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O TEXTO POÉTICO NOS LIVROS DIDÁTICOS DO ... - Celsul.org.br

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textual, desde que bem orientado, possibilita ao indivíduo um posicionamento críticodiante das mais variadas situações. (SOUZA e CAVÉQUIA , 2002:15).O primeiro texto poético a surgir no livro é “lua de são j<strong>org</strong>e”, de Caetano Veloso, semreferência bibliográfica, na página 104 (unidade 5), e surge apenas para que o aluno identifique qualdescrição é literária e qual é técnica. Ora, o texto é uma letra de música e como tal devia ser posta e nãocomo exemplo do literário. Para isto, há muitos poemas excelentes que podem exemplificar o literário. Aletra de música é um texto criado para ser cantado, tem o seu valor artístico, mas não é um texto literário.Porém isto não é mencionado na unidade. O aluno não é orientado na diferenciação entre texto poético etexto musicado. O outro texto é “O Universo. Série Atlas visuais. São Paulo: Ática, 1995”, e vem assimmesmo, com todos os dados bibliográficos e, em seguida, a proposta de que o aluno escolha um dos doistipos de texto e faça a descrição. Não há, sequer uma questão interpretativa do poema, ele está ali apenascomo pretexto para a construção da descrição.Se cada texto deve servir para um fim específico, conforme citação anterior, a finalidadedos textos acima, considerados como exemplos do literário foram utilizados como pretexto paraconstrução técnica e não criativa e isto foge do propósito do texto literário.Na seção destinada aos professores, citada anteriormente, há uma subseção intitulada“Comentários e sugestões unidade a unidade” e nela, quando trata da unidade 5 encontramos:Aproveitando a característica do texto ‘Fura-Redes’, descritivo-narrativo, o aluno éconvidado a criar uma descrição. Os conceitos de descrição, até então, vistosinformalmente, começam a ser formalizados. Para isso, apresentamos exemplos de textoscom descrição técnica e com descrição literária (Ibid:52).Vale lem<strong>br</strong>ar que o referido texto “Fura -Redes” encontra-se na página 94, isto é, 10 páginasatrás da atividade em questão e, conforme os comentários das próprias autoras o texto “lua de são J<strong>org</strong>e”é apenas um exemplo...Um outro poema vai surgir somente na próxima unidade (unidade 6, p.114) “Além daImaginação”, de Ulisses Tavares, após o texto há alguns dados so<strong>br</strong>e o poeta, um quadro so<strong>br</strong>edesigualdade social, com um gráfico e na página seguinte um retângulo com a explicação do que é poemae a sugestão de que os alunos copiem trechos do poema, expliquem partes e declamem o poema. Na partefinal do livro, destinada aos professores, há o seguinte comentário:O texto “Além da imaginação” é um poema de Ulisses Tavares cujo tema é a existência depessoas que passam por várias necessidades e privações, ou seja, por uma situação demiséria. A maneira como o autor aborda o tema pressupõe a existência de dois tipos depessoas: as que possuem e as que não possuem recursos materiais. Trata-se de um poemabem elaborado, o que favorece o contato do aluno com essa tipologia textual (Ibid:54).Será que com tais colocações as autoras estão mesmo preocupadas com a tipologia textualem questão, ou seja, a poesia? Fica evidente com tais comentários que a preocupação maior é com asdesigualdades sociais, pois após este trecho há o subitem “Painel do Texto”, com os dizeres:Além de apresentarmos informações so<strong>br</strong>e o autor do poema, sugerimos a leitura de duas desuas o<strong>br</strong>as, adequadas à faixa etária.Um depoimento do autor falando a respeito da versatilidade da poesia pode ser aproveitadopara gerar uma boa discussão acerca da natureza dela.É apresentada ainda uma <strong>br</strong>eve explanação so<strong>br</strong>e o conceito e incidência das desigualdadessociais. Assim, os alunos têm mais subsídios para compreender o quão real e a<strong>br</strong>angente é aquestão. Essa compreensão pode ser ampliada a partir da análise do gráfico apresentadojunto às informações (Ibid:.54).A literatura, como lida com a sensibilidade, obviamente vai mostrar a sociedade, espaço emque vive o seu criador, com todas as suas características e desigualdades. Mas limitar-se a usar o textopoético para destacar tais elementos é não ter consciência da riqueza do objeto em estudo.Nesta unidade há outros poemas que são empregados para comparação com outros tipos detextos ou apenas para comparar temas. Ainda nesta unidade há dois poemas em francês com a seguinteobservação:


É preciso dar ênfase à criatividade dos alunos e não apenas à perfeita correção gramatical,despertando-lhes o gosto e o prazer pela leitura de textos literários ricos, envolventes,adequados à faixa etária (SARMENTO, 2002:8).A teoria é inquestionável. No entanto, ao analisarmos atentamente o livro didáticoencontramos textos poéticos sendo usados como pretextos para, além das atividades de interpretação,extrapolação e interação, também como estudo de encontro vocálico e consonantal, sílaba tônica,acentuação gráfica, substantivo, artigo, numeral, sinônimos, pronomes (pessoal, possessivo einterrogativo), fonemas e letras, modelo de bilhete e outras atividades de gramática textual.Ao nosso ver tais atividades não são propriamente as melhores para preparar os alunos e “...integrá-los às outras disciplinas, desenvolvendo situações reais, apropriadas ao ensino”. E, menos aindadespertar “...o gosto e o prazer pela leitura de textos literários”.Por estas afirmações é possível constatarmos que a teoria opõe-se a prática, o texto literárionão está sendo respeitado e apreciado enquanto objeto de arte. O aluno não recebe este encaminhamento earte deixa de ocupar o seu espaço na escola, se depender somente do livro didático. Teoricamente, é fácil“passar receitas”, mas na hora da prática é difícil concretizá -las, mesmo nos exercícios, quanto mais nasala de aula real.Na unidade 1: “Desco<strong>br</strong>indo a natureza” há o poema “Porquinho-da-índia”, de ManuelBandeira (p.18) com atividades de interpretação e, em seguida, exercícios so<strong>br</strong>e plural, sinônimos,diminutivos e linguagem informal, todos com trechos do texto poético. Este poema, extremamente rico,não é adequado a este grau de escolaridade. O conteúdo é profundo e vai muito além de um poema so<strong>br</strong>eum determinado tempo da infância. E ser utilizado para a exploração citada é destruir ainda mais opoema.Na página 20 os quatro primeiros versos são retomados para a explicação do que é poemaem comparação com um pequeno trecho de um texto narrativo. Na página seguinte há o poema “Prece”de Maria Dinorah com a teoria so<strong>br</strong>e poema narrativo.Na mesma unidade há, na seção “Linguagem Gramatical”, após o subtítulo “Fonema eLetra”, o poema “Choradeira”, de Pedro Bandeira e no subtítulo “Gramática Textual” dois textosconcretos de Décio Pignatari e “O vento perdido”, de Pedro Bandeira. De acordo com a seção em que seencontram não se poderia esperar outro objetivo para os textos: estudar fonemas!!!E para que o “Encontro Consonantal” não se sentisse desprestigiado, em sua seção ospoemas escolhidos foram: “O Velho Crocodilo”, tradução de Tatiana Belinky e Mira Perlow, além de“Trovinhas Desajeitadas” de Ricardo Azeredo e “O Palhaço” de Henriqueta Lisboa.”Parece-nos que a idéia de que “É preciso dar ênfase à criatividade dos alunos e não apenasà perfeita correção gramatical, despertando-lhes o gosto e o prazer pela leitura de textos literários ricos,envolventes, adequados à faixa etária” é destruída com as atividades acima relacionadas, uma vez quenão acreditamos ser possível despertar prazer e criatividade estudando a diferença entre fonemas e letrasou encontros consonantais em textos poéticos. Será que saber o que é um encontro consonantal prepara“todos para a vida na sociedade moderna”?Como elemento fundamental para desenvolver sensibilidade, a poesia... é necessária para despertar a percepção, libertar as emoções, desatrofiar a imaginação,desenvolver a capacidade de raciocínio.A convivência com os símbolos, tão intensa naprática da poesia, torna-se educação para a vida, para compreender e transformar a vida,tanto no sentido individual como no coletivo. (ANTONIO, 2002:106)Assim, estamos de pleno acordo com o professor Severino Antonio quando este diz: “nãofaz sentido reduzir a leitura de um poema à análise estatística da freqüência de certos vocábulos. Épreciso buscar uma adequação (sensível e inteligente) entre objeto, sujeito e instrumento-linguagem. Ainadequação pode esterilizar nossos caminhares.” (ANTONIO, 2002:117). O preparo para a vida nãodeve ser reduzido a este tipo de ensino, principalmente empregando o texto poético para tal fim.Como se pode ver há incoerência entre a proposta apresentada pelas autoras do livrodidático e as atividades sugeridas.O que há de positivo são as explicações so<strong>br</strong>e poema, verso, prosa e rima, poema narrativocom sugestões de atividades, como produção de um poema narrativo e avaliação da própria atividade.Através de poemas concretistas de Décio Pignatari mostra o recurso literário da aliteração, com exercíciosde criação de novas palavras a partir dos fonemas. Mas será que não é pouco para textos tão bons?


Observa-se uma seleção cuidadosa, com poemas e poetas excelentes, mas exercícios compredomínio de estudos gramaticais.Na mesma unidade há ainda “Os Poemas”, de Mário Quintana na seção de “Sílaba Tônica”.A unidade seguinte, a 2, usa um excerto de poema de Quintana para ensinar bilhete, opoema “Família”, de Carlos Drummond de Andrade para o tema “Substantivo-classificação.”Para não ficar somente nestes grandes autores com seus textos maravilhosos sendo usadospara estudos gramaticais, temos também “Cantiga de Claridão”, de Thiago de Mello com exemplos defeminino, substantivos terminados em –ão, além de diminutivo, aumentativo, substantivo masculino eoutras variantes da classe dos substantivos.A unidade 3 tenta resgatar um pouco do poético na poesia e trabalha o eu-lírico no poema“Menor Abandonado”, de Cora Coralina. Porém, na página seguinte, trabalha o pronome no poema.Para continuar o “poemacídio” coloca um fragmento do poema “Canção de Outono”, deRubén Darío para ilustrar “Flexão do Adjetivo – Gênero, Número e Grau”.E assim a unidade prossegue: “Artigo” com o poema “Receita Contra Dor de Amor”, deRoseana Murray; “Gíria” com “Pivete” de Chico Buarque e Francis Hime e, para finalizar “MeninosCarvoeiros”, de Manuel Bandeira para estudo de sinônimos.A última unidade fecha com “Ninho no Coração”, de Pedro Bandeira para estudo de“Pronome Pessoal e Pronome Possessivo”; “O Cais”, de Mário Quintana e “Nome da Gente”, também dePedro Bandeira e “Cadê?”, de Maria Dinorah para “Pronomes Interrogativos”; “Passos”, de HenriquetaLisboa para “Acentuação gráfica”.Intercalados a todas estas regras gramaticais há “Esse Nó(s)”, de Ulisses Tavares (p.196) e“O Olhar da Artesã”, de Roseana Murray (p.220) em que são retomadas as questões da poesia e do eulírico.No entanto, no meio do estudo poético há questões so<strong>br</strong>e pronomes.Finalizamos mais uma análise, decepcionadas com a falta de comprometimento com o textopoético por mais uma autora de livro didático.3- Português em outras palavras - SCIPIONE, 2002 – autoras: Maria Silvia Gonçalves eRosana Rios.O livro está dividido em 12 unidades. Apresenta fragmentos de textos poéticos, mas poucoos explora como tal. Privilegia a interpretação de textos desde o início.Em seu interior há fragmentos e letras de músicas, utilizadas para estudo formal do textopoético, algumas questões interpretativas so<strong>br</strong>e o tema e comparação entre canções.Porém os poemas são utilizados, na maioria das vezes, para ensinar substantivo, ditongos eacentuação, estudo dos tempos verbais, introdução de unidades, levantamentos de lem<strong>br</strong>anças eimpressões intertextuais e comparação com texto em prosa, além do estudo da língua e da norma culta.A unidade 1 a<strong>br</strong>e com o poema “Das Palavras Aéreas”, de Cecília Meireles. No entanto, jána página 10 há um fragmento de “Procura da Poesia”, de Carlos Drummond de Andrade e cincoquestões envolvendo o estudo de sinônimos. Nada mais!!!E, diferentemente de outros livros didáticos analisados, a preocupação com o literário nãoestá presente sequer na parte teórica, aquela destinada aos docentes. Neste livro esta seção tem o nome de“Assessoria Pedagógica”, mas mesmo quando trata de texto poético, só o faz superficialmente:Quanto ao jogo poético, fornece um ótimo subsídio como atividade criadora capaz demodelar os elementos plásticos da língua, de modo a conferir-lhes materialidade, necessárianos momentos em que o abstrato melhor se revela pelo concreto.Merece igual tratamento a linguagem poética de modo geral, como responsável pelaexpressividade do aluno. O ideal é que ele perceba os desvios da norma na amostragem detextos e, em seguida, seja produtor desses arranjos especiais. A construção do texto poéticomuitas vezes mostrará ao aluno a importância de conhecer a fonética/fonologia de sualíngua (GONÇALVES e RIOS, 2002:25).E este único comentário so<strong>br</strong>e o texto poético encontra-se no subitem “Prepare-se para aReescrita”, ou seja , não há nem um item destinado à poesia ou leitura do texto poético.A segunda unidade passa sem textos poéticos e, somente no final da unidade 3, há trechosda letra da música “João e Maria”, de Chico Buarque seguidos de questões so<strong>br</strong>e substantivos.Na unidade 4 encontramos o poema “O Jovem Punk”, de Carlos Queiroz Telles com umapergunta so<strong>br</strong>e as lem<strong>br</strong>anças que o poema despertou e outra sugerindo que o estudante estabeleça relaçãocom o texto anterior “O lado escuro de clara”, de Maria da Graça Ivo.


Na unidade 5 “Samba do Arnesto”, de Adoniran Barbosa e Alocin (p.87) com atividadesso<strong>br</strong>e o “linguajar”.Como é possível verificar, através dessa amostragem, a poesia enquanto essência da línguae do ser não é explorada em momento algum do livro didático.Sabemos que, em grande parte, o professor tem o livro didático como base do seu trabalho,segue rigorosamente os passos estabelecidos por aquele. Então, não é possível ignorar esta ferramenta detrabalho utilizada pelo professor.Porém, é necessário que o professor conheça e estude o<strong>br</strong>as de pesquisadores e professoresexperientes que se dedicam à pesquisa e prática docente, professores preocupados com o ser humano emformação que são os alunos, que tomem conhecimento das pesquisas realizadas so<strong>br</strong>e o trato com o textopoético. Citamos aqui alguns que desenvolveram pesquisas, dentre eles Marisa Lajolo que destaca:Como os contatos mais sistemáticos que as crianças têm com a poesia são mediados pelaescola (e não se tem como fugir a isso), e como é freqüente que os textos mesmo bonssejam seguidos de maus exercícios, é bem provável que a escola esteja, se nãodesensinando, ao menos prestando um desserviço à poesia. (1997:51).Outras autoras, Ligia Chiappini, Helena Brandão e Guaraciaba Micheletti (2002:143) fazemestudos específicos do livro didático e constatam o que já citamos, ou seja, o poema como um textomarginalizado, repetidos em séries, sem avanços nem profundidades tanto de 1ª a 4ª como de 5ª a 8ªséries. Ausência de preocupação com a forma específica do texto poético, mescla de letra de canções,fragmento de textos narrativos apresentados em versos, apresentação de textos de temáticas sociais comdirecionamento ideológico por parte do autor do livro didático, com estudo superficial do conteúdo,prioridade no estudo da forma, rima, verso, estrofe, sem relação com o conteúdo.Parece que há completa ausência de conhecimento que “o poético é amorfo: o poema é apoesia que se ergue, [...] o poema não é a forma literária, mas o lugar de encontro entre a poesia e ohomem.” (BRANDÃO e MICHELETTI, 2002:152)Torna-se necessário resgatar esse contato entre a poesia e o homem, pois, mais importantedo que aprender gramática, normas, regras é aprender a pensar. Somente aprendendo a pensar é que seaprende a escrever. O contato com a linguagem artística auxilia nessa compreensão, como diz AntônioCallado “a arte refunde o homem dividido e doente no coletivo, e o torna são”. (apud YUNES eAGOSTINI, 1998:63) e Ernest Fisher completa “A poesia tira o homem da realidade, mas o devolve a elamais enriquecido” e referindo-se a arte, continua “Por que nos divertimos e relaxamos vendo um filme ouuma novela (que é irreal e apresenta problemas dos outros)? É porque o homem quer ser mais do que elemesmo. Quer ser total” (Apud op.cit:63).Para ensinar a ler e entender poesia, primeiramente é preciso viver a poesia. É precisogostar do texto literário,é preciso sentir o poema vi<strong>br</strong>ar dentro do ser. O universo é feito de poemas,conforme diz Antônio (2002:28):Da poesia não se pode falar tanto. Uma das razões da morte da poesia – na escola e emnossas vidas – é o como se faz muitas vezes análise de texto: o poema sendo tratado comoum cadáver a ser autopsiado. A redução do texto ao ‘entendimento da mensagem’ ou àdescrição das ‘técnicas’ aplicadas. A metalinguagem desfiguradora. A manipulação quemata.É preciso vivenciar o texto. A leitura como atividade criadora, como co-criação. É precisoa<strong>br</strong>ir-se às ressonâncias do poema. Respeitar os silêncios e os espaços livres em que ossentidos se recriam e as imagens, e os ritmos.Enfim, é necessário amar a arte pela arte. A poesia pela poesia. O lecionar pelo simplesprazer de fazê-lo.É possível aliar técnica à poética, pois ao desenvolver a sensibilidade e a criatividade, apoesia auxilia na capacidade intelectual necessária em todos os aspectos da vida.Quando o professor tomar conhecimento da importância da poesia na vida em formação eaplicá-la em sua prática pedagógica estará contribuindo com a criação de uma pedagogia viva, queeduque vivificando a percepção, os afetos, a inteligência, a imaginação. Isto tudo independente do livrodidático. Quando o professor agir assim, com certeza, os autores de livros didáticos também sepreocuparão com a qualidade de seu material de venda.


RESUMO: O presente artigo apresenta uma pesquisa so<strong>br</strong>e o enfoque dado ao texto poético no livrodidático, especialmente a abordagem sugerida ao professor, na parte de orientação para o mesmo emoposição às atividades destinadas ao aluno.PALAVRAS-CHAVE: Literatura; poesia; livro didático; ensino.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASANTÔNIO, Severino. A utopia da palavra. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002.BRASILEIRO, Antonio. Da inutilidade da poesia. Salvador: EDUFBA, 2002.ELIOT, T.S. A essência da poesia.(tradução de Maria Luiza Nogueira). Rio de Janeiro: Artenova, 1972.GONÇALVES, Maria Sílvia e RIOS, Rosana. Português em outras palavras. 5ª série. São Paulo:Scipione, 2002.LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 1997.MICHELETTI,Guaraciaba (<strong>org</strong>). Aprender e ensinar com textos didáticos e paradidáticos. 4ª ed. SãoPaulo:Cortez, 2002.SARMENTO, Leila Lauar. Português: Leitura, produção. 5ª série. São Paulo: Moderna, 2002.SOUZA, Cássia Leslie Garcia de e CAVÉQUIA, Márcia Paganini. Linguagem:criação e interação.5ªsérie. São Paulo: Saraiva, 2002.YUNES,Márcio Jabur e AGOSTINI,João Carlos. Técnica ou poética,eis a questão. São Paulo:Moderna,1998.

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