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Cultura Greco-Romana Nos Cantares do Povo Nordestino

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<strong>Cultura</strong> <strong>Greco</strong>-<strong>Romana</strong><strong>Nos</strong> <strong>Cantares</strong> <strong>do</strong> <strong>Povo</strong><strong>Nordestino</strong>JOSÉ MARIA TENÓRIO ROCHA32No ano de 1982 ó Brasil foi contagia<strong>do</strong> por umamúsica que agradava logo na primeira audição.Chamava atenção não somente o excelente arranjomusical de melodia recordativa, mas principalmenteo texto canta<strong>do</strong> que evocava figuras correntes naHistória da Antiguidade, dan<strong>do</strong> perspectivas arememoração de um fato históricosocial importante;é que na quarta estrofe e última, discorria sobreVirgulino Ferreira, Lampião, herói popular, bandi<strong>do</strong>nordestino.Estamos nos referin<strong>do</strong> a "Mulher nova, bonita ecarinhosa / Faz o homem gemer sem sentir <strong>do</strong>r",que em sua primeira estrofa rezava:"Numa luta de gregos e troianosPor Helena, a mulher de MenelauConta a história que um cavalo de pauTerminava uma guerra de dez anos;Menelau, o maior <strong>do</strong>s espartanosVenceu Páris, o grande sedutorHumilhan<strong>do</strong> a família de HeitorEm defesa da honra caprichosaMULHER NOVA, BONITA E CARINHOSAFAZ O HOMEM GEMER SEM SENTIRDOR"Referida composição foi o tema de abertura <strong>do</strong>seria<strong>do</strong> de extremo sucesso da Rede Globo deTelevisão, de título LAMPIÃO. Foi assinada pelovioleiro paraibano Otacílio Batista Patriota e pelocompositor também paraibano Zé Ramalho.A música não apenas apareceu no seria<strong>do</strong>,também foi gravada no LP "Amelinha, Mulher NovaBonita e Carinhosa..." Discos CBS-LP 138243, XSB2591, 1982, la<strong>do</strong> A Faixa 1. Também grava<strong>do</strong> emocompacto simples, Discos CBS BSO 17742, n 430,1982, la<strong>do</strong> A.Acontece que a parceria Otacílio/Zé Ramalhonão foi feita como idealizamos uma parceria: <strong>do</strong>isconheci<strong>do</strong>s ou amigos juntos para compor un temapoético-musical. Ramalho descobriu na AntologiaIlustrada <strong>do</strong>s Canta<strong>do</strong>res, de Francisco Linhares eoOtacílio Batista (1 ed. 1976) composição poéticaque se enquadrava no seria<strong>do</strong> da Globo, adaptou-oe compôs a música "Mulher nova...". Na mesmaaAntologia (2 ed., 1982, às páginas 447-449),encontra-se o Mote que foi glosa<strong>do</strong> por Otacílioquan<strong>do</strong> fora a São Paulo, há muitos anos atrás.Aliás, a glosa não é composta por apenas quatroestrofes como está gravada, mas por cinco estrofes;Ramalho excluiu a última. A parceria foiproblemática, deu o que falar e Otacílio não gostou ereclamou.O texto de Batista na medida em que dá apreçoas figuras da História da Antiguidade, nos fazrelembrar que isso sempre foi praxe entrecanta<strong>do</strong>res de viola e folhetins de cordel nordestino.Verifican<strong>do</strong> a presença de figuras mitológicas easpectos culturais varia<strong>do</strong>s da antiguidade clássicaprincipalmente em folhetos de cordel, compostospor poetas pouco alfabetiza<strong>do</strong>s, estudiososimaginativos começaram a tentar explicar ainfluência, toman<strong>do</strong> como base teórica ospostula<strong>do</strong>s da escola antropológica difusionista ouHistórico <strong>Cultura</strong>l; são em boa parte teses eruditas,que de forma ideológica quase sempre sedistanciam <strong>do</strong> povo sem querer asculta-lo. Quan<strong>do</strong>outros estudiosos procuram escutar de perto asrazões <strong>do</strong>s cria<strong>do</strong>res, quase que levam umtremen<strong>do</strong> susto ou grande lição. Verifiquemosalguns casos, à guisa de exemplificação.


O REVERSO E O VERSOObservan<strong>do</strong> e admiran<strong>do</strong>, com a capacidadeimaginativa de quem vê coisa sui gêneris,estudiosos faziam elocubrações a respeito <strong>do</strong>sbelos cocares <strong>do</strong>s integrantes da Tribo de Índios,folgue<strong>do</strong> carnavalesco de João Pessoa (PB.);folcloristas paraibanos começaram a fazeridentificações ou estabelecer um elo de ligaçãopossível entre os cocares desses grupos e o deantigas tribos indígenas <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s.Conjeturas, identificações, correlações, sinonímias,finalmente entrevistas aos membros <strong>do</strong>sgrupos.Simeão Leal, folclorista da Paraíba, ao indagar acerto mestre <strong>do</strong> folgue<strong>do</strong> sobre a origem da feituradaquele enfeite, recebeu a seguinte edesconcertante resposta: nós imitamos o chapéu <strong>do</strong>índio que vinha desenha<strong>do</strong> na lata de BiscoitoAimoré!!!Em outra situação, estudiosos estavampreocupa<strong>do</strong>s com a ligação existente entre a culturagrega e o Nordeste brasileiro. Tentan<strong>do</strong> dissipar asdúvidas, folcloristas alagoanos perguntaram a ummestre de Reisa<strong>do</strong> de Viçosa (AL.) sobre de ondeteria vin<strong>do</strong> a inspiração para os desenhos dasgregas bordadas nas barras das saias dasdança<strong>do</strong>ras. Pronta e lividamente o mestrerespondeu:"Eu vi esse risco no livro de escola de minhaFilha, achei bonito e mandei botar aí..."Tânia Quaresma quan<strong>do</strong> estava nas feirasentrevistan<strong>do</strong> grupos de folheteiros de cordelnordestino para estabelecer o possível roteiro deseu filme Nordeste: Cordel, repente e canção,perguntou so folheteiro o porque <strong>do</strong> nome folhetosde cordel; prontamente o vende<strong>do</strong>r afirmou:"Foi um jornalista estrangeiro que esteve aqui,olhou os folhetos, virou, mexeu, pegou umacaderneta e botou o nome Literatura de cordel eassim mesmo ficou conheci<strong>do</strong> por to<strong>do</strong>s".Outro questionamento filosófico girava em tornoda origem de certos grupos folclóricos. Como foracria<strong>do</strong>? Com que finalidade? Quem idealizou certose determina<strong>do</strong>s passos, etc., etc.Como que intriga<strong>do</strong> e desconcerta<strong>do</strong>, um <strong>do</strong>smestres respondeu:"Nós fazemos isso para brincar, para distrair;vocês que são estudiosos, homens deciência, é que têm o dever de saber de ondeveio e como começou isso. Nós gostamosmesmo é de brincar..."OS ESTUDIOSOS QUE EXPLIQUEM...O aparente eruditismo de certos estudiosos, opseu<strong>do</strong> conhecimento científico de certostratadistas tentan<strong>do</strong> o auto engrandecimento, nosfaz pensar na seriedade <strong>do</strong> tratamiento da coisapopular; mas não apenas causa espécie a nós, já ofolclorista americano Ralph Steele Boggs, noCongresso Internacional de Folclore, em São Paulo,1954, apontou, com pseu<strong>do</strong>s nomes científicos, seismales que designam esse estágio, são eles:Terminilogite, educaciocracia, meto<strong>do</strong>site,primitivofobia, textalucinação e classifimania;conforme está cita<strong>do</strong> por Vicente Salles.Mas, voltan<strong>do</strong> ao assunto da <strong>Cultura</strong> <strong>Greco</strong>-<strong>Romana</strong> nos cantares <strong>do</strong> povo nordestino, como éque isto aconteceu? Qual a ponte de ligação Grécia-Roma-Nordeste Brasileiro? Seria através depesquisa <strong>do</strong>s poetas populares em trata<strong>do</strong>seruditos? Sim? E como isso poderia ter si<strong>do</strong> feito, seos poetas populares e violeiros eram, ou algunsainda são semi-alfabetos?Como é, por exemplo, que o mestre ValdirSoares, das Cambindas de Porto Calvo (AL.) podeconceber esta cançoneta:"Eu vou falarNa língua gregaGrê-a-gráGrê-a-galega Galegaglêa glá.Eu vou falarNa loteriaEu não sabiaQue meu timeTa ganhar."Deixemos que os próprios poetas respondam aquestão, que é a problemática das fontesinspira<strong>do</strong>ras; mas, antes disto observemos ocaráter de demonstração de eruditismo <strong>do</strong>s poetaspopulares, prova inequívoca <strong>do</strong> que se podeclassificar como eruditismo de almanaque, mas ditoem tom de porfia, e desafio, arrogante, para deixar oadversário sem saídas:"Quan<strong>do</strong> eu nasci / Trouxe o <strong>do</strong>m da poesia /Mulher prá rimar comigo / Precisa seber filosofia/ Discriminar a ciência / Gramática e Geografia".CRISTÓVÃO, José Severino. Peleja de JoséSeverino Cristóvão com Maria <strong>do</strong> Carmo. Caruaru,e.ed., s.d., 8 p.33


34-"Melquíades eu te quero ver / Na física egeografia / O senhor cantar as águas /Demonstran<strong>do</strong> teoria / As águas em movimento /Que faz o mar noite e dia?./FERNANDES, João Melquíades. Peleja deJoaquim Jaqueira com Melquíades. Juazeiro, e.ed.,1979, 16 p.Evidentemente nessas pelejas os conten<strong>do</strong>resse esforçam para desempenhar bom papel com afinalidade de serem aplaudi<strong>do</strong>s e conquistar fama edinheiro, mas é igualmente verdade que as taispelejas publicadas em folhetos não representamverdade verdadeira e sim recriação de um <strong>do</strong>sdesafiantes, devi<strong>do</strong> a ser impossível a qualquerpessoa reconstituir passo a passo o que foiimprovisa<strong>do</strong> em uma noite, salvo com o auxílio degrava<strong>do</strong>res, e grava<strong>do</strong>r é coisa nova e nem sempreusa<strong>do</strong>s por canta<strong>do</strong>res para registrar seusmomentos poéticos. Ideologicamente, o autor dapeleja de folheto tem a tendência de demonstrar obom papel de um <strong>do</strong>s canta<strong>do</strong>res, no caso elepróprio, e depreciar o adversário que passa a serxinga<strong>do</strong>.Mas voltamos a inquirir: quais são mesmo asfontes inspira<strong>do</strong>ras que serviram para a base dascomposições poéticas explora<strong>do</strong>ras da culturagreco-romana?Discorren<strong>do</strong> sobre a temática em geralexplorada pelos poetas populares, José AlvesSobrinho afirma:"O poeta popular / Escreve o que temvontade / Quan<strong>do</strong> tem inspiração / Engenhoe mentalidade. / Exalta, acusa e defende /Compara a capacidade".ALVES SOBRINHO, José. Vida, obra, glória emorte <strong>do</strong> Dr. Osval<strong>do</strong> Cruz. Campina Grande,s.ed., s.d., 40 p.A respeito das fontes, falam cinco poetas:"Você sabe repente / Porém de história clássica/ Galdino, estás muito ausente. /"BANDEIRA, Lourival. Peleja de Lourival Bandeiracom M. Galdino Bandeira, s.i., 16 p."Quan<strong>do</strong> eu era criança / Sempre ouvia avelharada / Contar histórias de reinos / Depríncipes ou palhaçada; / Agora eu descrevouma / Da que achei engraçada."PEQUENO, José. O casamento de Paulino e amulher de seu qualquer. S.i., 8 p."Eu li o romance em prosa / E versei como sepassou /"SANTOS, Manoel José <strong>do</strong>s. As três perguntas deum louco e as repostas de um <strong>do</strong>i<strong>do</strong>. S.i., 8 p."Eu vou contar uma / Que li numa revista agora/"CAMELO, José Uma das maiores proezas queAntonio Silvino fez no sertão pernambucano.s.i., 24 p."Em diversas reportagens / De revistas e jornais/ Com testemunhas idôneas / Contan<strong>do</strong> fatosreais / Coligimos neste livro / Casossensacionais".DALMEIDA FILHO, Manoel Os cabras de Lampião.São Paulo, Luzeiro Editora, 1966, 48 p.A informação oral através das narrativas <strong>do</strong>scontos populares tradicionais, <strong>do</strong>s causos, dashistórias, das estórias, as leituras em livros decaráter popular como certos livros que condensamromances clássicos importantes, como aqueles quea Casa Barateira, Livraria Antunes, LivrariaQuaresma, por exemplo, distribuíam no Rio deJaneiro. Livros didáticos mais simples e mais,jornais, revistas e o ato de assistir filmes, tu<strong>do</strong>constituía base e fonte de inspiração para aversificação <strong>do</strong>s folhetos.Um da<strong>do</strong> novo aparece na poesia <strong>do</strong> folheto"Canonização <strong>do</strong> Padre Cícero", de José PedroPontual, conti<strong>do</strong> no LP Nordeste; Cordel, Repente eCanção."Depois e ler nos jornais / E ver na televisão /Resolvi fazer um verso / Sobre a canonização(...)/ Do Padre Cícero Romão".UMA ESTRANHA AUSÊNCIAHá quase duas décadas observamos com muitoentusiasmo e simpatia o uso, a presença de figurasda mitologia greco-romana -mais romana quegrega, convém assinalar -nas cantorias de viola enos folhetos de cordel.Ao tempo em que observávamos essapresença tão marcante, estranhávamos quenenhum trabalho fosse publica<strong>do</strong> acusan<strong>do</strong>,registran<strong>do</strong>, analisan<strong>do</strong> o fato. Uma luz surgiu em<strong>do</strong>is livros: O mito na literatura de cordel, de LuizTavares Júnior e Mito e poesia popular de LedaTâmega Ribeiro, mas qual foi a nossa surpresa aoconstatar que os estu<strong>do</strong>s nem de raspãotocavam no tema das tais figuras mitológicas.Cansa<strong>do</strong> de esperar, resolvemos empreender tal


tarefa de, pelo menos realizar um levantamento poramostragem, como nota prévia.QUADRO DEMONSTRATIVO DAPESQUISAPara a investigação foram escolhi<strong>do</strong>s dentre1436 folhetos de nossa coleção particular, 120folhetos, por entendermos serem eles os maisrepresentativos em termos da representação <strong>do</strong>smitos e fatos culturais greco-romanos.Os 120 folhetos escolhi<strong>do</strong>s foram escritos por 48poetas, destacan<strong>do</strong>-se pela quantidade detrabalhos, Ro<strong>do</strong>lfo Coelho Cavalcante que versou16 folhetos; José Cavalcante e Ferreira Dila, 8;Severino Borges, 6; os demais versaramquantidades não significativas.No universo pesquisa<strong>do</strong> houve preferênciapelas figuras de Apolo, cita<strong>do</strong> 17 vezes; Vênus, 20vezes; Cupi<strong>do</strong>, 14 vezes; Diana, 12 vezes; Marte, 8vezes; Mercúrio, Musas, Saturno, cita<strong>do</strong>s em seisfolhetos. As demais figuras mitológicas tiverampouca citação, como se pode observar no quadroanexo.FIGURAS MÍTICAS, POR NÚMERO DECITAÇÃOApolo 27 vezes, Vénus 20, Cupi<strong>do</strong>, 14, Diana 12,Marte 8, Mercúrio 6, Musas 6, Saturno 6, Júpiter 5,Netuno 5, Minerva 4, Ninfas 3, Hércules 3, Morfeu 3,Juno 3, Plutão 3, Vulcano 3, Pan 3, Eolo 3, Urano 3,Cabra Almatéia 3, Esculápio 2, Hidra de Lerna 2,Parnaso 2, Baco 2, Ceres 2, Fauno 2, Flora 2, Temis2, Sereias 2, Rea 2.Apenas cita<strong>do</strong>s uma única vez:Adónis, Afrodite, Aquiles, Astéa, Aurora,Beloma, Cabra Almatéa, Calíope, Capricórnio,Caronte, Castor, Centauro, Cibele, Dédalo e Ícaro,Eridano, Fortuna, Ganimedes, Glauco, Horas(As),Latona, Leda, Maia, Medusa, Minotauro, Momo,Monte Helicon, Orion, Pluto, Polux, Priapo, Rea,Sereias, Sivano, Talia, Titan, Troz, Vertuno, Vesta.OUTROS ASPECTOS DA CULTURAEm termos de cultura greco-romana nãosomente as figuras mitológicas constituírampreocupação <strong>do</strong>s poetas, outros temas tambémreceberam apreço e foram decanta<strong>do</strong>s; assim,os acidentes geográficos, as guerras, osgovernantes, os filósofos e literatos constituírama temática para suas obras, como podemosobservar a seguir:Se conheceram na Itália / Quan<strong>do</strong> Flora visitava/ A velha terra <strong>do</strong>s Césares.CAVALCANTE, Ro<strong>do</strong>lfo Coelho, Dr. Hugo PedroCarra<strong>do</strong>re um folclorista de São Paulo. S.i., 8 p,s.p.n.Em 17 a 55 / Antes de Cristo chegar / Nasmárgens <strong>do</strong> rio Tibre / Isso eu posso provar /Rômulo alí fun<strong>do</strong>u Roma / Há 15 milhas <strong>do</strong> mar.MILANEZ, Severino, Peleja de Severino Pinto comSeverino Milanez. Juazeiro, 1966, 16 p., s.ed.Parecia a deusa Vênus / Olhar atraente e lin<strong>do</strong> /Lábios de cor purpurina / Vivia sempre sorrin<strong>do</strong> /Como se fosse uma deusa / No cume <strong>do</strong> MontePin<strong>do</strong>.LIMA, Luis de. As bravuras de Antonio Silvino emhonra de um velho amigo. S.i. 16 p.To<strong>do</strong> homen lhe temia / Pois ele era desumano /Seu engenho era assombroso / Como o Coliseuromano /.SENA, Joaquim Batista de. História das bravuras deChico Valente e as proezas <strong>do</strong> velho ManoelCapa<strong>do</strong>r. Parnaíba(PI), 1973, 16 p.AS GUERRASAs batalhas tão apreciadas pelos poetas épicosde to<strong>do</strong>s os tempos, encontramem Ivanil<strong>do</strong> VilaNova, seu representante e cantor<strong>Nos</strong> seus terríveis empregos / Destas matançasperversas / Nas três guerras que os gregos /Enfrentaram com os persas / De Atenas a Egina,Maratona e Salamina / Te rmópilas,heroicamente / Sen<strong>do</strong> a campanha encerrada /Na penosa retirada / Dos dez mil de Xenofonte.Logo Atenas e Esparta / Se confirmaraminimigos / Desrespeitan<strong>do</strong> uma carta / Que uniaduas ligas / Os espartanos mais bravos /Tomaram os outros escravos / Até que os heróistebanos / Pelópidas com os vassalos /Conseguiram retira-los / Do fogo <strong>do</strong>sespartanos.VILA NOVA, Ivanil<strong>do</strong>. História das guerras. JoãoPessoa, Universidade Federal da Paraíba,1981, 9 p.Na temática acerca <strong>do</strong>s governantes desta-casea ojeriza contra a figura de Nero, ti<strong>do</strong> por péssimogovernante, criminoso e destrui<strong>do</strong>rTinha o coração de Nero / E o bofe de Caim35

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