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Números Índices - Departamento de Informática e Estatística - UFSC

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INE 7001 - Números Índices 15 - NÚMEROS ÍNDICESNúmeros índices “são usados para indicar variações relativas em quantida<strong>de</strong>s, preços ouvalores <strong>de</strong> um artigo (ou artigos) durante certo período <strong>de</strong> tempo”. Eles sintetizam as modificaçõesnas condições econômicas ocorridas em um espaço <strong>de</strong> tempo, através <strong>de</strong> uma razão. Se apenas umitem é computado trata-se <strong>de</strong> um número índice simples. Se, porém, vários itens (produtos) têm suasvariações computadas tem-se um número índice composto.5.1 - Números Índices SimplesOs números índices simples po<strong>de</strong>m ser chamados (como também os compostos) <strong>de</strong> relativos<strong>de</strong> base fixa ou relativos <strong>de</strong> ligação.5.1.1 - Números Índices Simples - Relativos <strong>de</strong> base fixaNeste caso um período é escolhido como referência, ou base, e todos os índices sãocomputados em relação aos registros <strong>de</strong>ste período específico. Usualmente no período base o índicerecebe o valor 100. Os números índices simples po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong> preço (quando calcula-se a razãoentre o preço observado <strong>de</strong> um artigo em um período qualquer e o preço do mesmo artigo noperíodo base), <strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> (quando calcula-se a razão entre a quantida<strong>de</strong> observada <strong>de</strong> um artigoem um período qualquer e a quantida<strong>de</strong> no período base), e <strong>de</strong> valor (quando a razão é calculadapelo produto <strong>de</strong> preço e quantida<strong>de</strong> do artigo em um período qualquer e o produto <strong>de</strong> preço equantida<strong>de</strong> do mesmo artigo no período base). Vejamos as equações:Preço Quantida<strong>de</strong> Valorpptqt 100 q0,t 100pq0,t00vpp q q0,tt t0 0100On<strong>de</strong> p 0 é o preço do artigo no período base, p t é o preço do artigo em um período qualquer, q 0 équantida<strong>de</strong> do artigo no período base e q t é a quantida<strong>de</strong> do artigo em um período qualquer.Exemplo 5.1 - Uma si<strong>de</strong>rúrgica produz chapas <strong>de</strong> aço. No ano <strong>de</strong> 1998 a chapa custava R$ 45, e em1999 R$ 47,5. Em 1998 a empresa produziu 1500 toneladas, e em 1999 1567 toneladas. Calcular osnúmeros índices <strong>de</strong> preço, quantida<strong>de</strong> e valor para a chapa <strong>de</strong> aço tomando o ano <strong>de</strong> 1998 comobase.O período base (0) é 1998, então: p 0 = 45 q 0 = 1500.Já o período "atual" (t) é 1999, então: p t = 47,5 q t = 1567Os índices <strong>de</strong> preço, quantida<strong>de</strong> e valor são:pp tHouve um aumento <strong>de</strong> 5,56% (105,56 - 100) nos0,t 100p0preços da chapa <strong>de</strong> aço <strong>de</strong> 1998 para 1999.p 47,5p 9998,99 100 100 105,56p4598qq t0,t 100q0q 1567q 9998,99 100 100 104,47q981500Houve um aumento <strong>de</strong> 4,47% (104,47 - 100) nasquantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> chapas produzidas <strong>de</strong> 1998 para1999.


v98,99p qv t t0,t 100p0 q0p99 q9947,5 1567 100100 110,27p98 q9845 1500INE 7001 - Números Índices 2Houve um aumento <strong>de</strong> 10,27% (110,27- 100) nos valores <strong>de</strong> vendas das chapas<strong>de</strong> aço <strong>de</strong> 1998 para 1999.Se tivéssemos dados <strong>de</strong> 2000, 2001, 2002 e 2003 po<strong>de</strong>ríamos obter as flutuações dos preços,quantida<strong>de</strong>s e valores em relação a 1998.5.1.2 - Números Índices Relativos <strong>de</strong> Ligação 1Provavelmente <strong>de</strong>vido à cultura inflacionária existente no Brasil não costumamos encontraríndices em valores absolutos, tais como os calculados no Exemplo 5.1. É bastante comum nos<strong>de</strong>pararmos com os Números Índices Relativos <strong>de</strong> Ligação, que sintetizam as variações econômicasentre dois períodos consecutivos. Quando o IBGE divulga o IPC - A <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado mês éapresentada apenas a variação percentual em relação ao mês imediatamente anterior 2 .Para obter os números índices relativos <strong>de</strong> ligação <strong>de</strong> um período basta dividir o índice doperíodo <strong>de</strong> interesse pelo do período imediatamente anterior.Preço Quantida<strong>de</strong> Valorptqpttqtpt 1,t 100qt1,t 100vp qp q100t1,t t1t1t1t1Exemplo 5.2 - Encontre os índices relativos <strong>de</strong> ligação para a tabela a seguir.Mês Índice <strong>de</strong> preço (base fixa) Índice <strong>de</strong> preço (relativo <strong>de</strong> ligação)Janeiro 100 -Fevereiro 101,5 (101,5/100) 100 = 101,5Março 100,6 (100,6/101,5) 100 = 99,11Abril 105,4 (105,4/100,6) 100 = 104,77De janeiro a fevereiro houve um aumento <strong>de</strong> 1,5% (101,5 - 100) no preço. De fevereiro a marçohouve uma queda <strong>de</strong> 0,89% (99,11 - 100) no preço. De março a abril houve um aumento <strong>de</strong> 4,77%(104,77 - 100) no preço.Usualmente, conhecemos apenas as variações <strong>de</strong> um índice e não o próprio índice. Nestecaso, po<strong>de</strong>mos facilmente criar o índice da forma mostrada no exemplo a seguir e trabalhar com elenormalmente.Tomando-se o ICV/DIEESE e fixando-se agosto/95 como base, os índices <strong>de</strong> setembro eoutubro ficam:Mês Ago Set Out Nov Dez Jan Fev MarICV (variação em %) - 0,0185 0,0150 0,0279 0,0189 0,0459 0,0005 0,0104ICV (índice criado) 1,0000 1,0185 1,0338 1,0626 1,0827 1,1324 1,1330 1,1447I set = I ago (1+ set ) = 1(1+0,0185) = 1,0185I out = I set (1+ out ) = 1,0185(1+0,0150) = 1,0338É preciso multiplicar <strong>de</strong>pois os índices por 100.1 Também po<strong>de</strong>mos calculá-los para os Números Índices Compostos.2 Ou no máximo compara-se com o índice do mesmo mês no ano anterior.


INE 7001 - Números Índices 35.2 - Números Índices CompostosOs números índices compostos expressam variações no preço, quantida<strong>de</strong> ou valor <strong>de</strong> umgrupo <strong>de</strong> itens. São chamados <strong>de</strong> agregados simples quando atribuem a mesma pon<strong>de</strong>ração paratodos os itens, <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rando a importância relativa <strong>de</strong> cada um. Já os índices agregadospon<strong>de</strong>rados atribuem pon<strong>de</strong>rações diferentes para os itens, o que po<strong>de</strong> permitir dar maior ênfase àsvariações em <strong>de</strong>terminado item, sendo a forma mais utilizada.Os índices compostos mais utilizados são:- Índice <strong>de</strong> Laspeyres (época básica): pon<strong>de</strong>ração é feita em função dos preços ou quantida<strong>de</strong>s doperíodo base. Po<strong>de</strong>m ser calculados índices <strong>de</strong> preço e quantida<strong>de</strong>.- Índice <strong>de</strong> Paasche (época atual): pon<strong>de</strong>ração é feita em função dos preços ou quantida<strong>de</strong>s doperíodo “atual”. Po<strong>de</strong>m ser calculados índices <strong>de</strong> preço e quantida<strong>de</strong>.- Outros índices: Fischer, Marshall - Edgeworth, Drobish, Divisia, e os índices <strong>de</strong> preçosnormalmente utilizados no Brasil (IGP-M, INPC, IPC-A, ICV do DIEESE, IPC da FIPE).5.2.1 - Índice <strong>de</strong> LaspeyresNo índice <strong>de</strong> Laspeyres a pon<strong>de</strong>ração é feita em função dos preços e quantida<strong>de</strong>s do períodobase. Por causa disso ele ten<strong>de</strong> a exagerar a alta, por consi<strong>de</strong>rar as quantida<strong>de</strong>s (ou preços) iguaisaos do período base. As equações:nÍndice <strong>de</strong> preçosÍndice <strong>de</strong> quantida<strong>de</strong>sLLni1pp0,i qt,i 0,ii10,tp q0,i100nqt,i p0,ii1 100n q0,i p0,i0,tqOn<strong>de</strong> n é o número <strong>de</strong> itens, p t,i é o preço <strong>de</strong> um item qualquer no período "atual", p 0,i é o preço <strong>de</strong>um item qualquer no período base, q t,i é a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um item qualquer no período atual, e q 0,i éa quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um item qualquer no período base.Exemplo 5.3 - Com os dados da tabela a seguir, e usando 1996 como base, obter índices <strong>de</strong>Laspeyres <strong>de</strong> preço e quantida<strong>de</strong>.Artigos 1996 1997 1998Preço Quantida<strong>de</strong> Preço Quantida<strong>de</strong> Preço Quantida<strong>de</strong>1 2 4 2 5 3 62 3 3 4 2 6 33 5 2 6 5 8 6Devemos usar as fórmulas do índice <strong>de</strong> Laspeyres sabendo que o período base é 1996. Então os<strong>de</strong>nominadores dos índices serão o resultado da soma dos produtos dos preços e quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>cada item no período base, 1996. Os numeradores utilizarão as quantida<strong>de</strong>s (ou preços) <strong>de</strong> 1996i1


INE 7001 - Números Índices 4como pon<strong>de</strong>ração.L96,97p3 i13 pp97,i q q96,i(2 4) (4 3) (6 2) 100 100(2 4) (3 3) (5 2)96,i 96,ii1Os preços dos artigos aumentaram 18,52% (118,52 - 100) <strong>de</strong> 1996 a 1997. 118,523 p98,i q96,ii1(3 4) (6 3) (8 2)96,98100100 170,37p(2 4) (3 3) (5 2)p qL3i196,i96,iOs preços dos artigos aumentaram 70,37% (170,37 - 100) <strong>de</strong> 1996 a 1998.L96,97q3 i13 qq97,ipp96,i(5 2) (2 3) (5 5)100100(4 2) (3 3) (2 5)96,i 96,ii1As quantida<strong>de</strong>s dos artigos aumentaram 51,85% (151,85 - 100) <strong>de</strong> 1996 a 1997.L96,98q3 i13 qq98,i p p96,i(6 2) (3 3) (6 5) 100 100(4 2) (3 3) (2 5)96,i 96,ii1As quantida<strong>de</strong>s dos artigos aumentaram 88,89% (188,89 - 100) <strong>de</strong> 1996 a 1998. 151,85 188,895.2.2 - Índice <strong>de</strong> PaascheNo índice <strong>de</strong> Paasche a pon<strong>de</strong>ração é feita em função dos preços e quantida<strong>de</strong>s do períodoatual. Por causa disso ele ten<strong>de</strong> a exagerar a baixa, por consi<strong>de</strong>rar as quantida<strong>de</strong>s (ou preços) iguaisaos do período atual. A mudança constante da época “atual” po<strong>de</strong> encarecer a pesquisa parai<strong>de</strong>ntificar os pesos. Por essa razão os índices <strong>de</strong> preços, que costumam fazer as pon<strong>de</strong>rações dosdiversos itens com base em pesquisas <strong>de</strong> orçamentos familiares, geralmente utilizam a fórmula <strong>de</strong>Laspeyres (ou alguma modificação <strong>de</strong>la).Índice<strong>de</strong>preçosnt,i t,ii10,tPpni1pp0,i q qt,i100Índice <strong>de</strong>quantida<strong>de</strong>snt,i t,ii10,tPqni1qq0,i p pt,i100On<strong>de</strong> n é o número <strong>de</strong> itens, p t,i é o preço <strong>de</strong> um item qualquer no período "atual", p 0,i é o preço <strong>de</strong>um item qualquer no período base, q t,i é a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um item qualquer no período atual, e q 0,i é


INE 7001 - Números Índices 5a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um item qualquer no período base.Exemplo 5.4 - Utilizando os dados do Exemplo 5.3, e usando 1996 como base, obtenha os índices<strong>de</strong> Paasche <strong>de</strong> preços e quantida<strong>de</strong>s.Artigos 1996 1997 1998Preço Quantida<strong>de</strong> Preço Quantida<strong>de</strong> Preço Quantida<strong>de</strong>1 2 4 2 5 3 62 3 3 4 2 6 33 5 2 6 5 8 6Devemos usar as fórmulas do índice <strong>de</strong> Paasche sabendo que o período base é 1996. Então osnumeradores dos índices serão o resultado da soma dos produtos dos preços e quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cadaitem no período atual, que irá mudar à medida que os anos passam. Os numeradores utilizarão ospreços (ou quantida<strong>de</strong>s) <strong>de</strong> 1996, pon<strong>de</strong>radas pelas quantida<strong>de</strong>s (ou preços) do período atual.33p97,iq97,ii1(25) (42) (65)96,97100100 117,07(25) (32) (55)p qPpi196, i97, iOs preços dos artigos aumentaram 17,07% <strong>de</strong> 1996 a 1997.33p98,iq98,ii1(36) (63) (86)96,98100100 164,71(26) (33) (56)p qPpi196, i98, iOs preços dos artigos aumentaram 64,71% <strong>de</strong> 1996 a 1998.33q97,ip97,ii1(52) (24) (56)96,97100100 150,00(42) (34) (26)q pPqi196, i97, iAs quantida<strong>de</strong>s dos artigos aumentaram 50% <strong>de</strong> 1996 a 1997.33q98,ip98,ii1(63) (36) (68)96,98100100 182,61(43) (36) (28)q pPqi196, i98, iAs quantida<strong>de</strong>s dos artigos aumentaram 82,61% <strong>de</strong> 1996 a 1998.Observe que os valores apresentam a mesma or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za que os índices <strong>de</strong> Laspeyres, masobviamente são diferentes.


5.2.3 – Contribuição das componentes <strong>de</strong> um número índice compostoINE 7001 - Números Índices 6Embora imprescindível o cálculo do número índice composto (<strong>de</strong> Laspeyres ou Paasche)sempre <strong>de</strong>ixa margem à dúvida: qual componente mais contribuiu para o aumento/redução? É muitocomum ver na mídia <strong>de</strong>clarações do tipo: “neste mês os alimentos foram os que mais contribuírampara o aumento geral <strong>de</strong> preços”, ou “os artigos <strong>de</strong> vestuário tiveram o maior impacto na inflação<strong>de</strong>ste mês”. Além disso, é comum o público ficar intrigado quando se <strong>de</strong>clara que: houve aumento<strong>de</strong> 30% na gasolina, mas a inflação no mês foi <strong>de</strong> 1,5%”. Torna-se interessante mensurar acontribuição individual <strong>de</strong> cada componente ao índice composto, isso po<strong>de</strong> ser feito modificando asfórmulas <strong>de</strong> Laspeyres e Paasche.LPara o caso <strong>de</strong> Laspeyres (índices <strong>de</strong> preços e quantida<strong>de</strong>s, respectivamente): n p q p 0,i 0,it,i n p0,iq0,iq100 L ni 1 p,t n0, i p0,iq0,i i 1 qp0,iq0,ii1 i1 0,tpt,i0 qTrata-se da mesma forma vista anteriormente, mas proporciona a avaliação da contribuição<strong>de</strong> cada item. Para cada item i calcula-se o peso que ele representa no total, e multiplica-se oresultado pelo quociente dos preços ou quantida<strong>de</strong>s do período atual pelos do período base.0, i100PAnalogamente, para o caso <strong>de</strong> Paasche: n p q p 0,i t,it,i 100ni 1 p0, i p0,iqt,i i1 0,tpPpq q qnt,i 0,it,i0,tp ni 1 0, i pt,iq0,i i1100Vamos refazer os exemplos 5.3 e 5.4 usando as fórmulas acima.Exemplo 5.3 Revisto - Com os dados da tabela a seguir, e usando 1996 como base, obter índices <strong>de</strong>Laspeyres <strong>de</strong> preço para 1998, indicando qual dos artigos mais contribuiu para o valor final.Artigos 1996 1997 1998Preço Quantida<strong>de</strong> Preço Quantida<strong>de</strong> Preço Quantida<strong>de</strong>1 2 4 2 5 3 62 3 3 4 2 6 33 5 2 6 5 8 6Devemos usar as fórmulas do índice <strong>de</strong> Laspeyres sabendo que o período base é 1996. Po<strong>de</strong>moscalcular os pesos <strong>de</strong> cada artigo no total dos produtos preços por quantida<strong>de</strong>s no ano <strong>de</strong> 1996(po<strong>de</strong>m ser usados tanto no índice <strong>de</strong> preços quanto no <strong>de</strong> quantida<strong>de</strong>).nPrimeiramente, calculamos 0,iq0,ii1p :n3p0,iq0,i p0,iq0,i (24) (33) (52) 27i1i1Na tabela a seguir está a contribuição <strong>de</strong> cada artigo para o total em 1996 (período base):


Artigos 1996PreçoQuantida<strong>de</strong>p 0 × q 0Peso por artigo:INE 7001 - Números Índices 7np0,iq0,i1 2 4 8 8/27 = 0,2962 (29,63%)2 3 3 9 9/27 = 0,3333 (33,33%)3 5 2 10 10/27 = 0,3704 (37,04%)Observa-se que o artigo 3 tem a maior contribuição (37,04%) do total. Os aumentos ou redução <strong>de</strong>preços/quantida<strong>de</strong>s neste artigo terão maior impacto no índice <strong>de</strong> preços/quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>Laspeyres.Na tabela a seguir o <strong>de</strong>talhamento dos cálculos para o índice <strong>de</strong> preços <strong>de</strong> Laspeyres:Artigos Peso por artigo: PreçosResultadosp0,iq0,ip 1998 /p 19961996 1998 (p t /p 0 )np0,iq0,ii1i1p0,iq0,iContribuição doartigo1 8/27 = 0,2962 (29,63%) 2 3 3/2 = 1,5 0,44432 9/27 = 0,3333 (33,33%) 3 6 6/3 = 2,0 0,66673 10/27 = 0,3704 (37,04%) 5 8 8/5 = 1,6 0,59264Observa-se que a maior contribuição individual será do artigo 2 (0,6666). Repare que embora oartigo 3 tenha maior peso na pon<strong>de</strong>ração, o aumento <strong>de</strong> preços no artigo 2 foi gran<strong>de</strong>, o que<strong>de</strong>terminou um impacto maior no índice. E o valor do índice <strong>de</strong> preços <strong>de</strong> Laspeyres será:Lp q p p24 3 336 52 8 100 27 2 27 3 27 5 30,i 0,it,i0,tp ni 1 0, i p0,i q0,ii1 3 p q p 0,i 0,it,iL 0,tp 100ni 1 p0, i p0,iq0,i i1 0,44430,6667 0,59264100170, 37Então, tal como visto anteriormente, o aumento <strong>de</strong> preços entre 1996 e 1998 foi <strong>de</strong> 70,37%, sendoque o artigo 2 foi o que mais contribuiu para o total (contribuição igual a 0,6667).Raciocínio análogo po<strong>de</strong> ser feito para calcular o índice <strong>de</strong> preços <strong>de</strong> Laspeyres <strong>de</strong> 1997 (emrelação a 1996), e os índices <strong>de</strong> quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Laspeyres <strong>de</strong> 1997 e 1998 (ambos em relação a1996).Exemplo 5.4 – Revisto - Com os dados do Exemplo 5.3, e usando 1996 como base, obtenha osíndices <strong>de</strong> Paasche <strong>de</strong> preços para 1998.Artigos 1996 1997 1998Preço Quantida<strong>de</strong> Preço Quantida<strong>de</strong> Preço Quantida<strong>de</strong>1 2 4 2 5 3 62 3 3 4 2 6 33 5 2 6 5 8 6Devemos usar as fórmulas do índice <strong>de</strong> Paasche sabendo que o período base é 1996. Po<strong>de</strong>moscalcular os pesos <strong>de</strong> cada artigo no total dos produtos preços por quantida<strong>de</strong>s no ano <strong>de</strong> 1998 (jáque o índice <strong>de</strong> Paasche usa os dados do período atual como pon<strong>de</strong>ração).100


nPrimeiramente, calculamos 0,i qt,ii1p :n3p0,iqt,ip0,iqt,i(26) (33) (56) 51i1i1INE 7001 - Números Índices 8Na tabela a seguir está a contribuição <strong>de</strong> cada artigo para o total em 1998 (período atual, usadocomo pon<strong>de</strong>ração no índice <strong>de</strong> Paasche):Artigos Preço 1996 Quantida<strong>de</strong> 1998 p 0 × q tp0,i qt,iPeso por artigo:np q0,i t,i1 2 6 12 12/51 = 0,2353 (23,53%)2 3 3 9 9/51 = 0,1765 (17,65%)3 5 6 30 30/51 = 0,5882 (58,82%)Usando como pon<strong>de</strong>ração as quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 1998 (período atual) o artigo 3 também tem a maiorcontribuição (58,82% do total), e, mais do que no caso <strong>de</strong> Laspeyres, flutuações no preço <strong>de</strong>steartigo causarão maior impacto no índice.Na tabela a seguir o <strong>de</strong>talhamento dos cálculos para o índice <strong>de</strong> preços <strong>de</strong> Paasche:Artigos Peso por artigo: PreçosResultadosp0,i qt,ip 1998 /p 19961996 1998 (p t /p 0 )np0,i qt,ii1i1Contribuição doartigo1 12/51 = 0,2353 (23,53%) 2 3 3/2 = 1,5 0,352952 9/51 = 0,1765 (17,65%) 3 6 6/3 = 2,0 0,3533 30/51 = 0,5882 (58,82%) 5 8 8/5 = 1,6 0,94112Observa-se que a maior contribuição individual será do artigo 3 (0,94112), resultado diverso doencontrado no índice <strong>de</strong> Laspeyres. E o valor do índice <strong>de</strong> preços <strong>de</strong> Paasche será:Ppq p p 2 6 3 3 3 6 5 6 8 100 51 2 51 3 51 5 30,i t,it,i0,tp ni 1 0, i p0,iqt,ii1 3 p q p 0,i t,it,iP 0,tp 100ni 1 p0, i p0,iqt,i i1 0,35295 0,3530,94112100164, 71Então, tal como visto anteriormente, o aumento <strong>de</strong> preços entre 1996 e 1998 foi <strong>de</strong> 64,71%, sendoque o artigo 3 foi o que mais contribuiu para o total (contribuição igual a 0,94112).Raciocínio análogo po<strong>de</strong> ser feito para calcular o índice <strong>de</strong> preços <strong>de</strong> Paasche <strong>de</strong> 1997 (em relaçãoa 1996), e os índices <strong>de</strong> quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Paasche <strong>de</strong> 1997 e 1998 (ambos em relação a 1996).100Apenas como curiosida<strong>de</strong> a maioria dos índices <strong>de</strong> preços ao consumidor usados no Brasilemprega a fórmula <strong>de</strong> Laspeyres.


INE 7001 - Números Índices 95.3 - Mudança <strong>de</strong> base <strong>de</strong> um número índiceA escolha da base <strong>de</strong> um número índice é muitas vezes uma tarefa difícil. É preciso escolherum período relativamente estável, o mais "típico" possível, quando a ativida<strong>de</strong> econômica nãoestiver sendo afetada por variações estruturais ocasionais. No Brasil, on<strong>de</strong> a economia parece estarsendo sempre sacudida, em maior ou menor grau, por flutuações e crises <strong>de</strong> todo tipo a escolha dabase torna-se ainda mais controvertida: talvez por isso haja tanta predileção pelos índices relativos<strong>de</strong> ligação.De qualquer forma, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do índice, po<strong>de</strong> ser interessante, ou necessário, mudar abase <strong>de</strong> um número índice por duas razões:- para atualizar a base, tornando-a mais próxima da realida<strong>de</strong> atual (por este motivo, periodicamenteo IBGE realiza pesquisas <strong>de</strong> orçamento familiar, com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> incluir as mudanças noshábitos <strong>de</strong> consumo nas pon<strong>de</strong>rações dos seus índices).- para permitir a comparação <strong>de</strong> duas séries <strong>de</strong> índices que tenham bases diferentes.O procedimento é extremamente simples: basta dividir toda a série <strong>de</strong> números índicesoriginais pelo número índice do período escolhido como nova base. Isso preservará as diferençasrelativas entre eles.Exemplo 5.5 - Mudar a base da série <strong>de</strong> números índices abaixo para 1997.Ano 1995 1996 1997 1998 1999 2000Índice 100 109,12 113,86 116,69 126,53 133,20Novo 87,83 95,84 100 102,49 111,13 116,99ÍndicePara o ano <strong>de</strong> 1995 teremos: novo índice = (100/113,86) 100 = 87,83Para o ano <strong>de</strong> 1996 teremos: novo índice = (109/113,86) 100 = 95,84Para o ano <strong>de</strong> 1997 teremos: novo índice = (113,86/113,86) 100 = 100Para o ano <strong>de</strong> 1998 teremos: novo índice = (116,69/113,86) 100 = 102,49Para o ano <strong>de</strong> 1999 teremos: novo índice = (126,53/113,86) 100 = 111,13Para o ano <strong>de</strong> 2000 teremos: novo índice = (133,20/113,86) 100 = 116,995.4 - Deflação <strong>de</strong> uma série temporal“As variações <strong>de</strong> preço, causadas por inflação ou <strong>de</strong>flação, po<strong>de</strong>m obscurecer as variações<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong>”. Isso significa que às vezes o que parece ser um crescimento <strong>de</strong> vendas, ou aumentona participação no mercado (por apresentar maior faturamento) <strong>de</strong>ve-se mais a flutuações <strong>de</strong> preços,ou <strong>de</strong>svalorizações cambiais, do que realmente a acréscimos nas quantida<strong>de</strong>s vendidas. Esteproblema torna-se mais grave se examinamos longas séries temporais, incluindo vários anos(consi<strong>de</strong>rando, no caso do Brasil, as gran<strong>de</strong>s mudanças estruturais que a economia sofreu, oproblema torna-se ainda mais sério).É preciso fazer a <strong>de</strong>flação da série temporal. Em outras palavras, remover o efeito dainflação nos valores da série temporal. Devemos procurar um número índice apropriado para isso:- se for uma empresa que ven<strong>de</strong> diretamente ao consumidor final, no varejo, utilizar como <strong>de</strong>flatorum índice <strong>de</strong> preços ao consumidor (como o IPC-A do IBGE, o IPC da FIPE, etc.);


INE 7001 - Números Índices 10- se a empresa ven<strong>de</strong>r bens <strong>de</strong> capital, ou realizar vendas no atacado, <strong>de</strong>vemos utilizar um índiceque retrate as flutuações <strong>de</strong> tal mercado (como o IGP-M da Fundação Getúlio Vargas, do qual 60%<strong>de</strong>ve-se ao Índice <strong>de</strong> Preços por Atacado, calculado pela mesma instituição);- se a empresa exporta, seria interessante incluir também a flutuação da taxa <strong>de</strong> câmbio do país (oupaíses <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino).É importante ressaltar que é preciso ter os números índices <strong>de</strong> base fixa. Se apenas osrelativos <strong>de</strong> ligação forem disponíveis é necessário aplicar o procedimento visto na seção 5.1.2 paraobter os números índices <strong>de</strong> base fixa.In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do <strong>de</strong>flator (índice) escolhido o procedimento é similar:Valor <strong>de</strong>flacionado = (valor original/índice) x 100Exemplo 5.6 - A tabela abaixo contém os gastos médios com alimentação (em dólares) <strong>de</strong> famílias,e os Índices <strong>de</strong> Preços ao Consumidor, nos EUA (Fonte: U.S. Department of Labor, Bureau ofLabor Statistics, U.S. Department of Agriculture Economics and Statistics System).Faça a <strong>de</strong>flação da série temporal e avalie os resultados encontrados.Ano Valores (US$) IPC Série <strong>de</strong>flacionada1983 207132,00 100 (207132/100) 100 = 2071321984 218937,00 103,9 (218937/103,9) 100 = 210718,961985 228689,00 107,6 (228689/107,6) 100 = 212536,241986 237246,00 109,6 (237246/109,6) 100 = 216465,331987 247093,26 113,6 (247093,26/113,6) 100 = 217511,671988 259915,57 118,3 (259915,57/118,3) 100 = 219708,851989 278894,69 124 (278894,69/124) 100 = 224915,071990 303903,31 130,7 (303903,31/130,7) 100 = 232519,751991 317292,42 136,2 (317292,42/136,2) 100 = 232960,661992 319253,17 140,3 (319253,17/140,3) 100 = 227550,371993 325125,40 144,5 (325125,40/144,5) 100 = 225000,281994 341287,19 148,2 (341287,19/148,2) 100 = 230288,251995 354122,30 152,4 (354122,30/152,4) 100 = 232363,711996 369334,17 156,9 (369334,17/156,9) 100 = 235394,63Percebemos claramente que os valores após a <strong>de</strong>flação estão substancialmente abaixo dos valoresoriginais, indicando que o aumento nos gastos anuais com alimentação não foi muito gran<strong>de</strong>.Vejamos o gráfico da série acima, incluindo os valores <strong>de</strong> 1971 a 1982 também.


1971197319751977197919811983198519871989199119931995INE 7001 - Números Índices 11400000.00350000.00300000.00250000.00200000.00150000.00100000.0050000.000.00Observe como as duaslinhas têm inclinaçõesdiferentes: os gastoscom alimentaçãosubiram bastante <strong>de</strong>1971 a 1996, nãoporque o povo dosEUA esteja realmenteconsumindo maisprodutos, mas porquehouve uma inflaçãoconsi<strong>de</strong>rável noperíodo.AlimentaçãoAlimentação DeflacionadaFigura 1 - Gastos com alimentação nos EUA: dados originais e <strong>de</strong>flacionados5.5 - Índices brasileiros e internacionaisApresentaremos agora uma síntese <strong>de</strong> alguns números índices utilizados no Brasil e noexterior. Não há a pretensão <strong>de</strong> esgotar o assunto, o leitor interessado po<strong>de</strong>rá encontrar mais<strong>de</strong>talhes sobre os índices citados, e sobre outros, nas referências apresentadas no final <strong>de</strong>sta seçãoou em outras fontes.Vamos abordar onze índices: INPC e IPCA do IBGE, IPC da FIPE, IGP-M e IGP-DI daFundação Getúlio Vargas, ICV do DIEESE, CUB, IPC do ITAG, IBOVESPA, média industrialDow Jones, e índice Nasdaq composto. Serão apresentados também gráficos mostrando a flutuação<strong>de</strong>stes índices nos últimos anos.


INE 7001 - Números Índices 12Figura 2 - Principais Índices <strong>de</strong> Preços do BrasilApenas uma atualização: o INPC do IBGE hoje analisa as famílias com renda <strong>de</strong> 1 a 6 (SEIS)salários mínimos, e não 8 conforme na Figura 2.


INE 7001 - Números Índices 135.5.1 - Índice Nacional <strong>de</strong> Preços ao Consumidor – INPCa) DefiniçãoMedida síntese do movimento <strong>de</strong> preços <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> mercadorias, chamado "Cesta <strong>de</strong> Mercadorias",representativo <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado grupo populacional, em um certo período <strong>de</strong> tempo. Me<strong>de</strong> a variação docusto <strong>de</strong> vida das famílias com rendimento assalariado mensal <strong>de</strong> 1 a 8 salários mínimos, queresi<strong>de</strong>m na área urbana das regiões pesquisadas. A Pesquisa <strong>de</strong> Orçamentos Familiares realizada em2002/2003 recomendou a mudança da população famílias com rendimento assalariado mensal <strong>de</strong> 1a 6 salários mínimos. Dados disponíveis (índice nacional) <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1981, sendo que a última mudançalevou a base para <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1993. Muito utilizado em dissídios coletivos.b) Instituição responsávelFundação Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e Estatística – IBGE.c) Abrangência geográfica: regiões metropolitanas do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte,Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além do Distrito Fe<strong>de</strong>ral e do município<strong>de</strong> Goiânia.d) MetodologiaOs índices são calculados para cada região. Os preços obtidos são os efetivamente cobrados aoconsumidor, para pagamento à vista. A Pesquisa é realizada em estabelecimentos comerciais,prestadores <strong>de</strong> serviços, domicílios e concessionárias <strong>de</strong> serviços públicos. A partir dos preçoscoletados mensalmente, obtém-se, na primeira etapa <strong>de</strong> síntese, as estimativas dos movimentos <strong>de</strong>preços referentes a cada produto pesquisado. Tais estimativas são obtidas através do cálculo damédia aritmética simples <strong>de</strong> preços dos locais da amostra do produto que, comparadas em doismeses consecutivos, resultam no relativo das médias. Agregando-se os relativos dos produtosatravés da média geométrica é calculada a variação <strong>de</strong> preços <strong>de</strong> cada subitem, que se constitui namenor agregação do índice que possui pon<strong>de</strong>ração explícita. Os itens integrantes:TIPO DE GASTOS PESO % (JUNHO DE 2006) PESO % (JANEIRO DE 2009)Alimentação e bebidas 28,39 27,3Habitação 20,08 16,4Artigos <strong>de</strong> residência 6,87 6,5Vestuário 6,09 7,6Transportes 18,52 18,3Saú<strong>de</strong> e cuidados pessoais 9,09 9,8Despesas pessoais 6,3 6,5Educação 2,74 2,7Comunicação 1,93 5,0TOTAL 100 100O peso relativo <strong>de</strong> cada grupo é reestimado mensalmente, consi<strong>de</strong>rando-se a cesta <strong>de</strong> consumo nadata-base e a variação relativa dos preços dos bens e serviços do grupo. A partir daí é aplicada afórmula Laspeyres, obtendo-se todos os <strong>de</strong>mais níveis <strong>de</strong> agregação da estrutura item, subgrupo,grupo e, por fim, o índice geral da região.Os índices nacionais - INPC são calculados a partir dos resultados dos índices regionais, utilizandosea média aritmética pon<strong>de</strong>rada. A variável <strong>de</strong> pon<strong>de</strong>ração do INPC é a "população resi<strong>de</strong>nteurbana" (Contagem Populacional 1996) e a do IPCA "rendimento total urbano" (Pesquisa Nacionalpor Amostra <strong>de</strong> Domicílios - PNAD/96).e) Atualida<strong>de</strong> da pesquisaPesquisa <strong>de</strong> Orçamentos Familiares – POF: última edição realizada entre 2008 e 2009, e cujosresultados foram implantados a partir <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2012.Pesquisa <strong>de</strong> Locais <strong>de</strong> Compra – PLC: realizada no período <strong>de</strong> maio a junho <strong>de</strong> 1988. Forneceu ocadastro <strong>de</strong> informantes da pesquisa, cuja manutenção é contínua.Pesquisa <strong>de</strong> Especificação <strong>de</strong> Produtos e Serviços – PEPS: realizada na época <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong>cada uma das regiões para todos os produtos e serviços constantes da estrutura <strong>de</strong> pon<strong>de</strong>rações.


INE 7001 - Números Índices 14Forneceu o cadastro <strong>de</strong> produtos e serviços pesquisado, que é permanentemente atualizado com oobjetivo <strong>de</strong> acompanhar a dinâmica <strong>de</strong> mercado.f) Período <strong>de</strong> coleta: mês calendário.5.5.2 - Índice Nacional <strong>de</strong> Preços ao Consumidor Amplo – IPCAa) DefiniçãoMedida síntese do movimento <strong>de</strong> preços <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> mercadorias, chamado "Cesta <strong>de</strong> Mercadorias",representativo <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado grupo populacional, em um certo período <strong>de</strong> tempo. Reflete a variaçãodos preços das cestas <strong>de</strong> consumo das famílias com recebimento mensal <strong>de</strong> 1 a 40 salários mínimos,qualquer que seja a fonte. É utilizado pelo Banco Central do Brasil para o acompanhamento dos objetivosestabelecidos no sistema <strong>de</strong> metas <strong>de</strong> inflação, adotado a partir <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1999, para o balizamento dapolítica monetária.b) Instituição responsávelFundação Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e Estatística – IBGE.c) Abrangência geográfica: regiões metropolitanas do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte,Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além do Distrito Fe<strong>de</strong>ral e do município<strong>de</strong> Goiânia.d) MetodologiaOs índices são calculados para cada região. Os preços obtidos são os efetivamente cobrados aoconsumidor, para pagamento à vista. A Pesquisa é realizada em estabelecimentos comerciais,prestadores <strong>de</strong> serviços, domicílios e concessionárias <strong>de</strong> serviços públicos. A partir dos preçoscoletados mensalmente, obtém-se, na primeira etapa <strong>de</strong> síntese, as estimativas dos movimentos <strong>de</strong>preços referentes a cada produto pesquisado. Tais estimativas são obtidas através do cálculo damédia aritmética simples <strong>de</strong> preços dos locais da amostra do produto que, comparadas em doismeses consecutivos, resultam no relativo das médias. Agregando-se os relativos dos produtosatravés da média geométrica é calculada a variação <strong>de</strong> preços <strong>de</strong> cada subitem, que se constitui namenor agregação do índice que possui pon<strong>de</strong>ração explícita. A pon<strong>de</strong>ração dos itens é diferente dado INPC, porque a população objetivo tem uma maior abrangência <strong>de</strong> renda. Os itens integrantes:TIPO DE GASTOS PESO % (JUNHO DE 2006) PESO % (JANEIRO DE 2009)Alimentação e bebidas 21,25 22,1Habitação 16,63 14,3Artigos <strong>de</strong> residência 5,18 5,4Vestuário 5,42 6,2Transportes 22,63 22,0Saú<strong>de</strong> e cuidados pessoais 10,68 11,1Despesas pessoais 9,25 9,2Educação 5,02 4,2Comunicação 3,93 5,6TOTAL 100 100Para a obtenção dos índices dos itens, exceto para os sazonais alimentícios (para os quais é usada afórmula <strong>de</strong> Paasche), emprega-se a fórmula <strong>de</strong> Laspeyres. O índice <strong>de</strong> Laspeyres, para medida domovimento <strong>de</strong> preços entre dois momentos t (período <strong>de</strong> referência) e o (período base), tal como noINPC.Os índices nacionais - IPCA são calculados a partir dos resultados dos índices regionais, utilizandosea média aritmética pon<strong>de</strong>rada. Para o IPCA, até maio <strong>de</strong> 1989, os pesos basearam-se nos dados<strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa total corrente da pesquisa ENDEF. Após a re<strong>de</strong>finição da estrutura <strong>de</strong> pon<strong>de</strong>rações, emjunho <strong>de</strong> 1989, os pesos basearam-se na variável rendimento total urbano <strong>de</strong> cada área, obtidaatravés da PNAD/87. A partir <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1994, os pesos utilizados tiveram como base os dadosobtidos através da PNAD/90. O critério utilizado para <strong>de</strong>finição da abrangência geográfica dospesos é o mesmo adotado para o INPC.


INE 7001 - Números Índices 15Pesquisa <strong>de</strong> Orçamentos Familiares – POF: última edição realizada entre 2008 e 2009, e cujosresultados foram implantados a partir <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2012.Pesquisa <strong>de</strong> Locais <strong>de</strong> Compra – PLC: realizada no período <strong>de</strong> maio a junho <strong>de</strong> 1988. Forneceu ocadastro <strong>de</strong> informantes da pesquisa, cuja manutenção é contínua.Pesquisa <strong>de</strong> Especificação <strong>de</strong> Produtos e Serviços – PEPS: realizada na época <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong>cada uma das regiões para todos os produtos e serviços constantes da estrutura <strong>de</strong> pon<strong>de</strong>rações.Forneceu o cadastro <strong>de</strong> produtos e serviços pesquisado, que é permanentemente atualizado com oobjetivo <strong>de</strong> acompanhar a dinâmica <strong>de</strong> mercado.f) Período <strong>de</strong> coleta: mês calendário.g) IPCA-15. Variação do IPCA, cuja série foi iniciada em 2000, coletando dados do dia 16 do mêsanterior ao dia 15 do mês <strong>de</strong> referência, sendo divulgado até o dia 25 do mês <strong>de</strong> referência. Trata-se<strong>de</strong> uma forma <strong>de</strong> apresentar o comportamento dos preços <strong>de</strong>ntro do mês, semelhante ao processoadotado pela FIPE. Criado especialmente para a correção da UFIR, sendo divulgadotrimestralmente.5.5.3 - Índice <strong>de</strong> Preços ao Consumidor da FIPE – IPC – FIPEa) DefiniçãoMe<strong>de</strong> a variação do custo <strong>de</strong> vida das famílias com renda <strong>de</strong> 1 a 20 salários mínimos do município<strong>de</strong> São Paulo. Dados disponíveis <strong>de</strong>s<strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1939.b) Instituição responsávelFIPE - Fundação Instituto <strong>de</strong> Pesquisas Econômicasc) Abrangência geográfica: apenas o município <strong>de</strong> São Paulo, mas respon<strong>de</strong> por 35% dos índices <strong>de</strong>preços ao consumidor nacionais <strong>de</strong>vido a gran<strong>de</strong> representativida<strong>de</strong> da cida<strong>de</strong> na economianacional.d) MetodologiaPara o cálculo das variações quadrissemanais, leva-se em consi<strong>de</strong>ração a amostra total do IPCmensal <strong>de</strong> aproximadamente 110.000 tomadas <strong>de</strong> preços, que é subdividida em quatro subamostras,cada uma <strong>de</strong>las pesquisadas em um período <strong>de</strong> no mínimo 07 e no máximo 08 dias, que constituema SEMANA <strong>de</strong> coleta. O sistema <strong>de</strong> cálculo sempre abrange um período total <strong>de</strong> 08 SEMANAS eas variações são obtidas fazendo-se a divisão dos preços médios das 4 SEMANAS <strong>de</strong> referênciapelos preços médios das 4 SEMANAS anteriores (base). Desta forma, para se obter uma sériesequencial <strong>de</strong> índices quadrissemanais, consi<strong>de</strong>ra-se sempre 8 SEMANAS incluindo-se no cálculoas informações sobre os preços coletados na última SEMANA automaticamente, eliminando-se daoperação os dados referentes à SEMANA mais antiga. São apresentadas, portanto, 3 prévias duranteo mês, sendo a 4ª quadrissemana o resultado <strong>de</strong>finitivo do mês.e) Atualida<strong>de</strong> da pesquisaO sistema <strong>de</strong> pesos foi alterado pela última vez com base em pesquisa <strong>de</strong> orçamentos familiaresrealizada em 1998/99, cujos resultados foram incorporados às coletas <strong>de</strong> preços a partir <strong>de</strong> janeiro<strong>de</strong> 2000. O atual sistema contempla os seguintes grupos e respectivos pesos: Alimentação (22,7%),Habitação (32,8%), Despesas Pessoais (12,3%), Vestuário (5,3%), Transportes (16,0%), Saú<strong>de</strong>(7,1%) e Educação (3,8%). Uma nova pesquisa está em curso <strong>de</strong>s<strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2008, e a partir <strong>de</strong>2011 a FIPE preten<strong>de</strong> atualizar constantemente as pon<strong>de</strong>rações.5.5.4 - Índice Geral <strong>de</strong> Preços – Disponibilida<strong>de</strong> Interna da Fundação Getúlio Vargas– IGP – DI – FGVa) Definição


INE 7001 - Números Índices 16O IGP-DI/FGV foi instituído em 1944 com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> medir o comportamento <strong>de</strong> preços emgeral da economia brasileira. É a média pon<strong>de</strong>rada <strong>de</strong> seus três índices componentes (IPA-DI, IPC eINCC, com pesos <strong>de</strong> 60%, 30% e 10%, respectivamente). Difere do IGP-M especialmente pelaperiodicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> coleta, que aqui coinci<strong>de</strong> com o mês calendário. É muito usado na correção <strong>de</strong>preços administrados (como as tarifas telefônicas, por exemplo). Foi o índice oficial <strong>de</strong> inflação doBrasil até novembro <strong>de</strong> 1985 (quando foi substituído pelo IPCA do IBGE).b) InstituiçãoFundação Getúlio Vargasc) Abrangência geográfica: o IPA-M e INCC-M são pesquisados nas principais capitais do país,enquanto que o IPC-M abrange os municípios do Rio <strong>de</strong> Janeiro e São Paulo.d) MetodologiaDI ou Disponibilida<strong>de</strong> Interna é a consi<strong>de</strong>ração das variações <strong>de</strong> preços que afetam diretamente asativida<strong>de</strong>s econômicas localizadas no território brasileiro. Não se consi<strong>de</strong>ra a variação <strong>de</strong> preços dosprodutos exportada que é consi<strong>de</strong>rado somente no caso da variação no aspecto <strong>de</strong> Oferta Global. Ochamado IGP-10, me<strong>de</strong> a variação entre os dias 11 <strong>de</strong> um mês ao dia 10 (inclusive) do mêssubseqüente. Mas não é válido como índice mensal por englobar cálculos <strong>de</strong> dois meses. É maisutilizado para estudos econômicos e outras ativida<strong>de</strong>s correlatas. O IGP-DI me<strong>de</strong> a variação dospreços conforme acima <strong>de</strong>scrito no período do primeiro ao último dia <strong>de</strong> cada mês <strong>de</strong> referência.Portanto este índice me<strong>de</strong> a variação <strong>de</strong> preços <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado mês por completo. O IGP-DI/FGV é calculado mensalmente pela FGV. Maiores <strong>de</strong>talhes da metodologia somente sãodisponíveis mediante pagamento.e) Índices componentese.1 O IPA é um índice <strong>de</strong> preços no atacado <strong>de</strong> abrangência nacional. Além do índice geral, o IPA<strong>de</strong>sdobra-se em outros subíndices, divididos em dois conjuntos:a) segundo a origem <strong>de</strong> produção: agrícola, com peso <strong>de</strong> 29%; e industrial, com peso <strong>de</strong>71%, totalizando 66 subitens <strong>de</strong> preços;b) segundo o <strong>de</strong>stino: consumo (34%) e produção (66%), com 17 subitens.O sistema <strong>de</strong> pesos do IPA adota, como base <strong>de</strong> cálculo, dados censitários sobre produção,exportação e importação. A atual estrutura <strong>de</strong> pesos está baseada nos dados do Censo Agropecuário<strong>de</strong> 1996 e do PIB <strong>de</strong> 1999. A coleta <strong>de</strong> preços obe<strong>de</strong>ce a dois critérios, aplicados para os produtosagropecuários e industriais. Na pesquisa <strong>de</strong> preços <strong>de</strong> produtos agropecuários, as cotações sãolevantadas <strong>de</strong> forma eletrônica, por meio <strong>de</strong> boletins diários do Sistema Nacional <strong>de</strong> Informação <strong>de</strong>Mercado Agrícola (SIMA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. No caso dosprodutos industriais, os preços são coletados por meio <strong>de</strong> pesquisa telefônica junto às empresas <strong>de</strong><strong>de</strong>staque no fornecimento <strong>de</strong> cada item, tomando-se como base os valores constantes em suas listas<strong>de</strong> preços.e.2 Até 1989, o IPC era calculado apenas para a cida<strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro, abrangendo famílias comrenda entre 1 e 5 salários mínimos. A partir <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1990, ce<strong>de</strong>u lugar ao IPC-Br, calculadopara o extrato <strong>de</strong> famílias com renda entre 1 e 33 salários mínimos. Des<strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2001, passou ater abrangência nacional, cobrindo doze das principais capitais do país. No cálculo agregado,atribui-se a cada um dos doze municípios um peso fixo, que equivale à participação da populaçãoresi<strong>de</strong>nte em 1996.Região Pon<strong>de</strong>ração (%)Belém 4,02Belo Horizonte 7,34Brasília 1,04


INE 7001 - Números Índices 17Curitiba 5,18Florianópolis 0,95Fortaleza 6,9Goiânia 3,52Porto Alegre 4,53Recife 4,73Rio <strong>de</strong> Janeiro 19,49Salvador 7,76São Paulo 34,54TOTAL 100O índice geral é composto por sete subíndices: alimentação; habitação; vestuário; saú<strong>de</strong> e cuidadospessoais; educação, leitura e recreação; transporte e <strong>de</strong>spesas diversas. A cesta <strong>de</strong> consumo, a partirda qual se <strong>de</strong>finiram os bens incluídos no índice e sua respectiva pon<strong>de</strong>ração, foi <strong>de</strong>finida por meioda pesquisa <strong>de</strong> orçamentos familiares efetuada em 1999/2000. Des<strong>de</strong> 2003, a FGV vem divulgandoo IPC-S (semanal), a exemplo dos indicadores quadrissemanais do IPC-Fipe.e.3 O INCC me<strong>de</strong> a evolução mensal <strong>de</strong> custos <strong>de</strong> construções habitacionais, a partir da média dosíndices <strong>de</strong> doze regiões metropolitanas. Para cada região, o INCC é calculado com base em umaamostra <strong>de</strong> custos <strong>de</strong> insumos (materiais, serviços e mão-<strong>de</strong>-obra) com representativida<strong>de</strong> para aindústria da construção civil. Além do índice geral, o INCC <strong>de</strong>sdobra-se em dois subíndices: índice<strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra (64 itens) e índice <strong>de</strong> materiais e serviços (659 itens). Os pesos regionais levam emconta as estatísticas <strong>de</strong> licenças <strong>de</strong> “habite-se” (área edificada). Os preços são apurados junto aatacadistas, gran<strong>de</strong>s varejistas e construtoras. A coleta conta também com informaçõescomplementares fornecidas pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), por meio <strong>de</strong>sindicatos (SINDUSCON: CUB) e associações.5.5.5 - Índice Geral <strong>de</strong> Preços <strong>de</strong> Mercado da Fundação Getúlio Vargas – IGP- M –FGVa) DefiniçãoFoi criado com o objetivo <strong>de</strong> ser um indicador confiável para as operações financeiras,especialmente as <strong>de</strong> longo prazo, sendo utilizado para correções <strong>de</strong> Notas do Tesouro Nacional(NTN) dos tipos B e C e para os CDB pós-fixados com prazos acima <strong>de</strong> um ano. Me<strong>de</strong> a variação<strong>de</strong> preços no mercado <strong>de</strong> atacado, <strong>de</strong> consumo e construção civil. Este índice é formado pela somapon<strong>de</strong>rada <strong>de</strong> outros três índices: IPA-M (índice <strong>de</strong> preços ao atacado) com peso <strong>de</strong> 60 por cento;IPC-M (índice <strong>de</strong> preços ao consumidor) com peso <strong>de</strong> 30 por cento; e INCC-M (índice nacional <strong>de</strong>construção civil) com peso <strong>de</strong> 10 por cento. O IGP-M consi<strong>de</strong>ra todos os produtos disponíveis nomercado, inclusive o que é importado. Difere do IGP-DI pelo período <strong>de</strong> coleta.b) InstituiçãoFundação Getúlio Vargas.c) Abrangência geográfica: mesma do IGP-DI.d) MetodologiaOs preços pesquisados pertencem a uma cesta <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> famílias com renda <strong>de</strong> até trinta e trêssalários mínimos. Para elaboração do IGP-M, a coleta <strong>de</strong> preços é realizada entre o dia 21 do mêsanterior e o dia 20 do mês <strong>de</strong> referência. A apuração do índice é efetuada em três etapas: 1º<strong>de</strong>cêndio, 2º <strong>de</strong>cêndio e 3º <strong>de</strong>cêndio. O 1o <strong>de</strong>cêndio compara os preços dos primeiros 10 dias doperíodo e os preços dos 30 dias do período anterior. O 2o <strong>de</strong>cêndio compara os preços dos primeiros20 dias do período e os 30 dias do período anterior. O 3o <strong>de</strong>cêndio compara os preços dos 30 diasdo período e os 30 dias do período anterior. Portanto, os dois primeiros <strong>de</strong>cêndios são consi<strong>de</strong>radosresultados parciais, e o 3o é o resultado <strong>de</strong>finitivo do índice do mês. Maiores <strong>de</strong>talhes dametodologia somente são disponíveis mediante pagamento.


INE 7001 - Números Índices 185.5.6 - Índice <strong>de</strong> Custo <strong>de</strong> Vida do DIEESE – ICVa) DefiniçãoÉ um número índice que tem como objetivo medir o movimento dos preços <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> bense serviços que formam uma cesta <strong>de</strong> consumo fixa, com itens e quantida<strong>de</strong>s apurada através <strong>de</strong> umapesquisa <strong>de</strong> orçamento familiar – POF, nos seus segmentos finais <strong>de</strong> comercialização, entre ummês civil e o seu anterior. Sua principal utilida<strong>de</strong> é medir é apurar o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra <strong>de</strong>stes bens eserviços pelos trabalhadores (levando-se em consi<strong>de</strong>ração diferentes faixas salariais) e servir <strong>de</strong>base para negociações <strong>de</strong> melhores salários, ou ainda para o cálculo da inflação. A populaçãoobjetivo é composta por famílias com renda entre 1 e 30 salários mínimos.b) Instituição<strong>Departamento</strong> Intersindical <strong>de</strong> Estatística e Estudos Sócio-Econômicos, DIEESE, mantido por cerca<strong>de</strong> 1000 participantes, incluindo as três gran<strong>de</strong>s centrais sindicais.c) Abrangência geográfica: apenas o município <strong>de</strong> São Paulo.d) MetodologiaUtiliza a fórmula <strong>de</strong> Laspeyres, supondo que não há substituição <strong>de</strong> bens. As quantida<strong>de</strong>s apuradas,quando da realização da POF, são mantidas constantes. A cesta <strong>de</strong> consumo fixa obtida na POFmantém-se, portanto, inalterada, até que nova pesquisa domiciliar seja realizada. Supõe-se rigi<strong>de</strong>znos hábitos <strong>de</strong> consumo. A atual composição dos grupos <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas para o cálculo do índice é oseguinte:- alimentação (27,44%);- habitação (23,52%);- equipamentos domésticos (6,13%);- transporte (13,62%);- vestuário (7,87%);- educação e leitura (6,91%);- saú<strong>de</strong> (8,18%);- recreação (2,08%);- <strong>de</strong>spesas pessoais (3,96%);- <strong>de</strong>spesas diversas (0,28%).e) Atualida<strong>de</strong> da pesquisaA última pesquisa <strong>de</strong> orçamentos familiares foi realizada em 1994/1995.5.5.7 - Custo Unitário Básico da construção civil – CUBa) DefiniçãoDetermina o custo global da obra para fins <strong>de</strong> cumprimento do estabelecido na lei <strong>de</strong> incorporação<strong>de</strong> edificações habitacionais em condomínio, assegurando aos compradores em potencial umparâmetro comparativo à realida<strong>de</strong> dos custos. Atualmente, a variação percentual mensal do CUBtem servido como mecanismo <strong>de</strong> reajuste <strong>de</strong> preços em contratos <strong>de</strong> compra <strong>de</strong> apartamentos emconstrução e até mesmo como índice setorial.b) InstituiçãoO Custo Unitário Básico (CUB) é calculado mensalmente pelos Sindicatos da Indústria daConstrução Civil <strong>de</strong> todo o país.c) Abrangência geográfica: Estadual.d) MetodologiaA NBR-12.721, que regula o cálculo do CUB, passou por profunda revisão em 2006, incluindonovos tipos <strong>de</strong> projetos, resultando em oito tipos <strong>de</strong> edificações, sendo <strong>de</strong>finidos 25 materiais, 2


INE 7001 - Números Índices 19categorias profissionais, 1 equipamento e custo administrativo. Segundo o SINDUSCON-Florianópolis “são pesquisados preços “<strong>de</strong> prateleira”, CIF na Gran<strong>de</strong> Florianópolis, com o maiornúmero <strong>de</strong> fornecedores possíveis. Os valores <strong>de</strong> mão <strong>de</strong> obra são pesquisados pelos Sindicatos <strong>de</strong>Blumenau, Chapecó, Criciúma, Florianópolis, Itajaí, Joinville, Lages e Balneário Camboriúadotando-se como parâmetro <strong>de</strong> pon<strong>de</strong>ração da participação <strong>de</strong> cada um <strong>de</strong>les a área construída nasprincipais cida<strong>de</strong>s da base territorial <strong>de</strong> cada um, informada pelo CREA”. Os padrões <strong>de</strong>acabamento e número <strong>de</strong> pavimento são:- Resi<strong>de</strong>ncial baixo (1, 4, 8 pavimentos, e projeto <strong>de</strong> interesse social);- Resi<strong>de</strong>ncial normal (1, 4, 8 e 16 pavimentos);- Resi<strong>de</strong>ncial alto (1, 8 e 16 pavimentos);- Comercial normal (1, 8 e 16 pavimentos);- Comercial alto (1, 8, e 16 pavimentos);- Galpão industrial;- Residência popular.5.5.8 - Índice <strong>de</strong> Preços ao consumidor do ITAGa) DefiniçãoO índice <strong>de</strong> Preços ao Consumidor produzido pelo ITAG, constitui uma estimativa da evoluçãomédia dos preços <strong>de</strong> 319 bens e serviços, componentes da cesta <strong>de</strong> consumo típica das famíliasresi<strong>de</strong>ntes no município <strong>de</strong> Florianópolis e pertencentes à faixa <strong>de</strong> renda <strong>de</strong> 1 a (+) <strong>de</strong> 20 saláriosmínimos.b) InstituiçãoITAG – Instituto Técnico <strong>de</strong> Administração e Gerência, vinculado ao Centro <strong>de</strong> Ciências daAdministração da UDESC. O ITAG iniciou a publicação <strong>de</strong> sua estimativa do IPC-Fpolis, em julho<strong>de</strong> 1968.c) Abrangência geográfica: município <strong>de</strong> Florianópolis.d) MetodologiaA pesquisa <strong>de</strong> Orçamento, bem como, o cálculo do índice mensal, estão organizados em quatrodiferentes níveis <strong>de</strong> agregação, o maior <strong>de</strong>les correspon<strong>de</strong> às gran<strong>de</strong>s categorias <strong>de</strong> consumofamiliar:ALIMENTAÇÃO (59,0939%) – Alimentação no domicílio, Alimentação fora do domicílio.PRODUTOS NÃO ALIMENTARES (18,3883%) – Vestuário, Artigos <strong>de</strong> residência, Produtos <strong>de</strong>assistência à saú<strong>de</strong> e higiene, Produtos <strong>de</strong> uso pessoal. SERVIÇOS PÚBLICOS (4,3751%) –Serviços públicos, transportes. OUTROS SERVIÇOS (18,1427%) – Serviços <strong>de</strong> residência,Habitação, Serviços <strong>de</strong> assistência à saú<strong>de</strong>, Serviços <strong>de</strong> caráter pessoal.O cálculo do IPC-Fpolis se baseia no cômputo <strong>de</strong> aproximadamente 14.000 mil preços coletadosmensalmente. O período <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> preços abrange do primeiro ao último dia do mês <strong>de</strong>referência. Neste intervalo, são aplicados, através <strong>de</strong> uma equipe <strong>de</strong> 15 (quinze) pesquisadores e 1(um) repesquisador, cerca <strong>de</strong> 254 questionários a uma amostra <strong>de</strong> 126 estabelecimentos comerciaise <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços. A pesquisa <strong>de</strong> preços para o "Sub-grupo" ALIMENTAÇÃO DODOMICÍLIO é realizada semanalmente, isto é, os estabelecimentos pesquisados neste sub-gruporecebem <strong>de</strong> 4 (quatro) a 5 (cinco) visitas dos coletadores ao longo do mesmo período <strong>de</strong> coleta.Os <strong>de</strong>mais estabelecimentos cobertos pela pesquisa são visitados apenas uma vez a cada período <strong>de</strong>coleta. No cálculo do IPC-Fpolis, é utilizada a fórmula <strong>de</strong> Laspeyres modificada, <strong>de</strong> base móvel,com correção das pon<strong>de</strong>rações pelo custo do mês anterior.e) Atualida<strong>de</strong> da pesquisaA estrutura <strong>de</strong> pon<strong>de</strong>rações presentemente utilizada foi obtida, a partir <strong>de</strong> Pesquisas <strong>de</strong> OrçamentosFamiliares, realizadas no <strong>de</strong>correr do ano <strong>de</strong> 1987 junto a 382 famílias, escolhidas aleatoriamente.


INE 7001 - Números Índices 20Para maiores informações sobre os índices <strong>de</strong> preços ao consumidor, e comparação entremetodologias e pon<strong>de</strong>rações ver TRICHÊS, D., FURLANETO, A. V. DA R., ANÁLISECOMPARATIVA DOS INDICADORES QUE MEDEM A INFLAÇÃO NA ECONOMIABRASILEIRA, PESQUISA & DEBATE, SP, volume 16, n. 1(27), pp. 179-200, 2005, disponívelemhttp://www.pucsp.br/pos/ecopol/admin/publicacoes/arquivos/revista/27162005/P&D%2027%20cap%2006.pdf, acessado em 6/11/2007.5.5.9 - Índice IBOVESPA da Bolsa <strong>de</strong> Valores do Estado <strong>de</strong> São Pauloa) DefiniçãoO Índice Bovespa é o valor atual, em moeda corrente, <strong>de</strong> uma carteira teórica <strong>de</strong> ações, constituídaem 02/01/1968, a partir <strong>de</strong> uma aplicação hipotética. Supõe-se não ter sido efetuado nenhuminvestimento adicional, consi<strong>de</strong>rando-se somente a reinversão dos divi<strong>de</strong>ndos recebidos, e do totalapurado com a venda dos direitos <strong>de</strong> subscrição, além da manutenção, em carteira, das açõesrecebidas a título <strong>de</strong> bonificação. Representa fielmente não só o comportamento médio dos preçosdas principais ações, servindo como orientação para o mercado, como também o perfil dasnegociações a vista observadas nos pregões da Bolsa <strong>de</strong> Valores <strong>de</strong> São Paulo – Bovespa, sendocalculado em tempo real.b) InstituiçãoA Bolsa <strong>de</strong> Valores <strong>de</strong> São Paulo é uma entida<strong>de</strong> auto-reguladora que opera sob a supervisão daComissão <strong>de</strong> Valores Mobiliários (CVM). Atualmente, a BOVESPA é o maior centro <strong>de</strong>negociação com ações da América Latina, <strong>de</strong>staque que culminou com um acordo histórico para aintegração <strong>de</strong> todas as bolsas brasileiras em torno <strong>de</strong> um único mercado <strong>de</strong> valores - o daBOVESPA.c) Abrangência geográfica: nacional, pois ações <strong>de</strong> companhias abertas que operam em todo o paíssão negociadas e po<strong>de</strong>m vir a fazer parte do índice.d) MetodologiaO Índice Bovespa nada mais é do que o somatório dos pesos (quantida<strong>de</strong> teórica da açãomultiplicada pelo último preço da mesma) das ações integrantes da sua carteira teórica. Assimsendo, po<strong>de</strong> ser apurado, a qualquer momento, por meio da seguinte fórmula:IbovespaTni1P iQ, ti,tOn<strong>de</strong> : Ibovespa T = índice Bovespa no instante T; n = número total <strong>de</strong> ações componentes dacarteira teórica; P = último preço da ação i no instante T; Q = quantida<strong>de</strong> teórica da ação i nacarteira no instante T.Para que uma ação seja incluída no Índice Bovespa é necessário que ela atenda, simultaneamente,aos seguintes parâmetros, sempre com relação aos 12 (doze) meses anteriores:1) estar incluída em uma relação <strong>de</strong> ações resultantes da soma, em or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>crescente, dos índices<strong>de</strong> negociabilida<strong>de</strong> até 80% do valor da soma <strong>de</strong> todos os índices individuais;2) apresentar participação, em termos <strong>de</strong> volume, superior a 0,1% do total;3) ter sido negociada em mais <strong>de</strong> 80% do total <strong>de</strong> pregões do período.Quadrimestralmente é feita a recomposição da participação <strong>de</strong> cada papel no índice IBOVESPA.


INE 7001 - Números Índices 21Empresas que fazem parte do Índice <strong>de</strong> setembro a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2013:Ação Tipo % Setor Ação Tipo (%) SetorANHANGUERA ON 0,69 Educação CIA HERING ON 1,007 TêxtilALL AMER LAT ON 0,761 Logística HYPERMARCAS ON 1,263 ConsumoAMBEV PN 1,634 Bebidas ITAUSA PN 2,638 FinanceiroBRASIL ON 2,713 Financeiro ITAUUNIBANCO PN 4,445 FinanceiroBRADESCO ON 0,812 Financeiro JBS ON 0,899 AlimentosBRADESCO PN 3,601 Financeiro KLABIN S/A PN 0,799 Papel e celuloseBROOKFIELD ON 0,649 Imobiliário KROTON ON 0,701 EducaçãoBRADESPAR PN 0,767 Financeiro LOJAS AMERIC PN 0,826 VarejoBRF SA ON 1,369 Alimentos LIGHT S/A ON 0,408 EnergiaBRASKEM PNA 0,748 Petroquímico LLX LOG ON 0,58 LogísticaBR MALLS PAR ON 1,515 Shoppings LOJAS RENNER ON 0,907 VarejoBR PROPERT ON 0,798 Imobiliário MMX MINER ON 0,811 MineraçãoB2W DIGITAL ON 0,358 Varejo MARFRIG ON 0,733 AlimentosBMFBOVESPA ON 2,845 Financeiro MRV ON 1,338 ImobiliárioCCR SA ON 1,53 Rodovias NATURA ON 1,084 CosméticosCESP PNB 0,498 Energia OGX PETROLEO ON 5,479 PetróleoCIELO ON 1,556 Financeiro OI ON 0,335 TelefoniaCEMIG PN 1,674 Energia OI PN 1,307 TelefoniaCPFL ENERGIA ON 0,488 Energia P.ACUCAR-CBD PN 0,802 VarejoCOPEL PNB 0,402 Energia PDG REALT ON 2,235 ImobiliárioSOUZA CRUZ ON 0,669 Fumo PETROBRAS ON 2,691 PetróleoCOSAN ON 0,76 Sucro-alcooleiro PETROBRAS PN 7,41 PetróleoSID NACIONAL ON 1,639 Si<strong>de</strong>rúrgico LOCALIZA ON 0,647 Locação carrosCETIP ON 0,821 Financeiro ROSSI RESID ON 0,89 ImobiliárioCYRELA REALT ON 1,22 Imobiliário SANTANDER BR UNT 1,049 FinanceiroDASA ON 0,626 Saú<strong>de</strong> SABESP ON 0,788 SaneamentoDURATEX ON 0,61 Ma<strong>de</strong>ira e papel SUZANO PAPEL PNA 0,934 Papel e celuloseELETROBRAS ON 0,612 Energia TIM PART S/A ON 1,062 TelefoniaELETROBRAS PNB 0,692 Energia TRAN PAULIST PN 0,216 EnergiaELETROPAULO PN 0,602 Energia ULTRAPAR ON 0,769 PetroquímicoEMBRAER ON 0,785 Aeronáutico USIMINAS ON 0,193 Si<strong>de</strong>rúrgicoENERGIAS BR ON 0,679 Energia USIMINAS PNA 2,016 Si<strong>de</strong>rúrgicoFIBRIA ON 0,825 Papel e celulose V-AGRO ON 0,222 AlimentosGAFISA ON 1,319 Imobiliário VALE ON 2,526 MineraçãoGERDAU PN 2,348 Si<strong>de</strong>rúrgico VALE PNA 8,231 MineraçãoGERDAU MET PN 0,572 Metalúrgico TELEF BRASIL PN 0,878 TelefoniaGOL PN 0,694 Transporte aéreo - - - -5.5.10 - Média Industrial Dow Jonesa) DefiniçãoObjetiva representar ações <strong>de</strong> empresas sediadas nos EUA, empresas sólidas e rentáveis, excluindoos setores <strong>de</strong> transportes e serviços públicos. Série iniciada em 1896.b) InstituiçãoDow Jones In<strong>de</strong>xes, empresa responsável pelo cálculo e divulgação do índice.c) Abrangência geográfica: EUA, mas seu valor afeta os negócios ao redor do mundo.d) MetodologiaApenas 30 empresas são computadas no índice (28 negociadas na Bolsa <strong>de</strong> Nova Iorque e 2 naNasdaq), sua influência no valor sendo computado <strong>de</strong> acordo com o preço <strong>de</strong> suas ações em temporeal (hora <strong>de</strong> Nova Iorque, durante o período <strong>de</strong> funcionamento das Bolsas). Abaixo as empresas eseus pesos no índice, tal como em maio <strong>de</strong> 2010


INE 7001 - Números Índices 22Empresa3M Co.Alcoa Inc.American Express Co.AT&TBank of AmericaBoeing Co.Caterpillar Inc.ChevronCisco Systems Inc.Coca-Cola Co.E.I. DuPont <strong>de</strong> Nemours & Co.Exxon MobilGeneral Electric Co.Hewlett-PackardHome Depot Inc.Intel Corp.International Business Machines Corp.Johnson & JohnsonJPMorgan ChaseMcDonald's Corp.Merck & Co. Inc.Microsoft Corp.Pfizer Inc.Procter & Gamble Co.Travelers Cos.United Technologies Corp.UnitedHealth Group Inc.Verizon CommunicationsWal-Mart Stores Inc.Walt Disney Co.SetorIndústria diversificadaAlumínioFinanceiro (cartões <strong>de</strong> crédito)TelecomunicaçõesFinanceiro (bancos)AeroespacialVeículos comerciais e caminhõesPetróleoInformáticaBebidasQuímicoPetróleo e gásIndústria diversificadaHardware computacionalMaterial <strong>de</strong> construção para o larHardware computacionalServiços <strong>de</strong> informáticaFarmacêuticoFinanceiro (bancos)RestaurantesFarmacêuticoSoftwareFarmacêuticoProdutos domésticosSegurosAeroespacialPlanos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>TelecomunicaçõesLojas <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamentoEntretenimento5.5.11 - NASDAQ compostoa) DefiniçãoNão há apenas um único índice Nasdaq, mas vários, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do setor envolvido: composto,Índice 100, Índice 100 para bancos, financeiro, industrial, biotecnologia, informática, seguros, entreoutros, Alguns começaram a ser registrados em 1971. O mais importante é o Nasdaq – composto,com as cotações <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 4000 empresas <strong>de</strong> vários países, negociadas na bolsa Nasdaq. A basefoi mudada para 1985.b) InstituiçãoBolsa Nasdaq, mercado <strong>de</strong> ações que começou a operar em 1971, Atualmente, utilizando re<strong>de</strong>s <strong>de</strong>computadores e telecomunicações, sem se limitar a um único local <strong>de</strong> negociação,c) Abrangência geográfica: Mundiald) Metodologia. O índice mais importante é o Nasdaq – composite (Nasdaq composto). É um índicepon<strong>de</strong>rado por capitalização (e não por preço como o Dow Jones), sendo baseado no valor <strong>de</strong>mercado <strong>de</strong> todos os papéis que compõem o índice, O índice também é uma razão, baseada norelacionamento entre o valor total do mercado que compõe o índice atualmente e o valor total noprimeiro dia em que o índice foi calculado, Para obter o valor do índice divi<strong>de</strong>-se o valor atual <strong>de</strong>mercado (soma do produto do preço pelo total <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> cada papel) pelo valor <strong>de</strong> mercado noprimeiro dia do índice.


%%jan/1990jan/1980abr/1990jul/1980jan/1981jul/1990jul/1981jan/1982out/1990jul/1982jan/1983jan/1991jul/1983abr/1991jan/1984jul/1984jul/1991jan/1985jul/1985out/1991jan/1986jan/1992jul/1986jan/1987abr/1992jul/1987jan/1988jul/1992jul/1988out/1992jan/1989jul/1989jan/1993jan/1990jul/1990abr/1993jan/1991jul/1993jul/1991jan/1992out/1993jul/1992jan/1993jan/1994jul/1993jan/1994abr/1994jul/1994jul/1994INE 7001 - Números Índices 235.5.12 - Gráficos dos principais índicesSerão apresentados a seguir as séries históricas mensais <strong>de</strong> vários índices discutidos nestaseção. Para os índices brasileiros a apresentação será feita em duas partes: até julho <strong>de</strong> 1994 e apósagosto <strong>de</strong> 1994, quando cabível, <strong>de</strong>vido às gran<strong>de</strong>s mudanças nos valores por causa da implantaçãodo Plano Real. Os índices <strong>de</strong> preços são relativos <strong>de</strong> ligação, mostram a flutuação da inflação emrelação ao mês imediatamente anterior (índices do mercado financeiro mostram os pontos nofechamento <strong>de</strong> cada mês).IPCA, IGP-DI (janeiro <strong>de</strong> 1980 a julho <strong>de</strong> 1994)90,0080,0070,0060,0050,0040,0030,0020,0010,000,00-10,00MêsIPCAIGP-DIFigura 3 - Variações percentuais mensais do IPCA e IGP-DI <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1980 a julho <strong>de</strong> 1994.INPC, IGP-M e IPC da FIPE <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1990 a julho <strong>de</strong> 19949080706050403020100Figura 4 - Variações percentuais mensais do INPC, IGP-M e IPC da FIPE <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1990 a julho <strong>de</strong> 1994.MêsINPC IGP-M IPC FIPE


%ago/1994fev/1995ago/1995fev/1996ago/1996fev/1997ago/1997fev/1998ago/1998fev/1999ago/1999fev/2000ago/2000fev/2001ago/2001fev/2002ago/2002fev/2003ago/2003fev/2004ago/2004fev/2005ago/2005fev/2006ago/2006fev/2007ago/2007fev/2008ago/2008fev/2009ago/2009fev/2010INE 7001 - Números Índices 24Observe a escala vertical dos gráficos das Figuras 3 e 4: a inflação mensal chegou a atingirpicos <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 80%. Ou seja, se alguém tinha uma nota <strong>de</strong> R$100 no início do mês, ao findar omesmo mês a tal nota valeria apenas R$20... Na Figura 3 é possível ver as várias tentativas <strong>de</strong>“domar a inflação”, através <strong>de</strong> sucessivos planos econômicos, que tiveram sucesso durante algumtempo apenas:- no ano <strong>de</strong> 1986 (em fevereiro) foi lançado o plano Cruzado pelo então presi<strong>de</strong>nte José Sarney(atualmente senador pelo Amapá, e presi<strong>de</strong>nte do Senado), com o ministro da fazenda DílsonFunaro à frente, que manteve a inflação mensal abaixo <strong>de</strong> 10% até as eleições daquele ano...- em 1987, com novo ministro da Fazenda (Bresser Pereira, ex-dirigente do Pão <strong>de</strong> Açúcar, eposteriormente ministro do presi<strong>de</strong>nte Fernando Henrique Cardoso), Sarney lançou o plano Bresserque manteve a inflação mensal abaixo <strong>de</strong> 10% por 3 meses...- em 1989, ainda no governo Sarney, com novo ministro da fazenda (Maílson da Nóbrega,atualmente consultor e colunista da revista Veja), é lançado o plano Verão (que criou a URP, entreoutras coisas) que permitiu uma queda da inflação mensal <strong>de</strong> 35% (em janeiro) para 5% (em abril),mas em julho já havia ultrapassado 35% novamente...- os últimos meses do governo Sarney, com a incerteza sobre os resultados das eleiçõespresi<strong>de</strong>nciais, e após a eleição <strong>de</strong> Fernando Collor <strong>de</strong> Mello, com dúvidas sobre as medidaseconômicas que ele implantaria, causaram uma espiral inflacionária que atingiu o pico em fevereiro<strong>de</strong> 1990 com 82% (que po<strong>de</strong> ser visto na Figura 4 também);- Fernando Collor <strong>de</strong> Mello tomou posse em 15 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1990, e aplicou o plano Collor no diaseguinte, plano que literalmente confiscou todos os <strong>de</strong>pósitos em ca<strong>de</strong>rnetas <strong>de</strong> poupança acima <strong>de</strong>um certo valor e 20% <strong>de</strong> outras aplicações financeiras (os valores seriam restituídos, corrigidos, em18 meses...), para reduzir a circulação <strong>de</strong> moeda, que se achava a causa da inflação galopante;realmente, a inflação caiu para cerca <strong>de</strong> 8% em julho <strong>de</strong> 1990, mas começou a subir <strong>de</strong> novo,atingindo 21% em fevereiro <strong>de</strong> 1991; o plano Collor II, implantado em janeiro <strong>de</strong> 1991, resultou emnova redução temporária da inflação até maio <strong>de</strong> 1991, quando a ministra Zélia Cardoso <strong>de</strong> Melofoi substituída por Marcílio Marques Moreira;- até a implantação do plano Real, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte dos esforços, a inflação continuou crescendo,chegando a bater em 45% em junho <strong>de</strong> 1994.IPCA, INPC, IPC da FIPE <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1994 a fevereiro <strong>de</strong> 201043210-1-2MêsIPCA INPC IPC FIPEFigura 5 - Variações percentuais mensais do IPCA, INPC, e IPC da FIPE <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1994 a fevereiro <strong>de</strong> 2010


%%ago/1994fev/1995ago/1995fev/1996ago/1996ago/1994fev/1995ago/1995fev/1996ago/1996fev/1997ago/1997fev/1998ago/1998fev/1999ago/1999fev/2000fev/1997ago/1997fev/1998ago/1998fev/1999ago/1999fev/2000ago/2000fev/2001ago/2001fev/2002ago/2002fev/2003ago/2003fev/2004ago/2000fev/2001ago/2001fev/2002ago/2002fev/2003ago/2003fev/2004ago/2004fev/2005ago/2005fev/2006ago/2006fev/2007ago/2007ago/2004fev/2005ago/2005fev/2006ago/2006fev/2007ago/2007fev/2008ago/2008fev/2009ago/2009fev/2010fev/2008ago/2008fev/2009ago/2009fev/2010INE 7001 - Números Índices 25IGP-DI e IGP-M <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1994 a fevereiro <strong>de</strong> 201076543210-1-2MêsIGP-DIIGP-MFigura 6 - Variações percentuais mensais do IGP-DI e IGP-M <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1994 a fevereiro <strong>de</strong> 2010ICV DIEESE e IPC ITAG <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1994 a fevereiro <strong>de</strong> 20106543210-1-2MêsICV DIEESEIPC ITAGFigura 7 - Variações percentuais mensais do ICV-DIEESE e IPC do ITAG <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1994 a fevereiro <strong>de</strong> 2010Observando as figuras 5 a 7, po<strong>de</strong>-se chegar a conclusões interessantes sobre o período apósa implantação do plano Real.- observe a escala vertical dos gráficos, os valores mensais não ultrapassaram 6% em todo o períodosob análise, e salvo alguns sobressaltos permaneceram entre 0% e 2%, ou mesmo negativos;


%abr/2007mai/2007jun/2007jul/2007ago/2007set/2007out/2007nov/2007<strong>de</strong>z/2007jan/2008fev/2008mar/2008abr/2008mai/2008jun/2008jul/2008ago/2008set/2008out/2008nov/2008<strong>de</strong>z/2008jan/2009fev/2009mar/2009abr/2009mai/2009jun/2009jul/2009ago/2009set/2009out/2009nov/2009<strong>de</strong>z/2009jan/2010fev/2010mar/2010abr/2010INE 7001 - Números Índices 26- os valores <strong>de</strong> IPCA, INPC e IPC da FIPE apresentam gran<strong>de</strong> consistência, sendo praticamentecoinci<strong>de</strong>ntes, tal como IGP-DI e IGP-DI;- já ICV do DIEESE e IPC do ITAG apresentaram as maiores divergências, o que era esperado<strong>de</strong>vido ao primeiro referir-se à cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo e o segundo a Florianópolis, com realida<strong>de</strong>sbem distintas;- na figura 6 é possível observar claramente os sobressaltos da economia brasileira no período <strong>de</strong>agosto <strong>de</strong> 1994 a fevereiro <strong>de</strong> 2010 –# após tendência <strong>de</strong> queda <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1994 a fins <strong>de</strong> 1998, a inflação sofreu um pico emfevereiro <strong>de</strong> 1999, como reflexo da máxi-<strong>de</strong>svalorização do real praticada em janeiro <strong>de</strong>1999;# apresentou flutuação consi<strong>de</strong>rável no fim <strong>de</strong> 1999 e novamente em meados <strong>de</strong> 2000;# mas o gran<strong>de</strong> aumento ocorreu em 2002, durante a campanha presi<strong>de</strong>ncial, pois haviadúvidas sobre a política econômica em um possível governo Lula, e a especulação a respeito(e o conseqüente aumento da cotação do dólar) levou à inflação ao pico <strong>de</strong> 5,84% no IGP-DI<strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2002;# a manutenção da política econômica pelo governo Lula “acalmou” o mercado e a inflaçãochegou a <strong>de</strong>spencar para -1% no IGP-M <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2003.CUB em SC <strong>de</strong> 2007 a 20106543210-1MêsFigura 8 - Variações percentuais mensais do CUB em Santa Catarina <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2007 a abril <strong>de</strong> 2010A variação do CUB, mostrada na Figura 8, apresenta algumas peculiarida<strong>de</strong>s. Nos meses <strong>de</strong>junho (2007, 2008 e 2009) ocorrem os valores máximos, provavelmente porque o dissídio coletivoda construção civil (e o aumento do salário mínimo) ocorre em maio, refletindo nos aumentos doscustos em junho. Mas, houve um resultado inesperado em agosto <strong>de</strong> 2008 (igual a 2,78%). Éimportante ressaltar que os reajustes <strong>de</strong> muitos financiamentos <strong>de</strong> imóveis (especialmenteapartamentos) têm o CUB como in<strong>de</strong>xador principal.


out/1928out/1929out/1930out/1931out/1932out/1933out/1934out/1935out/1936out/1937out/1938out/1939out/1940out/1941out/1942out/1943out/1944out/1945out/1946out/1947out/1948out/1949out/1950out/1951out/1952out/1953out/1954out/1955out/1956out/1957out/1958out/1959out/1960out/1961out/1962out/1963out/1964out/1965out/1966out/1967out/1968out/1969out/1970out/1971out/1972out/1973out/1974out/1975out/1976out/1977out/1978out/1979out/1980jan/1998jul/1998jan/1999jul/1999jan/2000jul/2000jan/2001jul/2001jan/2002jul/2002jan/2003jul/2003jan/2004jul/2004jan/2005jul/2005jan/2006jul/2006jan/2007jul/2007jan/2008jul/2008jan/2009jul/2009jan/2010INE 7001 - Números Índices 27IBOVESPA 1998 a 201080.000,0070.000,0060.000,0050.000,0040.000,0030.000,0020.000,0010.000,000,00MêsFigura 9 – Flutuação mensal dos pontos do IBOVESPA <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1998 a março <strong>de</strong> 2010Observe a tendência crescente do IBOVESPA, o que indica que no longo prazo oinvestimento em ações permite um retorno consi<strong>de</strong>rável. É possível i<strong>de</strong>ntificar o efeito da criseimobiliária (nos EUA) <strong>de</strong> 2008 no mercado brasileiro: em maio <strong>de</strong> 2008, antes da crise, oIBOVESPA estava em mais <strong>de</strong> 70000 pontos, e em novembro do mesmo no havia <strong>de</strong>spencado para35000 pontos; mas, é possível ver também a recuperação ao longo do ano <strong>de</strong> 2009, e em março <strong>de</strong>2010 o índice retornou ao patamar <strong>de</strong> antes da crise.Média Industrial Dow Jones 1928-19801.100,001.050,001.000,00950,00900,00850,00800,00750,00700,00650,00600,00550,00500,00450,00400,00350,00300,00250,00200,00150,00100,0050,000,00Figura 9 – Flutuação da média industrial Dow Jones <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1928 a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1980Mês


jan/1981jul/1981jan/1982jul/1982jan/1983jul/1983jan/1984jul/1984jan/1985jul/1985jan/1986jul/1986jan/1987jul/1987jan/1988jul/1988jan/1989jul/1989jan/1990jul/1990jan/1991jul/1991jan/1992jul/1992jan/1993jul/1993jan/1994jul/1994jan/1995jul/1995jan/1996jul/1996jan/1997jul/1997jan/1998jul/1998jan/1999jul/1999jan/2000jul/2000jan/2001jul/2001jan/2002jul/2002jan/2003jul/2003jan/2004jul/2004jan/2005jul/2005jan/2006jul/2006jan/2007jul/2007jan/2008jul/2008jan/2009jul/2009jan/2010INE 7001 - Números Índices 28Na Figura 9 é possível avaliar alguns aspectos da economia dos EUA no século XX.- A gran<strong>de</strong> crise <strong>de</strong> 1929 iniciou-se em outubro daquele ano, percebe-se a queda do índice <strong>de</strong> quase400 pontos para abaixo <strong>de</strong> 50 pontos em junho <strong>de</strong> 1932, no auge da Depressão, antes da eleição <strong>de</strong>Franklin Roosevelt e do New Deal.- As ações do governo Roosevelt, que se iniciou em março <strong>de</strong> 1933 conseguiram alguns sucessos,que se refletiram no incremento do índice até 170 pontos, em 1937, quando houve nova queda.- Mesmo durante a II Guerra Mundial, especialmente após a entrada dos EUA no conflito (em<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1941), a média industrial Dow Jones não aumentou significativamente.- O aumento sustentado começou após o término da guerra, pois os Estados Unidos foram (juntocom a União Soviética) os gran<strong>de</strong>s vencedores do conflito (sua infraestrutura industrial estavaintacta, comparativamente sofreu menos baixas do que os outros, e seu território metropolitano(exceto o Havaí) não foi ocupado ou sequer atacado – o que não aconteceu com as outras potênciasaliadas – França, Grã-Bretanha e União Soviética – e, logicamente, os países <strong>de</strong>rrotados, Alemanha,Itália e Japão).- Somente em outubro <strong>de</strong> 1954 o índice voltou aos 350 pontos <strong>de</strong> 1928, e continuou crescendo comalgumas quedas até os anos 1970. Como <strong>de</strong>corrência da Crise do Petróleo <strong>de</strong> 1973 (que atingiuduramente a economia dos EUA, esbanjadora no uso <strong>de</strong> combustíveis fósseis) a média industrialDow Jones sofreu forte queda (<strong>de</strong> 1020 pontos em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1972 para 616 em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong>1974).- A situação melhorou um pouco com as adaptações forçadas da indústria, mas durante os anos1970 o índice flutuou em torno dos 850 pontos, refletindo a recessão porque passava os EUA, o quepo<strong>de</strong> ter explicado o fato <strong>de</strong> Jimmy Carter per<strong>de</strong>r a eleição presi<strong>de</strong>ncial para Ronald Reagan em1980.Média Industrial Dow Jones 1981-20101500014000130001200011000100009000800070006000500040003000200010000MêsFigura 10 – Flutuação da média industrial Dow Jones <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1981 a abril <strong>de</strong> 2010A Figura 10 possibilita observar mais alguns aspectos da economia dos EUA.- A partir <strong>de</strong> 1981 inicia-se o processo <strong>de</strong> crescimento vertiginoso da média industrial Dow Jones,<strong>de</strong> 1000 pontos até picos <strong>de</strong> 14000 pontos, que os economistas liberais creditam a<strong>de</strong>sregulamentação e política <strong>de</strong> “governo mínimo” <strong>de</strong> Reagan.


abr/1990out/1990abr/1991out/1991abr/1992out/1992abr/1993out/1993abr/1994out/1994abr/1995out/1995abr/1996out/1996abr/1997out/1997abr/1998out/1998abr/1999out/1999abr/2000out/2000abr/2001out/2001abr/2002out/2002abr/2003out/2003abr/2004out/2004abr/2005out/2005abr/2006out/2006abr/2007out/2007abr/2008out/2008abr/2009out/2009INE 7001 - Números Índices 29- Em 1987 houve uma crise na Bolsa <strong>de</strong> Nova Iorque, <strong>de</strong>vido à especulação <strong>de</strong>senfreada 3 , e o índicesofreu uma queda consi<strong>de</strong>rável para a época, <strong>de</strong>scendo <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 2600 pontos em setembro para1800 pontos em novembro daquele ano.- Durante o governo <strong>de</strong> George Bush (pai), <strong>de</strong> 1989 a 1992, o índice cresceu consistentemente <strong>de</strong>2000 a 3000 pontos (cerca <strong>de</strong> 50% 4 ), mas parece que não foi suficiente para garantir sua reeleição,pois em 1992 Bill Clinton ganhou a presidência.- O governo Clinton coincidiu (ou foi o responsável por...) com uma fase <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> crescimento daeconomia dos EUA, o que se refletiu na média industrial Dow Jones, apresentando umcomportamento crescente <strong>de</strong> 1993 a 2000 (com uma queda em fins <strong>de</strong> 1998).- Em 2001, George W. Bush assumiu a presidência, e o índice permaneceu estagnado em torno <strong>de</strong>10000 pontos <strong>de</strong> 2001 a maio <strong>de</strong> 2002, quando ocorreu uma queda para 7500 pontos, recuperandosepara 10000 pontos em março <strong>de</strong> 2004.- No segundo mandato <strong>de</strong> George W. Bush o índice recuperou-se e começou a subir, chegando aorecor<strong>de</strong> histórico <strong>de</strong> quase 14000 pontos em outubro <strong>de</strong> 2007; começou, então, uma quedaconsistente, que apenas se agravou com a crise imobiliária do segundo semestre <strong>de</strong> 2008, levando oíndice a 7500 pontos em fevereiro <strong>de</strong> 2009, já no governo Obama.- Talvez por causa das ações <strong>de</strong> socorro ao mercado or<strong>de</strong>nadas por Obama, além das iniciadas porBush em 2008, a média industrial Dow Jones começou mais uma recuperação, chegando aos 11000pontos em março <strong>de</strong> 2010.Nasdaq Composto 1990 a 20105000450040003500300025002000150010005000MêsFigura 11 – Flutuação do índice Nasdaq Composto <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1990 a fevereiro <strong>de</strong> 2010Embora não seja exato, costuma-se associar o índice Nasdaq às empresas <strong>de</strong> tecnologia,especialmente aquelas ligadas à tecnologia da informação. A Figura 11 permite avaliar claramente ochamado estouro da “bolha da Internet” ocorrido entre os anos <strong>de</strong> 2000 e 2001.- Entre 1995 e 2000 várias empresas “ponto.com” surgiram no Vale do Silício (nos EUA) e emoutros locais, prometendo lucros mirabolantes na esteira do sucesso da Microsoft e Apple, isso po<strong>de</strong>ser visto pelo crescimento contínuo no período, passando <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 1000 pontos ao pico <strong>de</strong> 4500no início <strong>de</strong> 2000, foi o ápice da bolha.3 O fenômeno yuppie: ver filmes “Wall Street – Po<strong>de</strong>r e Cobiça” e “Fogueira das Vaida<strong>de</strong>s”.4 Nos 8 anos do governo Reagan a média industrial Dow Jones, com crise <strong>de</strong> 1987 e tudo, aumentou 122%.


INE 7001 - Números Índices 30- Até o início <strong>de</strong> 2001 o índice permaneceu em torno <strong>de</strong> 4000 pontos, com alguma flutuação parabaixo, enquanto se esperava que as promessas <strong>de</strong> lucros das empresas iniciantes se materializassem.- Mas, muitas das projeções <strong>de</strong> lucros das empresas simplesmente não se realizaram, porincompetência administrativa ou técnica, levando ao aumento da <strong>de</strong>sconfiança dos investidores, efinalmente ao “estouro” da bolha, que refletiu na queda abrupta do índice a partir do primeirotrimestre <strong>de</strong> 2001, caindo regularmente até cerca <strong>de</strong> 1200 pontos até outubro <strong>de</strong> 2002.- A partir <strong>de</strong> fins <strong>de</strong> 2002 o índice começou a recuperar-se, chegando perto dos 3000 pontos emoutubro <strong>de</strong> 2007, mas ocorreu nova queda, que a crise imobiliária <strong>de</strong> 2008 apenas agravou.- A partir do primeiro trimestre <strong>de</strong> 2009, após cair abaixo <strong>de</strong> 1500 pontos, o índice voltou a serecuperar, com crescimento regular, chegando a mais <strong>de</strong> 2000 pontos em 2010.Referências:1) Trabalhos sobre números índices: alunos <strong>de</strong> INE 5121 e INE 5125 da <strong>UFSC</strong>, semestre 2001.22) Páginas na Internet:- Índices em geral: http://www.geocities.com/Paris/Rue/5045/indice.htm- Índices financeiros brasileiros: http://www.portalbrasil.net/economia.htm- FIPE – Fundação Instituto <strong>de</strong> Pesquisas Econômicas: http://www.fipe.com/- FGV – Fundação Getúlio Vargas: http://www.fgv.br/ibre/CEP/in<strong>de</strong>x.cfm- IBOVESPA – Índice da Bolsa <strong>de</strong> Valores <strong>de</strong> São Paulo: http://www.bovespa.com.br/- IBGE – Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e Estatística: http://www.ibge.gov.br/- ITAG – Instituto Técnico <strong>de</strong> Administração e Gerência: http://www.esag.u<strong>de</strong>sc.br/itag/itag.htm- DIEESE - <strong>Departamento</strong> Intersindical <strong>de</strong> Estatística e Estudos Sócio-Econômicos:http://www.dieese.org.br/rel/icv/icv.html- SINDUSCON – SC: http://www.sinduscon-fpolis.org.br/- Bolsa NASDAQ: http://www.nasdaq.com/- Índices Dow Jones: http://www.djin<strong>de</strong>xes.com/- Banco Central do Brasil: http://www.bcb.gov.br/?INDECO

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