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ATAS - Hermanos Maristas

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Instituto dosIrmãos <strong>Maristas</strong><strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralRoma Abril 2010


Instituto dosIrmãos <strong>Maristas</strong><strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralRoma abril 2010


Edita:Instituto dos Irmãos <strong>Maristas</strong>.Casa geral - Roma® Istituto dei Fratelli MaristiC.P. 10250, 00144 – Roma, ItaliaTel.: (39) 06 545171Fax: (39) 06 54517217e.mail: publica@fms.itSito web: www.champagnat.orgDiagrama e fotolitos:TIPOCROMvia Antonio Meucci 2800012 GuidoniaRoma (Italia)Imprime:C.S.C.GRAFICAvia Antonio Meucci 2800012 GuidoniaRoma (Italia)Abril 2010


ÍNDICEdas <strong>ATAS</strong>do XXI Capítulo geralApresentação ............................................................................................................... 5I. Desenvolvimento do XXI Capítulo geral ..................................... 91. A Preparação ......................................................................................... 112. O Capítulo ................................................................................................ 13.II. Documento oficial do XXI Capítulo geral:“Com Maria, ide depressa para uma nova terra!”.......... 431. Apresentação ........................................................................................ 452. Carta do XXI Capítulo geral ................................................ 483. Apelo fundamental ........................................................................ 584. Horizontes de futuro .................................................................... 605. Decisões ....................................................................................................... 66III. XXI Capítulo geral: outros textos e decisões .................... 751. Relatório da Mesade verificação de poderes .........................................................772. Mudanças nas Constituições e Estatutos ............... 823. Métodos de eleiçãousados no XXI Capítulo geral ............................................ 91


IV. Normas acerca do Capítulo geral .................................................... 991. Estatutos do Capítulo geral................................................. 1012. Regimento do Capítulo geral ............................................ 116V. Anexos ............................................................................................................................ 1311. Cartas Regionais ao XXI Capítulo geral ...................133África............................................................................................................. 133América....................................................................................................... 138– Arco Norte........................................................................................ 138– Brasil...................................................................................................... 144– Cone Sul ............................................................................................. 151Ásia................................................................................................................. 158Europa .......................................................................................................... 164Oceania........................................................................................................ 1742. Mensagem do Ir. Seán D. Sammonna abertura do XXI Capítulo geral ............................. 1873. Mensagem dos Leigos maristasconvidados ao XXI Capítulo geral.............................. 2054. Palavras do Ir. Emili Turúno encerramento do XXI Capítulo geral............... 2115. Listas de membros ........................................................................ 2231. Irmãos Capitulares ................................................................... 2232. Convidados ...................................................................................... 2263. Colaboradores ................................................................................ 2264. Comissão preparatória........................................................... 2275. Comissões pré-capitulares.................................................. 2286. Mesa provisória............................................................................ 2297. Mesa de verificação de poderes ...................................... 2298. Comissão central ........................................................................ 2299. O Ir. Superior geral e seu Conselho .............................. 230


APRESENTAÇÃOO XXI Capítulo geral, em sua última sessão, no dia 10 deoutubro de 2009, delegou ao Conselho geral a responsabilidadeda publicação oficial dos textos capitulares. Em dezembro2009 já estava publicado o Documento do XXI Capítulogeral – “Com Maria, ide depressa para uma nova terra!”Publicamos agora neste volume as Atas do XXI Capítulogeral. Ulteriormente, será feita uma edição atualizada dasConstituições, contendo todas as mudanças introduzidaspelos últimos Capítulos gerais. Para isso se contará com umaequipe especialmente nomeada pelo Conselho geral, conformedecisão do Capítulo.Estas Atas, realizadas sob a responsabilidade do Ir. Superiorgeral e seu Conselho, constituem o documento de referênciapara o próprio Conselho geral, para os governosprovinciais e para todos os membros do Instituto, a serviço damemória, compreensão e implementação das intuições e decisõesdo referido Capítulo.5 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralAs Atas estão divididas em cinco seções:1. Desenvolvimento do XXI Capítulo geralApresenta a preparação do Capítulo e a sua realizaçãono dia a dia das sessões. Ajuda a compreender os passosdados pela assembléia capitular e a contextualizar suasdefinições.2. Documento oficial do XXI Capítulo geral:“Com Maria, ide depressa para uma nova terra!”Reproduzimos aqui o Documento oficial, com suas váriaspartes, tal como foi publicado e distribuído a todo oInstituto, como primeira divulgação pastoral das decisõescapitulares. A versão eletrônica se encontra tambémem nossa página web www.champagnat.org.3. XXI Capítulo geral: outros textos e decisõesNesta seção se encontram o Relatório da Mesa de verificaçãode poderes, todas as Mudanças nas Constituiçõese Estatutos aprovadas pelo Capítulo e os Métodos deeleição usados durante o XXI Capítulo geral.4. Normas acerca do Capítulo geralDois documentos constituem essas normas: os Estatutosdo Capítulo geral e o Regimento do Capítulo geral. Talcomo foram aprovados pelo XXI Capítulo geral servirãode base para o início do XXII Capítulo geral.5. AnexosEsta seção contém cinco partes. As quatro primeiras sãotextos que expressam muito do que foi vivido no Capítulo.Esses textos são: as Cartas Regionais enviadas aoXXI Capítulo geral, a Mensagem de abertura do Ir. SeánSammon, a Mensagem dos Leigos maristas convidadose as Palavras de encerramento do Ir. Emili Turú. A úl-PÁGINA6


Presentacióntima parte é um conjunto de listas com os nomes daspessoas diretamente envolvidas no XXI Capítulo geral.Estas Atas são publicadas nas quatro línguas consideradasoficiais no Instituto: francês, inglês, espanhol e português. Alíngua original varia segundo os documentos, mas é a quedeve servir sempre de referência para as demais versões.O Ir. Superior geral e o seu Conselho decidiram que as modificaçõesintroduzidas nas Constituições e Estatutos, aprovadaspelo XXI Capítulo geral e, nos casos necessários, pela SantaSé, entram em vigor no dia 6 de junho de 2010. Como discípulosde São Marcelino Champagnat, queremos continuardando vida e atualidade à sua forma de seguir a Jesus, no serviçodo Reino.Roma, 18 de abril de 20107PÁGINA


I. DESENVOLVIMENTOdo XXI Capítulo geral


1. A PREPARAÇÃOQuando a Comissão preparatória começou seu trabalho,em novembro de 2007, uma questão surgiu: como fazer a consultaaos Irmãos do Instituto, prevista nos Estatutos do Capítulogeral? A Comissão optou por um processo em duas etapas.Primeiramente, uma ampla consulta não apenas aos Irmãos,mas também aos leigos e aos jovens maristas, medianteum processo de discernimento de grupo. Um primeiro documentolançou o processo: “Caminhando para o XXI Capítulogeral”. Vinha acompanhado de meios audiovisuais de animaçãoe de uma agenda, “Guia do peregrino marista”. Enviaramsua contribuição 464 comunidades, representando 2.483 Irmãos;igualmente 162 grupos de leigos (2.072 pessoas), 71 comissõesou conselhos provinciais (556 pessoas) e 62 grupos dejovens (816 pessoas). As contribuições recebidas pela Comissãopreparatória colocaram em relevo 4 grandes temas (a identidadedo Irmão, o leigo marista, a missão marista, a espiritualidademarista) e 6 temas complementares que foram apresentadosnum segundo documento: “Orientações para areflexão”.11PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralA segunda etapa envolveu todos os capitulares que consultaramas comunidades de Irmãos, os grupos de leigos e dejovens, em torno dos temas eleitos. Depois, fizeram eco do quereceberam, mediante uma carta aberta à sua Província. Em seguida,houve os encontros regionais com o objetivo de escrevera carta regional que seria dirigida ao Capítulo para fazerouvir a voz particular da Região sobre os temas propostos. Essas“Cartas regionais” com o “Relatório do Conselho geral eseu Conselho para o XXI Capítulo geral” foram o ponto de partidapara a reflexão do XXI Capítulo geral.Nesse processo de preparação, o uso da Internet teve um papelconsiderável, ampliando o diálogo com todos os atores davida marista, principalmente por meio dos foros de discussão.O Conselho geral designou, conforme as normas, os membrosda Mesa provisória do Capítulo, os Irmãos Maurice Berquet(Conselheiro Geral), Benjamin Consigli (Usa), Manuel DeLeon (East Asia), João Carlos do Prado (Brasil Centro-Sul),John Graham Neist (Sydney), Josep Maria Soteras (L’Hermitage),Emili Turú (Conselheiro Geral), Sylvain Yao (Afrique DeL’ouest).Esta Mesa começou o seu trabalho dia 2 de Setembro de2009, sendo coordenador o Ir. Maurice Berquet e o Ir. Josep MariaSoteras, secretário. Como sucessora da Comissão preparatória,a sua tarefa foi de propor o programa dos primeiros diasdo Capítulo até à eleição da Comissão central.PÁGINA12


Desenvolvimento do XXI Capítulo geral2. O CAPÍTULODIA 7 DE SETEMBRO DE 2009, SEGUNDA-FEIRAPela manhã, todos os capitulares estavam presentes emRoma, tal como lhes havia pedido a Comissão preparatória,para organizar-se e agilizar a aprendizagem do sistema informáticodo Capítulo. Completou-se a manhã com uma visitaguiada, por grupos linguísticos, às diversas dependências e serviçosda Casa-geral.Como a assembleia capitular estava distribuída por dezmesas de oito ou nove membros, de tarde foram convocadasduas pessoas por mesa para lhes proporcionar uma breve explicaçãosobre a função de facilitação. Às 17h00, os capitularesreuniram-se de novo na sala capitular para uma breve sessãoinformativa e organizativa, prévia ao início do Capítulo.DIA 8 DE SETEMBRO DE 2009, TERÇA-FEIRAPela manhã houve uma magnífica celebração de abertura,coordenada pela equipe de animação, formada pelos IrmãosMarcondes Bachmann, Balbino Juárez, Anthony Leon e AlbertNzabonaliba. Na festa da Natividade de Maria, veio à luztambém o nosso Capítulo, sob a proteção de Jesus, Maria eChampagnat.Depois das dinâmicas de integração da manhã, a primeirasessão da tarde foi dedicada a partilhar os sentimentos dos capitularesperante o desafio deste Capítulo. Na segunda sessãoda tarde, o Ir. Patrick McNamara apresentou o relatório elaboradopela Mesa de verificação de poderes dos capitulares, nomeadapara esse fim pelo Conselho geral de acordo com as nor-13PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralmas. A mesa era constituída pelos Irmãos Patrick McNamara,Coordenador, Juan Miguel Anaya, Nicolás García e Pedro Ost.O parecer elaborado, reconhecendo a validade das eleições, foiaprovado por unanimidade. Como consequência, o Ir. SeánSammon, Superior-geral, declarou o XXI Capítulo geral regularmenteconstituído. O Capítulo se compõe de 83 capitularese 11 convidados, entre eles, 9 leigos presentes durante as duasprimeiras semanas de Capítulo.O Ir. Maurice Berquet propôs admitir diversos observadores.As propostas aprovadas foram as seguintes:• Presença de dois peritos, o Pe. Jesús Pedro Alarcón Méndez,padre marista e capelão do Capítulo, e o Sr. Bruce Irvine,assessor-facilitador.• Presença de dois secretários auxiliares, os Irmãos TeodoroGrageda Vázquez e Juan Carlos Jairo Villareal Riaño edos secretários por línguas, os Irmãos Balbino Juárez,Anthony Leon, Marcondes Bachmann e Albert Nzabonaliba,além dos outros auxiliares técnicos e tradutores.O dia terminou com a solene celebração da Eucaristia, seguidade um jantar informal no jardim central da casa. Umclima fraterno e alegre presidiu o dia, na expectativa da etapaque estava para começar, com a confiança posta no Senhor e napresença da nossa Boa Mãe.DIA 9 DE SETEMBRO DE 2009, QUARTA-FEIRAA manhã iniciou com a alocução do Ir. Seán Sammon, Superior-geral.Foi acompanhada com muita atenção por toda a salacapitular e concluída com grande aplauso. Ainda foram dedicadosuns minutos a um diálogo aberto com o Ir. Seán. Na se-PÁGINA14


Desenvolvimento do XXI Capítulo geralgunda sessão, os Irmãos Emili Turú e Josep M. Soteras apresentaramas linhas gerais do Plano do Capítulo. Para finalizar,houve um breve diálogo por mesas e anunciou-se para sextafeirao estudo e aprovação do mesmo.De tarde, apresentou-se o método de trabalho proposto pelaComissão preparatória: o método de consenso. Os Irmãos BenConsigli e Emili Turú descreveram as características do mesmo,e, após um diálogo por mesas, abriu-se um espaço para esclarecimentose comentários na assembleia. No fundo, propunhasesuperar a exclusividade e rigidez do método parlamentar eabrir novos espaços para um diálogo mais fraterno de busca emcomum da vontade de Deus. A aprovação estava prevista parasexta-feira, e para ter mais elementos a ponderar, a Mesa provisóriasugeria experimentá-lo durante o início do Capítulo antesde tomar uma decisão definitiva. Por essa razão, propôs a suspensãotemporária do art. 1.4 do regimento, já que a função domoderador supunha implicitamente a aplicação do método parlamentar.Devido a dificuldades técnicas, foi transferida para odia seguinte a aprovação de outras duas mudanças no regimento.DIA 10 DE SETEMBRO DE 2009, QUINTA-FEIRAO dia começou com a aprovação da suspensão temporária doart. 5.1 que institui o procedimento parlamentar para reger os debatesna assembleia. Também se aprovou a modificação do art.2.6, que substitui a gravação magnética pela digital.A seguir, o Ir. João Carlos do Prado apresentou a dinâmica dodia de trabalho: a recepção pelo Capítulo das cartas regionais edo relatório do Conselho-geral, no contexto de uma celebraçãoeucarística que se desenvolveu ao longo do dia. Iniciou-se naprópria sala capitular, com a celebração da Palavra, lendo alguns15PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralfragmentos das cartas; seguiu-se um tempo pessoal e um tempode partilha por regiões. Na primeira sessão da tarde, partilhousenas mesas o que tinha sido percebido em cada uma das regiõese a sessão foi concluída com um fórum aberto. Um tempopessoal serviu para preparar a continuação da celebração da Eucaristiana capela, a partir do ofertório.DIA 11 DE SETEMBRO DE 2009, SEXTA-FEIRANa primeira sessão do dia trabalhou-se sobre o Plano do Capítulo.Depois de uma breve recordação, as mesas comentaramo acordo inicial sobre o seu conteúdo, o dia do encerramento eencaminharam as sugestões para a Comissão central. A partilhaem comum evidenciou um amplo consenso na assembleia epassou-se a expressar as decisões com o voto: aprovaram-se aslinhas gerais do Plano do Capítulo. A segunda sessão foi dedicadaao método do consenso. Depois de alguns esclarecimentosem assembleia, foi adotado como método habitual de trabalho.A tarde foi dedicada a definir os critérios, a composição e oprocesso de eleição da Comissão central. Trabalhou-se por mesas,e, ouvidas as suas sugestões, a Mesa provisória propôs o númerode oito membros; que cada mesa propusesse três ou quatropossíveis nomes; que a eleição começasse por quatromembros e que, a seguir, se prosseguisse de dois em dois. Finalmente,todas as mesas estiveram de acordo em que as funçõesoficiais fossem designadas internamente, entre os membros daComissão, para evitar todo e qualquer paralelismo com a eleiçãodo Superior-geral e seu Conselho. As mesas terminaram sugerindotrês ou quatro nomes como possíveis candidatosPÁGINA16


Desenvolvimento do XXI Capítulo geralDIA 12 DE SETEMBRO DE 2009, SÁBADOA manhã foi consagrada em encontrar a fórmula que enriquecessea lista de possíveis candidatos para a Comissão central,posto que os nomes suscitados no dia anterior só eramnove. No fim da manhã conseguiu-se uma lista de 17 nomes,mais representativa de todas as regiões e culturas presentes nasala capitular. Esses nomes foram propostos pelas própriasmesas e não por regiões como em outras ocasiões.Ao meio-dia, chegaram os capitulares que participavam noCapítulo geral dos Padres maristas e algumas representantesdas Irmãs <strong>Maristas</strong> e das Irmãs Missionárias para participar daEucaristia, no dia dedicado ao Santo Nome de Maria. Foi presididapelo novo Superior geral dos Padres maristas, Pe. JohnHannan. A festa continuou com a partilha fraterna do almoço,no jardim central da casa.Às 16h00, foi retomado o trabalho capitular. Em primeirolugar, tomaram-se as decisões oportunas para modificar o regimentode acordo com o consenso alcançado nesses dois dias.Aprovou-se que a Comissão central fosse composta por 8membros, que os oficiais fossem escolhidos pela própria Comissãocentral de entre os seus membros, e depois de um debateum pouco mais longo, que os componentes fossem eleitospor turnos, o primeiro com 4 nomes, seguido de outros doisturnos com 2 nomes cada um.Foram necessários seis escrutínios para completar a lista dos8 membros da Comissão central do XXI Capítulo geral, resultandoeleitos os seguintes Irmãos: Josep Maria Soteras, GrahamNeist, João Carlos do Prado, Ben Consigli, Sylvain Yao, MauriceBerquet, Ernesto Sánchez e Manuel de León.17PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralDIA 13 DE SETEMBRO DE 2009, DOMINGOPara o domingo, foram organizadas três visitas a lugares próximos,em que se vive alguma experiência significativa de vidacristã e de solidariedade, apontando para um novo rosto que aIgreja necessita para o mundo de hoje e de amanhã: Loppiano(Focolares), Nomadélfia e Santo Egídio (Roma). A saída contoucom a presença dos Irmãos que prestam algum serviço auxiliarno Capítulo e também com os que estão na Casa-geral. Foi umanova oportunidade para estreitar relações e abrir-se à escuta davoz do Senhor nesses dias iniciais de Capítulo.• A segunda semana do Capítulo foi dedicada a identificaro apelo que, neste momento histórico, Deus está a dirigirao nosso Instituto. Este apelo encarna-se em temaschavee em caminhos-direções que é preciso empreenderou continuar a seguir. Os leigos convidados participaramcomo todos os demais nessa procura partilhada, até o fimda semana. Um clima sereno de diálogo, de procura, deescuta e de fraternidade impregnou a semana inteira eajudou a superar as dificuldades que as mesas encontravamnas sucessivas atividades propostas.DIA 14 DE SETEMBRO DE 2009, SEGUNDA-FEIRANo começo da manhã, o Ir. Manuel de León, porta-voz darecém-eleita Comissão central anunciou a atribuição de funçõesou cargos, no interior dessa mesma Comissão, de acordo comas normas aprovadas pelo Capítulo: O Ir. Maurice Berquet assumiaa função de Comissário, o Ir. Graham Neist, a de Vicecomissárioe o Ir. Josep M. Soteras, a de Secretário do Capítulo.O resto do dia foi dedicado a diferentes apresentações e exposiçõesde realidades maristas que apontam para o futuro,PÁGINA18


Desenvolvimento do XXI Capítulo geralquer sejam do Instituto como tal (Leigos maristas, FMSI, Missão“ad gentes”, Comissão da missão, Projeto Hermitage doslugares maristas e Formação conjunta irmãos–leigos do Secretariadode leigos) ou das Províncias (Obras sociais do RioGrande do Sul, Nova organização provincial do Brasil Centro-Sul, Horizonte provincial da missão marista em Cruz del Sur,Simpósio de casas de espiritualidade de L’Hermitage e ProjetoHuelva na Província Mediterrânea). Ao mesmo tempo, no corredordos Superiores gerais, dispôs-se uma exposição permanentede materiais que as Províncias e Distritos ou os diversosSecretariados da Casa-geral tinham trazido. Durante este dia,a Comissão central prosseguiu o seu trabalho de programação.Na última hora da tarde, foi apresentado o retiro a ter lugar nodia seguinte.DIA 15 DE SETEMBRO DE 2009, TERÇA-FEIRAEste dia dedicou-se inteiramente ao retiro: um espaço para aescuta e sedimentação de tudo o que se viveu durante a primeiraetapa do Capítulo e como introdução à segunda, na qual se pretendiavislumbrar os apelos que Deus está dirigindo ao Instituto,neste momento da história. O dia começou com uma oração aoestilo de Taizé na capela grande e com a Eucaristia ao cair datarde. Ofereceram-se então ao Senhor as grandes questões quecada um tinha percebido durante o dia.DIA 16 DE SETEMBRO DE 2009, QUARTA-FEIRAO Ir. Sylvain Yao deu início à jornada apresentando a novacomposição das mesas. Depois, o Ir. João Carlos do Prado introduziuo processo que se ia seguir para discernir o apelo central:primeiro com umas perguntas que pretendiam orientar naprocura e na identificação de valores, palavras-chave ou temas19PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralcruciais nos quais ressoava a vontade divina para o Instituto.Durante meia hora, os capitulares partilharam, dois a dois, oque tinham vivido no dia de retiro e, ato contínuo, puseramnoem comum nas mesas de trabalho.De tarde, o Ir. Ben Consigli convidou a que se encontrasseum consenso de mesa sobre dois ou três temas cruciais para oCapítulo e as razões que, no pensar da mesma mesa, justificavama sua importância. Terminou-se o dia pondo em comum ostemas que cada mesa tinha identificado e delegou-se ao grupode secretários, um por mesa, a elaboração de uma síntese.DIA 17 DE SETEMBRO DE 2009, QUINTA-FEIRAIr. Ernesto Sánchez motivou um tempo pessoal que permitissedeixar ressoar interiormente os temas apresentados porcada mesa, enquanto os secretários elaboravam a síntese. Nasegunda sessão, o Ir. João Carlos do Prado apresentou a síntese,que agrupava os temas em três grandes blocos:• Um coração novo: em relação às atitudes interiores, faceaos apelos do Senhor (apresentação da Sra. Irma Zamarripa).• Um mundo novo: em relação àquilo a que Deus nos convida(apresentação do Ir. John W. Klein).• A missão marista: umas linhas de ação como resposta aesses convites anteriores (apresentação do Ir. AntonioRamalho).A manhã terminou com um tempo de eco ao redor das mesase de foro aberto sobre a síntese apresentada. Sente-se umagrande sintonia e as contribuições sublinham simplesmente aspectosou acrescentam matizes.PÁGINA20


Desenvolvimento do XXI Capítulo geralDe tarde, tendo diante de nós a síntese dos temas, o Ir. ErnestoSánchez deixou um tempo pessoal para que cada um tentasseformular, em poucas palavras, o apelo fundamental que ressoapor detrás de todos esses temas como uma melodia comum. Emseguida, cada mesa partilhando as próprias descobertas, foifeito o convite para tentar obter um consenso sobre a propostade apelo para todo o Instituto. Durante a segunda sessão datarde, as mesas expuseram as suas propostas; um tempo deforo aberto encerrou a jornada, não sem antes delegar a outrogrupo de secretários, um por mesa, a tarefa de encontrar um consensosobre o apelo comum.DIA 18 DE SETEMBRO DE 2009, SEXTA-FEIRANo inicio do dia e à maneira de um parêntesis aparente, o Ir.Tony Leon convidou os presentes a reproduzir um desenho, normalmente;e depois, inverter o desenho e reproduzi-lo de novo.Quando se comparam as reproduções, a melhor costuma ser a última,porque, provavelmente, no traçado das linhas não intervêmnem a antecipação mental nem a interpretação racional. Esteexercício constituiu um convite a reconhecer o potencial da açãode Deus em cada um, sobretudo se formos capazes de mudar deperspectiva e de libertar-nos das próprias expectativas.Em seguida, tomou a palavra o Ir. Graham Neist, na qualidadede porta-voz do grupo de secretários, para apresentar os valores observadosnas formulações de cada mesa e agrupados em três blocos:• Valores comuns subjacentes em todos os grupos: necessidadede mobilidade, Maria, irmãos e leigos juntos, movimentoem direção a algo de novo.• Valores que toda a assembleia reconhece, mas com diferentesaspectos: profetas de fraternidade, entre as crianças eos jovens, o apelo à conversão.21 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geral• Valores particulares citados por um ou outro grupo: novoscorações marianos, a transformação inclui mudança noscomportamentos, testemunho.No princípio da segunda sessão, o Ir. Ben Consigli propôsuma hipótese de formulação do apelo fundamental, para avançarna construção de um consenso em assembleia: “Venham depressa<strong>Maristas</strong> de Champagnat, meus meninos necessitam de vocêsagora, ali me encontrareis, Maria lhes dirá como”. Após um tempode diálogo nas mesas, partilharam-se as apreciações na assembleia.Em conjunto, apreciava-se o sentido de chamamento daproposta, o modo de expressar a urgência de forma dinâmica ea figura de Jesus como o protagonista do chamamento; em contrapartida,foram apontadas como carências, uma figura maisativa de Maria, a conversão do coração, o sentido da renovação,a citação explícita das crianças e jovens “pobres”, a ausência defigura bíblica e a preferência do verbo “ir” no lugar de “vir”. Amanhã terminou-se com um breve momento de palavra livre, noqual se sublinhou a evidência de um sentir comum e, ao mesmotempo, a necessidade de avançar e de não ficar emperrados àprocura de uma formulação mais feliz.De tarde, o Ir. Maurice Berquet apresentou uma proposta depalavras-chave ou rumos, como núcleo do apelo fundamental:• Conversão• Coração novo, um mundo novo• Urgência do chamado para uma terra nova• Missão a favor das crianças e jovens pobres• Juntos, irmãos e leigos• Aspecto mariano.Após comprovação do apoio quase unânime da assembleiae algumas poucas reservas (de duas a seis, dependendo doponto considerado), o Ir. Ben Consigli introduziu uma novaproposta de trabalho. Com a imaginação, transladou a assem-PÁGINA22


Desenvolvimento do XXI Capítulo geralbleia para o ano 2016 e pediu a cada mesa que redigisse umacarta de avaliação destinada à Comissão preparatória do XXIICapítulo geral, como resposta à consulta inicial. Tratava-se dedescrever, chegando a um consenso enquanto mesa, o Institutoque gostaríamos de ver e viver ao longo dos próximos seteanos. Convidou para citar, na medida do possível, os meiosusados durante esses sete anos para chegar a essa realidade de“sonho”. Uma vez superado o desconcerto inicial, os presentespuseram mãos à obra, gerando-se um ambiente extraordinariamentepositivo nos grupos, à medida que iam desenhandoo futuro. A consciência da realidade, bem presente nasmentes dos capitulares, não embargou o seu espírito no momentode procurar o melhor futuro possível, com os pés firmesno chão. Este estado de ânimo manifestou-se numa rápidaavaliação final, ao término do dia. A carta era uma maneira dechegar ao apelo, a partir de outra perspectiva, vista ao avesso,e o resultado parecia ser mais satisfatório, tal como já tinha sucedidocom o desenho, na primeira hora da manhã.DIA 19 DE SETEMBRO DE 2009, SÁBADOA manhã do sábado esteve dedicada a proclamar o conteúdodas cartas, no plenário. A leitura serena das mesmas exerciaum efeito balsâmico na assembleia e criou uma consciênciaesplêndida de comunhão, na visão do futuro que o Institutotem diante de si.Na segunda sessão, os leigos convidados apresentaram asua mensagem ao Capítulo, finalizando com ela esses dias deestreita e intensa participação ao lado dos Irmãos. Seguiu-seum breve eco nas mesas; e algumas participações em foroaberto apreciaram e valorizaram muito positivamente a contribuiçãoque eles deram. Depois, iniciou-se a Eucaristia preparadapor eles mesmos, em sinal de comunhão com o Insti-23 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geraltuto. Os gestos de despedida, já iniciados no serão da noite anteriorpelo Ir. Seán Sammon, tiveram o seu apropriado epílogona missa e na mesa partilhada.DIA 20 DE SETEMBRO DE 2009, DOMINGOA tarde do sábado e todo o domingo foram livres, paradescansar. Duas semanas intensas de trabalho bem mereciamum espaço de repouso sereno, antes de enfrentar a etapa seguintedo Capítulo. A Comissão central aproveitou o domingopara continuar a preparar a sequência do Capítulo.DIA 21 DE SETEMBRO DE 2009, SEGUNDA-FEIRANa primeira sessão da manhã, a Comissão central apresentouo plano e o método de trabalho que programou para as trêssemanas seguintes. Nesta fase do Capítulo, procura-se aprofundara metodologia do diálogo fraterno e do consenso como objetivo de chegar a decisões firmes nas diversas frentes. Emvez de um trabalho por comissões especializadas, a ideia era decriar um tecido de diálogo cruzado na própria mesa e das mesasentre si. Para começar, identificaram-se sete tarefas que deviamser abordadas pelo Capítulo: visão (o conjunto de temasde fundo e o apelo fundamental), constituições, governo, finanças,casa geral, eleições e transmissão. As mesas designavamum secretário para cada uma dessas tarefas e este, por suavez, integraria um grupo de trabalho com os outros secretáriosdesignados para essa mesma tarefa. Estes grupos de trabalhoseriam os mediadores do diálogo sobre cada uma das tarefasencomendadas, preparando uma dinâmica que levasse a amadureceros temas na assembleia, com a finalidade de chegar adecisões com o máximo grau de consenso. O trabalho desenvolvidopor esses grupos seria discutido nas mesas e, com es-PÁGINA24


Desenvolvimento do XXI Capítulo geralsas contribuições, poderiam os grupos ir perfilando propostasque obteriam o máximo consenso possível de todas as mesase da assembleia em geral.Quanto ao horário em concreto, propunha-se dedicar a primeirasessão da manhã a reuniões de secretários e a segundaao tema da visão, enquanto as tardes ficariam reservadas paraoutras tarefas mais específicas. Com este desenvolvimento emparalelo de todas as tarefas, pretendia-se evitar a acumulaçãode assuntos para a parte final do Capítulo e que a reflexão damanhã iluminasse também os critérios e decisões a tomar naparte da tarde. Como os capitulares do Brasil retiraram a propostade diminuir o período de governo para seis anos (o querequeria a prévia autorização da Santa Sé), foi possível apresentarum calendário que previa a eleição do Superior-geral eVigário para o sábado seguinte. Ao finalizar a exposição, dialogou-senas mesas e formularam-se perguntas que seriamrespondidas na última sessão da tarde.O resto da manhã dedicou-se à releitura pessoal das cartasque descreviam os sonhos em relação ao futuro do Instituto, intentandoidentificar as ideias comuns, as ideias minoritárias (asatrativas e as indiferentes para cada um), os novos desafios,uma ou outra urgência e suas implicações na animação e nogoverno.No início da tarde, essa reflexão foi partilhada nas mesas eaprofundou-se através de uma ferramenta de análise apresentadapelos Irmãos Ernesto Sánchez e Ben Consigli. Essa ferramentapretendia extrair as grandes ideias contidas nas cartas,e classificando-as num quadro onde se cruzavam os fios temáticos(como conversão, internacionalidade, Maria, com osolhos das crianças e jovens pobres, animação e governo, fraternidade,formação e vocações…) com uns rumos-chave (Irmãose leigos, autenticidade de vida consagrada, missão e ou-25PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geraltros…). Este trabalho seria o ponto de partida para o grupo quetrabalharia a visão. Na última sessão, explicou-se com mais detalheso método de trabalho, esclareceram-se algumas dúvidase, após um breve intercâmbio nas mesas e mais algumas indicações,deu-se por encerrada a sessão.DIA 22 DE SETEMBRO DE 2009, TERÇA-FEIRAIniciou-se o dia com uma nova distribuição de mesas e comum tempo para que os componentes pudessem se apresentar econhecer. Esta composição seria fixa para o resto do Capítulo.Depois, as mesas designaram os secretários para cada uma dassete tarefas previstas. Todos os que ficaram livres foram convocadospara o grupo da visão. Na segunda sessão deu-se o primeiroencontro por grupos de trabalho, em vista de um primeirocontacto com a própria tarefa, delimitar o campo de trabalho, definirfunções e propor uns objetivos e intenções relativos à tarefaatribuída. Essa primeira reunião serviu para comprovar a composiçãodos grupos de trabalho no caso de ter que remodelar algumdeles, em função das competências linguísticas de seusmembros. Pretendia-se trabalhar prioritariamente em dois idiomaspor grupo, portanto, com a ajuda de um só tradutor.De tarde, os secretários informaram as mesas acerca do trabalhoinicial que os grupos tinham desenvolvido de manhã. Esteprimeiro eco resultou interessante para tomar consciência da amplitudedos temas e das pretensões iniciais do trabalho a desenvolver,durante o resto do Capítulo. Ficou claro que esses gruposdeviam mediar a reflexão e o trabalho destinado a toda aassembleia. Na última sessão, deram-se outras indicações e esclarecimentos,estando conscientes que só a prática acabariapor dissipar as dúvidas e os pormenores da aplicação. No finaldesses dois dias, a assembleia estava em condições de aprovare adotar este método de trabalho para o estudo das tarefas quePÁGINA26


Desenvolvimento do XXI Capítulo geralo Capítulo tinha diante de si, apesar da insegurança provocadapela novidade. Com grande apoio, o Capítulo resolveu aplicaresse método a partir do dia seguinte.DIA 23 DE SETEMBRO DE 2009, QUARTA-FEIRAAs duas sessões da manhã foram dedicadas ao trabalho porgrupos de secretários. Durante a tarde, o grupo de eleiçõesapresentou os textos em vigor que regiam as eleições do Ir. Superior-gerale seu Vigário: Constituições, Regimento e o processoaprovado no Capítulo anterior. Dialogou-se nas mesas sobreo assunto e ao por em comum as reflexões, resultou evidenteum acordo básico sobre o procedimento vigente. O grupo tomounota de todas as sugestões de mudança, com a intenção deelaborar uma proposta definitiva para o dia seguinte.Na segunda sessão da tarde, o grupo do governo começoupor comunicar à assembleia que o debate sobre a concepção eestrutura do governo-geral não tem maior incidência sobre aeleição do Ir. Superior-geral e a do seu Vigário, posto que costumamreger-se por outros critérios; claro que pode, sem dúvida,determinar a composição e eleição do Conselho-geral. Aseguir, apresentou o seu plano de trabalho, o documento précapitularsobre esse tema e umas perguntas iniciais para orientaro seu trabalho como grupo: uma rápida avaliação da etapado governo que terminava e uma primeira avaliação dos diversosmodelos de animação e governo apresentados nos documentos.Os secretários desse grupo recolhiam as observaçõesdo diálogo nas mesas. Com essas premissas, o grupo de eleiçõespropôs levar a cabo a eleição do Ir. Superior- geral e Vigário nasexta-feira e sábado seguintes; proposta essa que foi aceita porunanimidade.27PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralDIA 24 DE SETEMBRO DE 2009, QUINTA-FEIRAA primeira sessão da manhã foi dedicada ao trabalho por gruposde secretários. Na segunda sessão, o Ir. Graham Neist explicoua organização do grupo que trabalha a Visão: um subgrupotrabalha sobre o apelo fundamental, outro, sobre o tema“maristas: irmãos e leigos, juntos”, outro, sobre aspectos de consagraçãoe vida religiosa “corações novos para um mundonovo” e, finalmente outro sobre a “missão marista para ummundo novo”. O resto da sessão esteve à disposição da equipeque trabalha o apelo fundamental. Apresentaram um primeiroesboço com a intenção de desenvolver o seu trabalho de acordocom o sentir da assembleia. O projeto apresentado propunha umobjetivo, alguns conteúdos e aspectos de expressão do apelo fundamental:o lema, uma explicação, uma oração (e/ou canção) euma imagem. O grupo explicou as suas ideias sobre cada umdesses aspectos e recolheu o eco que suscitavam as suas propostasno diálogo por mesas. Um aplauso final foi o epílogo dotrabalho da manhã, ratificando a satisfação da assembleia aocomprovar que as intuições e os apelos iam tomando forma.De tarde, o grupo de Eleições apresentou o procedimentopara a eleição do Ir. Superior-geral e do Vigário, de acordo comas contribuições do dia anterior. Conseguiu a aprovação das mesas,ampliando de duas horas o escrutínio da sondagem prévia,dando assim um tempo suficiente para a consulta aos candidatos.Também se aprovou a inclusão da estátua da Boa Mãe,junto ao crucifixo e à relíquia de São Marcelino Champagnat, namesa de votação. O grupo de governo aproveitou a ocasiãopara propor um tempo de diálogo nas mesas sobre o tema da regionalizaçãodo Instituto. Os secretários tomaram nota do quese disse nas mesas.Na segunda sessão da tarde, sucederam-se três grupos de trabalhoque, essencialmente apresentaram os documentos pré-ca-PÁGINA28


Desenvolvimento do XXI Capítulo geralpitulares que deviam servir para iluminar a reflexão da assembleiacapitular sobre os seus respectivos temas. Em primeiro lugar, ogrupo das Constituições, depois, o grupo sobre a Casa-geral e, finalmenteo grupo das Finanças. Os três abriram um espaço de diálogonas mesas para reagir sobre cada um dos temas e convalidara proposta de trabalho que propunham para este Capítulo.DIA 25 DE SETEMBRO DE 2009, SEXTA-FEIRASeguindo o procedimento aprovado para as eleições do Ir.Superior-geral e Vigário, este dia foi vivido num clima de oraçãoe reflexão. A manhã esteve mais orientada para a oração ereflexão pessoal, com a possibilidade de intercâmbios dois adois; e a tarde, à reflexão e ao discernimento partilhado porgrupos espontâneos de capitulares. Iniciou-se às 8h30 na capelacom a liturgia da Palavra. Cada capitular recebeu a cédula desondagem prévia para ser entregue no ofertório, no fim da manhã,dando assim continuidade à celebração da Eucaristia. Àsseis da tarde, no decorrer da oração marial, os Irmãos SeánSammon e Benito Arbués entregaram uma lista de sete nomes,resultante da sondagem, como ajuda ao discernimento, sabendoque a eleição não se restringe a essa lista.DIA 26 DE SETEMBRO DE 2009, SÁBADOÀs 9h00 da manhã, todos os capitulares se congregaram na salacapitular. A mesa que presidia a sessão estava composta pelo Ir.Seán Sammon, presidente do Capítulo, o Ir Maurice Berquet, comissário,Ir. Josep M. Soteras, secretário, e dois secretários adjuntospara essa sessão, os Irmãos Matthews Nicholas Banda e SunandaAlwis. Serviram como escrutinadores, os Irmãos EugenioMagdaleno e Abel Muñoz.29PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralO presidente do Capítulo pediu que permanecessem na salaapenas os Irmãos capitulares e que se desligassem todos os instrumentoseletrônicos. De acordo com o estabelecido nas Constituições(art. 131) e no Regimento do Capítulo (art. 7.1 a 7.11), deuseinício à eleição do Ir. Superior-geral. O Ir. Emili Turú obteve amaioria absoluta e respondeu afirmativamente, quando o Ir. SeánSammon lhe perguntou se aceitava a eleição. Consequentemente,o Ir. Emili Turú estava eleito novo Superior-geral do Instituto. Aassembleia aplaudiu e todos os Irmãos desfilaram para felicitálo,enquanto o sino tocava a anunciar o acontecimento a toda acasa e a todo o Instituto. Ato contínuo, organizou-se uma procissãoaté a capela central, precedidos pelo Ir. Emili que segurava emsuas mãos uma relíquia de São Marcelino Champagnat. Chegadosà capela, o Ir. Emili dirigiu as suas primeiras palavras comonovo Superior-geral; falou das emoções que lhe embargavam avoz e recordou a esperança e a generosidade de tantos Irmãos eleigos maristas que, em todo o mundo, estão comprometidoscom a missão marista. Depois de uma breve oração deu-se o atopor concluído.Às quatro da tarde, os capitulares reuniram-se de novo nasala capitular para proceder à eleição do Ir. Vigário-geral. Depoisda oração marial, a mesma mesa que presidira a sessão da manhãassumiu o desenrolar da sessão da tarde, com exceção dopresidente do Capítulo, que a partir deste momento passou a sero Ir Emili Turú. De acordo com o estabelecido nas Constituições(art. 132 y 133), deu-se início à eleição do Ir. Vigário-geral. O Ir.Joseph Mc Kee obteve a maioria absoluta. O Ir. Emili Turú perguntou-lhese aceitava a eleição e, com a sua resposta afirmativa,a sala estalou em aplausos e os Irmãos foram felicitá-lo.O dia terminou com a solene Eucaristia de ação de graças às18h30, seguida de jantar e celebração fraterna, onde todos os Irmãoscapitulares e os da Casa-geral deram um caloroso aplausoaos Irmãos Seán Sammon e Luis García Sobrado pelo serviço ab-PÁGINA30


Desenvolvimento do XXI Capítulo geralnegado e pela liderança exercida à frente do Instituto nos últimosoito anos.DIA 27 DE SETEMBRO DE 2009, DOMINGOPara o domingo, organizaram-se três visitas culturais, comopção para: Assis, Pompeia e Tívoli.DIA 28 DE SETEMBRO DE 2009, SEGUNDA-FEIRAFoi um dia de muitas apresentações. A primeira sessão destinou-seao trabalho em grupos. Na segunda sessão, o Ir. PeterRodney apresentou o trabalho do grupo de “transmissão”.Depois de informar sobre os recursos que estão em marcha,propôs que houvesse diálogo nas mesas, sobre os destinatários,o estilo, formato e conteúdos da produção do Capítulo, e sobresua transmissão. Quando esta questão se pôs em comum, manifestou-seo desejo de usar uma linguagem inclusiva para irmãose leigos, e que também se tivessem em conta os jovens;com respeito ao formato, parecia sugestiva uma “folha-roteiro”,mas era preciso definir isso melhor. A seguir, o grupoque estudava o tema “Casa-geral” fez um primeiro relatoquanto à viabilidade, custos e possibilidades de mudança, e pediuum primeiro eco da assembleia para colher dados necessáriospara formar-se uma opinião.De tarde, aprovou-se o resumo das atas da primeira e segundasemana. Ato contínuo, o grupo de “Animação e Governo”promoveu uma reflexão na assembleia para buscar amelhor forma de organizar o Instituto em resposta aos apelosde Deus. Falou-se da regionalização e das diversas instânciasde governo e de animação. As contribuições das mesas eramenviadas ao grupo de trabalho. Ficou claro que não havia31PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralmaior interesse em que alguns Conselheiros-gerais vivessemnas regiões e começou-se a refletir também sobre o númeroadequado de Conselheiros-gerais. Na segunda sessão da tarde,o grupo das “Constituições” apresentou o programa de trabalhoque se havia proposto para este Capítulo e pediu à assembleiaalguns critérios para abordá-lo.DIA 29 DE SETEMBRO DE 2009, TERÇA-FEIRAA primeira sessão destinou-se ao trabalho por grupos. Nasegunda sessão, o subgrupo de Irmãos e Leigos apresentou asua primeira reflexão para motivar o trabalho da assembleia.Para isso, serviu-se de um texto que recolhia o “sentir do Capítulo”em torno desse tema e uma série de propostas. As mesasdialogaram sobre tudo isso e enviaram as suas apreciaçõesao grupo de trabalho.Na primeira sessão da tarde, o grupo das Constituições começoupropondo que o Governo-geral nomeasse uma equipe deedição para incluir todas as mudanças aprovadas pelos sucessivosCapítulos gerais, em nossas Constituições e Estatutos, paracorrigir a enumeração e as referências, e garantir a coerência dalinguagem e do estilo. A seguir, o grupo apresentou a propostade uma revisão profunda das Constituições como um meio pararevitalizar a nossa vocação. Após alguns esclarecimentos, dedicou-seum tempo ao diálogo por mesas. Finalmente, apresentouseo primeiro bloco de alterações a ser votado numa outra sessão.Na última sessão do dia, o grupo de Animação e Governo apresentouas quatro propostas, fruto das contribuições que a assembleialhe tinha enviado: o Conselho-geral continua a ser umacomunidade; a primeira prioridade do Governo é a animação e,para isso, o acompanhamento dos superiores das Unidades administrativas;o Capítulo elege 6 Conselheiros-gerais; e o Superior-gerale seu Conselho nomeiam membros do Conselho-geralPÁGINA32


Desenvolvimento do XXI Capítulo geralo Secretário-geral e o Ecônomo-geral (cf. Const. 136.1). Duranteo diálogo posterior, o grupo foi verificando o consenso que obtinhamas suas propostas na assembleia, para apresentar, maisadiante, à votação uma proposta definitiva.DIA 30 DE SETEMBRO DE 2009, QUARTA-FEIRANo começo da manhã, reservou-se um tempo para os secretáriosdos grupos de trabalho a fim de informarem suas respectivasmesas de origem sobre a evolução dos seus trabalhos. Atocontínuo, o grupo de “eleições” apresenta um rascunho sobre amaneira de proceder para a eleição do Conselho geral: critérios,proposta de candidatos e processo de eleição. Na segunda sessão,o subgrupo da Missão marista apresenta à reflexão da assembleiaum texto com alguns critérios e 16 propostas para ir recolhendoo sentir de todos os capitulares. As avaliações das mesas confirmaramser perceptível o reflexo do apelo fundamental nas propostas,mas que era preciso continuar a trabalhar.De tarde, o Ir. Víctor Preciado, Ecônomo-geral, apresentou orelatório econômico. Em seguida, houve 40 minutos de diálogonas mesas sobre o financiamento da Administração-geral e o financiamentodas Unidades administrativas. A segunda sessãofoi dedicada às Constituições. Em primeiro lugar, aprovou-se aproposta de uma revisão profunda das Constituições. Depoisvotou-se o primeiro bloco de alterações nas Constituições. Finalmenteapresentou-se o segundo bloco de mudanças e alterações,dando lugar a um intercâmbio nas mesas.DIA 1 DE OUTUBRO DE 2009, QUINTA-FEIRAA primeira sessão destinou-se ao trabalho em grupos. Na segundasessão, o subgrupo da Consagração apresentou o que ti-33PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralnha conseguido cristalizar a partir da caminhada feita pela assembleiacapitular até então. Sua proposta aglutinava os diversoselementos em quatro núcleos: coração do Irmão, comunidademarista, abertura ao mundo novo e espiritualidadeapostólica marista. Como ícone integrador de todos esses elementos,o grupo terminou por apresentar o itinerário de Mariana Anunciação, Encarnação, Visitação-Magníficat e Pentecostes.Depois de um tempo de diálogo por mesas, foramcolocadas em comum as apreciações que ajudaram o grupo aavançar no seu trabalho.Na primeira sessão da tarde, o grupo de Animação e Governoapresentou de novo as suas propostas para orientar aação do Governo-geral nos próximos anos, tendo integrado oscontributos das mesas. Justificou-se a supressão da recomendaçãode nomear como Conselheiros-gerais os Irmãos Secretário-gerale Ecônomo-geral, pela diversidade de pareceres epela confusão que gera. Após um diálogo em assembleia, foiaprovado o número de seis Conselheiros-gerais. A última sessãodo dia foi dedicada a aprovar o processo de eleição do Conselho-geral.Depois de melhorar alguns pormenores, uma sondagemfinal deixou pronto o procedimento para que, no diaseguinte, se pudesse aprová-lo e, logo a seguir, aplicá-lo.DIA 2 DE OUTUBRO DE 2009, SEXTA-FEIRAComeçou-se a jornada aprovando o processo de eleição doConselho-geral. A seguir, aplicou-se o procedimento aprovado,começando por uma reunião dos capitulares, distribuídos porquatro grupos de Províncias e Distritos, com o objetivo desuscitar um número pré-determinado de candidatos para cadazona: África e Madagascar, 3; América, 6; Ásia e Pacífico, 3; eEuropa, 4. Depois de conseguir o consentimento dos nomeados,às 12h, os capitulares regressaram à sala capitular para re-PÁGINA34


Desenvolvimento do XXI Capítulo geralceber a lista completa de candidatos, suscitados pelos diferentesgrupos, e iniciar o período de discernimento, com vistas àeleição prevista para a tarde.Às 15h30, iniciou-se a eleição dos Conselheiros-gerais comuma oração mariana, como de costume cada tarde. A mesa quepresidia a sessão estava composta pelo Ir. Emili Turú, presidentedo Capítulo, Ir. Maurice Berquet, comissário e secretário em função,visto que o Ir. Josep M. Soteras tinha sido incluído na listade candidatos, e dois secretários adjuntos para essa sessão, osIrmãos Matthews Nicholas Banda e Sunanda Alwis. Foram escrutinadores,os Irmãos Eugenio Magdaleno e Abel Muñoz.De acordo com o estabelecido nas Constituições (art. 136 y137), deu-se início à eleição. Os Irmãos John Klein, Antonio Ramalho,Ernesto Sánchez e Michael de Waas foram eleitos, recebendoo abraço do Ir. Emili e as felicitações da assembleia. A partirdeste momento, o Ir. Michael de Waas passou a ser membrode direito da assembleia capitular, agora com 84 membros.DIA 3 DE OUTUBRO DE 2009, SÁBADOÀs 9h00, deu-se início à eleição dos dois últimos Conselheiros-gerais.A mesa que presidia a sessão continuava com amesma composição do dia anterior. Obtiveram maioria e aceitaramsua eleição os Irmãos Eugène Kabanguka e Josep MaríaSoteras. O Irmão Emili saudou a ambos e, em seguida, foramcumprimentados pela assembleia.Após uma pausa de 45 minutos, a última sessão da semanadedicou-se a avaliar o andamento do Capítulo e a dar sugestõesà Comissão central para a planificação da última semana de trabalhocapitular. Em síntese, os capitulares expressaram a satisfaçãopela experiência vivida de diálogo e discernimento parti-35PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo gerallhado sobre a vida do Instituto e, ao mesmo tempo, alguma preocupaçãopela administração do tempo e pelo trabalho que aindarestava por fazer. A Comissão central recolheu todas as sugestõescom a intenção de apresentar um plano de trabalho para aúltima semana, no primeiro horário da segunda-feira.DIA 4 DE OUTUBRO DE 2009, DOMINGOA tarde de sábado foi livre para os capitulares, bem como odomingo. Quatro semanas intensas de trabalho, bem mereciamum espaço de repouso sereno, antes de enfrentar a semana conclusiva.A Comissão central aproveitou o domingo para prepararo plano dessa última semana.DIA 5 DE OUTUBRO DE 2009, SEGUNDA-FEIRAA semana começou com a apresentação do plano de trabalhopreparado pela Comissão central. Depois de resolver algumasdúvidas e inquietações, os Irmãos Maurice Berquet eBen Consigli apresentaram a proposta das produções escritasdo Capítulo: uma Carta, um Documento com as orientaçõesmais relevantes e as Atas. Foram manifestadas algumas dúvidassobre o procedimento e o alcance desses documentos; a Comissãocentral explicou com mais detalhes todas estas iniciativase tomou nota das questões ainda por resolver. A segundasessão destinou-se ao trabalho por grupos.Ao meio-dia, todos se reuniram na sala capitular, com os demaisIrmãos e leigos que trabalham na Casa-geral para agradeceros anos de serviço do Conselho-geral que terminava e dar asboas-vindas ao Conselho que iniciava, numa breve, mas densa eemocionante cerimônia. Em seguida todos participaram do almoço,em ambiente festivo.PÁGINA36


Desenvolvimento do XXI Capítulo geralNo início da tarde, o grupo do apelo fundamental apresentouo resultado do seu trabalho depois de ter recebido e integrado ascontribuições provindas das mesas. O lema proposto para condensaro apelo central do Capítulo foi: “Com Maria, ide depressapara uma nova terra”. Juntamente com o lema, explicouseo texto complementar que precisa o sentido das expressões eproporciona um contexto para os diferentes subgrupos que trabalharamo tema da “visão” para essa nova etapa do Instituto;uma oração final serve de epílogo à proposta que foi muito bemrecebida pela assembleia.Em seguida, foi tratado o tema da Casa-geral, começando porresponder as perguntas formuladas na sessão anterior e procedeu-sea uma nova reflexão na assembleia, à luz das razões e dadostrazidos. O dia de trabalho terminou com a votação do segundopacote de modificações das Constituições; a sessão foiencerrada com a apresentação do próximo bloco de alterações.DIA 6 DE OUTUBRO DE 2009, TERÇA-FEIRAComeçou-se o dia com a aceitação do grupo de redatores queescreveria uma carta do Capítulo, como primeira e imediata expressãodo mesmo: Irmãos Patrick McNamara, Pedro Ost, HipólitoPérez e Jean-Pierre Destombes. Em seguida, o grupo deFinanças com a ajuda do Ir. Víctor Preciado, Ecônomo-geral, ofereceuos dados e informações necessários para responder àsperguntas que os capitulares tinham formulado na sessão precedentedo grupo. A seguir, apresentaram-se os princípios quedevem orientar a gestão econômica e financeira do Instituto eduas propostas sobre o financiamento da Administração-gerale das Unidades administrativas. Depois de um tempo de diálogo,o grupo recolheu as sugestões e contribuições das mesaspara delinear a proposta que queriam submeter à aprovação daassembleia. A segunda sessão foi reservada à aprovação de ou-37PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geraltro conjunto de modificações das Constituições; e terminando,ainda foi apresentado o próximo bloco de modificações com ummomento de diálogo, nas mesas.Na primeira hora da tarde, o Ir. Graham Neist apresentou oprimeiro projeto de princípios e propostas de ação suscitados pelostrês subgrupos de ‘Visão’: o da consagração, o de irmãos e leigos,e o da missão. A falta de tempo não permitiu dispor das traduçõescom antecedência e isso dificultou o trabalho daassembleia, que aproveitou a sessão, para estudar os conteúdosdas várias propostas, sem se deter ainda na sua formulação. Umapequena equipe comprometeu-se a preparar uma formulação integrada,no decorrer do dia seguinte. O dia terminou com umanova oportunidade para o grupo de Animação e governo, a fimde apresentar um projeto bastante acabado de texto orientadorpara a ação de governo, nessa nova etapa da vida do Instituto.Após um rápido estudo nas mesas, enviaram-se as últimas sugestõesao grupo para que pudesse ultimar o documento que,mais adiante, submeteria à votação.DIA 7 DE OUTUBRO DE 2009, QUARTA-FEIRADe manhã, os irmãos capitulares participaram da audiência geraldo Papa Bento XVI, em que se fez especial menção do Capítulogeral e ao qual o Papa concedeu uma especial bênção apostólicaatravés do Ir. Superior-geral.No primeiro momento da tarde, o grupo de Eleições motivoua assembleia para refletir sobre a composição do próximo Capítulogeral, caso houvesse de se modificar alguma das regras queo configurarão, especialmente a que se refere à representatividade,pelo critério do número de irmãos. A reflexão se apresentava, pois,além desse critério, a assembleia poderia querer instaurar algumPÁGINA38


Desenvolvimento do XXI Capítulo geraloutro. No final recolheram-se as sugestões com as quais trabalhariao grupo para apresentar uma proposta.Em seguida, continuou a reflexão sobre o futuro da Casa-geral.Inicialmente foi esclarecida a aparente incoerência entre os dadostrazidos pelo grupo e aqueles constantes do relatório contábilda Administração-geral; em segundo lugar, foi apresentadauma proposta de processo a ser seguido pelo Conselho-geralpara continuar o estudo dessa questão. A assembleia continuoua aprofundar o tema, completando aspectos da proposta a ser elaboradapelo grupo para apresentá-la à votação, no dia seguinte.A segunda sessão se ocupou com a aprovação do último bloco demodificações no texto das Constituições.DIA 8 DE OUTUBRO DE 2009, QUINTA-FEIRANa primeira sessão da manhã, o grupo que redigia a cartado Capítulo apresentou o seu projeto de texto. Este texto alimentouprimeiro a oração da manhã e depois houve a oportunidadepara analisá-lo nas mesas. Ante de terminar a sessão,houve sugestões que o grupo agradeceu e aproveitou para levara cabo uma versão definitiva, prevista para o dia seguinte.Na segunda sessão, quatro grupos apresentaram as suaspropostas definitivas. Foi uma sessão que confirmou por votoo consenso que se tinha construído mediante o diálogo de todosestes dias. Em primeiro lugar, o grupo de Finanças propôsà votação uns princípios orientadores e duas propostas: umasobre o financiamento da Administração-geral e outra sobre ofinancia mento das Unidades administrativas, ambas orientadasa conseguir, gradualmente, a sustentação adequada detudo isso.39PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralEm segundo lugar, o grupo de Eleições apresentou uma modificaçãodo art. 12 dos Estatutos do Capítulo para permitir queo Superior-geral possa convidar alguns jovens Irmãos.Em terceiro lugar, o grupo de Animação e Governo submeteuà votação duas modificações das Constituições: art. 130.1e art. Conferência geral. Por último foi votado o conjunto decritérios e orientações para a Animação e governo.No final da manhã, apresentou-se a proposta definitiva sobrea Casa-geral, estabelecendo um processo para ser seguidopelo Conselho-geral para avançar no estudo da questão e umasérie de condições que, se favoráveis, poderiam recomendar avenda e a transferência da Casa-geral.Na primeira sessão da tarde, a equipe de síntese da ‘Visão’apresentou uma proposta mais elaborada dos princípios e propostasde ação para cada uma das partes. Depois de um tempode diálogo nas mesas e de partilha na assembleia, recolheramseas sugestões para melhorar o conteúdo e a formulação do escrito.Na última parte do dia, os capitulares tiveram um tempopessoal para se interrogarem sobre os apelos que tinham sentidoneste Capítulo, a partir da experiência vivida.DIA 9 DE OUTUBRO DE 2009, SEXTA-FEIRANo início da manhã, o grupo de Transmissão motivou o trabalhoa ser feito por mesas. Os secretários desse grupo animaramuma partilha fraterna em cada mesa para analisar a experiênciavivida no Capítulo, a fim de preparar a transmissão damesma a todos os irmãos e leigos maristas. A segunda sessãofoi reservada para a reunião dos capitulares por regiões, primeiropara partilhar acerca da transmissão e depois, paraadiantar também a agenda dos temas específicos de cada zona.PÁGINA40


Desenvolvimento do XXI Capítulo geralNa primeira hora da tarde, partilhou-se, por mesas e depoisno grande grupo, o resultado do diálogo por regiões. A seguirapresentou-se a redação final da Carta que foi aprovada. Depois,também se apresentou uma versão já muito acabada dosprincípios e propostas de ação do grupo da Visão; uma sondagemfinal revelou um apoio maciço, de modo que com algunsretoques, no dia seguinte poderia ser submetida à votação.Por último, o Ir. Maurice Berquet, em nome da Comissãocentral introduziu o assunto da publicação dos documentos edecisões aprovadas pelo Capítulo. O assunto foi colocado parase poder chegar a uma conclusão na última sessão do Capítulo.O resto do tempo ficou disponível para que as regiões pudessemtratar de temas particulares constantes de suas agendas.Depois do jantar, toda a Casa-geral se reuniu na sala capitularpara um encontro festivo de despedida, em que os capitularesagradeceram os serviços prestados por tantos Irmãos eleigos que, com a sua entrega generosa e abnegada, tornarampossível este acontecimento histórico para o nosso Instituto.DIA 10 DE OUTUBRO DE 2009, SÁBADOÀs 8h00 da manhã, começou-se com a oração e o encerramentodos assuntos que haviam ficado pendentes. Primeiramente,foi submetido à votação o documento definitivo sobrea ‘Visão’ para o Instituto, depois de incluir as emendas suscitadasno dia anterior. Depois, refletiu-se sobre a publicaçãodesse documento com as outras decisões relevantes do Capítulo.Depois de um bom debate delegou-se ao Conselho-gerala responsabilidade da edição dos textos capitulares. Por fim,dialogou-se sobre a oportunidade e a forma de comunicar a reflexãosobre a Casa-geral, sendo essa tarefa também delegadaao Conselho-geral.41PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralDepois disso foram feitas as fotografias oficiais do Capítuloe do novo Conselho-geral, na própria sala capitular.A última sessão da manhã começou com a alocução conclusivado Ir. Superior-geral acompanhada com grande atenção.Em seguida foram aprovadas as atas das últimas três semanase o encerramento do Capítulo. O Irmão Emili Turúdeclarou solenemente concluído o XXI Capítulo-geral. Os Irmãosforam orientados a realizar a avaliação, durante o dia,mediante a intranet. A manhã foi completada com a celebraçãoda Eucaristia de ação de graças pela realização e conclusão doXXI Capítulo-geral.PÁGINA 42


II. DOCUMENTOOFICIALdo XXI Capítulo geral«Com Maria,ide depressapara uma nova terra!»


1. APRESENTAÇÃOO documento que tem em suas mãos traz tudo o que osmembros do XXI Capítulo geral decidiram publicar como expressãodo que foi vivido durante os 33 dias de reunião, assimcomo as principais linhas de ação sugeridas para o Instituto,nos próximos oito anos, com as decisões mais relevantes queforam tomadas.Em primeiro lugar, encontramos a “Carta do XXI Capítulogeral”, escrita em resposta às “Cartas das regiões”, que forammuito bem recebidas e trabalhadas pelos membros do Capítulo.Penso que a carta foi imaginada como um modo de continuaro diálogo, iniciado na fase preparatória, por todo o Instituto,e que se prolongou durante as cinco semanas dodesenrolar do Capítulo, não apenas ao redor das mesas redondasda sala capitular, mas também na conexão com muitasoutras pessoas, especialmente pela internet. Escrita em formadireta e simples, ela convida para que o diálogo não se interrompa,uma vez terminado o Capítulo geral: todas a pessoas45 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralque, de uma maneira ou outra, participaram do processo capitular,em suas diversas fases, deveriam sentir-se interpeladasa continuar esse caminho de escuta e de diálogo, aprofundandoo chamado do Senhor para o Instituto marista, hoje.A “Carta do XXI Capítulo geral” queria ser uma comunicaçãodistribuída o mais rapidamente possível, para que se tivesseentre as mãos o essencial do XXI Capítulo geral, mesmosem necessidade de entrar em todos os detalhes. Por issomesmo, observar-se-á alguma repetição com os documentosapresentados em seguida, uma vez que a carta recolheu elementosde todos eles.O núcleo do chamado do Senhor ao Instituto marista, talcomo o percebeu a assembleia capitular, é formulado de distintasmaneiras no “Apelo fundamental”, procurando usarlinguagens diferentes para expressar uma vivência coletivamuito profunda: através de um lema, no imperativo, colocadona boca do Senhor; através de um texto um pouco mais desenvolvidoe que explica o lema; através das imagens de Mariae Champagnat que, depressa, se põem a caminho; e, finalmente,valendo-se de uma invocação a Maria.A secção que foi chamada de “Horizontes de futuro” desenvolveos vários aspectos desse Apelo fundamental, oferecendo algunsprincípios ou convicções e sugerindo propostas de ação.O documento termina apresentando algumas das decisõesmais importantes tomadas pelos membros do XXI Capítulo.São referentes às Constituições, “aplicação do Evangelho anossas vidas”; à animação e ao governo do Instituto para ospróximos 8 anos; às finanças do Instituto; e à Casa geral. Cadauma dessas decisões vem precedida de uma pequena introdução,preparada pela equipe encarregada da publicação dostextos capitulares, com a finalidade de situá-las em seu con-PÁGINA 46


Documento oficialtexto e para facilitar sua compreensão. Como dizia acima, essassão apenas algumas das decisões tomadas; o conjunto de todaselas poderá encontrar-se nas “Atas do XXI Capítulo geral”a serem publicadas, proximamente.A experiência nos diz que não há uma relação direta entre aprodução de documentos e os processos de mudança nas pessoase nas instituições. Por isso, quando, na sala capitular, se dialogousobre o modo de transmitir o Capítulo ao Instituto marista,percebeu-se com muita clareza que cada membro do Capítulodeve ser a melhor mensagem, através de seu compromisso pessoal,e bem consciente de que as decisões que cada um tomar vãoafetar, para o bem ou para o mal, o conjunto do Instituto.A conversão começa quando se reconhece que o chamadodo Senhor é dirigido a cada um de nós, de modo muito pessoal,e quando começamos a dar passos concretos para dar-lhe resposta.Duvido muito que um desafio tão importante, em nívelcoletivo, como o de “ir depressa, com Maria, para uma terranova” possa ser respondido sem que se dê, ao mesmo tempo,um deslocamento, um itinerário interior, em cada um de nós.Teremos a audácia de colocar-nos a caminho, nos passos deMaria da Visitação, que concebeu Jesus em seu coração, antesde concebê-lo em seu seio?Acolhamos com fé e confiança o fruto do discernimento doInstituto marista. O mesmo Senhor, que nos convida a seguiloradicalmente, dar-nos-á os meios e a força necessários parafazê-lo.Maria, nossa Boa Mãe, nos acompanha com ternura e delicadeza.Que ela abençoe a cada um de nós!Ir. Emili Turú, SG47 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geral2. CARTA DOXXI CAPÍTULO GERALAos irmãos, leigas, leigose jovens maristas«Com Maria, ide depressapara uma nova terra!»Queridos irmãos, leigos, leigas e jovens maristas:Uma saudação fraterna e marista a partir do coração do XXICapítulo geral. Que a presença de Jesus, a ternura da nossa BoaMãe e a audácia de Marcelino Champagnat acompanhem anossa vida e a nossa missão.Há vários meses nos colocamos a caminho preparando esteacontecimento. Chegamos a Roma contagiados pelo entusiasmode muitas pessoas, irmãos, leigos, leigas e jovens, queforam protagonistas neste processo: Corações novos para ummundo novo!Com esta carta, dirigimo-nos a ti irmão, leigo, leiga, jovemmarista para te comunicar e te fazer participante da boa-novaque aqui vivemos, com o desejo de te contagiar de paixão e deesperança. Com Maria dizemos: Magnificat!“Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21,5)Deixamos por uns dias as nossas obrigações quotidianas elevantamos a tenda, juntos. Irmãos e irmãs, acolhemo-nos mutuamente,reconhecemos com alegria que somos parte de umamesma família, a família de Marcelino Champagnat.PÁGINA48


Documento oficialA diversidade das nossas vocações e das nossas culturas levaram-nosa dar graças a Deus por esta riqueza de nossas vidase missões, expressão do carisma de Marcelino Champagnatno mundo de hoje.No discernimento, na oração e na partilha, pusemo-nos à escutade Deus que transforma os nossos corações e nos permite lera sua presença nos sinais dos tempos e na vida de nossos irmãos.A dinâmica e a pedagogia deste Capítulo, sentando-nos aoredor de uma mesa redonda, ajudaram-nos a viver a escutaevangélica do outro para chegar, em diálogo fraterno, a tomardecisões e a pô-las em prática. A riqueza de nossa vida comunitáriapermitiu-nos tomar consciência da felicidade de vivercomo irmãos e irmãs na simplicidade e na alegria partilhadas.Vale a pena ser marista hoje.Sentimo-nos contentes e damos graças a Deus pela eleiçãodo Irmão Emili Turú como Superior geral e por sua equipe deanimação e governo.Maria tornou-se presente. Tomou-nos pela mão para nosmostrar o seu amor materno e convidar-nos a sair depressa.Um Deus que nos surpreende… (Lc 1,29)Deus tem um sonho para cada um de nós, para a humanidadee para o nosso Instituto. Ao escutar os nossos corações,descobrimos o seu amor, sua misericórdia e ternura como umDeus Pai e Mãe, enquanto reconhecemos as nossas debilidadese incoerências. Esta mesma experiência fez com que Marcelinofosse um homem empreendedor, audaz e arriscado. O seusonho consistiu em “Tornar Jesus Cristo conhecido e amado pelascrianças e pelos jovens”.49PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralQueremos ser continuadores do seu sonho: homens e mulheresde Deus, profetas da fraternidade num mundo desumanizadoà procura de sentido e sedento de Deus. Então, sentimonoschamados, como irmãos e irmãs, a ser presença desseamor e do rosto materno de Deus.…e converte nossos corações (Ez 36, 26)Sentimos que o Senhor nos está a dizer: “É preciso nascer denovo” (Jo 3, 7). A proposta de Jesus é a conversão do coraçãoque implica decisão profunda e abertura à gratuidade de Deuspara ser transformados por Ele. É Deus quem nos vai converter,se existir abertura de mente e de coração, ensinando-nos aviver com os seus olhos e o seu coração. O amor de Deus nosleva a converter-nos e a reencontrar o coração das nossas respectivasvocações. O mundo tem sede de testemunhas autênticasque arrisquem sua vida inteira para que a Boa-notícia sejaanunciada a todos. “O Reino de Deus está no meio de vocês, convertam-se”(Mc 1, 15).Com realismo, tomamos consciência de nossas possibilidadese também de nossos limites e pobrezas. Percebemos coraçõesendurecidos pela rotina e pelo conformismo. Pesam a diminuiçãonumérica e o envelhecimento. Surge a preocupaçãopor nossa identidade e pelo futuro de nosso estilo de vida.Sentimos dificuldade para formar comunidades proféticas. Osprocessos de reestruturação ainda não foram assumidos de coração.Continuamos manifestando nossa pobreza espiritual aonão saber colocar Jesus e seu evangelho no centro de nossas vidas.O mundo em mutação desafia constantemente nossas estruturase nossos projetos.Mas como sucedeu a Maria na Anunciação, Deus saiu aonosso encontro e nos surpreendeu. Convidou-nos a sair parauma nova terra. Em nossa pequenez e debilidade nos pergun-PÁGINA50


Documento oficialtamos: Como poderá ser isto, neste momento de nossa história?Sentimo-nos confortados ao recordar Champagnat: “Se o Senhornão edificar a casa…”. Descobrimos que em nossa pequenezestá a força de Deus, e que em nossa debilidade está a mãocarinhosa do Deus amor.Juntos, sonhamos nosso futuro e descobrimos oapelo fundamental que Deus nos faz hoje:Com Maria, ide depressa para uma nova terra!Sentimo-nos impulsionados por Deuspara partirmos para uma nova terra,que favoreça o nascimento de uma nova épocapara o carisma marista.Supõe estarmos prontos para a mobilidade,para o desprendimento, e para assumir um itineráriode conversão tanto pessoal como institucional,nos próximos oito anos.Percorremos este caminho com Maria,guia e companheira. Sua fé e disponibilidade a Deusnos encorajam nessa peregrinação.A “nova terra” de uma autêntica renovação do Institutopede-nos uma verdadeira mudança de coração.O espírito deste XXI Capítulo, o horizonte do Bicentenário euma maior consciência da nossa internacionalidade nos urgem a:a. Uma vida consagrada nova, arraigada firmementeno Evangelho, que promova um novo modode ser IrmãoDurante este Capítulo, o Espírito interpelou-nos aacolher a novidade de “nosso ser de Irmão”. Convidadosa retomar a força original do nome que Marcelinonos legou: “Pequenos Irmãos de Maria”.51PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geral■ Irmãos, filhos de um mesmo Pai, chamados porDeus a viver o dom total da nossa vida pela consagraçãoreligiosa, tendo Cristo como centro denossa vida. Cada Irmão é o primeiro responsávelpor seu itinerário de conversão.■ Irmãos entre irmãos, sinais do Reino na simplicidadede vida, na partilha de vida e de fé, numa oraçãorenovada e no perdão mútuo. Comunidade, visívele aberta, de irmãos inspirados no entusiasmoda primeira comunidade de La Valla, reivindicandoo espírito de audácia de L’Hermitage e animadospelo testemunho fiel de nossos mártiresmaristas.■ Irmãos das crianças e jovens pobres, presentes emseu meio e ajudando-os a dar sentido a suas vidas.Apaixonados por sermos sinais do amor de Deuse audazes para nos deslocarmos a locais onde outrosnão vão.■ Irmãos universais, abertos e disponíveis para acolhera diversidade do nosso Instituto. Interpeladosa ir além das nossas fronteiras, deixando-nos evangelizarpelo outro.■ Irmãos de Maria, a caminho com ela. Convidadosa descobri-la no evangelho como peregrina da fé.Como Marcelino que a toma como Mãe e modelo.“E a partir daquela hora, o discípulo acolheu-a na suacasa” (Jo 19, 27)Volvamos ao coração da nossa vida de irmãos, de consagradosreligiosos a fim de chegar a ser memória evangélicapara o mundo.PÁGINA 52


Documento oficialb. Uma nova relação entre irmãos e leigos, baseadana comunhão, buscando juntos uma maior vitalidadedo carisma marista para o nosso mundoReconhecemos e apoiamos a vocação do leigo marista.Acreditamos que seja um convite do Espírito a viveruma nova comunhão de irmãos e leigos maristas juntos,contribuindo para uma maior vitalidade do carismamarista e da missão no nosso mundo. Acreditamosque estamos perante um “Kairós”, umaoportunidade-chave para partilhar e viver com audáciao carisma marista, formando todos juntos umaIgreja profética e mariana.■ A Assembleia Internacional da Missão em Mendespermitiu, a irmãos e leigos, viver uma experiênciade comunhão e, juntos, sentimos o chamado pararevitalizar nossas vidas e nossa missão marista:“Um coração, uma missão”.■ Acolhemos com satisfação o novo documento: “Emtorno da mesma mesa”, como uma fonte de reflexãoe discernimento durante os próximos anos.■ Apostamos em processos e experiências de formaçãoconjunta, de irmãos e leigos, que garantamuma boa formação e ajudem a ser fiéis às intuiçõesdo nosso fundador.■ Apoiamos o Movimento Champagnat da FamíliaMarista e outras expressões novas de vida e depertença marista que estão surgindo, em diferentesformas, em diversas partes do mundo. Ao mesmotempo, sentimos a necessidade de levar à frenteprocessos que permitam a todos os maristas ser corresponsáveisda vida, espiritualidade e missão.53 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geral■ Irmãos e leigos, partilhamos a responsabilidade deprocurar novas vocações maristas. O grito de MarcelinoChampagnat, “Precisamos de irmãos!”continuaa interpelar-nos hoje. Que cada um de nós, irmãose leigos maristas, se atreva a convidar os jovensa serem irmãos maristas ou leigos maristas.c. Uma presença fortemente significativa entreas crianças e jovens pobres.Convidados a ver o mundo através dos olhos das criançaspobres.Vamos depressa com Maria da Visitação e MarcelinoChampagnat ao encontro do jovem Montagne. LevemosJesus Cristo às crianças e aos jovens, especialmenteàs crianças mais pobres, “em todas as dioceses domundo”. Em seus rostos descobrimos o rosto de Deus.■ Convidamos a todos vocês, que trabalham em nossoscentros educativos e centros sociais, para queanimem os seus alunos a transformar seus corações,suas vidas e atividades, a fim de cresceremcomo pessoas comprometidas na construção deuma sociedade justa e solidária, no respeito à vida,conscientes da ecologia, em vista de conseguir ummundo melhor e sustentável. Ir para uma nova terratem implicações: partilhar a responsabilidadepela missão, dar prioridade à evangelização, vivera opção pelos pobres e transmitir o carisma a umanova geração de educadores.■ Promovemos o diálogo intercultural e inter-religioso,baseado no respeito, crescimento mútuo enas relações em pé de igualdade entre diferentesculturas, etnias e religiões (cf. Mendes).PÁGINA 54


Documento oficial■ Desenvolvemos uma mentalidade internacional eintercultural da missão marista. O projeto Ad Gentesé um convite a fortalecer nosso espírito missionáriono Instituto.■ Recordemo-nos de Maria e José fugindo rapidamentepara o Egito a fim de proteger o Menino Jesus.Esta imagem nos inspira a converter-nos emperitos e defensores dos direitos das crianças e jovensde maneira valente e profética, nos espaçosonde são definidas as políticas públicas.Sentimo-nos levados a desafiar as políticas sociais,econômicas, culturais e religiosas que oprimem ascrianças e os jovens. Agora é o momento para todosnos unirmos aos esforços da Fundação Maristapara a Solidariedade Internacional (FMSI).■ Como Instituto internacional de Irmãos, sentimonosresponsáveis pelas unidades administrativasque vivem em situações econômicas difíceis. Somoschamados a viver a solidariedade e a partilharnossos recursos humanos e materiais.Com Maria, vamos depressa para uma nova terra(Lc 1,39)Em nossa história marista, Deus nos dá o momento extraordináriodeste Capítulo para voltar aos elementos fundamentaisdo nosso carisma. Como os discípulos de Emaús, depois destaexperiência nossos corações estão em chamas: “Não ardiam osnossos corações enquanto nos falava pelo caminho?” (Lc 24, 32).Fomos transformados e enviados a anunciar ao mundo a Boanotícia.Esta parte da nossa peregrinação está terminada, mas55 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralainda continua e agora deve lançar raízes em todo o Instituto. Porisso, nós, membros do XXI Capítulo geral, dizemos:■ A ti, irmão idoso, que deste o melhor da tua vida à missãodo Instituto: obrigado por tua fidelidade! Maisuma vez, contamos contigo, com o teu testemunho,presença, alegria e a tua oração.■ A ti, irmão de meia-idade: continua a caminhada! Nãotenhas medo do novo que ainda está para vir. Jesus,Maria, Champagnat e outros Irmãos caminham contigo.Caminha depressa com um coração novo paraum mundo novo!■ A ti, jovem irmão, que começas a vida marista: vive naalegria e na esperança de um futuro onde a entrega eo sacrifício de tua vida a Deus ajudarão a transformaro mundo das crianças. Contamos contigo, com o teudinamismo e a tua fé. O futuro marista está em tuasmãos!■ A ti, jovem em formação, em nossos postulados e noviciados:vive generosamente o dom da tua vida a Jesus,que te chamou. Deus é fiel e sempre te ama. Alegra-te porser marista!■ A ti, leigo/a marista, que no teu coração desejas viver aplenitude do teu batismo, no carisma de MarcelinoChampagnat: caminhemos juntos!PÁGINA 56


Documento oficial■ A ti, jovem marista, que sonhas com um mundo melhor:reserva tempo para abrir teus olhos à realidadedo mundo que te rodeia. Escuta teu coração, ondeDeus te fala. Une-te a nós nesta caminhada!Maria e Marcelino viveram essa peregrinação.Agora, é o momento de empreendermos juntos este itinerário.<strong>Maristas</strong> novos para uma “terra nova”!Fraternalmente,Irmãos do XXI Capítulo GeralRoma, outubro 200957 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geral3. APELO FUNDAMENTAL«Com Maria, ide depressapara uma nova terra!»Sentimo-nos impulsionados por Deus a sair para uma novaterra, que favoreça o nascimento de uma nova época para o carismamarista. Isso supõe que estejamos dispostos a movernos,a desprender-nos e a assumirmos um itinerário de conversão,tanto pessoal quanto institucional, nos próximos oitoanos. Percorremos este caminho com Maria, guia e companheira.Sua fé e sua disponibilidade para com Deus encorajamnosa fazer esta peregrinação.A “nova terra” de uma autêntica renovação do Institutoexige uma verdadeira mudança de coração. O espírito desteXXI Capítulo, o horizonte do bicentenário de nossa fundaçãoe uma maior consciência de nossa internacionalidade convocam-nos,com urgência, para:■ uma vida consagrada nova, firmemente arraigada noEvangelho, que promova um novo modo de ser irmão;■ uma nova relação entre irmãos e leigos/as, baseada nacomunhão, buscando juntos uma crescente vitalidadedo carisma marista, no mundo de hoje;■ uma presença fortemente significativa entre as criançase jovens pobres.PÁGINA58


Documento oficialCOM MARIA, MARISTAS NOVOSPARA UMA “TERRA NOVA”Maria, tu és companheira de caminho e principal inspiradorade nossa peregrinação rumo ao Bicentenário marista.Bem-vinda sejas, hoje, a nossos corações e a nossas casas!Tua abertura, tua fé e tua liberdade são convitespara que também nossos coraçõesse abram ao Espírito,dom do teu Filho Jesus.Irmãos e leigos, maristas de Champagnat, nós queremos mudar.Olhamos para ti, modelo e companheira,para viver a nossa vocação de seguimento de Cristo,com a alegria, a sensibilidade, o amor e a energiaque manifestavas ao educar Jesus.Tu nos convocas e reúnes, de todos os lugares do mundo,para formar uma comunidade internacionalque leva teu nomee quer ser sinal de comunhãona Igreja e no mundo.Ao contemplar-te, mulher cheia de fé,sentimos que tuas iniciativas e intuições nos impulsionam,como a Marcelino,a ser Boa-nova para as crianças e jovens pobresde hoje, em “novas terras”.Cheios de confiança dizemos, como Champagnat:“Se o Senhor não construir a casa…” e proclamamos:“Tudo fizeste entre nós”. Magnificat!Contigo, Maria, vamos ao Pai, unidosa Jesus e no Espírito de amor.Amém59PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geral4. HORIZONTES DE FUTUROUma vidaconsagrada novaque promovaum novo modode ser irmãoIrmão marista:um coração novopara um mundo novoPRINCÍPIOSDesejamos que a abertura do coração e a renovação da consagraçãonos abram a uma nova identidade de irmão:1. Um irmão que por sua consagração pertence exclusivamentea Deus e que, a partir dessa experiência, se deslocacom urgência para as novas fronteiras das criançase jovens pobres.2. Um irmão de coração novo que testemunha a conversãoa Jesus Cristo, numa vida de amor incondicional e disponibilidaderadical.3. Um irmão que, guiado pelo Espírito, faz do discernimentoum exercício quotidiano em busca da vontade deDeus no mundo.4. Um irmão a caminho com Maria, de coração missionário,testemunha de uma experiência de fé encarnada efeliz, que anuncia a chegada de um mundo novo, iniciadocom Jesus.PÁGINA60


Documento oficialPROPOSTAS DE AÇÃO1. Favorecer, a partir das diversas instâncias de animaçãoe governo, a criação ou o fortalecimento de redes de espiritualidadeque animem o apelo à conversão, caminhandoespiritualmente com Maria, mediante itineráriosrefletidos e acompanhados.2. Orientar a próxima revisão das Constituições, com aparticipação de todos os irmãos, rumo ao nascimento deuma nova época para o carisma marista. Esta revisãoserá uma oportunidade para lograr um processo de renovaçãopessoal, comunitária e de nossas obras, que nostorne sinais de Jesus e do seu Evangelho.3. Convidar todos os irmãos e comunidades a discernir sobrea sua presença - entre as crianças e os jovens - paratorná-la mais próxima, mais significativa e mais visível.4. Propiciar novos estilos de comunidade, em contato comas crianças e jovens pobres, que conduzam a uma vidamais simples.5. Potenciar a vivência do amor entre os irmãos, com gestosde carinho e união, para que nossas comunidades sejamverdadeiramente um sinal profético de fraternidade.6. Favorecer, nos diferentes níveis de governo, a instalaçãode casas de formação internacionais, onde as novas geraçõespossam adquirir maior disponibilidade missionária,sentido de internacionalidade e sensibilidade intercultural.7. Rever os programas de pastoral juvenil, de pastoral vocacional,de formação inicial e permanente para favo-61PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralrecer uma melhor compreensão da identidade do irmãomarista, no mundo de hoje, e fomentar um crescimentointegral nas dimensões humana e espiritual.Uma nova relaçãoentre irmãos e leigos/asbuscando, juntos,maior vitalidadeIrmãos e leigosnum novoespírito de comunhãoPRINCÍPIOS1. Reconhecemos o valor da vocação do leigo marista.2. Vemos o nosso futuro marista como comunhão de pessoasno carisma de Champagnat, no qual se enriquecemmutuamente as nossas vocações específicas.3. Damos prioridade à formação, tanto específica quantopartilhada.4. Valorizamos a corresponsabilidade como elemento parao desenvolvimento da vida, da espiritualidade e damissão maristas.PÁGINA62


Documento oficialPROPOSTAS DE AÇÃO1. Continuar a apoiar o Movimento Champagnat da FamíliaMarista e trabalhar ativamente com outras pessoasque se reconhecem atraídas por nosso carisma, paradescobrir novos caminhos em que suas vocações possamser reconhecidas e incentivadas na vida da Igreja.2. Favorecer a formação de comunidades de irmãos e leigos/asque compartilhem vida, espiritualidade e missãomaristas.3. Incrementar, nas Unidades administrativas e nas regiões,experiências de formação específicas ou partilhadasque se inspirem, entre outros textos, em Missãoeducativa marista, Água da Rocha e Em torno damesma mesa.4. Constituir uma Comissão internacional, formada por irmãose leigos/as, com o objetivo de elaborar um Guiade formação conjunta, adaptado às diferenças culturaise regionais.5. Ampliar o Secretariado dos Leigos/as, e envolver os leigos/asmaristas nas várias estruturas de animação, emnível regional e provincial, segundo se considere apropriadoem cada lugar.6. Organizar outra Assembléia internacional da missãomarista, segundo o espírito de Mendes.7. Animar a pastoral vocacional a partir de uma ação conjuntade irmãos e leigos/as.63PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralA missão maristanummundo novoUma presençafortemente significativaentre as criançase jovens pobresPRINCÍPIOS1. Queremos ver o mundo com os olhos das crianças e jovenspobres e assim mudar nossos corações e atitudes,como fez Maria.2. Sentimo-nos impelidos a agir com urgência para encontrarformas novas e criativas de educar, evangelizare defender os direitos das crianças e jovens pobres,mostrando-nos solidários com eles.3. Afirmamos que a evangelização é o centro e a prioridadede nossas atividades apostólicas, anunciando a JesusCristo e sua mensagem (Mendes).4. Como irmãos e leigos maristas, a viver no mundo globalizadode hoje, somos chamados a cultivar um horizonteinternacional, em nossos corações e mentes.PROPOSTAS DE AÇÃO1. Promover os direitos das crianças e jovens, empenhandotodos os âmbitos de nosso Instituto na defesaPÁGINA64


Documento oficialdesses direitos, ante os governos, as organizações nãogovernamentaise outras instituições públicas.2. Fortalecer nosso apostolado educativo como lugar deevangelização onde se fomentam os valores humanos ecristãos, bem como a integração da fé e da vida.3. Traçar programas, em cada região, para formar pessoasaptas a se especializarem na evangelização decrianças e jovens e que trabalhem com eles.4. Incluir em todos os programas de formação, seja para irmãos,seja para leigos maristas, o acompanhamento deexperiências que os sensibilizem, ante as necessidadesdas crianças e dos jovens pobres.5. Formar comunidades internacionais e interprovinciais,abertas aos irmãos e leigos/as maristas, para atender anovos campos de missão de fronteira.6. Desenvolver estruturas, a partir do Conselho geral,para coordenar e orientar as redes da missão marista emtodo o mundo, bem como elaborar um plano de iniciativasnessa área, a ser incrementado nos próximos oitoanos.7. Fortalecer a Missão ad gentes na Ásia, e estendê-la a outrasregiões nas quais o discernimento nos faça ver a necessidade.8. Estabelecer, em apoio à nossa missão, um serviço de voluntariadomarista, cujos membros se disponham aatuar em nossos campos de apostolado, que o necessitem,e estejam dispostos a mobilizar-se em situações deemergência.65PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geral5. DECISÕES1. ConstituiçõesA assembleia capitular reconheceu o valor das Constituiçõescomo “aplicação do Evangelho a nossas vidas”.Começou-se por aprovar duas grandes propostas,transcritas em seguida, inspiradas no trabalho da comissãopré-capitular das Constituições.Depois, foram aprovadas mudanças em artigosdas Constituições e Estatutos que serão publicadasnas Atas do XXI Capítulo geral.1. O XXI Capítulo geral pede que o Governo geral nomeieuma Equipe de edição que integre as diversasmudanças, efetuadas nas Constituições e Estatutospor este e por Capítulos anteriores, num texto queseja coerente no estilo, na linguagem, numeração ereferências.2. O XXI Capítulo geral acredita que, para um mundonovo, necessitamos de uma conversão do coração.Uma revisão profunda das Constituições e Estatutos,com uma ampla participação dos Irmãos, pode ajudar-nosa revitalizar nossa vocação. Para facilitarisso, o XXI Capítulo geral recomenda ao Governo geralde nomear uma comissão para coordenar essa revisão,e que o novo texto seja apresentado ao XXIICapítulo geral.PÁGINA66


Documento oficial2. Animação e Governo 2009-2017O Capítulo refletiu, repetidamente, sobre a animação e o governodo Instituto. Um documento pré-capitular preparara otrabalho e apresentava uma série de propostas de organização,com uma avaliação dos prós e contras. Este trabalho permitiuavançar com mais rapidez ao encontro de um modelo de governoadaptado às necessidades atuais e flexível para respondermelhor à diversidade do Instituto.Ao mesmo tempo, oferece orientações e recomendações para dinamizare dar maior eficácia às várias instâncias de animaçãoe governo do Instituto.Por animação e governo entendemos o serviço que oGoverno geral oferece às Unidades administrativas, atravésde estruturas e processos para levar adiante o projetode vitalização emanado do XXI Capítulo geral.A missão principal do Governo geral (2009-2017) é a animaçãoe o governo do Instituto. Para lograr este objetivo,a tarefa principal do Governo geral deve ser o acompanhamentoe a animação da liderança das Províncias eDistritos, especialmente dos Provinciais e superiores deDistrito.OBJETIVOS:■ Fomentar, em todos os níveis, estruturas de animação,coordenação e governo que impulsionem avitalidade do Instituto e de sua missão.■ Implementar o apelo fundamental e fazer executaras orientações emanadas do XXI Capítulo geral.67PÁGINA


ACTAS <strong>ATAS</strong> del doXXI Capítulo general geral■ Exercer as tarefas constitucionais de animação, coordenaçãoe governo.PRINCÍPIOS:1. Subsidiariedade e Corresponsabilidade2. Internacionalidade e multiculturalidade3. Solidariedade4. Discernimento5. Respeito às diferenças6. Presença fraterna e acompanhamentoMEIOS:Conferência GeralA Conferência geral é uma assembleia consultiva compostapelo Irmão Superior geral, pelo Irmão Vigáriogeral, pelos Irmãos Conselheiros gerais, pelos IrmãosProvinciais e, se o Estatuto do Distrito o prevê, pelosIrmãos Superiores de Distritos.Tem por finalidade:1. consolidar a unidade do Instituto e permitir contatosdiretos dos Superiores entre si e com o IrmãoSuperior geral e os membros de seu Conselho;2. estudar as questões de interesse geral e propor soluções.PÁGINA 68


Documento oficialO Irmão Superior geral a reúne entre dois Capítulosgerais. Pode convidar outras pessoas, se o julgar oportuno.(C 142; c 632; 633,1).RegiõesRegião é a soma de duas ou mais Unidades administrativasdo Instituto que se unem entre si para facilitara colaboração mútua. (Cfr. C 125.1)Conselho de Provinciais e Superiores de Distritocom base regional e/ou internacionalÉ a reunião de vários Provinciais e Superiores de Distritopara tratar de temas que gerem dinamismo e vitalidade,em uma região particular ou do Instituto, porsolicitação do Conselho geral e/ou das Províncias eDistritos implicados, sempre que se considere oportuno.Conselho geral ampliadoÉ um meio pelo qual o Conselho geral pleno se reúnecom os Conselhos de uma Região, para acompanharos Conselhos provinciais e de Distrito, conhecer a realidadeda Região e exercer a corresponsabilidade naanimação e no governo do Instituto.Visitas de acompanhamentoAs visitas são um meio para animar as Unidades administrativas,segundo o espírito do apelo fundamentale das orientações do XXI Capítulo geral. Sãooferecidas a todos os Irmãos, especialmente aos responsáveispelas Províncias e Distritos.69 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralO Ir. Superior geral deve visitar pessoalmente, por seuVigário, seus Conselheiros, ou por outros delegados, asProvíncias e os Distritos, no mínimo uma vez duranteseu mandato. (C 130.1; c 628).RECOMENDAÇÕES AO CONSELHO GERAL:1. Que recorra à criação de secretariados ou comissõespara necessidades específicas.2. Que promova processos de colaboração e organização,entre Unidades administrativas e/ou Regiões.3. Que se avaliem e acompanhem os processos dereestruturação das Unidades administrativas, segundoos critérios estabelecidos.3. FinançasForam dedicadas algumas sessões ao estudo da situaçãoeconômica e financeira da Administração geral.Os critérios de solidariedade, internacionalidade e missãoemanados do Apelo fundamental ressoavamcom particular intensidade face ao uso e ao destinoque o Instituto dá aos bens que possui.Além de tomar consciência do estado atual,foram elaborados alguns princípios e recomendaçõespara orientar a gestão da Administração gerale das Unidades administrativas com relação às finanças,para um melhor e mais eficiente serviçoà missão do Instituto.PÁGINA 70


Documento oficialPRINCÍPIOS:1. Os recursos do Instituto servem à vida e à missãoda Congregação.2. O governo e a animação do Instituto são financiados,principalmente, pelas Unidades administrativas.3. As Unidades administrativas assumem, de maneiraequitativa, as despesas ordinárias da Administraçãogeral.4. A transparência e a responsabilidade são respeitadasna administração dos recursos do Instituto.5. A independência financeira e a viabilidade duráveldas Unidades administrativas são objetivos a longoprazo.6. As Unidades administrativas estão preparadaspara se ajudar mutuamente, em espírito de solidariedade,para que esses objetivos se realizem.RECOMENDAÇÕES:1. COMO FINANCIAR AS DESPESASDA ADMINISTRAÇÃO GERAL?Que o Conselho geral nomeie uma equipe deperitos em finanças para elaborar um plano definanciamento da Administração geral, tomandocomo ponto de partida o trabalho daComissão pré-capitular de finanças e orientando-sepelo apelo do XXI Capítulo geral.71 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geral2. COMO FINANCIARAS UNIDADES ADMINISTRATIVAS?Que o Conselho geral nomeie uma equipe deperitos em finanças para elaborar um plano visandoa conseguir, progressivamente, a autonomiaeconômica das Unidades administrativase do Setor da Missão ad Gentes, partindo do trabalhoda Comissão pré-capitular de finanças eorientando-se pelo apelo do XXI Capítulo geral.4. Casa geralNa esteira de outros Capítulos gerais,que tomaram decisões relativas à Casa geral,também este tratou o tema.Neste caso, o Capítulo contou com um estudo prévio sobreo funcionamento, os serviços e custos da Casa geral,além de oferecer e avaliar algumas alternativas.Com esses dados em mão, a assembleia capitularrecomendou ao Conselho geral de prosseguirno estudo e que, cumprindo-se as condições detalhadasmais adiante, se considerasse a possível vendae transferência da Casa geral.O XXI Capítulo geral, coerente com a visão e os chamadosque o inspiraram, recomenda ao Conselho geral:1. A possível venda da propriedade e do imóvel daPiazzale Champagnat,PÁGINA 72


Documento oficial2. e a consequente transferência da sede da Administraçãogeral, com as seguintes condições:O Conselho geral1. Nomeia uma Comissão internacional de peritos paraaprofundar o estudo realizado; solicite uma segundaavaliação da propriedade e do imóvel; peça e ponderesobre as diversas ofertas; acompanhe o processo dapossível alienação e da instalação da nova sede.2. Garante um ganho que a Comissão de peritos considerarrazoável.3. Assegura a informação adequada a todo o Institutosobre o significado desta decisão.4. Decide sobre o destino dos recursos obtidos, tendo emconta o fortalecimento das reservas da Administraçãogeral e o fundo de solidariedade em favor dos pobres.O XXI Capítulo geral oferece, outrossim, as seguintesorientações:O Conselho geral1. Decide sobre o lugar mais apropriado para a novasede, tendo presente as necessidades específicas deuma Casa geral.2. Cuida para que a nova sede reflita os valores da simplicidade,sobriedade, funcionalidade e favoreça aqualidade da vida comunitária.73 PÁGINA


III. XXI CAPÍTULOGERAL:outros textos e decisões


1. RELATÓRIO DA MESA DEVERIFICAÇÃO DE PODERES(Texto original em Espanhol)1. PREÂMBULOO Ir. Superior Geral e seu Conselho nomearam no dia15 de Setembro de 2008 um grupo de verificação das listasde Irmãos das Unidades Administrativas, de modoque se determinasse o número de delegados que deviamser eleitos em cada uma de elas (Irmãos Maurice Berquet,Peter Rodney e Jean Ronzon). Estes Irmãos levarama cabo o seu trabalho e enviaram instruções a essasUnidades para que cada uma ficasse a saber quantos delegadosdevia eleger. Pode ver-se uma cópia resumidade seu trabalho na rede interna do Capítulo.Por sua vez, o Ir. Superior Geral e seu Conselho nomearam,no dia 10 de Outubro de 2008, outro grupo paraacompanhar a regularidade das eleições dos delegadosao Capítulo Geral (Irmãos Juan Miguel Anaya, MauriceBerquet, Teodoro Grageda e Peter Rodney).77PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralNo passado 25 de Junho de 2009, o Ir. Superior Gerale seu Conselho nomearam a Mesa de Verificação de Poderes,que passou a ser composta pelos Irmãos GastonRobert, coordenador, Juan Miguel Anaya, Nicolás García,Patrick McNamara e Pedro Ost. Posteriormente oIrmão Gaston apresentou a demissão do seu cargo parapoder estar presente numa importante reunião em Nairobie o Ir. Superior General e seu Conselho nomearam,no dia 2 de Setembro de 2009 como coordenador daMesa o Ir. Patrick McNamara e decidiram não substituiro Ir. Gastón nessa função.A Mesa reuniu-se na tarde de sábado, dia 5 de Setembrode 2009.2. COMO SE PROCEDEUA Mesa teve à sua disposição toda a documentaçãoque as unidades administrativas enviaram à Secretariageral, como também as duas atas das reuniões do gruposupervisor da regularidade das eleições. (Esta documentaçãoencontra-se à disposição de quem a pedir naSecretaria do Capítulo).3. RESULTADOSa) A Mesa esclareceu a confusão havida em bastantesUnidades Administrativas pela aparente existênciade 3 sistemas de normas sobre as eleições:– as que aparecem nas Atas publicadas do XXCapítulo Geral,– as que aparecem na Circular convocatóriaescrita pelo Ir. Seán e– as correções enviadas às Unidades Administra-PÁGINA 78


Relatório da Mesa de verificação de poderestivas procurando esclarecer as dúvidas existentesnas Atas publicadas.Além das suas duas reuniões plenárias, o grupo supervisorda regularidade das eleições procurou manter-seem contacto via e-mail com as Unidades, dando instruçõese pedindo retificação de algumas decisões e atas, àmedida que se iam recebendo.A Mesa recomenda encarecidamente que se evitem doravanteestas situações retificando quanto antes eventuaiserros nas normas que se publicarem e enviando ummodelo de Atas às U.A. para facilitar o trabalho.b) Apesar da citada confusão, não se encontraramirregularidades que requeiram anular alguma daseleições.c) O grupo supervisor levou a corrigir as listas devoto da segunda volta nas U.A. de Brasil Centro-Sul, New Zealand e Nigéria. Fez com que completassea Ata da 2ª volta em Compostela (faltavamas assinaturas) e a Ata da 2ª volta do Brasil Centro-Sul(faltava a data).d) Nas seguintes unidades administrativas detectaram-seirregularidades menores que não se corrigiram:Madagascar: na 2ª volta cada Irmão votou em duas pessoas,quando devia ter votado só numaSanta María de los Andes: a Ata da 1ª volta não contém ototal de Irmãos que receberam os votos. Aparecemindicados unicamente os 6 que foram à2ª volta.Sydney: a Ata da 1ª volta não contém o total de Irmãosque receberam os votos. Aparecem in-79 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralUSA:dicados unicamente os 9 que foram à 2ªvolta. as Atas não têm data. Retificou-se esseerro enviando copia por e-mail. Pensamosque era bem que tivessem enviado de novoas Atas corrigidas.Os Irmãos votaram na 2ª volta em 6 candidatos,em lugar dos 12 que lhes correspondiam.Depois de examinados os dados disponíveis, a Mesa deverificação opina que as irregularidades detectadas nãoinvalidam os resultados. É importante assinalar que nãohouve nenhum protesto de nenhuma Unidade Administrativanem pelo procedimento nem pelos resultados.4. SUPLENTESO Ir. Davide Pedri, Provincial do Brasil Centro-Sulapresentou a sua renúncia como Capitular, seguindouma recomendação médica. Informou sobre isso o Ir.Superior geral. Será substituído pelo Ir. Afonso Levis,primeiro suplente da Província (cf Estatutos C. G., 29).5. CONVIDADOSO Ir. Superior geral e o seu Conselho houveram porbem convidar ao Capítulo a 10 Leigos e a 2 Irmãos (cf EstatutosC. G., 12). A Senhora Agnes Reyes não pôde vir aoCapítulo.PÁGINA 80


Relatório da Mesa de verificação de poderes6. CONCLUSÃOO XXI Capítulo geral compõe-se de– O Ir. Superior general,o Ir. Vigário gerale o Conselho 08– O Ir. Superior geral anterior 01– Os irmãos Provinciais 25[quer dizer, 34 membros de direito]– delegados eleitos 49[25 das Províncias +4 dos Distritos +20 segundo a representação proporcional];– TOTAL 83A Mesa de verificação de poderes, tendo examinadotodos os dados postos à sua disposição, recomenda aosmembros do XXI Capítulo geral que aceitem todos os delegadoseleitos como validamente eleitos.Todos os documentos e materiais utilizados paracompilar esta informação estão disponíveis na Secretariado Capítulo.Irmãos Patrick McNamara,Juan Miguel Anaya,Nicolás García e Pedro Ost81 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geral2. MUDANÇASNAS CONSTITUIÇÕESE ESTATUTOSO XXI Capítulo geral decidiu, por grande maioria,solicitar à Santa Sé a aprovação de mudançasnos artigos 1 e 161 das Constituições.A Santa Sé não aceitou nossa proposta de eliminara obrigação de que o Ecônomo provincial sejaIrmão professo perpétuo. Neste momento, não consideraoportuno conceder uma mudança dessa natureza,mesmo não havendo razões de ordem canônicaque o impeçam.Fez ver também a necessidade de realizar outras pequenasalterações nos novos textos propostos pelo Capítulo.Finalmente, no dia 16 de novembro de 2009,respondeu à nossa proposta, aprovando a nova redaçãodos artigos 1 e 161 de nossas Constituições, conforme segue:1 ORIGEM DO INSTITUTOMarcelino Champagnat fundava, em 2 de janeiro de1817, um Instituto religioso laical, ou Instituto religiosode Irmãos, sob o nome de Pequenos Irmãos de Maria.Considerava-o como um ramo da Sociedade de Maria.A Santa Sé aprovava-nos em 1863 como Instituto autônomoe de direito pontifício. Ao mesmo tempo em querespeitava nosso nome de origem, dava-nos o de Irmãos<strong>Maristas</strong> das Escolas (F.M.S. - Fratres Maristæ a Scholis).161 ECÔNOMO PROVINCIALO Irmão Ecônomo Provincial é nomeado pelo IrmãoProvincial, por tempo determinado. Deve ser professoperpétuo. Administra os bens da Província e exerce suafunção sob a dependência do Irmão Provincial e de seuConselho.PÁGINA 82


Mudanças nas Constituições e EstatutosOrienta os Irmãos Ecônomos locais e os outros administradores,na busca de uma gerência unificada da Província.O XXI Capítulo geral decidiu modificar os seguintes 41Estatutos, cuja redação será como segue:61.3 Nosso hábito é a batina com o colarinho romanoou o “rabat”, o cordão e, para os professos perpétuos, ocrucifixo, pode ser também, um traje que identifiquenosso estado de consagrados, num Instituto de Irmãos.As Normas da Província especificarão os pormenores.Seja qual for o traje usado, procuramos apresentar-nos,ao mês tempo, sem vaidade e sem negligência (cf 151.1.3).80.1 Os Superiores necessitam do prévio consentimentodo Bispo diocesano, dado por escrito, para abrir umacasa. Para retirar dela os Irmãos, eles devem consultarpreviamente o Bispo da diocese. Quando de suas visitasàs comunidades, o Irmão Provincial entra em contatocom os responsáveis pela Igreja local ( c 609,1; 616,1; cf137.3.1; 150.2.12).109.3 Discernindo com o Superior provincial e deacordo com ele, o Irmão escolhe o campo de especializaçãoou de estudos de acordo com suas aptidões e a missãoapostólica da Província.109.5 ESTATUTO ELIMINADO109.6 L’Hermitage é o santuário de nossas origens <strong>Maristas</strong>.Esse Centro de Acolhida oferece aos Irmãos e aosleigos a possibilidade de uma experiência de revitalizaçãono espírito do Fundador e dos primeiros Irmãos.83 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geral109.7 O Irmão Superior geral, com seu Conselho, organizaperiodicamente cursos específicos para certasfunções e serviços.113.2 Para a validade da profissão temporária, requerseque:1 o noviço tenha pelo menos dezoito anos feitos;2 o noviciado tenha sido feito validamente;3 a admissão tenha sido feita livremente pelo IrmãoProvincial com seu Conselho;4 a profissão seja expressada e emitida sem qualquerviolência, temor grave ou dolo;5 o Irmão Provincial a receba pessoalmente ouatravés de um delegado, em nome do IrmãoSuperior geral (c 656).113.6 O ano de profissão temporária estende-se, normalmente,de um retiro anual a outro. Para outras situaçõesrequer-se a autorização do Irmão Provincial.125.1 As Províncias e Distritos, que tem interesses comuns,podem agrupar-se livremente. Tais agrupamentosoferecem a possibilidade de estabelecer estatutos que,quando necessário, serão aprovados pelo Irmão Superior geral,quando se preveem aspectos que não estão claramentede acordo com as Constituições e os Estatutos. (cf. 137.4.13).130.1 O Irmão Superior Geral deve visitar pessoalmente,por seu Vigário, seus Conselheiros, ou por outrosdelegados, as Províncias e os Distritos, no mínimo umavez, durante seu mandato (c 628).137.1 O Irmão Superior Geral reunirá seu Conselhopleno pelo menos uma vez ao ano, para avaliar a situaçãodo Instituto, definir a política de conjunto de seu go-PÁGINA 84


Mudanças nas Constituições e Estatutosverno e examinar as questões prioritárias (cf 137.4). Paraa validade das decisões requer-se a presença de ao menos4 membros do Conselho.137.2 Quando um professo de votos perpétuos pede oindulto para sair do Instituto, o Superior geral transmitiráo pedido à Santa Sé com seu parecer próprio e o deseu Conselho (c 691.1).137.3 137.3 O Irmão Superior geral não pode agir semo consentimento de seu Conselho para:137.3.14 a convocação de um Capítulo extraordinário;137.4 Nos casos abaixo relacionados, o Irmão Superiorgeral age colegiadamente com seu Conselho e as decisõesdevem ser tomadas com maioria absoluta dos votos dospresentes:137.4.5 a nomeação dos membros do Conselho internacionalde assuntos econômicos e da Comissão de assuntoseconômicos do Instituto (c 1280; cf. 160.4, 160.5);137.4.6 a fixação da data do Capítulo geral;137.5 O Irmão Superior Geral age como vem indicadono nº 137.4 para:137.6 O Irmão Superior geral age colegiadamente comseu Conselho para a exclusão de um Irmão, segundo asnormas do direito canônico (c. 699).137.10 O Irmão Ecônomo geral é o encarregado do serviçodas finanças e da administração dos bens da Administraçãogeral. Caso o Irmão Ecônomo geral não seja85 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralConselheiro geral, será chamado ao Conselho quando aíforem tratados assuntos econômicos.137.11 Outras pessoas são encarregadas de serviços ligadosà Administração geral, especialmente as comissões,os secretariados, os cursos de formação, os arquivos,as estatísticas, as pesquisas sobre a história do Instituto,e as comunicações.CONFERÊNCIA GERALA Conferência geral é uma assembléia consultivacomposta pelo Irmão Superior geral, pelo Irmão Vigáriogeral, pelos Irmãos Conselheiros gerais, pelos IrmãosProvinciais e, se o Estatuto do Distrito o prevê, pelos IrmãosSuperiores de Distritos.Tem por finalidade:1. consolidar a unidade do Instituto e permitir contatosdiretos dos Superiores entre si e com o IrmãoSuperior geral e os membros de seu Conselho;2. estudar as questões de interesse geral e proporsoluções.O Irmão Superior geral a reúne entre dois Capítulosgerais. Pode convidar outras pessoas, se o julgar oportuno(c 632; c 633,1).143.6 O Irmão Provincial terá o apoio de uma Secretariaprovincial, para a gestão e a conservação dos documentosda Província (cf. 149.2, 151.1.3, 151.6). Essa Secretariamantém relação freqüente com o Ir. Secretáriogeral. Garante a boa organização dos arquivos e o envio,PÁGINA 86


Mudanças nas Constituições e Estatutosem tempo hábil, dos diversos documentos solicitadospela Administração geral.149.2 O Irmão Provincial convoca seu Conselho, normalmente,uma vez por mês, ou, pelo menos, seis vezesno decorrer do ano. As questões a tratar são mandadasaos Conselheiros, sempre que possível, alguns dias antesda reunião. As atas são passadas num registro, aprovadase assinadas por todos. Para a validade das decisões,o número de Conselheiros presentes deve atingir,pelo menos, a maioria absoluta dos membros do Conselho.149.4 As Províncias podem ter organismos integradospor Irmãos e leigos encarregados de refletir, de consultare de decidir sobre as questões ligadas às obras. O IrmãoProvincial e seu Conselho determinam como criar essesorganismos e qual é a extensão de seu poder de decisão.150.1.6 iniciar o processo de exclusão de um Irmão, deacordo com o direito canônico; (c 697).150.2.3 pedir ao Irmão Superior geral a exclusão deum Irmão, de acordo com o direito canônico; (c 697);150.2.9 aprovar orçamentos e relatórios financeiros daProvíncia, das casas e das obras (cf. 161.3), bem como ocontrole, os métodos e os procedimentos que devem serutilizados nas transações financeiras (cf. 157.1);150.2.12 fundar uma casa, com o consentimento escritodo Bispo diocesano (c 609,1);150.2.13 propor ao Irmão Superior geral a supressãode uma casa, após consulta ao Bispo diocesano (c 616,1);87 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geral150.2.16 determinar, se necessário, as atribuições doDiretor de uma obra, de seu Conselho e de outros responsáveis;150.2.20 aprovar, se necessário, o Estatuto de um Setorou o estatuto civil de uma obra ou de um conjunto deobras. (cf.143.3; 155.1).150.3.1 eleição de Conselheiros provinciais fora dotempo do Capítulo provincial para completar o númerofixado por este último (cf.151.1.2).ASSEMBLEIA PROVINCIALO Irmão Provincial pode convocar uma Assembleiaprovincial. É uma reunião aberta a todos os Irmãos, parafavorecer contatos entre si e entre as comunidades, e suscitaro interesse de todos pelo exame dos assuntos importantesque dizem respeito à Província. EssaAssembleia, que é consultiva, não substitui o Capítuloprovincial. O Irmão Provincial pode convidar tambémoutras pessoas. (c 632; 633,1; cf. 150.1.5).OS RESPONSÁVEIS POR OBRASO Diretor de uma obra apostólica marista é uma pessoaa serviço da missão e dos membros da comunidadeeducativa, que oferece a cada um sua colaboração, seuconselho e o apoio de sua autoridade.Ele governa com a ajuda do seu Conselho e dos outrosdirigentes. Todos são animadores importantes do espíritoapostólico da obra e dos valores maristas.PÁGINA 88


Mudanças nas Constituições e EstatutosO modo de nomeação, o mandato e as atribuições doIrmão Diretor da obra serão determinados pelo IrmãoProvincial. Este procederá da mesma forma para outroseventuais responsáveis, tais como: ecônomo, conselheirose outros responsáveis (cf. 150.2.16).Essas pessoas cuidam do bom funcionamento daobra, evitam a ostentação e zelam para que a simplicidademarista seja visível. Devem lembrar-se de que suasdecisões podem comprometer a responsabilidade doInstituto. Por isso, agem com a necessária prudência enos estritos limites de suas atribuições.Entre essas pessoas, os que são Irmãos estão subordinadosao Superior de sua comunidade, em tudo o quese refere à sua condição de religioso.158.3 Uma pessoa, uma casa ou uma Província nãopode abrir uma conta bancária, sem autorização da autoridadecompetente. Para subtrair do fundo comum algumrecurso financeiro, seja qual for sua proveniência, énecessário uma autorização.160.4 O Irmão Superior geral nomeia um Conselho internacionalde assuntos econômicos de, pelo menos, 4 peritospara ajudar o Irmão Ecônomo geral na aplicação daspolíticas econômicas da Administração. O mandato desseConselho tem a mesma duração que o do Irmão Ecônomogeral. O Irmão Ecônomo geral será o presidente.Tão freqüentes quanto necessárias, as reuniões desseConselho devem realizar-se ao menos uma vez por ano.(c 1280; cf 137.4.5).160.5 O Irmão Superior geral nomeia três peritos, oumais, que, com o Irmão Ecônomo geral, constituem a Comissãode assuntos econômicos. Esta ajuda o Irmão Ecô-89 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralnomo geral na sua tarefa e estuda os pedidos de autorizaçãode caráter econômico submetidos ao Irmão Superior geralpara aprovação. Este, antes de decidir, toma conhecimentodas conclusões da referida Comissão. (c.1280; cf. 137.4.5).161.5 Em consulta com o Irmão Provincial, o IrmãoEcônomo provincial determina o sistema contábil e otipo de relatório a serem utilizados nas casas e a dataquando esses relatórios devem ser enviados ao escritóriodo Ecônomo provincial.O Irmão Provincial e o Irmão Ecônomo provincial têm odireito de aceder às contas e aos diversos documentoscontábeis das casas e de toda obra pela qual a Provínciaé responsável.161.13 Antes de permitir novas construções, o Irmão Provincial,em profundo estudo, certifica-se de sua necessidadee avalia sua repercussão no meio social. Considera,também, as exigências da pobreza evangélica.Todo projeto de construção ou de modificação de construçãoserá submetido, para parecer, a todos os que são atingidospelo projeto, seja a comunidade religiosa, seja a direçãoda obra, ou ambos, se for o caso. Em princípio, é oIrmão Ecônomo provincial que acompanha os trabalhos deconstrução.164.4 O Movimento Champagnat da Família Marista,uma extensão de nosso Instituto, é um movimento quereúne pessoas que desejam partilhar mais plenamente aespiritualidade e o sentido da missão, herdados de MarcelinoChampagnat. Nesse movimento, filiados, jovens,pais, colaboradores, antigos alunos, amigos, aprofundamo espírito de nosso Fundador para dele viverem edifundi-lo. O Instituto anima e coordena as atividades domovimento, criando estruturas apropriadas.PÁGINA 90


Métodos de eleição utilizados pelo XXI Capítulo geral3. MÉTODOS DE ELEIÇÃOUTILIZADOS PELOXXI CAPÍTULO GERALO Regimento proíbe a publicação dos resultados das votações.Estamos informando aqui somente os métodos utilizadosnas três mais importantes votações que ocorreramdurante o Capítulo. Foram, em ordem cronológica:a eleição dos membros da Comissão Central,a eleição do Irmão Superior geral e do Irmão Vigário gerale a eleição dos membros do Conselho geral.1. ELEIÇÃO DOS MEMBROSDA COMISSÃO CENTRAL:O XXI Capítulo geral decidiu que sua Comissão centralfosse composta por 8 membros, a serem eleitos peloseguinte método:PRIMEIRA VOLTAPARA ELEGER QUATRO MEMBROS DA COMISSÃOPrimeira votação: cada Irmão vota em quatro candidatosnuma folha de papel. Os quatro com o maior número devotos ficarão eleitos se tiverem a maioria absoluta.Segunda votação (se for preciso): se se elegerem menosde quatro candidatos, todos os Irmãos votam de novo emtantos nomes quantos necessários para completar o númerode quatro. O/os Irmão/s com mais votos será/serãoeleito/s se tiver/em maioria absoluta.Se for necessária uma terceira votação, apenas os dois Irmãoscom a maioria de votos na votação anterior são candidatospara esta votação.91 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralSEGUNDA VOLTAPARA ELEGER DOIS MEMBROS DA COMISSÃO CENTRALPrimeira votação: Todos os Irmãos votam em dois candidatosnuma folha de papel. Os dois com maior número devotos ficam eleitos se tiverem maioria absoluta.Segunda votação (se necessária): se se elegerem menos dedois, todos os Irmãos votam de novo em tantos nomesquantos necessários para completar os dois. O/os Irmão/scom o maior número de votos é/são eleito/s se tiveremmaioria absoluta.Se for necessária uma terceira votação, só os dois irmãoscom o maior número de votos na votação anterior são candidatosa esta votação.TERCEIRA VOLTAPARA ELEGER DOIS MEMBROS DA COMISSÃO CENTRALPrimeira votação: cada Irmão vota em dois candidatosnuma folha de papel. Os dois com maior número devotos ficam eleitos se tiverem maioria absoluta.Segunda votação (se necessária): se se elegerem menosde dois, todos os Irmãos votam de novo em tantosnomes quantos necessários para completar os dois. O/osIrmão/s com o maior número de votos é/são eleito/s setiverem maioria absoluta.Se for necessária uma terceira votação, só os dois irmãoscom o maior número de votos na votação anterior sãocandidatos a esta votação.Em caso de empate em qualquer das votações, o maisjovem será considerado eleito.PÁGINA 92


Métodos de eleição utilizados pelo XXI Capítulo geral2. ELEIÇÃODO IRMÃO SUPERIOR GERAL EDO IRMÃO VIGÁRIO GERAL:PRIMEIRO DIA: SEXTA FEIRA, 25 DE SETEMBROManhã08h30: Início da Eucaristia (Liturgia da Palavra).Entrega da folha para escrever DOIS nomes.* Perguntas orientativas para o discernimento.Tempo pessoal de retiro:• Tempo de oração, escuta, reflexão e discernimento.• Momento para retomar a caminhada e as chamadasdo XXI Capítulo geral.• Busca da vontade de Deus sobre os irmãos queprestarão o serviço de animação e governo no Institutonos próximos 8 anos.Cada capitular, levando em conta o que esperamos do próximoConselho geral a propósito da animação e do governo,e segundo o espírito deste XXI Capítulo geral:a. discerne sobre as pessoas capazes de exercer a funçãode Superior geral e de Vigário geral (cf C. 130) eb. escreve numa folha no máximo DOIS nomes deIrmãos para estes dois cargos.Nota: os capitulares podem dialogar livremente com outrosirmãos.93 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geral12h00: Eucaristia (continuação).No ofertório, os capitulares apresentam a sua folha escrita.Os Irmãos Benito Arbués e Seán Sammon fazem o escrutíniodesta sondagem. Consultam os Irmãos que receberammais indicações para saber da sua aceitaçãodiante da possibilidade de ser eleito para o cargo. Elaboramuma lista alfabética com os nomes desses irmãos(entre 6 e 12) sem mencionar a frequência.Tarde18h00: Oração marial.Os Irmãos Benito e Seán entregam aos capitulares umacópia da lista. Pede-se confidencialidade.Tempo pessoal.Os capitulares podem informar-se com outros irmãossobre os que figuram na lista.19h00: Oração da tarde.19h30: Jantar e celebração.SEGUNDO DIA: SÁBADO 26 DE SETEMBROManhã09h00: Oração da manhã na sala capitular.09h30: Eleição do Irmão Superior geral segundo o Regimentodo Capítulo.13h00: Almoço.PÁGINA 94


Métodos de eleição utilizados pelo XXI Capítulo geralTarde16h00: Oração mariana.Eleição do Irmão Vigário geral com a mesma lista de Irmãosque se utilizou anteriormente, sem o nome doSuperior geral eleito.18h45: Eucaristia de ação de graças.19h30: Jantar e celebração.3. ELEIÇÃO DOS MEMBROSDO CONSELHO GERAL:3.1.Critérios para elegeros membros do Conselho geralEntre outros:1. Capacidade de escuta e de discernimento. Homemde espiritualidade, apaixonado pela vida emissão maristas.2. Sensível e em sintonia com os apelos do XXI Capítulogeral.3. Capacidade de liderança para acompanhar eanimar pessoas, grupos, processos.4. Capacidade para viver em uma comunidade internacionale trabalhar em equipe.5. Capacidade para enfrentar e gerir a realidade;enfrentar o conflito e trabalhar sob pressão6. Sensibilidade e abertura ao nosso caráter multiculturalperante os desafios ligados à nossa diversidadecomo Instituto. Aberto y sensível à realidadeda Igreja e do mundo.7. Capacidade de comunicação e de aprendizagemde idiomas.95 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geral3.2. Processo para elaborar uma lista de candidatospara a eleição de Conselheiros geraisProposta de candidatos.Será feita uma lista de 16 candidatos, elaborada comos nomes propostos por grupos de Províncias e Distritos,da seguinte maneira:• África e Madagáscar:• América:• Ásia e Pacífico:• Europa:3 nomes6 nomes3 nomes4 nomes.Nota – Cada um dos grupos de províncias reúne-separa propor candidatos do seu próprio grupo. Podemsepropor como candidatos irmãos que não estejam presentesno Capítulo.A Comissão central fará imprimir a lista dos 16 nomes,indicando o grupo de Províncias e Distritos que os propôs,e entregará esta lista aos capitulares com umtempo suficiente antes das eleições.Possibilidade de consulta de forma pessoal e nos grupos.3.3. Processo de Eleição dos Conselheiros geraisSEXTA FEIRA, 02 DE OUTUBRO• Oração da manhã08h30: na Sala Capitular• Encontro por grupos de províncias e distritos.• Entrega da lista de candidatos à Comissão central.11h00: Na sala capitular entrega-se a lista de candidatos• Tempo de discernimento pessoal e possibilidadesde consultaPÁGINA 96


Métodos de eleição utilizados pelo XXI Capítulo geral15h00: Oração marial• VotaçõesProcesso de Eleições:a. Eleição• Há toda a liberdade para a escolha dos seisConselheiros. A lista de nomes é meramente indicativa• Os Conselheiros elegem-se um a um, deixandoum espaço de tempo razoável depois de cadaduas ou três eleições, segundo o que dispuser aComissão central.b. Processo de eleição• Os Conselheiros são eleitos por voto secreto e pormaioria absoluta dos membros presentes.• Após dois escrutínios sem efeito, a votação se farásobre os dois candidatos que tenham obtido omaior número de votos no escrutínio anterior e,havendo mais de dois, sobre os dois mais novos• Se depois do terceiro escrutínio os dois candidatoscontinuam empatados, considera-se eleito omais jovem.97 PÁGINA


IV. NORMASacercado Capítulo geral


1. ESTATUTOSDO CAPÍTULO GERAL(Texto original em inglês)Este texto foi revisado em preparaçãodo XXI Capítulo Geral. A versão impressadas Atas do XX Capítulo Geral tem alguns errosque foram mencionados aos Irmãos Provinciaisdurante a Conferência Geral de 2005.No texto que vem a seguir algumas correções foramaprovadas pelo Conselho Geral (decisão do CG 14-04-2009)referentes ao artigo 17: Condições da eleição.O XXI Capítulo geral modificou apenas o artigo 12,modificação que foi incorporada no texto aqui apresentado.Esta tradução em português dos Estatutos do Capítulofoi feita a partir da versão revisada do original em inglês.101PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralÍNDICEIntrodução1. O Capítulo Geral2. A Comissão Preparatória3. Convocação do Capítulo Geral4. Comunicações ao Capítulo Geral5. Funções do Capítulo Geral6. Eleição do Irmão Superior Geral7. Eleição do Irmão Vigário Geral8. Eleição dos membros do Conselho Geral9. Composição do Capítulo Geral10. Membros de direito11. Membros eleitos12. Membros adicionais13. Irmãos elegíveis como delegados14. Irmãos eleitores15. Número de delegados por Província16. Data de eleição dos delegados ao Capítulo17. Condições da eleição18. Maneira de votar19. Voto por procuração20. Apuração dos votos21. Destruição das cédulas22. Ata das eleições23. Obrigação de assistir ao Capítulo24. Suplente de um Irmão Provincial25. Prorrogação do mandato do Irmão Províncial26. Verificação da eleição dos delegados27. Mesa Provisória28. Abertura do Capítulo Geral29. Obrigação de permanência dos Capitulares30. Encerramento do CapítuloPÁGINA 102


Estatutos do Capítulo geralINTRODUÇÃOO c 587.1, estipula que ... “devem constar nas Constituiçõesde cada instituto as normas fundamentais a respeito do regimedo instituto...”, e especifica que “outras normas, estabelecidaspela competente autoridade do instituto, sejam devidamentereunidas em outros códigos” (c 587.4).O c 631.2, que trata expressamente do Capítulo Geral, indicaque “a composição do capítulo e o âmbito do seu podersejam definidos nas Constituições; além disso, o direito própriodetermine o regimento a ser observado na celebração docapítulo, principalmente quanto às eleições e à organização dapauta”.Nas Constituições, nos artigos 138 a 142, e nos Estatutos138.1 e 140.1,2,3, encontra-se tudo quanto se refere ao CapítuloGeral. Entretanto, há outros artigos, votados pelo CapítuloGeral, que aparecerão neste texto.Para que os Irmãos possam encontrar, num único texto,tudo quanto se refira ao Capítulo Geral, o que estiver nasConstituições e Estatutos será aqui repetido.É preciso recordar que ninguém pode dispensar desses artigos(c 86). Não podem ser modificados sem autorização daSanta Sé, quando se trata das Constituições, ou pelo CapítuloGeral, quando se trata de outros artigos (C 169). O CapítuloGeral pode, do mesmo modo, modificar os artigos do Regimentoque não fazem parte do Código de Direito Canônico.103 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geral1. O CAPÍTULO GERALO Capítulo Geral é uma assembleia representativa de todoo Instituto. Exprime a participação de todos os Irmãos na vidae na missão do Instituto, assim como sua co-responsabilidadeno governo.O Capítulo Geral exerce autoridade suprema extraordinária.É convocado e presidido pelo Irmão Superior Geral.Este convoca o Capítulo Geral Ordinário a cada oito anos.Por razões graves e com o consentimento de seu Conselho,pode também convocar um Capítulo Geral extraordinário”(C 138).2. A COMISSÃO PREPARATÓRIADois anos antes da abertura do Capitulo Geral ordinário, oIrmão Superior Geral, com seu Conselho, designa uma ComissãoPreparatória (cf. C 137.4.7). Essa Comissão providenciatudo o que é necessário ao Capítulo, para que realize todas assuas atribuições, contidas em C 139.A Comissão colabora com a Administração Geral com relaçãoao pessoal e todo o material que sejam necessários. Poderequerer do Conselho Geral a constituição de grupos pré-capitularessobre diferentes tópicos.A Comissão, depois de consultar as unidades administrativas,preverá um plano geral para o desenrolar do Capítulo, incluindouma proposta de data para o seu término. Esse planoserá submetido à Assembleia capitular para discussão e aprovação,nos primeiros dias do Capitulo Geral.PÁGINA 104


Estatutos do Capítulo geral3. CONVOCAÇÃO DO CAPÍTULO GERALUm ano antes da abertura oficial do Capítulo Geral, o IrmãoSuperior Geral e seu Conselho enviam a todos os Irmãos a Circularde Convocação. Essa circular contém a data de aberturae dá as diretivas práticas para a eleição dos delegados e a aberturado Capítulo (cf C 137.4.6).4. SUGESTÕES AO CAPÍTULO GERAL“Não somente as Províncias e as comunidades locais, mastambém qualquer Irmão ou grupo de Irmãos, pode livrementeenviar suas aspirações e sugestões ao Capítulo Geral. Essascontribuições, devidamente assinadas, são dirigidas à Comissãopreparatória que as transmite aos Capitulares” (c 631 3;C 138,1).5. FUNÇÕES DO CAPÍTULO GERALO Capítulo Geral ordinário tem as seguintes funções:1. proceder à eleição do Irmão Superior Geral, do IrmãoVigário Geral e dos membros do Conselho Geral, conformeo direito próprio;2. tratar dos assuntos de maior importância que dizemrespeito à natureza, ao fim e ao espírito do Instituto ede lhe promover a renovação e adaptação, salvaguardando-lheo patrimônio espiritual;3. fixar Estatutos para todo o Instituto;4. propor à Santa Sé eventuais modificações sobre algunspontos das Constituições. (C 139) de algún punto delas Constituciones (C 139).105 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geral6. ELEIÇÃO DO IRMÃO SUPERIOR GERALO Irmão Superior Geral é eleito pelo Capítulo Geral, conformeo Direito Canônico, por voto secreto e com a maioria absolutados Irmãos presentes.No momento da eleição, deve ter no mínimo dez anos deprofissão perpétua. Seu mandato é de oito anos. Só pode serreeleito uma vez consecutiva. Sua demissão ou deposição competeà Santa Sé.A eleição se faz da seguinte maneira: após três escrutíniossem resultado, terão voto os dois candidatos mais votados ou,se são numerosos, os dois mais idosos; se, após o quarto escrutínio,os candidatos ficam empatados; o mais idoso seráconsiderado eleito (C 131).7. ELEIÇÃO DO IRMÃO VIGÁRIO GERALÉ eleito ou reeleito pelo Capítulo Geral nas mesmas condiçõese da mesma maneira que o Irmão Superior Geral (C 133).8. ELEIÇÃO DOS MEMBROS DO CONSELHO GERALO Capítulo Geral fixa o número de Conselheiros Gerais quedeve eleger, no mínimo quatro, e a maneira de elegê-los. Nomomento de sua eleição, devem ter, no mínimo, dez anos deprofissão perpétua. Seu mandato estende-se de um CapítuloGeral ordinário a outro (C 136).PÁGINA 106


Estatutos do Capítulo geral9. COMPOSIÇÃO DO CAPÍTULO GERALO Capitulo Geral compõe-se de membros de direito e demembros eleitos pelas Províncias e Distritos. O número dosmembros eleitos deve ser superior ao dos membros de direito.O direito próprio determina quais são os membros de direitoe fixa as modalidades das eleições (C 140).10. MEMBROS DE DIREITOSão membros de direito do Capítulo Geral:1. o Irmão Superior Geral;2. o Irmão Superior Geral precedente;3. o Irmão Vigário Geral e os Conselheiros Gerais emfunção na abertura do Capítulo;4. os Irmãos Provinciais (C 140.1).11. MEMBROS ELEITOSO total dos Irmãos eleitos Delegados ao Capítulo Geral seráde 15 Irmãos a mais que o total dos membros de direito.Entre os delegados eleitos, haverá:1° Um eleito em cada Unidade Administrativa. O númerode Irmãos professos de um Distrito dependente deuma Província é subtraído do número de Irmãos daProvíncia, para o cálculo dos Delegados desta última.2º A eleição de outros Irmãos nas Unidades onde o efetivofor mais elevado.As eleições desses delegados serão disciplinadaspelas seguintes normas:107 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralCalcula-se o coeficiente de representatividade de cadaUnidade Administrativa, isto é, a relação entre o númerode Capitulares já determinado e o número de Irmãosdessa Unidade. Entre os membros de direito contadosnesse cálculo, somente são computados os Irmãos Provinciais.As Unidades Administrativas serão classificadasem ordem crescente de seus coeficientes respectivos.Aumenta-se de 1 o número de Delegados a eleger naUnidade que aparece em primeiro lugar. Refaz-se entãoa classificação, assim recomeçando, até que o número deDelegados seja preenchido (C 140.2).12. MEMBROS ADICIONAISOs Irmãos eleitos Superior Geral, Vigário Geral ou ConselheirosGerais no decorrer do Capítulo, passam a ser membros,se já não o forem. Se o Irmão Superior Geral eleito não estiverpresente, será preciso esperá-lo antes de prosseguir os trabalhosdo Capítulo (C 140.3).O Irmão Superior geral e seu Conselho podem também convidaralgumas pessoas para o Capítulo, seu número não excedendode 20% do total dos capitulares. O Irmão Superior geral eseu Conselho dialogarão com a Comissão preparatória para definira natureza e o período de tempo da participação das pessoasconvidadas. É desejável que entre elas haja alguns Irmãos jovens.O direito a voto no Capítulo está reservado aos capitulares.13. IRMÃOS ELEGÍVEIS DELEGADOSSão elegíveis delegados ao Capítulo Geral todos os Irmãosprofessos perpétuos, salvo aqueles que se encontram em situaçãode exclaustrados ou em trânsito para outro Instituto (C 141).PÁGINA 108


Estatutos do Capítulo geral14. IRMÃOS ELEITORESSão eleitores dos delegados ao Capítulo Geral todos os Irmãosprofessos temporários e perpétuos, salvo os que se encontramexclaustrados ou em trânsito para outro Instituto (C 142).15. NÚMERO DE DELEGADOSDE UMA PROVÍNCIAA fixação do número de delegados por Província se faz deacordo com os efetivos na data de publicação da circular deConvocação. A comissão preparatória cuidará para que as estatísticassejam estabelecidas de forma precisa nessa data.16. DATA DA ELEIÇÃODOS DELEGADOS AO CAPÍTULOA partir da recepção da circular de Convocação, os Irmãosdas comunidades procedem à eleição dos delegados, no dia fixadospelo Irmão Provincial. Eles seguem as normas indicadasnos artigos seguintes.17. CONDIÇÕES DA ELEIÇÃOOs delegados ao Capítulo são eleitos diretamente pelos Irmãos.A eleição se faz por votação secreta e com a maioria absoluta.A maioria absoluta é calculada sobre o número decédulas recebidas.Para substituir os delegados que não possam ir ao Capítulo,haverá suplentes: um suplente por delegado eleito.Para a eleição dos representantes das Unidades Administrativasao Capítulo Geral, considerar-se-á que as vagas a preenchersão as vagas dos delegados. O processo será este:109 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralPrimeiro escrutínio: Da lista dos elegíveis, cada eleitor colocana cédula tantos nomes quantas vagas são a preenchercomo delegados daquela unidade administrativa. A ComissãoApuradora conta, para cada Irmão escolhido, o total de votosque obteve. Organiza, em ordem decrescente, a lista dos Irmãosque obtiveram votos. Os primeiros colocados, em número igualao dos delegados a eleger, se obtiveram maioria absoluta, estãoefetivamente eleitos delegados. Se todos os delegados foremeleitos, os Irmãos que vêm depois, em número igual, se obtiverampelo menos um terço dos votos, estão eleitos suplentes.Se os delegados requeridos e seus suplentes não forem todoseleitos no primeiro escrutínio, é claro que se precisa de um segundoescrutínio. Neste caso, a Comissão Apuradora apresentaos candidatos para o segundo escrutínio, seguindo a lista dosmais votados. Deve haver o nome de três Irmãos para cada vagade delegado ou suplente a preencher.Segundo escrutínio: Escolhendo da nova lista dos elegíveis,cada eleitor indica na cédula tantos nomes quantas vagas apreencher para delegado 1 . A Comissão Apuradora conta, paracada Irmão escolhido, o total de votos que obteve. Organiza, emordem decrescente, a lista dos Irmãos que obtiveram votos. Osprimeiros colocados, em número igual ao dos delegados a eleger,estão efetivamente eleitos delegados. Os que vêm depois,em número igual ao dos suplentes a eleger, estão eleitos suplentes.Em cada escrutínio, no caso de empate, o mais idosoestá eleito (ou os mais idosos estão eleitos).1Se no primeiro escrutínio todos os delegados saem eleitos, mas não os suplentes,um segundo escrutínio será necessário. Neste segundo escrutíniocada Irmão vota só em um nome. (Decisão do CG 26/06/2008).PÁGINA110


Estatutos do Capítulo geral18. MANEIRA DE VOTARCada eleitor indica, numa folha ou na lista dos Irmãos, tantosnomes de Irmãos elegíveis quantas as vagas a prover. Inserea folha num pequeno envelope e o fecha.Os boletins de votação são colocados num segundo envelope,que será fechado e lacrado em presença de todos, depoisde cada eleitor ter nele assinado, ao lado do seu nome já escrito.Este segundo envelope é colocado num terceiro, que é remetidoao Irmão Provincial, mediante correspondência registrada.19. VOTAÇÃO POR PROCURAÇÃOSe um Irmão está ausente de sua Província, e se é poucoprovável que, antes da data limite, possa fazer chegar ao IrmãoProvincial, mediante correspondência registrada, seu boletimde votação, poderá votar por procuração.Neste caso, o Irmão notificará ao Irmão Provincial, pelo meiomais seguro:1. o fato de que votará por procuração;2. o nome do Irmão que designa como seu procurador.O Irmão também fará os contatos necessários com o Irmãoque escolheu como procurador.O Irmão Provincial informará o Superior da comunidadedo Irmão designado como procurador.O Irmão procurador preenche duas cédulas e assina o envelopeduas vezes: uma em seu próprio nome e outra como“procurador do Irmão N.”.111PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geral20. APURAÇÃO DOS VOTOSUma Comissão Apuradora será formada por quatro Irmãosescolhidos pelo Irmão Provincial e seu Conselho. Os Irmãos escolhidosnão devem ser do Conselho Provincial. O Irmão Provincialfixa a data da apuração e preside a Comissão.21. DESTRUIÇÃO DAS CÉDULASAs cédulas serão destruídas depois de cada eleição.22. ATA DAS ELEIÇÕESNo dia da apuração, uma ata da sessão deve ser redigida;todos os Irmãos presentes a assinam.O Irmão Provincial envia ao Secretariado Geral uma cópiada ata. Avisa os delegados de sua eleição e comunica o resultadodas eleições aos Irmãos da Província. Esse aviso serve deconvocação ao Capítulo Geral.No caso de irregularidade, o Irmão Superior Geral e seuConselho podem anular a eleição e fazê-la recomeçar. Informarãodisso o Capítulo Geral.23. OBRIGAÇÃO DOS CAPITULARESDE ASSISTIR AO CAPÍTULOUm Irmão delegado deve considerar que seu dever de Capitularprevalece sobre qualquer outra obrigação.Entretanto, se julga ter razões sérias para não participar doCapítulo Geral ou dever deixá-lo antes do fim, expô-las-á porPÁGINA 112


Estatutos do Capítulo geralescrito ao Irmão Provincial. Este, com seu Conselho, decidiráe, se necessário, avisará o suplente e também o Secretário Geral.24. SUPLENTE DO IRMÃO PROVINCIALSe o Irmão Provincial não puder assistir ao Capítulo Geral,um suplente o substituirá, e será preciso avisar o Irmão SuperiorGeral a respeito disso.25. PRORROGAÇÃO DO MANDATODO IRMÃO PROVINCIALO mandato de um Irmão Provincial que termina depois dapublicação da circular de Convocação, será prorrogado até ofim do Capítulo Geral. Continua em exercício até a eleição donovo Provincial.Em casos excepcionais, o Irmão Superior Geral e seu Conselhodecidem o que fazer e disso prestam contas ao CapítuloGeral (cf C 137.5).26. VERIFICAÇÃO DA ELEIÇÃO DOS DELEGADOSO comitê de verificação da eleição de cada delegado notificaaos Capitulares as atas da eleição dos delegados. Esse comitêé composto de Irmãos Capitulares nomeados previamentepelo Irmão Superior Geral e seu Conselho (cf C 137.4.8).Se essas atas apresentassem irregularidades ou se, por outrasvias, se houvessem manifestado procedimentos podendoinfirmar uma eleição, o Capítulo discutiria e decidiria a respeito.Se necessário, nomearia uma comissão para fazer um113 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralexame mais aprofundado. A comissão apresentaria seu relatórioà Assembleia e esta decidiria a respeito.Feita a verificação dos mandatos e aprovada a ata, o IrmãoSuperior Geral declara o Capítulo Geral regularmente constituído.27. MESA PROVISÓRIAO Irmão Superior Geral, com seu Conselho, nomeia osmembros da Mesa Provisória do Capítulo, antes da aberturado mesmo, quando os nomes dos Capitulares são conhecidos(cf. C 137.4.9).Convoca essa Mesa alguns dias antes da abertura para estabelecercom ela o programa dos primeiros dias do Capítulo.Uma vez o Capítulo aberto, as ordens do dia devem sempreser aprovadas pela Assembléia.28. ABERTURA DO CAPÍTULO GERALCompete à Mesa Provisória organizar aquilo que convém aessa cerimônia.29. PERMANÊNCIA OBRIGATÓRIADOS CAPITULARESTodos os Capitulares devem permanecer até o fim dos trabalhosdo Capítulo. Ninguém pode se ausentar definitivamente,a não ser por razões graves e com a permissão daComissão Central.PÁGINA 114


Estatutos do Capítulo geralO pedido de ausência deve ser feito por escrito e depositadono Secretariado do Capitulo, que o remeterá ao Comissáriodo Capítulo.30. ENCERRAMENTO DO CAPÍTULOQuando todos os assuntos tiverem sido tratados, a ata finalindicará a duração do Capítulo e o número de sessões. Essaata deve especificar que tudo quanto foi discutido, aceito e votadofoi fielmente registrado no Livro do Capítulo Geral, destinadoaos Arquivos; que uma cópia das aspirações e dasdecisões do Capítulo foi preparada para a “Congregação paraos Institutos de vida consagrada e as Sociedades de vida apostólica”.A assinatura de todos os Capitulares terminará essa últimaata.Uma última votação declarará que o Capítulo está encerrado.115 PÁGINA


2. REGIMENTODO CAPÍTULO GERAL(O texto original está em inglês)Em preparação ao XXI Capítulo Geral este texto foi revisto.O XXI Capítulo geral suspendeu, temporariamente,a aplicação dos artigos 1.4 e 5.1 deste Regulamento.Modificou a redação de vários outros artigos. Essasmodificações foram incorporadas no texto aqui apresentado.ÍNDICE1. Do Regimento1.1. Regimento em vigor1.2. Modificações do Regimento1.3. Acréscimo de artigos ao Regimento1.4. Moderadores provisórios2. Organização2.1. Admissão à sala capitular2.2. Trabalhos auxiliares para o Capítulo2.3. Presença de peritos2.4. Discrição2.5. Tomada de decisões2.6. Documentação oficial do que ocorre no Capítulo2.7. Comissões de estudo e Grupos de trabalho2.8. Inscrição nas Comissões2.9. Comissões especiais2.10. Idiomas de trabalho do Capítulo3. Funções3.1. Presidente do Capítulo3.2. Comissão Central3.3. Composição da Comissão CentralPÁGINA 116


3.4. Eleição dos membros da Comissão Central3.5. Comissário e Vice-comissário3.6. Secretário Geral3.7. Secretários adjuntos3.8. Serviço dos Irmãos tradutoresnas Comissões e Grupos3.9. Moderadores3.10. Funções do Moderador3.11. Escrutinadores4. Trabalho nas Comissões4.1. Eleição de dirigentes4.2. Método de trabalho4.3. Subcomissões4.4. Participação de Capitularesque não pertencem à Comissão4.5. Apresentação dos relatórios4.6. Redação dos relatórios e sua tradução4.7. Relatórios de minorias4.8. Assuntos prioritários5. Trabalho na Assembleia Plenária5.1. Procedimento parlamentar5.2. Fórum aberto5.3. Participação do Moderador no debate5.4. Decisões por unanimidade5.5. Passos para o estudo de um texto5.6. Intervenções dos que se inscreverampreviamente5.7. Intervenções dos que se inscrevemdurante as sessões5.8. Avaliação do método de trabalho6. Votações6.1. Votação secreta6.2. Maiorias necesárias6.3. Condições para a validade do voto escrito6.4. “Juxta modum”117PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geral6.5. Votação eletrônica6.6. Propostas que voltam à Comissão7. Eleição do Superior geral7.1.-7.14 Passos para a eleição do Superior geral.1. DO REGIMENTO1.1. Regimento em vigorAté que o Capítulo aprove o novo Regimento será aplicadoo do Capítulo precedente.O Presidente da Mesa Provisória submete ao Capítulo todasas mudanças ao Regimento do Capitulo propostas pela ComissãoPreparatória.Sua aprovação requer a maioria absoluta dos votos dosmembros presentes.1.2. Modificações do RegimentoDurante o Capítulo, qualquer Capitular pode propor a modificaçãoou a supressão de artigos do Regimento aprovado. AAssembléia deverá então se pronunciar com a maioria de 2/3de seus membros presentes.1.3. Acréscimo de artigos ao RegimentoSe, durante o Capítulo, um Capitular deseja acrescentarnovos artigos ao Regimento, ele os propõe à Comissão Central,que os submete à aprovação da Assembléia. Nesse caso, ésuficiente a maioria absoluta dos membros presentes.1.4. Moderadores provisóriosA Comissão Provisória nomeia dois moderadores entre osmembros da Assembléia até a eleição da Comissão Central.PÁGINA 118


Regimento do Capítulo Geral2. ORGANIZAÇÃO2.1. Admissão à sala capitularSomente os Capitulares, os auxiliares necessários e as outraspessoas autorizadas têm acesso à sala capitular.2.2. Trabalhos auxiliares para o CapítuloA fim de facilitar o bom andamento do Capítulo, o IrmãoSuperior geral e seu Conselho, e depois a Comissão Central,podem solicitar o serviço de alguns Irmãos, como tradutores,copistas ou para qualquer outro trabalho relativo ao Capítulo.Não têm acesso à sala capitular durante as sessões de eleiçãodo Irmão Superior Geral e dos membros do Conselho Geral.2.3. Presença de peritosO Capítulo pode solicitar a ajuda de peritos para tratar deum determinado assunto, num momento indicado. Uma comissãotambém pode fazê-lo, com a autorização da ComissãoCentral.2.4. DiscriçãoOs Capitulares e os auxiliares são obrigados à discrição normalque protege as pessoas físicas e jurídicas. A Assembleiadecide quais os assuntos que devem permanecer em sigilo.2.5. Tomada de decisõesA Assembleia dos Capitulares, reunida em sessão regular,na sala capitular, é a única habilitada para tomar decisões.2.6. Documentação oficial do que ocorre no CapítuloA gravação digital é a prova oficial dos atos do Capítulo.As atas são redigidas pelos secretários de sessão. Eles registramos fatos, resumem os debates das sessões plenárias, transcrevemas passagens cuja inserção textual é pedida por umCapitular, e as decisões tomadas e o resultado da votação. Em119 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralsessão ulterior, o texto é submetido à aprovação da Assembléia.Não há gravação em fita nas eleições do Superior Gerale dos membros de seu Conselho.2.7. Comissões de estudo e grupos de trabalhoO Capítulo Geral criará as comissões de estudo e outrosgrupos de trabalho de que precisar. Deverão ser aprovadaspela Assembléia.A finalidade e a estrutura dos grupos de trabalho podemvariar conforme as tarefas para os quais tenham sido criados.Cada grupo de trabalho decide sobre os dirigentes de que precisae os elege livremente.2.8. Inscrição nas ComissõesUm Capitular poderá se inscrever oficialmente apenas numacomissão de estudo. No decorrer do Capítulo, é possível mudarde Comissão, com o consentimento da Comissão Central.2.9. Comissões especiaisO Capítulo pode constituir Comissões especiais para estudarquestões particulares.2.10. Línguas de trabalho do CapítuloOs idiomas operacionais do Capítulo são: francês, espanhol,inglês e português. Os documentos oficiais do Capítulosão redigidos em uma dessas línguas.3. FUNÇÕES3.1. Presidente do CapítuloO Irmão Superior geral é Presidente do Capítulo. 11C 138PÁGINA120


Regimento do Capítulo Geral3.2. Comissão CentralA Comissão Central, uma vez eleita, é responsável pela organizaçãoe pelo andamento do Capítulo.3.3. Composição da Comissão CentralA Comissão Central compreende os dirigentes que são oComissário do Capítulo, o Vice-comissário, o Secretário Geraldo Capítulo como também um certo número de outros Irmãoseleitos pelo Capítulo.A Mesa Provisória propõe ao Capitulo o número e os critériospara a eleição desses membros da Comissão Central.Antes de propor à Assembleia os nomes dos candidatos,deve-se obter deles o consentimento para sua nomeação.3.4. Eleição dos membros da Comissão CentralOs membros da Comissão Central são eleitos por voto secreto,com maioria absoluta dos membros presentes. A ComissãoCentral escolhe seus oficiais entre os seus própriosmembros.3.5. Comissário e Vice-comissário do CapítuloO Comissário convoca a Comissão Central e dirige os trabalhos.O Vice-comissário o substitui, em caso de necessidade.3.6. Secretário GeralO Secretário Geral do Capítulo está à frente do Secretariado.Deve assegurar-lhe a organização e o funcionamento. É o Secretárioda Comissão Central. Tem a responsabilidade detransmitir, quando necessário, toda informação oficial referenteao andamento do Capítulo.3.7. Secretários adjuntosA Comissão Central propõe ao Capítulo, para aprovação,nomes de Irmãos como secretários adjuntos das AssembleiasGerais ou como encarregados das gravações, ou para outros121PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geraltrabalhos de secretariado. Podem ser escolhidos dentre os Irmãosnão Capitulares.3.8. Serviço dos Irmãos tradutores nas Comissões e GruposAs comissões ou grupos de estudo podem solicitar, com autorizaçãodo Comissário, o auxílio dos Irmãos tradutores doCapítulo.3.9. ModeradoresA Comissão Central escolhe o moderador de cada AssembleiaGeral, seja dentre seus próprios membros, seja de umalista de outros Capitulares eleitos para isso pela Assembleia.As modalidades da eleição devem ser propostas à Assembleiapela Comissão Central.3.10. Funções do ModeradorO Moderador em função dá a palavra aos Capitulares, deacordo com a ordem do dia estabelecida pela Comissão Central.Dirige as discussões, cuida da observância do regimentoou do encaminhamento decidido pela Comissão Central. Declarafora de ordem os que se afastam do assunto ou excedemo tempo que lhes é concedido. Resolve os outros problemas deencaminhamento que possam surgir. Qualquer reclamaçãocontra suas decisões deve ser submetida à Assembleia e regularizadaimediatamente por votação. Põe em votação as propostas.3.11. EscrutinadoresA verificação das votações feitas por escrito é asseguradapor dois escrutinadores. Sua eleição é proposta pela Mesa Provisóriaou pela Comissão Central. Necessita a maioria absolutados presentes; a maioria relativa é suficiente no terceiroescrutínio.PÁGINA122


Regimento do Capítulo Geral4. TRABALHO NAS COMISSÕES4.1. Eleição de dirigentesCada comissão de estudo elege os próprios dirigentes.4.2. Método de trabalhoCada Comissão estuda seriamente os assuntos e matériasque lhe são submetidos. Nas comissões, os Capitulares trocamlivremente suas idéias. Se necessário, se vota.4.3. SubcomissõesSe preciso, as comissões de estudo podem dividir seusmembros em subcomissões. Estas subcomissões elegem seuspróprios dirigentes. Elas submetem seus relatórios de maneiraa poderem ser incorporados no relatório da comissão inteira.O relatório da subcomissão, para fazer parte do Relatório daComissão inteira, deve ser aceito por esta com maioria devotos.4.4. Participação de Capitulares que não pertencem à ComissãoQualquer Capitular tem o direito de ser ouvido sobre umou outro ponto estudado por uma comissão, mesmo não fazendoparte dela. Uma Comissão pode também convidar umCapitular para determinada reunião. Pode igualmente pedirpor escrito o parecer do conjunto dos Capitulares a respeito deuma questão particular.4.5. Apresentação dos relatóriosOs relatórios ou parte dos relatórios das comissões devemser apresentados integralmente à Assembleia, sem qualquermodificação de quem quer que seja. Se houve votação na Comissão,o resultado deve ser indicado.123PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geral4.6. Redação dos relatórios e sua traduçãoOs relatórios serão redigidos em uma das línguas de trabalhodo Capítulo. Cada comissão fará as traduções que julgarnecessárias para garantir que sejam bem compreendidospelos Capitulares.4.7. Relatórios de minoriasQuando pelo menos um terço dos membros de uma Comissãojulga não poder subscrever o relatório da maioria, elepoderá redigir um relatório próprio que reflita sua opinião.Este relatório minoritário tem igualmente direito de ser apresentadoà Assembleia.4.8. Assuntos prioritáriosA Comissão Central pode indicar a cada Comissão os assuntosa estudar prioritariamente.5. TRABALHO NA ASSEMBLEIA GERAL5.1. Procedimento parlamentarOs debates na Assembleia, normalmente, seguem o processoparlamentar.5.2. Fórum abertoA Comissão Central pode propor que a Assembleia tomeuma forma de “fórum aberto” para discutir um ponto concretoproposto pela Comissão Central. Este “Fórum aberto” apresentaseu relatório à discussão da Assembleia geral numa sessãoulterior e segundo o procedimento parlamentar.5.3. Participação do Moderador no debateQuando, no decurso de um debate que dirige, o Moderadordeseja participar da discussão, faz-se substituir por outroModerador. Concluída a discussão, ele reassume a sua função.PÁGINA 124


Regimento do Capítulo Geral5.4. Decisões por unanimidadeEm certos casos, para tratar de um assunto que não precisaseguir todas as etapas previstas pelo Regimento, a Assembleiapode se contentar com uma decisão por unanimidade, sem recorrerà votação. Nesse caso, o Moderador diz: “Se não houverobjeção, proponho que...”.Se houver alguma objeção, a Assembleia deverá votar o queé proposto. A proposta é decidida pela maioria prevista peloRegimento.5.5. Passos para o estudo de um textoAntes da adoção do texto de uma comissão, a Assembleiarespeitará habitualmente estas etapas:a) A comissão entrega o texto aos Capitulares.b) Ela apresenta o texto à Assembleia. Nessa primeira sessão,os Capitulares somente podem formular perguntasde informação ou esclarecimento.c) A Comissão central indicará o tempo que os capitularesterão para apresentar emendas ou novas proposições.d) Deve transcorrer um tempo razoável entre a entrega deemendas e das proposicões e sua discussão e votação porparte da Assembleia.e) A Assembleia discute e vota cada uma das emendas enovas proposições, apresentadas pelos Capitulares.f) A Assembleia vota o texto emendado.5.6. Intervenções dos que se inscreveram previamenteOs Capitulares que o desejam, podem se inscrever para intervirdurante as sessões da Assembleia Geral. Essa intervençãonão poderá ultrapassar CINCO minutos.5.7. Intervenções dos que se inscrevem durante as sessõesSe um Capitular não está previamente inscrito para intervirdurante as sessões, pode se inscrever no decurso delas.125 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralSua intervenção, então, não poderá ultrapassar DOIS minutos.5.8. Avaliação do método de trabalhoA Comissão Central preverá um tempo de avaliação do métodode trabalho adotado para algum adaptação se necessário.6. VOTAÇÕES6.1. Votação secretaAs eleições e as deliberações do Capítulo são normalmentefeitas em escrutínio secreto. Será necessariamente assim,quando pelo menos DEZ membros da Assembleia o solicitarem.6.2. Maiorias necessáriasA votação necessita a maioria absoluta dos membros presentes,exceto nos casos previstos pelo Regimento. Os dois terçosserão exigidos para o seguinte:– modificação ou suspensão do Regimento,– limitação do debate,– modificação da ordem do dia já aprovada,– questão prévia,– objeção à consideração de uma questão,– reconsideração de matéria já votada.6.3. Condições para a validade do voto escritoQuando a votação se faz por escrito, “o voto deve ser livre,secreto, certo, absoluto, determinado” 2 . A inadimplência de umadessas condições invalida o voto 3 .2c 1723c 172PÁGINA 126


Regimento do Capítulo Geral6.4. «Iuxta modum»No caso que alguém vote “Juxta modum”4 nas eleições ounas votações definitivas de textos, quer se trate da votação deuma emenda que preceda imediatamente ao voto definitivo,da votação de um texto emendado, ou ainda da votação dotexto final, tal voto será considerado como abstenção.6.5. Votação eletrônicaOrdinariamente, a Assembleia aceita a votação eletrônica.6.6. Propostas que voltam à ComissãoProposta que não é aceita nem recusada pela maioria absolutados membros presentes, volta à respectiva comissão.7. ELEIÇÃO DO IRMÃO SUPERIOR GERAL7.1. A eleição do Irmão Superior geral far-se-á em climade oração e discernimento espiritual, incluindo a celebraçãoeucarística.7.2. No início da sessão de eleição, os escrutinadores entregarãouma cédula de votação a cada um dos eleitores.4« Juxta modum » não entra no regimento parlamentar normal de debate. Essaopção foi admitida no Concilio Vaticano II para facilitar o estudo progressivo dos documentos,antes de votação definitiva. Ao utilizar “Juxta modum”, um membro indicavaque aceitava o texto globalmente, mas que era reticente quanto a um ou outroponto do texto. O uso desse tipo de votação compromissava quem votava “Juxtamodum” a enviar, por escrito, suas razões ou sugestões para adaptar o texto.Não se podia utilizar a votação “Juxta modum” para:- a eleição de um dirigente;- a votação definitiva de um texto, quer se tratasse da votação de uma emendaprecedendo imediatamente a votação de um texto definitivo, ou da votação de umtexto emendado, ou da votação do texto final.127 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geral7.3. Cada um preenche sua cédula, dobra-a e deposita-a naurna colocada sobre uma mesa ornada por um crucifixo, pelaestátua da Boa Mãe e pela relíquia de São Marcelino Champagnat.A mesa é posta em frente do Presidente do Capítulo.7.4. Se algum dos eleitores está presente na casa em que sefaz a eleição, mas não pode estar presente à eleição, o seu votoescrito seja recolhido pelos escrutinadores 5 .7.5. Quando todos houverem votado, os escrutinadores contarãoas cédulas, em voz alta, a fim de se certificarem de que onúmero delas não é superior ao dos votantes. Se tal acontecesse,o escrutínio seria nulo e precisaria recomeçar, sem abrir as cédulas.Feita essa verificação, o primeiro escrutinador tomará umacédula, lê-la-á em voz alta. Apresentá-la-á em seguida ao segundoescrutinador.7.6. Os secretários de sessão anotarão, sob o dito dos escrutinadorese a responsabilidade do Presidente, o nome quefor proclamado. Proceder-se-á do mesmo modo com todas ascédulas.7.7. Uma vez terminada a apuração da eleição, os votos totalizados,a verificação feita, o Presidente lê o número de votosobtidos por cada um. Após cada escrutínio, as cédulas serãodestruídas em plena sessão.7.8. Se o primeiro escrutínio não der a maioria absoluta dosmembros presentes, proceder-se-á a um ou a vários outros escrutínios,conforme o artigo 131 das Constituições.5c 167.2PÁGINA128


Regimento do Capítulo Geral7.9. O Superior eleito “manifesta ao Presidente se aceita ounão a eleição; do contrário, a eleição fica sem efeito” e se procedea nova eleição 6 .7.10. Se o Superior eleito aceita, a proclamação será feitanestes termos, pelo Presidente do Capitulo: “Em nome da SantíssimaTrindade e sob a proteção da Santíssima Virgem, emmeu nome e em nome de todos aqueles a quem cabe eleger oSuperior geral, declaro eleito o Irmão..., que obteve a exigidamaioria dos votos dos Capitulares”.7.11. A notificação oficial da nomeação será feita imediatamenteàs diferentes Províncias e Distritos do Instituto.7.12. Se o Irmão Presidente do Capítulo é eleito Superiorgeral, o Irmão Vigário geral fará a proclamação como constaacima.7.13. O Capítulo pode pedir à Santa Sé, por maioria de doisterços, que aceite como Superior geral um Irmão que teriaalgum impedimento canônico dispensável para ser eleito, taiscomo a idade ou haver esgotado os períodos de reeleição. Noque diz respeito à Postulação, recorrer-se-á aos cânones 180 a183.7.14. Se um ou outro dos dirigentes do Capítulo é eleito Superiorgeral, a Assembleia Geral procede à eleição de um substituto.6c 177129PÁGINA


V. ANEXOS


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geral


Anexos 1CARTASREGIONAISao XXI Capítulo geralA preparação do XXI Capítulo geral incluiu, em sua segundaetapa, uma grande participação dos Irmãos, e de grupos de Leigos eJovens, na reflexão sobre os temas escolhidos a partir da sondagemfeita na primeira etapa. Houve encontros regionais com o objetivo deescrever uma carta regional, que seria dirigida ao Capítulo para expressara voz particular da região sobre os temas propostos. Publicamosa seguir essas Cartas.Nairobi, 1°de julho de 2009.Caros irmãos e leigos maristasÁFRICAIntroduçãoNossos irmãos e leigos maristas da região da África mandama vocês uma saudação de seu caloroso e acolhedor continente.Eles compartilham todo o seu grande entusiasmo eotimismo pela realização deste encontro histórico. Desde aconvocação do Capítulo pelo Superior geral, há um ano, elesrezam e trabalham generosamente, em comunidade e em ou-133PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geraltros grupos, como ativos participantes e solidários com os resultadosantecipados do Capítulo.Nós, os capitulantes da região da África (nove irmãos e umleigo), estivemos reunidos em Nairobi de 29 de junho a 1° dejulho. Durante a segunda fase de preparação, que se realizoude março a maio, os capitulantes representantes de cada unidadeadministrativa ouviram os irmãos e leigos de suas unidadese elaboraram uma carta contendo suas recomendações.Nosso encontro de Nairobi foi conduzido em uma atmosferade oração e de reflexão, seguindo as recomendações metodológicasdo 21° Capítulo geral. Cada unidade apresentou acarta à sua delegação regional e depois de uma reflexão e discernimento,alguns pontos foram salientados e indicados comonossas prioridades, e recomendados à atenção do Capítulo.■■■IDENTIDADE DO IRMÃOLEIGOS MARISTASPARTILHA DOS RECURSOSAo apresentarmos estes tópicos, consideramos as seguintesperspectivas:– As realidades, tais como elas são vistas atualmente naÁfrica marista.– Propostas para melhorar a situação.PÁGINA 134


ANEXOSPrioridades1. IDENTIDADE DO IRMÃOa – RealidadeA identidade do irmão está em crise.■ Alguns irmãos desenvolveram uma atitude de viver “comoqualquer um”, ao invés de assumirem seu papel proféticocomo pessoa consagrada. É como se estes irmãos não tivessemdecidido viver as consequências de sua consagração. Aapreensão é porque este tipo de atitude está aumentando.■ A condição dos irmãos como homens religiosos não é clarano contexto de um sistema de sociedade de classes e na compreensãoda hierarquia eclesial.■ A maioria dos irmãos se identifica mais com o que elesfazem do que com o que eles são.■ O índice de perseverança entre os irmãos é baixo.■ Uma vida comunitária fraca é frequentemente resultado dafalta de uma efetiva liderança.■ Existe falta de seriedade no zelo de nossa “vida espiritual”.b – Propostas■ Necessitamos usar algum sinal externo para nos identificarmoscomo irmãos.■ A qualidade da formação inicial deveria ser suficientementecompreensiva para enfrentarmos os desafiosdo nosso tempo.■ Aqueles que são indicados como superiores deveriamser especificamente treinados e acompanhados noprocesso de seu papel de liderança.■ Deveria ser garantido um acompanhamento dos irmãos,principalmente dos jovens.■ Há um apelo, no espírito do diálogo, a promover ascondições que ajudem os irmãos a assumirem a responsabilidadede prosseguirem com seu desenvolvimentohumano e espiritual.135 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geral■ Devemos construir uma visível e profética comunidadede pessoas consagradas. Por esta razão, sugerimoso desenvolvimento de uma espiritualidadecomunitária e, à administração que está chegando,sugerimos a celebração do “Ano da comunidade”.2. LEIGOS MARISTASa – RealidadeTemos ainda muito a fazer neste sentido.■ Muitas pessoas de diversos estados de vida se sentem atraídasa viverem a espiritualidade e o carisma de são MarcelinoChampagnat.■ Não existe muita clareza a respeito da vocação de leigo marista.■ Alguns irmãos são relutantes em acolher os leigos maristas.b – Propostas■ Mudar o nome de “leigos maristas” para “associados leigosChampagnat”.■ Esclarecer a vocação dos “associados leigos Champagnat”.■ Desenvolver os processos de formação em todas asunidades administrativas.■ Envolver os leigos nas comissões dos “associados leigosChampagnat” em todos os âmbitos.3. PARTILHA DOS RECURSOS (pessoal e finanças)a – RealidadeA reestruturação geográfica, como está sendo experimentadaatualmente, não resolveu as seguintes desigualdades:■ Há um degrau generacional nas unidades administrativasdo Instituto.PÁGINA 136


ANEXOS■ Algumas unidades administrativas têm vários irmãos comexperiência e poucos jovens irmãos, enquanto em outras regiõesdo Instituto ocorre o contrário.■ Algumas unidades administrativas estão em melhor situaçãofinanceira do que outras.b – Propostas■ Criar novas estruturas que facilitariam a partilha dosrecursos humanos do Instituto.■ Consolidar o que foi feito em relação à solidariedadeno Instituto, para proporcionar maior autonomia financeiranas unidades administrativas mais pobres.ConclusãoOs irmãos e os leigos maristas da região da África expressamsua confiança na capacidade dos capitulantes do 21° Capítulogeral em realizar as mudanças que nos conduzirão asermos “Novos corações em um mundo novo”. Eles permanecempróximos a vocês em espírito, enquanto vocês refletem e discernemsobre os caminhos que seguirá o Instituto nos próximosoito anos. Estejam certos de seu apoio contínuo em suasorações. Que Maria, nossa Boa Mãe, os acompanhe neste santoexercício.Os capitulares da região da África:Irmãos Lawrence Ndawala, Eugène Kabanguka, Sylvain Yao,Christian Mbam, Thomas Randrianantenaina, Alexandre Rakotomalala,Rémy Mbolipasiko, Chima Onwujuru, Nicholas Banda e Sr. Rufus Ozoh.137 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralAMÉRICAApresentamos em seguida as cartas das três sub-regiões da América.ARCO NORTEGuatemala, 17 de maio de 2009.Prezados Irmãos, Leigos/as e Membrosda Família Marista do Arco Norte:Recebam nossa saudação, na alegria do Cristo ressuscitadoe na ternura de Maria, nossa Boa Mãe, nesse tempo marial epascal. Que o Espírito guie nossos passos durante nosso peregrinarrumo ao 21º Capítulo geral, reavivando nossos corações,enquanto discernimos juntos em torno das melhores decisõespara o presente e o futuro de nosso Instituto.Agradecemos aos Irmãos e Leigos/as da Província da AméricaCentral a amável acolhida e hospitalidade e atenção portantos cuidados que permitiram o bom desenvolvimento denossa reunião. Agradecemos de modo especial aos Irmãos CarlosVélez e João Carlos do Prado, membros da Comissão preparatória,o esforço e a inteligente condução de dinâmica doencontro.Na cidade de Guatemala, reunimo-nos como Região, dezoitoIrmãos e quatro Leigos/as para realizar mais uma etapada preparação do 21º Capítulo geral. Entre os vinte e dois participantes,temos quinze Irmãos delegados capitulares, incluindoos seis Provinciais do Arco Norte (Canadá, EstadosPÁGINA 138


ANEXOSUnidos, México Central, México Ocidental, América Central eNorandina) e uma leiga convidada ao Capítulo pelo Ir. Superiorgeral. Os participantes de cada Província trouxeram acarta que escreveram, a partir da escuta dos diversos gruposimplicados no processo da consulta.Iniciamos nossa reunião de três dias escutando os ecos e oschamados das diversas experiências maristas de nossas Províncias,e pedindo ao Espírito Santo que tocasse nossos coraçõescom o ardor das urgências e desafios que nosso Institutoenfrenta, neste momento histórico. Com a reflexão e a oraçãopessoal e grupal conseguimos discernir o que consideramosser o apelo fundamental para o Instituto, hoje. Desejamos partilhartudo isso com vocês e, assim como o farão todas as Regiõesdo Instituto, apresentá-lo também no início do Capítulogeral.Um de nossos Irmãos, em carta à sua Província, assim seexpressou: “A proposta de Jesus é a conversão do coração oque implica decisão profunda e abertura à gratuidade de Deuspara sermos transformados por Ele. É Deus quem nos converte,se tivermos abertura de mente e de coração, ensinandonosa viver com seus olhos e seu coração. Esta é talvez adinâmica mais importante a surgir, como fruto desta peregrinaçãorumo ao 21º Capítulo geral.” Este é o convite que Jesusdirige a todos, hoje, quando nos preparamos para criar coraçõesnovos para um mundo novo!Por isso, enquanto nos reunimos aqui para refletir sobrecomo colocamos em marcha este apelo, pareceu-nos claro queo apelo fundamental pode expressar-se assim:139 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralAPELO FUNDAMENTALIrmãos e leigos <strong>Maristas</strong>, somos todos chamados a um novoPentecostes, harmonizando com alegria e paixão nossa vidapela conversão a Jesus e à sua missão, a fim de manifestar umrosto novo, significativo de nossa identidade, no mundo de hoje.Cremos que, ao acolhermos esta chamada, nos colocamosna continuidade de experiências significativas que viveu e viveo Instituto: a canonização de nosso Fundador que nos convidoua cultivar “um coração sem fronteiras”; a reflexão de leigose irmãos que partilham “um coração, uma missão” e adisposição para responder aos desafios de hoje com “coraçõesnovos para um mundo novo”.Uma nova consciência e expressão de nossa identidade maristafar-nos-á redefinir, hoje, nossa opção, nossos votos, nossavida comunitária, nossa espiritualidade e nossa missão com ascrianças os jovens pobres.Apenas assim, nas sociedades em que vivemos, poderemosser referência válida e profética. As crianças e os jovens procuramtestemunhas de vida plena e feliz que possam imitar!Por trás desse apelo reconhecemos as urgências e os desafiosque brotam das Cartas provinciais, que, ao serem partilhadas,permitir-nos-ão de conhecer melhor as inquietudes deIrmãos e Leigos, nas diversas dimensões de seu ser e agir cotidiano.Trazemos aquelas que percebemos mais significativas,sugerindo algumas propostas concretas de ação, com umduplo olhar inseparável e complementar: para o Instituto epara nossa Região.Para o Instituto, encontramos as seguintes urgências e desafios,e propomos:PÁGINA 140


ANEXOSa – Identidade do IrmãoAprofundar e recriar a identidade e a vocação do Irmão marista,integrando consagração, votos, espiritualidade, Missão,vida comunitária e pastoral vocacional, para gerarnovas expressões de vida para o mundo de hoje.■ Desenvolvendo, em nível de Instituto, um processode reflexão para aprofundar a identidade do Irmão.■ Atualizando o documento « Guia da Formação »como pedagogia adequada à formação e vivência doser Irmão.b – MissãoAtualizar a Missão marista, à luz da experiência ‘Montagne’,buscando novos caminhos de presença e de resposta,no mundo de hoje,■ Cultivando uma atitude de abertura e de discernimentofrente ao Programa “Missão ad Gentes”;■ Fortalecendo a evangelização através da educação;■ Comprometendo-nos com os mais pobres;■ Atualizando a catequese para as crianças e os jovensde hoje;■ Assegurando a presença e o contato direto com ascrianças e jovens;■ Acolhendo Maria como fonte inspiradora de nossavida e missão.c – LeigosDefinir e aprofundar a vocação, a identidade e a missão do“leigo marista”, e os diversos modos de pertença.141 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geral■ Apoiando os leigos em sua formação e acompanhamento,com programas específicos que os ajudem adiscernir, responder e viver sua vocação;■ Assumindo eles sua responsabilidade na definição daprópria identidade e na implementação de estruturasde animação;■ Favorecendo e animando a corresponsabilidade eparticipação na missão;■ Formulando critérios e políticas documentadas desua identidade e participação.d – EspiritualidadeCultivar a vivência de uma profunda espiritualidade emtodas as dimensões da existência para transformar-nos emhomens e mulheres de Deus■ Bebendo da água da rocha que dá vida: a Palavra, aoração, a vivência da Eucaristia, dias de retiro, osvotos, o serviço do Reino, o acompanhamento espiritual;■ Aprofundando mais o documento “Água da Rocha”;■ Buscando ser sinal profético, especialmente entre osmenos favorecidos.e – Governo / AnimaçãoAtualizar a animação e o governo do Instituto■ Acompanhando estruturas viáveis para a vitalidade;■ Dando continuidade aos cinco apelos do Capítulo anterior;■ Avaliando os secretariados existentes, e a possibilidadede aumentá-los ou reduzi-los;PÁGINA 142


ANEXOS■ Estabelecendo “redes” efetivas que ofereçam, emtodos os níveis, os projetos em execução, sem que interfiramentre si;■ Apoiando a nova Administração geral com recomendações,sem excessivos mandatos.f – Para a Região do Arco Norte:Avançar em nosso processo de regionalização.■ Estabelecendo canais efetivos de comunicação dentroda região;■ Criando uma comissão interprovincial para estudare buscar respostas aos desafios que vivemos enquantoRegião;■ Melhorando nossa habilidade de expressão nas línguasda Região;■ Responsabilizando-nos, todas as Províncias da Região,por nossas obras ad Gentes.Prezados Irmãos, Leigos/as e membros da Família Maristado Arco Norte, permitamo-nos de sonhar juntos um futuropleno de esperança, com realismo e audácia, neste novo amanhecerdo Instituto! Obrigado pela oportunidade de sermos“companheiros maravilhosos” nesta peregrinação.Que Jesus, Senhor da História, Maria, peregrina na fé, e SãoMarcelino, nosso Fundador, acompanhem nosso peregrinar.O Espírito nos permita viver um novo Pentecostes! Nestemesmo Espírito esperamos, ansiosamente, os desafios e oportunidadesque nos vai oferecer o 21º Capítulo, para nossa Regiãoe para nosso Instituto. Juntos, como Irmãos e Leigos/asmaristas, podemos comprometer-nos com nosso futuro marista,com a mesma promessa radical de fé, esperança e con-143 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralfiança em Deus. Como resultado, esperamos chegar a ser“novos corações para um mundo novo”!Fraternalmente,Sr. Carlos Navajas, Irs. Carlos Rafael Vélez Cacho eHipólito Pérez Gómez (América Central).Irs.Bernard Beaudin, Gilles Hogue e Gaston Robert (Canadá).Irs. Ricardo Uriel Reynoso Ramírez, José Sanchez Bravoe Fernando Mejía (México Central).Sra. Irma Zamarripa Valdez, Irs. Eduardo Navarro de la Torre,Ernesto Sánchez Barba e Ivan Buenfil Guillermo (México Ocidental).Sr. Moisés Beltrán Saavedra, Irs. Laurentino Albalá Medina,Libardo Garzon Duque e César Augusto Rojas Carvajal (Norandina).Sr. Matt Fallon, Irs. Patrick McNamara, Ben Consigli e John Klein (USA).BRASILCuritiba, 9 de maio de 2009.Estimados Irmãos, Leigos, Leigase Jovens maristas do Brasil,Após vivenciarmos um profundo processo de escuta nasProvíncias e no Distrito Marista da Amazônia, nós, Irmãos capitulares,facilitadores e convidados, reunimo-nos, no períodode 6 a 9 de maio, no Centro Marista Marcelino Champagnat,em Curitiba, para darmos prosseguimento a um novo períododa fase II do processo preparatório do XXI Capítulo Geral. Ostrabalhos foram coordenados pelos Irmãos Carlos Vélez Cachoe João Carlos do Prado, membros da Comissão Preparatória, eassessorados pelo Ir. Mariano Varona, da Província MaristaSanta María de los Andes.PÁGINA 144


ANEXOSO encontro teve como objetivo principal discernir as urgências,os desafios e as propostas em nível regional e de Institutoe, sobretudo, o apelo fundamental de Deus para o XXI CapituloGeral. Tudo isso transcorreu num profundo clima de oraçãoe de reflexão. O ponto de partida para o discernimentoforam as “cartas abertas” das quatro Unidades Administrativasdo Brasil e o material proposto pela Comissão Preparatória.Por meio desta “carta aberta” fazemos chegar a todos vocêsos frutos do nosso encontro. Eles traduzem a nossa disponibilidadee abertura ao Senhor nesses dias de escuta profunda deseus apelos. Queremos manifestar nossa alegria pela experiênciavivida e fazê-los partícipes dos resultados alcançados eque apresentamos na sequência.1 – Urgências, desafios e propostas de açãopara o Instituto e para o Brasila - Aprofundar a identidade do Irmão e do leigo maristas, apartir da consagração batismal e religiosa na perspectivado mundo contemporâneo.Propostas de ação para o Instituto:■ Formação conjunta de Irmãos e leigos;■ Elaboração de um documento sobre a identidade doIrmão e do Leigo maristas;■ Definição das formas de pertença e vinculação dosleigos maristas ao Instituto e dos modos de participaçãonas instâncias de decisão;■ Revisão do Guia de Formação e das Constituições;■ Formação em vista da internacionalidade.Propostas de ação para a Região Brasil:■ Formação conjunta de Irmãos e leigos;■ Atualização da formação inicial e permanente dos Irmãose leigos;145 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geral■ Resgate dos documentos do Instituto;■ Revisão do estilo e padrão das estruturas da formaçãoinicial dos Irmãos, de modo que se considere a realidadesocial dos vocacionados.b - Reavivar a espiritualidade mariana e apostólicaPropostas de ação para o Instituto:■ Elaboração de um plano de formação teológica espiritual;■ Revitalização da EAM.Propostas de ação para a Região Brasil:■ Acompanhamento espiritual e terapêutico/pessoalsistemático;■ Elaboração de um plano de formação teológica espiritual;■ Revitalização da EAM;■ Busca de um estilo de oração e espiritualidade maisencarnada;■ Fortalecimento da dimensão mariana;■ Retomada do estudo da Mariologia/ano mariano;■ Criação de um centro de espiritualidade interprovincial.c - Reencantar Irmãos e Leigos para o carisma marista, comque se responda e se corresponda aos desafios da contemporaneidade.Propostas de ação para o Instituto:■ Fortalecimento da dimensão teológica da missão;■ Abertura aos novos espaços e fronteiras de missão;■ Ênfase no uso evangélico dos bens;■ Formação de Irmãos e Leigos para os desafios domundo contemporâneo;■ Avaliação da fecundidade evangélica das obras;■ Fortalecimento da dimensão missionária do Institutocom especial ênfase no projeto Missão “ad gentes”;PÁGINA 146


ANEXOS■ Opção preferencial pelos pobres;■ Implementação da interinstitucionalidade: convêniocom governos e parcerias com ONGs, Igreja, Instituições.Propostas de ação para a Região Brasil:■ Fortalecimento da dimensão teológica da missão;■ Abertura aos novos espaços e fronteiras de missão;■ Ampliação do número de comunidades de inserção.■ Formação de Irmãos e Leigos para os desafios domundo contemporâneo;■ Avaliação da fecundidade evangélica das obras;■ Maior número de Irmãos e Leigos no contato diretocom as crianças e jovens, especialmente com os pobres;■ Implementação da interinstitucionalidade: convêniocom governos e parcerias com ONGs, Igreja, Instituições.■ Abertura de comunidades que acolham jovens, leigos,irmãos voluntários.■ Priorização da dimensão pastoral na educação;■ Maior participação na Igreja local;■ Estímulo aos jovens Irmãos para melhor atuação naPastoral Juvenil Marista (PJM);■ Estudo e discernimento do número e foco das obras;■ Maior presença e acompanhamento de jovens e gruposde jovens;■ Preparação dos Irmãos e leigos para novo comprometimentona missão, após a aposentadoriad - Atualizar as estruturas de animação e governo do Instituto.Propostas de ação para o Instituto:■ Garantia de maior presença do governo geral junto àsUnidades Administrativas e regiões;■ Apoio a uma proposta de governo que considere a147 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralconsulta às bases para as tomadas de decisões.■ Redução do mandato do Ir. Superior Geral e seu Conselhode oito para seis anos.Propostas de ação para a Região Brasil:■ Busca de novo modelo de governo e de gestão queconsidere maior participação de Irmãos e leigos.1.1 - Urgências, desafios e propostas de açãoespecíficas para o Brasil.e - Resgatar a vida comunitária dos Irmãos, potenciandolheo significado.■ Fortalecimento de relações fraternas nas comunidades;■ Discernimento para a formação das comunidades e oenvio para a missão.■ Acompanhamento sistemático à vida comunitária e àvida pessoal;■ Formação dos Irmãos Superiores;■ Criação de novos estilos de comunidades, mais simplese abertas;■ Criação de Comunidades mistas.A partir das urgências, desafios e propostas de ação em nívelde Instituto e de Brasil, buscamos qual poderia ser o apelofundamental que Deus faz ao próximo Capítulo Geral.2 - Apelo Fundamental de Deus para o XXI CapítuloGeral na perspectiva da região Brasil:Aprofundar a identidade e a vocação marista do Irmão edo Leigo a partir:– da consagração batismal e religiosa,– da vivência da espiritualidade mariana e apostólica,– da fraternidade nas comunidades ePÁGINA 148


ANEXOS– do compromisso com as crianças e jovens preferencialmentepobres, respondendo assim aos apelos do mundocontemporâneo.2.1 - Razões que fundamentam esse apelo:■ O fortalecimento da dimensão profética da Vida Consagradae o seguimento a Jesus Cristo, por Irmãos e Leigos;■ A interpelação a dar novo sentido à vida religiosa,matrimonial e leiga;■ O desafio de dar novo encanto a Irmãos e Leigos parao carisma marista, situando as nossas vocações nocontexto do mundo contemporâneo;■ A revitalização da espiritualidade mariana para omundo de hoje;■ O desejo de dar novo significado à fraternidade navida dos Irmãos e dos Leigos;■ A necessidade de esclarecer a identidade do Irmão edo Leigo (a) nos aspectos comuns e específicos;■ A urgência de formação conjunta de Irmãos e Leigos;■ A demanda por parte do Instituto e dos leigos de definiras formas de sua pertença e vinculação ao Instituto;■ A existência de uma situação anêmica da vida espiritualem muitos Irmãos e Leigos;■ A vitalidade do Instituto, o despertar de novas vocaçõese a sua perseverança;■ A revitalização do Instituto Marista passa por umreencontro com o Cristo Ressuscitado que se manifestade modo especial no rosto dos empobrecidos;■ A urgência da presença afetiva e efetiva dos irmãosentre as crianças e os jovens;■ A necessidade de superar o ativismo, o relativismo eo profissionalismo;■ A urgência de uma educação ecológica e planetáriaem vista de um mundo sustentável.149 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralTemos certeza de que ficamos enriquecidos com a troca deexperiências e por maior consciência e identificação das riquezase dos problemas da realidade marista no Brasil. Esseprocesso interpela-nos à conversão do coração e à construçãode um mundo novo inspirado no Reino de Deus.Ao longo desses dias, como em Pentecostes, juntos comMaria, sentimos a força transformadora e iluminadora do EspíritoSanto; por isso ousamos dizer como os apóstolos que“porque ao Espírito Santo e a nós pareceu bem” (At 15,28)escrever esta carta.Agradecemos a acolhida calorosa da Província Marista doBrasil Centro-Sul que facilitou a realização do encontro e asintonia na oração de tantos Irmãos, leigos, leigas e jovensde todo o Brasil.Desejamos que esta carta produza em nós e em cada um ecada uma de vocês “corações novos para um mundo novo”,de modo que Champagnat nos reconheça como os maristasque ele sonhou.Participantes do Encontro da Região Brasil em preparação aoCapítulo Geral XXI,Ir. Inácio Nestor Etges, Dilma Alves Rodrigues, Ir. Anacleto Peruzzo,Adalgisa Oliveira ,Ir. Francisco das Chagas Costa Ribeiro,Ir. Deivis Alexandre Fischer, Ir. Joaquim Panini, Jorge Santos Franz,Gabriella Pérez Howes, Ir. Lauro Francisco Hochscheidt, Ir. Sebastião AntonioFerrarini, Ir. Davide Pedri, Ir. Pedro Vilmar Ost, Ir. Antonio Quintilianoda Silva, Elaine Fátima Strapasson Faccin, Ir. Valdir Raymundo Gobatto,Ir. Valdicer Civa Fachi, Ir. Firmino Caetano Biazus, Edigar Barraqui, IvandaDolores Gava Presoti, Ir. Wellington Mousinho de Medeiros, Ir. José de AssisElias de Brito, Ir. Claudino Falchetto, Maria Margarida Farias da Cunha,Gina Bolonha Fiúza de Mello Moraes, Ir. João Carlos do Prado.PÁGINA 150


ANEXOSCONE SULBuenos Aires, 3 de maio de 2009RELATÓRIO SOBRE AS URGÊNCIAS E OS DESAFIOSDO INSTITUTO E DA REGIÃO DO CONE SULComo assinalamos na Carta Regional, a primeira parte denosso trabalho esteve centrada em buscar, a partir das Cartasdas Unidades administrativas, o consenso sobre as urgênciase os desafios que cremos dever assumir, atualmente, tanto oInstituto quanto nossa Região. Vão acompanhados de algumaspropostas concretas de ação.1. Identidade do irmãoGerar um novo modo de ser Irmão com forte experiênciade Deus; vida simples e pobre; com vida comunitária significativae aberta aos leigos; proximidade com as crianças e os jovens;compromisso com a Evangelização e disponibilidaderadical e missionária para deslocamentos mais audazes.a - Propostas concretas para o instituto:■ Encorajar estilos simples e pobres de vida comunitária;■ Que o ‘fundo Irmãos’ (orçamento destinado aos—) sejacorrespondente à classe popular de cada país;■ Animar experiências novas em torno à proposta de alargara tenda, tais como comunidades mistas e comunidadesabertas aos jovens;■ Acompanhar os Irmãos jovens em seu crescimento e naconsolidação vocacional;■ Redescobrir e fortalecer a dimensão missionária dos Irmãospara que, além de nossas fronteiras provinciais,culturais e de missão, sejamos irmãos universais.151 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geral■ Alimentar o processo de disponibilidade na missão, aolongo da vida;■ Relançar o tema da pastoral vocacional, admitindo-amista e ampla, processual, e para a Igreja.b - Propostas concretas para a região:■ Criar políticas provinciais de acompanhamento aosIrmãos e às comunidades;■ Promover novos estilos de vida comunitária;■ Humanizar os ritmos de trabalho;■ Garantir, diariamente, tempos de oração pessoal e comunitária;■ Valorizar os espaços comunitários, assegurando avida partilhada;■ Priorizar nossa pastoral vocacional.2. Identidade da leiga e do leigo maristasAprofundar a identidade do leigo e da leiga maristas: espiritualidade,vocação, missão e vinculação ao Instituto.Formação espiritual e carismática deles.a - Propostas concretas para o instituto:■ Propor instâncias de formação;■ Estudar distintas formas de associação e de compromissoque sejam precisas e flexíveis ao mesmo tempo.■ Definir níveis e espaços de participação dos leigos edas leigas na animação da missão marista e na tomadade decisões;■ Revitalizar as fraternidades maristas.b - Propostas concretas para a região:■ Propiciar distintas formas de compartir vida entre irmãose leigos.PÁGINA 152


ANEXOS■ Propiciar distintas formas de partilhar a vida entre irmãose leigos;■ Iniciar processos de pastoral vocacional marista leigacom a possibilidade de resultar em algum grau depertença;■ Criar itinerários formativos e de acompanhamento;■ Zelar pelos processos de seleção dos leigos e leigasque trabalham em nossas obras;■ Formação conjunta de irmãos, leigas e leigos com responsabilidadede gestão e animação na missão;■ Revitalizar as fraternidades maristas.3. MissãoApostar decididamente na Evangelização das crianças edos jovens, particularmente os pobres. Especializar-se no atendimentodas crianças e dos jovens.a - Propostas concretas para o instituto:■ Orientar o Instituto para a evangelização e a atençãoàs crianças e jovens pobres;■ Discernir sobre a inspiração original de MarcelinoChampagnat, adaptada aos tempos atuais;■ Criar uma comissão atenta à realidade das crianças edos jovens pobres;■ Marcar presença nos espaços em que se debatem políticaspara os direitos da infância e da juventude;■ Revisar os modelos de gestão, de modo que respondamadequadamente à missão marista e à realidadelocal;■ Rever com atenção o uso evangélico de nossos bens;■ Favorecer a Internacionalidade e a interculturalidade,como caminho para revitalizar o carisma e a missãomaristas.153 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralb - Propostas concretas para a região:■ Reorientar a tarefa dos Irmãos para garantir maiorpresença entre as crianças e os jovens;■ Instaurar processos de avaliação da qualidade evangelizadoradas obras e tomar decisões coerentes;■ Promover experiências de voluntariado nas comunidadesmaristas;■ Criar uma comissão atenta à realidade das crianças edos jovens pobres;■ Integrar os jovens na análise, planejamento e decisõespastorais de juventude;■ Promover experiências concretas e fortes de solidariedade,especialmente para os que estão na gestão damissão marista;■ Fortalecer o trabalho com as famílias, mediante umapastoral familiar mais orgânica.3. EspiritualidadeReavivar o fogo da espiritualidade entre os irmãos, leigas,leigos e jovens.a - Propostas concretas para o instituto:■ Aprofundar a dimensão apostólica e marial de nossa espiritualidade;■ Propor e desenvolver uma espiritualidade em diálogocom as diferentes culturasb - Propostas concretas para a região:■ Encorajar e apoiar as Equipes provinciais ou distritaisde EAM para que incidam na vida dos Irmãos e leigos.PÁGINA 154


ANEXOSCarta aberta da Região do Cone SulPrezados Irmãos, leigas e leigos das Províncias “Cruz delSur”, “Santa María de los Andes” e do Distrito do Paraguai:Convocados pela Comissão preparatória do XXI Capítulogeral, irmãos, leigas e leigos da Região do Cone Sul, reunimonosem Buenos Aires, nos dias 1, 2 e 3 de maio. Participaramdo encontro treze Irmãos, cinco leigas e três leigos da Região,sob a coordenação dos Irmãos João Carlos do Prado, da Provínciado Brasil Centro-Sul, e Carlos Vélez, da Província daAmérica Central, ambos membros da Comissão preparatória.Entre os participantes havia seis Irmãos capitulares e um leigoconvidado ao Capítulo.O encontro foi realizado no tempo pascal e, de modo claro,sentimos a presença do Ressuscitado entre nós. Ele nos regalousua paz e alegria, orvalhou fraternidade e entusiasmo e convidou-nosa voltar à Galileia de nossas comunidades e obras,para anunciarmos uns aos outros que, apesar das crises e obscuridadespelas quais passamos, existe futuro para nosso Institutoe muita vontade de viver uma vida religiosa e laical maisatraente e contagiante. Nesse sentido, temos muita esperançade que o XXI Capítulo geral vai despertar em todos o idealismo,a renovação e a vitalidade.Guiados pelos membros da Comissão preparatória, percorremosum caminho de reflexão e de busca, cujos frutos queremoscomunicar-lhes. Começamos sintonizando com todosvocês, lendo as Cartas que os Capitulares elaboraram. Atravésdelas conhecemos suas impressões sobre o documento “Orientaçõespara a reflexão, face ao XXI Capítulo geral”. Agradecemossinceramente e de coração as valiosas contribuições enviadas.Vão permitir-nos de conhecer a realidade de cada Unidade administrativa,mas igualmente seus sonhos, esperanças e desejosde renovação e de mudança.155 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralA partir das Cartas, trabalhando em pequenos grupos, elegemosurgências, desafios e propostas concretas, tanto para aRegião como para o Instituto. Apresentamo-los no Relatórioanexo.Foi parte muito importante, em nosso encontro, o processode discernimento vivido para encontrar o consenso em tornodo que nos pareceu “o apelo fundamental de Deus ao Instituto”,hoje, a partir das referidas urgências, desafios e propostas.Consideramos um “presente do Espírito” o que aconteceu,ao escutarmos a formulação do chamado. Todos ficamos admiradoscom o grau de consenso obtido. Trabalhando em quatrogrupos diferentes, na hora de apresentar em plenário ofruto da reflexão, constatamos que não apenas o conteúdo doapelo era o mesmo, mas que, também a linguagem e as expressõesutilizadas eram muito parecidas. Temos a convicçãode que, sem esperá-lo nem sonhá-lo, o Espírito nos conduziuaonde Ele quis.APELO FUNDAMENTAL“Pequenos Irmãos, leigas e leigos de Maria: Dirijam-se à Galileiadas crianças e dos jovens pobres, lá encontrar-me-ão.”Motivos que fundamentam este apelo:■ É um chamado que implica os Irmãos, leigas e leigoscomo herdeiros do “sonho” de Marcelino.■ Nossas identidades se enriquecem quando caminhamosjuntos, como discípulas e discípulos de Jesus;■ Convida-nos a viver o mistério da Encarnação e o aniquilamentode Jesus;■ Expressa que somos de Maria e que Ela inspira nossarelação com as crianças e os jovens, a exemplo de suasatitudes de simplicidade, ternura e cuidado;PÁGINA 156


ANEXOS■ Convida-nos a viver o sacramento da fraternidade tornando-nosirmãs e irmãos de todos;■ Manifesta que as crianças e os jovens pobres são o“lugar teológico” que dá significado à nossa vida, missãoe espiritualidade, como irmãos, leigas e leigos maristas;■ Encoraja-nos a estar perto das crianças e dos jovens, especialmenteos pobres, numa Igreja que precisa encontrarmodos renovados e criativos para anunciar aBoa-nova;■ Retornar à intuição fundacional de Marcelino esclarecenossas identidades e dá novo vigor à pastoral vocacional;■ Torna mais transparente o carácter profético de nossasvocações;■ No altar da vida das crianças e dos jovens pobres, émais fácil fazermos uma profunda experiência de Deus,descobrindo neles o rosto de Jesus.Mais uma vez experimentamos a presença viva de Deus e aatualização da convicção de Marcelino de que “Maria faz tudoentre nós”. Vivemos este encontro em profunda comunhão comvocês. Sabemos que nos frutos colhidos há muita oração de vocêspor nós e reflexão feita nas comunidades e obras apostólicas.Ao entregar-lhes esta carta, reconhecemos que este encontronos permitiu vivenciar de modo mais intenso o sentido depertença à Congregação. Ao pensar no Capítulo, ao colocarnosem sintonia, ao trazermos nosso grão de areia para suapreparação, experimentamos fortemente essa realidade de serparte de um todo maior do que nossas Unidades administrativase Região. Quando nos atrevemos a propor-lhes o apelo,como apelo de Deus, sentimos que, de algum modo, ele constituieco dos desejos, das vozes, esperanças e sonhos de muitosirmãos, leigas e leigos, espalhados pelo mundo.157 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralQue Maria, nossa Boa Mãe, continue a acompanhar-nos,rumo ao Capítulo geral. Que Ela forme em todos nós “coraçõesnovos para um mundo novo”. Depositamos em seu coraçãoo que hoje nos enche de muita esperança, alegria e paz.Abraçamos a cada um de vocês e, no abraço, gostaríamosde fazer-lhes sentir o gozo de sermos chamados a uma vocaçãotão bonita.Irmãos Juan José Bernal, Horacio Bustos, Demetrio Espinosa,Eugenio Magdaleno, Rubén Seipel, Carlos Urrutia; Srª. Analía Ruggeri,Srta. Celina Chimeno, Sr. Fernando Larrambebere (Cruz del Sur).Irmãos Ángel Medina, Ignácio Pruna; Srta. Zunilda Silvae Sr. Friden Bazán (Distrito do Paraguai).Irmãos Saturnino Alonso, Rafael Kongfook, Antonio Peralta,Patricio Pino, Mariano Varona; Srª. Yolanda Abrego,Srta. Sara Sánchez, Sr. Enzo Bonomo (Santa María de los Andes).ÁSIACingapura, 16 de julho de 2009Caros irmãos, parceiros na missãoe jovens maristas, Salam!Estamos escrevendo a vocês de Cingapura na conclusão doencontro regional asiático dos participoantes do 21° Capítulogeral. Iniciamos o nosso encontro de dois dias ontem, dia 15 dejulho, e estamos contentes por termos sido bem recebidospelos irmãos Thomas Chin, Joseph Dufresse Chang e AnthonyTan, da comunidade de Cingapura, que foram auxiliados peloIr. Lindley Sionosa, que é membro da comissão preparatória.PÁGINA 158


ANEXOSComo muitos sabem, vivemos no maior continente daTerra. Cerca de 60 por centro da raça humana vivem na Ásia,sendo que apenas a China e a Índia são responsáveis pela metadeda população mundial. O que nos surpreende, penso eu,não é o tamanho da nossa população e a extensão do nosso território,mas o que conta é principalmente o intricado mosaicode nossas várias culturas, línguas, crenças e tradições.IntroduçãoA segunda fase de nossa jornada em vista do 21° Capítulogeral deu-nos a oportunidade de aprofundarmos a nossa reflexãosobre as realidades da presença marista na Ásia. Nós tivemosuma visão sobre os assuntos que nos dizem respeito eque nos fazem compreender como os nossos irmãos, nossosparceiros na missão e os jovens vivem o carisma que nos foiincutido. Fomos abençoados pelo fato de ouvirmos sobre asdiferentes, mas complementares, visões de vários temas, o queprova o valor de nossa consideração.Identidade e vocaçãoAcolhendo Maria como modelo, aquela que guardou tudoem seu coração, iniciamos a busca da nossa identidade no interiorde nós mesmos, para afirmarmos quem somos nós, aoinvés de o que nós fazemos. Para isso, centralizamos as nossasvidas em Jesus Cristo e em sua Palavra, vivendo em comunidadesna tradição de Marcelino Champagnat e dos primeirosirmãos.Nossa habitual contemplação dos aspectos místicos denossa consagração, como integrados em nossa experiência devida, nos conduzirá à redescoberta da relevância de nossa fraternidade.Acreditamos que a vocação de irmão – um chamadoao amor, a crer no Cristo, a ser santo (sendo erudito e pronta-159 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralmente acessível) – é sempre relevante para a Igreja e para omundo multicultural e religioso da Ásia.Acreditamos que existe uma abundância de vocações naÁsia. No entano, é necessário nos tornarmos visíveis, alegres esatisfeitos como somos, através de uma presença ativa emnosso meio social, com sinais externos que possam atrair vocaçõesà nossa família.MissãoA missão na Ásia se expôs aos paradigmas mutáveis dostempos contemporâneos. As diferenças nas crenças religiosas,quando exploradas com finalidades egoístas, conduzem ao preconceitoe à violência. Situações políticas e estruturas instáveis,crises econômicas e ausência de liberdade religiosa em algunspaíses levam à degradação da dignidade humana e ao empobrecimentodos valores humanos. Este contexto é um desafioaos irmãos maristas e a seus parceiros leigos, para que dêemuma resposta criativa que signifique assumir um papel ativo eengajado no diálogo profético em suas tarefas missionárias.Vemos sementes de esperança plantadas pela presença dosirmãos maristas e dos leigos que desejam dar uma resposta àsnecessidades sociais, em fidelidade ao carisma de Champagnat.Afirmamos a presença evangelizadora dos irmãos e leigos,que se comprometendo a “tornar Jesus conhecido eamado” nas escolas e em vários apostolados, influenciaram asvidas e transformaram os corações dos jovens e daqueles porquem eles trabalham. O desafio está ligado continuamente àcrença no carisma fundador.Vemos como importante em nossa missão o reconhecimentode que estamos sendo enviados e que devemos estar“inflamados” a proclamar a Boa Nova na Ásia e mesmo alémPÁGINA 160


ANEXOSdela. Nossa maneira de realizar a nossa missão é tanto criarcomunidades capazes de dar um impulso à Igreja como tambémde dar importância ao diálogo interreligioso.Apreciamos a iniciativa da Administração geral e a generosidadedos irmãos nas províncias com a realização da MissãoAd Gentes e estamos agradecidos pelo trabalho feito até hoje.Como complemento, propomos a criação de uma rede internacionalde voluntários, com o intercâmbio de pessoal, ultrapassandofronteiras.Leigos maristas e parceriasReconhecemos nossos parceiros leigos como filhos de Deus,de igual dignidade, distintos dos irmãos em sua identidade,mas partilhando uma comum espiritualidade e missão. No espíritode um mútuo respeito e confiança, incentivamos a parceriaentre irmãos e leigos. Na Ásia, ainda existem tensõesentre a “fobia” pelo leigo marista, de alguns irmãos, e o desafiode engajá-los como iguais em uma missão comum.Os movimentos emergentes e as associações de grupos deleigos maristas em algumas partes da Ásia pressupõem a necessidadede um programa de formação. Isto é, com o objetivode aprofundar a identidade e a espiritualidade maristas e parao crescimento da missão. A partilha da espiritualidade deChampagnat entre os irmãos e o laicato é um dom do Instituto,não apenas para os próprios leigos, mas para a Igreja.Os irmãos na Ásia reconhecem e afirmam a importânciados leigos na vida do Instituto e da Igreja. Eles reconhecem anecessidade não apenas de “alargar a tenda”, mas também deapoiar as que surgirem ou criar “novas tendas”, pois essa espiritualidadee essa missão pertencem a todos aqueles inspiradosem Marcelino Champagnat.161 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralNa Ásia, a parceria se abre à inclusão de leigos de outrastradições religiosas e crenças. Muitos não-católicos na regiãoasiática viveram a espiritualidade marista através do exemploe do compromisso em apoiar a missão dos irmãos. Acreditamosque eles também são nossos parceiros maristas.EspiritualidadeDesafiados pelas ricas tradições religiosas e espirituais, naÁsia nós nos caracterizamos pela busca de Deus e da verdade,e somos chamados a nos fundamentarmos em Cristo e em suaPalavra para estarmos abertos à ação do Espírito Santo. Convencidosde que não temos o monopólio da verdade em umcontexto multi-religioso, e conscientes do que há de verdadeiroe santo em outras religiões, sentimos que somos chamados a umprofético diálogo interreligioso com eles. No entanto, somos encorajadosa aprofundarmos a nossa espiritualidade marista, quetambém na Ásia se compõe prevalentemente de alguns elementos,tais como o fato de sermos na prática uma presença deDeus, além da simplicidade e o espírito de família.Como Maria, nossos corações são compassivos diante dasnecessidades dos jovens. Precisamos mostrar-lhes a ternura daface de Deus. Somos chamados a renovar nossos corações,como resposta ao mundo novo.Vida comunitáriaDesejamos criar comunidades cheias de vida, que se caracterizempela atmosfera familiar. No entanto, estamos conscientesda necessidade de termos mais habilidade nacomposição da comunidade, para que isso possa nos ajudarno encaminhamento dos assuntos relacionados com as diferençasde gerações e diversidades pessoais. Por isso, propomosas seguintes medidas:PÁGINA 162


ANEXOS– Preparação de líderes e coordenadores comunitários.– Criação de estruturas vivas, como um plano de vida comunitária,uma missão comum.– Formação de comunidades viáveis, levando em consideraçãoa natureza complementar, assim como o númerode seus membros.Governo e liderançaAfirmamos que uma liderança de serviço, exemplificada noCristo, é promovida na vida do Instituto. Ela é concreamente expressaem experiências de zelo pastoral, de acompanhamento ena defesa da importância de um discernimento comunitário,dentre outras.Existe, no entanto, no que se refere à liderança e governo, a necessidadede preparar irmãos e leigos para essas funções. Precisamser providenciadas pelo Instituto oportunidades para odesenvolvimento desses potenciais de liderança.Os irmãos na Ásia sugerem uma avaliação do impacto dasunidades administrativas reestruturadas sobre a vitalidade e aviabilidade.ConclusãoComo seus representantes no 21° Capítulo geral, fomos escolhidospara levar os dons que a nossa região representa parao Instituto. Tivemos a consciência da diversidade e da riquezaque caracterizam o lugar de nossa vida e de nossa missão, e odesafio para integrar a espiritualidade marista em um contextoque é distintamente asiático.É com os corações agradecidos que reconhecemos a nossaparticipação nos trabalhos de preparação do 21° Capítulo163 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralgeral. Juntamos as nossas preces para que o encontro emRoma, em setembro, seja pleno de graças. Por favor, rezempara que os delegados e participantes estejam abertos, deixandoque o Espírito Santo trabalhe em nossas vidas e na doInstituto.Que todos sejam abençoados em todas as suas tarefas.Sinceramente em Cristo, Maria e Champagnat,Irmãos Sunanda Alwis, Michael De Waas, Nicholas Fernando,Manuel De Leon, Robert Teoh e Sra. Agnes Reyes.EUROPAMadrid, 10 de agosto de 2009.Queridos Irmãos e Leigos:Queremos começar esta carta ao XXI Capítulo Geral com umaexpressão de sincero agradecimento. Os 23 Irmãos capitulares,delegados das cinco Províncias <strong>Maristas</strong> europeias, estamos contentese agradecidos com a confiança dos 1.232 Irmãos que representamos,bem como pela rica e valiosa participação dosIrmãos e Leigos no processo de preparação deste Capítulo Geral.Tendo presente as indicações da Comissão Preparatória,partilhámos e testemunhámos as preocupações e as esperançasque a vida, a missão e o carisma marista provocam em tantosPÁGINA 164


ANEXOSIrmãos e Leigos europeus. Nas numerosas consultas, respostasescritas e reuniões, pudemos partilhar o compromisso pessoale grupal de muitas destas pessoas, bem como um valioso intercâmbiode ideias, experiências e significativos contributos.Estamos agradecidos por tudo isso e por continuar a procurar,juntos, a vitalidade marista e a vontade de Deus.A participação, o sentido de fraternidade e o clima de família– características tão maristas – marcaram este processo.E permitem-nos chegar ao XXI Capítulo Geral juntos e cheiosde esperança.Nesta mesma linha de entusiasmo, partilha e abertura aofuturo, confiados em Deus, reunimos a reflexão e as linhasmais destacadas deste processo conjunto, centradas em quatrotemas principais.1. A IDENTIDADE DO IRMÃOÉ um tema importante e com muitas dimensões, no qual secruzam a nossa própria consciência pessoal e grupal e a formacomo a sociedade e a Igreja nos entendem.Justamente por isso, não podemos definir a nossa identidadede Irmãos hoje sem o seu contexto concreto. Somos confrontadose interpelados quer pela secularização, quer peloconsumismo, quer pela desestruturação familiar, ou aindapelas novas formas de pobreza da nossa Europa... quer pelosmuitos sinais positivos emergentes: o sentido democrático eigualitário, o respeito pelos direitos individuais e colectivos, acrescente consciência ecológica, o aumento da solidariedade,etc. É um contexto no qual a Igreja, com as suas fraquezas, épouco significativa para muitos, mas na qual surgem gruposonde se partilha a fé e se vive a fraternidade.165 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralOs Irmãos, bem como a nossa realidade institucional, encontramo-nosnessa encruzilhada. Verificamos o progressivoenvelhecimento dos Irmãos, a diminuição das vocações, umamenor presença nos colégios e nas obras... Ao mesmo tempoassinalamos a persistente e valiosa dedicação apostólica, aacentuada sensibilidade solidária em presenças novas ou antigas,o caminho positivo na missão partilhada de Irmãos e Leigose a nova forma de se entender hoje o “ser marista”, a partirda perspectiva de Irmão ou de Leigo.É neste novo enquadramento que temos que redefinir anossa identidade de Irmãos maristas hoje, de uma forma vivae significativa para a sociedade e para a Igreja.Intuímos que esta identidade tem que ser mais procuradana vida do que nas definições teóricas, mais no ser do que nofazer, mais na paixão e na visão da nossa existência do que nastarefas que temos entre mãos. Por isso, e para que a nossa vidapessoal e comunitária de consagrados seja fiel ao Evangelho,à maneira de Maria, e significativa nos nossos ambientes, cremosque há elementos da nossa identidade que convém sublinharhoje:– A comunidade como lugar onde se enraízam e partilhama nossa vida, fé e missão e onde a fraternidade se tornamais visível.– O carisma que herdámos de Champagnat e que nos foitransmitido pelos primeiros Irmãos.– A presença de Maria, recuperada e renovada, e o seumodo vital de nos relacionarmos com Deus e com os jovens.– A riqueza da partilha de espiritualidade, vida e missãocom os Leigos.– O chamamento a oferecer à Igreja o contributo de umareferência única e preciosa do que significa o nosso serreligioso-irmão.PÁGINA 166


ANEXOS2. O LEIGO MARISTANeste mesmo contexto social e eclesial de encruzilhada,aparece como um dom a presença crescente de Leigos, homense mulheres, que sintonizam com o carisma de Champagnat.Provindo de diversas vocações ou profissões, estas pessoas trazemconsigo energia e vitalidade renovadas que ultrapassamo próprio contributo dos Irmãos, embora este seja diferente einsubstituível.O nosso sentir frente a esta realidade é de profundo agradecimentoa Deus Pai, criador inesgotável que continua a suscitarvida e a oferecer-nos uma família cada vez mais alargada, caminhospartilhados, espaços inexplorados e uma vitalidade docarisma marista com muitos rostos novos.Como Maria, contemplamos por vezes com perplexidades ouincertezas, esta nova forma de Deus Se manifestar na nossa históriamarista. Mas, pouco a pouco, intuímos que este é um momentoprivilegiado de permanecer à escuta e, como já experimentámos,ao longo destes últimos anos e nos numerosos encontros preparatórios,leva-nos a abrir os nossos corações à novidade. Paratal, podemos avançar cm firmeza, dando os seguintes passos:– Clarificar a identidade, esforçando-nos por descobrir ereconhecer as particularidades do carisma marista vividoquer como Leigos quer como Irmãos, em duas modalidadesque não se confundem nem se substituem, masque se complementam.– Definir e explicitar novas formas de compromisso, sobretudoa partir da experiência pessoal; esclarecer modelosvitais de vinculação ao carisma, (porventura maisdo que níveis de pertença ao Instituto), com fórmulas associativasou federativas que expressem a riqueza destadiversidade vital.167 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geral– Potenciar processos de formação conjunta que nos ajudemexplicitamente nesta linha experiencial, e que suponhammuita escuta mútua, procura em conjunto e uma verdadeirapartilha de vida.3. A MISSÃO MARISTA: NO CORAÇÃO DO CARISMAA nossa missão tem a sua fonte no âmago do carisma marista.A nossa vocação de consagrados pelo Reino desenvolvesena missão, que é a expressão mais genuína do que somospessoal e comunitariamente.Fomos enviados para evangelizar, e para este fim orientamseas nossas obras, postas ao serviço do Reino. Só acreditarãoem nós e seremos significativos se conseguirmos ser fiéis a estamissão evangelizadora, traduzida e expressa nos nossos diasem estruturas e acções humanizadoras, bem como em formasde anunciar o Evangelho legíveis pelos jovens e que respondamàs suas necessidades e problemas.Para isso, alguns caminhos de futuro da nossa missão maristana Europa poderão ser:– A riqueza da missão partilhada, à qual fizemos já alusão,mas que se torna fundamental para que o nosso testemunhoeclesial seja credível. A superação de algunsreceios, e os já mencionados processos de formação conjunta,são pistas de futuro para favorecer a continuidadeda identidade marista nas nossas obras.– A própria missão dos Irmãos é outro valor e outro desafio,que talvez tenhamos de afrontar e renovar, ajudandoos Irmãos que estão na reforma a re-situar o seu espaçona missão; e os Irmãos mais jovens a centrarem-se naevangelização e na presença, mais do que em tarefas degestão.PÁGINA 168


ANEXOS– Os destinatários da nossa missão continuam a ser as criançase os jovens, sobretudo os mais desfavorecidos. Continuamosa ser necessários na excelente plataformaevangelizadora da escola. Ao mesmo tempo, sentimosque devemos responder aos apelos das crianças e jovensmarginalizados socialmente, enredados nas mais diversascarências materiais, afectivas, espirituais… no meiodas novas pobrezas emergentes.– E, juntamente com isso, é também necessária a atenção àsestruturas, e a permanente procura de caminhos de viabilidadee futuro evangelizador para as nossas obras e presenças.Para assegurar um acompanhamento suficientedessas mesmas obras, será preciso criar um grupo maristade referência, formado por Irmãos e Leigos, que além departilhar espiritualidade e vida, assegurem a vitalidade damissão marista.4. A ESPIRITUALIDADE MARISTA:NAS FONTES DO CARISMATambém sentimos um forte apelo a aprofundar a nossa espiritualidade.Uma espiritualidade que é fonte da nossa vida,que se alimenta e simultaneamente se manifesta na nossa essênciade Irmãos e que, partindo da nossa paixão por Jesus,tem o tom e o sabor do nosso carisma, e suas referências fundantesem Maria e Champagnat.Com efeito, os maristas de Europa sentimo-nos interpeladose animados a aprofundar a nossa espiritualidade marista,quer dizer, a retomar e potenciar aquilo que de mais originaltêm as nossas raízes (como em boa medida nos propõem arede de EAM e o documento “Água da Rocha”): uma espiritualidadeaberta aos homens e aos sinais dos tempos, sensívelàs necessidades das crianças e dos jovens, apostólica e com-169 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralprometida; uma espiritualidade humana e humanizadora quese enriquece na vida e que à vida volta, que unifica o nosso sere o nosso agir, a nossa verdadeira identidade de Irmãos.Apresentamos alguns possíveis caminhos no sentido decultivar esta espiritualidade renovadora e unificadora:– O próprio regresso às nossas raízes que acabamos deapontar, os olhos postos em Champagnat, nos nossosprimeiros irmãos e na sua forma concreta de viver oEvangelho, de encher-se de Deus e de O levar para avida.– Cultivar a espiritualidade marial que herdámos e que estamoschamados a exprimir e a testemunhar na Igrejacom nova força e significatividade, bebendo nas fontesinesgotáveis da Escritura e na relação quotidiana comDeus, e contemplando Maria de perto, em casa, parafazer nossas as suas atitudes.– Estabelecer a ligação desta espiritualidade com a vida ea missão, com a nossa forma de ser e de nos relacionarmos,com o nosso apostolado e presença entre os jovenseuropeus de hoje, (tão necessitados desta dimensão),para oferecer o profetismo da fraternidade e para construira Igreja marial, de filhos e de irmãos, sonhada porChampagnat.– E, finalmente, que Irmãos e Leigos partilhem esta espiritualidade,sabendo contudo que o nosso ser Irmãos é aexperiência nuclear e unificadora que estamos chamadosa desenvolver comunitariamente. Só assim as nossascomunidades poderão ser verdadeiras escolas deespiritualidade para os jovens.PÁGINA 170


ANEXOS5. OUTROS PONTOSAcaba aqui esta apresentação, reflexão, análise e exposiçãode desafios que os quatro temas principais suscitaram em nós,recolhendo o sentir de muitos Irmãos e Leigos, bem como o seupróprio contributo. Mas, ao mesmo tempo, não podemos deixarde sublinhar algo mais...Outros assuntos, que foram aparecendo entremeados comos anteriores, foram objecto de atenção e destacados em diversosgrupos e encontros preparatórios, até quase ao ponto de poderemser outros tantos temas centrais para a reflexão e objectode estudo no XXI Capítulo Geral.Por isso, apesar de que a maior parte deles já tenham sido citados,não queremos concluir sem destacar estes aspectos com osquais os Irmãos e Leigos maristas da Europa vibramos fortemente,e que aliás fazem parte da nossa realidade, da nossa sensibilidade edos nossos desafios. São temas tão importantes como: a renovaçãodo papel de Maria nas nossas vidas e no nosso Instituto; a pastoralvocacional numa época de diminuição importante de vocações religiosasna Europa; a procura de novos caminhos e nova linguagempara uma evangelização que atinja os jovens de hoje; a respostaàs novas pobrezas e necessidades dos nossos jovens, derivadasde fenómenos como, entre outros, a imigração; e a missão específicae “re-situada” para os nossos irmãos idosos e reformados.E, por fim, junto a estes temas importantes que os maristasde Europa temos que repensar e afrontar juntos, não podemosconcluir sem deixar de apontar outros aspectos, talvez mais anível de estruturas e de organização, mas que consideramosque o Capítulo Geral deva abordar:– Alguns elementos relativos à animação e ao governo doInstituto, tais como: o próprio tipo de animação e go-171 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralverno que esperamos, o papel dos membros do ConselhoGeral, o modelo de visitas às Províncias, …– Alguns pontos relativos à regionalização do Instituto, àsnossas estruturas e futuras formas de animação na Europa…– E ainda outros pontos a nível Provincial, como sejam opapel e a presença do Ir. Provincial nestas novas provínciaspós-reestruturação, a procura de estruturas de animaçãoe governo eficazes e próximas dos Irmãos, ocrescimento em co-responsabilidade na missão partilhadade Irmãos e Leigos, a diferenciação entre o governodos Irmãos e a gestão da missão e das obras…Todos estes são aspectos que nos preocupam, que têm deser objecto de reflexão e que podem, talvez, exigir alguma mudançanas nossas Constituições e Estatutos.Como muitos Irmãos e Leigos europeus já expressámos,gostaríamos que o XXI Capítulo Geral não produzisse extensosdocumentos, mas sim que nos propusesse uma mensagem deentusiasmo e esperança, um impulso positivo, um texto claroe prático para continuar a caminhar, felizes, ao serviço dascrianças e jovens de hoje. Oxalá o Capítulo encontre luz e propostasrenovadoras nestes e em muitos outros temas. E quenos possa ajudar a crescer em vitalidade e fidelidade, em vidae espiritualidade, em sentido e em serviço ao Evangelho.CONCLUSÃOSe a nossa mensagem começou com uma palavra de gratidão,queremos que termine com uma mensagem de esperança,uma profissão de fé, com a convicção de que recebemos e podemosoferecer à Igreja e aos jovens um dom precioso: o nossoSER IRMÃOS.PÁGINA 172


ANEXOSAo aprofundarmos a palavra IRMÃO, mergulhamos nafonte da nossa identidade, na experiência fundante de ser filhosde Deus, IRMÃOS DE JESUS. Por isso, a nossa identidadevai-se tecendo, multiplicando, plenificando, na medida em quevivemos, cada um de nós, o facto de:– SER IRMÃO EM FRATERNIDADE, com os nossos Irmãos,através deles, com cada pessoa do nosso caminho;– SER IRMÃO PARA AS CRIANÇAS E JOVENS, para osmais necessitados, para a missão;– SER IRMÃO COM OS LEIGOS, os homens e mulherescom quem partilhamos o carisma de Champagnat;– SER IRMÃO À MANEIRA DE MARIA, referência danossa fé, das nossas relações e do nosso agir na Igreja eno mundo.A nossa vocação de SER IRMÃO é um dom precioso queDeus, por meio de nós, oferece à Sua Igreja, e que se desenvolvee enriquece no lugar e na missão a que cada um é enviado.Que o Espírito de Amor - o mesmo que inundou Jesus,transformou Maria e impulsionou Champagnat - nos inspireno nosso caminhar marista, hoje, na Europa.Com o nosso agradecimento fraterno,Irmãos Ambrosio Alonso, André Deculty, Antonio Giménez, Antonio Leal,Benito Arbués, Jean-Claude Christe, Jean Pierre Destombes, Joe McKee,José Abel Muñoz, Josep Maria Soteras, Juan Miguel Anaya, Manuel Jorques,Maurice Taildeman, Miquel Cubeles, Moisés Alonso, Nicolás García,Óscar Martín, Paolo Penna, Pere Ferré, Primitivo Mendoza, Robert Thunus,Samuel Holguín e Xavier Barceló.173 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralOCEANIA<strong>Maristas</strong> da Oceania e Delegados CapitularesConstituiu grande honra e bênção para nós escutar as suasesperanças, sonhos, concepções e preocupações com o futuro davida marista e da missão. Tivemos a oportunidade de reunirnoscom vocês nas Assembleias da Missão, em grupos de discussãode Irmãos e Leigos <strong>Maristas</strong>, em reuniões locais de Irmãose de comunidades de Irmãos. Ademais, cada um de nós estácomprometido com mudanças em toda a Região da Oceania comrespeito a muitos aspectos da vida e da missão maristas.Apraz-nos partilhar com vocês os nossos pensamentos noatinente ao que experimentamos e ouvimos de vocês. Isso seráo relatório da nossa Região para os participantes do Capítulogeral, acerca do que estimamos como as grandes questões queeste deverá contemplar.Para começar, é imprescindível reconhecer a diversidadedentro da nossa Região. Compomos três Províncias e um Distritoem nove nações e mais a presença missionária em duasoutras. A média de idade dos Irmãos nas Províncias é de aproximadamentesetenta anos, e no Distrito quarenta. A vida naAustrália e na Nova Zelândia, embora multicultural, é geralmentetida como de padrão ocidental, ao passo que a vida nasilhas do Pacífico e no distrito da Melanésia se baseia nas vilas,cuja população procura as áreas urbanas. Isso é significativo,porquanto cumpre admitir que os desafios centrais enfrentadospela nossa Região configuram perspectivas muito diferenciadasde ação.Além disso, temos de reconhecer a realidade daqueles quelevam adiante a missão na Austrália e na Nova Zelândia hoje.PÁGINA 174


ANEXOSA missão do Instituto está quase por inteiro nas mãos dos leigos.Eles perfazem de 98% a 100% do trabalho em quase todasas escolas e obras beneficentes, compreendem quase todas asequipes locais de liderança, inclusive os Diretores gerais ecoordenadores, assumem também responsabilidades em tarefasda administração provincial. Algo como dois mil delescompletaram a formação prevista nos programas de espiritualidademarista e missão.Corações novos para um mundo novo...Pode-se extrair das nossas discussões que “o mundo novo”suscita em nós, maristas da Oceania, muitas questões e comentárioscom relação à identidade e à finalidade do IrmãoMarista de hoje e à identidade do Leigo marista. Há aquelesque propõem maior radicalidade em torno dessas questões:devemos considerar-nos membros de um movimento eclesial,<strong>Maristas</strong> de Champagnat, e esclarecer quem pertence a essemovimento? Outros preferem um movimento mais prudente,enquanto se esclarece a compreensão essencial de quem é Maristae verificamos que necessitamos de bastante tempo paraconstruir relacionamentos.A questão da identidade não é levantada em sentido psicológico:“Quem sou eu? E qual é o sentido da minha vida”? Levanta-se,antes, em nível teológico e eclesial: “Como, nós<strong>Maristas</strong>, nos comprometemos na missão de Deus no mundohodierno enquanto Irmãos e leigos”? “Qual é o nosso múnusna Igreja como Irmãos <strong>Maristas</strong>”? Questões estas que se relacionamao mais imediato desafio: “Como vão ser os <strong>Maristas</strong>do futuro?” e “Como vamos crescer em nosso mútuo relacionamentomarista, como Leigos e como Irmãos religiosos”?175 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralUm mundo novo…A identidade e razão de ser do Irmão MaristaNo passado, a nossa identidade pública era tomada comoidentidade de uma comunidade católica. A nossa identidade efinalidade estavam fortemente influenciadas como sendo umaforça-tarefa na manutenção das escolas católicas, contentandoseem aceitar pequena remuneração. Esta poderosa identidadecomeçou a ser quebrada pelas pressões culturais dos anos 60e pelo “apelo universal à santidade”.Hoje somos parte da Igreja da qual, cada vez mais, as pessoasse sentem alienadas. Isso vai criando uma perda de sentidoe direção entre nós.Muitos Irmãos são levados a dizer que a futura incumbênciados Irmãos na missão necessita de reflexão e de esclarecimento,particularmente na luz da crescente secularização dasociedade pós-moderna, da ênfase que damos à vida comunitáriae ao apelo à solidariedade.Experimenta-se uma falta de compreensão por parte da sociedadee até mesmo da Igreja no concernente à vocação deIrmão. As pessoas sabem o que é o sacerdote; elas têm certaidéia do que é um monge; mas poucos sabem o que é ser Irmão.Lutamos por definir melhor nossa identidade e razão de ser no“mundo novo” e como comunicá-las à Igreja e à sociedade.A identidade pública das nossas instituições maristas éclara e forte, mas a identidade pública do Irmão Marista pedeuma expressão renovada para este “mundo novo”. Embora otestemunho pessoal dos Irmãos continue sendo vital e essencial,em algumas partes da nossa Região a ausência de hábitocomum contribuiu para o anonimato e invisibilidade.Na Austrália e na Nova Zelândia, temos poucos Irmãos,muitos acima de sessenta anos. A maioria não está mais com-PÁGINA 176


ANEXOSprometida em apostolado direto com a juventude. Perguntasde épocas de transição, típicas de pessoas idosas, estão sendolevantadas: Para que sirvo? A minha vida ainda tem sentido?Na Melanésia e no Pacífico a realidade difere. O desafio éduplo: modelar uma identidade marista em diálogo com a espiritualidadeaborígine e com a cultura local; atender as escolascomunitárias locais, provendo-as com uma educaçãocatólica de qualidade em circunstâncias nacionais difíceis. Emboratenha havido tempos difíceis ao longo dos anos, existeagora forte e crescente sentido da identidade como Irmãos <strong>Maristas</strong>do Pacífico e Melanésia. A vida de comunidade e o apostoladoprecisam refletir esta identidade marista encarnada. Asua voz específica deve ser ouvida nas discussões regionais.Leigos <strong>Maristas</strong>Nesse nosso “mundo novo”, um sinal real de esperança é ofato de que pessoas de toda idade, nos nossos vários apostoladose entre nossos associados maristas, vão descobrindo arazão de ser e o sentido de suas vidas por serem maristas. Amaioria dos Leigos maristas da nossa Região está comprometidacom os apostolados maristas. A sua presença dá-nos confiançaem pensar o futuro de nossas obras maristas.Alguns Bispos estão expressando preocupação e até dúvidaquanto à possibilidade de que os leigos sejam capazes e fiéis aocarisma, na condução das obras maristas, nos decênios vindouros.Para levar a bom termo esse plano, há urgente necessidadede visão partilhada que focalize o carisma e a formação. Issoreclama uma firme interação de Irmãos e Leigos, interação queleve em conta a complementaridade do respectivo múnus, porenvolver uma real experiência de parceria que aspira à corresponsabilidadea que o Instituto faz apelo.177 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralCada uma das nossas Unidades administrativas comprometeo leigo na liderança e na tomada de decisão a respeitodas nossas obras, em nível local e provincial. Com o crescimentodo nosso entendimento da corresponsabilidade na vidae missão maristas, muitos Leigos maristas sublinham que os Irmãosdeverão estar sempre presentes; de outra forma, não haveráverdadeira corresponsabilidade.Muitos leigos vivem num mundo secularizado e vazio; aatração de viver como Leigo marista oferece-lhes esperança,sentido e direção na sua vida e no seu apostolado. Para crescernesta compreensão, envolvimento e compromisso, esses Leigosmaristas pedem estruturas que lhes deem maior apoio.Enquanto percebemos muita boa vontade para aprofundaro nosso senso de participação, há pontos de vista divergentesquanto à vida de Irmãos e Leigos juntos em comunidade. Atémesmo o termo “viver em comunidade” é compreendido dediferentes maneiras.Corações novos...No esclarecimento da identidade e da razão de ser dos Irmãos,também necessitamos de maior aprofundamento dosnossos valores centrais e da visão profética e impulsionadorade ser Irmão. Isso pode exigir nova consideração da nossaconsagração e dos nossos votos.QUEM SÃO OS IRMÃOS MARISTAS?Numa estrutura poética procuramos apresentar sua essência:PÁGINA 178


ANEXOSDiscípulos de Jesus.Filhos do Pai que amamos e em quem confiamos.Discípulos a caminho e guias no caminho.Pessoalmente escolhidos e enviados como Irmãosà missão de Deus - nem clérigos nem leigos:– Publicamente comprometidos a ser pobres, castos eobedientes por toda a vida; em celibato pelo Reino de Deus.– Partilhando a vida em comunidade, modelados nasimplicidade, devoção, harmonia e hospitalidade, comoa primeira comunidade cristã: “Vede como eles se amam”.– Testemunhas proféticas dos apelos radicais e das promessasde Jesus para a comunidade cristã de hoje e para o mundo.Nas pegadas de Maria:– Com corações que sabem escutar e discernir– Rezando com júbilo nosso próprio Magnificat– De pés no chão, simples e humildes– Com corações ardentes de amor– Trazendo ao mundo a vida de Cristo– Irmãos irradiando esperança para todos osque encontramos no caminho da vida.Com o poder do Espírito Santo:– Compadecidos de todo a humanidade e portadores damensagem do amor incondicional de Deus para com todos– Tocados e modelados pelo carisma do nosso Fundador,num apostolado inovador e ousado– Sinais vivos da ternura do Pai– Irmãos de modo especial dos pobres, aflitos,incapacitados, oprimidos, excluídos...– Em suma, dispostos a ir aos locais aonde outrosnão podem ou não querem ir.Com a rica herança dos trabalhos partilhados:– Plenos de boa vontade para o sacrifício, firmes norelacionamento amistoso, e prontos para o serviço àsfamílias da redondeza, confiando na Providência de Deus,179 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geral– oferecendo às novas gerações a oportunidade de atingiro pleno desenvolvimento humano, para serem atoresde transformação social e para tornar conhecidoe amado Jesus Cristo,– propiciando cuidados, cura e alternativas a jovens e idosos,que estão em situação de risco, de abandono ou desespero,– procurando eliminar as iniquidades, as divisões e situaçõesde pobreza.Consociados a muitas outras pessoasinspiradas pela nossa espiritualidade e carismaOlhamos, hoje, para tais pessoaspara prover de líderes as nossas muitas obras.QUEM SÃO OS LEIGOS MARISTAS?Definição corrente e que parece convir ao Leigo marista éesta: alguém que se identifica com o carisma marista de Champagnat,e que o vive no mundo de hoje.Os Leigos maristas encontram a sua identidade na partilhada espiritualidade e na missão com os Irmãos. Alguns se empenhamem concretizar o seu compromisso com Deus comoLeigos maristas.Com respeito, reconhecemos os apelos diferenciados à vidareligiosa e à vida leiga. Compreendemos que as nossas vocaçõesdiferem, mas são complementares e que os leigos têm outroscompromissos e outras exigências profissionais eapostólicas. Nós, <strong>Maristas</strong> e Leigos maristas, estamos unidos nanossa apropriação do carisma de são Marcelino Champagnat.Irmãos e Leigos, nós partilhamos a responsabilidade da missãoque o carisma comum nos inspira. A expressão “partilhadas responsabilidades” é mais forte que o termo “parceria”.PÁGINA 180


ANEXOSEssa vocação de Leigo marista está emergindo em muitoscorações bem diferentes; um discernimento pessoal vem acontecendo.Nós Irmãos desejamos dar liberdade e apoio àquelesque se consideram chamados, para que desenvolvam a suacompreensão e vivam plenamente a sua vocação.Cumpre pesquisar para saber se é possível um estatuto canônicopara os Leigos maristas e de que maneira poderiamidentificar-se com o Instituto.O ponto crítico desse desenvolvimento de identidade dosLeigos maristas é a formação, formação que deve incluir oaprofundamento da espiritualidade marista, bem assim a culturae as tradições maristas. Nesses campos comuns, a formaçãoconjunta dos leigos e dos Irmãos é essencial.No diálogo com os Leigos maristas, no atinente à sua identidade,os Irmãos podem ajudar a dizer o que é a identidademarista; mas os leigos deverão ser claros acerca da sua identidadeprópria de leigos. Arrolam-se aqui algumas questões quepoderiam facilitar o diálogo.Os Irmãos começam com a missão que se situa no coraçãoda nossa origem e da nossa vida: como os leigos maristasveem a missão dos Irmãos?Os Irmãos consideram e compreendem o seu compromissocomo permanente e específico: como os leigos maristasveem o seu compromisso no projeto marista? Este seriatemporário?A espiritualidade e o compromisso do Irmão Marista implicama emissão de votos. Como esta espiritualidade doleigo marista será apresentada e formalizada?181 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralPode um Leigo marista identificar exatamente o que procura,ao fazer-se Leigo marista? Constitui isso um estilode vida que implica a vida de comunidade? Será para queele partilhe a nossa missão? Será para que a sua vida assumauma dimensão marial?Parece que, nas diferentes partes do mundo marista, as respostasdessas questões hão de ser diversas. Por certo não há respostacomum clara: não se pode tratar da questão da formaçãoespiritual e da formação para a missão por meio de programaspredefinidos. Vai ser necessário encorajar a vida do leigo maristapara que se desenvolva em diversas modalidades, dado que oseu projeto leigo vai exigir parâmetros flexíveis e amplos.<strong>Maristas</strong> em face do futuroProgressivamente os <strong>Maristas</strong> vão constituir um movimentointernacional na Igreja, com característica e espiritualidadeespecíficas, na visão de uma Igreja marial, dinâmica eaudaz em prol da evangelização e da solidariedade. Temos apossibilidade de contribuir, judiciosos e críticos, para um rostomarial de uma Igreja por demais institucional e marcada peladominação masculina.Irmãos e Leigos são agora convocados a discernir juntos ossinais dos tempos, em face de novos desafios e de novas possibilidadespara responder, de modo apropriado: por exemplo,ao apelo a assegurar-nos de que as nossas escolas sãoacessíveis aos pobres; apelo, ademais, a educar não apenas oscatólicos; apelo, em suma, para a evangelização e promoçãodas vocações por meio das novas tecnologias.As Províncias vão incluir a todos os <strong>Maristas</strong>, Irmãos e Leigos.Juntos, serão corresponsáveis pelas obras comuns quePÁGINA 182


ANEXOScontinuam a missão do Instituto, de conformidade com o carismafundacional. Vamos sustentar as estruturas que permitemconcretizar tal escopo.Os <strong>Maristas</strong> deverão criar uma rede para além das fronteirasnacionais e das Províncias, sobretudo para os jovens Irmãos.Isso implica dizer que poderão viver alhures, pelomenos por algum tempo, com outros <strong>Maristas</strong> e trabalharnuma missão comum.Há lugar para a juventude masculina e feminina de quantosqueiram comprometer-se a viver numa comunidade de Irmãos,trabalhando em projeto marista por certo tempodeterminado.As nossas comunidades de Irmãos terão o desafio de criarnovos laços com os apostolados, atualmente em marcha naProvíncia, identificando na redondeza outras oportunidades,como centros de oração e serviços diversos.A espiritualidade que lastreia a nossa vida de comunidadedeverá centrar-se na santidade comunitária e nos apelos paraaceitar a responsabilidade de conversão comunitária, comnovas formas apropriadas de oração vivificante e a vontadede viver e de testemunhar a nossa espiritualidade para alémda comunidade.Nas regiões em que o número de Irmãos idosos é considerável,importa ser presença e sustentáculo que favoreçam apromoção da vida e da missão maristas, o que será cada vezmais imprescindível. Em vez de se retirar das obras, quandoenvelhecem, muitos vão comprometer-se como veteranos conselheirosda juventude, estimulando os Leigos maristas queestão em atividade, sendo para todos fonte de sabedoria ebondade.183 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralNecessitamos uns dos outros...Em todos os aspectos da nossa vida, notamos a necessidadee o apelo, tantas vezes reiterados, para renovar o processo deformação, tanto dos Irmãos quanto dos Leigos maristas, paraque sejam mais bem equipados no responder às mudanças quenos cumpre enfrentar.Nas regiões em que os Irmãos jovens são mais numerosos,é importante sermos criativos, lançando mão de lideranças inspiradase corresponsáveis.Necessitamos compreender com mais profundeza as opçõespossíveis de viver em comunidades como maristas. Por certohá diversos modos de realizá-lo no Instituto. Importa saberapreciar os valores de cada uma das experiências vividas. Tal“comunidade de missão marista local” vai permitir criar laçosentre a comunidade dos Irmãos e os Leigos maristas.Em suma, trata-se sempre da MissãoÉ em função da missão que Leigos maristas e Irmãos se reúnem.Cada grupo aporta os próprios talentos; cada qual tem oseu múnus particular e identidade própria; cada um reivindicaa sua condição específica. Este nosso mundo novo requercorações novos, capazes de se reunirem em torno da missão, amissão do Evangelho. A nossa partilha da missão evangelizadoradetermina a nossa forma de nos identificarmos. O que esperaa Igreja dos <strong>Maristas</strong> - sejam eles Leigos ou <strong>Maristas</strong>consagrados - quando ela empreende hoje esta missão? De quemodo o movimento Marista pode cooperar na avaliação dasnecessidades tanto da educação quanto da evangelização dosjovens no nosso contexto? A vitalidade do carisma dependepor inteiro do nosso modo de perceber as necessidades e carênciasno serviço do Reino de Deus.PÁGINA 184


ANEXOSInstamos o Capítulo...Tendo em conta que o Capítulo deve abordar as questõeseleitorais, financeiras e de governo, instamos o Capítulo geral,no tempo que lhe resta, a que se limite unicamente a duasquestões cruciais.Parece-nos que as áreas críticas foram muito bem levantadasno texto de discussão, publicado pela Comissão Preparatória.Certamente, para a Região da Oceania, as questões de“identidade” nos parecem as mais urgentes: Quem pertence àvida e à missão maristas e quem assume a responsabilidadede continuar a desenvolvê-las? De que modo pertencem ecomo exercem as suas responsabilidades?Irmãos Barry Burns, Julian Casey, Jeffrey Crowe, Michael Green,Ken McDonald, John McMahon, Graham Neist, Carl Tapp.185 PÁGINA


Anexos 2MENSAGEM DOIR. SEÁN SAMMONna abertura doXXI Capítulo geral09 setembro 2009“Através dos olhos de uma criança”Vocês se recordam do que era ver o mundo através dosolhos de uma criança? Se o esqueceram, permitam-me que lhesrefresque a memória. As crianças aderem ao que é evidente, oque nós, adultos, vemos claramente, mas que fingimos ignorar.Frequentemente, a notícia que nos trazem é sem artifício, simplese honesta.Nesta manhã, nos alvores do nosso XXI Capítulo geral, convido-osa que peçam os olhos das crianças pobres. Porque devemosavaliar, melhor e o mais exaustivamente possível, atéque ponto os Pequenos Irmãos de Maria, de Marcelino Champagnat,vivem hoje sua vida e sua missão com zelo e paixão,fiéis aos apelos da Igreja e aos sinais dos tempos. Com efeito,devemos perguntar-nos se, como nosso Fundador, estamos ounão, acima de tudo, enamorados de Jesus Cristo e se estamos,de uma maneira bem visível, no meio das crianças pobres edos jovens que cativaram o coração de Marcelino!187PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralUm Capítulo é muito mais do que um tempo reservadopara fazer um balanço, para avaliar se somos fiéis ou não aonosso ideal ou outra coisa. Como os Capítulos anteriores, esteXXI Capítulo geral é um tempo extraordinário de graça para onosso Instituto e para todos os que participam de sua vida e desua missão. Levantemo-nos, pois, e pensemos, porque temos aocasião de iniciar esta mudança indispensável do coração, quedizemos estar buscando.Quando os capitulares se reuniram, neste lugar em 1967,dois anos após o encerramento do Vaticano II, para um Capítuloextraordinário de renovação, tinham bem pouca ideia doque os esperava. No entanto, a mensagem do Concílio ecumênico,o primeiro em 100 anos, tinha remexido os seus coraçõese, despertado suas esperanças. Então puseram-se a caminhocom fé, com coragem e com amor, de modo que o nosso Institutorenovasse a vida e a missão maristas, em vista de umanova era.Enquanto empreendiam este percurso de renovação, osnossos irmãos sabiam muito bem que, no futuro, viria a horade fazer um balanço, viria um tempo onde outros como eles sereuniriam igualmente. Seriam companheiros peregrinos quetrariam nos seus corações o sonho de Marcelino Champagnat,tendo vivido por um bom tempo a experiência da renovação,de modo a não impedir que a verdade se exprimisse simplesmentee sem hesitação, e para tomar decisões audaciosas, corajosase mesmo inesperadas. Faltam oito anos para obicentenário do Instituto: devemos reconhecer que somosesses companheiros peregrinos e que surgiu a hora de tomardecisões.Esta manhã, desejo tratar vários assuntos: a vida consagrada,a identidade e a formação, a reestruturação e internacionalidade,o governo e a animação, e depois a parceria leigaPÁGINA 188


ANEXOSmarista. No que respeita a esta última realidade, quero determee aprofundar como podemos, hoje, promover o laicato marista,sem paternalismos e sem convertê-lo num clone da nossavida consagrada. Dito simplesmente : como unir nossas energiasàs dos nossos parceiros, leigos maristas, para chegar auma espiritualidade e uma compreensão de que eles são verdadeiramentemaristas e verdadeiramente leigos ?Contexto geralSejamos honestos! Como Instituto perdemos muito, no últimomeio século. Por isso, ninguém se deveria surpreender sehoje nos debatemos com preocupações relativas à nossa identidade,ao futuro do nosso modo de vida, e com a carga de escândaloque sofremos em vários lugares.Como irmãos, sempre fomos homens pragmáticos. Esta maneirade ver a vida deu certo, durante os anos que vão do Conciliode Trento ao Vaticano II, quando as bases da vida religiosaestavam definidas claramente. Conhecíamos o sentido da pobreza,da castidade e obediência. Conhecíamos o que a comunidadeesperava de nós, bem como nossas obrigações quantoà oração. Fortes desse conhecimento, deixamo-nos engolirpelas particularidades do nosso apostolado diário como professores,administradores, conselheiros, animadores de pastorale assim por diante.Feliz ou infelizmente, em numerosos lugares do Instituto,esta abordagem pragmática do nosso modo de vida desmoronou,no final dos anos 60. Quando os fundamentos da vida religiosaforam, de repente, postos em questão, mais de um entrenós sentiu-se inseguro quanto ao sentido dos seus votos. Algunstambém começaram a perguntar-se qual era o sentido dacomunidade e o lugar da oração nas suas vidas.189 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralDeixou-se o hábito religioso; os horários foram alterados;novos estilos de comunidade começaram a emergir, mas não sedeu a profunda mudança de coração, necessária para uma autênticarenovação.Quando a identidade da vida religiosa se tornou menosprecisa e evidente, vários membros de ordens clericais voltaram-separa seu sacerdócio, pretendendo assim dar um novosentido e um novo objetivo às suas vidas. Do mesmo modo,quando a nossa identidade de irmãos consagrados começou aenfraquecer, mais de um orientou-se para o profissionalismopara tentar preencher o vazio. Para alguns dentre nós, os títulosacadêmicos, por mais importantes que possam ser numasituação ou noutra, tomaram uma importância desmedida emrelação ao seu valor. Em muitos lugares, começamos igualmentea avaliar a qualidade das nossas escolas, não já segundoa sua capacidade de verdadeira evangelização, mas sim, segundoa sua capacidade de atrair alunos mais dotados.A imagem se complicou ainda mais pelo fato de que tudo oque fora produzido, durante o último meio século, refletiu-se noInstituto, ao longo da experiência de três gerações diferentes e distintas.A mais idosa, que diminui em número com o passar dosanos, recorda-se da nossa maneira de viver, antes de Vaticano II.Recorda-se ainda da missa em latim, do dia em que o sacerdotedeixou de celebrar a Eucaristia, de costas para o povo, e começoua celebrar, lentamente, em língua vernácula e voltado para o povo.Um segundo grupo cresceu quando o Papa João XXIII convocouo Concílio. Vários entre eles mergulharam no que se conhecesob o nome de modernidade. Pondo de lado osprivilégios, despojando-se dos símbolos e das maneiras deviver que os tinham separado do Povo de Deus, esses irmãosdesafiaram a vocês e a mim a enfrentar as mesmas questõessobre a vida e seu sentido, que outros já tinham enfrentado.PÁGINA 190


ANEXOSEssa geração teve a tarefa de guiar o nosso Instituto duranteum tempo de perda, um período importante durante o qualquestionamos o sentido e o objetivo do nosso modo de vida.Foram privilegiados por terem assistido à morte de uma épocada história da Igreja, e são hoje abençoados porque tiveram aocasião de contribuir para o nascimento de uma nova época.As questões da renovação em 2009 e em 2010 já não são, entretanto,as dos anos sessenta e oitenta. Hoje, uma geraçãonova olha para o nosso estilo de vida e de nossa missão, atravésde olhos formados por um mundo que continua estranhoa vários dentre nós com mais de 50 anos. Muitos desses nãodesenvolveram essa forte identidade católica, tal como se definiapelas práticas do passado.Os que atualmente se aproximam de nós, do nosso modo devida marista, em várias partes do mundo, viveram com numerosasperguntas, desde a sua infância. Procuram agora respostase insistem por ter sinais claros que os distingamenquanto consagrados. Falem com eles e verão rapidamenteque o Vaticano II é a história de outras pessoas.Como Instituto, passamos por um meio século difícil. OConcílio foi um acontecimento sísmico; depois de assentadasas primeiras poeiras, reencontramo-nos num lugar diferente.Desde então, tornamo-nos, progressivamente, conscientes dosproblemas de justiça social gerados pela modernidade, bemcomo da crise de fé, que existe e encontra a sua origem nos desafiosteológicos da pós-modernidade, disputados no contextode uma Igreja fortemente polarizada.Paralelamente, tivemos grandes graças durante esse período.A presença viva e a proteção de Maria, a Mãe de Jesus,foram evidentes durante todo esse tempo. Também fomosabençoados com Superiores excepcionais como Basílio, Char-191 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralles, Benito e os membros dos seus Conselhos que mantiveramviva a nossa esperança, enquanto atravessávamos um deserto,às vezes árido. A cada um deles o nosso agradecimento.Durante este período, desenvolveu-se um espírito de fraternidademais profundo e cresceu o movimento de parceriacom os leigos maristas. Tais iniciativas insuflaram-nos umvento de esperança para entrever o que o futuro nos reserva.Tal como os nossos irmãos, em 1967, também nós estamosnuma encruzilhada. Construir o futuro da vida e da missão maristasexigirá que tomemos decisões que nos permitam ser o quesomos chamados a ser: homens apaixonados por Deus, irmãosque evangelizam visivelmente as crianças pobres e os jovens,religiosos que edificam comunidades marcadas pelo espírito dehospitalidade e de acolhimento; e, como o Fundador, discípulosdo Senhor, animados de um coração missionário.Os que formavam a assembleia do XVI Capítulo geral, conscientesde suas responsabilidades, tomaram o tempo de queprecisavam e reuniram os recursos necessários para realizar oseu dever. Embora possam ter sido disso inconscientes, naquelemomento, o desafio que tinham à frente era o de iniciarum período durante o qual muito do que era familiar, pelomenos a uma geração de irmãos, iria simplesmente desaparecer.Ajudaram-nos a entrar num terreno no qual fomos convidadosa pôr mais confiança em Deus do que em nós mesmos.Vida consagrada e formaçãoO Vaticano II não deveria ter deixado nenhuma dúvida namente de ninguém. Somos todos chamados a uma e mesmasantidade e a participar na missão da Igreja, em virtude donosso Batismo. Hoje, mais do que nunca, estamos conscientesde que a plenitude da vida cristã é a vocação de todo o fiel.PÁGINA 192


ANEXOSReconhecer este chamamento universal à santidade e à missãoforçou a vida consagrada a redefinir-se para uma era nova.Porque, antes do Vaticano II, a maior parte, dentre nós, aprenderaque nosso modo de vida era diferente e superior ao davida de um cristão leigo.O Concílio recordou-nos que nenhuma característica intrínsecada identidade e da vida cristã constitui um traço exclusivode um estado especial de vida. Por exemplo, a oração,a comunidade, a hospitalidade, a castidade, o amor ao próximo,a fidelidade e outras muitas qualidades encontram-setanto nas leigas e leigos cristãos quanto nos que escolheram avida religiosa.Por isso, o que é que torna a vida consagrada diferente?Dito com simplicidade, é o celibato consagrado, um dos aspectosdas nossas vidas de que nos é mais difícil falar. Comoos profetas hebreus do passado, um Irmão é um homem reivindicadopor Deus, uma pessoa cuja vida foi apanhada porDeus, com a exclusão de qualquer outro compromisso.Quando insistimos em dizer que o nosso modo de vida éum mistério, não explicamos o seu sentido. Podemos afirmarclaramente que a relação entre Deus e uma pessoa nasce deum compromisso livre, por uma vida inteira de celibato consagradoe é tão insondável como a atração entre duas pessoasque se casam. Os mistérios não se podem explicar; deles nosaproximamos com respeito.A vida consagrada é um modo de vida permanente, estávele público, na Igreja. Infelizmente, quando o Vaticano II esclareceuque as religiosas e os religiosos não formavam um estadointermediário, situado entre o clero e o laicato, algunsentre nós concluíram – por eliminação – que, dado que nãoéramos do clero, devíamos ser do laicato. Essa conclusão não193 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralera a intenção do Concilio, nem é compatível com a experiência;é hoje, no entanto, a causa de algumas das nossas perguntassobre a identidade.Os membros do Concílio prestaram-nos um serviço, recordando-nosa todos que a vida religiosa devia fazer parte da estruturacarismática da Igreja e não da sua estrutura hierárquica.Em contrapartida, isso não significa que não seja um estado devida. Tanto a Lumen Gentium como a Perfectae Caritatis reconhecem-nacomo tal, embora a vida religiosa seja diferente dados membros do clero e dos leigos.Como religiosos não-ordenados, temos a obrigação especialde ser a consciência da Igreja. Vivendo verdadeiramente o nossomodo de vida, colocando-nos em situações e lugares difíceispara outros, trabalhando para responder a novas necessidades,recentemente identificadas, e para os quais os recursos institucionaissão inexistentes, recordamos à Igreja a sua verdadeiranatureza. Com efeito, pelo nosso sentido da hospitalidade, pelacompaixão que manifestamos pelos outros, pela nossa preocupaçãoem relação aos abandonados, pela nossa presença juntoaos marginalizados, damos a conhecer e a amar o Senhor Ressuscitadoa nosso mundo de hoje e recordamos à Igreja o queela deveria ser, aspirar a ser e o que deve ser.Ao chegarmos a este Capítulo, precisamos comprometernosa fazer o trabalho necessário para clarificar o lugar e o objetivodo nosso modo de vida, na Igreja. Podemos não realizarinteiramente essa tarefa, durante o tempo previsto, mas devemosescolher e estabelecer os meios para finalmente fazê-lo.Mais importante ainda, devemos apropriar-nos do espíritodos que fizeram o Capítulo de 1967. A exemplo do Fundador,devemos fixar no futuro o nosso olhar. Como os delegados dePÁGINA 194


ANEXOS1967, temos a responsabilidade de iniciar um período de mudança;cabe-nos começar a construir o futuro.Nestes dias, devemos tomar colegialmente decisões a respeitodo nosso modo de vida. Essas decisões ajudar-nos-ão adar os primeiros passos na direção do futuro, fazendo-nos verque, construí-lo totalmente, será tarefa de toda vida para muitosdos que estão aqui presentes. No entanto, mesmo que saibamosmuito bem que esse futuro vai exceder a nossaexistência, podemos igualmente estar certos de que viveremoso futuro que construirmos.Se não tivermos clareza a respeito da nossa identidade,transmitiremos esta falta de clareza aos formandos que nosforem confiados. A formação é, em parte, uma iniciação aonosso estilo de vida, bem como uma preparação para a vivê-loem plenitude. Infelizmente, dá a impressão de que preparamospara alguns aspectos de nossa vida e não para outros.Considerem a formação inicial, por exemplo. Os nossos documentosdizem que o seu objetivo é formar apóstolos maristas.No entanto, o sentido exato dessa última frase parece sercompreendido diferentemente nas diversas regiões do Instituto.O acento é posto frequentemente sobre a preparação profissionalou sobre o desenvolvimento pessoal e não, sobre aconversão do coração.Um exemplo: Há vários anos, recebi uma nota de um jovemirmão que acabava de terminar os seus dois anos de noviciado.Naquela altura já ensinava e vivia numa comunidade. Escrevia:“Obrigado pela ocasião que tive durante esses dois anos de experiência.Foi para mim um tempo maravilhoso de crescimentopessoal.” Nenhuma alusão a Jesus Cristo, nenhuma alusão àpreocupação de tornar-se um retrato vivo do nosso Fundador.195 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralCreio que é preciso ser exigentes sobre o que fazemos, na áreada formação, em nosso Instituto. Utilizando o Guia de Formaçãocomo quadro de referência, devemos assegurar-nos que damosaos nossos jovens irmãos a melhor preparação possível para onosso modo de vida. Precisamos ter presente que a formação éuma caminhada na vida espiritual e não apenas uma preparaçãoprofissional. Consequentemente, quanto a mim, a formaçãoinicial deveria incluir um escolasticado de três anos, destinadoa formar jovens religiosos que serão apóstolos maristas.Se quisermos abraçar o mundo novo como no-lo indica olema do nosso Capítulo, recomendo que estabeleçamos quatroou cinco escolasticados regionais e que neles estejam representadosos formandos de todas as partes de nosso mundo marista.Depois, formaríamos quatro ou cinco equipes de bons formadoresque poderíamos juntar de todo o Instituto para trabalharemnesses centros. Numa geração, teríamos uma redede irmãos com experiência internacional e relacionados comoutros irmãos no mundo marista. Peço que estejamos abertosà missão nos lugares onde a Igreja, as crianças pobres e os jovensnos chamam.Além disso, esses jovens irmãos teriam uma perspectivaglobal sempre maior e uma avaliação mais realista dos problemasque outras partes do mundo estão a enfrentar.Do mesmo modo, creio que devemos reexaminar os nossosprogramas de formação permanente. Aqui, devemos ter a certezade que esses programas têm em vista a renovação espirituale proporcionam aos implicados uma ocasião significativade se encontrar e falar com alguém sobre a sua vida de fé. Algunsdesses programas podem muito bem ser programadospara irmãos e leigos maristas em conjunto, enquanto outrospoderiam ser pensados, ora para um, ora para outro grupo.PÁGINA 196


ANEXOSPor último, temos necessidade de desenvolver novos métodospara preparar os nossos jovens irmãos, e a nós mesmos,para as comunidades de hoje e de amanhã. Muita gente nosdeixa, exprimindo o seu desencanto a propósito da qualidadeda nossa vida comunitária.Esse problema existe, há muito tempo. Presumimos que,por crescermos numa família, já sabemos como viver com osoutros. No entanto, uma comunidade não é uma família nosentido tradicional. É antes um grupo de crentes adultos quetentam viver a sua vida, centrando-a no Evangelho. O que significaisso, precisamente, hoje em dia? Qual é a melhor maneirade, mutuamente, nos prepararmos para viver juntos? Aíestão questões que merecem ser postas e respondidas.InternacionalidadeUm dos resultados dos últimos Capítulos gerais, que atraiua atenção de muitos, foi a recomendação dos membros do Capítulode 1993 para que o Instituto empreendesse algumaforma de reestruturação, sobretudo nas regiões onde a vitalidadee a viabilidade eram incertas.Ousaria, contudo, afirmar que a maioria dos capitulares deixouRoma acreditando que a reestruturação seria feita em algum lugardo Instituto, mas que teria pouco impacto sobre eles e suas vidas.O mundo novo do qual falamos torna-se cada vez mais internacionale multicultural. Como Instituto, demos os primeirospassos nessa direção. No entanto, os nossos esforços nãoproduziram os frutos que se esperavam.Por exemplo, como há pouco mencionava, os delegados doCapítulo de 1993 começaram um processo de reestruturação.197 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralO Conselho-geral eleito considerou que todo o Instituto poderiaaproveitar de um questionamento sobre a sua vitalidade ea sua viabilidade.Cometeram-se dois erros, no início. Em primeiro lugar, noespírito de alguns, a reestruturação foi associada a uma reorganizaçãogeográfica. Acreditavam firmemente que, desde queuma Província tivesse decidido unir-se a outra ou a outras Províncias,estaria feita a reestruturação.Francamente, reconfiguramo-nos como Instituto, mas nãoestamos completamente reestruturados. O objetivo da reestruturaçãovai além da viabilidade e da vitalidade da vida eda missão maristas. O Conselho-geral de 1993 a 2001 desenvolveuuma série de critérios que, quando aplicados, iriam aumentaras possibilidades de produzir mais vitalidade eviabilidade. Estes critérios não foram muito levados em conta.Hoje, devemos reexaminar todo o nosso processo de reestruturaçãoe realizar o trabalho que ainda falta fazer. Se não completarmosesse projeto, semearemos problemas futuros. Osmembros de certas antigas Províncias terminariam por queixarsede terem sido colonizados. Em outras, o conflito de valores,preconizado por duas ou três antigas Províncias, tornar-se-iamais evidente e seria um obstáculo para o sentido de unidade.Precisamos progredir em maior internacionalidade tambémcom outros recursos. Por exemplo, somos hoje um dos Institutosna Igreja que carece de uma língua comum, entre os seusmembros. Em muitas outras Congregações, todos os membrosaprendem a língua da sua Fundadora ou do seu Fundador.Assim todos têm acesso, pelo menos, às obras da sua Fundadoraou do seu Fundador e dos seus primeiros membros. Conseguetambém tornar os encontros internacionais maisfrutuosos, sob o ponto de vista pessoal.PÁGINA 198


ANEXOSCompreende-se que as regiões escolham trabalhar numa ounoutra língua. Parece-me que, hoje, há vantagens em continuara trabalhar com as nossas quatro línguas oficiais. No entanto,poderíamos estabelecer que todos aprendam o francês, a línguado nosso Fundador.Governo e AnimaçãoEm todos os níveis do Instituto, devemos decidir o que esperamosdo Governo e, em seguida, procurar os recursos paraque isso seja possível. Quando os resultados de uma sondagempara escolher um Provincial chegam ao meu escritório, alista das qualidades esperadas e das características desejadasda pessoa que ocupará esse cargo excede de muito a capacidadeda maior parte dos irmãos, para não dizer de todos.Um dilema parecido existe quando consideramos a Administração-geral.Os Capítulos passados tiveram uma tendênciade deixar uma longa lista de trabalhos penosos, a serem executadospela nova administração. Trata-se geralmente de uma listade mandatos, seguida de recomendações e de linhas de ação.Tudo vai bem se esse mandato puder ser executado com opessoal proporcionado; mas será esta a melhor maneira de organizaruma Administração-geral? Será que este procedimentotraz melhores benefícios para o Instituto?Valeria a pena pensar numa mudança na composição do Conselho-geral.Desde o Capítulo de 1993, o Ecônomo-geral e o Secretário-geralnão têm mais feito parte do Conselho. Do que eurecordo, essa decisão foi tomada para permitir ao Conselho-gerala escolha dos irmãos para essas funções, em vez do Capítulo.Desse modo, o Conselho poderia escolher entre mais candidatose atingir talvez uma maior harmonia entre a pessoa e a função.199 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralContudo, outro argumento, que se avançou para apoiar asupressão desses dois postos do Conselho, era o de que o Secretário-gerale o Ecônomo-geral tinham um conhecimento limitadodo Instituto, em comparação com os outros membrosdo Conselho. Não estariam, portanto, em condição de tomardecisões com suficiente informação.Quanto a mim, não se demonstrou a veracidade desse pontode vista que limita a possível contribuição do Secretário-gerale do Ecônomo-geral para assuntos do Conselho. Isso trouxedesvantagens para o nosso Instituto. Durante os últimos anos,ambos tomaram contato com todas as regiões do Instituto; alémdisso, estiveram em comunicação com uma rede de pessoas –secretários e ecônomos provinciais – que desempenham umpapel importante na vida do Instituto e da sua missão.Mesmo permitindo ao Conselho-geral de nomear o Secretário-gerale o Ecônomo-geral, creio que essas duas funçõesdeveriam ser restauradas como integrantes do Conselho-geralDevemos ainda desenvolver novas estruturas que nos ajudema fazer face, rapidamente, às necessidades ou problemasurgentes do Instituto. Recomendaria que se considerasse aideia de estabelecer as Conferências de Provinciais, em âmbitoregional ou internacional. Este grupo poderia ser convocadopara tratar de assuntos de uma região do Instituto.Poderia também reunir-se, em nível internacional, para tratarde assuntos relativos a todo o Instituto.Os provinciais e Superiores de Distrito conhecem de pertoos problemas do dia-a-dia de sua região e dispõem de informaçõesde primeira mão, para abordar questões que podemsurgir, e para levar a cabo o desafio de planejar a longo prazo.Este trabalho seria realizado melhor, se fosse feito junto com aAdministração-geral? Por quê? A Administração-geral trariaPÁGINA 200


ANEXOSuma perspectiva marista mundial à discussão. Trabalhandocom uma Conferência regional ou internacional de Provinciais,estaríamos em melhores condições para abordar, com profundidade,os assuntos e os desafios, tão logo se apresentassem, edar-lhes uma solução mais rápida.Poderiam ser mencionadas muitas outras instâncias: as visitasdo Conselho-geral, o Superior-geral, a Conferência geral,etc. O meu ponto de vista é que o Capítulo deve pronunciarsesobre os desafios que o Instituto enfrenta hoje e que poderáenfrentar nos próximos oito anos, para responder às expectativasdas Províncias e da Administração-geral. Devemos, depois,encontrar a equipe que melhor possa superar essesdesafios e responder às nossas necessidades.Laicato maristaNo ano que vem, celebraremos os 25 anos da concepção daideia do Movimento Champagnat da Família Marista. Duranteesses anos, a parceria leiga marista desenvolveu-se rapidamentepara chegar ao ponto onde hoje se encontra.Desde seus primeiros dias, conseguimos compreender melhorque uma espiritualidade, realmente leiga e marista, sópode nascer da experiência leiga marista e não, noutro espaço.Desenvolvida pelos leigos maristas responsáveis, ela visa a promoveruma forma de prática pessoal e de compromisso apostólico.Este apostolado está em harmonia com a vida maristaleiga, e se torna uma força transformadora da vida, na Igreja.Como seria trágico se a espiritualidade leiga marista nãofosse mais do que uma variante da espiritualidade religiosado Instituto. Perder-se-ia uma experiência rica e única do carisma,que irrompeu na nossa Igreja mediante MarcelinoChampagnat.201 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralOs escritos e as reflexões de leigos maristas, homens e mulheres,são válidos, simplesmente porque são a experiência docarisma de Marcelino, tal como é vivido na vida de leigos, homense mulheres. Temos muito que aprender uns dos outros.Em certas partes do nosso Instituto, há escolas maristas fundadaspor mulheres e homens leigos, sozinhos. Houve um caso,pelo menos, em que um irmão veio juntar-se ao pessoal, mas afundação e os primeiros anos foram da iniciativa exclusiva deleigos maristas. Se há escolas fundadas só por leigos, por quenão uma comunidade marista leiga, de homens e mulheres?Qual é o papel do irmão no movimento leigo marista? Onosso trabalho consiste em ajudar, sem tomar a direção. Fazendoassim, participamos naquilo que vários consideram seruma das experiências mais importantes da renovação, nestemomento da história da Igreja: a emergência de um laicatorealmente adulto e responsável. Neste Capítulo, precisamostomar decisões que tornem possível esse desabrochar.Em poucos anos, haverá gente a avaliar o trabalho do presenteCapítulo. Tomemos, portanto, decisões audaciosas que lancemo Instituto e a sua missão para o futuro. Tomemos decisõestais que induzam as pessoas a dizer que foi um dos mais belosCapítulos do Instituto.¿Cuál es papel del hermano en el movimiento laico marista?Nuestra tarea es ayudar sin dominar. Si lo hacemos así, participaremosen lo que muchos consideran ser una de las experienciasmás importantes de renovación de la Iglesia en estemomento de su historia: la aparición de un laicado plenamenteadulto y responsable. En este capítulo tenemos que tomar decisionespara hacer que ese resultado sea posible.PÁGINA 202


ANEXOSMirando a este Capítulo desde el futuro, seremos evaluadospor otros. Tomemos, pues, decisiones audaces que muevanal Instituto y a su misión hacia el futuro. Tomemos el tipode decisiones que hagan decir que este Capítulo ha sido unode los mejores del Instituto.ConclusãoPermitam-me de concluir com uma nota pessoal. Dois comentários.O primeiro refere-se à minha saúde. Por todo o ladoonde vou, as pessoas me perguntam, inevitavelmente: “Comovai a tua saúde? ” Deixem que responda a essa pergunta comuma história. Na sua primeira conferência de imprensa, depoisde ter sido nomeado Arcebispo de Nova Iorque, TimothyDolan fez com que um jornalista lhe perguntasse se podiadizer algo sobre a diferença entre o jovem padre do passado eo Arcebispo de hoje. Sem hesitar um segundo, Dolan respondeu:“A maior diferença entre o jovem padre que eu era e oque sou hoje, está, mais ou menos, em 25 quilos! »Hoje e agora, tenho o prazer de informá-los que, para o Superior-geralatual, a diferença entre a pessoa de hoje e a de oitoanos atrás é inferior a 25 quilos. Não tive crises cardíacas, emboratenha duas próteses vasculares (stents) no coração. Pareçoser um dessas pessoas afortunadas que os médicosconseguem manter vivas, dois minutos antes do desastre. Rezopara que isso continue.Além disso, gostei do trabalho apostólico dos meus últimosoito anos. Como poderia não gostar? Tive um mentor maravilhosona pessoa do Benito, um Vigário-geral que amei comoum irmão, na pessoa do Luís, e a comunidade do Conselho,criativa e dedicada, com Antonio, Emili, Jean, Maurice, Pedro,203 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralPeter, Théoneste e Victor; e, anteriormente, com Dick Dunleavy,Antonio Martinez e Yvon Bédard.Os membros da comunidade da Casa geral com Ono, seumais recente superior, foram uma bênção. Não posso deixarde me congratular com a presença de Juan Miguel Anaya comos seus sábios conselhos, como Procurador; de Giovanni Bigottopor seu difícil trabalho de Postulador; de Antoni pelosseus esforços como Administrador e de Javier, como Ecônomoda casa. Depois, Don Neary, de modo especial: ele foi o meusocorro, durante estes seis últimos anos.Conhecendo a bondade e a dedicação de tantos Provinciaise Superiores de Distrito, aprendendo a conhecer os irmãos donosso Instituto, e numerosos parceiros leigos, tenho umagrande confiança em relação ao futuro. Quanto a mim, souantes uma pessoa simples. O trabalho dos oito últimos anosensinou- me muitas lições sobre meus limites, como pessoa ehomem pecador.Pelo que pudemos realizar, enquanto governo, devo atribuiros méritos ao Luís, ao Conselho e a muitos outros. Pelos erroscometidos, devo arcar com a responsabilidade. Obrigado, pois,pelo privilégio que tive de, nesta ocasião, servir o Instituto.Guardarei sempre uma lembrança imperecível destes dias e detodos vocês. Maria e Marcelino continuem a acompanhá-los nofuturo! Que Deus, em sua bondade, continue a abençoar cadaum de vocês, nosso Instituto e sua missão, as crianças pobres eos jovens a quem somos chamados a servir!Obrigado!PÁGINA204


Anexos 3MENSAGEM DOSLEIGOS MARISTASconvidados aoXXI Capítulo geral19 de setembro de 2009“Peregrinos com corações novospara um mundo novo”Nós, leigas e leigos convidados ao XXI Capítulo geral queremosmanifestar a nossa gratidão por esta oportunidade deestar aqui entre os nossos Irmãos. Gostaríamos de agradecer atodos, pessoalmente, esta oportunidade de descobrir a presençade Deus entre nós, de partilhar a vida em Comunidade e defazer, juntos, uma viagem espiritual única. Temos consciênciade que estamos infundindo uma nova vida ao carisma deChampagnat, um carisma dinâmico e precioso. Participamosde momentos privilegiados e sagrados, porque os irmãos nosconvidaram a entrar nas suas vidas, esperanças e sonhos.Este Capítulo fez com que nos sentíssemos mais firmementecomprometidos nas três dimensões do nosso ser marista: maiscomprometidos com a missão, com a nossa própria vocação ecom a nossa responsabilidade para com os outros leigos maristas,na nossa própria região e nas outras partes do mundo.Sentimos uma inabalável necessidade de unir-nos aos outros:primeiro, a partir da nossa humanidade, com as nossas faltas e205PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geraldefeitos, nossos dons e talentos; e depois, como povo de Deus,em busca de um lugar melhor para as nossas crianças e jovens,especialmente os mais pobres.Reconhecemos o nosso lugar na história do desenvolvimentodo nosso carisma e do Instituto, e levamos conosco conversase sentimentos que partilhamos, algo único, vivido nestemomento e lugar histórico.Nossas preocupaçõesUnidos à grande expectativa posta no Capítulo e nos seusmembros, tal como vocês, não queremos ficar aquém das esperançase dos ideais manifestados durante os dias que aquipermanecemos. Entretanto, vão conosco algumas preocupações,tanto pessoais quanto institucionais, que gostaríamos depôr em comum com vocês:■■■■Que em nossas realidades quotidianas não demos prioridadeà vontade de Deus, tal como se expressou no Capítulo.Que em nossas ações e fatos não realizemos sempre osonho do fundador e deixemos por vezes, as crianças eos pobres fora do coração do nosso trabalho. Os nossosrecursos econômicos e humanos devem ser usados parao bem das crianças e dos jovens.Que, apesar da ação do Espírito em nós, o temor de perderalgo, de sofrer e de mudar bloqueie a nossa decisãode responder com audácia e decisão.Que o bom espírito desse processo vocacional possa seenfraquecer em algumas comunidades e por causa de algumaspessoas, por falta de compreensão e aceitação dosleigos maristas como companheiros de caminho, corresponsáveisna missão e na vocação.PÁGINA 206


ANEXOSNossas esperançasTambém partilhamos com vocês estas esperanças:■■■■O desejo de comunhão que nós, leigos maristas, sentimosentre nós e com os irmãos, bem como o crescente diálogoque partilhamos, cada vez com maior profundidade.O caminhar que, durante esses anos, vivemos juntos, irmãose leigos, partilhando vida, missão e espiritualidadecom paixão, generosidade e alegria. Sabemos que a vocaçãodos leigos maristas é uma realidade que não tem retorno.A abertura do Capítulo à força do Espírito, a sua sensibilidadeante as necessidades das crianças e jovens pobres,assim como o desejo de impulsionar para o futuro o carismamarista, para poder responder mais e melhor aosseus apelos. Estamos certos de que começa a brotar algoinspirador e audacioso, capaz de criar uma vida nova.O apelo à internacionalidade do nosso Instituto, pelo queisso significa de integração da diversidade, de encontro entredistintas culturas, e de caminho em comum, como família.Nossas propostasCom essas preocupações e a partir dessas esperanças, comoirmãos a caminho, queremos fazer-lhes as seguintes propostas,com as quais nos comprometemos de trabalhar, lado a ladocom vocês, para renovar a vitalidade do carisma marista:1. Reconhecer e impulsionar decididamente a vocação dosleigos maristas.■■Difundindo e animando a reflexão sobre o documento‘Em torno da mesma mesa’.Apoiando processos de discernimento para leigoscom interesse na vida marista.207 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geral■■■■Impulsionando o Movimento Champagnat da FamíliaMarista e outros grupos e comunidades de leigosmaristas, e aprofundando a sua relação com a vidados irmãos, particularmente nas regiões onde o movimentolaical é mais fraco.Ajudando a articulação do laicato marista, que consideramosnecessária para continuar a crescer.Determinando e promovendo formas de compromissolaical com o carisma em cada Província.Explorando a possibilidade de programas que permitamaos leigos maristas manifestar o compromisso missionáriocom os pobres, como acontece na missão Ad Gentes.2. Favorecer encontro de irmãos e leigos maristas em todoo Instituto para partilhar em profundidade a nossa vida.■■Ampliando as propostas de formação de leigos e irmãos;desenvolvendo propostas de formação conjuntade irmãos e leigos, e incluindo em toda aformação a complementaridade de nossas vocações.Criando espaços para partilhar e aprofundar a espiritualidademarista, entre irmãos e leigos, oferecendoessa riqueza aos jovens, à Igreja e ao mundo.3. Reforçar as estruturas de corresponsabilidade no carisma■ Continuando a criar estruturas de corresponsabilidadena missão e na espiritualidade, nas Províncias e no Instituto,e ajudando-nos a aprofundar modelos de gestãorealmente maristas, nas obras.PÁGINA 208


ANEXOS■■■Organizando uma nova Assembleia Internacional daMissão, conjunta entre irmãos e leigos, com uma mensagema ser levada em conta pelo Capítulo geral.Ampliando e promovendo o Secretariado dos leigos noInstituto e as diversas comissões de leigos nas Regiões enas Províncias.Reforçando, juntos, o trabalho da FMSI (Fundação Maristade Solidariedade Internacional) em nível de Institutoe de Regiões, fortalecendo as redes de solidariedade jáexistentes.E comprometemo-nos firmemente a trabalhar juntos, irmãose leigos, no desenvolvimento de todas estas iniciativas.Acreditamos que vivemos um kairòs, um momento-chavepara partilhar e aprofundar com audácia o carisma marista, formandojuntos uma imagem profética de comunhão na Igreja.Enquanto a voz das crianças e jovens pobres continuar a clamar,o carisma de Marcelino continuará a ser profundamenteatual. O seu olhar comove nossos corações e chama-nos para que,juntos, irmãos e leigos de Champagnat, saiamos ao seu encontro.Que a Boa Mãe e São Marcelino guiem os nossos passos e nosajudem a olhar o mundo com os olhos de um menino pobre.Amém.Agnes, Angela, Arturo, Chema, Dilma, Erica, Feno, Irma, Linda e Rufus209 PÁGINA


Anexos 4PALAVRAS DOIRMÃO EMILI TURÚno encerramentodo XXI Capítulo geral10 de outubro de 2009“A resposta está em suas mãos”Bom-dia, Irmãos. No fim deste Capítulo, mais do que umdiscurso, quisera, simplesmente, oferecer-lhes algumas reflexõese aprendizagens de alguém que participou, como membro,deste XXI Capítulo geral. Vou ater-me a quatro aspectos.1. O frio altera a trajetória dos peixesEsta frase se inspira num romance que li, umas semanasantes do início do Capítulo geral, e que traz esse título. O autoré Pierre Szalowski, de Quebec. É uma obra bonita, cheia de ternurae de otimismo. Basicamente, o romance observa a realidadecom os olhos de uma criança, e narra como ascircunstâncias de uma geada terrível – algo que deve acontecercom frequência, em Quebec – provocam toda uma série deacontecimentos que mudam radicalmente o relacionamentoentre muitas pessoas de um mesmo bairro.Esta leitura me fez ver um paralelismo com o que vivemos,nesta sala capitular. Não teria algo em comum com o quetemos vivido entre nós? Escutei muitas vezes que a configu-211PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralração da sala – as mesas redondas, o sistema, o método …levou-nos a estabelecer um tipo de relações e dinâmicas muitodiferentes de outros Capítulos gerais. No fim do Capítulo, parece-memuito bonito constatar que conseguimos aceitar umadinâmica que não conhecíamos e que não sabíamos muito bemcomo terminaria. Decidimos optar pela audácia e caminharpara frente, confiantes. E agora que terminamos, creio, sem dúvida,que muitos de nós reconhecemos que a metodologia dodiálogo fraterno, pela qual optamos, corresponde muito bemà nossa experiência e vivência de Irmãos.Faz alguns dias, uma jornalista veio entrevistar-me. Chamou-mea atenção um de seus comentários. Dizia-me: “Seguio Capítulo pela página web; tenho lido as crônicas e impressionoumemuito o tipo de metodologia, inclusive a configuração que há nasala”. E perguntava-me: “Crê que esse tal diálogo fraterno poderiaser adotado também em outros níveis eclesiais?” A verdade é que,em seguida, quando falamos de tu para tu, ela comentou: “Voufazer esta pergunta em termos mais suaves, porque, nestes dias, celebra-seo Sínodo e não quisera que se fizessem comparações”. Defato, já as fazia.Parece-me que, às vezes, inclusive sem dar-nos conta, simplesmentepor nosso modo de fazer, por nossas opções, pornossa maneira de relacionar-nos, mostramos o rosto marianoda Igreja que realmente queremos. Num contexto eclesial, alguémpronunciou estas palavras: “Hoje, a Igreja se converteu,para muitos, no principal obstáculo para a fé; nela apenas se vê a lutapelo poder humano, o mesquinho teatro de quem, com suas observações,deseja absolutizar o cristianismo oficial e paralisar o verdadeiroespírito do cristianismo”. Isso foi escrito, nos anos 70, por umteólogo chamado Ratzinger.Hoje, a Igreja se converteu, para muitos, no principal obstáculopara a fé. O sonho da Igreja que partilhamos é a do Va-PÁGINA 212


ANEXOSticano II; expressou-o muito bem João XXIII com uma lindaimagem, quando dizia: “a comunidade cristã deve ser como a fonte,no meio da praça”. No contexto mediterrâneo, a fonte no meioda praça é o lugar onde todos se reúnem. Não apenas parabeber; é um lugar de encontro, de partilha, de sentar-se, deestar à vontade: adultos, crianças, idosos… É uma imagem dorosto mariano da Igreja.Que lição levamos para a casa dessa experiência capitular?Temos alguma tarefa de casa? Eu diria que sim.a) A criatividadeEm primeiro lugar, a criatividade. Parece-me que a experiênciaque fizemos é um convite a romper com a inércia e ausar o que é mais adequado para nossos valores. Alguém comentava,no início do Capítulo que, mais de uma vez, haviapensado que, nos Capítulos provinciais, alguma coisa não funcionava,devido à metodologia; mas, nunca pensara que se poderiafazer de outro modo. Precisamos de criatividade.b) A paciênciaEm segundo lugar, paciência: estamos aprendendo. Acreditoque todos estamos contentes com a experiência da metodologiaadotada no Capítulo, mas, ao mesmo tempo,reconhecemos que podemos melhorar. Penso que será precisoavaliar cuidadosamente o desenrolar do Capítulo e repassaressa avaliação a quem preparar o Capítulo geral vindouro; emboratenha certeza de que não precisaremos esperar tanto. Imaginoque, em breve, por todos os quadrantes do Instituto,começaremos a ver salas com mesas redondas…c) O diálogoEm terceiro lugar, algo que aprendemos – eu, ao menos – éo diálogo, diálogo, diálogo… Lembro que, faz uns poucos213 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralanos, houve um acontecimento internacional, em que os jovensde todo mundo se comunicavam por Internet e dialogavamcom alguma pessoa mundialmente famosa. Quandocoube a Stephen Hawking, fez uma avaliação um tanto pessimistasobre o futuro da humanidade. Durante a conversa porchat, um jovem lhe perguntou: “Então, qual é o futuro?” A respostado cientista foi: “Keep talking” (Continue conversando) …Isso era o que os jovens já faziam.Acredito que isso é um convite a construir sobre nossas diferenças,sem iludi-las, porque somos realmente diversos. Recordemaquelas perguntas que nos fazíamos, no início: Em queestá certo aquele que pensa diferentemente de mim? Que partede verdade tem quem pensa de modo diferente do meu? Portanto,o diálogo é um convite a aprender a resolver os conflitos– que sempre existirão, pois, em todo grupo humano, semprehá conflitos – a partir do diálogo sincero e fraterno e não, da evasão.Lembrem que no Relatório do Conselho anterior, em dadomomento reconhecíamos que, mais de uma vez, ante o conflito,tínhamos optado por evitá-lo, em vez de enfrentá-lo com umdiálogo sincero. Portanto, aprendizagem do diálogo.d) Os recursos estão no grupoNão esqueçamos, também, que os recursos estão no grupo;é preciso crer nisso. No começo do Capítulo tínhamos nossasdúvidas se isso ia funcionar… Todas as possibilidades estavamaqui. Acontece que não tínhamos tido a oportunidade deabrir a porta e colocá-las em funcionamento. É um convite aencontrar o que de melhor cada pessoa e cada grupo têm emseu interior.e) A InternacionalidadeE, por fim, a aprendizagem da internacionalidade. Creioque vivemos, como nunca, esse fator da internacionalidade demodo aberto e profundo. Penso que seja o sinal profético dePÁGINA 214


ANEXOSque outra globalização é possível. Levamos também essa tarefada internacionalidade para casa. A pergunta é se estou dispostoa pagar o preço para que nosso Instituto seja cada diamais global, mais solidário internamente, com maior interaçãoentre todos.Este é o primeiro aspecto com as cinco lições que levo comotarefa.2. Ver o mundo com os olhos de uma criança pobreRetomo o ponto com que começou o Ir. Seán, no início desteCapítulo. Parece-me que foi muito inspirador. Foi uma grandemotivação para nosso Capítulo, e repetimo-lo, mais de umavez: “ver o mundo a partir de baixo”.Lembro algo que aconteceu, faz mais de vinte anos. Houveuma iniciativa, em Madrid, em que se convidava as pessoaspara que, por um dia, vivessem como mendigos, como pobresque pedem esmola. Vários Irmãos escolásticos fizeram a experiênciade sentar-se num corredor de metrô e mendigar. Foiinteressante analisar as reações das pessoas, umas se aproximavam,outras diziam uma palavra… Por um dia, puderamver o mundo a partir de baixo.No Relatório do Conselho geral, lembrar-se-ão de que falávamosdas vítimas da globalização e como as crianças são suasprimeiras vítimas. E o Papa atual, em sua homilia da noite deNatal, fazia menção a essas crianças às quais se nega o amor deseus pais; falava das crianças de rua, das crianças soldados,das crianças vítimas da indústria pornográfica ou de outrasformas abomináveis de abuso. E dizia, literalmente: “O Meninode Belém nos convida a fazer todo o possível para que termine osofrimento dessas crianças, a fazer todo o possível para que a luz deBelém chegue ao coração dos homens”.215 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralQue aprendizagens, que tarefas podemos levar para casa?a) Fazer todo o possívelOuvir esse convite do Papa a fazer todo o possível. Fazertodo o possível para continuar a avançar no caminho de colocaro Instituto, prioritária e visivelmente, a serviço das criançase dos jovens pobres, qualquer que seja o rosto dessapobreza. Em nossas obras atuais, em obras novas… fazer todoo possível. E quando olhamos o mundo, através dos olhos dascrianças pobres, reconhecemos também o eco dessa perguntaque encontrei no famoso livro - “Quem mexeu no meu queijo?”– um livro para homens de negócios, muito famoso em seutempo: O que farias, se não tivesses medo? Essa é, provavelmente,uma boa porta para fazer todo o possível.b) Especialistas em evangelização e na defesa dos direitos dacriança e do jovem.Especialistas em evangelização e na defesa dos direitos dacriança e do jovem. Parece-me que há dois aspectos muito vinculadosa essas opções de futuro. O Ir. Seán, em sua Circularsobre a vida apostólica, dizia: oxalá, pudéssemos ser reconhecidos,no futuro, como peritos em evangelização das crianças edos jovens! Através da Pastoral juvenil marista, mas tambémem todos os nossos centros, seja do tipo que forem: ser peritosem evangelização. E acrescentaria ainda: ser especialistas na defesados direitos das crianças e dos jovens. Tomara que dentrode oito anos, quando olharmos para trás, possamos dizer que oInstituto deu passos muito significativos nessa direção.Encoraja-nos, para isso, Janus Kostka, um célebre psiquiatrainfantil polonês, escritor, pedagogo, defensor da causa dascrianças, que morreu em Treblinka, num campo de extermínio,para onde tinha sido deportado com as crianças de seu orfanato,as quais recusara de abandonar. Ele escreveu: “Vocêsdizem que ocupar-se das crianças é cansativo; e têm razão. E acres-PÁGINA 216


ANEXOScentam que isso cansa porque precisamos de colocar-nos em seu nível:devemos rebaixar-nos, inclinar-nos, curvar-nos, diminuir-nos…Mas, há algo em que vocês se enganam: O que mais cansa não é isso,mas sermos obrigados a elevar-nos até a altura de seus sentimentos,levantar-nos, esticar-nos, pôr-nos sobre a ponta dos pés, aproximarnosdelas sem, no entanto, machucá-las”.3. Como Maria da VisitaçãoA vivência de Maria da Visitação também foi um ponto relevanteem nosso Capítulo. Poderíamos sublinhar vários aspectosdessa imagem, mas não vou deter-me na figura deMaria, em si. Destaco, então, particularmente o fato de que Elaleva Jesus consigo. Parece-me que também foi um tema importante:Maria está grávida, leva a Jesus em seu seio. Estabelece-seentre ambos uma relação pessoal, íntima; essa relaçãoque somente uma mãe pode ter com o filho que leva em suasentranhas. É uma relação de silêncio, de escuta, de assombroante o Mistério. É, talvez, a dimensão mística de nossa vida.Durante o Capítulo, falamos do profetismo como um eixo denossa vida; creio que o outro eixo deveria ser a mística. Dizia umAbade-geral dos Cistercienses: “Com a couraça da santa regra, o elmoda santa obediência e a espada da santa tradição, apenas consigo defender-me…de Jesus!” Além, portanto, de um cumprimento externode práticas superficiais, está o encontro pessoal com Jesus.No XIX Capítulo geral tive a sorte de estar num grupo dediálogo no qual se encontrava o Ir. Basílio Rueda. Recordo que,em mais de uma ocasião, quando falávamos de espiritualidadeapostólica marista, ele dizia: “É verdade, é verdade: apostólica…marista… mas espiritualidade, espiritualidade!” Algumas pessoas,ao dizerem que nossa espiritualidade não é monástica, pareceque o entendem como sendo algo mais fácil, mais “light”. Amim parece que dizer que nossa espiritualidade é apostólica217 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralsignifica que ela é mais exigente. Como conservar a centralidadede minha vida, no meio de muita atividade e com muitasrelações? Parece-me que, como Champagnat, como Maria,somos convidados a ser “contemplativos na ação”.No Relatório do Conselho, nos perguntávamos: “Por queviver em profundidade essa dimensão mística de nossa vidanos custa tanto? Thomas Merton escreveu em seu único romance:“Se queres saber quem sou, não me perguntes onde vivo, o quegosto de comer, ou como me penteio… Pergunta-me, antes, por quevivo e pergunta-me se penso em aplicar-me a viver plenamente aquiloque é a razão do meu viver. A partir dessas duas repostas, podes determinara identidade de uma pessoa”. Quer dizer, perguntas-me oque quero em minha vida. E, depois, me perguntas se estou dispostoa pagar o preço para fazer isso. Relacionando as respostasa essas duas perguntas terás o valor dessa pessoa..Tarefas que levo para casaParece-me, pois, que a única aprendizagem ou tarefa quelevo para casa é que há um preço a pagar; e não há comobaixá-lo, 0% de desconto. Crescer num caminho místico, numcaminho de identificação com Cristo, não é automático; é umcaminho e é preciso percorrê-lo: passo a passo, etapa por etapa.É preciso pagar um preço. Neste caso, parece-me, o preço é calculadona moeda “tempo”. Penso que, se valorarmos o lugarque ocupa a minha oração pessoal, o tempo que dedico ao cultivode minha interioridade, poderemos avaliar a importânciaque damos à espiritualidade, em nossa vida.4. Todos somos umA imagem com que começamos o Capítulo era linda: umcoração, sinal de vida, com nossos desejos, nossos sonhos… eunindo-os entre si, o nome da cada um de nós, o nome da cadapessoa do Capítulo.PÁGINA 218


ANEXOS“Somos parte de um corpo vivo. Isso significa que somosmembros dependentes uns dos outros. “Com efeito, o corpo é ume, não obstante, tem muitos membros, mas todos os membros docorpo, apesar de serem muitos, formam um só corpo. Assim tambémacontece com Cristo…. O corpo não se compõe de um só membro,mas de muitos….Vós sois o corpo de Cristo e sois os seus membros,cada um por sua parte” (1 Cor, 12.14.27).Somos interdependentes. Cito mais uma vez Merton, e nestecaso, sua autobiografia intitulada “A montanha dos sete patamares”:“Considerando que nenhum homem jamais pode nem pôdeviver por si e somente para si; os destinos de milhares de outros seressão afetados, uns de modo remoto, mas outros muito diretamente e deperto, por minhas próprias opções e decisões. Do mesmo modo minhaprópria vida se vê reformada e modificada pela vida deles”. Em outraspalavras, o que acontece num membro afeta todo o corpo. Asdecisões que cada um de nós toma terão consequências, para obem ou para o mal, em muitas outras pessoas.Faz uns dias, Bento XVI, em sua visita à República Tcheca,afirmava algo que me pareceu muito importante: “Normalmente,as minorias criativas determinam o futuro”. Falava aos católicosda República Tcheca, onde são minoria. Normalmente,as minorias criativas determinam o futuro.Tarefas que levo para casaAlguém disse, nesta sala, que “mudar o coração é mais doque mudar as Constituições; e necessitaríamos de saber comomudar os corações”. Suponho que, de uma maneira ou outra,já dissemos como se faz para mudar os corações. Quando dizíamosque a melhor mensagem do Capítulo somos nós mesmos,estávamos afirmando que não se trata de mudar osoutros, mas de começar por nós mesmos.219 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralRecordava o Papa: as minorias criativas determinam o futuro.Estamos convencidos de que o que acontece comigo, comminha vida, com as decisões que tomo, influenciará o meu ambiente,a minha comunidade, a minha Província, o Instituto ea Igreja. Somos parte de um corpo e o que acontece num membroafeta a todo o corpo.Irmãos, podemos começar a mudança por nós mesmos? Podemos,hoje, anunciar ao Instituto não apenas decisões referentesa estruturas, a paredes ou a organizações, massobretudo decisões que afetam a nós, pessoalmente? Podemosdizer que há um grupo de 84 Irmãos – ou mais – que decidiramlevar a sério o chamado de Deus, recebido no Capítulo? Umavez mais, o que decidirmos fazer com a nossa própria vida teráconsequências na vida do Instituto.ConclusãoE termino. Comecei dizendo que o frio altera a trajetóriados peixes, lembrando a experiência que vivemos, duranteestas cinco semanas de Capítulo. Recordei o convite do Ir. Seána ver o mundo com os olhos das crianças pobres e a comprometer-nos,consequentemente. Lembrei Maria da Visitação,como um convite a aprofundar o aspecto místico de nossavida. E, finalmente, repeti o que muitos já disseram, nesta sala:nós somos a primeira mensagem que deve ser transmitida aoInstituto.Para continuar a tradição do meu imediato predecessor, o Ir.Seán Sammon, termino com uma história que Eli Wiesel traznum de seus livros. Sabem que foi um sobrevivente dos camposde extermínio nazistas e prêmio Nobel da Paz:“Certo rei escutou que, em seu reino, havia um sábio, um homemque falava todas as línguas do mundo; compreendia o canto dos pás-PÁGINA 220


ANEXOSsaros; sabia interpretar o aspecto das nuvens e compreender seu sentido.Também sabia ler o pensamento das outras pessoas. O rei ordenouque o trouxessem ao seu palácio. O sábio se apresentou, peranteo rei.Disse então o rei ao sábio: “É verdade que conheces todas as línguas?– Sim, Majestade. – É certo que sabes escutar os pássaros ecompreendes seu canto? – Sim, Majestade. – E é verdade que compreendeso linguajar das nuvens? – Sim, Majestade. – É também confirmadoque sabes ler o pensamento de outras pessoas? – Sim,Majestade. – Disse, então, o rei: Em minhas mãos tenho um passarinho;dize-me, ele está vivo ou está morto?”O sábio teve medo; dera-se conta que, dissesse o que dissesse, o reipoderia matar o passarinho. Permaneceu um momento em silêncio;depois, fixou o olhar no rei e, finalmente, respondeu: “A resposta,Majestade, está em vossas mãos.”Parece-me não haver melhor modo de terminar este Capítulo:a resposta, Irmão, está em suas mãos.Obrigado.221 PÁGINA


Anexos 5LISTASDE MEMBROSXXI Capítulo geral1. IRMÃOS CAPITULARESDe direitoAntonio Peralta PorcelAntonio Carlos Ramalho de AzevedoBenito Arbués RubiolBernard BeaudinCarl TappChristian Ndubisi MbamClaudino FalchettoDemetrio Espinosa EspinosaEmili Turú RofesErnesto Sánchez BarbaEugène KabangukaFernando Mejía PérezHipólito Pérez GómezJean Albert Thomas RandrianantenainaJeffrey CroweJohn William KleinJoseph Mc KeeJuan Pedro Herreros ValenzuelaJulian CaseySanta María de los AndesBrasil Centro-Norte/RomaL’HermitageCanadaNew-ZealandNigeriaBrasil Centro-NorteCruz del SurL’Hermitage/RomaMéxico OccidentalAfrique Centre Est/Central East AfricaMéxico CentralAmérica CentralMadagascarSydneyUnited States of AmericaEurope Centre-Ouest/West Central EuropaSanta María de los Andes/RomaMelbourne223PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralLaurentino Albalá MedinaLauro Francisco HochscheidtLawrence Lucius NdawalaLuis García SobradoManuel de Leon y ValenciaManuel Jorques BruMaurice BerquetPeter RodneyPrimitivo Mendoza GonzálezSamuel Holguín DíezSeán Dominic SammonSunanda AlwisThéoneste Kalisa RuhandoXavier Barceló MasetNorandinaRio Grande do SulÁfrica Austral/Southern ÁfricaÁfrica Austral/Southern África/RomaEast AsiaMediterráneaL’Hermitage/RomaSydney/RomaCompostelaIbéricaUnited States of America/RomaSouth AsiaAfrique Centre Est/Central East Africa/RomaL’HermitageNOTAS: O Ir. Davide Pedri, Provincial do Brasil Centro-Sul apresentou asua renúncia como Capitular, seguindo uma recomendação médica. Foisubstituído pelo primeiro suplente, Ir. Afonso Levis.O Ir. Michael De Waas passou a ser membro do Capítulo quando foi eleitoConselheiro Geral no dia 2 de outubro de 2009.EleitosAbel Muñoz GutiérrezAfonso LevisAlexandre RakotomalalaAmbrosio Alonso DíezAndré DécultyÁngel Medina BermúdezAntónio Leal das Neves JorgeAntonio Giménez de Bagüés GaudóBarry Michael BurnsBen ConsigliBoniface Chima OnwujuruCésar Augusto Rojas CarvajalEduardo Navarro de la TorreEugenio Magdaleno PrietoIbéricaBrasil Centro-SulMadagascarIbéricaL’HermitageParaguay (Dist.)CompostelaMediterráneaNew ZealandUnited States of AmericaNigeriaNorandinaMéxico OccidentalCruz del SurPÁGINA 224


ANEXOSGaston RobertGraham John NeistHoracio José María Bustos KesslerInácio Nestor EtgesIván Buenfil GuillermoJosé Libardo Garzón DuqueJavier Espinosa MarticorenaJean-Claude ChristeJean-Pierre DestombesJoão Carlos do PradoJohn McMahonJosep Maria Soteras PonsJuan Miguel Anaya TorresKen McDonaldKouassi Kan Sylvain YaoKristobuge Nicholas Francis FernandoMaríano Varona GregorioMaurice TaildemanMichael GreenMiquel Cubeles BielsaMoisés Alonso PérezNicholas Matthews BandaNicolás García MartínezÓscar Martín VicarioPaolo PennaPatrick McNamaraPedro Vilmar OstPere Ferré JodraRéal SauvageauRémy Mbolipasiko DikalaRicardo Uriel Reynozo RamírezRobert Teoh Thong KhiangRobert ThunusSebastião Antonio FerrariniTercílio SevegnaniWellington Mousinho de MedeirosCanadaSydneyCruz del SurRio Grande do SulMéxico OccidentalNorandinaAmérica CentralL’HermitageL’HermitageBrasil Centro-SulMelbourneL’HermitageMediterráneaMelanesia (Dist)África del Oeste/Afrique de l’Ouest/West Africa (Dist)South AsiaSanta María de los AndesEurope Centre-Ouest/West Central EuropaSydneyL’HermitageIbéricaÁfrica Austral / Southern ÁfricaCompostelaCompostelaMediterráneaUnited States of AmericaRio Grande do SulL’HermitageCanadaAfrique Centre Est/Central East AfricaMéxico CentralEast AsiaEurope Centre-Ouest/West Central EuropaAmazônia (Dist.)Brasil Centro-SulBrasil Centro-Norte225 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geral2. CONVIDADOSAgnes ReyesEast AsiaAngela SestriniL’HermitageArturo Morales PérezMediterráneaDilma Alves RodriguesBrasil Centro NorteErica PegorerMelbourneFernando LarrambebereCruz del SurIrma Zamarripa ValdezMéxico OccidentalJosé María Pérez-Soba Díez del Corral IbéricaLinda CorbeilCanadaH. Michael De Waas South AsiaOzoh Rufus ChimezieNigeriaH. Víctor Manuel Preciado Ramírez México OccidentalNOTA: A senhora Agnes Reyes não pôde vir ao Capítulo.3. COLABORADORESAgustín AcevedoAlbert NzabonalibaAloisio KuhnAntonio Martínez EstaúnAnthony LeonBalbino JuárezSr. Bruce IrvineDaniel Martín de PazDominick PujiaDon NearyEdward ClisbyEtienne BalmaFrancisco CastellanosFrancisco Javier OcaranzaFeliu MartínServiços auxiliaresEquipe de animação/Comissão preparatóriaTraducción escritaServiço de comunicaçõesEquipe de animaçãoEquipe de animaçãoFacilitadorServiços auxiliaresFMSI - BISSecretário do Superior geralTradução escritaTradução simultâneaTradução escritaEcônomo da Casa GeralProdução do vídeo do CapítuloPÁGINA 226


ANEXOSFernando Santamaría Tradução simultâneaGeorge FontanaServiços auxiliares e expediçõesGiovanni BigottoPostulador Geral – EnfermeriaGuy PalandreEconomato geral - auxiliarIvo Clemente Juliatto Tradução simultâneaJean RonzonSecretário geralJoan Jesús MoralArquivoJohn AllenTradução simultâneaP. John Jairo Franco Serviços auxiliaresJosé María FerreTradução simultâneaJosé Teodoro Grageda Coordenação dos serviços/Secretário da Comissão preparatóriaJosé MachadoTradução simultâneaJosep RouraTradução escritaJuan Carlos Villarreal Serviços auxiliaresManuel Gonçalves da Silva Tradução escritaMario ColussiTradução escritaMarcelo De BritoTecnologia digital - Intranet do CapítuloMarcondes Bachmann Equipe de animaçãoMateo GonzálezTradução simultâneaP. Mauro Filippucci Capelão do capítuloOnorino RotaSuperior da comunidade da Casa GeralPau FornellsSecretariado dos leigosP. Pedro Jesús Alarcón Capelão do capítuloRichard CareyFMSI - BISTeófilo MingaTradução simultâneaToni SalatDiretor da Casa GeralToni TorrellesProdução do vídeo do Capítulo4. COMISSÃO PREPARATÓRIAMaurice BerquetJoão Carlos do PradoLuis García SobradoJosé Teodoro Grageda VázquezL’Hermitage/Roma (Coordenador)Brasil Centro-SulÁfrica Austral/Southern África/RomaAfrique Centre Est/Central East Africa(Secretário)227 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geralGraham John NeistAlbert NzabonalibaSeán Dominic SammonLindley SionosaJosep Maria Soteras PonsCarlos Rafael Vélez CachoSydneyAfrique Centre Est/Central East AfricaUnited States of America /RomaEast AsiaL’HermitageAmérica Central5. COMISSÕES PRÉ-CAPITULARESFinanças do Instituto e das Unidades administrativasJulian CaseyManuel de Leon y ValenciaMaurice BerquetNicholas Matthews BandaVíctor Manuel Preciado RamírezMelbourneEast AsiaL’Hermitage/Roma (Coordenador)África Austral/Southern ÁfricaMéxico OccidentalModelos de animação e de governoAntonio Giménez de Bagüés Gaudó MediterráneaClaudino FalchettoBrasil Centro-NorteDemetrio Espinosa Espinosa Cruz del SurJeffrey CroweSydneyJohn William KleinUnited States of AmericaJosep María Soteras Pons L’HermitageLawrence Lucius Ndawala África Austral/Southern ÁfricaMaurice TaildemanEurope Centre-Ouest/West Central EuropaMichael De WaasSouth AsiaPeter RodneySydney/Roma (Coordenador)Revisão das Constituições e EstatutosAntonio Carlos Ramalho de Azevedo Brasil Centro-Norte/Roma (Coordenador)Eduardo Navarro de la Torre México OccidentalJuan Miguel Anaya Torres MediterráneaRobert Teoh Thong Khiang East AsiaPÁGINA 228


ANEXOS6. MESA PROVISÓRIABen ConsigliEmili Turú RofesGraham John NeistJoão Carlos do PradoJosep Maria Soteras PonsManuel de Leon y ValenciaMaurice BerquetSylvain Yao Kouassi KanUnited States of AmericaL’Hermitage/RomaSydneyBrasil Centro-SulL’Hermitage (Secretário)East AsiaL’Hermitage/Roma (Coordenador)África del Oeste/Afrique de l’Ouest/West Africa7. MESA DE VERIFICAÇÃO DE PODERESJuan Miguel Anaya TorresNicolás García MartínezPatrick McNamaraPedro Vilmar OstMediterráneaCompostelaUnited States of America (Coordenador)Rio Grande do Sul8. COMISSÃO CENTRALBen ConsigliErnesto Sánchez BarbaGraham John NeistJoão Carlos do PradoJosep Maria Soteras PonsManuel de Leon y ValenciaMaurice BerquetSylvain Yao Kouassi KanUnited States of AmericaMéxico OccidentalSydney (Vice-comissário)Brasil Centro-SulL’Hermitage (Secretário)East AsiaL’Hermitage/Roma (Comissário)África del Oeste/Afrique de l’Ouest/West Africa229 PÁGINA


<strong>ATAS</strong> doXXI Capítulo geral9. O IR. SUPERIOR GERAL E SEU CONSELHOEmili Turú RofesJoseph Mc KeeAntonio Carlos Ramalho de AzevedoErnesto Sánchez BarbaEugène KabangukaJohn William KleinJosep Maria Soteras PonsMichael De WaasVíctor Manuel Preciado Ramírez*Superior geralVigário geralNOTA: O Irmão Superior geral e seu Conselho elegeram Conselheirogeral ao Ir. Víctor Manuel Preciado Ramírez no dia 15 de outubro de2009, nos termos do Estatuto 136.1.PÁGINA 230


Impressão terminada maio 2010em oficinas CSC Grafica srl – Guidonia (Roma)www.cscgrafica.it


Instituto dos Irmãos <strong>Maristas</strong>

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