margem sul, inicia<strong>do</strong> com a entrada em funcionamento da Ponte 25 <strong>de</strong> Abril,encontran<strong>do</strong>-se actualmente muito marca<strong>do</strong> por extensos fenómenos <strong>de</strong> fraccionamentoespeculativo da proprieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong> construção <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada e fragmentada - com insipientesou nulas infraestruturas - em gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong> origem ilegal, associada a primeira e segundaresidência e a indústria e armazenagem, que coexistem com gran<strong>de</strong> promiscuida<strong>de</strong> espacial.O processo <strong>de</strong> ocupação <strong>do</strong> solo, <strong>de</strong>senquadra<strong>do</strong> <strong>de</strong> qualquer iniciativa <strong>de</strong> planeamento,motivou a apropriação indiscriminada, para fins <strong>de</strong> construção não licenciada, <strong>de</strong> áreas quenitidamente não <strong>de</strong>veriam ser edificadas e conduziu à <strong>de</strong>squalificação ambiental epaisagística.A ocupação extensiva sem infraestruturação e a ausência <strong>de</strong> limites estáveis à urbanizaçãotrazem problemas à preservação <strong>do</strong> aquífero da Península <strong>de</strong> Setúbal – reserva <strong>de</strong> águaestratégica – <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s da contaminação e exploração <strong>de</strong>sregrada, bem como à estabilida<strong>de</strong>das áreas naturais que lhe são adjacentes.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 49As boas condições <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> que levaram à sua transformação têm vin<strong>do</strong> a reforçarsee ten<strong>de</strong>rão a reforçar-se ainda mais com a construção <strong>do</strong> IC32, <strong>de</strong>ten<strong>do</strong> esta área umaposição cada vez mais <strong>de</strong>terminante no <strong>de</strong>senvolvimento da Península <strong>de</strong> Setúbal. Nestascondições, e num contexto <strong>de</strong> relocalização industrial, a área <strong>de</strong> Coina tem vin<strong>do</strong> aconstituir-se como fortemente atractiva para a implantação <strong>de</strong> importantes áreas industriais<strong>de</strong> armazenagem e <strong>de</strong> logística, manten<strong>do</strong>-se, no entanto, a falta <strong>de</strong> uma lógica <strong>de</strong>or<strong>de</strong>namento e <strong>de</strong> estruturação espacial.8. Arco Urbano Envolvente NorteNa fronteira da área mais <strong>de</strong>nsamente urbanizada da Gran<strong>de</strong> Lisboa, i<strong>de</strong>ntifica-se a unida<strong>de</strong>Arco Urbano Envolvente Norte que, numa situação <strong>de</strong> periferia <strong>de</strong> transição, inclui uma série<strong>de</strong> realida<strong>de</strong>s diversas: a zona industrial <strong>de</strong> Pero Pinheiro/Montelavar, área muito <strong>de</strong>gradadapela existência <strong>de</strong> industria extractiva e <strong>de</strong> tratamento da pedra; Serra da Carregueira, áreaflorestal <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> interesse para a Re<strong>de</strong> Ecológia Metropolitana; Belas, área <strong>de</strong> reconheci<strong>do</strong>interesse patrimonial histórico; Caneças/Odivelas/Loures, que inclui situações <strong>de</strong>fragmentação, falta <strong>de</strong> estruturação e conflitualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> usos; a zona envolvente norte <strong>do</strong>aeroporto e as costeiras <strong>de</strong> Loures, que apresentam uma situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>namentocrítica <strong>de</strong>rivada da conflitualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> usos e da construção em locais inapropria<strong>do</strong>s <strong>do</strong> ponto<strong>de</strong> vista geotécnico; a várzea <strong>de</strong> Loures, espaço agrícola importante em termos <strong>de</strong> solos,mas que, pela sua dimensão e pressão urbana envolvente, se encontra ameaça<strong>do</strong>;pontualizações <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> incultos e matos com interesse <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista daconservação da natureza; áreas <strong>de</strong> ocupação extensiva e pouco consolidadas <strong>do</strong> concelho<strong>de</strong> Vila Franca <strong>de</strong> Xira e <strong>do</strong> concelho <strong>de</strong> Arruda <strong>do</strong>s Vinhos; áreas agrícolas avulsas erepartidas.Esta unida<strong>de</strong>, no seu conjunto e <strong>de</strong>vidamente estruturada, po<strong>de</strong> constituir o espaço <strong>de</strong>remate on<strong>de</strong> as fronteiras da franja urbano-rural da <strong>AML</strong> norte se estabilizam.A construção <strong>do</strong> IC16, da Via <strong>de</strong> Cintura e <strong>do</strong> troço <strong>do</strong> IC2, que liga a CREL ao IC11,conjuntamente com a CREL, já executada, vão constituir a espinha <strong>do</strong>rsal <strong>do</strong> Arco UrbanoEnvolvente Norte, trazen<strong>do</strong> condições <strong>de</strong> forte acessibilida<strong>de</strong> e permitin<strong>do</strong> umaestruturação a partir da criação <strong>de</strong> plataformas organiza<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> serviços.Neste contexto, surge com relevância a área <strong>do</strong> Sabugo-Granja na confluência <strong>do</strong> IC16 e daLinha <strong>do</strong> Oeste e a área <strong>do</strong> MARL servida pela CREL e pela Via <strong>de</strong> Cintura.9. Espaço <strong>de</strong> Transição NascenteO Espaço <strong>de</strong> Transição Nascente abrange uma extensa faixa <strong>de</strong> território plano que seesten<strong>de</strong> entre Alcochete, Pinhal Novo e Palmela. Nesta faixa, configura-se uma área agrícolarelativamente diversificada em termos <strong>de</strong> dimensão das parcelas – <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as herda<strong>de</strong>s aosforos – mas sistematicamente marcada por ocorrências <strong>de</strong> habitação dispersa pouco <strong>de</strong>nsa,que culminam nos foros <strong>do</strong> concelho <strong>de</strong> Palmela, a par da existência <strong>de</strong> pequenos núcleosrurais.Embora a construção dispersa ligada à exploração agrícola fosse já uma característica <strong>de</strong>staunida<strong>de</strong>, as tendências <strong>de</strong> dispersão acentuaram-se significativamente com as novascondições <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> trazidas pela Ponte Vasco da Gama. Simultaneamente, alterou-seem <strong>de</strong>finitivo o grosso das motivações da construção dispersa no espaço rural, uma vez quegran<strong>de</strong> parte da actual procura é constituída por população urbana, que opta por habitarem meio rural mas exige os padrões <strong>de</strong> conforto <strong>do</strong> meio urbano.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 50Esta unida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenha um papel importante, quer a nível da exploração agrícola, peloeleva<strong>do</strong> potencial <strong>do</strong>s seus solos, quer a nível <strong>do</strong> equilíbrio <strong>do</strong> aquífero.Em termos <strong>de</strong> sistema urbano, as duas aglomerações <strong>de</strong> maior relevo são os aglomera<strong>do</strong>s <strong>de</strong>Alcochete e Pinhal Novo. O primeiro usufrui <strong>de</strong> uma posição privilegiada pela extensão <strong>de</strong>território que <strong>de</strong>tém em contacto com o Estuário <strong>do</strong> Tejo que lhe dá uma especial apetênciaao nível <strong>do</strong> turismo, recreio e lazer, principalmente relaciona<strong>do</strong> com a natureza e os<strong>de</strong>sportos naúticos, ten<strong>do</strong> sofri<strong>do</strong> nos últimos anos um gran<strong>de</strong> incremento habitacional epopulacional <strong>de</strong>corrente da nova travessia <strong>do</strong> Tejo. O segun<strong>do</strong>, <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> junto aocaminho <strong>de</strong> ferro, numa encruzilhada <strong>de</strong> vias <strong>de</strong> comunicação, constitui, pela <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong>construção superior face à envolvente, uma ilha no território, localizada numa posiçãocharneira entre Coina, Setúbal/Palmela e Montijo. Pela sua posição e características, PinhalNovo tem potencial para atrair activida<strong>de</strong>s, em articulação com aqueles pólos.10. Arrábida / Espichel / Matas <strong>de</strong> SesimbraA unida<strong>de</strong> Arrábida / Espichel / Matas congrega uma vasta área a su<strong>do</strong>este da Península <strong>de</strong>Setúbal e nela se inserem sub-unida<strong>de</strong>s autónomas, mas com a característica comum <strong>de</strong>constituírem espaços fundamentais <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista natural. São eles a Serra da Arrábida, oCabo Espichel, as matas <strong>de</strong> Sesimbra, a área agrícola <strong>de</strong> Azeitão, o eixo urbano Sesimbra /Santana / Lagoa <strong>de</strong> Albufeira.A Serra da Arrábida, classificada como Parque Natural, e o Cabo Espichel correspon<strong>de</strong>m auma extensa área costeira e serrana compreen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> falésias, costeira, marinhas, praias,maquis, garrigues, pastagens, florestas e áreas agrícolas compartimentadas <strong>de</strong> eleva<strong>do</strong>interesse e diversida<strong>de</strong> ecológica, constituin<strong>do</strong> paisagens e zonas únicas incontornáveis nariqueza patrimonial natural da <strong>AML</strong>.As matas <strong>de</strong> Sesimbra são um importante espaço da Península, constituin<strong>do</strong> a única manchaintegralmente florestal e contínua no seio da <strong>AML</strong> e <strong>de</strong>ten<strong>do</strong> uma ocupação arbórea <strong>de</strong>eleva<strong>do</strong> interesse faunístico e florístico. Com especial interesse, e classificada nas matas,encontra-se a zona húmida da Lagoa <strong>de</strong> Albufeira.A área agrícola <strong>de</strong> Azeitão, parcialmente incluída no parque natural, apresenta uma paisagemcompartimentada única e um património histórico-cultural associa<strong>do</strong> às quintas, e constituiuma área agrícola tradicional <strong>de</strong> eleva<strong>do</strong> interesse. Apresenta especializações na produção<strong>de</strong> queijo e vinho que potenciam o seu <strong>de</strong>senvolvimento agrícola e que não <strong>de</strong>vem serprejudicadas por outras activida<strong>de</strong>s. Simultaneamente, é uma área <strong>de</strong> habitação <strong>de</strong>qualida<strong>de</strong> em meio rural, <strong>de</strong> primeira e segunda residência, muito procurada.O eixo urbano Sesimbra/Santana/Lagoa <strong>de</strong> Albufeira é heterogéneo nas suas características,mas constitui, no conjunto, uma área urbanizada pre<strong>do</strong>minantemente para fins <strong>de</strong> turismo,recreio e lazer, essencialmente relaciona<strong>do</strong>s com as excelentes condições naturais interiorese litorais. Esta área incluí o porto <strong>de</strong> Sesimbra, um <strong>do</strong>s principais portos <strong>de</strong> pesca a nívelnacional. Algumas das áreas urbanas que encerra encontram-se <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nadas e<strong>de</strong>ficientemente infraestruturadas em consequência <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> urbanização avulsa,em parte <strong>de</strong> origem ilegal.11. Serra <strong>de</strong> SintraA Serra <strong>de</strong> Sintra, classificada como Parque Natural, sen<strong>do</strong> uma área <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> econtraste paisagístico constitui também uma paisagem única na <strong>AML</strong>, apresentan<strong>do</strong> umeleva<strong>do</strong> valor geológico, geomorfológico, florístico e faunístico.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 51Nesta unida<strong>de</strong> insere-se também Sintra Velha que, em conjunto com a serra, apresenta umpatrimónio histórico-cultural <strong>de</strong> enorme valor e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> atractivida<strong>de</strong> turística.12. Litoral Atlântico NorteO Litoral Atlântico Norte correspon<strong>de</strong> à parte atlântica da área agrícola norte que, pelas suascaracterísticas e pressões específicas, se individualiza <strong>do</strong> restante território.A faixa litoral esten<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Serra <strong>de</strong> Sintra até ao limite <strong>do</strong> concelho <strong>de</strong> Mafra, comindicação <strong>de</strong> que a partir daí, já fora da <strong>AML</strong>, se prolonga para o Oeste, apresentan<strong>do</strong> umalargura <strong>de</strong>terminada por critérios relaciona<strong>do</strong>s com características paisagísticas <strong>do</strong>s leitos dasribeiras que a atravessam na transversal. Nesta faixa, possuem eleva<strong>do</strong> interesse ecológico amaior parte das encostas e baixas aluvionares das linhas <strong>de</strong> água que drenam para oAtlântico, assim como a faixa costeira.Esta unida<strong>de</strong> apresenta uma agricultura <strong>de</strong> subsistência em pequenas parcelas, que seencontra em situação <strong>de</strong> lento e progressivo aban<strong>do</strong>no, <strong>de</strong>corrente da competição comoutras activida<strong>de</strong>s mais atractivas. No território, assiste-se a uma crescente ocupação porconstruções dispersas para diferentes usos e activida<strong>de</strong>s, em particular habitações ligadas aorecreio e lazer, mas também indústrias, com consequências negativas para uma paisageminstável e com reduzida capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> integração <strong>de</strong> construções arquitectonicamente<strong>de</strong>sajustadas e <strong>de</strong>senquadradas.A manutenção da agricultura, mesmo como complemento <strong>de</strong> outra activida<strong>de</strong>, e oestabelecimento <strong>de</strong> regras a<strong>de</strong>quadas à construção dispersa, são fundamentais para apreservação da paisagem e manutenção da atractivida<strong>de</strong> turística <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.Como sistemas urbanos liga<strong>do</strong>s ao turismo, recreio e lazer i<strong>de</strong>ntificam-se, nesta unida<strong>de</strong>,Colares / Magoito e Ericeira / Mafra, manchas urbanas já com pontos <strong>de</strong> saturação crítica porsobredimensionamento, sobretu<strong>do</strong> o segun<strong>do</strong>. Mafra tem uma especial vocação para oturismo, recreio e lazer, que lhe advem da proximida<strong>de</strong> ao litoral, <strong>do</strong> património cultural e dapaisagem agroflorestal ainda com elementos <strong>de</strong> ruralida<strong>de</strong>.13. Interior Norte AgrícolaExtenso espaço agrícola, com continuida<strong>de</strong> na sub-região Oeste, apresentan<strong>do</strong> umaconfiguração <strong>de</strong> relevo e <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong> culturas agrícolas e florestais que lhe dácaracterísticas próprias, possui áreas <strong>de</strong> eleva<strong>do</strong> interesse paisagístico (paisagem ”saloia”tradicional <strong>de</strong> Lisboa e seu termo) que importa garantir como elementos <strong>de</strong>sustentabilida<strong>de</strong>.A ocupação agrícola e pecuária tem condições para se manter, existin<strong>do</strong> uma tradição naoferta <strong>de</strong> alguns produtos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> como o vinho, as hortaliças e os queijos quebeneficiam <strong>de</strong> um merca<strong>do</strong> seguro, mas existem já indícios <strong>de</strong> ocupação diversificada e<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada <strong>do</strong> território, traduzida na localização dispersa <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s industriais e <strong>de</strong>armazenagem, e <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>na<strong>do</strong> <strong>do</strong>s núcleos urbanos tradicionais, que po<strong>de</strong>mpôr em causa o seu funcionamento e <strong>de</strong>terminam a necessida<strong>de</strong> <strong>do</strong> seu reor<strong>de</strong>namento.Tanto mais que estes factores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>namento têm tendência a agravar-se pelaproximida<strong>de</strong> à área <strong>de</strong> implantação <strong>do</strong> novo aeroporto <strong>de</strong> Lisboa.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 52Nesta unida<strong>de</strong> <strong>de</strong>staca-se o pólo urbano da Malveira com um papel importante no apoio àárea agrícola envolvente e na articulação <strong>de</strong>sta com o núcleo central da <strong>AML</strong>, bem como naarticulação da <strong>AML</strong> com Torres Vedras na sub-região Oeste.A Tapada <strong>de</strong> Mafra e a área florestal envolvente constituem um valor importante a preservar,tanto mais que integram uma das ligações estruturantes <strong>do</strong> Sistema EcológicoMetropolitano. A Tapada constitui um espaço único na <strong>AML</strong>, oferecen<strong>do</strong>, para além da suaimportância ambiental e paisagística, activida<strong>de</strong>s turísticas e culturais relevantes.14. Carrega<strong>do</strong> / Ota / AzambujaNesta unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> forte articulação com o Vale <strong>do</strong> Tejo, <strong>de</strong>staca-se a sua meta<strong>de</strong> sul pelapresença <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> dinamismo em termos <strong>de</strong> localização industrial, <strong>de</strong>armazenagem e <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s logísticas, sediadas no Carrega<strong>do</strong> e em Vila Nova <strong>de</strong> Rainha asquais já revelam algum congestionamento.O dinamismo da área será ainda mais acelera<strong>do</strong> com: a construção <strong>do</strong> IC11 – que a ligará, asul, directamente ao IP1 e, a Oeste, a Torres Vedras; a conclusão <strong>do</strong> IC2 – que fará a ligaçãonorte / sul e, muito em particular, o novo aeroporto <strong>de</strong> Lisboa na Ota.Nela existem também extensas áreas ocupadas por indústrias extractivas que levaram àextrema <strong>de</strong>gradação física e paisagística <strong>do</strong>s locais <strong>de</strong> exploração.Alenquer, Azambuja e Carrega<strong>do</strong> são os três pólos urbanos <strong>de</strong>sta unida<strong>de</strong>, to<strong>do</strong>sapresentan<strong>do</strong> fragilida<strong>de</strong>s face à localização <strong>do</strong> novo aeroporto.Pelos factos acima expostos e pelos gran<strong>de</strong>s condicionalismos topográficos que possuí,parece <strong>de</strong>terminante a implementação <strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong> planeamento que equacionem eapresentem soluções para as diferentes questões actuais e previstas.A sua posição na <strong>AML</strong> e as condições <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> que já <strong>de</strong>tém e as que lhe vão serproporcionadas pela execução <strong>do</strong> PRN conferem a esta unida<strong>de</strong> potencialida<strong>de</strong>s paraconstituir a plataforma logística norte <strong>de</strong> articulação da <strong>AML</strong> com o exterior da sub-região e<strong>do</strong> país.A meta<strong>de</strong> norte <strong>de</strong>sta unida<strong>de</strong> é uma área pre<strong>do</strong>minantemente florestal que por si só nãotem leitura na <strong>AML</strong>, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> ser equacionada em articulação com as opções <strong>de</strong>lineadas paraa área florestal contígua já no Vale <strong>do</strong> Tejo.15. Nascente Agro-FlorestalA unida<strong>de</strong> Nascente Agro-Florestal apresenta uma ocupação extensiva relativamentehomogénea, assente na exploração agro-florestal ligada ao monta<strong>do</strong> <strong>de</strong> sobro,apresentan<strong>do</strong> já algumas intrusões significativas <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> exploração agrícola intensiva <strong>de</strong>regadio. Nesta unida<strong>de</strong> insere-se a aglomeração urbana <strong>de</strong> Samora Correia/Porto Alto –Benavente.Parcialmente integrada na Reserva Natural <strong>do</strong> Estuário <strong>do</strong> Tejo, esta unida<strong>de</strong> possui umimportante valor agrícola e ecológico, <strong>de</strong>riva<strong>do</strong> <strong>do</strong> interesse económico da exploração <strong>do</strong>monta<strong>do</strong>, da protecção que proporciona ao aquífero, das condições que oferece à avifaunaem termos <strong>de</strong> habitat e <strong>do</strong> interesse paisagístico que, <strong>de</strong> um mo<strong>do</strong> geral, possui. É através<strong>de</strong>sta unida<strong>de</strong> que se estabelece a ligação ecológica <strong>do</strong>s Estuários <strong>do</strong> Tejo e <strong>do</strong> Sa<strong>do</strong>, umadas ligações estruturantes da Re<strong>de</strong> Ecológica Metropolitana.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 53Verificam-se, no entanto, pressões que se não forem <strong>de</strong>vidamente equacionadas e regradas,po<strong>de</strong>m por em causa o seu equilíbrio, <strong>de</strong>signadamente a agricultura <strong>de</strong> regadio, que temvin<strong>do</strong> a expandir a sua área <strong>de</strong> exploração à custa <strong>do</strong> monta<strong>do</strong>, e ocupações urbanasextensivas muito específicas, <strong>de</strong>terminadas pela procura <strong>de</strong> novas formas <strong>de</strong> habitar quepreten<strong>de</strong>m conciliar o mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> vida urbano com uma localização em espaço rural <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>qualida<strong>de</strong> ambiental e viabilizadas com base em regras <strong>de</strong> fraccionamento agrícola ou <strong>de</strong>ocupação turística.O eixo urbano <strong>de</strong> Samora Correia/Porto Alto, estendi<strong>do</strong> a Benavente, teve um crescimentomuito <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> pela sua ligação a Vila Franca <strong>de</strong> Xira, constituin<strong>do</strong> como que umaextensão <strong>de</strong>ste aglomera<strong>do</strong> <strong>do</strong> outro la<strong>do</strong> da Lezíria. Detém, no entanto, características <strong>de</strong>centralida<strong>de</strong> próprias que lhe advém da sua posição como centro presta<strong>do</strong>r <strong>de</strong>equipamentos e serviços à área agrícola envolvente.A execução <strong>do</strong>s futuros IC11, que ligará Torres Vedras à Marateca, atravessan<strong>do</strong> o Tejo noCarrega<strong>do</strong>, e IC3 que, no seguimento da Circular Interna da Península <strong>de</strong> Setúbal, ligaAlcochete ao Vale <strong>do</strong> Tejo seguin<strong>do</strong> a margem esquerda <strong>do</strong> rio, melhorarão <strong>de</strong> forma<strong>de</strong>terminante a acessibilida<strong>de</strong> e a centralida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste eixo urbano, tornan<strong>do</strong>-o um pontoincontornável na organização metropolitana. A construção <strong>do</strong> novo aeroporto na Ota será,também, um factor <strong>de</strong>terminante no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste eixo.A sul, a área <strong>de</strong> Pegões / Marateca, apresenta cruzamentos <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s viárias (ferro e ro<strong>do</strong>) –com alguma expressão em termos <strong>de</strong> localização industrial – e será reforçada emacessibilida<strong>de</strong> com a execução <strong>do</strong> IC11, que se articula com o IP1 e a Linha <strong>do</strong> Norte na área<strong>do</strong> Carrega<strong>do</strong>/Castanheira <strong>do</strong> Ribatejo, com o IC3 em Samora Correia/Benavente, com oIC13 em Santo Estevão e com a Linha <strong>do</strong> Sul-Alentejo. Acresce também que esta área possuiuma boa ligação ao porto <strong>de</strong> Setúbal, reunin<strong>do</strong>, assim, as condições para se constituir comoa plataforma logística <strong>de</strong> articulação sul da <strong>AML</strong> com o sul <strong>do</strong> país e com Espanha.16. Lezíria <strong>do</strong> TejoA Lezíria <strong>do</strong> Tejo, extremo sul <strong>de</strong> um espaço muito vasto pertencente ao Vale <strong>do</strong> Tejo,constitui, pelas boas condições que proporciona para as culturas intensivas <strong>de</strong> regadio, aárea agrícola <strong>de</strong> excelência da <strong>AML</strong>.De igual forma, as condições <strong>de</strong> alagamento que a tornam tão produtiva em termosagrícolas, <strong>de</strong>terminam o seu eleva<strong>do</strong> interesse em termos <strong>de</strong> valores naturais e a integraçãoda sua parte sul na Zona <strong>de</strong> Protecção Especial da Avifauna <strong>do</strong> Tejo.Esta unida<strong>de</strong> apresenta potenciais conflitos com o Estuário <strong>do</strong> Tejo, exigin<strong>do</strong> oestabelecimento <strong>de</strong> formas <strong>de</strong> compatibilização entre as práticas agrícolas e os imperativos<strong>de</strong> preservação <strong>do</strong> referi<strong>do</strong> Estuário, os quais, na área abrangida pela ZPE, se encontramprevistos no respectivo <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Gestão.17. Estuário <strong>do</strong> Sa<strong>do</strong>Do Estuário <strong>do</strong> Sa<strong>do</strong> apenas está inseri<strong>do</strong> na <strong>AML</strong> o seu extremo norte e a parte terminal daRibeira da Marateca.Tal como o Estuário <strong>do</strong> Tejo, este também está classifica<strong>do</strong> como Reserva Natural e Zona <strong>de</strong>Protecção Especial da Avifauna e constitui uma área <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância ecológica.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 54A complementarida<strong>de</strong> entre os <strong>do</strong>is Estuários em termos <strong>de</strong> habitat da avifauna é bastanteelevada, sen<strong>do</strong> a sua ligação um <strong>do</strong>s elementos chave da Re<strong>de</strong> Ecológica Metropolitana.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 553 Estrutura Metropolitana <strong>de</strong> Protecção eValorização AmbientalA Estrutura Metropolitana <strong>de</strong> Protecção e Valorização Ambiental constitui um objectivocentral no <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> e é concretizada no Esquema <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>lo Territorial através da Re<strong>de</strong>Ecológica Metropolitana e das áreas a estabilizar consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s elementos estruturantes e<strong>de</strong>cisivos para a sustentabilida<strong>de</strong> da <strong>AML</strong>.Re<strong>de</strong> Ecológica MetropolitanaA possibilida<strong>de</strong> e viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> constituição <strong>de</strong> uma estrutura ver<strong>de</strong> metropolitana é umobjectivo global concretiza<strong>do</strong> através <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong>correntes <strong>do</strong>s seguintesobjectivos:• Avaliação e caracterização <strong>do</strong>s padrões <strong>de</strong> ocupação <strong>do</strong> solo actualmente existentes <strong>do</strong>ponto <strong>de</strong> vista da forma e da configuração <strong>do</strong> edifica<strong>do</strong> e da sua relação com o nãoedifica<strong>do</strong>.• I<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong>s principais espaços livres, espaços <strong>de</strong> sobrevivência das áreas urbanas edas suas principais características geomorfológicas e urbanísticas.• I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> fenómenos <strong>de</strong> fronteira na envolvente das áreas classificadas ou sensíveis<strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista ecológico, assim como da sua coerência e estabilida<strong>de</strong> interna.• I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> espaços bloquea<strong>do</strong>s, intrusões, estrangulamentos e outros fenómenos<strong>de</strong>correntes da relação edifica<strong>do</strong>-não edifica<strong>do</strong>.• A problemática e coerência das áreas agrícolas ou florestais e das suas relações com outrosusos.• As áreas e centros urbanos emergentes e novas formas <strong>de</strong> alteração <strong>de</strong> usos <strong>do</strong> solo.• Avaliação <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong>s principais ecossistemas metropolitanos e das suas relações com asáreas urbanas, infraestruturas e equipamentos, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o seu conteú<strong>do</strong>, dinâmica,heterogeneida<strong>de</strong> e complexida<strong>de</strong>.Consi<strong>de</strong>ra-se que o sistema ecológico <strong>de</strong>verá funcionar ten<strong>do</strong> por base uma re<strong>de</strong> ecológicasuporte e elemento <strong>de</strong> conectivida<strong>de</strong> ecológica.A Re<strong>de</strong> Ecológica Metropolitana (REM) constitui um sistema <strong>de</strong> áreas e ligações queintegram, envolvem e atravessam as unida<strong>de</strong>s territoriais e o sistema urbano no seuconjunto.De acor<strong>do</strong> com os diferentes temas aborda<strong>do</strong>s, com especial incidência no conjunto dasáreas protegidas ou classificadas, nos elementos da estrutura ver<strong>de</strong> e <strong>do</strong>s padrões <strong>de</strong>ocupação <strong>do</strong> solo, nos estu<strong>do</strong>s e propostas <strong>do</strong> sector da Conservação da Natureza, <strong>do</strong>sRecursos Hídricos e <strong>do</strong>s Solos, entre outros, foi elaborada uma proposta <strong>de</strong> re<strong>de</strong>hierarquizada <strong>de</strong> áreas estruturantes e ligações ou corre<strong>do</strong>res que constituem a REM,integran<strong>do</strong> áreas e corre<strong>do</strong>res primários, áreas e corre<strong>do</strong>res secundários e áreas e ligaçõesvitais para o Sistema Ecológico Metropolitano.A – Re<strong>de</strong> PrimáriaAssim, são estabelecidas quatro áreas estruturantes primárias com as respectivasligações/corre<strong>do</strong>res estruturantes primários e que incluem os seguintes territórios.1. Serra <strong>de</strong> Sintra e Litoral <strong>de</strong> Colares a Cascais


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 56Correspon<strong>de</strong> ao núcleo central da Serra <strong>de</strong> Sintra, incluin<strong>do</strong> os territórios <strong>do</strong> Guincho eMalveira da Serra até à linha <strong>de</strong> água e faixa marítima.Paisagem única na <strong>AML</strong> <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> e contraste paisagístico.Trata-se <strong>de</strong> uma área com eleva<strong>do</strong> valor natural e paisagístico, ten<strong>do</strong> particular interesse <strong>do</strong>spontos <strong>de</strong> vista geomorfológico, florístico e faunístico.É um valor simbólico <strong>de</strong> referência metropolitana.Esta área encontra-se já classificada como Parque Natural – P. N. <strong>de</strong> Sintra/Cascais – eengloba área <strong>do</strong> sítio incluí<strong>do</strong> na Directiva HABITATS.A especificida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta unida<strong>de</strong> obriga a a<strong>do</strong>ptar um conjunto <strong>de</strong> orientações no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong>:• garantir que as intervenções na orla da serra ou junto aos limites <strong>do</strong> Parque Natural não<strong>de</strong>scaracterizam o espaço serra, nomeadamente na zona <strong>de</strong> transição para a Área UrbanaPoente. Esta área (zona <strong>de</strong> transição) <strong>de</strong>verá ser objecto <strong>de</strong> um estu<strong>do</strong> especial <strong>de</strong>s<strong>de</strong>Cascais até Sintra/Portela;• reforçar os meios <strong>de</strong> apoio técnico e financeiro ao controlo <strong>do</strong>s fogos, e à recuperação <strong>de</strong>áreas ardidas;• manter a área litoral como paisagem e zona única <strong>de</strong> Colares até ao Guincho (Encosta daMalveira);• garantir o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> núcleo urbano da Malveira da Serra e das áreas edificadas apoente e área envolvente, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com padrões <strong>de</strong> elevada exigência urbanística,arquitectónica e paisagística;• garantir a manutenção <strong>de</strong> percursos lentos nas estradas panorâmicas <strong>de</strong> fruiçãopaisagística. Trata-se <strong>de</strong> percursos com gran<strong>de</strong> interesse turístico;• controlar e <strong>de</strong>finir o remate urbano da área a Norte <strong>de</strong> Cascais, no contacto com o ParqueNatural;• garantir que a ocupação turística seja consentânea com áreas <strong>de</strong> eleva<strong>do</strong> interessepaisagístico, ecológico e patrimonial;• conter a edificação dispersa.2. Estuário <strong>do</strong> TejoÉ o elemento central da <strong>AML</strong> e constitui uma área húmida da maior importância a nívelNacional e Europeu. Apresenta uma biodiversida<strong>de</strong> muito elevada e uma excepcionaldiversida<strong>de</strong> paisagística, constituin<strong>do</strong> o elemento <strong>de</strong> referência simbólica da Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Lisboa e <strong>de</strong> toda a <strong>AML</strong>.Possui áreas classificadas <strong>de</strong> importância internacional, nomeadamente:• Reserva Natural <strong>do</strong> Estuário <strong>do</strong> Tejo• Zona <strong>de</strong> Protecção Especial, ao abrigo da Directiva Aves• Sítio da Lista Nacional <strong>de</strong> Sítios, Directiva HABITATS• Sítio ao abrigo da Convenção <strong>de</strong> RAMSAR• Biótopo CORINE


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 57Figura 9 – Re<strong>de</strong> Ecológica Metropolitana


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 58Figura 9.1 – Re<strong>de</strong> Ecológica Metropolitana


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 59Figura 9.2 – Re<strong>de</strong> Ecológica Metropolitana


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 60Os valores naturais, tratan<strong>do</strong>-se <strong>de</strong> uma zona húmida, são muito diversifica<strong>do</strong>s a nível <strong>de</strong>flora e comunida<strong>de</strong>s locais e da fauna (em especial a avifauna; é uma das 10 zonas húmidasmais importantes da Europa para Aves Aquáticas migratórias).Na margem sul assumem particular importância, pelas ameaças a que estão sujeitos, osesteiros e as zonas entre marés das linhas <strong>de</strong> água da Península <strong>de</strong> Setúbal que drenam parao Estuário.Espaço <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s económicas e <strong>de</strong> lazer importante a aproveitar.Os principais conflitos e ameaças <strong>de</strong>correm <strong>do</strong>s usos marginais que resultam das activida<strong>de</strong>slocalizadas na envolvente urbana e <strong>de</strong> funcionar como meio receptor da Bacia Hidrográfica<strong>do</strong> Rio Tejo.Os seus valores naturais <strong>de</strong>correm, em particular, da sua dimensão, da diversida<strong>de</strong> e riquezaflorística e faunística, e da varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> ecossistemas que nele ocorrem.3. Estuário <strong>do</strong> Sa<strong>do</strong>Só parcialmente incluí<strong>do</strong> no território da <strong>AML</strong>, constitui contu<strong>do</strong> o elemento estruturantelocaliza<strong>do</strong> mais a sul com especial importância ecológica e paisagística.Encontra-se classifica<strong>do</strong> com diversos níveis <strong>de</strong> protecção:• Reserva Natural <strong>do</strong> Estuário <strong>do</strong> Sa<strong>do</strong>• Sítio da Lista Nacional <strong>de</strong> Sítios Directiva-Habitats• Zona <strong>de</strong> Protecção Especial – Directiva Aves• Sitio ao abrigo da Convenção RAMSAR• Biótopo CORINEA unida<strong>de</strong> Estuário <strong>do</strong> Sa<strong>do</strong> engloba não só uma extensa área húmida como também áreasterrestres <strong>de</strong> elevada importância. Somente a margem norte <strong>do</strong> Estuário faz parte da <strong>AML</strong>.Os valores em causa dizem respeito em particular, à flora e comunida<strong>de</strong>s locais, à fauna,caracterizada pela presença <strong>de</strong> habitats diversos, e em especial pela ocorrência <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>passagem e invernada <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> aves aquáticas.Deverá garantir-se que as activida<strong>de</strong>s económicas localizadas na sua envolvente tenham ematenção o funcionamento <strong>de</strong>ste importante ecossistema.4. Arrábida – Espichel – Matas <strong>de</strong> Sesimbra – Lagoa <strong>de</strong> AlbufeiraEsta unida<strong>de</strong> paisagística constitui um elemento terrestre <strong>de</strong> contraponto às áreas estuarinas<strong>de</strong> elevada importância Metropolitana e Nacional.Trata-se <strong>de</strong> uma área <strong>de</strong> paisagem única com elementos extremamente diversifica<strong>do</strong>s, tanto<strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista geológico e geomorfológico, como florístico, faunístico e paisagístico.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 61Figura 9.3 – Re<strong>de</strong> Ecológica Metropolitana


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 62Des<strong>de</strong> áreas costeiras abruptas até zonas serranas, planícies arborizadas, falésias, costeiras,praias, maquis, pastagens, zonas agrícolas compartimentadas e florestas, todas ocorrem <strong>de</strong>forma contínua e integrada, representan<strong>do</strong> uma imagem coerente e <strong>de</strong> eleva<strong>do</strong> interessepaisagístico.Os factores <strong>de</strong> alteração <strong>de</strong> uso susceptíveis <strong>de</strong> pôr em causa os valores naturais expressosocorrem na zona da Lagoa <strong>de</strong> Albufeira, Santana e envolvente, e no contacto com as áreasurbanas a Norte e Nascente. A Lagoa <strong>de</strong> Albufeira constitui uma área lagunar <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>importância <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> ser consi<strong>de</strong>rada uma área nuclear para a conservação da natureza,assim como os sistemas dunares litorais que acompanham a linha <strong>de</strong> costa para Norte e Sulda Lagoa.Esta unida<strong>de</strong> possui áreas já protegidas que correspon<strong>de</strong>m a diversas classificações nacionaise internacionais:• Parque Natural da Serra da Arrábida• Parque Marinho da Arrábida• Sítio Classifica<strong>do</strong> da Gruta <strong>do</strong> Zambujal• Zona <strong>de</strong> Protecção Especial <strong>do</strong> Cabo Espichel (em vias <strong>de</strong> classificação – Directiva Aves)• Sítio Arrábida-Espichel ao abrigo da Lista Nacional <strong>de</strong> Sítios – Directiva Habitats• Reserva Biogenética <strong>do</strong> P.N. da Arrábida• Dois Biótopos CORINE• ZPE – Lagoa PequenaEsta gran<strong>de</strong> unida<strong>de</strong> estruturante <strong>de</strong>verá ser pensada <strong>de</strong> forma global, em especial a área <strong>de</strong>fronteira e remate com o arco ribeirinho sul.As suas potencialida<strong>de</strong>s para as activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> turismo, recreio e lazer, <strong>de</strong>verão serenquadradas pela garantia <strong>do</strong> respeito pelos valores estratégicos <strong>de</strong> protecção ambiental.5. Corre<strong>do</strong>res e Ligações Estruturantes PrimáriasUm conjunto <strong>de</strong> ligações e corre<strong>do</strong>res assumem particular importância nas relações entre asÁreas Estruturantes Primárias anteriormente <strong>de</strong>scritas.Estas ligações <strong>de</strong>correm, em primeiro lugar, da aplicação <strong>do</strong> princípio <strong>de</strong> ligações entre ossistemas ecológicos e da sua importância regional em particular para a fauna e atransferência e troca <strong>de</strong> energia entre sistemas ecológicos diferentes, que lhes garanteconsistência e sustentabilida<strong>de</strong>.Estas áreas <strong>de</strong>verão ser entendidas como os corre<strong>do</strong>res preferenciais para as trocas entreecossistemas, mas ao mesmo tempo representarem espaços <strong>de</strong> <strong>de</strong>safogo e <strong>de</strong>scompressão<strong>do</strong> sistema urbano, favorecen<strong>do</strong> e garantin<strong>do</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong>s fenómenos naturais.As principais ligações ocorrem entre os Estuários <strong>do</strong> Tejo e <strong>do</strong> Sa<strong>do</strong> e entre estes e as faixascosteiras atlânticas tanto para norte como para sul. Para o interior assume importânciacentral o corre<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Rio Tejo e <strong>do</strong> vale que lhe está associa<strong>do</strong>.As ligações indicadas são particularmente importantes para a avifauna e habitats com elasrelaciona<strong>do</strong>s, e dizem respeito, em particular, às seguintes faixas <strong>do</strong> território:1 Mouchões <strong>de</strong> Alverca e V. F. <strong>de</strong> Xira até ao Litoral S.Julião/Ribamar2 Estuário <strong>do</strong> Tejo – Rio e Vale <strong>do</strong> Tejo


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 633 Estuário <strong>do</strong> Tejo – Estuário <strong>do</strong> Sa<strong>do</strong>4 Serra <strong>de</strong> Sintra – Litoral Norte5 Serra <strong>de</strong> Sintra – Litoral Sul6 Serra da Arrábida – Estuário <strong>do</strong> Sa<strong>do</strong>7 Estuário <strong>do</strong> Sa<strong>do</strong> – Ribeira da MaratecaB. Re<strong>de</strong> SecundáriaAs áreas e os corre<strong>do</strong>res ou ligações incluí<strong>do</strong>s na re<strong>de</strong> secundária da REM incluem áreas esistemas com dimensão suficiente para serem claramente i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s e com importânciametropolitana e local na sustentabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo territorial.Constituem espaços ainda não pre<strong>do</strong>minantemente ocupa<strong>do</strong>s com edificações ouinfraestruturas e possuem interesse e biodiversida<strong>de</strong> ecológica (na maior parte <strong>do</strong>s casos,matas <strong>de</strong> caducifólias ou perenifólias ou vales e baixas aluvionares).Estas áreas relacionam-se com os sistemas hidrológicos <strong>de</strong> forma significativa, sen<strong>do</strong>importantes no controle das cheias e na qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> ambiente metropolitano.As encostas <strong>do</strong>s vales das ribeiras encaixadas, as áreas florestais <strong>de</strong> Sintra, a Serra daCarregueira, o Vale <strong>de</strong> Loures, as matas <strong>de</strong> Mafra e Malveira na margem norte constituem asáreas mais importantes.Na Península <strong>de</strong> Setúbal, para além das áreas <strong>de</strong> esteiros e valas que drenam para o Estuário,assumem particular importância a Mata <strong>do</strong>s Me<strong>do</strong>s, a Área <strong>de</strong> Paisagem Protegida da ArribaFóssil da Costa da Caparica, o Pinhal das Freiras, o Pinhal da Marquesa, o Pinhal das Formas,o Pinhal das Espanholas e a Mata da Machada representam as áreas com dimensãoapreciável e importância concelhia consi<strong>de</strong>rável e com ligações importantes às ÁreasEstruturantes Primárias.Estes espaços são igualmente importantes na resolução <strong>de</strong> carências e remates <strong>do</strong> sistemaurbano que lhes está próximo, para além <strong>de</strong> representarem os últimos exemplos das matasque cobriam a Península <strong>de</strong> Setúbal.Os seus valores naturais <strong>de</strong>correm <strong>do</strong> coberto vegetal arbóreo que possuem e da suadimensão relativa no sistema urbano.Nalguns casos representam os espaços limite para realização <strong>de</strong> ligações entre sistemasecológicos <strong>do</strong>s diferentes níveis e separação <strong>de</strong> sistemas urbanos <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>s e contínuos.Os corre<strong>do</strong>res assinala<strong>do</strong>s como corre<strong>do</strong>res estruturantes secundários acompanham, namaior parte <strong>do</strong>s casos, as linhas <strong>de</strong> água ou cabeços que estabelecem as ligações ecológicasentre áreas e unida<strong>de</strong>s territoriais.Uma atenção especial <strong>de</strong>ve ser dada aos territórios e aos sistemas atravessa<strong>do</strong>s por estescorre<strong>do</strong>res, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> manter e viabilizar a conectivida<strong>de</strong> entre as áreas e os sistemasindica<strong>do</strong>s.C. Áreas e Ligações / Corre<strong>do</strong>res VitaisO conceito <strong>de</strong> áreas e corre<strong>do</strong>res vitais <strong>de</strong>corre da constatação <strong>do</strong> facto <strong>de</strong> nas áreasurbanas consolidadas, não estruturadas, fragmentadas e <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nadas <strong>do</strong> território


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 64metropolitano, o espaço livre, não edifica<strong>do</strong>, ser já <strong>de</strong> dimensão e configuração que oremete para espaço residual, ainda que nalguns casos com dimensão aparente significativa.O reconhecimento <strong>de</strong> que sobre estas áreas consi<strong>de</strong>radas ainda não edificadas, incorrempretensões, direitos já constituí<strong>do</strong>s <strong>de</strong> urbanizar, equipar e infraestruturar, e ainda diversaspossibilida<strong>de</strong>s que <strong>de</strong>correm <strong>de</strong> propostas <strong>do</strong>s PDM aprova<strong>do</strong>s, (que <strong>de</strong>verão ser objecto <strong>de</strong>avaliação e quantificação) levam igualmente a reforçar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stas áreas seremencaradas como vitais para a resolução <strong>de</strong> problemas e carências <strong>do</strong> sistema urbano jáinstala<strong>do</strong>.De igual mo<strong>do</strong>, ainda po<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>vem representar o espaço <strong>de</strong> concretização <strong>de</strong> espaçospúblicos, zonas <strong>de</strong> lazer e recreio, em espaço não edifica<strong>do</strong>, fundamentais para ofuncionamento e qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> sistema urbano no seu conjunto.A análise sobre o espaço não edifica<strong>do</strong> nas áreas urbanas incidiu ainda sobre osestrangulamentos, intrusões e interrupções que, ocorren<strong>do</strong> no território metropolitano,põem em causa o funcionamento <strong>do</strong> sistema ecológico.Reconhece-se que a maioria das linhas <strong>de</strong> água da margem norte possuem a sua parte final“tamponada” por edificações ou outro tipo <strong>de</strong> construções, o que origina, em associaçãocom outros factores, a ocorrência <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> cheia e risco <strong>de</strong> inundações.De igual mo<strong>do</strong>, as linhas <strong>de</strong> água da margem sul encontram-se estranguladas no seu troçofinal ou com estrangulamentos contínuos ao longo <strong>do</strong> seu percurso, ainda que o carácter <strong>de</strong>risco <strong>de</strong> cheia não seja tão evi<strong>de</strong>nte face à natureza permeável <strong>do</strong>s terrenos envolventes.As intrusões ocorrem, principalmente, nas baixas aluvionares <strong>de</strong> Loures e no Arco RibeirinhoSul até à Planície Interior, on<strong>de</strong> os sistemas hidrológicos são afecta<strong>do</strong>s pelas edificações naszonas <strong>de</strong> baixa aluvionar ou mesmo sobre o leito tradicional das valas ou ribeiras.Algumas ligações estruturantes ou vitais estão interrompidas, o que po<strong>de</strong> provocar situações<strong>de</strong> risco por alagamento a montante.A classificação como área vital <strong>de</strong>verá conduzir a uma revisão das propostas <strong>de</strong> ocupaçãoque incidirem sobre estas áreas nos <strong>Plano</strong>s Municipais <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> Território, <strong>de</strong>acor<strong>do</strong> com os valores e objectivos expressos no <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong>.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 654 Transportes e Logística4.1 EnquadramentoNa ausência <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s integra<strong>do</strong>s e <strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong> planeamento <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong>transportes metropolitano, o <strong>PROT</strong><strong>AML</strong> propõe, no quadro da estratégia <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentoe <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo territorial <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s, um referencial para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong>planeamento sectorial.Atento o quadro actual, aponta-se como fundamental e prioritário a criação <strong>do</strong> edifícioinstitucional <strong>de</strong> suporte à constituição <strong>de</strong> uma estrutura <strong>de</strong> Planeamento e Gestão <strong>do</strong>sTransportes da Área Metropolitana <strong>de</strong> Lisboa, envolven<strong>do</strong> os diversos intervenientes comcompetências na matéria e responsável pelo <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> planeamentointegra<strong>do</strong> <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> transportes metropolitano.4.2 Conceito <strong>de</strong> Transportes para a <strong>AML</strong>A <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> um conceito <strong>de</strong> transportes para a <strong>AML</strong> exige a prévia opção pelo cenário <strong>de</strong>gestão da mobilida<strong>de</strong> em que nos preten<strong>de</strong>mos situar. Com efeito, quer os custos <strong>de</strong><strong>do</strong>tação em infraestruturas e oferta <strong>de</strong> transporte, quer <strong>do</strong> correspon<strong>de</strong>nte funcionamento<strong>do</strong> sistema, irão variar significativamente consoante se consi<strong>de</strong>re um cenário ten<strong>de</strong>ncial, ouse, pelo contrário, se assume que a administração pública – aos seus diferentes níveis esectores <strong>de</strong> actuação – irá ter um papel mais intervencionista, tanto ao nível da regulação <strong>do</strong>sistema, como no potenciar ao máximo o Transporte Colectivo através <strong>de</strong> planos directores,<strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com as directivas comunitárias <strong>de</strong> exigência <strong>de</strong> maior qualida<strong>de</strong> ambiental emprojectos <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> urbana e transporte interurbano.No primeiro caso, e tal como se verificou na última década, a satisfação das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><strong>de</strong>slocação da população da <strong>AML</strong> iria continuar a processar-se essencialmente através <strong>de</strong> umacréscimo significativo da utilização <strong>do</strong> transporte individual, com o consequente aumento<strong>do</strong> congestionamento <strong>de</strong> tráfego, o <strong>de</strong>créscimo da atractivida<strong>de</strong> <strong>do</strong> transporte colectivoro<strong>do</strong>viário e uma cada vez maior perda <strong>de</strong> cota <strong>de</strong> merca<strong>do</strong> para o sistema <strong>de</strong> transportescolectivos no seu to<strong>do</strong>. Apesar <strong>do</strong>s vultuosos investimentos que se verificaram nos últimosanos em infraestruturas e material circulante, o <strong>de</strong>créscimo no número <strong>de</strong> passageirostransporta<strong>do</strong>s em transporte colectivo tem si<strong>do</strong> uma constante, que é necessário inverter.Em alternativa preconiza-se uma atitu<strong>de</strong> mais dirigista da administração, a qual passa, numprimeiro momento, por <strong>de</strong>finir priorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investimento e <strong>de</strong> intervenção <strong>de</strong> formaintegrada, e ten<strong>do</strong> igualmente em conta uma perspectiva ambiental (diminuição <strong>de</strong>emissões poluentes e <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong> no espaço urbano e periurbano), visan<strong>do</strong> aumentar aatractivida<strong>de</strong> global <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> transportes colectivos, para <strong>de</strong>senvolver em seguida umaverda<strong>de</strong>ira política <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> sustentável, on<strong>de</strong> se actua simultaneamente em to<strong>do</strong>s osmo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> transporte.Neste âmbito, é necessário <strong>de</strong>senvolver uma política coerente <strong>de</strong> promoção <strong>de</strong> mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong>transporte menos agressivos para o ambiente e a saú<strong>de</strong> pública, bem como assumir umagestão <strong>do</strong> espaço viário on<strong>de</strong> a diminuição da oferta <strong>de</strong> estacionamento na via pública e emparques no centro das cida<strong>de</strong>s, bem como o aumento da tarifação <strong>do</strong> estacionamento terãoum papel essencial na penalização <strong>do</strong> uso indiscrimina<strong>do</strong> <strong>do</strong> transporte individual. Estas


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 66medidas são essenciais nas áreas centrais e nos corre<strong>do</strong>res mais congestiona<strong>do</strong>s para queseja possível <strong>de</strong>senvolver alternativas credíveis em transporte colectivo.No caso da administração optar por este segun<strong>do</strong> cenário, o conceito <strong>de</strong> transportes a<strong>de</strong>finir tem <strong>de</strong> ter em conta a actual estrutura espacial das <strong>de</strong>slocações no interior da <strong>AML</strong> 1 .Assim, se para as <strong>de</strong>slocações pendulares por motivo <strong>de</strong> trabalho é previsível que os fluxosmais importantes em direcção a Lisboa se continuem a realizar nos eixos radiais <strong>de</strong> expansãourbana, já para as <strong>de</strong>slocações por outros motivos (compras, serviços, recreio e lazer, …) asua maior incidência não terá um padrão radial, antes se processan<strong>do</strong> em termos <strong>de</strong> área,numa coroa circular <strong>de</strong>finida a partir <strong>de</strong> um raio <strong>de</strong> aproximadamente 10km a 15km a partir<strong>do</strong> centro da <strong>AML</strong> (rotunda <strong>do</strong> Marquês <strong>de</strong> Pombal), isto é, engloban<strong>do</strong> tanto as <strong>de</strong>slocaçõesradiais como as transversais. Com a progressiva <strong>de</strong>sconcentração <strong>do</strong> emprego terciário <strong>do</strong>centro <strong>de</strong> Lisboa para a sua periferia imediata, este tipo <strong>de</strong> padrão espacial <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocaçõesterá ainda tendência a captar igualmente uma parte das <strong>de</strong>slocações casa-trabalho.Estan<strong>do</strong> comprova<strong>do</strong> economicamente que para distâncias abaixo <strong>do</strong>s 15Km <strong>do</strong> centro dacida<strong>de</strong>, é necessário uma maior utilização <strong>do</strong> TC, acima daquela distância <strong>de</strong>ve admitir-seuma maior utilização <strong>do</strong> TI, colocan<strong>do</strong>-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> “P+R” em eixosservi<strong>do</strong>s pelo TC.Para este ”Perímetro <strong>de</strong> Transporte Urbano”, correspon<strong>de</strong>nte ao Núcleo Central da <strong>AML</strong> eperiferia imediata, existe a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma utilização complementar <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s semipesadase ligeiras no sistema <strong>de</strong> Transportes Colectivos, que simultaneamente possarespon<strong>de</strong>r às funções <strong>de</strong> transporte e <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> espaço <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> poraquele perímetro, que como se sabe inclui funções <strong>de</strong>ntro e na proximida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s limites <strong>do</strong>concelho <strong>de</strong> Lisboa.A utilização mais articulada das várias re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Transporte Colectivo <strong>de</strong>ntro da coroa centralda Área Metropolitana (a cida<strong>de</strong> e o periurbano <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um raio <strong>de</strong> 15km) exige que <strong>do</strong>isconceitos <strong>de</strong> ligações sejam estabeleci<strong>do</strong>s à priori para respon<strong>de</strong>r tanto às <strong>de</strong>slocaçõesperiferia-centro como periferia-periferia.Dentro da cida<strong>de</strong>, para a coroa até um raio <strong>de</strong> 10km, <strong>de</strong>vem privilegiar-se as ligaçõesdirectas ou com 1 transbor<strong>do</strong>, isto é uma política multimodal. Estas ligações <strong>de</strong>vem serconseguidas com a introdução <strong>de</strong> linhas <strong>de</strong> TC <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> intermédia a funcionar emsítio próprio (velocida<strong>de</strong>s comerciais acima <strong>de</strong> 20km/h), garantin<strong>do</strong> funções <strong>de</strong> transporte(metro e eléctrico <strong>de</strong> superfície) e funções <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> (re<strong>de</strong> <strong>de</strong> autocarros eeléctricos).Para a coroa <strong>de</strong>finida por um raio <strong>do</strong>s 10km aos 30km, <strong>de</strong>vem articular-se as re<strong>de</strong>s <strong>de</strong>Transporte Colectivo em Sítio Próprio com as re<strong>de</strong>s ro<strong>do</strong>viárias que permitem o rebatimentoda circulação automóvel ou <strong>de</strong> autocarros, respectivamente através <strong>de</strong> ”P+R” ou <strong>de</strong> boasInterfaces, evi<strong>de</strong>ncian<strong>do</strong> uma política intermodal, mas on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>vem minimizar ostransbor<strong>do</strong>s.As re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Transporte Colectivo em Sítio Próprio incluem o comboio e as re<strong>de</strong>s <strong>de</strong>capacida<strong>de</strong> intermédia que po<strong>de</strong>m fechar malhas das re<strong>de</strong>s pesadas e semi-pesadas, nasáreas com <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s humanas líquidas entre os 60 e os 160 [(hab+p.t.)/ha].1 No entanto, é <strong>de</strong> referir que no médio/longo prazo, a política <strong>de</strong> investimentos em infraestruturas <strong>de</strong> transportetem <strong>de</strong> seguir o conjunto <strong>de</strong> directivas comunitárias (ex: directiva XI/194/90) segun<strong>do</strong> as quais a avaliação <strong>de</strong> planose programas com incidência no ambiente <strong>de</strong>vem internalizar as respectivas externalida<strong>de</strong>s.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 67Para a coroa <strong>de</strong>finida com raio superior a 30km, os mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Transporte Colectivo maisutiliza<strong>do</strong>s incluem comboio e autocarros. Nesta re<strong>de</strong> intermodal as ligações po<strong>de</strong>m exigir umou mais transbor<strong>do</strong>s, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong>-se minimizar os seus efeitos negativos através <strong>de</strong> umapolítica tarifária que integre não só os vários mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> TC como o próprio parqueamento <strong>do</strong>TI.A estruturação <strong>do</strong> sistema em cada uma das coroas <strong>de</strong>finidas <strong>de</strong>verá garantir aacessibilida<strong>de</strong>, com tempos <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocação competitivos com a <strong>de</strong>slocação em TI(consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> o tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocação mais o <strong>de</strong> estacionamento), associada a políticasrestritivas <strong>de</strong> estacionamento nas áreas centrais.Elemento essencial e <strong>de</strong>terminante para o sucesso <strong>de</strong> uma política <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> quepotencie o TC, é o mo<strong>do</strong> como os seus utentes lhe ace<strong>de</strong>m, tanto ao nível da sua coberturaespacial como <strong>do</strong> custo da sua utilização. O sistema tarifário <strong>de</strong>ve assim favorecer a maioracessibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Transporte Público.O conceito <strong>de</strong> transportes que se preconiza para a <strong>AML</strong> po<strong>de</strong> assim resumir-se <strong>do</strong> seguintemo<strong>do</strong>.4.2.1 Núcleo central (raio <strong>de</strong> 10km)Nesta área é importante consi<strong>de</strong>rar o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma forte conectivida<strong>de</strong> da re<strong>de</strong><strong>de</strong> TC, assente numa eficaz multimodalida<strong>de</strong> e no privilegiar das ligações directas,nomeadamente entre os principais centros <strong>de</strong> emprego e <strong>de</strong> comércio e as áreas mais<strong>de</strong>nsamente habitadas. Desejavelmente <strong>de</strong>ver-se-á caminhar para um sistema <strong>de</strong> títulosmultimodais que permitam a utilização indiferenciada <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> transporte àdisposição da população.Para este núcleo central <strong>de</strong>verá ser estudada, no âmbito <strong>do</strong> “<strong>Plano</strong> Metropolitano <strong>de</strong>Transportes” (PMT), uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>, baseada na complementarida<strong>de</strong> entreo comboio, metropolitano e eléctrico mo<strong>de</strong>rno a implementar no horizonte temporal <strong>do</strong><strong>PROT</strong><strong>AML</strong>.Deve ainda ser implementada uma política <strong>de</strong> estacionamento que penalize o usoindiscrimina<strong>do</strong> <strong>do</strong> TI na área central <strong>de</strong> Lisboa e favoreça a transferência modal para o TC nasestações <strong>do</strong> metropolitano e <strong>de</strong> eléctrico mais afastadas <strong>do</strong> centro.O favorecimento <strong>do</strong>s mo<strong>do</strong>s suaves (peões e bicicletas) nas áreas centrais, em particular na<strong>de</strong> Lisboa, é igualmente um <strong>do</strong>s aspectos a consi<strong>de</strong>rar com a maior atenção (ver figura 10).4.2.2 Coroa <strong>de</strong> transição (entre os 10km e os 30km)Nestas zonas da <strong>AML</strong>, o sistema <strong>de</strong> transportes <strong>do</strong> periurbano, terá <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r a <strong>do</strong>ispadrões <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocação: as <strong>de</strong>slocações radiais em relação a Lisboa – que ainda continuam aser <strong>do</strong>minantes, embora em perda <strong>de</strong> importância relativa – e as que se processam entre osvários núcleos resi<strong>de</strong>nciais, <strong>de</strong> emprego e <strong>de</strong> comércio/serviços que se têm vin<strong>do</strong> a<strong>de</strong>senvolver nas aglomerações consolidadas na periferia <strong>de</strong> Lisboa.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 68Quanto às primeiras, as infraestruturas pesadas <strong>de</strong> TC existentes, concluí<strong>do</strong>s osinvestimentos em curso na mo<strong>de</strong>rnização da infraestrutura ferroviária e na aquisição <strong>de</strong>novo material circulante, têm capacida<strong>de</strong> suficiente para as satisfazer.Nesta área o PMT terá <strong>de</strong>:• avaliar a viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> complementar as infraestruturas <strong>de</strong> TC existentes com aimplementação selectiva <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> intermédia;• avaliar a questão da conexão entre as várias linhas ferroviárias – a norte e a sul <strong>do</strong> Tejo. Apossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interligar os vários corre<strong>do</strong>res ferroviários entre si e com o metropolitanono núcleo central, é essencial para assegurar uma maior equida<strong>de</strong> em termos <strong>de</strong>acessibilida<strong>de</strong>;• assegurar a melhoria das condições <strong>de</strong> rebatimento <strong>do</strong> transporte colectivo ro<strong>do</strong>viárioou eventuais sistemas <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> intermédia e <strong>do</strong> TI sobre as estações da re<strong>de</strong>ferroviária.Os sistemas e medidas a implementar <strong>de</strong>verão possibilitar uma melhor distribuição <strong>do</strong>stráfegos da periferia na capital da <strong>AML</strong>, contribuin<strong>do</strong> para a redução <strong>do</strong> tráfego <strong>de</strong>passageiros em automóvel.As <strong>de</strong>slocações no interior da coroa <strong>de</strong> transição são actualmente as mais penalizadas emtermos <strong>de</strong> TC e são quase cativas <strong>do</strong> TI. A inversão da actual repartição modal nesta coroapassa pela melhoria das condições existentes, <strong>de</strong> circulação e oferta <strong>do</strong> Transporte públicoro<strong>do</strong>viário, através da eventual criação <strong>de</strong> sítios próprios, medidas <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong> ao TPR,serviços ro<strong>do</strong>viários semi-directos e nalguns casos através da introdução <strong>de</strong> linhas <strong>de</strong> mo<strong>do</strong>sferroviários ligeiros. O sistema <strong>de</strong> transportes colectivos, a construir no espaço periurbano,<strong>de</strong>verá ser estrutura<strong>do</strong> em articulação com as principais estações ferroviárias e as estaçõestérminus <strong>de</strong> metropolitano.O sistema tarifário a implementar na coroa <strong>de</strong> transição <strong>de</strong>ve não só aten<strong>de</strong>r à necessáriaintegração com a re<strong>de</strong> urbana (núcleo central), como consi<strong>de</strong>rar a complementarida<strong>de</strong>entre o TI e o TC, na utilização <strong>do</strong>s ”P+R” (ver figura 10).4.2.3 Pólos secundáriosO conceito <strong>de</strong> transportes para o mo<strong>de</strong>lo territorial que se <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> para as aglomeraçõesurbanas mais afastadas <strong>de</strong> Lisboa e que já hoje constituem verda<strong>de</strong>iros pólos secundários nointerior da <strong>AML</strong> – casos <strong>de</strong> Setúbal/Palmela e <strong>de</strong> Cascais com a sua envolvente – parte daconstatação <strong>de</strong> duas necessida<strong>de</strong>s: por um la<strong>do</strong>, trata-se <strong>de</strong> continuar a garantir uma boaacessibilida<strong>de</strong> ao centro da <strong>AML</strong>; por outro la<strong>do</strong>, face ao crescente peso <strong>de</strong>mográfico eextensão <strong>de</strong>stas áreas urbanas torna-se imperioso assegurar uma oferta própria <strong>de</strong> TC quenão esteja sobretu<strong>do</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte das ligações regionais que estão centradas nestas áreas.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 69Fig 10 – Raios <strong>de</strong> 10, 20 e 30 Km a partir da Praça <strong>de</strong> Marquês <strong>de</strong> Pombal


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 70Caberá ao transporte ferroviário suburbano respon<strong>de</strong>r ao primeiro tipo <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s,<strong>de</strong>ven<strong>do</strong> para isso resolver-se as actuais rupturas <strong>de</strong> carga. Na margem norte, através daligação entre a linha <strong>de</strong> Cascais e a linha <strong>de</strong> Cintura; na margem sul completan<strong>do</strong> a ligaçãoferroviária através da ponte 25 <strong>de</strong> Abril com a construção <strong>do</strong> troço Coina/Pinhal Novo e aelectrificação da linha até Setúbal (obras em curso).A articulação e a conectivida<strong>de</strong> na re<strong>de</strong> ro<strong>do</strong>viária existente nos pólos urbanos maisimportantes, associada ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s urbanas <strong>de</strong> TC que sirvam o centro<strong>de</strong>stes pólos e a sua área <strong>de</strong> influência directa, constituirá a resposta ao segun<strong>do</strong> tipo <strong>de</strong>necessida<strong>de</strong>s. Nos casos referi<strong>do</strong>s, a apresentação <strong>de</strong> propostas <strong>de</strong> eixos em TC e <strong>de</strong>medidas <strong>de</strong> gestão viária favoráveis ao TP <strong>de</strong>ve ser promovida na perspectiva <strong>de</strong> diminuição<strong>de</strong> tráfego automóvel no interior e envolvente <strong>de</strong>stas aglomerações e na articulação com asrespectivas re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> transporte nas áreas <strong>de</strong> influência <strong>de</strong> cada uma <strong>de</strong>las.Também neste caso se <strong>de</strong>verá assegurar uma correcta integração tarifária, só que entendidaem duas vertentes: uma primeira que contemple as ligações com Lisboa e o seu sistema <strong>de</strong>transportes urbanos; e uma segunda que funcione para a re<strong>de</strong> urbana local. Em ambos oscasos <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rada a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> incorporação <strong>do</strong> TI no sistema, através dautilização <strong>do</strong>s parques <strong>de</strong> estacionamento dissuasores (P+R).4.3 Linhas <strong>de</strong> IntervençãoA <strong>de</strong>finição das linhas <strong>de</strong> intervenção e o estabelecimento <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> transportes eacessibilida<strong>de</strong>s na <strong>AML</strong> <strong>de</strong>vem ser equacionadas no âmbito <strong>do</strong> PMT.Lisboa e o seu espaço geográfico envolvente estão a consolidar-se como uma áreametropolitana com várias centralida<strong>de</strong>s, isto é, pólos <strong>de</strong> geração/atracção <strong>de</strong> emprego, <strong>de</strong>residência, <strong>de</strong> serviços e <strong>de</strong> lazer. É necessário um maior equilíbrio <strong>do</strong>s investimentos eminfraestruturas e na exploração <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> Transporte Colectivo, que resulte numasua maior utilização. Está a esgotar-se o tempo <strong>do</strong>s investimentos em gran<strong>de</strong>sinfraestruturas, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> canalizar-se os novos investimentos para sistemas <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>intermédia que potenciem as re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> transporte público <strong>de</strong> passageiros, diminuin<strong>do</strong> orecurso sistemático ao transporte individual, o que po<strong>de</strong> ser consagra<strong>do</strong> no PMT e em <strong>Plano</strong>s<strong>de</strong> Mobilida<strong>de</strong>/Deslocações Urbanas. Este último tipo <strong>de</strong> <strong>Plano</strong>s Sectoriais, <strong>de</strong>stina-se aequacionar novas formas <strong>de</strong> gestão da mobilida<strong>de</strong> e a configurar o sistema <strong>de</strong> transportes a<strong>de</strong>senvolver numa <strong>de</strong>terminada área/bacia <strong>de</strong> transportes, preferencialmente <strong>de</strong> escala subregionala fim <strong>de</strong> melhor respon<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocação da população <strong>de</strong>ssa área.As distâncias percorridas pelas pessoas e merca<strong>do</strong>rias são maiores, os tempos gastos apercorrê-las tornam-se ineficientes face aos volumes <strong>de</strong> investimento, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à máutilização <strong>do</strong>s vários mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> transporte. As soluções têm assim <strong>de</strong> ser procuradas a <strong>do</strong>isníveis: necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> relocalização <strong>de</strong> pólos <strong>de</strong> emprego e contenção e estruturação dasexpansões urbanas resi<strong>de</strong>nciais que gerem uma diminuição <strong>de</strong> fluxos <strong>de</strong> pessoas quepercorram distâncias médias superiores a 10km – or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> território – e anecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um maior <strong>de</strong>sempenho das re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Transporte Colectivo, com velocida<strong>de</strong>scomerciais e <strong>de</strong> exploração que permitam aumentar a sua atractivida<strong>de</strong> e a sua capacida<strong>de</strong><strong>de</strong> competir com o TI.Na micro-logística, as interfaces colectoras e <strong>de</strong> distribuição, <strong>de</strong>vem ser planeadas. Aoptimização da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> logística, <strong>de</strong>ve orientar-se para uma estrutura e hierarquização quepermitam, para além da cobertura <strong>do</strong> território, a circulação diferenciada <strong>do</strong>s veículos entreo espaço urbano consolida<strong>do</strong> e o espaço suburbano.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 71Na óptica <strong>do</strong> or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> território, os limiares <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> novas infraestruturase equipamentos <strong>de</strong> transporte e a utilização <strong>do</strong>s vários mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong>vem serequaciona<strong>do</strong>s <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com as directivas europeias sobre impactes ambientais:racionalização económica da utilização das fontes <strong>de</strong> energia; reforço <strong>de</strong> medidas queaumentem a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida urbana nomeadamente através da diminuição <strong>do</strong>s impactesambientais associa<strong>do</strong>s ao sistema <strong>de</strong> transporte.Ao estabelecer um conjunto <strong>de</strong> linhas <strong>de</strong> intervenção que constituirão a coluna vertebralpara a política <strong>de</strong> transportes na <strong>AML</strong> nos próximos 10 anos, já se tem em consi<strong>de</strong>raçãoobjectivos ambientais que hoje recaiem nos mo<strong>de</strong>los territoriais e nos planos e programas<strong>de</strong> transporte. Admitir a heterogeneida<strong>de</strong> geográfica <strong>do</strong> espaço metropolitano (on<strong>de</strong>existem ecossistemas <strong>de</strong> maior fragilida<strong>de</strong> como sejam as reservas naturais ou as paisagens apreservar); limitar a sobrecapacida<strong>de</strong> <strong>do</strong> transporte ro<strong>do</strong>viário e o consumo difuso <strong>do</strong>espaço para fins urbanos; fazer convergir os critérios <strong>de</strong> escolha individuais com o caráctersustentável da soma <strong>de</strong>stas escolhas são variáveis que permitirão i<strong>de</strong>ntificar um conceitoque articule o sistema <strong>de</strong> transporte numa perspectiva ambiental eficaz.As questões <strong>de</strong> urbanismo e <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> território, não <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>sligadas <strong>do</strong>sistema <strong>de</strong> transportes. Repensar, portanto, a forma <strong>de</strong> usos e ocupação <strong>do</strong> solo noterritório, bem como a forma como se estruturaram cada uma das aglomerações e a suainterligação, ajudarão a i<strong>de</strong>ntificar o conceito <strong>de</strong> transportes anteriormente referi<strong>do</strong>, o qualse preten<strong>de</strong> que contribua para uma correcção e melhoria <strong>do</strong>s padrões <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong>actuais.Torna-se incontornável a regulamentação da Lei <strong>de</strong> Bases <strong>do</strong> sector <strong>do</strong>s Transportes e acriação <strong>de</strong> uma Autorida<strong>de</strong> Metropolitana <strong>de</strong> Transportes da <strong>AML</strong> que, promoveria, nocumprimento das atribuições e competências que lhe venham a ser cometidas por diplomapróprio, o planeamento e organização das re<strong>de</strong>s, a priorida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s investimentos, aatribuição das concessões, a <strong>de</strong>finição da política tarifária e a obtenção <strong>do</strong>s recursosnecessários ao funcionamento integra<strong>do</strong> e coerente <strong>do</strong> sistema.Como instrumentos necessários e urgentes na <strong>de</strong>finição da política <strong>de</strong> transportes aponta-sea realização <strong>do</strong> PMT e a realização <strong>do</strong>s <strong>Plano</strong>s <strong>de</strong> Mobilida<strong>de</strong>/Deslocações Urbanas (PMDU)por bacia <strong>de</strong> transportes ou aglomeração na Área Metropolitana. É preciso agir ao nível damobilida<strong>de</strong> e estes <strong>Plano</strong>s <strong>de</strong>vem encontrar respostas ao nível <strong>de</strong> actuação metropolitano esub-regional permitin<strong>do</strong> aos responsáveis e gestores <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> transportes – à escalametropolitana/subregional e local – uma maior <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> políticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento dacirculação <strong>de</strong> pessoas e merca<strong>do</strong>rias. Deverão, portanto, conter uma meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong>validação estratégica e operacional.Decorrente da estratégia territorial <strong>do</strong> <strong>PROT</strong><strong>AML</strong>, o PMT tem como objectivo central,influenciar as escolhas modais, através <strong>de</strong> um conjunto coerente <strong>de</strong> medidas susceptíveis <strong>de</strong>melhorar a repartição modal em favor da utilização <strong>de</strong> mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> transporte maissustentáveis.Assim, as propostas <strong>do</strong> PMT <strong>de</strong>ver-se-ão submeter às directrizes <strong>de</strong> uma políticametropolitana <strong>de</strong> transportes a aprovar pelo po<strong>de</strong>r político. Conterão uma estratégia <strong>de</strong>actuação em função <strong>do</strong>s horizontes temporais: <strong>de</strong> curto/médio prazos - planeamentoessencialmente correctivo; <strong>de</strong> médio prazo visan<strong>do</strong> a implementação <strong>de</strong> medidas selectivas- relacionadas com o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> componentes estruturantes <strong>do</strong> sistema e com apromoção <strong>do</strong> transporte colectivo - , susceptíveis <strong>de</strong> influenciar um padrão <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocações


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 72mais favorável ao transporte colectivo; <strong>de</strong> longo prazo, que correspon<strong>de</strong>rá à consolidaçãodas opções em favor <strong>de</strong> uma mobilida<strong>de</strong> cada vez mais sustentada.O PMT <strong>de</strong>ve:• propor um sistema multimodal <strong>de</strong> transportes colectivos <strong>de</strong> passageiros , basea<strong>do</strong> naarticulação <strong>do</strong>s diferentes mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> transporte existentes e <strong>de</strong> novos mo<strong>do</strong>s aimplementar/<strong>de</strong>senvolver (caso <strong>do</strong>s mo<strong>do</strong>s ferroviários ligeiros e eléctrico mo<strong>de</strong>rno);• estabelecer a re<strong>de</strong> logística estruturante <strong>de</strong> abastecimento e distribuição <strong>de</strong>merca<strong>do</strong>rias;• estabelecer uma re<strong>de</strong> viária estruturante entre o nível nacional e local;• estabelecer a re<strong>de</strong> principal <strong>de</strong> interfaces metropolitanas e a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> parques <strong>de</strong>estacionamento <strong>de</strong> escala metropolitana;• i<strong>de</strong>ntificar as condições <strong>de</strong> articulação entre as propostas <strong>de</strong> transporte e aspolíticas <strong>de</strong> estacionamento.Deve ainda:• elaborar propostas/contributos para o estabelecimento <strong>de</strong> uma estratégia <strong>de</strong>articulação entre as políticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> território e as políticas <strong>de</strong>transportes;• i<strong>de</strong>ntificar as condições <strong>de</strong> articulação entre os objectivos <strong>de</strong> uma política <strong>de</strong>promoção da utilização <strong>do</strong> transporte colectivo e as políticas sectoriais queinfluenciam a utilização <strong>do</strong> TI.O PMT, num processo <strong>de</strong> planeamento estratégico e operacional, integrará <strong>de</strong>signadamente:• o Esquema Director das Infraestruturas Metropolitanas <strong>de</strong> Transporte que envolvenomeadamente, o estabelecimento da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> transportes colectivos pesa<strong>do</strong>s esemipesa<strong>do</strong>s, da re<strong>de</strong> viária estruturante entre o nível nacional e local, das re<strong>de</strong>s <strong>de</strong>interfaces e parques <strong>de</strong> estacionamento dissuasores com ela relaciona<strong>do</strong>s;• os objectivos estratégicos e os <strong>Plano</strong>s <strong>de</strong> Mobilida<strong>de</strong>/Deslocações Urbanas <strong>de</strong> escalasubregional.Os <strong>Plano</strong>s <strong>de</strong> Mobilida<strong>de</strong>/Deslocações Urbanas concretizarão a Política <strong>de</strong> Mobilida<strong>de</strong> aestabelecer no PMT, integran<strong>do</strong> os vários projectos <strong>de</strong> transporte urbano <strong>de</strong> passageiros e<strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias. Até à aprovação <strong>do</strong> PMT po<strong>de</strong>rão ser elabora<strong>do</strong>s <strong>Plano</strong>s <strong>de</strong>Mobilida<strong>de</strong>/Deslocações Urbanas para áreas prioritárias <strong>de</strong> intervenção, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> estes guiarsepelo referencial <strong>de</strong> actuação estabeleci<strong>do</strong> no <strong>PROT</strong><strong>AML</strong> e pelos eventuais estu<strong>do</strong>ssectoriais <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s no âmbito <strong>do</strong>s trabalhos <strong>do</strong> PMT.Os PDM’s em processo <strong>de</strong> revisão, <strong>de</strong>vem integrar a problemática <strong>do</strong>s transportes, ten<strong>do</strong> emconta objectivos <strong>de</strong> racionalização <strong>do</strong> sistema, <strong>de</strong> melhoria <strong>do</strong> serviço, <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong>utilização <strong>do</strong> Transporte Colectivo e, por outro la<strong>do</strong>, <strong>de</strong> integração das ca<strong>de</strong>ias logísticas.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 73Deste mo<strong>do</strong>, <strong>de</strong>verão articular coerentemente os usos <strong>do</strong> solo, a forma e estruturasurbanas, os transportes e o ambiente.Se os primeiros (PMDU) po<strong>de</strong>m ajudar à clarificação das necessida<strong>de</strong>s mais prementes daspopulações e agentes económicos, a uma escala sub-regional, os segun<strong>do</strong>s (PDM’s) <strong>de</strong>vemregular a intervenção municipal no território. A maior <strong>de</strong>finição <strong>do</strong>s projectos <strong>de</strong> transporteem cada aglomeração ou município permitirá articular as re<strong>de</strong>s locais com as necessida<strong>de</strong>sevi<strong>de</strong>nciadas na Área Metropolitana <strong>de</strong> Lisboa.To<strong>do</strong>s os investimentos a efectuar ao nível local nas infraestruturas e equipamentos <strong>de</strong>transporte <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias e <strong>de</strong> passageiros, <strong>de</strong>verão ser justifica<strong>do</strong>s por aqueles <strong>Plano</strong>s.As correcções a efectuar no âmbito <strong>de</strong> uma Política <strong>de</strong> Transportes <strong>de</strong>vem ser equacionadasa partir <strong>do</strong>s PMDU sub-regionais, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> avaliação e consolidação <strong>do</strong>svários projectos ser sustenta<strong>do</strong>s numa perspectiva <strong>de</strong> alteração <strong>do</strong>s padrões <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> e<strong>de</strong> melhoria da qualida<strong>de</strong> ambiental, que favoreça uma maior utilização <strong>do</strong> TransporteColectivo nas acessibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> pólo central da <strong>AML</strong> e entre este e os pólossecundários.4.3.1 Infraestruturas e equipamentos <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> passageirosA figura nº11 exemplifica uma proposta <strong>de</strong> intervenções para a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> infraestruturas <strong>de</strong>transportes <strong>de</strong> passageiros da <strong>AML</strong>, contemplan<strong>do</strong> os projectos em curso ou previstos paraas diferentes re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> transportes colectivos, nomeadamente as re<strong>de</strong>s pesadas eintroduzin<strong>do</strong> alguns elementos que permitam respon<strong>de</strong>r aos objectivos enuncia<strong>do</strong>s nosparágrafos prece<strong>de</strong>ntes.Numa perspectiva integrada <strong>de</strong> funcionamento <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> passageiros,esta hipótese procura enquadrar não só os referi<strong>do</strong>s projectos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento dasre<strong>de</strong>s mas também a forma <strong>de</strong>sejável <strong>de</strong> organização das diferentes componentes, tantoquanto à sua articulação funcional como operacional.No caso <strong>do</strong> núcleo central da <strong>AML</strong>, são ainda retomadas algumas das orientações contidasno PDM e no <strong>Plano</strong> Estratégico <strong>de</strong> Lisboa, as quais mantêm a sua actualida<strong>de</strong>, principalmenteno que respeita à re<strong>de</strong> intermunicipal e regional. No caso da coroa <strong>de</strong> transição e <strong>do</strong>s pólossecundários, procura-se consubstanciar uma requalificação <strong>do</strong> espaço urbano e periurbanocom um esquema director <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong>s através <strong>de</strong> forte intervenção <strong>do</strong>s sistemas <strong>de</strong>Transporte Colectivo <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> intermédia, interconectan<strong>do</strong> as restantes re<strong>de</strong>s pesadase semipesadas.4.3.1.1 Núcleo Central da <strong>AML</strong>Em relação ao Núcleo Central há que consi<strong>de</strong>rar duas questões fundamentais: a <strong>de</strong>nsificaçãoda re<strong>de</strong> <strong>de</strong> metropolitano e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong>s sistemas <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> intermédia.O núcleo central <strong>do</strong> sistema inclui a re<strong>de</strong> actual <strong>de</strong> metropolitano e as expansões jáaprovadas pela tutela para o curto-médio prazos, a saber (ver figuras 11 e 12):• Linha Amarela: Campo Gran<strong>de</strong> – Odivelas(em construção)• Linha Azul: Baixa Chia<strong>do</strong> – Santa Apolónia e Pontinha - Falagueira


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 74(em construção)• Linha Vermelha: Alameda – Saldanha – S. Sebastião• Linha Ver<strong>de</strong>: Cais <strong>do</strong> Sodré – Campo Gran<strong>de</strong> – Telheiras – PontinhaEstão a ser objecto <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> por parte <strong>do</strong> metropolitano osprolongamentos das seguintes linhas:• Linha Vermelha: S. Sebastião – Amoreiras – Campo <strong>de</strong> Ourique• Linha Vermelha: Oriente – Moscavi<strong>de</strong> – Portela (extensão a Norte)• Linha Amarela: Rato – Estrela – AlcântaraA <strong>de</strong>cisão sobre as extensões futuras <strong>de</strong>stas linhas <strong>de</strong>verá ser fundamentada no sistemamultimodal a <strong>de</strong>senvolver no âmbito <strong>do</strong> PMT.A re<strong>de</strong> <strong>de</strong> metropolitano, com uma estrutura essencialmente radial, po<strong>de</strong>rá articular-se comuma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> mo<strong>do</strong>s ferroviários ligeiros, a estudar no âmbito daquele <strong>Plano</strong>, quediversifique as ligações circulares e assegure a cobertura <strong>do</strong> território <strong>do</strong> restante núcleocentral (em particular, nas coroas <strong>de</strong> transição e periféricas da cida<strong>de</strong> e no periurbanoenvolvente da cida<strong>de</strong>).Na Margem Sul <strong>do</strong> Tejo <strong>de</strong>staca-se pela sua importância o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um projecto<strong>de</strong> TCSP, que estruture o sistema <strong>de</strong> transporte colectivo <strong>do</strong> arco ribeirinho, cuja primeirafase é constituída pela re<strong>de</strong> <strong>de</strong> base <strong>do</strong> Metro Sul <strong>do</strong> Tejo (MST), ligan<strong>do</strong> a Costa da Caparicaao Lavradio.Em relação ao núcleo central da <strong>AML</strong>, nomeadamente no que se refere ao seu centrohistórico, <strong>de</strong>ve preservar-se a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> eléctricos das colinas, mais condizente com aexiguida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s espaços viários existentes. Para os eixos utiliza<strong>do</strong>s por esta re<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vem ser<strong>de</strong>senvolvidas acções <strong>de</strong> requalificação <strong>do</strong> espaço <strong>de</strong> circulação e <strong>de</strong> estacionamento,compatíveis com a melhoria da qualida<strong>de</strong> ambiental.Por outro la<strong>do</strong>, <strong>de</strong>verão ser aplicadas nesta área central medidas <strong>de</strong> restrição à utilização <strong>do</strong>Transporte Individual, através da introdução <strong>de</strong> acções locais que assentem numa política <strong>de</strong>estacionamento <strong>de</strong>finida em função da evolução da re<strong>de</strong> pesada <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> transportescolectivos e da progressiva restrição ao estacionamento <strong>de</strong> longa duração no centro <strong>de</strong>Lisboa. A oferta na via pública <strong>de</strong>ve ser tarifada <strong>de</strong> forma progressiva em relação ao tempo<strong>de</strong> estacionamento; a construção <strong>de</strong> parques <strong>de</strong>ve ser reduzida no centro da cida<strong>de</strong> e<strong>de</strong>stinada, prioritariamente aos resi<strong>de</strong>ntes.A restrição e limitação <strong>de</strong> espaços na via pública e a <strong>de</strong>finição duma política tarifária que sejasuficientemente <strong>de</strong>sencoraja<strong>do</strong>ra através duma elevada tarificação <strong>do</strong> estacionamento erespectivo tempo <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong>verão ser assim aplicadas neste núcleo central.Em relação aos eixos ro<strong>do</strong>viários principais, <strong>de</strong>vem ser revistas a sua estrutura e hierarquiano núcleo central, nomeadamente as suas características geométricas <strong>de</strong> traça<strong>do</strong>, nosenti<strong>do</strong> <strong>de</strong> os melhor integrar no espaço urbano e <strong>de</strong> propiciar maior espaço à circulação <strong>de</strong>bicicletas e peões.No núcleo central da <strong>AML</strong>, a revisão da estrutura e hierarquia <strong>do</strong>s eixos ro<strong>do</strong>viários principaise secundários <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>senvolvida <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> transportes e com apolítica <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>fendida no <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong>.Nesta perspectiva, a Autorida<strong>de</strong> Metropolitana <strong>de</strong> Transportes terá sempre presente osobjectivos <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong> poluentes, <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong> e <strong>de</strong> concentração <strong>do</strong> ozono


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 75causa<strong>do</strong>, em particular, pelo transporte ro<strong>do</strong>viário, <strong>de</strong> redução <strong>do</strong> consumo <strong>de</strong> espaço viáriopelo Transporte Individual e <strong>de</strong> um aumento da segurança aos peões (ver figura 11).4.3.1.2 Coroa <strong>de</strong> TransiçãoA política <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> a <strong>de</strong>senvolver na coroa <strong>de</strong> transição da <strong>AML</strong> <strong>de</strong>ve ser coerente, comos objectivos <strong>de</strong> maior rigor na utilização das infraestruturas e mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> transportealternativos ao Transporte Individual; com a <strong>de</strong>fesa e valorização <strong>do</strong>s espaços com interessepaisagístico e com a diminuição <strong>do</strong> crescimento urbano extensivo. Propõe-se, assim o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma política intermodal, com recurso a eventuais Sistemas <strong>de</strong>Capacida<strong>de</strong> Intermédia e aos ”P+R”, na articulação com as re<strong>de</strong> pesada (comboio ou barco).Nesta Coroa, tem-se como objectivo principal reduzir os volumes <strong>de</strong> circulação emTransporte Individual para as <strong>de</strong>slocações obrigatórias.Tal como referi<strong>do</strong>, a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> comboio suburbano é completada com as expansões da re<strong>de</strong><strong>de</strong> metropolitano ao periurbano envolvente da cida<strong>de</strong> (Odivelas, Falagueira), constituin<strong>do</strong>com o comboio a estrutura radial fundamental <strong>de</strong> transportes colectivos. Esta re<strong>de</strong>estruturante, utiliza o espaço canal ferroviário para os fluxos maiores (comboios), maspo<strong>de</strong>rá vir a ser completada com uma re<strong>de</strong> ferroviária ligeira com funções complementares(em eixos circulares e <strong>de</strong> rebatimento/distribuição).No sistema ferroviário pesa<strong>do</strong>, a interligação <strong>de</strong> todas as linhas ferroviárias suburbanasatravés da linha <strong>de</strong> Cintura po<strong>de</strong>rá implicar, nomeadamente, a ligação entre as linhas <strong>de</strong>Cascais e <strong>de</strong> Cintura em Alcântara (em estu<strong>do</strong>); a reformulação <strong>do</strong> sistema ferroviário daestação <strong>de</strong> Campoli<strong>de</strong>; a construção <strong>do</strong> troço Coina/Pinhal Novo; e a conclusão dasrespectivas interfaces com a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> metropolitano no núcleo central. Contu<strong>do</strong>, na coroa <strong>de</strong>transição da <strong>AML</strong>, no periurbano, as ligações circulares em sistemas <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>intermédia po<strong>de</strong>rão ser um elemento importante <strong>de</strong> interconexão com este sistema,nomeadamente para as ligações transversais entre Paço <strong>de</strong> Arcos/Oeiras e Cacém e,posteriormente, entre Carcavelos e a Portela <strong>de</strong> Sintra.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 76Fig 11 – Ferrovia Pesada e Ligeira (Existente e Proposta)


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 77Fig 12 – Esquema <strong>do</strong> Núcleo Central, <strong>do</strong> Polo Cascais-Estoril e <strong>do</strong> Polo Setúbal-Palmela,inseri<strong>do</strong>s nos Raios <strong>de</strong> 10,20 e 30 Km.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 78Para a coroa <strong>de</strong> transição na Margem Sul, o aproveitamento <strong>do</strong> antigo espaço canalferroviário <strong>do</strong> Montijo ao Pinhal Novo, po<strong>de</strong>rá ser equaciona<strong>do</strong> para um sistema ferroviário<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> intermédia que permita estruturar o eixo urbano <strong>de</strong> Montijo – Pinhal Novo –Palmela – Setúbal. (neste último caso permitirá a ligação da Coroa <strong>de</strong> Transição aos PólosSecundários <strong>de</strong> Palmela e Setúbal).A <strong>de</strong>finição da localização <strong>de</strong> espaços para estacionamento periférico <strong>de</strong> transporteindividual na proximida<strong>de</strong> das principais estações <strong>de</strong> comboio e nas estações terminais <strong>de</strong>metropolitano – eixos radiais – e nas zonas em que esteja prevista a articulação das re<strong>de</strong>s <strong>de</strong>metropolitano e <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s ferroviárias ligeiras – eixos circulares – contribuirá para aconcretização dum conceito <strong>de</strong> intermodalida<strong>de</strong> cujos resulta<strong>do</strong>s se traduzirão numaracional e eficaz utilização <strong>do</strong> sistema.Particular atenção <strong>de</strong>ve ser dada à condições <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> TC ro<strong>do</strong>viário às principaisestações <strong>de</strong> interface.Ao nível <strong>de</strong> acções locais a <strong>de</strong>senvolver nas áreas centrais das aglomerações, <strong>de</strong>ve seguir-seuma política <strong>de</strong> estacionamento <strong>de</strong> tarifação na via pública e, em particular, nas zonascomerciais e pe<strong>do</strong>nais, e <strong>de</strong> reabilitação urbana.As re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> TC ro<strong>do</strong>viário <strong>de</strong>vem melhorar a sua estrutura e níveis <strong>de</strong> serviço <strong>de</strong> oferta, compadrões <strong>de</strong> cobertura territorial e temporal, que responda à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r a umadiminuição <strong>do</strong> recurso <strong>do</strong> TI por parte das populações servidas pelos eixos pesa<strong>do</strong>s <strong>de</strong> TC. Agestão <strong>do</strong> espaço viário pelas autarquias <strong>de</strong>ve contribuir para a melhoria <strong>de</strong>stes serviços (verfigura 11).4.3.1.3 Pólos SecundáriosO mo<strong>de</strong>lo territorial consagra o <strong>de</strong>senvolvimento urbanístico e funcional <strong>de</strong>stes pólossecundários procuran<strong>do</strong>-se, nomeadamente um maior equilíbrio da repartição <strong>do</strong> emprego,o que permitirá uma redução das distâncias médias percorridas pela população que neleshabita. A forma e estrutura <strong>de</strong>stas aglomerações apresentam uma heterogeneida<strong>de</strong>geográfica a que o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> transportes <strong>de</strong>ve adaptar-se: ligações em eixos rápi<strong>do</strong>s aonúcleo central da <strong>AML</strong> (comboio, autoestradas) e ligações com as respectivas periferias<strong>de</strong>sses pólos em eixos <strong>de</strong> Transportes Colectivos em Sítio Próprio (sistemas <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>intermédia) com ”P+R”. As re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Transporte Colectivo <strong>de</strong>vem apresentar padrões <strong>de</strong>serviço urbano, sen<strong>do</strong> para o efeito reserva<strong>do</strong>s corre<strong>do</strong>res e lançada também umaa<strong>de</strong>quada política <strong>de</strong> estacionamento nesses centros.Nos casos particulares a seguir referi<strong>do</strong>s, a <strong>de</strong>nsificação e a expansão <strong>de</strong>stes pólossecundários seja em termos <strong>de</strong> habitação seja através da criação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s superfícies epólos <strong>de</strong> emprego (centros <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> serviços) tem contribuí<strong>do</strong> para umadiminuição da fragmentação <strong>do</strong> território provocada pela estrutura da re<strong>de</strong> ro<strong>do</strong>viária da<strong>AML</strong>. Com efeito, o crescimento em ”mancha <strong>de</strong> óleo” é um <strong>do</strong>s aspectos mais negativos daocupação <strong>do</strong> território metropolitano, com implicações directas no funcionamento <strong>do</strong>sistema <strong>de</strong> transportes da <strong>AML</strong>. De entre os pólos secundários cuja autonomia se temrevela<strong>do</strong> progressiva e potencialmente importante, salientam-se (ver figura 12):• Cascais – Estoril• Torres Vedras• Carrega<strong>do</strong> – Ota (novo aeroporto)• Setúbal – Palmela


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 79As acessibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>stes pólos secundários ao núcleo central da <strong>AML</strong> têm si<strong>do</strong> asseguradasatravés <strong>do</strong> sistema ferroviário suburbano (num raio <strong>de</strong> 40kms) e através <strong>do</strong>s IP’s e IC’s, <strong>do</strong>sistema ro<strong>do</strong>viário nacional. A criação <strong>de</strong> sistemas urbanos próprios nessas aglomeraçõespassa pela requalificação e recuperação <strong>de</strong>stes espaços urbanos, em que os sistemas <strong>de</strong>capacida<strong>de</strong> intermédia po<strong>de</strong>m assegurar esses objectivos.4.3.2 Sistema <strong>de</strong> transportes nacional/internacionalO mo<strong>de</strong>lo intermodal <strong>de</strong> transportes <strong>de</strong> passageiros e <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias, nas ligaçõesnacionais, engloba principalmente as plataformas ro<strong>do</strong>-ferro-marítimas, uma vez que asquestões <strong>do</strong> novo Aeroporto e <strong>do</strong> TGV <strong>de</strong>verão ser analisadas em termos <strong>do</strong> contexto dasligações internacionais.No caso <strong>do</strong> transporte nacional <strong>de</strong> passageiros, o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> transportes <strong>do</strong> <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong>enquadra o sistema ferroviário das Linhas <strong>do</strong> Norte e <strong>do</strong> Sul, no âmbito <strong>do</strong> programa <strong>de</strong>remo<strong>de</strong>lação da re<strong>de</strong> ferroviária, como a re<strong>de</strong> principal que permite as ligações à Re<strong>de</strong>Ibérica.No caso <strong>do</strong> transporte nacional <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias, esta re<strong>de</strong> <strong>de</strong> bitola ibérica oferece boascondições para o tráfego <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias, da<strong>do</strong> que é a que se mantém ligada àsplataformas marítimas <strong>de</strong> Alcântara, da Boba<strong>de</strong>la, e <strong>de</strong> Setúbal.Em relação à re<strong>de</strong> ro<strong>do</strong>viária nacional com incidência na <strong>AML</strong>, consi<strong>de</strong>ra-se fundamental aconcretização da ligação N-S através da Ponte <strong>do</strong> Carrega<strong>do</strong>, permitin<strong>do</strong> o <strong>de</strong>svio <strong>do</strong> tráfegoro<strong>do</strong>viário <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias em relação ao núcleo central da <strong>AML</strong>.A localização <strong>do</strong> Novo Aeroporto <strong>de</strong> Lisboa (NAL) na Ota, opção já tomada, e as hipóteses emestu<strong>do</strong> para o traça<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma ligação ferroviária Lisboa-Porto-Madrid em velocida<strong>de</strong> elevadae a nova travessia <strong>do</strong> Tejo entre Chelas e o Barreiro constituem gran<strong>de</strong>s infraestruturas <strong>de</strong>transporte com impacte significativo na realida<strong>de</strong> metropolitana. Justifica-se assim, que aEstrutura <strong>de</strong> Acompanhamento e Avaliação <strong>do</strong> <strong>PROT</strong><strong>AML</strong>, em função das <strong>de</strong>cisões que foremtomadas em relação a estas infraestruturas ou outras <strong>de</strong> relevância regional oumetropolitana, proceda à necessária avaliação e monitorização <strong>do</strong>s seus impactes naconcretização da Proposta <strong>de</strong> <strong>Plano</strong> e na sua eventual adaptação.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 80Fig 13 – Infraestruturas <strong>de</strong> Transporte na <strong>AML</strong>Nova Travessia <strong>do</strong> Tejo em Lisboa e Re<strong>de</strong> Ferroviária <strong>de</strong> Alta Velocida<strong>de</strong>


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 814.3.3 LogísticaO reor<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> Sistema Logístico da <strong>AML</strong> constitui uma área prioritária <strong>de</strong> intervençãocom vista, a atingir-se, por um la<strong>do</strong>, uma maior racionalização <strong>do</strong> transporte, tratamento edistribuição <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias com efeitos na redução <strong>de</strong> custos da sua movimentação, namelhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s serviços presta<strong>do</strong>s e no aumento da capacida<strong>de</strong> competitiva dasempresas, e, por outro, um melhor or<strong>de</strong>namento e qualificação <strong>do</strong> território minimizan<strong>do</strong> osimpactes negativos da actual dispersão das instalações logísticas e da circulação<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada das merca<strong>do</strong>rias.A priorida<strong>de</strong> ao reor<strong>de</strong>namento e à criação <strong>de</strong> novas condições <strong>de</strong> funcionamento <strong>do</strong>sistema logístico <strong>de</strong>corre também da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> enquadrar e organizar territorialmenteuma activida<strong>de</strong> em rápida expansão e <strong>de</strong> criar condições <strong>de</strong> eficácia e competitivida<strong>de</strong> a umsector estratégico para a integração da <strong>AML</strong> nas relações comerciais internacionais através<strong>de</strong> uma atempada e a<strong>de</strong>quada integração nas re<strong>de</strong>s logísticas ibérica e europeia, em relaçãoàs quais apresenta actualmente gran<strong>de</strong>s atrasos e <strong>de</strong>bilida<strong>de</strong>s estruturais.As exigências <strong>de</strong> uma maior especialização tanto <strong>de</strong> empresas, como <strong>de</strong> espaços e infraestruturaspara funções logísticas, e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma forte articulação <strong>de</strong> empresascomplementares implantadas em <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s pontos no território, on<strong>de</strong> se verificamcondições específicas <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> e disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> solo infra-estrutura<strong>do</strong> a baixocusto, tornam indispensável a intervenção da Administração Pública no reor<strong>de</strong>namento ereforço da re<strong>de</strong> logística articulada com os diversos mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> transporte assim como napromoção <strong>de</strong> áreas qualificadas para esta função.Neste senti<strong>do</strong>, no Mo<strong>de</strong>lo Territorial <strong>do</strong> <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> i<strong>de</strong>ntificam-se áreas preferenciais para aorganização da re<strong>de</strong> logística metropolitana, a qual integra as priorida<strong>de</strong>s estabelecidas noPrograma <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>do</strong> Sistema Logístico Nacional. Esta re<strong>de</strong> <strong>de</strong>verá serexecutada com base em programas e projectos específicos que respondam às exigênciasdas activida<strong>de</strong>s logísticas, ten<strong>do</strong> também em conta a sua a<strong>de</strong>quada inserção territorial, aarticulação com o sistema <strong>de</strong> transportes e os impactes ambientais.A organização e <strong>de</strong>senvolvimento da re<strong>de</strong> logística metropolitana assenta nas seguinteslinhas orienta<strong>do</strong>ras:1. Or<strong>de</strong>namento e requalificação prioritáriadas áreas existentes com funções logísticas pre<strong>do</strong>minantes <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à concentração<strong>de</strong> opera<strong>do</strong>res logísticos e <strong>de</strong> transportes <strong>de</strong> nível regional, nacional/internacional:• Azambuja/Carrega<strong>do</strong>;• Boba<strong>de</strong>la/Alverca;• Coina/ Pinhal Novo2. Consolidação e integração Territorial <strong>do</strong> MARL (Merca<strong>do</strong> Abastece<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Lisboa) ecriação <strong>de</strong> Centros <strong>de</strong> Transportes <strong>de</strong> Merca<strong>do</strong>rias (CTM) a Norte e Sul <strong>do</strong> Tejo, comfunções logísticas <strong>de</strong> apoio à distribuição na <strong>AML</strong>:• Alverca/MARL;• Setúbal/Palmela.3. Desenvolvimento <strong>de</strong> áreas logísticas <strong>de</strong> 2.ª linha nos Portos <strong>de</strong> Lisboa e Setúbalassociadas à melhoria <strong>do</strong>s acessos ro<strong>do</strong> e ferroviários aos portos.4. Desenvolvimento <strong>do</strong> Centro <strong>de</strong> Carga Aérea <strong>do</strong> Aeroporto <strong>de</strong> Lisboa e programação<strong>do</strong> Centro <strong>de</strong> Carga Aérea <strong>do</strong> Novo Aeroporto Internacional.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 825. Or<strong>de</strong>namento da micro-logística metropolitana com base numa re<strong>de</strong> <strong>de</strong> áreaslogísticas municipais e inter-municipais. As principais áreas <strong>de</strong> micro-logísticapropostas po<strong>de</strong>rão ser:• Almada;• Loures;• Mem Martins;• Odivelas;• Sabugo/Granja/Pêro Pinheiro.6. Desenvolvimento <strong>de</strong> novas plataformas logísticas com funções interregionais,nacionais e internacionais, a norte e a sul <strong>do</strong> rio Tejo. Tanto a sua tipologia edimensão como também a sua localização <strong>de</strong>verão <strong>de</strong>correr <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> Nacional daRe<strong>de</strong> <strong>de</strong> Plataformas Logísticas que, entre outros aspectos, integrará a dinâmica <strong>do</strong>sagentes e opera<strong>do</strong>res.O novo sistema <strong>de</strong> transportes proposto, em conjunto com o reor<strong>de</strong>namento dalogística, apoia a expansão da <strong>AML</strong> para nascente, inverten<strong>do</strong> a actual tendência <strong>de</strong>pressão sobre o litoral.O IC 3, enquanto <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramento <strong>do</strong> IP 1 ao longo <strong>do</strong> Vale <strong>do</strong> Tejo, o IC 11 enquantogran<strong>de</strong> circular metropolitana exterior e ainda o IC 10, ”circular” já fora da <strong>AML</strong>, sãofundamentais para o mo<strong>de</strong>lo metropolitano proposto para <strong>de</strong>slocações inter-regionais.Também o <strong>de</strong>senvolvimento da logística inversa, organizada em articulação com asindústrias <strong>de</strong> reciclagem, <strong>de</strong>ve ser incentiva<strong>do</strong> e organiza<strong>do</strong> em articulação comindustriais <strong>de</strong> reciclagem. A logística inversa na <strong>AML</strong> <strong>de</strong>ve estruturar-se com base numpólo <strong>de</strong> indústrias articuladas com a área logística <strong>de</strong> Coina (na Si<strong>de</strong>rurgia <strong>do</strong> Seixal).Algumas das activida<strong>de</strong>s, nomeadamente relacionadas com o armazenamento edistribuição <strong>de</strong> combustíveis, com indústrias agro-alimentares, e montagem <strong>de</strong>automóveis, exigem a organização <strong>de</strong> sistemas especializa<strong>do</strong>s <strong>de</strong> logística, os quais<strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s em função das necessida<strong>de</strong>s e exigências <strong>de</strong>stas activida<strong>de</strong>s combase em projectos específicos que po<strong>de</strong>rão implicar localizações a <strong>de</strong>talhar em futurosajustamentos ao esquema <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo territorial <strong>do</strong> <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong>.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 83Fig 14 - Logística


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 84IV Normas Orienta<strong>do</strong>rasIntrodução1 Normas Gerais2 Normas Específicas3 Acções Urbanísticas4 Parâmetros <strong>de</strong> Acompanhamentoe Avaliação <strong>do</strong> <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong>5 Disposições Finaise Transitórias


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 85IntroduçãoTen<strong>do</strong> como suporte os objectivos e medidas <strong>de</strong>correntes das opções estratégicas parao território da Área Metropolitana <strong>de</strong> Lisboa e observadas as características e dinâmicasdas suas diferentes unida<strong>de</strong>s espaciais, estabeleceu-se o Esquema <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>lo Territorial.O mo<strong>de</strong>lo proposto explicita uma estratégia <strong>de</strong> alteração das tendências instaladas,através da recentragem da <strong>AML</strong> e contenção das áreas afectas aos usos urbanos,pressupon<strong>do</strong> uma perspectiva <strong>de</strong> intervenção nos diferentes espaços, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong>promover e aplicar uma nova lógica <strong>de</strong> estruturação e <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> Território.Assim revelou-se fundamental explicitar um conjunto <strong>de</strong> princípios, orientações edirectrizes, correspon<strong>de</strong>ntes a linhas <strong>de</strong> acção genéricas e particulares, a concretizar porsector e por unida<strong>de</strong> territorial, que dão corpo ao quadro <strong>de</strong> referência para aconcepção e <strong>de</strong>senvolvimento das intervenções <strong>do</strong> sector público (AdministraçãoCentral e Municipal), orientan<strong>do</strong> as acções <strong>de</strong> planeamento e <strong>de</strong>cisão, bem como aoestabelecimento <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>s na sua programação e execução.A sua aplicação <strong>de</strong>ve esten<strong>de</strong>r-se a outra vertente, igualmente importante, que sepren<strong>de</strong> com a selecção, apreciação e valoração <strong>do</strong>s projectos candidatos aos diferentesProgramas Operacionais <strong>de</strong>correntes <strong>do</strong> Quadro Comunitário <strong>de</strong> Apoio (QCA III), que<strong>de</strong>vem a<strong>de</strong>quar-se ao quadro normativo e programático <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> no <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong>.Com esta meto<strong>do</strong>logia preten<strong>de</strong> garantir-se que os objectivos, propostas e normascontidas no <strong>Plano</strong> tenham tradução nos Instrumentos <strong>de</strong> Gestão Territorial e na suaimplementação, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> assegurar a sua viabilida<strong>de</strong> e eficácia e contribuir parauma efectiva execução coor<strong>de</strong>nada e programada <strong>do</strong> planeamento territorial.As Normas Orienta<strong>do</strong>ras explicitam orientações substantivas que traduzem e<strong>de</strong>senvolvem as opções estratégicas <strong>do</strong> <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong>, e organizam-se em três gruposfundamentais, aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a sua natureza e aplicação.No primeiro grupo (Normas Gerais) apresentam-se as normas <strong>de</strong> carácter geral eindicativo, engloban<strong>do</strong> as principais orientações para as acções e funções <strong>do</strong>minantes afavorecer, assim como os critérios <strong>de</strong> aplicação <strong>do</strong> <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong>, e os mecanismosinstitucionais necessários à implementação <strong>do</strong> plano.No segun<strong>do</strong> grupo (Normas Específicas) explicitam-se as normas por <strong>do</strong>mínio <strong>de</strong>intervenção afectas aos sectores mais <strong>de</strong>terminantes para o processo <strong>de</strong> planeamentoou às re<strong>de</strong>s, equipamentos e estruturas fundamentais <strong>de</strong>cisivas para a estruturação <strong>do</strong>território metropolitano.No terceiro grupo (Acções Urbanísticas) apresentam-se as normas aplicáveis a<strong>de</strong>terminadas áreas i<strong>de</strong>ntificadas no Esquema <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>lo Territorial, que <strong>de</strong>correm daespacialização das acções urbanísticas mais importantes a empreen<strong>de</strong>r para a aplicação<strong>do</strong> Esquema <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>lo Territorial.As normas orienta<strong>do</strong>ras integram ainda um grupo final <strong>de</strong> parâmetros urbanos relativosao acompanhamento e avaliação <strong>do</strong> <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> com o objectivo <strong>de</strong> permitir avaliar aevolução <strong>do</strong>s principais fenómenos sociais e territoriais com incidência significativa noor<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> território e na sustentabilida<strong>de</strong> da <strong>AML</strong>.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 861 Normas Gerais1.1. Princípios Gerais1.1.1. Critérios <strong>de</strong> Aplicação <strong>do</strong> <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong>1.1.1.1. As normas orienta<strong>do</strong>ras integram os princípios e condições que:• concretizam as indicações da Lei n.º 48/98, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> Agosto, que estabelece as basesda política <strong>do</strong> or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> território e <strong>do</strong> urbanismo, e <strong>do</strong> D. L. n.º 380/99, <strong>de</strong> 22<strong>de</strong> Setembro, que a regulamenta;• vinculam as entida<strong>de</strong>s públicas;• servem <strong>de</strong> base à formulação da estratégia nacional <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> território e <strong>de</strong>quadro <strong>de</strong> referência para a elaboração <strong>do</strong>s <strong>Plano</strong>s Especiais, Intermunicipais eMunicipais <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> Território;• permitem assegurar a compatibilização com os <strong>Plano</strong>s Sectoriais;• <strong>de</strong>vem ser contempla<strong>do</strong>s nas intervenções a <strong>de</strong>senvolver em Programas <strong>de</strong> qualquernatureza nos diferentes âmbitos e <strong>do</strong>mínios que abrange;• asseguram a concretização das Opções Estratégicas e <strong>do</strong> Esquema <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>loTerritorial estabeleci<strong>do</strong> para a <strong>AML</strong>.1.1.1.2. O <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> é constituí<strong>do</strong> pela Proposta <strong>de</strong> <strong>Plano</strong>, incluin<strong>do</strong> as OpçõesEstratégicas, as Normas Orienta<strong>do</strong>ras e o Esquema <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>lo Territorial, e peloRelatório, incluin<strong>do</strong> os Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Caracterização e Diagnóstico e o Programa <strong>de</strong>Execução.1.1.1.3. Os <strong>do</strong>cumentos referi<strong>do</strong>s no número anterior <strong>de</strong>vem ser entendi<strong>do</strong>s eutiliza<strong>do</strong>s <strong>de</strong> forma conjunta, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> as leituras cartográficas ser sempreacompanhadas da consulta <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os elementos normativos ou estratégicos que lhedigam respeito e que fazem parte integrante <strong>do</strong> <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong>.1.1.1.4. O <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> estabelece indicações, medidas e directrizes relativas às re<strong>de</strong>s,ligações e estruturas fundamentais que <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>senvolvidas nos Instrumentos <strong>de</strong>Gestão Territorial (IGT) ou em estu<strong>do</strong>s subsequentes mais <strong>de</strong>talha<strong>do</strong>s que concretizem adimensão e a localização relativa <strong>do</strong>s corre<strong>do</strong>res indica<strong>do</strong>s.1.1.1.5. Os limites das diferentes unida<strong>de</strong>s territoriais ou das áreas homogéneas<strong>de</strong>finidas no Esquema <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>lo Territorial (”Acções Urbanísticas” e ”Áreas a Estabilizar”)<strong>de</strong>vem ser ajusta<strong>do</strong>s, à escala mais a<strong>de</strong>quada à realida<strong>de</strong> local, sem per<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vista asnormas orienta<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> para as respectivas áreas.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 871.1.2. Mecanismos Institucionais1.1.2.1. A aplicação das propostas <strong>do</strong> <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong>, tanto ao nível <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>lo Territorial edas Opções Estratégicas, como das Normas Orienta<strong>do</strong>ras e <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> Execução,justifica a existência <strong>de</strong> uma Estrutura <strong>de</strong> Acompanhamento, Monitorização e Avaliaçãoda sua execução, e <strong>do</strong> conjunto <strong>de</strong> Instrumentos <strong>de</strong> Gestão Territorial que com ele serelacionam directamente, como é o caso <strong>do</strong>s Instrumentos <strong>de</strong> Planeamento Territorial e,nestes, em especial <strong>do</strong>s <strong>Plano</strong>s Directores Municipais.1.1.2.2. Para garantir a valida<strong>de</strong> e eficácia <strong>de</strong>sta estrutura enten<strong>de</strong>-se <strong>de</strong> particularimportância a formação e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> Observatório <strong>do</strong> Território Metropolitano,que promova a avaliação <strong>do</strong>s padrões <strong>de</strong> ocupação <strong>do</strong> solo e <strong>do</strong>s fenómenosemergentes, e o acompanhamento <strong>de</strong> áreas-piloto i<strong>de</strong>ntificadas pelos problemas eintervenções que lhe estão associa<strong>do</strong>s.1.1.2.3. A articulação permanente entre os diferentes serviços das AdministraçõesCentral e Municipal e a constituição <strong>de</strong> parcerias com os agentes priva<strong>do</strong>s são condiçõesfundamentais para a implementação das propostas constantes <strong>do</strong> <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong>, norespeito <strong>do</strong>s princípios e critérios qualitativos que lhes estão associa<strong>do</strong>s.1.2. Orientações Sectoriais1.2.1. Or<strong>de</strong>namento Territorial e Planeamento Urbanístico1.2.1.1. O reforço e consolidação <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> integrada <strong>de</strong> centros/pólosmultifuncionais, expressa no Esquema <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>lo Territorial, obrigará à realização <strong>de</strong>infraestruturas e equipamentos <strong>de</strong> nível superior e âmbito supramunicipal e ao<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> acções <strong>de</strong> qualificação e <strong>de</strong> renovação urbana que lhes imprimanova e acrescida capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atracção e competitivida<strong>de</strong>.1.2.1.2. A continuida<strong>de</strong> e reforço da diversida<strong>de</strong> metropolitana pressupõe apermanência e o incentivo às funções agrícolas, florestais e naturais, o que implica oestabelecimento <strong>de</strong> mecanismos dirigi<strong>do</strong>s para a viabilida<strong>de</strong> económica das activida<strong>de</strong>sque lhes estão associadas e o efectivo controlo urbanístico nas suas áreas <strong>de</strong> fronteira,no senti<strong>do</strong> da sua estabilização e qualificação, e a contenção da edificação fora <strong>do</strong>sperímetros urbanos.1.2.1.3. As unida<strong>de</strong>s territoriais i<strong>de</strong>ntificadas no Mo<strong>de</strong>lo Territorial <strong>de</strong>vem ser objecto<strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s integra<strong>do</strong>s que assumam como centrais um conjunto <strong>de</strong> aspectos epreocupações em matéria <strong>de</strong> coerência e articulação <strong>do</strong> sistema urbano, <strong>de</strong> coesãosocial e espacial, <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> <strong>do</strong> sistema ecológico metropolitano e <strong>de</strong>intermunicipalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> equipamentos e infraestruturas, traduzin<strong>do</strong>-os expressamenteno <strong>de</strong>senho urbano.1.2.1.4. Os Instrumentos <strong>de</strong> Planeamento Territorial (IPT) <strong>de</strong>vem concretizarespacialmente, através da <strong>de</strong>finição das tipologias <strong>do</strong>minantes <strong>de</strong> uso <strong>do</strong> solo, daaplicação <strong>de</strong> princípios e critérios <strong>de</strong> gestão a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s e da implementação <strong>de</strong> acções<strong>de</strong> controlo e contenção urbanística, as propostas e orientações contidas no <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong>,no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> assegurar a estruturação, qualificação, reabilitação e revitalização <strong>do</strong>território.1.2.1.5. A execução das medidas e acções <strong>de</strong>correntes <strong>do</strong> Esquema <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>loTerritorial requer a explicitação e a<strong>do</strong>pção <strong>de</strong> uma política <strong>de</strong> solos, tanto ao nível central


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 88como local, que suporte a intervenção pública no merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> solos, sen<strong>do</strong> necessárioaplicar, até que se realize a reforma da fiscalida<strong>de</strong> <strong>do</strong> imobiliário, mecanismos <strong>de</strong>minoração <strong>do</strong>s efeitos <strong>de</strong>sviantes introduzi<strong>do</strong>s pelo regime actual na gestão territorial enas finanças locais.1.2.1.6. As gran<strong>de</strong>s obras públicas previstas no <strong>Plano</strong> (por exemplo, o Novo Aeroporto<strong>de</strong> Lisboa, a Nova Travessia <strong>do</strong> Tejo e as Plataformas Logísticas) são indutoras <strong>de</strong>comportamentos <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s <strong>de</strong> solos, da urbanização e da construção no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong>se apropriarem <strong>de</strong> condições favoráveis nos nichos <strong>de</strong> merca<strong>do</strong> cria<strong>do</strong>s e das mais valiasintroduzidas – <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já com o <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> e com a revisão <strong>do</strong>s PDM e restantes PMOT e, aprazo, com a realização das obras públicas previstas. Assim, importa que a Administraçãose antecipe, adquirin<strong>do</strong>, pelo menos, os solos necessários às suas realizações.1.2.1.7. A intervenção da Administração no merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> solos é igualmenteimportante à concretização da Re<strong>de</strong> Ecológica Metropolitana (REM), sempre que sejanecessário prevenir erros <strong>de</strong> afectação a usos incompatíveis ou <strong>de</strong>sajusta<strong>do</strong>s àscaracterísticas das áreas vitais ou das áreas e corre<strong>do</strong>res ecológicos estruturantes.1.2.1.8. Apresenta-se também indispensável a intervenção pública no merca<strong>do</strong>imobiliário para a satisfação <strong>de</strong> segmentos <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> a que a iniciativa privada não temrespondi<strong>do</strong>, <strong>de</strong>signadamente em áreas <strong>de</strong> <strong>de</strong>squalificação socio-urbanística.1.2.1.9. A relocalização <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s e usos, <strong>de</strong>signadamente as indústrias comrestrições <strong>de</strong> localização, é facilitada quan<strong>do</strong> a Administração dispõe <strong>de</strong> alternativas e seempenha em processos <strong>de</strong> permuta (associa<strong>do</strong>s a outras medidas <strong>de</strong> apoio àmo<strong>de</strong>rnização <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> produtivo).1.2.1.10. Neste quadro <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rações e princípios, será <strong>de</strong> pon<strong>de</strong>rar o lançamento<strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> apoio aos municípios para a constituição <strong>de</strong> uma reserva <strong>de</strong> solosmunicipal e/ou intermunicipal, como aconteceu entre 1976 e 1978 mas agora comsuporte no planeamento metropolitano e municipal e respectivos programas <strong>de</strong>execução.1.2.1.11. Num merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> solos muito controla<strong>do</strong> e dinamiza<strong>do</strong> pelo sector priva<strong>do</strong>,os instrumentos fiscais assumem particular importância para o financiamento público e,também, pelos efeitos nos comportamentos <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>.1.2.1.12. No entanto, a actual estrutura das finanças locais induz a expansão urbana,em especial através <strong>de</strong> operações <strong>de</strong> loteamento urbano, pela importância que asreceitas financeiras provenientes da cobrança da Taxa Municipal <strong>de</strong> Urbanizaçãoassumem para os Municípios, ainda que, a prazo, essas intervenções impliquem custosmunicipais para os quais não se antevêem recursos disponíveis (segun<strong>do</strong> o quadro actual<strong>de</strong> finanças locais).1.2.1.13. Em contrapartida, a tributação relativa ao património construí<strong>do</strong>, queimporta conservar e reabilitar, não gera as receitas suficientes para financiar asoperações e projectos municipais <strong>de</strong> renovação ou ampliação <strong>do</strong>s sistemas <strong>de</strong>infraestruturas e <strong>de</strong> equipamentos, <strong>de</strong> criação e valorização <strong>do</strong> espaço público, <strong>de</strong>estruturação e qualificação <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong>s, etc., mesmo quan<strong>do</strong> sãocontempla<strong>do</strong>s por apoios financeiros provenientes <strong>de</strong> Programas Comunitários.1.2.1.14. É indispensável a concretização da reforma da fiscalida<strong>de</strong> <strong>do</strong> imobiliário, nosenti<strong>do</strong> <strong>de</strong> viabilizar progressivamente as finanças locais com base nas áreas urbanasexistentes, sua conservação e reabilitação, e não com base nas expansões urbanas, queten<strong>de</strong>rão a diminuir ou a <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser necessárias.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 891.2.1.15. A reforma da moldura legal relativa aos contratos <strong>de</strong> arrendamento e <strong>de</strong>trespasses comerciais apresenta-se como uma componente fundamental para o sucessodas acções <strong>de</strong> reabilitação e revitalização <strong>do</strong>s núcleos centrais.1.2.1.16. Do mesmo mo<strong>do</strong>, <strong>de</strong>verão ser introduzidas alterações, no regime <strong>de</strong>arrendamento urbano, que estimulem o funcionamento <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> habitacional,proporcionan<strong>do</strong> melhores condições <strong>de</strong> acesso à habitação.1.2.2. Estrutura Metropolitana <strong>de</strong> Protecção e Valorização Ambiental1.2.2.1. A Estrutura Metropolitana <strong>de</strong> Protecção e Valorização Ambiental é constituídapelos espaços integrantes da Re<strong>de</strong> Ecológica Metropolitana, pelas áreas incluídas naReserva Agrícola Nacional, Reserva Ecológica Nacional e Re<strong>de</strong> Natura, assim como pelasáreas agrícolas, florestais, silvestres e naturais que contribuem <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>cisiva para asustentabilida<strong>de</strong> ambiental da <strong>AML</strong>.1.2.2.2. A Re<strong>de</strong> Ecológica Metropolitana concretiza os espaços e territórios essenciaispara a Estrutura Metropolitana <strong>de</strong> Protecção e Valorização Ambiental, incluin<strong>do</strong> as Árease Corre<strong>do</strong>res Estruturantes Primários e Secundários e as Áreas e Corre<strong>do</strong>res Vitais para a<strong>AML</strong>, que <strong>de</strong>vem ser integra<strong>do</strong>s nos Instrumentos <strong>de</strong> Planeamento Territorial.1.2.2.3. A implementação da Re<strong>de</strong> Ecológica Metropolitana, nos seus diferentesníveis, <strong>de</strong>ve ser concretizada nos processos <strong>de</strong> planeamento, <strong>de</strong> requalificação urbana e<strong>de</strong> urbanização e ter como suporte o apoio a projectos, acções e obras que cumpram econcretizem os objectivos e as propostas da Estrutura Metropolitana <strong>de</strong> Protecção eValorização Ambiental.1.2.2.4. Os terrenos periurbanos vocaciona<strong>do</strong>s para activida<strong>de</strong>s agrícolas e florestais,ou importantes contribuintes da Re<strong>de</strong> Ecológica Metropolitana, <strong>de</strong>vem sersalvaguarda<strong>do</strong>s <strong>do</strong> crescimento urbano ou <strong>de</strong> outros usos que reduzam ou retirem o seucarácter e potencialida<strong>de</strong>.1.2.2.5. O alojamento em áreas rurais e outras formas <strong>de</strong> ocupação emergentes nosespaços agrícola, florestal ou silvestre <strong>de</strong>vem ser avalia<strong>do</strong>s e enquadra<strong>do</strong>s nos IPT,nomeadamente através da <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> parâmetros e critérios para a edificação noespaço rural, aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ao enquadramento paisagístico e à preservação e valorização<strong>do</strong>s valores ambientais e culturais.1.2.2.6. As edificações e as activida<strong>de</strong>s localizadas em áreas <strong>de</strong> risco, em especial emáreas <strong>de</strong> risco geomorfológico, geotécnico e hídrico <strong>de</strong>vem ser avaliadas no âmbito <strong>do</strong>sPMOT, no senti<strong>do</strong> da sua eventual relocalização e <strong>do</strong> realojamento <strong>do</strong>s seus habitantes.1.2.2.7. Os recursos hídricos, águas interiores, estuários, águas subterrâneas e litoraissão elementos fundamentais para a sustentabilida<strong>de</strong> da <strong>AML</strong>, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> ser garantidas asua protecção e manutenção.1.2.3. Litoral1.2.3.1. A zona costeira da <strong>AML</strong> <strong>de</strong>verá ser objecto <strong>de</strong> uma gestão integrada,entendida como um processo dinâmico, contínuo e interactivo que contemple acoor<strong>de</strong>nação e a harmonização <strong>do</strong>s valores ambientais, económicos e sociais.1.2.3.2. A gestão integrada da zona costeira, através da concretização das medidasprevistas nos <strong>Plano</strong>s <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>namento da Orla Costeira, entre outros, <strong>de</strong>verá contemplar


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 90um processo <strong>de</strong> planeamento participativo, concertan<strong>do</strong> os diferentes interesses (emespecial os conflituantes) e articulan<strong>do</strong> os diversos níveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão a <strong>de</strong>senvolver aolongo <strong>do</strong> <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> estratégias e programas, <strong>de</strong> elaboração e implementação <strong>de</strong>planos, por forma a incorporar as diferentes perspectivas <strong>de</strong> uso e valorização <strong>de</strong>stazona.1.2.3.3. Qualquer actuação nesta área <strong>de</strong> elevada sensibilida<strong>de</strong> ecológica <strong>de</strong>verá tercomo objectivo fundamental a preservação e <strong>de</strong>fesa <strong>do</strong>s valores ambientais e amanutenção <strong>de</strong> um equilíbrio entre a oferta e a procura.1.2.4. Transportes e Logística1.2.4.1. A estrutura e organização preconizada no Esquema <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>lo Territorial<strong>de</strong>ve estar articulada com as re<strong>de</strong>s e sistemas <strong>de</strong> transportes, ten<strong>do</strong> em conta aexistência <strong>do</strong>s diferentes sub-sistemas urbanos e funcionais i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s e o necessárioreforço da atractivida<strong>de</strong> <strong>do</strong> transporte colectivo.1.2.4.2. O <strong>de</strong>senvolvimento da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> transportes colectivos <strong>de</strong> passageiros <strong>de</strong>veráconstituir a base para uma política <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> sustentável. A sua articulação funcionale tarifária <strong>de</strong>ve assumir um eleva<strong>do</strong> grau <strong>de</strong> eficácia e simplicida<strong>de</strong> e constituir umimportante elemento para a promoção da intermodalida<strong>de</strong>.1.2.4.3. A hierarquização da re<strong>de</strong> ro<strong>do</strong>viária metropolitana <strong>de</strong>ve respon<strong>de</strong>r aosdiferentes tipos <strong>de</strong> ligações e inter-<strong>de</strong>pendências entre os vários núcleos eaglomerações urbanas, separan<strong>do</strong>-as, sempre que possível, das ligações da <strong>AML</strong> com oresto <strong>do</strong> país e as fronteiras terrestres.1.2.4.4. A hierarquização da re<strong>de</strong> ro<strong>do</strong>viária <strong>de</strong>ve ter correspondência na capacida<strong>de</strong>das vias e <strong>do</strong>s nós, avaliada em função das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>correntes da recentragemterritorial proposta no Esquema <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>lo Territorial. Neste contexto, assume particularimportância o <strong>de</strong>senvolvimento da re<strong>de</strong> ro<strong>do</strong>viária entre o nível nacional e o municipal,infraestrutura essencial à melhoria da acessibilida<strong>de</strong> na <strong>AML</strong> e ao cabal aproveitamentodas potencialida<strong>de</strong>s conferidas pela re<strong>de</strong> ro<strong>do</strong>viária nacional.1.2.4.5. É fundamental o fecho da malha urbana e periurbana por forma aestabelecer as ligações às várias regiões <strong>do</strong> país.1.2.5. Equipamentos Sociais e Culturais1.2.5.1. Os equipamentos <strong>de</strong> nível supramunicipal <strong>de</strong>vem ser localiza<strong>do</strong>sprioritariamente nos pólos i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s no Esquema <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>lo Territorial, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong>consolidar o sistema traduzi<strong>do</strong> na estrutura multipolar proposta e <strong>de</strong> promover acobertura mais equilibrada <strong>do</strong> território.1.2.5.2. Alargar e reforçar a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino politécnico é uma aposta estratégica paraa qualificação e a<strong>de</strong>quação <strong>do</strong>s recursos humanos às novas e crescentes exigências <strong>do</strong>merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> emprego, sen<strong>do</strong> necessário consolidar e melhorar as estruturas existentes ecriar outras fora da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa, contribuin<strong>do</strong> assim, tanto para o seu reforço comopara a sua qualificação.1.2.5.3. Afirmar e valorizar o papel <strong>do</strong> ensino superior universitário na <strong>AML</strong> passa peloreforço das vertentes <strong>de</strong> Ciência e Tecnologia e <strong>de</strong> Investigação e Desenvolvimento –


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 91<strong>de</strong>ntro das capacida<strong>de</strong>s físicas <strong>do</strong>s espaços existentes ou em novos póloscomplementares – e pelo aprofundamento das relações com as estruturas empresariais.1.2.5.4. A <strong>de</strong>scentralização <strong>do</strong> ensino superior universitário na <strong>AML</strong>, através dalocalização <strong>de</strong> novos estabelecimentos ou valências nos centros <strong>de</strong> nível Sub-<strong>Regional</strong>, éfundamental para implementar o sistema polinuclear proposto no Esquema <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>loTerritorial.1.2.5.5. A a<strong>de</strong>quação da re<strong>de</strong> metropolitana <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s hospitalares, face àsdinâmicas territoriais e aos padrões superiores <strong>de</strong> resposta às necessida<strong>de</strong>s eexpectativas <strong>do</strong>s utiliza<strong>do</strong>res, exige um conjunto <strong>de</strong> medidas ao nível das característicasfísicas, das valências e da localização <strong>do</strong>s equipamentos que contemple,integradamente, a construção, remo<strong>de</strong>lação e transferência <strong>de</strong> diversosestabelecimentos.1.2.5.6. A construção e a valorização <strong>do</strong>s equipamentos <strong>de</strong>sportivos <strong>de</strong> altacompetição, bem como o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> programas para a realização eparticipação em provas, são fundamentais para a promoção da prática <strong>de</strong>sportiva e paraa afirmação da <strong>AML</strong> no contexto internacional.1.2.5.7. Os equipamentos <strong>de</strong>sportivos especializa<strong>do</strong>s <strong>de</strong>vem respon<strong>de</strong>r a parâmetrossuperiores <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e integração, em termos <strong>de</strong> características e envolventefuncional e ambiental, assumin<strong>do</strong> um papel activo na estruturação <strong>do</strong> território e nadiversificação e qualificação da oferta turística.1.2.5.8. As intervenções <strong>de</strong> expansão e reorganização na re<strong>de</strong> <strong>de</strong> salas <strong>de</strong>espectáculos <strong>de</strong>vem privilegiar a recuperação e valorização <strong>de</strong> espaços com esse uso,bem como a reconversão <strong>de</strong> edifícios <strong>de</strong> interesse histórico e arquitectónico querevelem capacida<strong>de</strong> para esse fim, ten<strong>do</strong> como suporte programas <strong>de</strong> animação edifusão cultural que complementeme diversifiquem a oferta existente.1.2.5.9. É fundamental aprofundar as complementarida<strong>de</strong>s territoriais e aproveitar assinergias que existem entre os distintos níveis e tipos <strong>de</strong> equipamentos da <strong>AML</strong> emtermos <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> irradiação, usos e funções.1.2.6. Coesão Social1.2.6.1. Os projectos <strong>de</strong> revitalização, <strong>de</strong> requalificação e <strong>de</strong> reconversão <strong>de</strong>vemconstituir um instrumento fundamental para a resolução das <strong>de</strong>bilida<strong>de</strong>s e carênciashabitacionais, sociais e urbanísticas que afectam o território metropolitano, seja nasáreas suburbanas ou nas zonas históricas, seja nos bairros sociais ou <strong>de</strong> barracas,asseguran<strong>do</strong> que as acções estabelecidas permitam um conhecimento aprofunda<strong>do</strong> ecircunstancia<strong>do</strong> das diversas realida<strong>de</strong>s, bem como uma abordagem das necessida<strong>de</strong>s,hábitos e expectativas legítimas das populações visadas, sempre numa perspectiva <strong>de</strong>integração social e espacial.1.2.6.2. O envolvimento e a participação das populações <strong>de</strong>vem ser asseguradas na<strong>de</strong>finição e <strong>de</strong>cisão <strong>do</strong>s processos <strong>de</strong> requalificação e <strong>de</strong> realojamento em áreas social eurbanisticamente mais <strong>de</strong>squalificadas e <strong>de</strong> maior conflitualida<strong>de</strong> social, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> sepromover a efectiva integração social, económica e profissional das populações mais<strong>de</strong>sfavorecidas – grupos <strong>de</strong> risco.1.2.6.3. A resolução <strong>do</strong>s processos <strong>de</strong> exclusão e fragmentação social e espacial, bemcomo o controlo <strong>do</strong>s factores que lhes estão subjacentes, <strong>de</strong>ve resultar <strong>do</strong>


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 92<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projectos integra<strong>do</strong>s que actuem ao nível da quantida<strong>de</strong> equalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espaços públicos, <strong>de</strong> infraestruturas e <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> apoio àspopulações locais, da melhoria das acessibilida<strong>de</strong>s e das condições que servem paraafirmar e diversificar a base económica local, em estreita articulação com o reforço <strong>do</strong>merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> emprego.1.2.6.4. A valorização <strong>do</strong>s recursos humanos e a promoção <strong>do</strong> emprego e daempregabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vem constituir vertentes centrais na prossecução <strong>de</strong> uma estratégia<strong>de</strong> coesão económica e social e <strong>de</strong> equida<strong>de</strong> territorial, implican<strong>do</strong> medidas activas, quenão se esgotam na reestruturação e mo<strong>de</strong>rnização das activida<strong>de</strong>s económicas e <strong>do</strong>sequipamentos <strong>de</strong> educação e formação, orientadas para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong>Social <strong>de</strong> Emprego como solução que conjuga a realização <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s para colmatarnecessida<strong>de</strong>s locais com a criação <strong>de</strong> emprego para as respectivas populações.1.2.6.5. As Administrações Central e Municipal, as instituições <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> social eos agentes sociais e económicos em geral, <strong>de</strong>vem articular políticas e acções nos<strong>do</strong>mínios da educação, formação – inicial e contínua – e certificação profissional, comomeio efectivo <strong>de</strong> antecipação das necessida<strong>de</strong>s e a<strong>de</strong>quação das competências aomerca<strong>do</strong> <strong>de</strong> emprego e <strong>de</strong> redução <strong>do</strong>s fenómenos <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego, emprego precárioe <strong>de</strong>sadaptação profissional.1.2.6.6. As diversas instituições com responsabilida<strong>de</strong> na área social <strong>de</strong>vem articularse,apelan<strong>do</strong> à participação <strong>do</strong>s indivíduos e <strong>do</strong>s movimentos cívicos, na dinamização <strong>de</strong>activida<strong>de</strong>s culturais, lúdicas e <strong>de</strong>sportivas, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> promover o sentimento <strong>de</strong>territorialida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> local nas áreas social e urbanisticamente mais<strong>de</strong>squalificadas.1.2.7. Activida<strong>de</strong>s Económicas1.2.7.1. O <strong>de</strong>senvolvimento e a consolidação das plataformas <strong>de</strong> internacionalização,bem como <strong>do</strong>s pólos <strong>de</strong> Indústria, Logística e Investigação & Desenvolvimento impõemsecomo vertente estratégica e exigem uma forte concentração <strong>de</strong> investimentospúblicos em infraestruturas e no apoio à instalação <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s, bem como em acções<strong>de</strong> marketing para a sua promoção interna e externa.1.2.7.2. As activida<strong>de</strong>s agrícola e florestal <strong>de</strong>vem assumir um papel nuclear naestrutura e organização <strong>do</strong> sistema urbano metropolitano, apostan<strong>do</strong>-se no<strong>de</strong>senvolvimento integra<strong>do</strong> das vertentes produtiva, ecológica, cultural e educativa,asseguran<strong>do</strong> a manutenção da agricultura como activida<strong>de</strong> económica importante equalifica<strong>do</strong>ra da paisagem e <strong>do</strong> território.1.2.7.3. A mo<strong>de</strong>rnização <strong>do</strong> sector das pescas <strong>de</strong>ve ser equacionada na duplaperspectiva <strong>de</strong> rentabilida<strong>de</strong> das empresas e protecção <strong>do</strong>s recursos, sen<strong>do</strong> fundamentalinvestigar e implementar soluções alternativas à pesca tradicional, como a aquicultura, eaplicar medidas a<strong>de</strong>quadas <strong>de</strong> protecção e reconstituição <strong>do</strong>s pesqueiros, associan<strong>do</strong>acções rigorosas <strong>de</strong> acompanhamento e fiscalização.1.2.7.4. A implantação das activida<strong>de</strong>s industriais <strong>de</strong>ve ten<strong>de</strong>r para a polarização emespaços próprios e a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s a esse uso, aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> solo, aos riscosambientais e tecnológicos, às condições <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> e logística e à articulação como merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> emprego, condicionan<strong>do</strong> as novas localizações industriais fora daquelasáreas à garantia <strong>de</strong> infraestruturas <strong>de</strong> saneamento e sistemas <strong>de</strong> tratamento e controloambiental <strong>do</strong>s seus efluentes e produtos <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 931.2.7.5. O processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e implantação <strong>do</strong>s serviços <strong>de</strong> apoio àsempresas <strong>de</strong>ve ser estimula<strong>do</strong> e conduzi<strong>do</strong> em estreita articulação com o sectorprodutivo, por forma a estabelecer uma ca<strong>de</strong>ia coerente e consequente na investigaçãoe difusão <strong>de</strong> novos conhecimentos e tecnologias.1.2.7.6. A estrutura e configuração da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s comerciais <strong>de</strong>ve obe<strong>de</strong>cera uma or<strong>de</strong>m que <strong>de</strong>corre da articulação entre a hierarquia associada às várias tipologiascomerciais, ramos <strong>de</strong> negócio e grau <strong>de</strong> concentração espacial, e a estrutura eorganização funcional <strong>do</strong>s espaços em que se insere e da sua envolvente. Essa estruturae configuração <strong>de</strong>ve estar conforme com os indica<strong>do</strong>res e orientações consagra<strong>do</strong>s nos<strong>Plano</strong>s Sectoriais, quan<strong>do</strong> existam.1.2.7.7. O sector da distribuição <strong>de</strong>ve ser estimula<strong>do</strong> no senti<strong>do</strong> da diferenciação e daqualificação empresarial e orienta<strong>do</strong> para localizações <strong>do</strong>tadas <strong>de</strong> boas condições <strong>de</strong>acessibilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> comunicação, em que a concentração <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s diversificadas ecomplementares permita a exploração <strong>de</strong> economias <strong>de</strong> escala.1.2.7.8. A activida<strong>de</strong> turística, sen<strong>do</strong> um sector económico fundamental na <strong>AML</strong>, <strong>de</strong>veorientar as suas acções para a concretização <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s turísticas integradas, on<strong>de</strong>pre<strong>do</strong>minem como activida<strong>de</strong>s fundamentais as instalações e equipamentos hoteleiros,<strong>de</strong> lazer e <strong>de</strong> turismo (nomeadamente, campos <strong>de</strong> golfe e instalações associadas), emespecial junto ao litoral e em zonas estratégicas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que garantida a sua coerênciacom as disposições <strong>do</strong>s POOC e <strong>do</strong>s IPT e uma a<strong>de</strong>quada integração paisagística eambiental.1.2.7.9. As activida<strong>de</strong>s relacionadas com o agro-turismo e eco-turismo <strong>de</strong>vem serapoiadas e promovidas no âmbito da Re<strong>de</strong> Ecológica Metropolitana, especialmente nasáreas classificadas, potencian<strong>do</strong> sinergias <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento favoráveis à viabilida<strong>de</strong> ecompetitivida<strong>de</strong> económica e à protecção e valorização ambiental. De igual mo<strong>do</strong>,<strong>de</strong>vem ser promovidas outras modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> turismo em espaço rural e unida<strong>de</strong>shoteleiras, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a sua dimensão e características lhes assegurem a<strong>de</strong>quadaintegração ambiental e paisagística.1.2.8. Saneamento Ambiental1.2.8.1. A melhoria no serviço <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água <strong>de</strong>ve ser assegurada emtermos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> da água distribuída e <strong>de</strong> fiabilida<strong>de</strong>, segurança e rendimento <strong>do</strong>sistema <strong>de</strong> abastecimento.1.2.8.2. Os sistemas <strong>de</strong> drenagem e tratamento <strong>de</strong> águas residuais <strong>de</strong>vem sercompleta<strong>do</strong>s através da conclusão e remo<strong>de</strong>lação <strong>de</strong> infra-estruturas e daoperacionalização <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s necessárias à plena satisfação em termos <strong>de</strong> atendimento equalida<strong>de</strong> <strong>do</strong> serviço.1.2.8.3. A hierarquia <strong>de</strong> princípios <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> resíduos implica que as acções <strong>de</strong>vemser dirigidas, em primeiro lugar, para a prevenção – através da redução – seguida dareutilização e reciclagem, da valorização orgânica e/ou energética e, apenas em últimocaso, da <strong>de</strong>posição final/eliminação em aterro controla<strong>do</strong>.1.2.8.4. As escombreiras e a <strong>de</strong>posição indiscriminada <strong>de</strong> resíduos da indústriaextractiva justificam a realização <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong> avaliação e recuperação ambiental que<strong>de</strong>verá ser orienta<strong>do</strong> pelas entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tutela <strong>do</strong> sector.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 941.2.8.5. O controlo e atenuação <strong>do</strong>s efeitos negativos <strong>do</strong> ruí<strong>do</strong> sobre a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vida das populações exigem a coor<strong>de</strong>nação institucional para o estabelecimento <strong>de</strong>regras e <strong>de</strong> mecanismos eficazes para a sua aplicação, em particular nas áreashabitacionais e nas áreas <strong>de</strong> interesse para a activida<strong>de</strong> turística.1.2.8.6. A manutenção <strong>de</strong> uma boa qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> ar na <strong>AML</strong> e em particular nas”zonas sensíveis”, <strong>de</strong>ve ser uma preocupação essencial das entida<strong>de</strong>s das AdministraçõesCentral e Municipal licencia<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s polui<strong>do</strong>ras. É necessário promover aredução, em valor absoluto, das emissões atmosféricas <strong>de</strong> gases e partículas resultantesda activida<strong>de</strong> industrial, da geração <strong>de</strong> energia eléctrica, <strong>do</strong>s transportes, da agricultura,<strong>do</strong>s serviços e das activida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>mésticas, incentivan<strong>do</strong> a utilização <strong>de</strong> combustíveismenos poluentes e <strong>de</strong> tecnologias mais eficientes e a instalação <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong>controle e tratamento das emissões atmosféricas. Por outro la<strong>do</strong>, as fontes polui<strong>do</strong>ras<strong>de</strong>vem ter uma localização a<strong>de</strong>quada, <strong>de</strong> forma a que as emissões atmosféricas afectemo menos possível as zonas sensíveis e as áreas com interesse para a conservação danatureza.1.2.9. Infraestruturas Energéticas1.2.9.1. As infraestruturas energéticas são fundamentais e estratégicas nos processos<strong>de</strong> crescimento e <strong>de</strong>senvolvimento, pelo que <strong>de</strong>vem ser asseguradas re<strong>de</strong>s e corre<strong>do</strong>resa<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s à instalação e ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong>s projectos e das activida<strong>de</strong>sestruturantes da <strong>AML</strong>.1.2.10. Protecção Civil1.2.10.1. Ten<strong>do</strong> em conta que a <strong>AML</strong> é consi<strong>de</strong>rada uma área <strong>de</strong> eleva<strong>do</strong> risco sísmicoe possui áreas sujeitas a cheias, <strong>de</strong>slizamentos, riscos geológicos, e tecnológicos(<strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s industriais) <strong>de</strong>verá ser elabora<strong>do</strong> um plano <strong>de</strong> emergênciametropolitano – <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com as orientações <strong>do</strong> Serviço Nacional <strong>de</strong> Protecção Civil –que <strong>de</strong>verá ser a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> por todas as entida<strong>de</strong>s nos processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e localização<strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s e infraestruturas.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 951.3. Orientações Territoriais1.3.1. Estuário <strong>do</strong> Tejo1.3.1.1. Preservar e recuperar os valores naturais <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> e riquezaecológica que constituem o Estuário <strong>do</strong> Tejo, elemento central e valor ambientalestruturante da <strong>AML</strong>, potencian<strong>do</strong> a sua utilização para fins <strong>de</strong> turismo, recreio e lazerem articulação com o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong>s núcleos urbanos ribeirinhos e com os valoresnaturais existentes.1.3.1.2. Requalificar os espaços urbanos ribeirinhos e as margens <strong>do</strong> estuário,promoven<strong>do</strong> um enquadramento paisagístico e funcional a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> ao seu valorambiental e ao seu papel como elemento <strong>de</strong> centralida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> socio-cultural.1.3.1.3. Reconverter e renovar as áreas/espaços e unida<strong>de</strong>s funcionais que englobemgran<strong>de</strong>s complexos industriais <strong>de</strong>sactiva<strong>do</strong>s ou em <strong>de</strong>sactivação que <strong>de</strong>vem serintegra<strong>do</strong>s em projectos <strong>de</strong> requalificação global <strong>de</strong> áreas ribeirinhas, nomeadamente nafrente ribeirinha <strong>de</strong> Lisboa e eixo <strong>de</strong> Vila Franca <strong>de</strong> Xira e na frente ribeirinha <strong>de</strong> Almada-Seixal-Barreiro.1.3.2. Lisboa – Centro Metropolitano1.3.2.1. Promover Lisboa como área central para localização <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s e<strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> funções <strong>de</strong> nível superior com capacida<strong>de</strong> para servir <strong>de</strong> motor ao<strong>de</strong>senvolvimento da <strong>AML</strong> e à sua afirmação a nível nacional e internacional.1.3.2.2. Imprimir nova vitalida<strong>de</strong> e dinamismo ao centro tradicional <strong>de</strong> Lisboa atravésda implantação <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s inova<strong>do</strong>ras e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, numa lógica <strong>de</strong>complementarida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produtos e articulação <strong>de</strong> funcionamento, indutoras dareconversão e diversificação <strong>do</strong>s segmentos <strong>de</strong> investi<strong>do</strong>res e utiliza<strong>do</strong>res <strong>de</strong>sse espaço.1.3.2.3. Revitalizar e requalificar os bairros históricos no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> criar condiçõesfavoráveis à reabilitação e manutenção da função habitacional e às activida<strong>de</strong>ssocialmente diversificadas.1.3.2.4. Controlar e inverter os processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação física e funcional, crian<strong>do</strong>mecanismos <strong>de</strong> sensibilização e apoio dirigi<strong>do</strong>s à conservação e recuperação <strong>do</strong> parquehabitacional e à reconversão <strong>do</strong>s espaços industriais e <strong>de</strong> armazenagem em <strong>de</strong>cadênciaou aban<strong>do</strong>no.1.3.2.5. Desenvolver acções e projectos integra<strong>do</strong>s nos <strong>do</strong>mínios da habitação, daformação, <strong>do</strong> emprego e <strong>do</strong> apoio social dirigi<strong>do</strong>s às populações afectadas porfenómenos <strong>de</strong> pobreza, <strong>de</strong>squalificação ou exclusão social.1.3.2.6. Estruturar o sistema urbano da coroa exterior, articulan<strong>do</strong> os teci<strong>do</strong>s entre sie com as unida<strong>de</strong>s territoriais vizinhas através, <strong>de</strong>signadamente, <strong>do</strong> reforço dasacessibilida<strong>de</strong>s locais e metropolitanas, da qualificação <strong>do</strong>s núcleos <strong>de</strong>grada<strong>do</strong>s e dacriação e valorização <strong>do</strong> espaço público associa<strong>do</strong> à implementação da REM.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 961.3.3. Espaço Metropolitano Poente1.3.3.1. Promover as áreas <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> económica estruturantes, nomeadamente, opólo <strong>de</strong> serviços, investigação e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> Tagus Park e algumas áreasindustriais <strong>do</strong> concelho <strong>de</strong> Sintra (Mem Martins) como motores <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento.1.3.3.2. Reconfigurar e qualificar espacial e funcionalmente o território com base naintegração <strong>do</strong>s eixos consolida<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Cascais e <strong>de</strong> Sintra com a sua área intersticial.1.3.3.3. Promover complementarida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>pendências internas em ligação com aunida<strong>de</strong> Arco Urbano Envolvente Norte.1.3.3.4. Estabilizar os limites <strong>do</strong> edifica<strong>do</strong>, salvaguardan<strong>do</strong> as Áreas Vitais para ofuncionamento <strong>do</strong>s sistemas ecológico e urbano.1.3.3.5. Qualificar o eixo Ama<strong>do</strong>ra-Sintra conten<strong>do</strong> a <strong>de</strong>nsificação, requalifican<strong>do</strong> asáreas urbanas mais <strong>de</strong>gradadas e reabilitan<strong>do</strong> os núcleos históricos como factores <strong>de</strong>i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>.1.3.3.6. Acautelar a <strong>de</strong>nsificação e alteração das tipologias <strong>de</strong> ocupação no eixoAlgés-Cascais e reforçar a utilização da faixa litoral como factor <strong>de</strong> qualificação ambiental<strong>do</strong> espaço urbano, <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> preferencialmente a activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> turismo e <strong>de</strong> recreio elazer.Or<strong>de</strong>nar e estruturar o território da área intersticial, implementan<strong>do</strong> uma re<strong>de</strong> viáriaestruturante e disciplinan<strong>do</strong> os diversos usos e ocupações <strong>do</strong> solo.1.3.3.8. Apoiar a vocação que o eixo Algés-Pedrouços tem conheci<strong>do</strong> no sector daspescas, nomeadamente em termos das infraestruturas e <strong>do</strong>s serviços conexos.1.3.4. Eixo Sacavém – Vila Franca <strong>de</strong> Xira1.3.4.1. Reforçar a centralida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alverca ¼ Boba<strong>de</strong>la em articulação com a área <strong>de</strong>activida<strong>de</strong>s<strong>do</strong> MARL como espaço privilegia<strong>do</strong> para a implantação <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s ligadasà indústria e logística.1.3.4.2. Integrar e racionalizar os processos <strong>de</strong> reestruturação económica, em termosespaciais e funcionais, no senti<strong>do</strong> da concretização das polarida<strong>de</strong>s propostas noEsquema Mo<strong>de</strong>lo Territorial e da qualificação <strong>do</strong> território.1.3.4.3. Travar a sobre<strong>de</strong>nsificação urbana e resolver as carências <strong>de</strong> espaço público.1.3.4.4. Libertar o espaço ribeirinho <strong>de</strong> ocupações pesadas com edificação contínuapara a criação <strong>de</strong> corre<strong>do</strong>res <strong>de</strong> ligação ao interior e <strong>de</strong> espaços <strong>de</strong> recreio e lazer.1.3.5. Arco Ribeirinho Sul1.3.5.1. Os pólos <strong>de</strong> Almada, Seixal e Barreiro <strong>de</strong>vem constituir centralida<strong>de</strong>ssupramunicipais, afirman<strong>do</strong>-se como conjunto funcional, complementar a Lisboa noâmbito da Península <strong>de</strong> Setúbal, suporta<strong>do</strong> em fortes acessibilida<strong>de</strong>s internas e externas.1.3.5.2. Promover a estruturação polinucleada e as ligações funcionais internas.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 971.3.5.3. Preservar e recuperar as frentes ribeirinhas em articulação com a utilização<strong>do</strong> Estuário para activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> recreio e lazer.1.3.5.4. Reconverter as áreas industriais em <strong>de</strong>clínio ou aban<strong>do</strong>nadas, privilegian<strong>do</strong> asua utilização para serviços <strong>de</strong> apoio às activida<strong>de</strong>s económicas e para a criação <strong>de</strong>espaço público.1.3.5.5. Estruturar, or<strong>de</strong>nar e requalificar urbanisticamente o sistema urbanoAlmada/Montijo e o interior <strong>do</strong>s concelhos <strong>de</strong> Almada e Seixal.1.3.5.6. Promover a frente atlântica como espaço <strong>de</strong> recreio e lazer da <strong>AML</strong>,preservan<strong>do</strong> os valores naturais e salvaguardan<strong>do</strong> as vertentes viradas ao Tejo enquantopatrimónio paisagístico <strong>de</strong> enquadramento <strong>do</strong> Estuário.1.3.5.7. Proteger as áreas com recursos geológicos cartografa<strong>do</strong>s na ”Carta <strong>de</strong>Recursos Geológicos”, impedin<strong>do</strong> a sua afectação a outros usos que inviabilizem a suaexploração futura, promoven<strong>do</strong>, ainda, estu<strong>do</strong>s que or<strong>de</strong>nem a<strong>de</strong>quadamente estasáreas e as já esgotadas.1.3.5.8. Qualificar o eixo Almada-Corroios-Fogueteiro, incluin<strong>do</strong> a extensão a poenteda auto-estrada, conten<strong>do</strong> a <strong>de</strong>nsificação e requalifican<strong>do</strong> as áreas urbanas mais<strong>de</strong>gradadas1.3.6. Setúbal – Palmela1.3.6.1. Reforçar e dinamizar Setúbal ¼ Palmela como centro metropolitano <strong>de</strong> nívelsub-regional.1.3.6.2. Promover o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> Porto <strong>de</strong> Setúbal, em todas as suascomponentes, como infraestrutura estratégica <strong>de</strong> internacionalização, em articulaçãocom os portos <strong>de</strong> Lisboa e Sines, com o centro <strong>de</strong> transportes ro<strong>do</strong>viários <strong>de</strong>merca<strong>do</strong>rias <strong>de</strong> Setúbal/Palmela e com as áreas industriais e <strong>de</strong> serviços conexas,acautelan<strong>do</strong> os impactes no Estuário <strong>do</strong> Sa<strong>do</strong>.1.3.6.3. Valorizar o património histórico-cultural, utilizan<strong>do</strong> as vantagens associadas àdiversida<strong>de</strong> e interesse <strong>do</strong>s espaços naturais envolventes, em particular as áreas <strong>de</strong>utilização turística litoral da Península <strong>de</strong> Tróia.1.3.6.4. Proteger as áreas com recursos geológicos cartografa<strong>do</strong>s na ”Carta <strong>de</strong>Recursos Geológicos”, impedin<strong>do</strong> a sua afectação a outros usos que inviabilizem a suaexploração futura, promoven<strong>do</strong>, ainda, estu<strong>do</strong>s que or<strong>de</strong>nem a<strong>de</strong>quadamente estasáreas e as já esgotadas.1.3.7. Planície Interior Sul1.3.7.1. Promover Coina como uma área centraliza<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s económicasligadas á indústria, armazenagem e logística, em articulação com o Pinhal Novo eapoiada no arco ribeirinho e no pólo <strong>de</strong> Setúbal/Palmela.1.3.7.2. Or<strong>de</strong>nar e estruturar o território reconfiguran<strong>do</strong> a ocupação urbana, <strong>de</strong>forma a permitir a recuperação <strong>de</strong> áreas com ecossistemas mais sensíveis, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong>


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 98livres <strong>de</strong> ocupação edificada áreas significativas importantes para a preservação <strong>do</strong>aquífero da Península <strong>de</strong> Setúbal.1.3.7.3. Implementar um <strong>Plano</strong> Intermunicipal <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> Território quepermita articular as diversas políticas e estratégias municipais.1.3.8. Arco Urbano Envolvente Norte1.3.8.1. Fomentar e reforçar o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s ligadas à indústria,armazenagem e logística nas áreas <strong>de</strong> Terrugem ¼ Pêro Pinheiro ¼ Sabugo, emarticulação com a <strong>de</strong> Mem Martins, e na área <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> MARL, em articulaçãocom Alverca/Boba<strong>de</strong>la, tiran<strong>do</strong> parti<strong>do</strong> das suas localizações periféricas e das boascondições <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong>.1.3.8.2. Promover a constituição <strong>de</strong> remate urbano da área metropolitana norte e<strong>de</strong>finir limites estáveis para a Serra da Carregueira e para a Várzea <strong>de</strong> Loures.1.3.8.3. Salvaguardar as áreas com recursos geológicos <strong>de</strong> usos que ponham emcausa a sua exploração, or<strong>de</strong>nar as áreas em exploração e recuperar as áreas esgotadas.1.3.8.4. Impedir a ocupação urbana nas áreas <strong>de</strong> risco das costeiras <strong>de</strong> Loures e <strong>de</strong>Odivelas, relocalizan<strong>do</strong> as edificações existentes.1.3.8.5. Concretizar as Áreas e Corre<strong>do</strong>res Vitais <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista ambiental, noâmbito da configuração e remates <strong>do</strong> sistema urbano.1.3.9. Espaço <strong>de</strong> Transição Nascente1.3.9.1. Aproveitar as potencialida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Alcochete associadas ao Estuário <strong>do</strong> Tejo e àárea protegida envolvente, para fins turísticos e <strong>de</strong> recreio e lazer <strong>de</strong> baixa <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>,bem como <strong>de</strong> investigação relacionada com esses elementos naturais.1.3.9.2. Reforçar e diversificar as relações funcionais <strong>de</strong> Alcochete com a unida<strong>de</strong> <strong>do</strong>Arco Ribeirinho.1.3.9.3. Fomentar o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> Pinhal Novo em complementarida<strong>de</strong> com aárea <strong>de</strong> Coina.1.3.9.4. Controlar os fenómenos <strong>de</strong> edificação dispersa, em especial nas áreas <strong>de</strong>ocupação agrícola.1.3.9.5. Orientar e incentivar os novos tipos <strong>de</strong> oferta na produção <strong>de</strong> espaço urbanoe as dinâmicas da procura, integran<strong>do</strong> os princípios <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> ambiental e urbanísticapretendi<strong>do</strong>s para esta unida<strong>de</strong> territorial.1.3.9.6. Proteger as áreas com recursos geológicos cartografa<strong>do</strong>s na ”Carta <strong>de</strong>Recursos Geológicos”, impedin<strong>do</strong> a sua afectação a outros usos que inviabilizem a suaexploração futura, promoven<strong>do</strong>, ainda, estu<strong>do</strong>s que or<strong>de</strong>nem a<strong>de</strong>quadamente estasáreas e as já esgotadas.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 991.3.10. Arrábida / Espichel / Matas <strong>de</strong> Sesimbra1.3.10.1. Manter a Arrábida/Espichel como paisagens e zonas únicas fora das pressõesurbanas.1.3.10.2. Estruturar e consolidar o sistema Sesimbra / Santana / Lagoa <strong>de</strong> Albufeiracomo área urbana ligada ao turismo, recreio e lazer, garantin<strong>do</strong> que a ocupação turísticaseja consentânea com o interesse paisagístico, ecológico e patrimonial.1.3.10.3. Apoiar o <strong>de</strong>senvolvimento da activida<strong>de</strong> agrícola na área <strong>de</strong> Azeitão com basenas suas especificida<strong>de</strong>s produtivas, garantin<strong>do</strong> a manutenção <strong>do</strong>s padrões paisagísticosexistentes.1.3.10.4. Controlar as pressões urbanas nas matas <strong>de</strong> Sesimbra, ten<strong>do</strong> em conta o seueleva<strong>do</strong> interesse patrimonial.1.3.10.5. Proteger as áreas com recursos geológicos cartografa<strong>do</strong>s na ”Carta <strong>de</strong>Recursos Geológicos”, impedin<strong>do</strong> a sua afectação a outros usos que inviabilizem a suaexploração futura, promoven<strong>do</strong>, ainda, estu<strong>do</strong>s que or<strong>de</strong>nem a<strong>de</strong>quadamente estasáreas e as já esgotadas.1.3.11. Serra <strong>de</strong> Sintra1.3.11.1. Promover a preservação e valorização <strong>do</strong> espaço florestal e natural da Serra<strong>de</strong> Sintra.1.3.11.2. Manter a área litoral Colares / Guincho como paisagem e zona única.1.3.11.3. Garantir que as intervenções na orla costeira não comprometem nem<strong>de</strong>scaracterizam o espaço serra.1.3.11.4. Garantir padrões <strong>de</strong> elevada exigência urbanística, arquitectónica epaisagística para os núcleos urbanos.1.3.11.5. Garantir níveis e padrões <strong>de</strong> ocupação edificada e turística consentâneos coma salvaguarda e valorização paisagística, ecológica e patrimonial.1.3.12. Litoral Atlântico Norte1.3.12.1. Assegurar a manutenção da agricultura como factor <strong>de</strong> qualificação dapaisagem e <strong>de</strong> equilíbrio <strong>do</strong>s ecossistemas e da ocupação <strong>do</strong> território.1.3.12.2. Preservar e estabilizar a paisagem associada às encostas das ribeiras,aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a padrões <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> paisagística.1.3.12.3. Controlar e enquadrar as pressões urbanas.1.3.12.4. Configurar e estruturar a ocupação urbana <strong>do</strong> eixo Ericeira/Mafra e <strong>do</strong> eixoColares / Magoito.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 1001.3.13. Interior Norte Agrícola1.3.13.1. Contrariar o fenómeno da dispersão da edificação promoven<strong>do</strong> aconcentração em núcleos e em áreas <strong>de</strong>vidamente planeadas e infraestruturadas.1.3.13.2. Dinamizar e or<strong>de</strong>nar o crescimento <strong>do</strong> núcleo Malveira / Venda <strong>do</strong> Pinheirocomo centro <strong>de</strong> apoio funcional à área rural e <strong>de</strong> articulação da <strong>AML</strong> com Torres Vedras.1.3.13.3. Preservar a área florestal da Tapada <strong>de</strong> Mafra e a sua envolvente.1.3.14. Carrega<strong>do</strong> / Ota / Azambuja1.3.14.1. Acautelar a transformação da ocupação <strong>do</strong> território para fins urbanoindustriais,ten<strong>do</strong> em conta a futura localização <strong>do</strong> Novo Aeroporto <strong>de</strong> Lisboa.1.3.14.2. Implementar a plataforma logística Azambuja/Carrega<strong>do</strong>/Ota, associada aoNovo Aeroporto Internacional <strong>de</strong> Lisboa e às dinâmicas já instaladas no Carrega<strong>do</strong> e emVila Nova da Rainha/Azambuja.1.3.14.3. Reor<strong>de</strong>nar e recuperar as áreas <strong>de</strong> indústria extractiva.1.3.15. Nascente Agro-Florestal1.3.15.1. Manter e preservar a área <strong>de</strong> monta<strong>do</strong>, ten<strong>do</strong> em conta o seu eleva<strong>do</strong>interesse ecológico, paisagístico e económico.1.3.15.2. Estudar e orientar as pressões geradas pelas novas condições <strong>de</strong>acessibilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>terminadas pela procura <strong>de</strong> solos para culturas intensivas <strong>de</strong> regadio,para novas formas <strong>de</strong> ocupação habitacional e para núcleos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentoturístico.1.3.15.3. Estudar a implementação da plataforma logística centrada emPegões/Marateca e articulada com o Porto <strong>de</strong> Setúbal.1.3.15.4. Consolidar o crescimento em Samora Correia/Benavente, fomentan<strong>do</strong> o seureforço como pólo <strong>de</strong> serviços em articulação com Carrega<strong>do</strong>/Ota/Azambuja e comPegões/Marateca.1.3.16. Lezíria <strong>do</strong> Tejo1.3.16.1. Promover a manutenção da Lezíria <strong>do</strong> Tejo como área <strong>de</strong> excelência para aagricultura metropolitana e para o funcionamento <strong>do</strong> sistema ecológico metropolitano.1.3.17. Estuário <strong>do</strong> Sa<strong>do</strong>1.3.17.1. Preservar e recuperar os valores naturais <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> biodiversida<strong>de</strong>,estabelecen<strong>do</strong> parâmetros e limiares <strong>de</strong> compatibilida<strong>de</strong> com as activida<strong>de</strong>s instaladas ea instalar na Mitrena.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 1011.3.17.2. Enquadrar a ocupação urbana/industrial na margem <strong>do</strong> Estuário e a funçãoturística da Península <strong>de</strong> Tróia.1.3.17.3. Articular as medidas e acções a implementar com as iniciativas regionais emunicipais da Região <strong>do</strong> Alentejo.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 1022 Normas Específicas2.1. Or<strong>de</strong>namento Territorial e Planeamento Urbanístico2.1.1. No âmbito da execução <strong>do</strong>s Instrumentos <strong>de</strong> Gestão Territorial, <strong>de</strong>ve serprosseguida pelos Municípios abrangi<strong>do</strong>s pelo <strong>Plano</strong> uma política <strong>de</strong> solos, que viabilize epromova o reparcelamento fundiário e a regularização <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> solos urbanizáveise edificáveis, permitin<strong>do</strong> controlar a fragmentação da ocupação urbana <strong>do</strong> território eapoiar a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> expansão urbana prioritária, <strong>de</strong>signadamente no que serefere à promoção habitacional <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.2.1.2. Esta política <strong>de</strong> solos <strong>de</strong>verá salvaguardar os solos <strong>de</strong> maior capacida<strong>de</strong>produtiva para a agricultura, para a floresta <strong>de</strong> produção e protecção, assim como ossolos importantes para a recarga <strong>do</strong>s aquíferos subterrâneos, o controlo das cheias e amanutenção das zonas húmidas.2.1.3. Os Instrumentos <strong>de</strong> Planeamento Territorial <strong>de</strong>vem:a) promover a urbanização programada, garantida por re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> infraestruturas e<strong>de</strong>vidamente articulada em termos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho e funcionamento urbano com asáreasurbanas contíguas;b) prever e concretizar espaço urbano em resulta<strong>do</strong> da prática <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho urbano,<strong>de</strong> áreas ou conjuntos <strong>de</strong> parcelas, que englobem o número suficiente <strong>de</strong>promotores para dar coerência, continuida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> à produção <strong>do</strong>crescimento urbano;c) assegurar a i<strong>de</strong>ntificação e disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> solos urbanos e/ou urbanizáveis quecubram os diversos tipos <strong>de</strong> procura em termos <strong>de</strong> habitação, equipamentos einfraestruturas, no respeito pela lógica <strong>do</strong> Esquema <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>lo Territorial, libertan<strong>do</strong><strong>de</strong>sse mo<strong>do</strong> da pressão urbanística os melhores solos para a agricultura, floresta efuncionamento <strong>do</strong> sistema hidrológico, em especial nas Áreas Vitais incluídas na Re<strong>de</strong>Ecológica Metropolitana;d) <strong>de</strong>finir limites coerentes e estáveis para os espaços urbanos, através daconstrução <strong>de</strong> frentes urbanas qualificadas e da promoção <strong>de</strong> ocupações e usos,com carácter <strong>de</strong>finitivo, nas suas zonas envolventes, liga<strong>do</strong>s ao recreio e lazer, àmanutenção e valorização <strong>do</strong>s espaços naturais ou das activida<strong>de</strong>s agrícola ouflorestal, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> estabilizar a sua configuração;e) promover a contenção da <strong>de</strong>nsificação e a qualificação <strong>de</strong> áreas urbanasextensivamente saturadas, bem como a requalificação <strong>do</strong> espaço público e daimagem urbana, com vista à resolução das <strong>de</strong>bilida<strong>de</strong>s ao nível <strong>do</strong> <strong>de</strong>senho urbanonas áreas consolidadas;f) salvaguardar as áreas ainda livres <strong>de</strong> edificação para acolher os espaços públicosequipa<strong>do</strong>s e espaços ver<strong>de</strong>s públicos necessários à resolução das questões <strong>de</strong><strong>de</strong>safogo, <strong>de</strong> remate e <strong>de</strong> articulação <strong>de</strong> teci<strong>do</strong>s urbanos;g) garantir que as novas áreas <strong>de</strong> crescimento urbano incluam os serviços,equipamentos e infraestruturas qualifica<strong>do</strong>s e a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s à sua posição relativa nare<strong>de</strong> urbana;h) qualificar urbanística e paisagisticamente as áreas urbanas tradicionais,associan<strong>do</strong>-lhes um papel central na prestação <strong>de</strong> bens e serviços;i) <strong>de</strong>finir mecanismos <strong>de</strong> reforço da imagem e i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> próprias <strong>do</strong>s aglomera<strong>do</strong>srurais;j) promover a contenção da edificação dispersa e <strong>do</strong> parcelamento da proprieda<strong>de</strong>em meio não urbano, mediante a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> normativas restritivas, ajustadas às


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 103características específicas <strong>de</strong> cada local, que fundamentem e, selectivamente,condicionem e reorientem a construção para os diversos fins;l) integrar as re<strong>de</strong>s e estruturas fundamentais da <strong>AML</strong>, com incidência no territóriomunicipal, proce<strong>de</strong>n<strong>do</strong> à compatibilização com as restantes estruturas territoriais ecom o or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> território concelhio;m) assimilar as orientações <strong>do</strong> Esquema <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>lo Territorial no dimensionamentoe or<strong>de</strong>namento da estrutura urbana municipal;n) consi<strong>de</strong>rar – enquanto não for revista a Portaria n.º 1136/2001, <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong>Setembro, e face às carências <strong>de</strong> espaço público, <strong>de</strong> equipamentos e infraestruturasnas áreas urbanizáveis e em especial nas áreas urbanas mais <strong>de</strong>nsamente ocupadas –valores <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>stinadas àquelas funções urbanas, superiores aos valoresindica<strong>do</strong>s na Portaria;o) distinguir, na <strong>de</strong>finição das Áreas <strong>de</strong> Cedência, a parte correspon<strong>de</strong>nte a espaçopúblico não edifica<strong>do</strong>, a área afecta a equipamentos e os valores e parâmetrosreferentes a infraestruturas;p) consi<strong>de</strong>rar – em especial nas áreas urbanizáveis e no licenciamento <strong>de</strong> novosprojectos localiza<strong>do</strong>s em áreas já <strong>de</strong>nsamente urbanizadas – afecta a espaço públiconão construí<strong>do</strong>, no mínimo, 75% <strong>do</strong> total da área <strong>de</strong> cedência.2.1.4. A Administração Central:a) <strong>de</strong>ve apoiar, nos termos da lei e <strong>do</strong>s programas existentes, as acções municipaisque visem a requalificação e reconversão urbanística das áreas <strong>de</strong>squalificadas,<strong>de</strong>signadamente <strong>do</strong>s centros históricos <strong>de</strong>grada<strong>do</strong>s, das áreas urbanas periféricas,<strong>do</strong>s subúrbios habitacionais, <strong>do</strong>s bairros <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s a habitação social e das áreas <strong>de</strong>urbanização <strong>de</strong> génese ilegal (AUGI);b) <strong>de</strong>ve promover estu<strong>do</strong>s e <strong>de</strong>finir regras para a localização <strong>de</strong> indústrias earmazéns compatíveis com o meio urbano, fundamenta<strong>do</strong> por critérios <strong>de</strong> boaconvivência <strong>de</strong> ocupações/usos e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> ambiental e paisagística;c) <strong>de</strong>ve apoiar os municípios na realização <strong>de</strong> planos municipais ou intermunicipais<strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s às áreas on<strong>de</strong> ocorram projectos <strong>de</strong> novas infraestruturas eequipamentos estruturantes da <strong>AML</strong>, <strong>do</strong>s quais resulte a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>reformulação profunda <strong>do</strong> planeamento territorial da área afectada.2.1.5. As entida<strong>de</strong>s competentes, <strong>de</strong>signadamente o Ministério da Economia e aentida<strong>de</strong>, a criar, vocacionada para as plataformas logísticas, <strong>de</strong>vem articular-se nosenti<strong>do</strong> <strong>de</strong> promover incentivos à relocalização <strong>de</strong> indústrias e armazéns existentesem áreas não a<strong>de</strong>quadas dirigin<strong>do</strong> a sua localização para áreas expressamente<strong>de</strong>finidas.2.1.6. As Administrações Central e Municipal <strong>de</strong>vem:a) promover a aplicação <strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong> incentivo fiscal e económico e acções <strong>de</strong>infraestruturação para a localização <strong>de</strong> indústrias e armazéns em áreasexpressamente <strong>de</strong>finidas em Instrumentos <strong>de</strong> Planeamento Territorial;b) estudar e avaliar as parcelas <strong>do</strong> território comprometidas com parcelamento <strong>de</strong>génese ilegal, <strong>de</strong>signadamente as que possuem reduzida ou nula construção, nosenti<strong>do</strong> <strong>de</strong> fundamentar as necessárias actuações. As acções <strong>de</strong>vem dirigir-se àurbanização para fins que melhor sirvam à implementação <strong>do</strong> Esquema <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>loTerritorial ou reversão para usos agrícolas, florestais, naturais ou ver<strong>de</strong>s urbanos, comvista à aplicação <strong>do</strong> regime das AUGI.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 1042.2. Estrutura Metropolitana <strong>de</strong> Protecção e ValorizaçãoAmbiental2.2.1. Re<strong>de</strong> Ecológica Metropolitana2.2.1.1. Os Instrumentos <strong>de</strong> Gestão Territorial <strong>de</strong>vem:a) compatibilizar o or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> solo com a REM, através das necessáriasrevisões, alterações ou ajustamentos;b) <strong>de</strong>senvolver e aprofundar o conhecimento <strong>do</strong>s valores naturais da <strong>AML</strong> ei<strong>de</strong>ntificar as áreas agrícolas, florestais e silvestres, nucleares ou vitais para ofuncionamento da Re<strong>de</strong> Ecológica Metropolitana, cuja manutenção ou constituição é<strong>do</strong> interesse público e patrimonial.2.2.1.2. Os Instrumentos <strong>de</strong> Planeamento Territorial:a) assim como os projectos da iniciativa da Administração Central ou Local, <strong>de</strong>vemgarantir que, nos espaços e terrenos adjacentes às linhas <strong>de</strong> água ou <strong>de</strong> drenagemnatural, não ocorrem ocupações edificadas, infraestruturas ou activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> que<strong>de</strong>rivem obstruções ao funcionamento normal <strong>do</strong> circuito hidrológico ou efluentesnão trata<strong>do</strong>s que ponham em causa o normal dinamismo e função <strong>do</strong>s recursoshídricos, <strong>de</strong>signadamente a circulação <strong>de</strong> água à superfície, a sua qualida<strong>de</strong>, ocontrolo das cheias e a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>pura<strong>do</strong>ra das águas e <strong>do</strong>s solos;b) <strong>de</strong>vem i<strong>de</strong>ntificar, <strong>de</strong>finin<strong>do</strong> regimes <strong>de</strong> uso <strong>do</strong> solo a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s, as áreas sujeitas acheias ou alagamento temporário, as áreas adjacentes às linhas <strong>de</strong> água, assim comoas situações <strong>de</strong> estrangulamento <strong>do</strong> sistema hídrico.2.2.1.3. Os organismos da Administração Central, no âmbito das suas competênciasem matéria <strong>de</strong>:a) gestão da água <strong>de</strong>vem, face ao interesse regional <strong>do</strong>s aquíferos <strong>do</strong> Tejo e <strong>do</strong> Sa<strong>do</strong>,<strong>de</strong> Pisões – Atrozela (Serra <strong>de</strong> Sintra) e Pêro Pinheiro – Mafra, promover a instalação<strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> monitorização que permitam o conhecimento contínuo da dimensão,características e esta<strong>do</strong> sanitário <strong>do</strong>s recursos hídricos superficiais e subterrâneos;b) administração urbanística <strong>do</strong> território <strong>de</strong>vem promover, em colaboração com osmunicípios, a elaboração <strong>de</strong> um código <strong>de</strong> regras urbanísticas para o edifica<strong>do</strong> eimplantação das construções em áreas <strong>de</strong> povoamento rural, agrícolas, agroflorestais,silvestres e em áreas classificadas.2.2.1.4. As Administrações Central e Municipal <strong>de</strong>vem:a) promover o recenseamento integral das unida<strong>de</strong>s agro-pecuárias existentes e dascondições da sua laboração, em especial no que diz respeito ao regime e tipo <strong>de</strong>tratamento <strong>de</strong> efluentes e <strong>de</strong> resíduos produzi<strong>do</strong>s, bem como implementar sistemas<strong>de</strong> tratamento eficazes e monitorizar o <strong>de</strong>stino final <strong>do</strong>s resíduos e águas residuais;b) <strong>de</strong>finir critérios <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> que orientem o licenciamento das formas <strong>de</strong>alojamento turístico e <strong>de</strong> segunda residência, localizadas na orla costeira da <strong>AML</strong>,faixas litorais e áreas ribeirinhas.2.2.2. Áreas Estruturantes Primárias2.2.2.1. Os Instrumentos <strong>de</strong> Planeamento Territorial:a) e os Instrumentos <strong>de</strong> Natureza Especial <strong>de</strong>vem <strong>de</strong>finir mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> uso, ocupaçãoe classificação <strong>do</strong> solo que <strong>de</strong>corram <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s globais para as áreas indicadas e


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 1062.2.4.2. A totalida<strong>de</strong> ou parte significativa <strong>de</strong>stes territórios, fundamentais para oreequilíbrio <strong>do</strong> sistema urbano da <strong>AML</strong> e para as populações das áreas envolventes,po<strong>de</strong> integrar o património municipal e reverter para uso público, por via daaquisição ou <strong>de</strong> acor<strong>do</strong>s com os proprietários, em conformida<strong>de</strong> com o sistemaprevisto no Capítulo V <strong>do</strong> D. L. n.º 380/99, <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> Setembro, em especial quan<strong>do</strong>se sobreponham ou estejam na continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> áreas ou corre<strong>do</strong>res vitais. Estasacções <strong>de</strong>vem igualmente garantir a resolução <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong> fronteira e rematedas áreas urbanas e equipamentos localiza<strong>do</strong>s na sua envolvente.2.2.5. Ligações / Corre<strong>do</strong>res Estruturantes Secundários2.2.5.1. Os Instrumentos <strong>de</strong> Planeamento Territorial <strong>de</strong>vem manter estes territórioslivres <strong>de</strong> ocupação edificada e garantir que a função ecológica é <strong>do</strong>minante, ligan<strong>do</strong>e integran<strong>do</strong> áreas da Re<strong>de</strong> Ecológica Metropolitana, on<strong>de</strong> os usos não <strong>de</strong>vem seincompatíveis com estas funções.a) Quan<strong>do</strong> os corre<strong>do</strong>res correspondam a linhas <strong>de</strong> água, especial atenção <strong>de</strong>ve serdada à ocupação marginal, garantin<strong>do</strong> áreas ”non aedificandi” (ver norma 2.2.6.1. e)que permitam o funcionamento natural da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> drenagem hídrica.b) Os direitos legalmente constituí<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s proprietários, ainda não materializa<strong>do</strong>s –em especial os localiza<strong>do</strong>s em áreas <strong>de</strong> risco – relativos a construções, edificações ouobstruções <strong>de</strong> qualquer natureza ao normal escoamento das águas, <strong>de</strong>vem sertransferi<strong>do</strong>s para outros locais.2.2.6. Áreas e Corre<strong>do</strong>res ou Ligações Vitais2.2.6.1. Os Instrumentos <strong>de</strong> Planeamento Territorial <strong>de</strong>vem:a) afectar as áreas e corre<strong>do</strong>res vitais, assinaladas na Carta da REM,preferencialmente a espaço público <strong>de</strong> recreio e lazer, em especial parques urbanosou espaços ver<strong>de</strong>s públicos e equipamentos <strong>de</strong> recreio e lazer com pre<strong>do</strong>mínio <strong>de</strong>áreas não edificadas;b) garantir a viabilida<strong>de</strong> da manutenção ou reposição da função ecológica <strong>do</strong>minantenos territórios consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s como vitais na Re<strong>de</strong> Ecológica Metropolitana e seusespaços envolventes;c) afectar <strong>de</strong>finitivamente os territórios consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s Áreas Vitais a usos <strong>do</strong>minantesnão edificáveis ou consentâneos com a sua função estruturante da Re<strong>de</strong> EcológicaMetropolitana e integrá-los na Estrutura Ecológica Municipal;d) i<strong>de</strong>ntificar e <strong>de</strong>limitar as áreas ameaçadas por cheias e as zonas adjacentes (D. L.n.º 89/87, <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> Fevereiro), consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-as áreas non aedificandi e integran<strong>do</strong>asna Estrutura Ecológica Municipal;e) Sempre que as ligações correspondam a linhas <strong>de</strong> água ou <strong>de</strong> drenagem natural,importantes para o funcionamento <strong>do</strong> sistema hidrológico, estabelecer uma faixanão edificada, <strong>de</strong>limitada a partir da margem, com um mínimo <strong>de</strong> 20 metros paracada la<strong>do</strong> da linha <strong>de</strong> água (para além <strong>do</strong>s limites legais), on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m ocorrerespaços ver<strong>de</strong>s urbanos ou usos não edifica<strong>do</strong>s que garantam o funcionamento <strong>do</strong>sistema hidrológico em perfeitas condições naturais. Os Instrumentos <strong>de</strong>Planeamento Territorial <strong>de</strong>vem alargar os valores aqui indica<strong>do</strong>s <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com ascaracterísticas específicas <strong>de</strong> cada corre<strong>do</strong>r;f) <strong>de</strong>limitar as Áreas e Corre<strong>do</strong>res Vitais a integrar a Estrutura Ecológica Municipal(D. L. n.º 380/99, <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> Setembro) por forma a:• garantir a sua continuida<strong>de</strong> física e conectivida<strong>de</strong> ecológica <strong>do</strong>minante;• integrar as áreas com as características a<strong>de</strong>quadas à função ecológica epaisagística;


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 107• garantir o funcionamento das linhas <strong>de</strong> água, drenagem <strong>do</strong> ar e as ligaçõesfundamentais <strong>do</strong>s espaços naturais;• configurar remates urbanos coerentes nas áreas edificadas.g) i<strong>de</strong>ntificar os pontos <strong>de</strong> estrangulamento e as causas <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação <strong>do</strong>scorre<strong>do</strong>res, propor medidas para a eliminação, correcção ou minimização <strong>do</strong>s seusefeitos negativos e regulamentar a sua gestão e os usos compatíveis com as Áreas eCorre<strong>do</strong>res Vitais.2.2.6.2. As Administrações Central e Municipal, quan<strong>do</strong> estejam em causa valoresfundamentais para a concretização da Re<strong>de</strong> Ecológica Metropolitana, po<strong>de</strong>mpromover a aquisição, para o <strong>do</strong>mínio público, <strong>do</strong>s terrenos inseri<strong>do</strong>s nas ÁreasVitais.2.2.7. Áreas agrícolas, florestais, silvestres e naturais2.2.7.1. Os Instrumentos <strong>de</strong> Planeamento Territorial <strong>de</strong>vem:a) i<strong>de</strong>ntificar e <strong>de</strong>limitar os recursos naturais importantes para a produção agrária,assim como os melhores solos <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s à instalação ou manutenção dasactivida<strong>de</strong>s agrícolas e florestais, ou à manutenção <strong>de</strong> áreas no esta<strong>do</strong> silvestre ounatural, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> os libertar da pressão urbanística, <strong>de</strong>finin<strong>do</strong> regulamentos <strong>de</strong>uso que não permitam ou promovam a alteração <strong>do</strong>s factores fundamentais quelevaram à sua inclusão naquelas categorias.Esta <strong>de</strong>limitação <strong>de</strong>ve ser particularmente rigorosa nas áreas estruturantes e vitais daREM.b) acautelar a proliferação da edificação dispersa nas áreas agrícolas, florestais ounaturais, seja com fins habitacionais <strong>de</strong> primeira ou segunda residência, sejamequipamentos ou instalações industriais ou <strong>de</strong> armazenagem.Nos casos <strong>de</strong> instalações <strong>de</strong> apoio à activida<strong>de</strong> agrícola <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>monstradasempre a sua imprescindibilida<strong>de</strong> para a exploração e a não existência <strong>de</strong> alternativas<strong>de</strong> localização na envolvente ou proximida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s núcleos rurais.2.2.8. Reserva Ecológica Nacional2.2.8.1. Em processo <strong>de</strong> elaboração ou revisão <strong>do</strong>s <strong>Plano</strong>s Directores Municipais, <strong>de</strong>veproce<strong>de</strong>r-se à revisão da <strong>de</strong>limitação das áreas incluídas na Reserva EcológicaNacional sempre que se verifiquem <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong>s ou incoerências nosecossistemas cartografa<strong>do</strong>s, integran<strong>do</strong>, à escala <strong>do</strong> PDM, as indicações <strong>de</strong>correntesda estrutura da Re<strong>de</strong> Ecológica Metropolitana <strong>de</strong>finida no <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong>, tanto <strong>do</strong> ponto<strong>de</strong> vista cartográfico como normativo.2.2.9. Reserva Agrícola Nacional2.2.9.1. Em processo <strong>de</strong> elaboração ou revisão <strong>do</strong>s <strong>Plano</strong>s Directores Municipais <strong>de</strong>veproce<strong>de</strong>r-se à revisão da <strong>de</strong>limitação das áreas abrangidas pelo regime da ReservaAgrícola Nacional, integran<strong>do</strong> as indicações <strong>do</strong> <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> no que diz respeito aosaspectos normativos e à cartografia <strong>do</strong>s solos efectuada.2.2.9.2. Quanto ao regime <strong>de</strong> edificabilida<strong>de</strong> nas áreas incluídas na Reserva AgrícolaNacional, recomenda-se que sejam introduzidas com eficácia, no âmbito <strong>do</strong>regulamento <strong>do</strong>s PDM, disposições que impeçam ou combatam a habitação dispersaou o uso <strong>de</strong> solos classifica<strong>do</strong>s para outros fins que alterem a sua capacida<strong>de</strong>produtiva.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 1082.3. Litoral2.3.1. Sem prejuízo <strong>do</strong> estipula<strong>do</strong> nos <strong>Plano</strong>s <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>namento da OrlaCosteira, os Instrumentos <strong>de</strong> Gestão Territorial <strong>de</strong>vem:a) i<strong>de</strong>ntificar <strong>de</strong> forma clara e inequívoca os recursos e valores naturais da orlacosteira com importância estratégica e <strong>de</strong>finir as regras e princípios para asdiferentes utilizações, assim como impor as restrições à sua ocupação e utilização;b) conter normas <strong>de</strong> protecção <strong>do</strong>s valores naturais e patrimoniais, i<strong>de</strong>ntificar asáreas sensíveis e tipificar os mecanismos <strong>de</strong> salvaguarda em caso <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes;c) conter medidas <strong>de</strong> combate aos factores antrópicos, que alteram a configuraçãoda linha <strong>de</strong> costa, assim como <strong>de</strong> requalificação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>gradadas em resulta<strong>do</strong><strong>de</strong> ocupações abusivas e utilizações <strong>de</strong>sregradas da orla costeira;d) condicionar a ocupação urbana <strong>do</strong> litoral, assim como a localização <strong>de</strong>equipamentos e infraestruturas, aos solos com menor aptidão agrícola, comintegração das edificações na paisagem natural, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a que esta seja perturbadao menos possível e garantida a fruição pública das áreas marginais;e) impedir a ocupação em mancha contínua ao longo da linha <strong>de</strong> costa e a abertura<strong>de</strong> vias paralelas à costa.2.3.2. Os serviços da Administração Central:a) <strong>de</strong>vem cartografar as zonas <strong>de</strong> risco, a ser sujeitas a medidas específicas noâmbito <strong>do</strong>s Instrumentos <strong>de</strong> Gestão Territorial, que <strong>de</strong>terminem a proibição daconstrução nestas zonas;b) com competência na gestão <strong>do</strong> litoral <strong>de</strong>vem promover a monitorização <strong>do</strong>sfenómenos <strong>de</strong> evolução da orla costeira, o acompanhamento da situação ao nível daqualida<strong>de</strong> da água e <strong>do</strong>s sedimentos <strong>de</strong> fun<strong>do</strong> em zonas estuarinas e lagunares e oestu<strong>do</strong> sistemático <strong>do</strong> trânsito sedimentar ao longo da costa;c) <strong>de</strong>vem promover a protecção das dunas, que asseguram a protecção das terrasmarginais contra o avanço <strong>do</strong> mar, disciplinan<strong>do</strong> o seu atravessamento por pessoas eimpedin<strong>do</strong> a sua ocupação por edificações;d) <strong>de</strong>vem promover a protecção <strong>do</strong>s cordões <strong>de</strong> matas litorais, das sebes e <strong>do</strong>smuros tradicionais <strong>de</strong> pedra seca que asseguram a protecção <strong>do</strong>s terrenos agrícolascontra os ventos oceânicos.2.3.3. As Administrações Central e Municipal <strong>de</strong>vem:a) promover intervenções articuladas <strong>de</strong> qualificação <strong>do</strong> espaço litoral que nãoponham em causa a função Ligação/Corre<strong>do</strong>r Estruturante Primário que o Litoral<strong>de</strong>sempenha, ten<strong>do</strong> em consi<strong>de</strong>ração as tipologias territoriais existentes,preservan<strong>do</strong> os valores biofísicos, ecológicos e paisagísticos em presença, impedin<strong>do</strong>intrusões e condicionan<strong>do</strong> os usos;b) promover a preservação da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acolhimento <strong>do</strong>s refúgios da faunamigratória (Directiva Aves, Habitats – D. L. n.º 140/99, <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> Abril) nomeadamentenos estuários, sapais e zonas húmidas, nas florestas <strong>de</strong> espécies climácicas, nasarribas, nas dunas e matas que abriguem en<strong>de</strong>mismos vegetais ou animais, ouespécies em risco <strong>de</strong> extinção.2.4. Transportes e Logística2.4.1. Planeamento e gestão <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> transportes2.4.1.1. Quadro Institucional, Legal e Normativo


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 109a) A Administração Central <strong>de</strong>ve:Criar a Autorida<strong>de</strong> Metropolitana <strong>de</strong> Transportes (AMT);• Proce<strong>de</strong>r à elaboração <strong>do</strong> quadro legal e normativo que regulará as seguintesfiguras <strong>de</strong> planeamento sectorial no <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong>s transportes:o <strong>Plano</strong> Metropolitano <strong>de</strong> Transportes (PMT);o <strong>Plano</strong>s <strong>de</strong> Mobilida<strong>de</strong>/Deslocações Urbanas;o <strong>Plano</strong>s <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>namento das Interfaces e Área Adjacente.2.4.1.2. Autorida<strong>de</strong> Metropolitana <strong>de</strong> Transportes2.4.1.2.1. O planeamento <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> transportes colectivos e acontratualização <strong>do</strong>s serviços a prestar pelos diferentes opera<strong>do</strong>res, <strong>de</strong>vem serassegura<strong>do</strong>s por uma Autorida<strong>de</strong> Metropolitana <strong>de</strong> Transportes (AMT), em articulaçãocom a tutela governamental respectiva.2.4.1.2.2. A Autorida<strong>de</strong> Metropolitana <strong>de</strong>ve, <strong>de</strong>signadamente:a) Contribuir para a elaboração <strong>do</strong> quadro legal e normativo referi<strong>do</strong> em2.4.1.1.b) Elaborar, em articulação com os municípios e opera<strong>do</strong>res envolvi<strong>do</strong>s, oPMT, que integra o Esquema Director da re<strong>de</strong> principal <strong>de</strong> InfraestruturasMetropolitanas <strong>de</strong> Transportes e a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> interfaces metropolitanas,bem como os <strong>Plano</strong>s <strong>de</strong> Mobilida<strong>de</strong>/Deslocações Urbanas <strong>de</strong> escala subregional.c) Promover a elaboração <strong>de</strong> <strong>Plano</strong>s <strong>de</strong> Mobilida<strong>de</strong> / Deslocações Urbanas<strong>de</strong> aglomerações e os <strong>Plano</strong>s <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>namento das Interfaces e ÁreaAdjacente.d) Planear as re<strong>de</strong>s e linhas <strong>de</strong> transporte colectivo, <strong>de</strong>finir as característicase contractualizar os serviços <strong>de</strong> transportes metropolitanos.d) Desenvolver os estu<strong>do</strong>s necessários à formulação <strong>de</strong> uma política tarifáriacoerente com o PMT e integrada em termos modais.2.4.1.3. O PMT <strong>de</strong>ve:a) Estabelecer as directrizes <strong>de</strong> uma política <strong>de</strong> transportes <strong>de</strong> passageiros;b) Delinear estratégias <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e articulação <strong>do</strong>s diferentesmo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> pessoas e merca<strong>do</strong>rias;c) Estabelecer o Esquema Director da Re<strong>de</strong> Principal <strong>de</strong> InfraestruturasMetropolitanas <strong>de</strong> Transportes e respectivo Programa <strong>de</strong> Execução,coor<strong>de</strong>nan<strong>do</strong> a participação <strong>do</strong>s organismos públicos e actores envolvi<strong>do</strong>s ei<strong>de</strong>ntificar os <strong>Plano</strong>s <strong>de</strong> Mobilida<strong>de</strong>/Deslocações Urbanos <strong>de</strong> escala subregionala <strong>de</strong>senvolver em articulação com os municípios envolvi<strong>do</strong>s eestabelecer os seus objectivos centrais.2.4.1.4. <strong>Plano</strong>s <strong>de</strong> Mobilida<strong>de</strong>/Deslocações Urbanas2.4.1.4.1. As áreas e aglomerações urbanas que apresentem fortesinter<strong>de</strong>pendências funcionais, nomeadamente ao nível <strong>do</strong> emprego, <strong>do</strong> ensino e <strong>do</strong>consumo <strong>de</strong> bens materiais, <strong>de</strong>vem ser objecto <strong>de</strong> ”<strong>Plano</strong>s <strong>de</strong>Mobilida<strong>de</strong>/Deslocações Urbanas”, ten<strong>do</strong> em vista planear <strong>de</strong> forma intermodal emultimodal a satisfação das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocação da sua população.2.4.1.4.2. Os ”<strong>Plano</strong>s <strong>de</strong> Mobilida<strong>de</strong>/Deslocações Urbanas” <strong>de</strong>vem,<strong>de</strong>signadamente:


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 110a) Estabelecer um diagnóstico prospectivo das condições <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> eacessibilida<strong>de</strong>, para a área <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>;b) Clarificar os objectivos estratégicos para o planeamento e gestão dascondições <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> para a área <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>;c) Promover a diminuição <strong>do</strong>s impactes ambientais associa<strong>do</strong>s aostransportes;d) Promover a integração <strong>do</strong>s vários mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> transportes numa perspectivaintermodal e multimodal;e) Propor um programa <strong>de</strong> acções e o seu faseamento, bem como i<strong>de</strong>ntificaras diferentes fontes <strong>de</strong> financiamento, ten<strong>do</strong> em vista respon<strong>de</strong>reficazmente aos objectivos estratégicos <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s.2.4.1.5. <strong>Plano</strong>s Directores Municipais2.4.1.5.1. Os <strong>Plano</strong>s Directores Municipais <strong>de</strong>vem, <strong>de</strong>signadamente:a) Estabelecer uma hierarquia funcional da re<strong>de</strong> viária municipal, <strong>de</strong>finin<strong>do</strong>:• A re<strong>de</strong> viária <strong>de</strong> articulação sub-regional;• A re<strong>de</strong> viária <strong>de</strong> ligação entre as unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> territóriomunicipal, <strong>de</strong>signadamente entre os seus vários sectores urbanos;• A re<strong>de</strong> viária <strong>de</strong> colecta e distribuição <strong>do</strong>s diferentes sectores urbanos e <strong>de</strong>ligação a equipamentos estruturantes a interfaces e a serviços e activida<strong>de</strong>sgran<strong>de</strong> gera<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> tráfego;• As principais características técnicas e funcionais <strong>do</strong>s vários tipos <strong>de</strong> via queconstituem as re<strong>de</strong>s primária e secundária.b) Definir os perfis tranversais-tipo mínimos para as vias existentes e previstas <strong>de</strong>acor<strong>do</strong> com a sua hierarquia funcional;c) Definir os elementos <strong>de</strong> programação e dimensionamento das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>estacionamento em função das diferentes categorias <strong>de</strong> uso <strong>do</strong> solo e o nível <strong>de</strong>serviço <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> transportes colectivos.d) Delimitar a área <strong>de</strong> influência das interfaces <strong>de</strong>finidas no Esquema Director <strong>de</strong>Infraestruturas <strong>de</strong> Transportes, consagran<strong>do</strong> no respectivo regulamento osobjectivos e conceitos <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento a a<strong>do</strong>ptar e <strong>de</strong>finin<strong>do</strong> o respectivo programa<strong>de</strong> acção.2.4.1.5.2. No âmbito <strong>do</strong>s elementos complementares <strong>do</strong>s PDM <strong>de</strong>vem serequacionadas as medidas e os tipos <strong>de</strong> intervenção que permitam melhorar asvelocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> circulação <strong>do</strong>s transportes públicos, nomeadamente nas áreascentrais <strong>do</strong>s núcleos e aglomerações urbanas.2.4.2. Infraestruturas Metropolitanas <strong>de</strong> Transportes2.4.2.1. Projectos Estruturantes2.4.2.1.1. A Administração Central:a) Deve <strong>de</strong>finir o sistema <strong>de</strong> acessos ro<strong>do</strong> e ferroviários associa<strong>do</strong>s ao NovoAeroporto Internacional;b) Deve promover os estu<strong>do</strong>s e projectos necessários à implementação das novastravessias ferro e ro<strong>do</strong>viárias <strong>do</strong> Tejo;c) Em articulação com as Câmaras Municipais envolvidas, <strong>de</strong>ve promover os estu<strong>do</strong>se projectos para implementação das plataformas logísticas, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com oPrograma <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>do</strong> Sistema Logístico Nacional, e com o Programa <strong>de</strong>Execução <strong>do</strong> <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong>;


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 111d) Em coor<strong>de</strong>nação com as Câmaras Municipais respectivas, <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>senvolverprioritariamente as seguintes acções;• Centro <strong>de</strong> Transporte <strong>de</strong> Merca<strong>do</strong>rias na <strong>AML</strong>-Norte, <strong>de</strong> apoio ao transportero<strong>do</strong>viário, com funções <strong>de</strong> distribuição;• Reor<strong>de</strong>namento e infraestruturação <strong>de</strong> áreas logísticas existentes (Alverca-Boba<strong>de</strong>la, Carrega<strong>do</strong>-Azambuja e Coina);• Centro <strong>de</strong> Carga Aérea <strong>de</strong> Lisboa – Plataforma intermodal aero-ro<strong>do</strong>ferroviária.2.4.2.2. Re<strong>de</strong> Principal <strong>de</strong> Infraestruturas Metropolitanas <strong>de</strong> Transporte2.4.2.2.1. A ”Re<strong>de</strong> Principal <strong>de</strong> Infraestruturas Metropolitanas <strong>de</strong> Transporte” é<strong>de</strong>finida por um conjunto <strong>de</strong> intervenções inscritas em <strong>Plano</strong>s, Programas eProjectos Sectoriais aprova<strong>do</strong>s e envolve:• O estabelecimento <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> viária, entre o nível nacional e municipal,que suporte as ligações entre os principais pólos urbanos no interior da <strong>AML</strong>.;• A <strong>de</strong>finição da “Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Interfaces” – passageiros e merca<strong>do</strong>rias -metropolitanos2.4.2.2.2. No que se refere aos <strong>Plano</strong>s, Programas e Projectos Sectoriaisaprova<strong>do</strong>s são <strong>de</strong> referir:a) Os <strong>Plano</strong>s Sectoriais aprova<strong>do</strong>s, no caso o <strong>Plano</strong> Ro<strong>do</strong>viário Nacional 2000;b) O <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> realizações/investimentos, integra<strong>do</strong>s no Programa daIntervenção Operacional <strong>de</strong> Acessibilida<strong>de</strong>s e Transportes.2.4.2.2.3. A ”Re<strong>de</strong> Principal <strong>de</strong> Infraestruturas Metropolitanas <strong>de</strong> Transportes”tem em consi<strong>de</strong>ração e como referência outros <strong>Plano</strong>s/Estu<strong>do</strong>s em<strong>de</strong>senvolvimento, <strong>de</strong>signadamente:a) A re<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong> Logística (<strong>de</strong>finição em curso);b) Acessos aos Portos <strong>de</strong> Lisboa e Setúbal – APL;c) Expansão Portuária <strong>de</strong> Lisboa e Setúbal;d) Realização <strong>de</strong> Infraestruturas Ferroviárias – REFER;e) Estu<strong>do</strong>s e Projectos nos <strong>do</strong>mínios ferroviário – metropolitano e re<strong>de</strong>sferroviárias ligeiras.2.4.2.2.4. As alterações aos <strong>Plano</strong>s, Programas e Projectos referi<strong>do</strong>s nas normas2.4.2.2.2 e 2.4.2.2.3, <strong>de</strong>vem fazer-se em coor<strong>de</strong>nação com os serviços responsáveispelo or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> território e pelos transportes;2.4.2.2.5. O <strong>de</strong>senvolvimento da ”Re<strong>de</strong> Principal <strong>de</strong> InfraestruturasMetropolitanas <strong>de</strong> Transportes” <strong>de</strong>ve fazer-se com base num ”Esquema Director”,<strong>de</strong>corrente <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Transportes Metropolitano e que articule os futurosplanos/estu<strong>do</strong>s e projectos sectoriais para o sistema <strong>de</strong> transportes <strong>de</strong> passageiros e<strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias.2.4.2.2.6. O ” Esquema Director” e o respectivo Programa <strong>de</strong> Execução <strong>de</strong>vemser monitoriza<strong>do</strong>s e sofrer as adaptações necessárias por forma a melhorcorrespon<strong>de</strong>rem, em cada momento, ao Esquema <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>lo Territorial <strong>do</strong> <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> e a garantirem um equilibra<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> transportesmetropolitano.2.4.2.3. Re<strong>de</strong> Secundária <strong>de</strong> Infraestruturas Metropolitanas <strong>de</strong> Transporte


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 1122.4.2.3.2. A Administração Central, em cooperação com o(s) município(s)envolvi<strong>do</strong>(s), <strong>de</strong>ve proce<strong>de</strong>r à <strong>de</strong>finição <strong>do</strong>s espaços canais essenciais à estruturaçãoda re<strong>de</strong> secundária da <strong>AML</strong>.2.4.2.4. Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Interfaces2.4.2.4.1. A <strong>de</strong>finição da ”Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Interfaces” – passageiros e merca<strong>do</strong>rias –metropolitanos, respectiva hierarquia, objectivos e priorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento, éfixada e actualizada no ”Esquema Director das Infraestruturas Metropolitanas <strong>de</strong>Transportes”;2.4.2.4.2. Os serviços das Administrações Central e Municipal <strong>de</strong>vem analisar eavaliar a criação <strong>de</strong> novos interfaces/pontos <strong>de</strong> transferência modal, não previstos noreferi<strong>do</strong> ”Esquema Director” ou alterações das interfaces existentes;2.4.2.4.3. A Administração Municipal <strong>de</strong>ve integrar as orientações relativas ainterfaces nos respectivos Instrumentos <strong>de</strong> Gestão Territorial e promover aelaboração <strong>de</strong> <strong>Plano</strong>s/Projectos para o Or<strong>de</strong>namento das áreas envolventes <strong>do</strong>sinterfaces e respectivas acessibilida<strong>de</strong>s, com o apoio da Administração Central;2.4.2.4.4. Na concepção e or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong>s interfaces <strong>de</strong>vem ser atendi<strong>do</strong>s osseguintes aspectos:a) A acessibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s diferentes mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> transporte, sejam ou nãomotoriza<strong>do</strong>s;b) Tempo, distância, condições <strong>de</strong> conforto e segurança no transbor<strong>do</strong>;c) Localização <strong>de</strong> funções centrais (<strong>de</strong> equipamentos, comércio e serviços);d) Compatibilização <strong>de</strong> usos e funções polariza<strong>do</strong>ras com a funçãotransporte.2.4.3. Gran<strong>de</strong>s Gera<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Tráfego (Equipamentos Estruturantes eGran<strong>de</strong>s Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Comércio e Serviços)2.4.3.1. As Administrações Central e Municipal <strong>de</strong>vem assegurar boas condições <strong>de</strong>acessibilida<strong>de</strong> em transporte público a ”gran<strong>de</strong>s gera<strong>do</strong>res <strong>de</strong> tráfego”,<strong>de</strong>signadamente equipamentos estruturantes e gran<strong>de</strong>s unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comércio eserviços;2.4.3.2. A <strong>de</strong>finição da localização ou o licenciamento <strong>do</strong>s gran<strong>de</strong>s gera<strong>do</strong>res <strong>de</strong>tráfego <strong>de</strong>vem ser obrigatoriamente precedi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> um estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> impacte <strong>de</strong>tráfego, que avalie as consequências na re<strong>de</strong> viária e no sistema <strong>de</strong> transportes quelhe darão acessibilida<strong>de</strong>;2.4.3.3. A localização <strong>do</strong>s gran<strong>de</strong>s gera<strong>do</strong>res <strong>de</strong> tráfego não se po<strong>de</strong> efectuar emcontradição com a hierarquia da re<strong>de</strong> viária e o sistema <strong>de</strong> transportes;2.4.3.4. A Autorida<strong>de</strong> Metropolitana <strong>de</strong> Transportes <strong>de</strong>ve promover, em parceria coma Junta Metropolitana <strong>de</strong> Lisboa, a elaboração <strong>de</strong> normas que <strong>de</strong>finam as condições aobservar na localização <strong>do</strong>s ”Gran<strong>de</strong>s Gera<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Tráfego”.2.5. Equipamentos Sociais e Culturais2.5.1. Os serviços da Administração Central:


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 113a) em colaboração com a Administração Municipal, <strong>de</strong>vem estudar para a <strong>AML</strong>critérios específicos <strong>de</strong> planeamento e localização <strong>do</strong>s diversos equipamentos <strong>de</strong>nível supramunicipal, ten<strong>do</strong> em conta, nomeadamente, a actual diversida<strong>de</strong> dasestruturas <strong>de</strong>mográficas e sociais concelhias e suas dinâmicas, bem como as re<strong>de</strong>s<strong>de</strong> equipamentos públicos e priva<strong>do</strong>s já existentes na <strong>AML</strong>;b) em colaboração com a Administração Municipal, <strong>de</strong>vem avaliar a viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>localização <strong>do</strong>s novos equipamentos supramunicipais em edifícios já existentes(nomeadamente os <strong>de</strong> valor patrimonial), em áreas edificadas ou em terrenos jáurbaniza<strong>do</strong>s. Devem ainda estudar a implantação <strong>do</strong>s equipamentos supramunicipaispre<strong>do</strong>minantemente não edifica<strong>do</strong>s, integran<strong>do</strong>-os <strong>de</strong> forma compatível com osespaços da Re<strong>de</strong> Ecológica Metropolitana;c) em colaboração com a Administração Municipal, <strong>de</strong>vem assegurar condições <strong>de</strong>acessibilida<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quadas aos equipamentos supramunicipais, existentes oupropostos na <strong>AML</strong>, quer em termos <strong>de</strong> re<strong>de</strong> viária, quer em termos <strong>de</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong>transportes;d) com competências no ensino superior <strong>de</strong>vem privilegiar a satisfação das carênciasexistentes, quer através <strong>do</strong> reforço <strong>do</strong>s pólos <strong>de</strong> ensino politécnico existentes e dacriação <strong>de</strong> novos politécnicos, principalmente nos pólos integra<strong>do</strong>s nos eixos <strong>de</strong>Loures e Vila Franca <strong>de</strong> Xira e no sistema territorial composto por Seixal, Barreiro,Moita, Montijo e Alcochete, quer através <strong>do</strong> reforço <strong>do</strong>s pólos <strong>de</strong> ensino superioruniversitário existentes e da criação <strong>de</strong> novas unida<strong>de</strong>s nos centros <strong>de</strong> nível subregionali<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s no Esquema <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>lo Territorial;e) com competências na re<strong>de</strong> hospitalar <strong>de</strong>vem privilegiar a colmatação dascarências, através da construção das novas unida<strong>de</strong>s hospitalares <strong>de</strong> Loures, <strong>de</strong> VilaFranca <strong>de</strong> Xira, <strong>de</strong> Cascais, <strong>de</strong> Sintra e <strong>de</strong> To<strong>do</strong>s-os-Santos (Lisboa), e da recuperação,readaptação e ampliação <strong>de</strong> instalações hospitalares existentes que se apresentemcom um nível <strong>de</strong> serviço <strong>de</strong>ficiente, nomeadamente os hospitais <strong>do</strong> Montijo e <strong>de</strong>Setúbal. As unida<strong>de</strong>s hospitalares centrais <strong>de</strong> Lisboa que não apresentem condiçõesa<strong>de</strong>quadas <strong>de</strong> funcionamento, <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> ou <strong>de</strong> integração urbana <strong>de</strong>vem serprogressivamente transferidas para novo(s) local(is), <strong>de</strong>signadamente os hospitais <strong>de</strong>Santa Marta, Desterro e Capuchos;f) com competências em matéria <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, em colaboração com a AdministraçãoMunicipal, <strong>de</strong>vem reequacionar as áreas <strong>de</strong> influência <strong>do</strong>s hospitais nas suas diversasvalências, ten<strong>do</strong> em conta principalmente a distribuição espacial da população da<strong>AML</strong> e as condições <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> ainda clarificar a hierarquia e asarticulações horizontais e verticais <strong>do</strong>s equipamentos hospitalares, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> aproporcionar o melhor serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> à população da <strong>AML</strong>;g) com competências na reorganização ou expansão da re<strong>de</strong> <strong>de</strong>sportiva <strong>de</strong>vemprivilegiar a remo<strong>de</strong>lação <strong>do</strong>s espaços existentes e a criação quer <strong>de</strong> equipamentos<strong>de</strong> base, quer <strong>de</strong> equipamentos especializa<strong>do</strong>s e <strong>de</strong> alta competição, nomeadamenteas intervenções nos equipamentos a utilizar no EURO 2004;h) com competências na reorganização ou expansão da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> salas <strong>de</strong>espectáculos <strong>de</strong>vem privilegiar a remo<strong>de</strong>lação <strong>do</strong>s espaços com esse uso e arecuperação <strong>de</strong> outros já encerra<strong>do</strong>s ainda utilizáveis para as formas <strong>de</strong> acçãocultural actuais, nomeadamente os que apresentem valor patrimonial, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong>os tornar <strong>de</strong>vidamente equipa<strong>do</strong>s e funcionais.2.5.2. As Administrações Central e Municipal <strong>de</strong>vem:a) concretizar, na envolvência imediata <strong>do</strong>s equipamentos supramunicipais, osacessos a nível da re<strong>de</strong> viária, o número <strong>de</strong> estacionamentos a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> ao nível <strong>de</strong>procura <strong>do</strong>s diferentes equipamentos, o enquadramento paisagístico consentâneocom o tipo <strong>de</strong> equipamento em causa e as activida<strong>de</strong>s necessárias/ complementaresa cada um <strong>do</strong>s equipamentos;b) intervir na <strong>AML</strong> ao nível da qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s equipamentos existentes e previstos,associada à flexibilida<strong>de</strong> das soluções a<strong>do</strong>ptadas, ten<strong>do</strong> em vista a sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 114utilização multiforme por toda a população e a fácil manutenção <strong>do</strong>s elementos queos compõem;c) enquadrar e or<strong>de</strong>nar, <strong>de</strong> uma forma global e integrada, a oferta <strong>de</strong> equipamentos<strong>de</strong>sportivos especiais, fomentan<strong>do</strong> a sua articulação com a valorização da paisagem,<strong>do</strong> ambiente e <strong>do</strong> turismo;d) criar uma base <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s diversos equipamentos nacionais, supramunicipais emunicipais da <strong>AML</strong>, públicos ou priva<strong>do</strong>s, recorrente e actualizável, disponível àconsulta <strong>de</strong> gestores, actores e frui<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s diversos acontecimentos, e<strong>de</strong>senvolver mecanismos e instrumentos eficazes e concerta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> promoção edivulgação cultural;e) construir uma carta <strong>de</strong> equipamentos nacionais, supramunicipais e municipais,com tipologia padronizada, que permita apoiar a i<strong>de</strong>ntificação das carênciasintermunicipais e municipais.2.5.3. A Administração Municipal, em colaboração com a Administração Central,<strong>de</strong>ve:elaborar planos integra<strong>do</strong>s <strong>de</strong> infraestruturas e equipamentos que permitamcriar áreas comuns entre o <strong>de</strong>sporto, a cultura, a educação e a vida social. Deveainda concretizar programas <strong>de</strong> requalificação urbana <strong>do</strong>s núcleos urbanos,disponibilizan<strong>do</strong> equipamentos <strong>de</strong>sportivos <strong>de</strong> base, <strong>de</strong> uso e fruição comuns,a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s à prática <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s físicas e <strong>de</strong>sportivas, bem como ao lazer e aorecreio na <strong>AML</strong>.2.6. Coesão Social2.6.1. Os Instrumentos <strong>de</strong> Planeamento Territorial <strong>de</strong>vem <strong>de</strong>senvolver e aprofundaro conhecimento das áreas social e urbanisticamente mais <strong>de</strong>squalificadas e <strong>de</strong> maiorconflitualida<strong>de</strong> social, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-as como áreas <strong>de</strong> intervenção prioritária noâmbito <strong>de</strong> actuações programadas.2.6.2. As Administrações Central e Municipal <strong>de</strong>vem:a) elaborar estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> recenseamento e <strong>de</strong> caracterização socio-económica dapopulação resi<strong>de</strong>nte, bem como das suas condições habitacionais, que suportem osprojectos, programas e acções <strong>de</strong> requalificação das áreas referidas no pontoanterior;b) implementar processos <strong>de</strong> integração social e <strong>de</strong> intervenção comunitária egarantir o acompanhamento e a assistência social <strong>do</strong>s indivíduos e <strong>do</strong>s agrega<strong>do</strong>sfamiliares, em todas as fases <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> requalificação das áreas referidas em2.6.1.2.7. Activida<strong>de</strong>s Económicas2.7.1. Os Instrumentos <strong>de</strong> Planeamento Territorial <strong>de</strong>vem:a) enquadrar os espaços agrícolas, florestais e agro-florestais, produtivos ou não, nasperspectivas e políticas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e or<strong>de</strong>namento, classifican<strong>do</strong>-os quantoao seu valor estratégico e estabelecen<strong>do</strong> medidas urbanísticas para a sua protecçãoe valorização;b) indicar parâmetros e critérios <strong>de</strong> implantação, estruturação e organização dasÁreas <strong>de</strong> Localização Empresarial (ALE), das áreas ou parques industriais e <strong>do</strong>sentrepostos comerciais, integran<strong>do</strong> os objectivos e orientações <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentoeconómico, <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento e ambiente e respeitan<strong>do</strong> as orientações <strong>do</strong>s <strong>Plano</strong>sSectoriais, caso existam;


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 115c) integrar as activida<strong>de</strong>s comerciais e os serviços na configuração e organização <strong>do</strong>sespaços, estabelecen<strong>do</strong> critérios e parâmetros físicos e funcionais <strong>de</strong> localização eimplantação, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a tipologia e dimensão das unida<strong>de</strong>s, que se traduzamnuma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> centralida<strong>de</strong>s articuladas e complementares, aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a eventuaisorientações contidas nos <strong>Plano</strong>s Sectoriais;d) localizar em carta as concentrações comerciais grossista e gran<strong>de</strong>s superfíciesretalhistas, bem como as acessibilida<strong>de</strong>s, os transportes e as infraestruturas <strong>de</strong> apoiocom elas relacionadas;e) consi<strong>de</strong>rar as dinâmicas introduzidas pelas novas acessibilida<strong>de</strong>s na paisagem rural,acautelan<strong>do</strong> os valores cénicos e a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> da paisagem fundamentais para aactivida<strong>de</strong> turística;f) garantir que os projectos <strong>de</strong> uso <strong>do</strong> solo com função turística possuam umpre<strong>do</strong>mínio relevante das activida<strong>de</strong>s ligadas ao sector <strong>do</strong> turismo, <strong>de</strong> forma arespon<strong>de</strong>r à estratégia <strong>de</strong> produção turística;g) enquadrar os processos <strong>de</strong> reestruturação da indústria transforma<strong>do</strong>ra da pesca,particularmente no que respeita às suas dinâmicas locativas, aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> aos seusriscos ambientais e à sua importância para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> sector da pesca emáreas tradicionais. De forma complementar, <strong>de</strong>verá, através <strong>de</strong> medidas restritivas,ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> o não licenciamento <strong>de</strong> novos estabelecimentos <strong>de</strong> salga <strong>de</strong>pesca<strong>do</strong> no meio rural em áreas agrícolas, florestais, silvestres e naturais,promoven<strong>do</strong>, pelo contrário, a sua localização nas áreas tradicionalmente afectas aestes usos ou em áreas que se adaptem às actuais condições <strong>de</strong> laboração e àsexigências <strong>de</strong> controlo ambiental <strong>do</strong>s efluentes ou resíduos produzi<strong>do</strong>s pelaactivida<strong>de</strong>.2.7.2. Os <strong>Plano</strong>s Intermunicipais <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> Território <strong>de</strong>vem:suportar econsubstanciar a criação e implantação <strong>de</strong> polarida<strong>de</strong>s multifuncionais que sirvamdiferentes concelhos.2.7.3. Os <strong>Plano</strong>s Intermunicipais <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> Território e os Instrumentos<strong>de</strong> Planeamento Territorial <strong>de</strong>vem:i<strong>de</strong>ntificar as activida<strong>de</strong>s industriais ou <strong>de</strong>armazenagem a serem transferidas e indicar as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> nova localização,entre os espaços polariza<strong>do</strong>s com vocação e capacida<strong>de</strong> para esse fim, aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> àssuas necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> funcionamento e <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, e aos seus impactesurbanísticos e ambientais.2.7.4. As Administrações Central e Municipal <strong>de</strong>vem:a) concertar-se no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir condições e parâmetros <strong>de</strong> exploração <strong>do</strong>srecursos geológicos, na ampliação das áreas já licenciadas ou em novas áreas,aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> aos impactes económicos, ambientais e urbanísticos e às boas práticas <strong>de</strong>exploração e recuperação paisagística;b) promover a requalificação e a diversificação da oferta turística, através <strong>de</strong> acções<strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> território que promovam a ocorrência ou orientem a procura <strong>de</strong>empreendimentos turísticos, com garantias <strong>de</strong> integração social e ambiental;c) promover a requalificação urbana e paisagística das áreas <strong>do</strong> litoral, comoelemento fundamental na oferta <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s turísticas e <strong>de</strong> recreio e lazer,dinamizan<strong>do</strong> as activida<strong>de</strong>s e as infraestruturas associadas aos <strong>de</strong>sportos náuticos;d) proce<strong>de</strong>r à requalificação da oferta turística, através <strong>de</strong> projectos e acçõesconcertadas <strong>de</strong> valorização <strong>do</strong> património cultural e ambiental.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 1162.8. Saneamento Ambiental2.8.1. Abastecimento <strong>de</strong> Água2.8.1.1. As Administrações Central e Municipal com competência na fiscalização ou naconcessão <strong>do</strong> abastecimento <strong>de</strong> água <strong>de</strong>vem:a) promover a protecção, recuperação e preservação <strong>do</strong>s recursos hídricossuperficiais e subterrâneos que sejam utiliza<strong>do</strong>s para produção <strong>de</strong> água paraconsumo humano. Pela sua importância <strong>de</strong>cisiva no abastecimento <strong>de</strong> água àspopulações da <strong>AML</strong> <strong>de</strong>stacam-se os seguintes recursos:• águas superficiais <strong>do</strong> Rio Tejo na secção <strong>de</strong> Valada;• águas superficiais <strong>do</strong> Rio Zêzere, na Albufeira <strong>de</strong> Castelo <strong>do</strong> Bo<strong>de</strong>;• águas subterrâneas <strong>do</strong> Aquífero da Península <strong>de</strong> Setúbal.b) melhorar os sistemas existentes <strong>de</strong> captação e tratamento <strong>de</strong> água para consumo,em termos <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quabilida<strong>de</strong> das linhas processuais <strong>de</strong> tratamento e das condições<strong>de</strong> exploração das instalações, por forma a garantir a produção <strong>de</strong> água <strong>de</strong>abastecimento humano satisfazen<strong>do</strong> o quadro normativo em vigor;c) melhorar os sistemas <strong>de</strong> adução, reserva e distribuição, <strong>de</strong>tecção e reparação <strong>de</strong>fugas, <strong>de</strong> forma reduzir a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avarias e interrupção <strong>de</strong> funcionamento eprevenir a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> contaminação da água no percurso entre a estação <strong>de</strong>tratamento e o consumi<strong>do</strong>r;d) melhorar os sistemas <strong>de</strong> monitorização e controlo das águas <strong>de</strong> abastecimento<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a origem até aos locais <strong>de</strong> distribuição e consumo;e) promover a disponibilização <strong>de</strong> origens alternativas <strong>de</strong> água <strong>de</strong> produção, porforma a reduzir a susceptibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s sistemas <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> águas a avarias,ondas <strong>de</strong> poluição aci<strong>de</strong>ntal e a catástrofes.2.8.1.2. Os serviços da Administração Central:a) com competência em matéria <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água e a Empresa Portuguesadas Águas Livres (EPAL) <strong>de</strong>vem <strong>de</strong>senvolver uma actuação concertada, que <strong>de</strong>corradas soluções e recomendações específicas <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Bacia Hidrográfica <strong>do</strong> RioTejo, que garantam a manutenção da qualida<strong>de</strong> da água nas origens a níveiscompatíveis com a sua utilização para abastecimento público, sem necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>tratamentos complexos não convencionais;b) com competência em matéria <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> recursos hídricos <strong>de</strong>vem <strong>de</strong>senvolveruma actuação no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> estabelecer um regime <strong>de</strong> caudais <strong>de</strong> estiagem <strong>do</strong> rioTejo que permita um aumento <strong>do</strong>s volumes <strong>de</strong> água a captar para abastecimentopúblico, <strong>de</strong> forma sustentável sem afectar os ecossistemas;c) com competência em matéria <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> recursos hídricos <strong>de</strong>vem <strong>de</strong>senvolver,a curto prazo, um programa <strong>de</strong> acção visan<strong>do</strong> o controlo das <strong>de</strong>scargas <strong>de</strong> águasresiduais na área da bacia <strong>do</strong> Tejo, a montante <strong>de</strong> Valada, com especial relevânciapara as <strong>de</strong>scargas conten<strong>do</strong> azoto amoniacal, nutrientes (fosfatos), alumínio,manganês, fenóis e micropoluentes orgânicos, em especial os organo-clora<strong>do</strong>s;d) com competência em matéria <strong>de</strong> recursos hídricos <strong>de</strong>vem promover amonitorização <strong>do</strong> fenómeno da intrusão salina <strong>de</strong>corrente das alterações artificiais<strong>do</strong> leito <strong>do</strong> Rio Tejo e <strong>do</strong> Rio Sa<strong>do</strong>, associadas, <strong>de</strong>signadamente, à extracção <strong>de</strong>inertes e, eventualmente, à futura construção <strong>de</strong> infra-estruturas associadas aoProjecto <strong>de</strong> Navegabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Tejo;e) <strong>de</strong>vem criar condições para que a EPAL promova o aumento da eficiência <strong>de</strong>tratamento da ETA <strong>de</strong> Vale da Pedra e o melhoramento das suas actuais condições<strong>de</strong> funcionamento, bem como o estu<strong>do</strong> da viabilida<strong>de</strong> da instalação, em Vale daPedra, <strong>de</strong> uma reserva <strong>de</strong> água bruta dimensionada para fazer face a três dias <strong>de</strong>consumo;


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 117f) em cooperação com a Administração Municipal, <strong>de</strong>vem promover a implantação<strong>de</strong> um Sistema <strong>Regional</strong> para Abastecimento <strong>de</strong> Água à Península <strong>de</strong> Setúbal.2.8.1.3. As Administrações Central e Municipal:a) com competência em matéria <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água <strong>de</strong>vem elaborar oestu<strong>do</strong> das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> água da Península <strong>de</strong> Setúbal e da sua evolução aolongo <strong>do</strong>s próximos anos, assim como avaliar a qualida<strong>de</strong>/quantida<strong>de</strong> das águassubterrâneas existentes e implementar um Sistema <strong>Regional</strong> para Abastecimento <strong>de</strong>Água à Península <strong>de</strong> Setúbal;b) <strong>de</strong>vem promover a disponibilização <strong>de</strong> reservas quantitativa e qualitativamentea<strong>de</strong>quadas ao abastecimento <strong>de</strong> água da Península <strong>de</strong> Setúbal, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> serestudadas várias alternativas a partir <strong>de</strong> origens exógenas.2.8.1.4. Os municípios da Península <strong>de</strong> Setúbal <strong>de</strong>vem:a) implantar um conjunto <strong>de</strong> captações, com carácter <strong>de</strong> transição, na zonainterior/fronteira da Península que garanta a satisfação das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> água atéà entrada em funcionamento <strong>de</strong> um futuro Sistema <strong>Regional</strong>;b) proce<strong>de</strong>r à recuperação <strong>do</strong>s sistemas existentes, <strong>de</strong>signadamente das re<strong>de</strong>s eadutores, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> reduzir as perdas, e das estações <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> águas,por forma a garantir a satisfação às populações <strong>de</strong> água cuja qualida<strong>de</strong> cumpra oestabeleci<strong>do</strong> na legislação em vigor.2.8.2. Drenagem, Tratamento e Destino Final <strong>de</strong> Águas Residuais2.8.2.1. As Administrações Central e Municipal <strong>de</strong>vem estudar a viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>implementação <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> âmbito regional, contemplan<strong>do</strong> a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>uma estação <strong>de</strong> tratamento servir mais <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> águas residuais, emespecial nos casos em que o meio receptor é classifica<strong>do</strong> como ”zona sensível”(esteiros da margem Sul <strong>do</strong> Estuário <strong>do</strong> Tejo).2.8.2.2. A Administração Municipal <strong>de</strong>ve:a) construir Estações <strong>de</strong> Tratamento <strong>de</strong> Águas Residuais (ETAR), <strong>de</strong> característicastécnicas a<strong>de</strong>quadas, para cumprimento da calendarização estabelecida no D. L. n.º152/97, <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> Junho, relativa ao tratamento <strong>de</strong> águas residuais urbanas;b) proce<strong>de</strong>r à reabilitação <strong>do</strong>s sistemas existentes que funcionam <strong>de</strong>ficientemente,incluin<strong>do</strong> a transformação das re<strong>de</strong>s unitárias em separativas e a remo<strong>de</strong>lação dasestações <strong>de</strong> tratamento cujas características e capacida<strong>de</strong> não são compatíveis coma legislação em vigor e com a sensibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s meios receptores.2.8.3. Resíduos Sóli<strong>do</strong>s2.8.3.1. A Administração Central e Municipal <strong>de</strong>ve:a) <strong>de</strong>finir e implementar as soluções a a<strong>do</strong>ptar, as quais <strong>de</strong>vem ser essencialmentedireccionadas para a redução e valorização <strong>do</strong>s resíduos sóli<strong>do</strong>s urbanos,nomeadamente, a recuperação e reutilização <strong>de</strong> diferentes materiais, valorizaçãoorgânica e/ou energética, eliminação <strong>do</strong>s resíduos e <strong>de</strong>posição em aterro,respeitan<strong>do</strong> os requisitos da “Directiva-Aterros”;b) a<strong>de</strong>quar progressivamente os sistemas existentes a novas metas, o que passa por:• avaliar as necessida<strong>de</strong>s futuras em infra-estruturas <strong>de</strong> valorização, tratamento,eliminação e <strong>de</strong>posição final <strong>de</strong> resíduos;implementar recolhas selectivas na origem <strong>de</strong> diferentes fracções <strong>de</strong> resíduos(nomeadamente, a recolha selectiva <strong>de</strong> resíduos orgânicos);• ampliar e incrementar os sistemas <strong>de</strong> recolha selectiva multimaterial já existentes;


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 118• incrementar a valorização orgânica e energética (através <strong>de</strong> instalações <strong>de</strong>compostagem, digestão anaeróbia, pirólise e termólise);• valorizar outros tipos <strong>de</strong> resíduos (nomeadamente, monstros, resíduos <strong>de</strong>construção e <strong>de</strong>molição, através da criação <strong>de</strong> centros <strong>de</strong> triagem <strong>de</strong> inertes);• recuperar e valorizar o biogás nos casos em que seja viável;• incrementar a selagem <strong>de</strong> lixeira e aterros já <strong>de</strong>sactiva<strong>do</strong>s, implementan<strong>do</strong> oscorrespon<strong>de</strong>ntes sistemas <strong>de</strong> monitorização.2.8.4. Recursos Hídricos e Poluição Hídrica2.8.4.1. Os serviços da Administração Central com competências no Ambiente <strong>de</strong>vem:a) promover o inventário e a caracterização qualitativa e quantitativa das fontespolui<strong>do</strong>ras existentes na <strong>AML</strong>, assim como a i<strong>de</strong>ntificação das zonas poluídas e daszonas consi<strong>de</strong>radas vulneráveis ou sensíveis na <strong>AML</strong>;b) avaliar o interesse em classificar como “zonas vulneráveis” as áreas das bacias quealimentam os recursos <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s à produção <strong>de</strong> água para abastecimento ou rega eque possam afectar a qualida<strong>de</strong> das suas águas;c) cartografar e caracterizar os sistemas <strong>de</strong> águas subterrâneas que interactuam coma <strong>AML</strong>;d) implementar o <strong>Plano</strong> Nacional <strong>de</strong> Monitorização das Águas Subterrâneas,permitin<strong>do</strong>, nomeadamente, efectuar o controlo das concentrações <strong>de</strong> nitratos naságuas <strong>do</strong>ces e <strong>do</strong>s micropoluentes orgânicos (em especial os organo-clora<strong>do</strong>s) eavaliar o esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> eutrofização <strong>do</strong>s meios hídricos;e) <strong>de</strong>senvolver os meios necessários à vigilância permanente <strong>do</strong> cumprimento dascondições <strong>de</strong> lançamento <strong>de</strong> efluentes no sistema hídrico das unida<strong>de</strong>s industriaisexistentes na <strong>AML</strong>.2.8.4.2. A Administração Central e Municipal, e o Serviço Nacional <strong>de</strong> Protecção Civil,<strong>de</strong>ve instalar sistemas <strong>de</strong> previsão, aviso e alerta das cheias, com o objectivo <strong>de</strong>reduzir os danos e prejuízos em geral.2.8.4.3. No âmbito <strong>do</strong>s Instrumentos <strong>de</strong> Gestão Territorial <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>limitadas asáreas inundáveis ou com risco <strong>de</strong> inundação, assim como i<strong>de</strong>ntificadas asconstruções já existentes ou previstas susceptíveis <strong>de</strong> serem atingidas pelas águas,com vista à <strong>de</strong>finição da estratégia <strong>de</strong> prevenção e controlo das cheias e <strong>de</strong> umregime <strong>de</strong> uso e ocupação, que será objecto <strong>de</strong> expressão gráfica e regulamentaçãoespecífica.2.8.5. Ruí<strong>do</strong>2.8.5.1. A Administração Central e Municipal <strong>de</strong>ve:a)promover a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> procedimentos <strong>de</strong> actuação integrada, impon<strong>do</strong> ocumprimento da legislação, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> preservar as características dacomponente acústica <strong>do</strong> ambiente, em particular em relação a áreas e activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>maior sensibilida<strong>de</strong> ao ruí<strong>do</strong> e a sectores que produzem maiores níveis <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong>,nomeadamente os transportes, indústria e construção civil.b)promover acções concertadas sobre os factores <strong>de</strong> afectação da componenteacústica <strong>do</strong> ambiente, em particular relativamente a sistemas <strong>de</strong> transporte ecomplexos industriais, nomeadamente instituin<strong>do</strong> acções <strong>de</strong> acompanhamento eintervenção em tempo real.c)promover o conhecimento, qualitativo e quantitativo, das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>protecção e correcção das situações <strong>de</strong>sfavoráveis, que <strong>de</strong>ve traduzir-se sob a forma<strong>de</strong> cartografia, on<strong>de</strong> sejam assinaladas as áreas em relação às quais se entenda seremnecessárias acções <strong>de</strong> preservação ou correcção da qualida<strong>de</strong> acústica <strong>do</strong> ambiente


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 119(áreas <strong>de</strong> reserva, áreas tipicamente resi<strong>de</strong>nciais, áreas turísticas e instalações <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> ou ensino);d)condicionar a ocorrência <strong>de</strong> ocupações rui<strong>do</strong>sas nos espaços e equipamentosturísticos, bem como na sua proximida<strong>de</strong>.2.8.5.2. Os Instrumentos <strong>de</strong> Gestão Territorial <strong>de</strong>vem incorporar medidas para aprevenção e minimização <strong>do</strong>s efeitos <strong>do</strong> ruí<strong>do</strong> nos espaços exteriores.2.8.6. Qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Ar2.8.6.1. Os serviços da Administração Central:a) com competências na gestão da qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> ar, <strong>de</strong>vem i<strong>de</strong>ntificar, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong>com o Decreto Lei nº 276/99, <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> Julho, as zonas particularmente sensíveis aosproblemas da qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> ar (áreas protegidas, zonas <strong>de</strong> protecção especial eoutras zonas sensíveis);b)<strong>de</strong>vem a<strong>do</strong>ptar medidas ou fixar parâmetros <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o Art.º 5º <strong>do</strong> mesmoDecreto-Lei, nas áreas i<strong>de</strong>ntificadas com a alínea anterior;c)<strong>de</strong>vem ainda i<strong>de</strong>ntificar as zonas em que os níveis <strong>de</strong> poluição superam os limites<strong>de</strong> tolerância, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o Art.º 9º <strong>do</strong> Decreto-Lei nº276/99, <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> Julho, epropor planos <strong>de</strong> acção ou outras medidas para a redução ou eliminação dasemissões excessivas;d)<strong>de</strong>vem promover a a<strong>do</strong>pção <strong>de</strong> tecnologias industriais que resultem na poupança<strong>de</strong> energia e na minimização das emissões atmosféricas, dirigidas e <strong>de</strong> carácterdifuso. A aplicação <strong>de</strong>stas medidas <strong>de</strong>ve ser acompanhada da implementação <strong>de</strong>sistemas <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> emissões.2.8.6.2. Os serviços da Administração Central e Municipal <strong>de</strong>vem:a) limitar ou condicionar, nomeadamente nos termos que <strong>de</strong>corram da respectivaavaliação <strong>de</strong> impacto ambiental , quan<strong>do</strong> a ela houver lugar, a instalação <strong>de</strong> novasactivida<strong>de</strong>s gera<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> emissões atmosféricas significativas (quer pela quantida<strong>de</strong><strong>de</strong> poluentes, quer pela composição <strong>do</strong>s gases e partículas emitidas) nas “zonassensíveis”, <strong>de</strong>finidas <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o DL nº276/99, <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> Julho;b) promover, sempre que necessário, a redução das emissões das activida<strong>de</strong>spoluentes localizadas em áreas sensíveis, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a diminuir o grau <strong>de</strong> afectação<strong>de</strong>ssas áreas, ou promover a sua relocalização;2.8.6.3. Os Instrumentos <strong>de</strong> Planeamento Territorial <strong>de</strong>vem assegurar que:a) as unida<strong>de</strong>s industriais são agrupadas em pólos industriais estrategicamentelocaliza<strong>do</strong>s, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a não prejudicar os valores ambientais das “zonas sensíveis” -evitan<strong>do</strong> a dispersão territorial <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada das fontes emissoras;b) na envolvente das áreas industriais , referidas na alínea anterior, são estabelecidaszonas <strong>de</strong> protecção <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com os efeitos acumula<strong>do</strong>s <strong>de</strong>correntes dasinstalações existentes e previstas. Nestas zonas <strong>de</strong>ve ser condicionada a instalação <strong>de</strong>activida<strong>de</strong>s ou funções consi<strong>de</strong>radas sensíveis à poluição atmosférica;c) é favorecida a utilização <strong>de</strong> transportes públicos, planea<strong>do</strong>s <strong>de</strong> forma integrada,<strong>de</strong>stacan<strong>do</strong>-se as ligações intermodais <strong>do</strong>s vários mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> transporte, a instalação<strong>de</strong> parques <strong>de</strong> estacionamento na periferia <strong>do</strong>s centros urbanos facilmenteacessíveis aos meios <strong>de</strong> transporte público, e a redução <strong>do</strong>s lugares <strong>de</strong>estacionamento nas zonas urbanas centrais já servidas por uma a<strong>de</strong>quada re<strong>de</strong> <strong>de</strong>transportes públicos;d) as vias ro<strong>do</strong>viárias, existentes ou previstas, comportam os movimentos gera<strong>do</strong>s,manten<strong>do</strong>, nas próprias vias, bem como nos seus acessos, boas condições <strong>de</strong>circulação que promovam a redução das emissões em hora <strong>de</strong> ponta;e) o tráfego <strong>de</strong> longa distância é <strong>de</strong>svia<strong>do</strong> para o exterior das áreas urbanas ou das“zonas sensíveis”, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a reduzir o incómo<strong>do</strong> e as emissões aí verificadas;


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 120f) são <strong>de</strong>limitadas as faixas envolventes das vias <strong>de</strong> comunicação, incluin<strong>do</strong> as faixasenvolventes <strong>do</strong>s nós, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser condicionada a instalação <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s oufunções consi<strong>de</strong>radas sensíveis à poluição atmosférica (habitação, equipamentoscolectivos)2.9. INFRAESTRUTURAS ENERGÉTICAS2.9.1. As entida<strong>de</strong>s responsáveis pela <strong>de</strong>finição e concretização da Re<strong>de</strong> EléctricaNacional (no âmbito da Re<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong> Transporte), <strong>do</strong> transporte e distribuição <strong>de</strong>gás natural e <strong>do</strong>s traça<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s oleodutos <strong>de</strong>vem:a) informar os municípios das suas intenções <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, fican<strong>do</strong> aqueles<strong>de</strong> incluir, nos seus Instrumentos <strong>de</strong> Gestão Territorial, elementos <strong>de</strong> traça<strong>do</strong> e áreas<strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s instalações <strong>de</strong> armazenagem, que permitam a suaviabilização;b) ter em conta, na <strong>de</strong>finição <strong>do</strong>s seus traça<strong>do</strong>s os projectos estruturantes, <strong>de</strong> nívelnacional e metropolitano, entretanto <strong>de</strong>cidi<strong>do</strong>s pela Administração Central(nomeadamente o Novo Aeroporto Internacional <strong>de</strong> Lisboa, as novas travessias <strong>do</strong>Tejo e as Áreas <strong>de</strong> Desenvolvimento Logístico), bem como os acessos a essesprojectos.2.9.2. As entida<strong>de</strong>s responsáveis pelas gran<strong>de</strong>s instalações <strong>de</strong> armazenagem <strong>de</strong>combustíveis, em colaboração com a Administração Central e Municipal, <strong>de</strong>vemestudar as formas <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> local evitan<strong>do</strong> a travessia <strong>do</strong>s aglomera<strong>do</strong>spopulacionais.2.10. <strong>PROT</strong>ECÇÃO CIVIL2.10.1.O planeamento <strong>de</strong> novas áreas urbanas em zonas sísmicas <strong>de</strong>ve ser<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma a reduzir a vulnerabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s edifícios face aos sismos e afacilitar a intervenção <strong>de</strong> socorro em situação <strong>de</strong> emergência:a) o <strong>de</strong>senho da malha urbana <strong>de</strong>ve ser realiza<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma a garantir, em caso <strong>de</strong>sismo, distâncias <strong>de</strong> segurança a<strong>de</strong>quadas entre os edifícios;b) os arruamentos <strong>de</strong>vem ser projecta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> forma a proporcionar caminhosalternativos <strong>de</strong> circulação em caso <strong>de</strong> emergência e ter largura suficiente parapermitir uma rápida circulação das viaturas <strong>de</strong> socorro;c) a distribuição da população e suas activida<strong>de</strong>s (emprego, residência, etc.) <strong>de</strong>ve serplaneada <strong>de</strong> forma a não proporcionar gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sequilíbrios <strong>de</strong>mográficos, nemlocais <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> concentração <strong>de</strong> pessoas;d) as infraestruturas <strong>de</strong>vem ser projectadas <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com todas as normas <strong>de</strong>segurança, e <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a evitar que o colapso <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> infra-estruturascomprometa outra, em caso <strong>de</strong> sismo.2.11. PATRIMÓNIO ARQUEOLÓGICO2.11.1. Os Instrumentos <strong>de</strong> Planeamento Territorial <strong>de</strong>vem:a) realizar acções sistemáticas e estruturadas <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação, registo e inventariação<strong>do</strong>s sítios e vestígios arqueológicos existentes, nomeadamente pelaelaboração/actualização da carta arqueológica <strong>do</strong>s diversos municípios;b) preconizar estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> caracterização <strong>do</strong> património arqueológico existente nasáreas <strong>do</strong>s Centros Históricos, por forma a possibilitar um conhecimentorelativamente pormenoriza<strong>do</strong> <strong>do</strong>s solos arqueológicos urbanos e, a partir <strong>de</strong>sse


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 121conhecimento, elaborar cartas <strong>de</strong> zonamento on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>finam as áreas querequerem medidas diferenciadas <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> e salvaguarda <strong>do</strong> patrimónioarqueológico.2.11.2. A Administração Central e Municipal <strong>de</strong>ve preconizar, como medidapromotora <strong>do</strong> conhecimento público <strong>do</strong> património arqueológico e em acçãocoor<strong>de</strong>nada com o conhecimento e promoção <strong>de</strong> aspectos complementares <strong>do</strong>svalores culturais da região, a criação <strong>de</strong> circuitos históricos / arqueológicos /patrimoniais, que <strong>de</strong>verão ser apoia<strong>do</strong>s nos elementos mais significativos existentes,bem como em núcleos museológicos.2.11.3. A Administração Municipal, em cooperação com as entida<strong>de</strong>scompetentes da Administração Central, <strong>de</strong>vem as Câmaras Municipais promover areabilitação <strong>do</strong> património (arqueológico e construí<strong>do</strong>) inventaria<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma a quepossa constituir um <strong>do</strong>s elementos fundamentais <strong>do</strong>s recursos turísticos da subregião.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 1223 Acções UrbanísticasA implementação <strong>do</strong> Esquema <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>lo Territorial <strong>do</strong> <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong>, pressupõe aa<strong>do</strong>pção <strong>de</strong> orientações, mecanismos e apoios necessários à concretização dasacções urbanísticas a <strong>de</strong>senvolver ao nível <strong>do</strong> planeamento municipal, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong>com as características <strong>do</strong>minantes das unida<strong>de</strong>s/sub-unida<strong>de</strong>s territoriais <strong>de</strong>finidasno Esquema <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>lo Territorial.3.1. Área Urbana Central a RevitalizarA revitalização <strong>do</strong> centro tradicional da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa <strong>de</strong>ve ser encarada numaperspectiva <strong>de</strong> gestão integrada e <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>correr <strong>de</strong>:• implantação <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s inova<strong>do</strong>ras e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>;• criação <strong>de</strong> condições favoráveis à reabilitação e manutenção da funçãohabitacional;• controlo e inversão <strong>do</strong>s processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação física e funcional <strong>do</strong> parqueedifica<strong>do</strong> e <strong>do</strong> espaço público;• criação <strong>de</strong> espaços públicos qualifica<strong>do</strong>s;• dinamização <strong>do</strong> comércio, <strong>do</strong>s serviços e <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s culturais e recreativas;• apoio às populações afectadas por fenómenos <strong>de</strong> <strong>de</strong>squalificação, pobreza eexclusão social.3.2. Área Urbana a Articular e/ou Qualificar3.2.1. Os Instrumentos <strong>de</strong> Planeamento Territorial <strong>de</strong>vem:a) concretizar a articulação interna, funcional e urbanística, <strong>de</strong>stes territórios, assimcomo as relações com os territórios envolventes, através <strong>do</strong> reforço dasacessibilida<strong>de</strong>s locais e metropolitanas, da qualificação <strong>do</strong>s núcleos <strong>de</strong>grada<strong>do</strong>s e dacriação e valorização <strong>de</strong> espaço público associa<strong>do</strong> à implementação da Re<strong>de</strong>Ecológica Metropolitana;b) concretizar os mecanismos <strong>de</strong> classificação e protecção das áreas ribeirinhas,assim como a <strong>de</strong>finição das áreas a afectar às activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> recreio e lazer,salvaguardan<strong>do</strong> os valores naturais e o património paisagístico;c) rever os índices urbanísticos que permitam o aumento das áreas afectas a espaçopúblico, espaços ver<strong>de</strong>s, espaços para equipamentos colectivos, re<strong>de</strong> viáriaestruturante e áreas <strong>de</strong> circulação <strong>de</strong> peões e <strong>de</strong> estacionamento, nas áreas urbanasexistentes e nas novas áreas a urbanizar;d) promover a relocalização, reconversão ou mo<strong>de</strong>rnização das áreas industriais emsituação <strong>de</strong> <strong>de</strong>clínio, aban<strong>do</strong>no ou que causem problemas graves ao sistema urbanovizinho (nomeadamente poluição hídrica, atmosférica ou <strong>de</strong> outro tipo),privilegian<strong>do</strong> novos usos compatíveis com a proximida<strong>de</strong> habitacional, em particularos serviços <strong>de</strong> apoio às activida<strong>de</strong>s económicas e a criação <strong>de</strong> espaço público.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 1233.3. Área Urbana a Estabilizar3.3.1. Os Instrumentos <strong>de</strong> Planeamento Territorial <strong>de</strong>vem:a) garantir áreas para <strong>de</strong>safogo e qualificação urbanística, assumin<strong>do</strong> as funções <strong>de</strong>espaço público não edifica<strong>do</strong>, em especial na contiguida<strong>de</strong> das Áreas Vitais,acompanhan<strong>do</strong> as linhas <strong>de</strong> drenagem natural. As áreas sujeitas a cheias oualagamento temporário <strong>de</strong>vem ser i<strong>de</strong>ntificadas, assim como as situações <strong>de</strong>estrangulamento <strong>do</strong> sistema hídrico, garantin<strong>do</strong>-se a sua não afectação a usosedifica<strong>do</strong>s;b) garantir a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> áreas para equipamentos e infraestruturas,promoven<strong>do</strong> as ligações viárias transversais aos eixos radiais, assim como as ligaçõesfuncionais entre os eixos consolida<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Cascais e Sintra, e o espaço intersticial;c) assegurar a preservação da faixa litoral como factor <strong>de</strong> qualificação ambiental <strong>do</strong>espaço urbano;d) <strong>de</strong>stinar os acréscimos <strong>de</strong> novas áreas urbanizáveis ou a colmatação <strong>do</strong>s teci<strong>do</strong>surbanos existentes para garantir situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>safogo, redução <strong>do</strong>s índicesurbanísticos existentes e criação <strong>de</strong> espaço público em especial nas áreas mais<strong>de</strong>nsamente ocupadas <strong>de</strong> Algés, Carnaxi<strong>de</strong> e Linda-a-Velha.3.4. Área Urbana Crítica a Conter e Qualificar3.4.1. Os Instrumentos <strong>de</strong> Planeamento Territorial:a) <strong>de</strong>vem <strong>de</strong>monstrar a necessida<strong>de</strong> urbanística (em resulta<strong>do</strong> das dinâmicas dapopulação e das activida<strong>de</strong>s) <strong>de</strong> acréscimos <strong>de</strong> áreas urbanizáveis, superiores a 10%da área efectivamente urbanizada e concretizada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua entrada em vigor atéao início <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> revisão;b) <strong>de</strong>vem avaliar o grau <strong>de</strong> concretização das propostas contidas no <strong>Plano</strong> em vigor,garantin<strong>do</strong> que os acréscimos da área urbanizável só <strong>de</strong>verão ser admiti<strong>do</strong>s, se jáestiverem concretizadas áreas superiores a 80% da área urbanizável inicialmenteprevista;c) po<strong>de</strong>m apresentar como excepção às alíneas anteriores, as áreas não previstas emInstrumentos <strong>de</strong> Planeamento Territorial em vigor necessárias a:• novos equipamentos colectivos estruturantes supramunicipais;• novas infra-estruturas e interfaces <strong>de</strong> transportes;• áreas integradas ou a integrar na Estrutura Ecológica Municipal.d) po<strong>de</strong>m propor a reconfiguração <strong>do</strong> perímetro urbano, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que:• resulte da redistribuição <strong>de</strong> áreas urbanizáveis previstas no PDM inicial, semacréscimo global da área urbanizável e da superfície <strong>de</strong> construção;• resulte da integração <strong>de</strong> áreas não urbanizáveis na Estrutura Ecológica Municipal;• salvaguar<strong>de</strong> os princípios <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> território e os valores naturais aindaexistentes;e) Os PDM <strong>de</strong>vem garantir a afectação a espaço não edifica<strong>do</strong> <strong>de</strong> áreas ainda nãoconstruídas que estejam integradas nas Áreas Vitais da REM, fundamentais para ofuncionamento <strong>do</strong> sistema hídrico e ecológico;f) <strong>de</strong>vem i<strong>de</strong>ntificar os estrangulamentos e as intrusões ao sistema hidrológico e àcontinuida<strong>de</strong> das Áreas Vitais, propon<strong>do</strong> medidas que as rectifiquem;g) <strong>de</strong>vem promover a qualificação urbanística, no eixo Ama<strong>do</strong>ra/Sintra, crian<strong>do</strong>factores <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e centralida<strong>de</strong> urbana, equipamentos e infraestruturas <strong>de</strong>acessibilida<strong>de</strong>, circulação e estacionamento nas áreas resi<strong>de</strong>nciais;h) <strong>de</strong>vem garantir, no eixo Ama<strong>do</strong>ra/Sintra, a manutenção das áreas e corre<strong>do</strong>ressecundários da REM e das Áreas Vitais como áreas pre<strong>do</strong>minantemente nãoedificadas e constituir um remate urbano <strong>de</strong> transição para o arco urbanoenvolvente norte;


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 124i) <strong>de</strong>vem concretizar, no Eixo Sacavém ¼ Vila Franca <strong>de</strong> Xira, os espaços necessários àimplementação da REM, em especial os Corre<strong>do</strong>res Estruturantes Primários eSecundários, e as Áreas Vitais, na transição <strong>do</strong> arco urbano envolvente norte com afrente ribeirinha;j) <strong>de</strong>vem afectar a espaço público, constituin<strong>do</strong> áreas <strong>de</strong> recreio e lazer, as áreas <strong>de</strong>baixa aluvionar localizadas na zona ribeirinha <strong>do</strong>s concelhos <strong>de</strong> Loures e Vila Franca<strong>de</strong> Xira;l) <strong>de</strong>vem promover, no Eixo Sacavém ¼ Vila Franca <strong>de</strong> Xira, a libertação <strong>do</strong> espaçoribeirinho <strong>de</strong> ocupações pesadas, em especial <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m industrial com estruturacontínua, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> permitir a criação <strong>de</strong> corre<strong>do</strong>res não edifica<strong>do</strong>s transversaise longitudinais ao longo da margem <strong>do</strong> Tejo.3.5. Área Urbana a Estruturar e Or<strong>de</strong>nar3.5.1. Os Instrumentos <strong>de</strong> Planeamento Territorial <strong>de</strong>vem:a) <strong>de</strong>finir, através <strong>de</strong> diferentes UOPG, as formas <strong>de</strong> estruturação urbana,salvaguardan<strong>do</strong> os valores naturais e culturais, crian<strong>do</strong> remates urbanos coerentes eestáveis para as áreas <strong>de</strong> expansão e integran<strong>do</strong> as Áreas Estruturantes e Vitais daREM;b) promover a colmatação das carências a nível <strong>de</strong> equipamentos e infraestruturasnas áreas urbanas, assim como garantir a qualificação <strong>do</strong> espaço público e arequalificação urbanística <strong>do</strong> território;c) concretizar os mecanismos <strong>de</strong> urbanização faseada e programada, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> compriorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> crescimento, racionalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> infraestruturas e colmatação <strong>do</strong>steci<strong>do</strong>s urbanos pré-existentes;3.5.2. As Áreas Urbanas <strong>de</strong> Génese Ilegal <strong>de</strong>vem ser prioritariamente abrangidas porprogramas <strong>de</strong> recuperação integra<strong>do</strong>s em instrumentos <strong>de</strong> planeamento municipalou intermunicipal, abrangen<strong>do</strong> em UOPG os territórios envolventes e conexos.3.6. Área <strong>de</strong> Dispersão Urbana a Controlar3.6.1. Os Instrumentos <strong>de</strong> Planeamento Territorial <strong>de</strong>vem:a) <strong>de</strong>finir mecanismos que impeçam a habitação dispersa e concentrem oalojamento, <strong>de</strong>signadamente segun<strong>do</strong> padrões <strong>de</strong> habitação <strong>de</strong> baixa <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>, nasproximida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> núcleos urbanos ou rurais existentes, <strong>de</strong>sencorajan<strong>do</strong> ofraccionamento da proprieda<strong>de</strong>, regulamentan<strong>do</strong> o <strong>de</strong>staque para construção e<strong>de</strong>finin<strong>do</strong> a dimensão mínima da parcela edificável por categoria <strong>de</strong> espaço;b) criar medidas que visem o or<strong>de</strong>namento e estruturação <strong>do</strong> povoamento noespaço rural, a contenção da construção dispersa e o enquadramento e dinamização<strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s e usos compatíveis com as características <strong>do</strong> território e com asactivida<strong>de</strong>s agrícolas e florestais <strong>do</strong>minantes.3.7. Área Urbana Periférica a Estruturar3.7.1. A área <strong>de</strong> Malveira – Venda <strong>do</strong> Pinheiro <strong>de</strong>ve ser objecto <strong>de</strong> estruturaçãointerna, concretizan<strong>do</strong> a sua função <strong>de</strong> centro <strong>de</strong> apoio funcional à área ruralenvolvente e <strong>de</strong> articulação da <strong>AML</strong> com Torres Vedras.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 1253.7.2. As áreas <strong>de</strong> Benavente e Samora Correia <strong>de</strong>vem consolidar o seu crescimentoe concretizar o seu papel a nível <strong>de</strong> serviços supramunicipais, ten<strong>do</strong> em conta a sualocalização na charneira das duas áreas futuras <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento logístico.3.8. Área Turística a Estruturar e Qualificar3.8.1. As áreas com vocação turística <strong>de</strong> Colares/Magoito, Ericeira/Mafra, Costa daCaparica e Sesimbra/Santana/Lagoa <strong>de</strong> Albufeira <strong>de</strong>vem ser objecto <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>sinseri<strong>do</strong>s em IPT específicos para estas áreas, on<strong>de</strong> sejam avaliadas as suascaracterísticas actuais, as suas potencialida<strong>de</strong>s e as funções ambientais e turísticas<strong>de</strong>terminantes que promovam activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sustentável e <strong>de</strong>integração ambiental.3.8.2. Na área <strong>de</strong> Colares / Magoito, os Instrumentos <strong>de</strong> PlaneamentoTerritorial <strong>de</strong>vem:a) garantir o pre<strong>do</strong>mínio das funções e características que <strong>de</strong>rivam da sua integraçãonuma área classificada;b) integrar as novas áreas urbanas e as edificações no espaço não urbano, comcritérios <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e integração paisagística, salvaguardan<strong>do</strong> as áreas naturaismais importantes, <strong>do</strong>s usos edifica<strong>do</strong>s;c) condicionar a edificação <strong>de</strong> moradias isoladas <strong>de</strong>stinadas a primeira ou segundaresidência às áreas envolventes <strong>do</strong>s aglomera<strong>do</strong>s rurais;d) garantir que a ocupação edificada das áreas <strong>do</strong> litoral, no interior ou no exterior<strong>do</strong>s perímetros urbanos, é particularmente exigente <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista da integraçãopaisagística e ambiental;e) controlar e <strong>de</strong>finir regras rigorosas para as transformações da paisagem e <strong>do</strong>parcelamento agro-florestal.3.8.3. No eixo Ericeira / Mafra, os Instrumentos <strong>de</strong> PlaneamentoTerritorial <strong>de</strong>vem:a) reorganizar os núcleos urbanos existentes, integran<strong>do</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento dasfunções <strong>de</strong> alojamento <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> a segundas residências e a equipamentos turísticoscom as características <strong>do</strong>s sítios e da paisagem envolvente;b) <strong>de</strong>finir regras para as transformações da paisagem <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> alterações <strong>de</strong>uso <strong>do</strong> solo ou <strong>de</strong> licenciamento <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s, equipamentos ou infraestruturas;c) impedir o contínuo urbano entre Ericeira e Mafra, garantin<strong>do</strong> a manutenção <strong>de</strong>espaços <strong>de</strong> transição, contraste e alternância livres <strong>de</strong> edificação com usos florestal,agrícola ou natural (Corre<strong>do</strong>res Ecológicos <strong>do</strong> litoral e <strong>do</strong> interior);d) restringir a ocupação <strong>do</strong> litoral aos núcleos urbanos existentes.3.8.4. Na área da Costa da Caparica, os Instrumentos <strong>de</strong> PlaneamentoTerritorial <strong>de</strong>vem:a) promover e valorizar a mais importante área turística <strong>de</strong> recreio <strong>de</strong> massas nolitoral metropolitano, melhoran<strong>do</strong> os equipamentos e infraestruturas existentes,potencian<strong>do</strong> o seu <strong>de</strong>senvolvimento e garantin<strong>do</strong> padrões <strong>de</strong> elevada qualida<strong>de</strong>ambiental e a salvaguarda <strong>do</strong>s recursos naturais existentes;b) proteger a paisagem local, em particular a arriba fóssil da Costa da Caparica, a áreadas hortas da Costa da Caparica e as formações dunares, garantin<strong>do</strong> que os


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 126<strong>de</strong>senvolvimentos turísticos ou urbanos na sua envolvente não põem em causa a suaintegrida<strong>de</strong> e coerência.3.8.5. Na área <strong>de</strong> Sesimbra / Santana / Lagoa <strong>de</strong> Albufeira, osInstrumentos <strong>de</strong> Planeamento Territorial <strong>de</strong>vem:a) garantir a manutenção <strong>do</strong>s valores naturais e paisagísticos que conferem a estaárea uma elevada procura em termos <strong>de</strong> turismo, recreio, lazer e segunda residência;b) promover as acções que conduzam à contínua recuperação, manutenção ourequalificação <strong>do</strong>s ecossistemas associa<strong>do</strong>s à Lagoa <strong>de</strong> Albufeira e suas margens,bem como às faixas litorais;c) promover a contenção da habitação dispersa e associar padrões <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> aoedifica<strong>do</strong> nas áreas urbanas e nos núcleos rurais;d) promover acções urbanísticas <strong>de</strong> restruturação e reconversão <strong>de</strong> áreas<strong>de</strong>gradadas ou <strong>de</strong> génese ilegal.3.9. Área Logística a Estruturar e Or<strong>de</strong>nar3.9.1. Os Instrumentos <strong>de</strong> Planeamento Territorial <strong>do</strong>s concelhos <strong>de</strong>Vila Franca <strong>de</strong> Xira e Azambuja <strong>de</strong>vem:a) ser revistos, com o apoio da Administração Central, a fim <strong>de</strong> integrarem ecompatibilizarem com o or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong>s respectivos territórios, o Novo AeroportoInternacional <strong>de</strong> Lisboa e respectivos acessos, os interfaces <strong>de</strong> transportes <strong>de</strong>passageiros e <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias e a reformulação <strong>do</strong> Eixo <strong>de</strong> Transportes Norte-Sul;b) contemplar a Área <strong>de</strong> Desenvolvimento Logístico prevista no Esquema <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>loTerritorial para a proximida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Novo Aeroporto Internacional <strong>de</strong> Lisboa, que <strong>de</strong>veconstituir-se preferencialmente como um interface <strong>de</strong> transportes <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias,para o qual <strong>de</strong>vem indicar as necessárias condições.3.10. Centros/Pólosa) Nos Instrumentos <strong>de</strong> Planeamento Territorial <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>limitadas áreas urbanas<strong>de</strong>stinadas, exclusiva ou preferencialmente, aos usos relaciona<strong>do</strong>s com as funções eactivida<strong>de</strong>s estabelecidas no Esquema <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>lo Territorial para os centros e pólosurbanos, bem como as suas ligações multipolares preferenciais, tal como se indica noquadro seguinte:Centro/Pólo Funções e Activida<strong>de</strong>s preferenciais Ligações multipolares preferenciaisLisboa1.º NívelSetúbal Nível Sub-<strong>Regional</strong> Palmela e MitrenaMitrena Industrial e Logística Setúbal e CTM Setúbal/PalmelaCTMSetúbal/Palmela Industrial e Logística Palmela e MitrenaCoina Industrial e Logística Pinhal NovoPinhal Novo Industrial e Logística CoinaAlverca Industrial e Logística Boba<strong>de</strong>la e MARLBoba<strong>de</strong>la Industrial e Logística Alverca e MARLMARL Industrial e Logística Alverca e Boba<strong>de</strong>laPêro Pinheiro Industrial e Logística Sabugo e Terrugem


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 127Sabugo Industrial e Logística Pêro Pinheiro e Mem MartinsMem Martins Industrial e Logística Sabugo e TerrugemTerrugem Industrial e Logística Pêro Pinheiro e Mem MartinsCarrega<strong>do</strong> Industrial e Logística Azambuja, Ota e AlenquerAzambuja Industrial e Logística Carrega<strong>do</strong> e OtaOta Industrial e Logística Azambuja, Carrega<strong>do</strong> e AlenquerPegões Industrial e Logística MaratecaMarateca Industrial e Logística PegõesMonteda Caparica Investigação e Desenvolvimento AlmadaTagus Park Investigação e Desenvolvimento OeirasParque Internacionalização Económicadas Nações e/ou CulturalSintraInternacionalização Económicae/ou Cultural – Equipamentose Serviços <strong>de</strong> Nível Sub-<strong>Regional</strong>Alcochete Valência Turística e AmbientalMafraValência Turística e AmbientalSesimbra Valência Turística e AmbientalAlenquer Equipamentos e Serviços Carrega<strong>do</strong> e Ota<strong>de</strong> Nível Sub-<strong>Regional</strong>AlgésEquipamentos e Serviços<strong>de</strong> Nível Sub-<strong>Regional</strong>Almada Equipamentos e Serviços Monte da Caparica<strong>de</strong> Nível Sub-<strong>Regional</strong>Ama<strong>do</strong>ra Equipamentos e Serviços<strong>de</strong> Nível Sub-<strong>Regional</strong>Barreiro Equipamentos e Serviços<strong>de</strong> Nível Sub-<strong>Regional</strong>Benavente Equipamentos e Serviços Samora Correia<strong>de</strong> Nível Sub-<strong>Regional</strong>Samora Correia Equipamentos e Serviços Benavente<strong>de</strong> Nível Sub-<strong>Regional</strong>Cascais Equipamentos e Serviços<strong>de</strong> Nível Sub-<strong>Regional</strong>LouresEquipamentos e Serviços<strong>de</strong> Nível Sub-<strong>Regional</strong>Malveira Equipamentos e Serviços<strong>de</strong> Nível Sub-<strong>Regional</strong>MoitaEquipamentos e Serviços<strong>de</strong> Nível Sub-<strong>Regional</strong>Centro/Pólo Funções e Activida<strong>de</strong>s preferenciais Ligações multipolares preferenciaisMontijo Equipamentos e Serviços<strong>de</strong> Nível Sub-<strong>Regional</strong>Odivelas Equipamentos e Serviços<strong>de</strong> Nível Sub-<strong>Regional</strong>Oeiras Equipamentos e Serviços Tagus Park<strong>de</strong> Nível Sub-<strong>Regional</strong>SeixalEquipamentos e Serviços<strong>de</strong> Nível Sub-<strong>Regional</strong>Palmela Equipamentos e Serviços Setúbal e CTM<strong>de</strong> Nível Sub-<strong>Regional</strong>Setúbal/PalmelaV. F. <strong>de</strong> Xira Equipamentos e Serviços<strong>de</strong> Nível Sub-<strong>Regional</strong>


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 1284 Parâmetros <strong>de</strong> Acompanhamentose Avaliação <strong>do</strong> <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong>4.1. No âmbito <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> avaliação e monitorização <strong>do</strong> <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> assumeparticular importância a existência <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> indica<strong>do</strong>res ou parâmetrosque permitam acompanhar e avaliar a evolução <strong>do</strong>s fenómenos territoriais e sociais,em especial os que se relacionam com as dinâmicas <strong>de</strong> alteração <strong>do</strong>s usos <strong>do</strong> solo eda sustentabilida<strong>de</strong>, bem como conhecer os níveis <strong>de</strong> execução das acçõesprogramadas.4.2. Preten<strong>de</strong>-se que, tanto a Estrutura <strong>de</strong> Acompanhamento e Avaliação <strong>do</strong><strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong>, como os municípios, utilizem o mesmo conjunto <strong>de</strong> parâmetros nesteprocesso contínuo <strong>de</strong> monitorização <strong>do</strong> planeamento da <strong>AML</strong>, aos níveismetropolitano e municipal, e que estas informações integrem uma Base <strong>de</strong> Da<strong>do</strong>s <strong>de</strong>Or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> Território Metropolitano, que permita contribuir para:a) avaliação global da evolução da <strong>AML</strong>;b) análise comparativa das situações concelhias;c) acompanhamento e monitorização da execução <strong>do</strong>s PDM e <strong>do</strong> <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong>;d) funcionamento <strong>do</strong> Observatório previsto no Art. 144.º <strong>do</strong> D. L. n.º 380/99,<strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> Setembro.4.3. O processo <strong>de</strong> revisão <strong>de</strong> cada PDM <strong>de</strong>ve iniciar-se por uma acção <strong>de</strong>avaliação qualitativa e quantitativa <strong>do</strong> grau e senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> concretização das propostasneles contidas e <strong>do</strong>s níveis <strong>de</strong> execução das acções.4.4. Nesta avaliação, assume particular importância o grau <strong>de</strong> evolução <strong>do</strong>sprincipais indica<strong>do</strong>res ou parâmetros urbanísticos e sociais que <strong>de</strong>vem fundamentare justificar o senti<strong>do</strong> da revisão. Consi<strong>de</strong>ra-se assim que o processo <strong>de</strong> revisão <strong>de</strong>cada PDM <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>correr das orientações expressas no <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong>, ajustadas ao grau<strong>de</strong> concretização das propostas contidas no PDM e às alterações estratégicas ouestruturais entretanto ocorridas ou perspectivadas a curto prazo no horizonte <strong>do</strong>plano em revisão.4.5. Os indica<strong>do</strong>res ou parâmetros <strong>de</strong> monitorização, referi<strong>do</strong>s em Anexo,distribuem-se pelos seguintes tipos:a) Indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> – conjunto <strong>de</strong> valores relativos a fenómenos comincidência ambiental, urbanística ou social significativa, que permitam acompanhar ograu <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sustentável para a <strong>AML</strong>;b) Indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Controlo <strong>do</strong>s Usos <strong>do</strong> Solo e das Utilizações das Áreas <strong>de</strong>Construção – conjunto <strong>de</strong> valores relativos às diferentes tipologias <strong>de</strong> uso <strong>do</strong> solo(classes, categorias e or<strong>de</strong>ns funcionais) e da sua evolução relativa, assim como dasfunções ou utilizações <strong>do</strong>minantes das áreas <strong>de</strong> construção;c) Indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> – conjunto <strong>de</strong> valores relativos ao conforto e <strong>de</strong>safogo,nomeadamente o que é proporciona<strong>do</strong> por uma habitação condigna, áreas ver<strong>de</strong>surbanas, espaços exteriores urbanos e espaços não urbanos qualifica<strong>do</strong>s (naturais,agroflorestais, etc), bem como pela cobertura, acessibilida<strong>de</strong> e satisfaçãorelativamente a equipamentos, infraestruturas e serviços;d) Indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Execução – conjunto <strong>de</strong> valores relativos à execução material efinanceira, ao longo <strong>do</strong> tempo, das acções programadas.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 1294.6. Os valores <strong>do</strong>s parâmetros obti<strong>do</strong>s <strong>de</strong>vem ter como incidência territorial a<strong>AML</strong>, o município, a unida<strong>de</strong> territorial e a sub-unida<strong>de</strong> territorial, em função dadimensão e natureza <strong>do</strong>s parâmetros.4.7. Os parâmetros a utilizar são traduzi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> três formas:a) Valores absolutos em cada momento <strong>de</strong> referência;b) Variações absolutas e relativas ao longo <strong>do</strong> tempo;c) Pesos relativos <strong>do</strong>s valores absolutos e das variações face à <strong>AML</strong>.4.8. Os processos <strong>de</strong> revisão <strong>de</strong> cada PDM e os ajustamentos futuros <strong>do</strong> <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong><strong>de</strong>vem incluir na fundamentação das suas opções os valores <strong>de</strong>stes parâmetros,<strong>de</strong>signadamente quanto a tendências provenientes <strong>do</strong> passa<strong>do</strong> que interessa manterou reforçar, quanto a tendências que o <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> preten<strong>de</strong> alterar ou mesmoinverter e quanto a perspectivas <strong>de</strong> curto prazo que se traduzam em oportunida<strong>de</strong>sa potenciar, compatíveis com o Esquema <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>lo Territorial, mas para as quaispresentemente ainda não se dispõe <strong>de</strong> informação suficiente ou <strong>de</strong> condiçõesfavoráveis.4.9. A natureza e o tipo <strong>de</strong> parâmetros po<strong>de</strong>rão ser altera<strong>do</strong>s, ou ajusta<strong>do</strong>s pelaEstrutura <strong>de</strong> Acompanhamento e Avaliação <strong>do</strong> <strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong>, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a evolução<strong>do</strong>s fenómenos sociais e territoriais na área metropolitana, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> também <strong>de</strong>finiras variações absolutas e relativas ao longo <strong>do</strong> tempo e os pesos relativos <strong>do</strong>s valoresabsolutos e das variações face à <strong>AML</strong>.4.10. A actualização <strong>do</strong>s valores <strong>do</strong>s parâmetros <strong>de</strong> monitorização <strong>de</strong>ve dar lugar arelatórios periódicos, com prazo não superior a três anos, que recomen<strong>de</strong>m oscorrespon<strong>de</strong>ntes ajustamentos, alterações ou revisões.


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 130AnexoIndica<strong>do</strong>res / Parâmetros<strong>de</strong> Monitorização


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 131Descritores – BaseINDICADORES / PARÂMETROS DE MONITORIZAÇÃOSUSTENTABILI-DADECONTROLO DE USOSDO SOLO E DASUTILIZAÇÕESDAS ÁREAS DECONSTRUÇÃOQUALIDADEEXECUÇÃOORDENAMENTOTERRITORIALE PLANEAMENTOURBANÍSTICO- Usos <strong>do</strong> Solo – Classe e Categoria <strong>de</strong> Uso• Área Urbana• Área Urbanizável• Área <strong>de</strong> Equipamento• Área Industrial• Área Turística• Área Agrícola• Área Florestal• Área Agro-Florestal• Área Natural- População resi<strong>de</strong>nte- Nº <strong>de</strong> alojamentos: clássicosnão clássicosvagosuso sazonal- Nº <strong>de</strong> alojamentos licencia<strong>do</strong>s- Nº <strong>de</strong> licenças <strong>de</strong> utilização para habitação- Novas áreas urbanizadas- (Indica<strong>do</strong>res sobre loteamentos aprova<strong>do</strong>s nãoexecuta<strong>do</strong>s)- Nº <strong>de</strong> fogos em freguesias rurais- Construções para habitação unifamiliar licencia<strong>do</strong>sem: freguesias ruraisfreguesias semi-urbanasfreguesias urbanas- Áreas <strong>de</strong> construção por uso: HabitaçãoComércioServiçosIndústriaHotelariaRecreio e Lazer- Áreas edificadas em solos das classes A, B ou C(<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong>)- Áreas <strong>de</strong> espaço exterior ou áreas ver<strong>de</strong>s urbanas(<strong>de</strong> utilização colectiva)- Área <strong>de</strong>sportiva útil- Áreas turísticas (hotelaria, empreendimentosturísticos e áreas <strong>de</strong> recreio e lazer) em espaço nãourbano- Área urbanizávelinfraestruturada,e/ou construída- Investimentos noespaço público- Investimentos emáreas turísticas emespaço não urbano


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 132SUSTENTABILI-DADECONTROLO DE USOSDO SOLO E DASUTILIZAÇÕESDAS ÁREAS DECONSTRUÇÃOQUALIDADEEXECUÇÃOESTRUTURAMETROPOL. DE<strong>PROT</strong>ECÇÃO EVALORIZAÇÃOAMBIENTAL- Áreas afectas à Estrutura Metropolitana <strong>de</strong>Protecçãoe Valorização Ambiental (áreas superiores ou iguaisa10.000 m2)• Áreas Estruturantes Primárias• Áreas Estruturantes Secundárias• Áreas Vitais- Área <strong>de</strong> floresta <strong>de</strong> protecção- Área <strong>de</strong> monta<strong>do</strong>- Galerias ripícolas- Áreas florestais afectas a uso público- Extensão <strong>de</strong> linhas <strong>de</strong> água com perfil natural- Investimentosrealiza<strong>do</strong>sEQUIPAMENTOSEnsino:- Capacida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s estabelecimentos no EnsinoPolitécnico e Superior UniversitárioSaú<strong>de</strong>:- Nº <strong>de</strong> camas <strong>de</strong> internamentoDesporto:- Nº <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> competiçãoCultura:- Nº <strong>de</strong> lugares nas salas espectáculo- Investimentosprevistos- Investimentosrealiza<strong>do</strong>sTRANSPORTESE LOGÍSTICA- Nº <strong>de</strong> viagens em transporte público urbano- Nº <strong>de</strong> viagens em transporte públicometropolitano- Nº <strong>de</strong> viagens em transporte individual- Nº <strong>de</strong> viagens a pé- Nº total <strong>de</strong> viagens- Nº <strong>de</strong> paragens <strong>de</strong> transporte público- Nº <strong>de</strong> interfaces <strong>de</strong> transporte público- Extensão da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> transportes públicos- Nº <strong>de</strong> postos <strong>de</strong> venda e <strong>de</strong> informação ao público- Nº <strong>de</strong> veículos <strong>de</strong> piso rebaixa<strong>do</strong>- Nº total <strong>de</strong> veículos- Nº <strong>de</strong> licenças <strong>de</strong> táxis- Extensão da re<strong>de</strong> pe<strong>do</strong>nal- Extensão da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> bicicletas- Extensão das re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> transporte público àsuperfície, em sítio próprio- Nº <strong>de</strong> intersecções semaforizadas com fases <strong>de</strong>priorida<strong>de</strong> ao transporte público- Volume e tipologia <strong>de</strong> carga, por mo<strong>do</strong> <strong>de</strong>transporte- Investimentosprevistos- Investimentosrealiza<strong>do</strong>s


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 133SUSTENTABILI-DADECONTROLO DE USOSDO SOLO E DASUTILIZAÇÕESDAS ÁREAS DECONSTRUÇÃOQUALIDADEEXECUÇÃOCOESÃO SOCIALPATRIMÓNIO- Nº <strong>de</strong> barracas- População resi<strong>de</strong>nte em barracas- Nº <strong>de</strong> alojamentos precários- População resi<strong>de</strong>nte em alojamentos precários- Nº <strong>de</strong> alojamentos clássicos sem instalaçõessanitárias- População resi<strong>de</strong>nte em alojamentos clássicos seminstalações sanitárias- População <strong>de</strong>sempregada- População activa- Nº <strong>de</strong> valores culturais imóveis/monumentosclassifica<strong>do</strong>s (IPPAR)- Nº <strong>de</strong> valores culturais imóveis <strong>de</strong> interesseconcelhio- PER: Investimentosprevistos einvestimentosconcretiza<strong>do</strong>sanualmente- Programas <strong>de</strong>requalificaçãourbana: nº <strong>de</strong>edifícios e/ou fogosobjecto <strong>de</strong>reabilitação- Investimentos emedifícios e/ouconjuntospatrimoniaisTURISMOSANEAMENTOAMBIENTAL- Nº <strong>de</strong> camas em estabelecimentos hoteleiros- Nº <strong>de</strong> camas em estabelecimentos hoteleirosafectosa campos golfe- Nº <strong>de</strong> camas noutros meios <strong>de</strong> alojamento turístico- Nº <strong>de</strong> camas em turismo no espaço rural e ecoturismo- Volume <strong>de</strong> consumo <strong>do</strong>miciliário <strong>de</strong> água- Qualida<strong>de</strong> e pressão <strong>de</strong> água distribuída- Níveis <strong>de</strong> precipitação útil para recarga <strong>do</strong>saquíferos- Volumes <strong>de</strong> extracção <strong>de</strong> água <strong>do</strong>s aquíferos(municipais)- População servida por re<strong>de</strong> <strong>de</strong> esgotos separativa- População servida por ETAR com tratamentoa<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>- População servida por recolha <strong>de</strong> RSU- População servida por recolha selectiva <strong>de</strong> RSU- População servida por ecopontos- Toneladas <strong>de</strong> recolha selectiva <strong>de</strong> RSU- Toneladas <strong>de</strong> recolha total <strong>de</strong> RSU- Toneladas recicladas <strong>de</strong> RSU- Áreas afectadas por níveis <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong>/zonas rui<strong>do</strong>sas(D.L.) – dia/noite- Captações superficiais municipais <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> A3- Captações superficiais municipais <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> A2- Captações superficiais municipais <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> A1- Captações subterrâneas municipais, afectadas pornitrato- Investimentosrealiza<strong>do</strong>s- Investimentosprevistos- Investimentosrealiza<strong>do</strong>s- Investimentos naredução <strong>de</strong>emissões e barreirasacústicas


<strong>PROT</strong>-<strong>AML</strong> 134SUSTENTABILI-DADECONTROLO DE USOSDO SOLO E DASUTILIZAÇÕESDAS ÁREAS DECONSTRUÇÃOQUALIDADEEXECUÇÃOSANEAMENTOAMBIENTAL(Cont)- Consumo <strong>de</strong> águas engarrafadas- Registos <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças <strong>de</strong> origem hídrica- Emissões atmosféricas <strong>de</strong> SO x (Óxi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Enxofre),NO x (Óxi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Azoto), COVNM (CompostosOrgânicos Voláteis não Metânicos), CO (Monóxi<strong>do</strong><strong>de</strong>Carbono), CO 2 (Dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> Carbono), CH 4 (Metano),N 2 O (Óxi<strong>do</strong> Nitroso), PTS (Partículas Totais emSuspensão) e Pb (Chumbo)- Níveis <strong>de</strong> concentração atmosférica <strong>de</strong> SO 2 (Dióxi<strong>do</strong><strong>de</strong> Enxofre), NO x , COV (Compostos OrgânicosVoláteis), CO, O 3 (Oxono), PTS e PM10, BTX(Benzeno, Tolueno e Xileno) e Pb e outros metaispesa<strong>do</strong>s- Investimento emmedidas <strong>de</strong>controleda poluiçãoatmosférica- Área coberta pormedidas <strong>de</strong>avaliação daqualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> arINFRAESTRU-TURASENERGÉTICAS- Extensão da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> muito alta tensão- Consumo total <strong>de</strong> electricida<strong>de</strong>- Consumo industrial <strong>de</strong> electricida<strong>de</strong>- Consumo <strong>do</strong>méstico <strong>de</strong> electricida<strong>de</strong>- Extensão da Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Gás (Alta Pressão e Primária)- Consumo Doméstico <strong>de</strong> Gás Natural- Consumo Industrial <strong>de</strong> Gás Natural- Extensão <strong>do</strong> traça<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Oleodutos- Investimentosrealiza<strong>do</strong>s

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