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Plano Estadual para a Pessoa Idosa - Secretaria de ...

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<strong>Plano</strong> <strong>Estadual</strong><strong>para</strong> a <strong>Pessoa</strong> <strong>Idosa</strong>Futurida<strong>de</strong>


GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULOJosé SerraGovernadorRita PassosSecretária <strong>Estadual</strong> <strong>de</strong> Assistência e Desenvolvimento SocialNivaldo Campos CamargoSecretário AdjuntoCarlos Fernando Zuppo FrancoChefe <strong>de</strong> Gabinete


Direitos <strong>de</strong> cópiaSerão permitidas a cópia e a distribuição dos textos integrantes <strong>de</strong>sta obra sob asseguintes condições: <strong>de</strong>vem ser dados créditos à SEADS – <strong>Secretaria</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>de</strong> Assistência eDesenvolvimento Social do Estado <strong>de</strong> São Paulo e aos autores <strong>de</strong> cada texto;esta obra não po<strong>de</strong> ser usada com finalida<strong>de</strong>s comerciais; a obra não po<strong>de</strong> ser alterada,transformada ou utilizada <strong>para</strong> criar outra obra com base nesta;esta obra está licenciada pela Licença Creative Commons 2.5 BR(informe-se sobre este licenciamento em http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/2.5/br/)As imagens fotográficas e ilustrações não estão incluídas neste licenciamento.<strong>Plano</strong> <strong>Estadual</strong><strong>para</strong> a <strong>Pessoa</strong> <strong>Idosa</strong>Futurida<strong>de</strong>Dados Internacionais <strong>de</strong> Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)<strong>Plano</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>para</strong> <strong>Pessoa</strong> <strong>Idosa</strong> : Futurida<strong>de</strong> / [coor<strong>de</strong>nação geralÁurea Eleotério Soares Barroso]. -- São Paulo : <strong>Secretaria</strong><strong>Estadual</strong> <strong>de</strong> Assistência e Desenvolvimento Social : FundaçãoPadre Anchieta, 2009.Bibliografia.1. Administração pública 2. Cidadania 3. Envelhecimento 4.Idosos - Cuidados 5. Planejamento social 6. Política social 7.Políticas públicas 8. Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida 9. Serviço social junto aidosos I. Barroso, Áurea Eleotério Soares.09-09548 CDD-362.6Índices <strong>para</strong> catálogo sistemático:1. São Paulo : Estado : Idosos : Estado e assistência e<strong>de</strong>senvolvimento social : Bem-estar social 362.62. São Paulo : Estado : <strong>Plano</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>para</strong> a <strong>Pessoa</strong> <strong>Idosa</strong>-Futurida<strong>de</strong> : Bem-estar social 362.6


[...] nós envelheceremos um dia, se tivermos este privilégio.Olhemos, portanto, <strong>para</strong> as pessoas idosas como nós seremos nofuturo. Reconheçamos que as pessoas idosas são únicas, comnecessida<strong>de</strong>s e talentos e capacida<strong>de</strong>s individuais, e não um grupohomogêneo por causa da ida<strong>de</strong>.Kofi Annan, ex-secretário-geral da ONU.Prezado(a) leitor(a),Temos a grata satisfação <strong>de</strong> fazer a apresentação <strong>de</strong>ste material elaborado pela<strong>Secretaria</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>de</strong> Assistência e Desenvolvimento Social <strong>de</strong> São Paulo (Seads)e pela Fundação Padre Anchieta – TV Cultura.Um dos objetivos do <strong>Plano</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>para</strong> a <strong>Pessoa</strong> <strong>Idosa</strong> do Governo do Estado <strong>de</strong>São Paulo – Futurida<strong>de</strong>, coor<strong>de</strong>nado pela Seads, é propiciar formação permanente<strong>de</strong> profissionais <strong>para</strong> atuar com a população idosa, notadamente nas DiretoriasRegionais <strong>de</strong> Assistência Social (Drads).No total, esta série contém <strong>de</strong>z livros e um ví<strong>de</strong>o, contemplando os seguintesconteúdos: o envelhecimento humano em suas múltiplas dimensões: biológica,psicológica, cultural e social; legislações <strong>de</strong>stinadas ao público idoso; informaçõessobre o cuidado com uma pessoa idosa; o envelhecimento na perspectiva dacidadania e como projeto educativo na escola; e reflexões sobre maus-tratos eviolência contra idosos.


Com esta publicação, <strong>de</strong>stinada aos profissionais que <strong>de</strong>senvolvem ações comidosos no Estado <strong>de</strong> São Paulo, o Futurida<strong>de</strong> dá um passo importante aodisponibilizar recursos <strong>para</strong> uma atuação cada vez mais qualificada e uma práticabaseada em fundamentos éticos e humanos.Muito nos honra estabelecer esta parceria entre a Seads e a FundaçãoPadre Anchieta – TV Cultura, instituição que acumula inúmeros prêmios emsua trajetória, em razão <strong>de</strong> serviços prestados sempre com qualida<strong>de</strong>.Desejo a todos uma boa leitura.Um abraço,Rita PassosSecretária <strong>Estadual</strong> <strong>de</strong> Assistência e Desenvolvimento SocialSumário<strong>Plano</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>para</strong> a <strong>Pessoa</strong> <strong>Idosa</strong> – Futurida<strong>de</strong>1. Introdução. ..................................................................... 132. O envelhecimento populacional: um <strong>de</strong>safio <strong>para</strong> a gestão pública.. . . . . . . . . . . . . . . . 153. A <strong>Secretaria</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>de</strong> Assistência e Desenvolvimento Social (Seads).. . . . . . . . . . . . 183.1. Missão .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 183.2. Estrutura interna.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 193.3. O idoso na Política <strong>de</strong> Assistência e Desenvolvimento Social doEstado <strong>de</strong> São Paulo .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 194. Objetivos e público-alvo do Futurida<strong>de</strong>............................................ 215. Fundamentos conceituais .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 225.1. A visão cultural da velhice .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 225.2. O conceito <strong>de</strong> envelhecimento ativo.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 245.3. A articulação e a integração das ações governamentais...................... 256. Marcos legais.................................................................... 277. Instrumentos utilizados.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 287.1. Índice Futurida<strong>de</strong> (IF).. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 287.2. Sistema Pró-Social do Estado <strong>de</strong> São Paulo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 307.3. <strong>Plano</strong>s Municipais <strong>de</strong> Assistência Social (PMAS).. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 337.4. Índice Paulista <strong>de</strong> Vulnerabilida<strong>de</strong> Social (IPVS) .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 347.5. Índice Paulista <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> Social (IPRS) .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 367.6. Índice <strong>de</strong> Vulnerabilida<strong>de</strong> Social Familiar (IVSF) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 398. Fases <strong>de</strong> implementação .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 429. Resultados esperados........................................................... 44Referências bibliográficas. ........................................................ 45Anexos.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47Anexo I – Estrutura da Seads...................................................... 49Anexo II – Estruturas municipais <strong>de</strong> assistência social .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51


Anexo III – Índice Futurida<strong>de</strong>....................................................... 53Anexo IV – Índice Paulista <strong>de</strong> Vulnerabilida<strong>de</strong> Social (IPVS).. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57Anexo V – Índice Paulista <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> Social (IPRS).. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60Anexo VI – Instrumental <strong>para</strong> o levantamento <strong>de</strong> açõesdos órgãos parceiros <strong>para</strong> o público idoso .............................. 63


1. IntroduçãoO<strong>Plano</strong><strong>Estadual</strong> <strong>para</strong> a <strong>Pessoa</strong> <strong>Idosa</strong> – Futurida<strong>de</strong> é uma açãodo Governo do Estado <strong>de</strong> São Paulo, coor<strong>de</strong>nada pela<strong>Secretaria</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>de</strong> Assistência e Desenvolvimento Social(Seads), que objetiva fortalecer a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção aos idosos epromover o bem-estar e a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, sobretudo dos quese encontram em situação <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> social.Sua estratégia <strong>de</strong> atuação parte da articulação e integraçãoentre as secretarias estaduais em parceria com li<strong>de</strong>ranças idosas,gestores municipais, conselhos <strong>de</strong> cidadania, universida<strong>de</strong>s,terceiro setor, mídia, Or<strong>de</strong>m dos Advogados do Brasil –Seção <strong>de</strong> São Paulo (OAB-SP), promotoria pública, socieda<strong>de</strong>civil, tomando como metas o fortalecimento e aexpansão <strong>de</strong> ações direcionadas à promoção dos direitos dapopulação idosa resi<strong>de</strong>nte no Estado <strong>de</strong> São Paulo.13


<strong>Plano</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>para</strong> a <strong>Pessoa</strong> <strong>Idosa</strong>Futurida<strong>de</strong>O programa Futurida<strong>de</strong> está fundamentado nas referências dispostasna Declaração Universal dos Direitos Humanos, na Constituição daRepública Fe<strong>de</strong>rativa do Brasil, na Política Nacional do Idoso, noEstatuto do Idoso, na Lei Orgânica da Assistência Social (Loas, Leinº 8.742/1993), na legislação que estabelece a Política <strong>Estadual</strong> doIdoso em São Paulo (Lei nº 12.548/2007) e no <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação Internacional<strong>para</strong> o Envelhecimento (Madri, Espanha, 2002).A Seads apresenta aqui seu <strong>Plano</strong> Estratégico, explicitando os objetivos,fundamentos, eixos <strong>de</strong> atuação e instrumentos gerenciais<strong>de</strong> apoio que disponibilizará às prefeituras e aos órgãos estaduais <strong>para</strong>a implementação <strong>de</strong> políticas públicas focadas nessa faixa etária dapopulação.Dentre tais instrumentos, merece <strong>de</strong>staque o Índice Futurida<strong>de</strong>, elaboradopela Fundação Sistema <strong>Estadual</strong> <strong>de</strong> Análise <strong>de</strong> Dados (Sea<strong>de</strong>),com o propósito <strong>de</strong> possibilitar análises diagnósticas das condições<strong>de</strong> vida da pessoa idosa nos municípios, fundamentando-se no conceito<strong>de</strong> envelhecimento ativo <strong>de</strong>senvolvido pela Organização Mundialda Saú<strong>de</strong> (OMS), no qual se baseia o programa.Aula <strong>de</strong> natação no ConjuntoDesportivo Baby Barioni, São Paulo.Marcia Alves2. O envelhecimento populacional: um <strong>de</strong>safio<strong>para</strong> a gestão públicaHoje se observa, em quase todo o mundo, um fenômeno sem prece<strong>de</strong>ntes:o envelhecimento populacional. Os avanços na área dasaú<strong>de</strong>, a <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> remédios, investimentos em campanhas <strong>de</strong> vacinaçãoe em saneamento básico, melhores condições <strong>de</strong> moradia,entre outros, fizeram a expectativa <strong>de</strong> vida dobrar no século passado,<strong>de</strong> 34,7 anos em 1900 <strong>para</strong> 68,5 em 2000, valor que atualmenteultrapassa 71 anos.Com a diminuição da taxa <strong>de</strong> natalida<strong>de</strong> e o aumento significativodo número <strong>de</strong> anos vividos, a forma da pirâmi<strong>de</strong> etária vem se alterandoao longo do tempo, embora nos países mais <strong>de</strong>senvolvidos ofenômeno ocorra <strong>de</strong> maneira gradativa e nos em <strong>de</strong>senvolvimento,mais rapidamente.A realida<strong>de</strong> da composição <strong>de</strong>mográfica do Estado <strong>de</strong> São Paulo seguea mesma tendência. Segundo dados da Fundação Sea<strong>de</strong> (PCV, 2006),conforme a Política Nacional do Idoso, são mais <strong>de</strong> 4 milhões <strong>de</strong>pessoas idosas, 1 ou 10,7% da população total, número que<strong>de</strong>ve aumentar consi<strong>de</strong>ravelmente até 2020, chegando amais <strong>de</strong> 7 milhões.As ações e os serviços oferecidos a esse segmento populacional aindasão <strong>de</strong>sarticulados e, por vezes, precários. O incremento <strong>de</strong> políticasmais qualificadas <strong>para</strong> a pessoa idosa requer que agentes políticos epúblicos compreendam melhor o envelhecimento, suas complexida<strong>de</strong>se as múltiplas dimensões que o envolvem, assim como a influência<strong>de</strong> variáveis socioeconômicas e <strong>de</strong> gênero.Entre os principais <strong>de</strong>safios que o envelhecimento traz ao po<strong>de</strong>r públicoestão a efetivação dos direitos sociais e a superação da vulnerabilida<strong>de</strong>social <strong>de</strong>ssa população. Nos <strong>Plano</strong>s Municipais <strong>de</strong> AssistênciaSocial (PMAS) <strong>de</strong> 2009, os problemas sociais referentes a esse1. Consi<strong>de</strong>ra-se pertencenteao segmento <strong>de</strong>idosos a pessoa com 60anos ou mais.1415


<strong>Plano</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>para</strong> a <strong>Pessoa</strong> <strong>Idosa</strong>Futurida<strong>de</strong>16segmento mais relatados foram a perda ou fragilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vínculos <strong>de</strong>afetivida<strong>de</strong>, o pertencimento e sociabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> famílias e indivíduos(1.323 citações do total <strong>de</strong> 1.600) e a exclusão pela pobreza e/ou aoacesso às <strong>de</strong>mais políticas públicas (220 citações).No Estado <strong>de</strong> São Paulo, em 2006, aproximadamente 9,6% das famíliascom presença <strong>de</strong> idosos viviam com renda per capita <strong>de</strong> atémeio salário mínimo, e a contribuição média do membro idoso narenda familiar alcançava 61,7%, dos quais 77,6% por meio <strong>de</strong> pensõese aposentadorias (Fundação Sea<strong>de</strong>, PCV, 2006).Há evidências <strong>de</strong> que a situação socioeconômica exerce influênciasobre a saú<strong>de</strong> dos idosos. Em análise dos dados da Pesquisa Nacionalpor Amostra <strong>de</strong> Domicílios (Pnad), os idosos com renda mais baixaapresentaram piores condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (pior percepção do estado<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, interrupção <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s por problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, ter ficadoacamado e relato <strong>de</strong> algumas doenças crônicas), pior função física(avaliada por meio <strong>de</strong> seis indicadores) e menor uso <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> (menor procura e menos visitas a médicose <strong>de</strong>ntistas). Os resultados <strong>de</strong>sse trabalhomostram que mesmo pequenas diferenças narenda domiciliar são suficientemente sensíveis<strong>para</strong> i<strong>de</strong>ntificar idosos com piores condições<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e menor acesso aos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>no Brasil (Costa, Barreto, Giatti e Uchoa, 2003,p. 745-757).Idoso da comunida<strong>de</strong> japonesa,Socieda<strong>de</strong> Brasileira da Cultura Japonesa.Marcia AlvesO nível educacional, assim como outros fatoreslimitadores <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s, ten<strong>de</strong> a agravaras dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> integração da pessoa idosa.No Brasil, estudos mostram que é baixa a escolarida<strong>de</strong><strong>de</strong>ssa faixa etária da população.Esse quadro geral da situação da populaçãoidosa tem resultado no crescimento das <strong>de</strong>mandassociais, tornando imprescindível acriação <strong>de</strong> meios e instrumentos que permitamaos gestores públicos viabilizarações mais efetivas e melhorar o planejamentoe o monitoramento <strong>de</strong>ssas políticas,possibilitando o fortalecimento dare<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção à pessoa idosa.Nesse contexto, o Governo do Estado <strong>de</strong>São Paulo criou o <strong>Plano</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>para</strong> a<strong>Pessoa</strong> <strong>Idosa</strong>, <strong>de</strong>nominado Futurida<strong>de</strong>,lançado em 11 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2008 coma assinatura do Acordo <strong>de</strong> Cooperaçãoentre as <strong>Secretaria</strong>s Estaduais, <strong>de</strong>signandosua coor<strong>de</strong>nação à Seads.Durante a elaboração do programa, aSeads iniciou um processo participativoe <strong>de</strong> consulta, envolvendo secretarias estaduais,a OAB-SP, a Promotoria Pública,universida<strong>de</strong>s, Conselhos Municipais doCaminhada no Centro <strong>de</strong> Esporte,Cultura e Lazer, Parque <strong>Estadual</strong>das Fontes do Ipiranga (Pefi).Idoso, organizações não governamentais, li<strong>de</strong>ranças idosas e profissionaiscom reconhecido saber teórico e prático em gerontologia egeriatria. A formação <strong>de</strong>sse grupo consultivo foi essencial <strong>para</strong> aproximare estreitar a relação entre governo e socieda<strong>de</strong> civil <strong>para</strong> que,juntos, pu<strong>de</strong>ssem elaborar um programa <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa e promoção <strong>de</strong>direitos da pessoa idosa.Após o lançamento do programa, esse grupo se ampliou e foram<strong>de</strong>senvolvidas ações em conjunto, entre elas a Campanha <strong>de</strong> Prevenção<strong>de</strong> Quedas <strong>de</strong> Idosos na semana <strong>de</strong> 23 a 26 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2009,que contou com a participação <strong>de</strong> 82 parceiros. A campanha foi registradana ONG britânica Help the Aged e teve gran<strong>de</strong> visibilida<strong>de</strong>na mídia escrita e televisiva.Walter Craveiro17


<strong>Plano</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>para</strong> a <strong>Pessoa</strong> <strong>Idosa</strong>Futurida<strong>de</strong>Em 23 <strong>de</strong> junho, Dia Mundial <strong>de</strong> Prevenção <strong>de</strong> Quedas <strong>de</strong> Idosos, oFuturida<strong>de</strong> realizou um encontro no Memorial da América Latina, noParlatino, auditório da <strong>Secretaria</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>de</strong> Direitos da <strong>Pessoa</strong> comDeficiência, com a presença <strong>de</strong> aproximadamente mil pessoas, entreelas palestrantes e pesquisadores como a professora doutora MonicaPerracini e o professor doutor Renato Maia. A professora Monica Perracini,por intermédio da Universida<strong>de</strong> da Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo ( Unicid),foi uma das organizadoras da campanha com o Futurida<strong>de</strong>.3. A <strong>Secretaria</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>de</strong> Assistência eDesenvolvimento Social (Seads)Como órgão gestor responsável pela Política <strong>de</strong> Assistência e DesenvolvimentoSocial em São Paulo, a Seads foi <strong>de</strong>signada pelo Governodo Estado a responsável pela coor<strong>de</strong>nação do Futurida<strong>de</strong>, uma vezque o foco do programa é a população idosa em situação <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong>social e a <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> seus direitos.3.1. MissãoA Seads tem como missão garantir os direitos e o acesso a bense serviços a cidadãos e grupos em situação <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> social epessoal no Estado <strong>de</strong> São Paulo, mediante a formulação, coor<strong>de</strong>naçãoe avaliação da Política <strong>de</strong> Assistência e Desenvolvimento Social e arealização <strong>de</strong> parcerias e transferência e geração <strong>de</strong> renda.Essa missão tem sido cumprida mediante iniciativas que visamà <strong>de</strong>finição e coor<strong>de</strong>nação da Política <strong>de</strong> Assistência e DesenvolvimentoSocial nos 645 municípios do Estado <strong>de</strong> São Paulo, ao estabelecimento<strong>de</strong> parcerias e a sua operacionalização por meio <strong>de</strong>projetos, ao gerenciamento e viabilização dos programas fe<strong>de</strong>rais,assim como ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ações voltadas à melhoria dagestão <strong>de</strong> tal política.3.2. Estrutura internaAula <strong>de</strong> ginástica no Pefi.Para <strong>de</strong>sempenhar essas funções e garantir sua presença em todo oterritório estadual, a Seads conta com duas estruturas: uma central,composta por quatro coor<strong>de</strong>nadorias e quatro <strong>de</strong>partamentos (verAnexo I), e uma <strong>de</strong>scentralizada, formada por 26 Diretorias Regionais<strong>de</strong> Assistência e Desenvolvimento Social (Drads), responsáveis porsupervisionar e apoiar os municípios e entida<strong>de</strong>s sociais na implementaçãoe no acompanhamento <strong>de</strong> políticas e programas <strong>de</strong> assistência e<strong>de</strong>senvolvimento social. Também estão vinculados à Seads a Agência<strong>de</strong> Desenvolvimento Social (ADS), que oferece crédito e apoio técnicoàs entida<strong>de</strong>s sociais, e o Conselho <strong>Estadual</strong> <strong>de</strong> Assistência Social(Conseas), que assessora e fiscaliza ações e prestação <strong>de</strong> serviços<strong>de</strong> natureza pública e privada, aprovando e acompanhando a Política <strong>de</strong>Assistência e Desenvolvimento Social do Estado <strong>de</strong> São Paulo.3.3. O idoso na Política <strong>de</strong> Assistência e DesenvolvimentoSocial do Estado <strong>de</strong> São PauloDe acordo com a Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), a assistênciasocial realiza-se <strong>de</strong> forma integrada com as outras políticassociais, visando ao enfrentamento da pobreza, à garantia <strong>de</strong> condiçõesWalter Craveiro1819


<strong>Plano</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>para</strong> a <strong>Pessoa</strong> <strong>Idosa</strong>Futurida<strong>de</strong>mínimas <strong>para</strong> aten<strong>de</strong>r a contingências sociais e à universalização dosdireitos sociais. Sua implementação articula os serviços públicos segundodois tipos <strong>de</strong> proteção social:• Serviços <strong>de</strong> proteção social básica – Com o objetivo <strong>de</strong> prevenir situações<strong>de</strong> violação <strong>de</strong> direitos, <strong>de</strong>stinam-se a segmentos da populaçãosocialmente vulneráveis em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> pobreza, privação ou fragilização<strong>de</strong> vínculos afetivos (relacionais e <strong>de</strong> pertencimento social).• Serviços <strong>de</strong> proteção social especial – Aten<strong>de</strong>m pessoas em situação<strong>de</strong> alta vulnerabilida<strong>de</strong> pessoal e/ou social por abandono, privação,perda <strong>de</strong> vínculos, violência, <strong>de</strong>linquência etc. Essa modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>proteção subdivi<strong>de</strong>-se em:− −Proteção social <strong>de</strong> média complexida<strong>de</strong> – Compreen<strong>de</strong> os serviços<strong>de</strong> atendimento a indivíduos e famílias com direitos violados, ouseja, casos em que os vínculos familiares não foram rompidos, masque necessitam <strong>de</strong> acompanhamento sistemático e monitorado.− −Proteção social <strong>de</strong> alta complexida<strong>de</strong> – Refere-se ao atendimento<strong>de</strong> indivíduos e famílias que já se encontram em situação <strong>de</strong> ameaça,necessitando ser retirados do núcleo familiar e/ou comunitário.Com relação à população idosa em situação <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> social,a Seads formula e coor<strong>de</strong>na programas e ações <strong>de</strong> proteção básica e<strong>de</strong> proteção especial.2. O direito ao benefício é assegurado,em ambos os casos, quando a renda percapita familiar é inferior a um quartodo salário mínimo, não sendo necessárioque o solicitante já tenha contribuído<strong>para</strong> a Previdência Social. O BPC éam<strong>para</strong>do legalmente na Lei nº 10.741,<strong>de</strong> 1° <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2003, que instituio Estatuto do Idoso. O Ministério doDesenvolvimento Social e Combate àFome (MDS) é o responsável por suagestão, acompanhamento e avaliação,e o Instituto Nacional do Seguro Social(INSS), por sua operacionalização. Osrecursos <strong>para</strong> custeio do benefícioprovêm do Fundo Nacional <strong>de</strong> AssistênciaSocial (FNAS).A Seads coor<strong>de</strong>na, também, a concessão à populaçãoidosa paulista do Benefício <strong>de</strong> Prestação Continuada(BPC), programa fe<strong>de</strong>ral que consiste na garantia <strong>de</strong>um salário mínimo <strong>de</strong> benefício mensal à pessoa com<strong>de</strong>ficiência incapacitada <strong>para</strong> a vida in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e<strong>para</strong> o trabalho e ao idoso com 65 anos ou mais quecomprove não possuir meios <strong>de</strong> prover a própria manutençãonem tê-la provida por sua família. 2O Estado <strong>de</strong> São Paulo, por meio da Seads, possuium programa próprio <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> renda, oRenda Cidadã, cuja finalida<strong>de</strong> é conce<strong>de</strong>r apoiofinanceiro temporário, integrado com açõessocioeducativas e <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> renda, às famíliasem situação <strong>de</strong> pobreza, com renda mensalper capita <strong>de</strong> até R$ 100,00. Como ação específica<strong>para</strong> a população idosa, foi <strong>de</strong>senvolvido oprograma Experiente Cidadão, resultado <strong>de</strong> umaparceria entre a Seads, a <strong>Secretaria</strong> <strong>de</strong> TransportesMetropolitanos (STM) e a Companhiado Metropolitano <strong>de</strong> São Paulo( metrô), que tem por objetivo complementar o Renda Cidadã e inseriros idosos na socieda<strong>de</strong> mediante ativida<strong>de</strong> remunerada <strong>de</strong> prestação<strong>de</strong> informações ao público em estações do Metrô.A pessoa idosa também é atendida pelos equipamentos municipais,pelo Centro <strong>de</strong> Referência <strong>de</strong> Assistência Social (Cras) e pelos Centros<strong>de</strong> Referência Especial <strong>de</strong> Assistência Social (Creas), em ações<strong>de</strong> média e alta complexida<strong>de</strong>, sob coor<strong>de</strong>nação das Drads.4. Objetivos e público-alvo do Futurida<strong>de</strong>O programa Futurida<strong>de</strong> visa a promover o bem-estar e a qualida<strong>de</strong><strong>de</strong> vida das pessoas idosas, especialmente das que estão em situação<strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> social, por meio da articulação e integração entreas secretarias e órgãos públicos estaduais e municipais e a socieda<strong>de</strong>civil, sensibilizando e instrumentalizando os gestores <strong>para</strong> o fortalecimentoe a expansão <strong>de</strong> ações voltadas à promoção do envelhecimentoativo no Estado <strong>de</strong> São Paulo.São objetivos específicos do Futurida<strong>de</strong>:i. Dar visibilida<strong>de</strong> ao acelerado processo <strong>de</strong> envelhecimento populacionale às especificida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> âmbito local, com recorte na situa çãodo idoso em vulnerabilida<strong>de</strong> social no Estado <strong>de</strong> São Paulo, sensi-luiz vicente pereira2021


<strong>Plano</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>para</strong> a <strong>Pessoa</strong> <strong>Idosa</strong>Futurida<strong>de</strong>bilizando os atores do po<strong>de</strong>r público, a iniciativa privada e a socieda<strong>de</strong>civil <strong>para</strong> a importância da construção e do fortalecimento<strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção, com serviços e ações, <strong>de</strong> forma a asseguraros direitos da pessoa idosa.ii. Fornecer instrumentos gerenciais, subsídios teóricos, formação eorientações técnicas aos gestores municipais <strong>para</strong> o fortalecimentoda re<strong>de</strong> <strong>de</strong> atendimento à pessoa idosa e <strong>para</strong> a ampliação <strong>de</strong>políticas públicas voltadas à promoção do envelhecimento ativo.iii. Garantir a formação permanente <strong>de</strong> profissionais que atuam diretaou indiretamente na atenção ao idoso, oferecendo capacitaçãoe materiais <strong>de</strong> apoio sobre a temática do envelhecimento com focoem suas múltiplas dimensões.iv. Incentivar a atuação dos Conselhos Municipais do Idoso no acompanhamentoe na avaliação <strong>de</strong> políticas públicas direcionadas aessa população, assim como apoiar a criação <strong>de</strong>les nos municípiosque ainda não o possuem e a reativação dos conselhos inativos,além <strong>de</strong> incentivar a formação permanente dos conselheiros.v. Fomentar, no espaço escolar, discussões sobre o envelhecimento,incentivando projetos educativos <strong>de</strong> valorização da pessoa idosa,dando possibilida<strong>de</strong>s <strong>para</strong> que essas discussões se estendam aoambiente familiar e à comunida<strong>de</strong>.vi. Promover condições <strong>para</strong> a inclusão produtiva da população idosa,principalmente da que se encontra em situação <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong>social, apoiando iniciativas <strong>de</strong> complementação <strong>de</strong> rendae <strong>de</strong>senvolvendo políticas <strong>de</strong> acesso à requalificação profissional.Marcia AlvesO gran<strong>de</strong> aumento da população idosa não foi acompanhado poruma mudança na visão social <strong>de</strong>preciativa, histórica e culturalmenteconstruída, sobre a velhice. Estudos mostram quea concepção <strong>de</strong>sta modifica-se no <strong>de</strong>correr do tempoe não tem sido elaborada da mesma forma por todasas socieda<strong>de</strong>s. 3 Assim, a velhice teve o sentido e o valorpositivos sedimentados em algumas socieda<strong>de</strong>s quevalorizavam o papel <strong>de</strong>sempenhado pelos idosos na transmissão<strong>de</strong> tradições, crenças, costumes e valores <strong>de</strong> sua comunida<strong>de</strong>, masper<strong>de</strong>u prestígio, por exemplo, naquelas voltadas <strong>para</strong> a conquista,no século XVI.3. Simone <strong>de</strong> Beauvoir <strong>de</strong>senvolveuum valioso estudo aesse respeito: A velhice: o maisimportante ensaio contemporâneosobre as condições <strong>de</strong>vida dos idosos. Rio <strong>de</strong> Janeiro:Nova Fronteira, 1990.Em nossa socieda<strong>de</strong>, a representação social da pessoa idosa é predominantementenegativa. A antropóloga Elisabeth Frohlich Mercadante(1997 e 2004) vem estudando essa temática há alguns anos eaponta que o mo<strong>de</strong>lo social <strong>de</strong> velho é elaborado em contraposiçãoàs qualida<strong>de</strong>s atribuídas ao jovem, como beleza, produtivida<strong>de</strong> eagilida<strong>de</strong>, e transposto <strong>para</strong> a personalida<strong>de</strong> e <strong>para</strong> o papel social,econômico e cultural do idoso, ultrapassando, portanto, as dimensõesdo corpo e da estética.5. Fundamentos conceituais5.1. A visão cultural da velhice2223Dominó na praça,praia <strong>de</strong> Santos (SP).


<strong>Plano</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>para</strong> a <strong>Pessoa</strong> <strong>Idosa</strong>Futurida<strong>de</strong>Os reflexos <strong>de</strong>sse mo<strong>de</strong>lo po<strong>de</strong>m ser observados, por exemplo, nosinúmeros estereótipos sobre o velho que circulam em nossa socieda<strong>de</strong>,que atribuem supostas características a todos os idosos, in distintamente,sem levar em conta a singularida<strong>de</strong> do ser, a indi vidualida<strong>de</strong>. Essadiscriminação é projetada em várias esferas, como no mercado <strong>de</strong>trabalho, do qual as pessoas idosas são expulsas, o que se traduz em<strong>de</strong>semprego, trabalho precário ou aposentadoria precoce e nos váriostipos <strong>de</strong> violência a que são frequentemente submetidas.Torna-se necessária, portanto, uma atuação efetiva na dimensão culturalda visão da velhice. Assim, o programa Futurida<strong>de</strong> busca incentivarações que rompam com tais estereótipos e ressignifiquem a experiênciado envelhecer, reconhecendo-o como um processo naturaldo organismo humano e não como doença ou fatalida<strong>de</strong>. O envelhecimento<strong>de</strong>ve ser valorizado como um processo <strong>de</strong> aprendizado permanentee <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ganhos, não apenas <strong>de</strong> perdas.Walter Craveiro5.2. O conceito <strong>de</strong> envelhecimento ativoA expressão “envelhecimento ativo” passou a ser adotada no final dosanos 1990 pela Organização Mundial da Saú<strong>de</strong> (OMS), que o <strong>de</strong>finecomo o processo <strong>de</strong> otimização das oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, participaçãoe segurança.O uso da palavra “ativo” remete à participação contínua nos diversosaspectos da socieda<strong>de</strong> – sociais, econômicos, culturais, espirituais ecivis –, não se limitando à capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estar fisicamente ativo ou<strong>de</strong> fazer parte da força <strong>de</strong> trabalho. Assim, os idosos continuam a<strong>de</strong>sempenhar importante papel, dando sua contribuição à família,aos companheiros, às comunida<strong>de</strong>s e a seu país. O objetivo do envelhecimentoativo é aumentar a expectativa <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> maneira saudávele melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> todas as pessoas que estão envelhecendo,entre elas as que estão frágeis ou incapacitadasfisicamente e que requerem cuidados (OMS, 2005).Jogo <strong>de</strong> vôlei no Pefi.O planejamento <strong>de</strong> políticas públicas com essa perspectiva <strong>de</strong>ve serpautado tanto pela necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> promover hábitos mais saudáveisem todas as etapas da vida, <strong>para</strong> que o envelhecimento signifiquetambém um ganho substancial em qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e saú<strong>de</strong>, quantopelos diversos <strong>de</strong>terminantes do envelhecimento ativo, como osculturais, <strong>de</strong> gênero, econômicos, sociais, comportamentais e pessoais,o ambiente físico e os serviços sociais e <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> oferecidos.5.3. A articulação e a integração das açõesgovernamentaisCom base na Política Nacional <strong>de</strong> Assistência Social (PNAS), o <strong>Plano</strong>Plurianual (PPA) 2008-2011 do Governo do Estado <strong>de</strong> São Paulo<strong>de</strong>fine como diretrizes estratégicas <strong>para</strong> a estruturação da Política<strong>de</strong> Assistência Social no âmbito estadual a inclusão social, a regio-2425


<strong>Plano</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>para</strong> a <strong>Pessoa</strong> <strong>Idosa</strong>Futurida<strong>de</strong>26nalização e a ação integrada com diferentes órgãos do governo,consi<strong>de</strong>rando quetanto mais efetiva será a estratégia <strong>de</strong> inclusão social quanto mais integrados,coesos e complementares forem os programas e ações <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>adospor meio da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> proteção social. Não se rompe o círculo da pobrezae exclusão social com ações fragmentadas e dispersas no espaço eno tempo – <strong>de</strong> resto, não se asseguram os direitos humanos, <strong>de</strong> maneiraintegral, sem uma estratégia integradora (Governo do Estado <strong>de</strong> SãoPaulo – <strong>Secretaria</strong> <strong>de</strong> Economia e Planejamento, PPA 2008-2011).É ainda <strong>de</strong>finida como diretriz aatuação por meio <strong>de</strong> parcerias com os setores governamental, empresariale não lucrativo, pelo fomento à cooperação <strong>de</strong> parceiros como empresas eorganizações da socieda<strong>de</strong> civil, capazes <strong>de</strong> compartilhar a responsabilida<strong>de</strong>por ações sociais a<strong>de</strong>quadas às necessida<strong>de</strong>s específicas <strong>de</strong> cadagrupo em situação <strong>de</strong> risco social. Só a parceria entre os três setores écapaz <strong>de</strong> aumentar a eficiência das iniciativas que, ao aten<strong>de</strong>rem aosmais vulneráveis, contribuam <strong>para</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento social (i<strong>de</strong>m).A iniciativa <strong>de</strong> articulação <strong>de</strong> diferentes atores em torno <strong>de</strong> um planocom abrangência estadual permitirá focalizar melhor as ações e aprimoraro atendimento da população idosa do Estado, notadamente aque se encontra em situação <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> social.O Futurida<strong>de</strong> incorpora e reconhece a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> efetivação dosdireitos da pessoa idosa, com inserção do tema envelhecimentodigno nas políticas públicas em todas as esferas do Governo doEstado, em estreita parceria com os municípios, <strong>para</strong> a implantaçãodas ações previstas, e em articulação com os canais representativos dasocieda<strong>de</strong> civil.O plano busca, em seus princípios e ações, contemplar as questões<strong>de</strong> gênero e etnia e a ampliação, integração, reestruturação, implementaçãoe humanização <strong>de</strong> modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> serviços e programas,em consonância com a Política <strong>Estadual</strong> do Idoso.6. Marcos legaisA legislação em que se baseia o programa é a seguinte:• Constituição da República Fe<strong>de</strong>rativa do Brasil (1988).• Lei Orgânica da Assistência Social ( Loas, Lei nº 8.742/1993).• Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003).• Política Nacional do Idoso (Lei nº 8.842/1994 e Decreto nº1.948/1996).• Política Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da <strong>Pessoa</strong> <strong>Idosa</strong> (Portaria nº2.528/2006).• Lei <strong>de</strong> Acessibilida<strong>de</strong> (Lei nº 10.098/2000 e Decreto nº5.296/2004).• Política Nacional <strong>para</strong> Integração da <strong>Pessoa</strong> Portadora <strong>de</strong> Deficiência(Lei nº 7.853/1989 e Decreto nº 3.298/1999).• Política <strong>Estadual</strong> da <strong>Pessoa</strong> <strong>Idosa</strong> do Estado <strong>de</strong> São Paulo (Lei nº12.548/2007).O Futurida<strong>de</strong> se norteia ainda pelos seguintes acordos:• Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948).• <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação Internacional <strong>para</strong> o Envelhecimento (Madri, 2002).27


<strong>Plano</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>para</strong> a <strong>Pessoa</strong> <strong>Idosa</strong>Futurida<strong>de</strong>• Deliberações da I Conferência Nacional dos Direitos da <strong>Pessoa</strong><strong>Idosa</strong> (2006) e da IX Conferência <strong>Estadual</strong> dos Direitos da <strong>Pessoa</strong><strong>Idosa</strong> <strong>de</strong> São Paulo (2008).• Colaborações oferecidas pelo Grupo Consultivo, compostopor profissionais com reconhecido saber teórico e prático emgerontologia.7. Instrumentos utilizados7.1. Índice Futurida<strong>de</strong> (IF)Índice é um instrumento <strong>de</strong> monitoramento e avaliação <strong>para</strong> fins <strong>de</strong>formulação e reformulação <strong>de</strong> políticas públicas.A Seads solicitou à Fundação Sea<strong>de</strong> a criação <strong>de</strong> um índice que verificasseespecificamente as condições <strong>de</strong> vida da população idosa nosmunicípios paulistas, com foco principal em seu público-alvo, que éa população socialmente vulnerável. Assim surgiu o Índice Futurida<strong>de</strong>(IF), que contou com a consultoria do gerontólogoLuiz Roberto Ramos e foi validado pelo Fundo<strong>de</strong> População das Nações Unidas(ONU-Unfpa) no Brasil.O índice baseia-se no conceito <strong>de</strong> envelhecimentoativo da OMS, compreendidocomo um processo <strong>de</strong> otimização <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, participação eproteção social, com o objetivo <strong>de</strong> assegurarmelhores condições <strong>de</strong> vida às pessoas idosas.Walter CraveiroAções <strong>de</strong> proteção social básica e especial <strong>para</strong> o idosoPorcentagem <strong>de</strong> atendimentos realizados na re<strong>de</strong> <strong>de</strong> proteção social básica,no total <strong>de</strong> idosos potencialmente alvo <strong>de</strong>ssa proteção.Porcentagem <strong>de</strong> atendimentos realizados na re<strong>de</strong> <strong>de</strong> proteção social especial(média e alta complexida<strong>de</strong>), no total <strong>de</strong> idosos potencialmente alvo <strong>de</strong>ssaproteção.ParticipaçãoExistência <strong>de</strong> Conselho Municipal do Idoso (expressando a representaçãoinstitucional da pessoa idosa).Oferta <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s e/ou programas <strong>de</strong> cultura, esporte e turismo pelaprefeitura à população idosa (representando a participação sociocultural<strong>de</strong>sse contingente).Condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da pessoa idosaTaxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoas entre 60 e 69 anos.Proporção <strong>de</strong> óbitos <strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong> 60 a 69 anos, no total <strong>de</strong> óbitos <strong>de</strong> 60anos e mais.As informações utilizadas na construção do Índice Futurida<strong>de</strong> provêm das seguintes fontes:Proteção social básica e especial: <strong>Plano</strong> Municipal <strong>de</strong> Assistência Social (PMAS) 2008 dos municípiospaulistas (Seads).Participação: existência <strong>de</strong> Conselho Municipal do Idoso: PMAS-2008 (Seads); ativida<strong>de</strong>s socioculturais,esportivas, <strong>de</strong> lazer ou turismo voltadas à população idosa: Pesquisa Municipal Unificada (PMU) 2003,realizada pela Fundação Sea<strong>de</strong>.Saú<strong>de</strong>: Movimento do Registro Civil, <strong>para</strong> o período 2005-2007, e projeções populacionais produzidaspela Fundação Sea<strong>de</strong>.O índice é calculado pela média pon<strong>de</strong>rada <strong>de</strong>ssas três dimensões:proteção tem peso <strong>de</strong> 45%; participação, <strong>de</strong> 10%; e saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong> 45%.O resultado varia <strong>de</strong> 0 a 100; quanto mais próximo <strong>de</strong> 100, melhoré a atuação do município com relação às políticas direcionadas àpopulação idosa.O IF é composto por três dimensões, cada uma<strong>de</strong>las constituída por algumas variáveis, conforme<strong>de</strong>scrito a seguir.Utilização do Índice Futurida<strong>de</strong> como instrumento <strong>para</strong> o programaO Índice Futurida<strong>de</strong> permite caracterizar o município quanto a suasiniciativas e cobertura na atenção/proteção à pessoa idosa, da pers-2829


<strong>Plano</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>para</strong> a <strong>Pessoa</strong> <strong>Idosa</strong>Futurida<strong>de</strong>pectiva do envelhecimento digno e saudável, e, ao padronizar asinformações disponíveis, possibilita que as administrações municipaisi<strong>de</strong>ntifiquem seus pontos fortes e seus problemas, confrontando-oscom municípios semelhantes. Configura-se, <strong>de</strong>ssa forma, como importanteferramenta <strong>para</strong> a gestão da política social no Estado <strong>de</strong> SãoPaulo, oferecendo aos gestores públicos instrumental <strong>para</strong> i<strong>de</strong>ntificar,monitorar e planejar as ações específicas <strong>para</strong> a população idosa <strong>de</strong>cada base territorial, assim como acompanhar, historicamente, o<strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado município ou em com<strong>para</strong>ção comoutros <strong>de</strong> sua região ou do Estado.A utilização do índice pelos municípios facilitará a busca <strong>de</strong> soluções,com base nos dados aferidos, por meio <strong>de</strong> parcerias regionais, daadoção <strong>de</strong> práticas bem-sucedidas em outros municípios ou da mobilizaçãodos recursos existentes, resultando na melhoria da qualida<strong>de</strong><strong>de</strong> vida da população idosa.7.2. Sistema Pró-Social do Estado <strong>de</strong> São PauloA estratégia do Governo do Estado <strong>de</strong> São Paulo <strong>para</strong> o enfrentamentoda pobreza e da <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> social é a implementação <strong>de</strong> açõesintegradas que permitam melhorar as condições <strong>de</strong> vida das famíliase aumentar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inserção social e produtiva dos indiví duos.Esse <strong>de</strong>safio envolve tanto a articulação <strong>de</strong> programas e projetos <strong>de</strong>senvolvidospelo Estado como o conhecimento <strong>de</strong> programas e açõessociais implementados pelas <strong>de</strong>mais instâncias governamentais e instituiçõesprivadas.Para aten<strong>de</strong>r a esses objetivos, estruturou-se o Sistema Pró-Social doEstado <strong>de</strong> São Paulo, com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cadastrar as famílias em situação<strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> social e os programas e ações <strong>de</strong>senvolvidospelo Governo do Estado e <strong>de</strong>mais instituições públicas e privadas queatendam essas famílias. Desenvolvido pela Companhia <strong>de</strong> Processamento<strong>de</strong> Dados do Estado <strong>de</strong> São Paulo (Pro<strong>de</strong>sp) e imple mentadoWALTER CRAVEIROpela Seads, o sistema faz parte do Projeto BID/ Seads – Avaliação eAprimoramento da Política Social no Estado <strong>de</strong> São Paulo, cofinanciadopelo Banco Interamericano <strong>de</strong> Desenvolvimento (BID).O Pró-Social foi instituído em 13 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2008 pelo governador<strong>de</strong> São Paulo, José Serra, por meio do Decreto nº 52.803, que <strong>de</strong>terminouque os órgãos da administração do Estado que executem,direta ou indiretamente, ou financiem ações com fins sociais <strong>de</strong>veminserir no sistema seus programas, projetos, ações, entida<strong>de</strong>s executorasou parceiras e as famílias dos beneficiários. Tais medidas tornarãoo Pró-Social uma das principais ferramentas <strong>de</strong> gestão da políticasocial no Estado <strong>de</strong> São Paulo.Composto por três módulos básicos <strong>de</strong> cadastro – Instituições,Programas e Famílias/Beneficiários –, esse sistema informatizadopermite que gestores e administradores alimentem e consultem, emtempo real, informações <strong>de</strong>talhadas sobre beneficiários <strong>de</strong> programasfe<strong>de</strong>rais, estaduais, municipais e <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s privadas que neleestejam cadastrados.Artesanato no Pefi.3031


<strong>Plano</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>para</strong> a <strong>Pessoa</strong> <strong>Idosa</strong>Futurida<strong>de</strong>Os principais objetivos que norteiam o Pró-Social são:• Conhecer o perfil dos beneficiários e executores <strong>de</strong> programas eações sociais.• I<strong>de</strong>ntificar ofertas <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda por ações sociais em todo o Estado<strong>de</strong> São Paulo.• Prover informações <strong>para</strong> melhor focalizar recursos públicos nasfamílias <strong>de</strong> baixa renda e em áreas geográficas prioritárias, evitandosuperposição/pulverização <strong>de</strong> ações.• Fornecer subsídios <strong>para</strong> a avaliação <strong>de</strong> efeitos e impactos <strong>de</strong> programassociais.• Reforçar a transparência e o controle social.Utilização do Sistema Pró-Social como instrumento<strong>para</strong> o programa Futurida<strong>de</strong>A relevância do Pró-Social na efetivação do Futurida<strong>de</strong> está no acessotanto ao cadastro <strong>de</strong> famílias idosas como ao <strong>de</strong> programas eações.No sistema será realizado, por intermédio dos municípios, o cadastramento<strong>de</strong> famílias idosas, mesmo daquelas ainda não beneficiáriasdo programa, possibilitando que o índice seja gerado a partir <strong>de</strong>ssabase <strong>de</strong> dados, dispensando a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> contratação <strong>de</strong> coletasprimárias.Já o cadastramento dos programas e ações voltados ao idoso é importantepor permitir o real conhecimento do que está sendo oferecidoà população em situação <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong>, assim como osnúmeros <strong>de</strong> metas ofertadas. Com essas informações, será possíveldiagnosticar quais famílias idosas precisam ser cobertas por açõesexistentes e que áreas ainda não estão plenamente atendidas pelosprogramas, orientando o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos projetos. Paraa utilização <strong>de</strong>sse sistema, faz-se necessário melhorar a qualida<strong>de</strong> docadastramento.7.3. <strong>Plano</strong>s Municipais <strong>de</strong> Assistência Social (PMAS)Os diversos convênios com cada uma das prefeituras paulistas foramsubstituídos em 2004 por apenas um com cada município. O convêniotem duas modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ações que visam ao atendimento <strong>de</strong>famílias, crianças e adolescentes, idosos, portadores <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>sespeciais e população em situação <strong>de</strong> rua:• Proteção social básica – Inclui a assistência em meio aberto atodos os segmentos citados, implementando ações <strong>de</strong> naturezaemancipatória.• Proteção social especial – Contempla as ações <strong>de</strong> acolhimentoe abrigamento do mesmo público, porém em situação <strong>de</strong> riscopessoal.O convênio único reduz a burocraciae custos processuais e propiciaagilida<strong>de</strong> e flexibilida<strong>de</strong> administrativatanto <strong>para</strong> o Estadocomo <strong>para</strong> os municípios.Para receber os recursos, cada prefeituraelabora seu <strong>Plano</strong> Municipal<strong>de</strong> Assistência Social (PMAS),com as soluções mais a<strong>de</strong>quadas<strong>para</strong> os problemas sociais do município.Os PMAS são transmitidos,pela web, <strong>para</strong> a Seads, que,além <strong>de</strong> cofinanciá-los, monitorae avalia as ações executadas, forneceassessoria técnica <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificaçãodos principais problemassociais <strong>de</strong> cada cida<strong>de</strong> e promovefrequentes programas <strong>de</strong> capacitaçãodos profissionais da área.Marcia AlvesAula <strong>de</strong> bordado portuguêsno Centro Turístico, Esportivoe Cultural do Morro do São Bento,Santos (SP).3233


<strong>Plano</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>para</strong> a <strong>Pessoa</strong> <strong>Idosa</strong>Futurida<strong>de</strong>34O PMAS funciona como um instrumento <strong>de</strong> gestão pública quevisa a apoiar a efetiva <strong>de</strong>scentralização da Política <strong>Estadual</strong> <strong>de</strong> AssistênciaSocial. A Seads fornece os indicadores <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong>social (dados do IBGE e da Fundação Sea<strong>de</strong>) <strong>de</strong> cada cida<strong>de</strong> ecapacita os gestores municipais a i<strong>de</strong>ntificar as <strong>de</strong>z maiores <strong>de</strong>mandassociais. Dessa forma, consegue reunir, praticamente em temporeal, informações valiosas <strong>para</strong> <strong>de</strong>finir a atuação do Governo na áreasocial em todo o Estado.Com essa importante ferramenta, a Seads passa a dar apoio efetivoao município em relação a seu PMAS, avalia seu conteúdo com basena coerên cia dos dados sociais da cida<strong>de</strong> e cofinancia suas ações.Assim, respeita-se a autonomia dos municí pios, que se tornamprotagonistas no <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> ações sociais mais a<strong>de</strong>quadas aos problemaslocais.Esse processo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização foi financiado por contrato firmadoentre o Governo do Estado e o BID.Utilização do PMAS como instrumento <strong>para</strong> o programa Futurida<strong>de</strong>A migração e/ou inserção dos dados do PMAS no Sistema Pró-Socialpermitirão a i<strong>de</strong>ntificação dos programas, projetos e ações <strong>de</strong>senvolvidospelos 645 municípios do Estado <strong>de</strong> São Paulo voltados aoidoso, dos recursos utilizados em cada ação social e das famíliasbeneficiárias. Esses dados po<strong>de</strong>rão ser georreferenciados no Pró--Social, possibilitando ao gestor local, por meio do programa Futurida<strong>de</strong>,aten<strong>de</strong>r as famílias idosas mais vulneráveis <strong>de</strong> seu municípioe/ou região.7.4. Índice Paulista <strong>de</strong> Vulnerabilida<strong>de</strong> Social (IPVS)O IPVS é um indicador que oferece um panorama das condições <strong>de</strong>vida <strong>de</strong> cada município do Estado <strong>de</strong> São Paulo, com a i<strong>de</strong>ntificaçãoe a localização espacial das áreas que abrigam os segmentos populacionaismais vulneráveis à pobreza. Para sua construção, foram utilizadosdois pressupostos:• A compreensão <strong>de</strong> que as múltiplas dimensões da pobreza precisamser levadas em conta em um estudo sobre vulnerabilida<strong>de</strong> social, oque conduziu à inclusão <strong>de</strong> indicadores referentes à escolarida<strong>de</strong> eao ciclo <strong>de</strong> vida familiar nos indicadores <strong>de</strong> renda.• A consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> que a segregação espacial é um fenômeno presentenos centros urbanos paulistas, o que levou ao uso <strong>de</strong> um método<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> áreas segundo os graus <strong>de</strong> vulnera bilida<strong>de</strong><strong>de</strong> sua população resi<strong>de</strong>nte. Como unida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssasáreas, foi adotado o setor censitário, 4 produzido no âmbitodo Censo Demográfico 2000.O indicador resultante consiste em uma tipologia <strong>de</strong>rivadada combinação <strong>de</strong> duas dimensões – socioeconômica e <strong>de</strong>mográfica–, que classifica o setor censitário em seis grupos<strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> social (quadro 1). A dimensão socioeconômicacompõe-se da renda apropriada pelas famílias e dopo<strong>de</strong>r <strong>de</strong> geração <strong>de</strong>la por seus membros. Já a <strong>de</strong>mográficaestá relacionada ao ciclo <strong>de</strong> vida familiar. 5Quadro 1: Índice Paulista <strong>de</strong> Vulnerabilida<strong>de</strong> Social (IPVS)GrupoSocioeconômicaDimensõesCiclo <strong>de</strong> vida familiarIPVS1 Muito altaFamílias jovens,adultas ou idosasNenhuma vulnerabilida<strong>de</strong>2 Média ou alta Famílias idosas Vulnerabilida<strong>de</strong> muito baixa3AltaMédiaFamílias jovens e adultasFamílias adultasVulnerabilida<strong>de</strong> baixa4 Média Famílias jovens Vulnerabilida<strong>de</strong> média5 Baixa Famílias adultas e idosas Vulnerabilida<strong>de</strong> alta6 Baixa Famílias jovens Vulnerabilida<strong>de</strong> muito alta4. Território contíguoque abriga em média300 domicílios.5. Mais informaçõesno Anexo IV.35


<strong>Plano</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>para</strong> a <strong>Pessoa</strong> <strong>Idosa</strong>Futurida<strong>de</strong>Utilização do IPVS como instrumento <strong>para</strong> o programa Futurida<strong>de</strong>Na fase inicial do programa, o IPVS oferecerá um diagnóstico davulnerabilida<strong>de</strong> social no Estado, ajudando a <strong>de</strong>finir as áreas prioritárias<strong>para</strong> o direcionamento <strong>de</strong> políticas públicas. Feita essa i<strong>de</strong>ntificação,entre as regiões mais vulneráveis, com o auxílio do ÍndiceFuturida<strong>de</strong>, serão localizadas as famílias idosas em maior grau <strong>de</strong>vulnerabilida<strong>de</strong> <strong>para</strong> intervenção.Limitações do IPVSEmbora possa ser bastante útil <strong>para</strong> i<strong>de</strong>ntificar as famílias vulneráveis quetenham idosos em sua composição, há algumas limitações ao uso do IPVS.Como o índice foi criado com base em dados censitários <strong>de</strong> 2000, os critériosque <strong>de</strong>finiram a escala <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> são relativos à realida<strong>de</strong> do Estado<strong>de</strong> São Paulo naquele ano. Outra limitação é a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reconhecerem um único relatório as vulnerabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada cida<strong>de</strong>, tornando necessáriasa análise individual <strong>de</strong> cada um dos 645 municípios paulistas e a posteriorcom<strong>para</strong>ção dos índices <strong>para</strong> a escolha das regiões mais vulneráveis.Além disso, por basear-se em regiões censitárias, o IPVS é pouco eficiente<strong>para</strong> diagnósticos em municípios <strong>de</strong> pequeno porte. A fim <strong>de</strong> resolver essaquestão, será adotado, <strong>para</strong> municípios <strong>de</strong> até 100 mil habitantes, o ÍndicePaulista <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> Social (IPRS).Walter Craveirovando as três dimensões componentes do IDH – renda, escolarida<strong>de</strong>e longevida<strong>de</strong> –, tivesse como base:• Variáveis aptas a i<strong>de</strong>ntificar mudanças nas condições <strong>de</strong> vida domunicípio em curto prazo.• Registros administrativos que satisfizessem as condições <strong>de</strong> periodicida<strong>de</strong>e cobertura, necessárias <strong>para</strong> a atualização do indicadornos anos entre os censos <strong>de</strong>mográficos e em todos os municípiosdo Estado.• Uma tipologia <strong>de</strong> municípios que permitisse i<strong>de</strong>ntificar, simultaneamente,a situação <strong>de</strong> cada um <strong>de</strong>les nas dimensões renda, escolarida<strong>de</strong>e longevida<strong>de</strong>. Esse tipo <strong>de</strong> indicador, apesar <strong>de</strong> não ser passível<strong>de</strong> or<strong>de</strong>nação, possibilita maior <strong>de</strong>talhamento das condições<strong>de</strong> vida no município, o que é fundamental quando se pensa no<strong>de</strong>senho <strong>de</strong> políticas públicas específicas <strong>para</strong> municípios com diferentesníveis e padrões <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento.Com base nesses parâmetros, foram estipulados quatro indicadores:três setoriais, que mensuram as atuais condições <strong>de</strong> cada cida<strong>de</strong> no7.5. Índice Paulista <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> Social (IPRS)O IPRS é um sistema <strong>de</strong> indicadores socioeconômicos <strong>de</strong> cada municípiopaulista <strong>de</strong>stinado a subsidiar a formulação e a avaliação <strong>de</strong>políticas públicas na esfera municipal. Compartilhando o <strong>para</strong>digmaque sustenta o Índice <strong>de</strong> Desenvolvimento Humano (IDH), pressupõeque a renda per capita é insuficiente como único indicador dascondições <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> uma população e que outras dimensões <strong>de</strong>vemser levadas em conta <strong>para</strong> tal mensuração. Assim, a Fundação Sea<strong>de</strong>procurou criar <strong>para</strong> o Estado <strong>de</strong> São Paulo um indicador que, preser-Ativida<strong>de</strong> física no Pefi.3637


<strong>Plano</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>para</strong> a <strong>Pessoa</strong> <strong>Idosa</strong>Futurida<strong>de</strong>6. Ver Anexo V.Marcia AlvesQuadro 2: Resumo dos critérios adotados <strong>para</strong> a formaçãodos grupos <strong>de</strong> municípios (edição 2002)que se refere a renda, escolarida<strong>de</strong> e longevida<strong>de</strong>, permitindo o or<strong>de</strong>namentodos 645 municípios do Estado <strong>de</strong> São Paulo segundo cadauma <strong>de</strong>ssas dimensões, e um constituído <strong>de</strong> cinco grupos, <strong>de</strong>nominadosgrupos do IPRS, que resume a situação dos municípios segundoos três eixos consi<strong>de</strong>rados (quadro 2). 6GruposCategoriasAlta riqueza, alta longevida<strong>de</strong> e média escolarida<strong>de</strong>Alta riqueza, alta longevida<strong>de</strong> e alta escolarida<strong>de</strong>Grupo 1Alta riqueza, média longevida<strong>de</strong> e média escolarida<strong>de</strong>Alta riqueza, média longevida<strong>de</strong> e alta escolarida<strong>de</strong>Alta riqueza, baixa longevida<strong>de</strong> e baixa escolarida<strong>de</strong>Alta riqueza, baixa longevida<strong>de</strong> e média escolarida<strong>de</strong>Grupo 2 Alta riqueza, baixa longevida<strong>de</strong> e alta escolarida<strong>de</strong>Alta riqueza, média longevida<strong>de</strong> e baixa escolarida<strong>de</strong>Alta riqueza, alta longevida<strong>de</strong> e baixa escolarida<strong>de</strong>Baixa riqueza, alta longevida<strong>de</strong> e alta escolarida<strong>de</strong>Grupo 37.6. Índice <strong>de</strong> Vulnerabilida<strong>de</strong> Social Familiar (IVSF) 7Grupo 4Grupo 5Baixa riqueza, alta longevida<strong>de</strong> e média escolarida<strong>de</strong>Baixa riqueza, média longevida<strong>de</strong> e alta escolarida<strong>de</strong>Baixa riqueza, média longevida<strong>de</strong> e média escolarida<strong>de</strong>Baixa riqueza, baixa longevida<strong>de</strong> e média escolarida<strong>de</strong>Baixa riqueza, baixa longevida<strong>de</strong> e alta escolarida<strong>de</strong>Baixa riqueza, média longevida<strong>de</strong> e baixa escolarida<strong>de</strong>Baixa riqueza, alta longevida<strong>de</strong> e baixa escolarida<strong>de</strong>Baixa riqueza, baixa longevida<strong>de</strong> e baixa escolarida<strong>de</strong>Fonte: Fundação Sea<strong>de</strong>, Índice Paulista <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> Social (IPRS).Utilização do IPRS como instrumento <strong>para</strong> o programa Futurida<strong>de</strong>O IPRS será utilizado como ferramenta complementar <strong>de</strong> diagnósticonos municípios <strong>de</strong> até 100 mil habitantes, a fim <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificaráreas prioritárias <strong>de</strong> intervenção. Da mesma forma que o IPVS, feitaa localização das regiões mais vulneráveis, serão i<strong>de</strong>ntificadas as famíliasidosas em maior situação <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> social.Cartola Clube.O IVSF foi criado em razão da necessida<strong>de</strong> postapela Seads <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver um indicador que, comos dados cadastrados no Sistema Pró-Social, permitisseao Po<strong>de</strong>r Executivo orientar ações, programase recursos governamentais. Para tanto, no conjuntodas famílias pobres, buscou-se operacionalizar situações <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong>social, partindo do princípio <strong>de</strong> que famílias com o mesmonível <strong>de</strong> renda corrente dispõem <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s distintas <strong>de</strong> superaressa situação <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong>.7. Fonte: texto adaptado do produto7 – I<strong>de</strong>ntificação da população--alvo dos programas Renda Cidadãe Ação Jovem e Desenvolvimentosdo Índice <strong>de</strong> Vulnerabilida<strong>de</strong> Socialdas Famílias, entregue pela FundaçãoSea<strong>de</strong> em junho <strong>de</strong> 2008.A vantagem do enfoque na vulnerabilida<strong>de</strong> social resi<strong>de</strong> no fato <strong>de</strong>possibilitar o conhecimento tanto do conjunto <strong>de</strong> recursos que asfamílias po<strong>de</strong>m mobilizar como das mudanças necessárias nas estruturas<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e em seus requisitos <strong>de</strong> acesso. Tais mu-3839


<strong>Plano</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>para</strong> a <strong>Pessoa</strong> <strong>Idosa</strong>Futurida<strong>de</strong>Marcia AlvesQuadro 3: Índice <strong>de</strong> Vulnerabilida<strong>de</strong> Social Familiar (IVSF)Grupos <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong>IVSFCondições <strong>de</strong>moradiaComposiçãofamiliarVulnerabilida<strong>de</strong>infantojuvenilGrupo 1: insuficiência <strong>de</strong> renda 0 a 100 A<strong>de</strong>quadas Baixa vulnerabilida<strong>de</strong> AusenteGrupo 2: renda e necessida<strong>de</strong>shabitacionais101 a 200Com necessida<strong>de</strong>shabitacionaisBaixa vulnerabilida<strong>de</strong>AusenteGrupo 3: renda e condiçõeshabitacionais precárias201 a 300CondiçõesprecáriasBaixa vulnerabilida<strong>de</strong>AusenteGrupo 4: renda, necessida<strong>de</strong>shabitacionais e vulnerabilida<strong>de</strong>infantojuvenil301 a 600Com necessida<strong>de</strong>shabitacionaisBaixa vulnerabilida<strong>de</strong>PresenteGrupo 5: renda, necessida<strong>de</strong>shabitacionais e altavulnerabilida<strong>de</strong> familiar601 a 900Com necessida<strong>de</strong>shabitacionaisAlta vulnerabilida<strong>de</strong>AusenteGrupo 6: renda, necessida<strong>de</strong>shabitacionais, altavulnerabilida<strong>de</strong> familiar evulnerabilida<strong>de</strong> infantojuvenil901 a1.200Com necessida<strong>de</strong>shabitacionaisAlta vulnerabilida<strong>de</strong>PresenteAula <strong>de</strong> bijuterias na se<strong>de</strong>do Movimento Pró-Idosos (Mopi).Fonte: Fundação Sea<strong>de</strong> (2008).danças po<strong>de</strong>m, em parte, ser promovidas pelo Estado por meio <strong>de</strong>políticas públicas que propiciem às famílias vulneráveis o acesso àsoportunida<strong>de</strong>s ou o aumento <strong>de</strong> seus ativos <strong>para</strong> que consigamaproveitá-las.Para construir o IVSF, exploraram-se as fontes <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong>referentes às relações <strong>de</strong> trabalho dos membros familiares e a seusvínculos sociais. Quanto ao mercado <strong>de</strong> trabalho, privilegiaram-se asquestões relativas a: acesso, qualida<strong>de</strong> e forma <strong>de</strong> inserção dos membrosda família no mundo do trabalho e sua relação com a instabilida<strong>de</strong>dos rendimentos auferidos pela família; a segurida<strong>de</strong> social; e oacesso dos idosos aos benefícios da previdência pública. Entre osvínculos sociais, buscaram-se ativos que, indiretamente, propiciariamsegurança e proteção aos membros da família, como escolarida<strong>de</strong> dosadultos, posse e qualida<strong>de</strong> da moradia, existência <strong>de</strong> serviços urbanose composição familiar (quadro 3).Como indicador sintético, o IVSF permitirá, ainda, adquirir conhecimentosespecíficos sobre a realida<strong>de</strong> social, o público-alvo dos programase a própria atuação pública na implementação das ações <strong>de</strong> combateà pobreza. Desse modo, contribuirá também <strong>para</strong> a produção <strong>de</strong>diagnósticos sociais e <strong>para</strong> a aferição e caracterização da <strong>de</strong>manda e dopúblico-alvo, lançando importante base à construção <strong>de</strong> um sistema<strong>de</strong> monitoramento das ações públicas <strong>de</strong> mitigação da pobreza.Utilização do IVSF como instrumento <strong>para</strong> o programa Futurida<strong>de</strong>Ao classificar e mensurar famílias segundo graus e tipos <strong>de</strong> carência ouvulnerabilida<strong>de</strong> social, o IVSF servirá <strong>de</strong> orientação à promoção dacomplementarida<strong>de</strong> das ações existentes e à sinalização <strong>de</strong> novas possibilida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> atuação. Para o programa, será utilizado como instrumento<strong>para</strong> i<strong>de</strong>ntificar, nas áreas apontadas por ele, as famílias idosascom maior índice <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>terminando-as como priori-4041


<strong>Plano</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>para</strong> a <strong>Pessoa</strong> <strong>Idosa</strong>Futurida<strong>de</strong>8. Ver “Marcos legais”,na página 29.tárias <strong>para</strong> intervenção. Esse diagnóstico orientará o estabe lecimento<strong>de</strong> metas a serem atingidas, assim como a formulação <strong>de</strong> novas políticaspúblicas, incidindo sobre a tradicional fragmentação <strong>de</strong> ações.O índice, em sua concepção, baseou-se nos dados disponíveis hojeno Sistema Pró-Social. Futuramente, po<strong>de</strong>rão ser incorporados novosindicadores complementares e também os valores dos indicadoresatuais modificados, conforme a necessida<strong>de</strong> e/ou a condição socialdas famílias idosas melhorarem, permitindo produzir avaliações sobre,por exemplo, o acesso à cultura, a equipamentos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e a programas<strong>de</strong> qualificação profissional.Para uso imediato, as informações adicionais que se fizerem necessárias<strong>de</strong>verão ser buscadas pelos responsáveis pela execução do programa.8. Fases <strong>de</strong> implementaçãoFase I – Formação do Grupo Deliberativo e do GrupoConsultivoO Grupo Deliberativo <strong>de</strong> representantes das secretarias estaduais edas coor<strong>de</strong>nadorias da Seads foi constituído <strong>para</strong> <strong>de</strong>senvolver estratégiase i<strong>de</strong>ntificar ações voltadas à pessoa idosa e à sensibilização aoprocesso <strong>de</strong> envelhecimento. Esse grupo responsabilizou-se por agregarestudiosos e pesquisadores sobre o envelhecimento, conselheirose representantes <strong>de</strong> organizações não governamentais, os quais passarama integrar o Grupo Consultivo, que tem apoiado a construçãoe a implementação do programa Futurida<strong>de</strong>.Fase II – Elaboração do programaA elaboração do <strong>Plano</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>para</strong> a <strong>Pessoa</strong> <strong>Idosa</strong> fundamentou-senas bases legais existentes e em outros materiais <strong>de</strong> referência <strong>para</strong>a formulação <strong>de</strong> políticas públicas <strong>de</strong>dicadas à pessoa idosa. 8Fase III – LançamentoO Futurida<strong>de</strong> foi lançado pelo governador do Estado <strong>de</strong> São Paulo,José Serra, em 11 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2008, quando foram assinados oAcordo <strong>de</strong> Cooperação entre as <strong>Secretaria</strong>s Estaduais e o Protocolo<strong>de</strong> Intenções com a Prefeitura do Município <strong>de</strong> São Paulo. O lançamentotambém teve por objetivo apresentar o programa a parceirosda iniciativa privada e à socieda<strong>de</strong> civil.Fase IV – Criação do Índice Futurida<strong>de</strong>O Índice Futurida<strong>de</strong> foi <strong>de</strong>senvolvido pela Fundação Sea<strong>de</strong>, comapoio e consultoria da ONU-Unfpa, com o propósito <strong>de</strong> possibilitaro acesso a informações sintéticas sobre as condições <strong>de</strong> vidados idosos nos municípios, com base no conceito <strong>de</strong> envelhecimentoativo da OMS. Essa ferramenta servirá <strong>para</strong> o monitoramentoe avaliação da atuação dos municípios no segmento idoso, tendocomo finalida<strong>de</strong> orientar a formulação e o aprimoramento <strong>de</strong> taispolíticas públicas.Fase V – Definição do <strong>Plano</strong> ExecutivoO <strong>Plano</strong> Executivo <strong>de</strong> 2009 foi estruturado<strong>de</strong> acordo com os eixos do programa,com a inclusão das seguintesativida<strong>de</strong>s:• Capacitação e apoio aos gestores etécnicos sociais dos municípios selecionados<strong>para</strong> a elaboração e implantação <strong>de</strong>planos <strong>de</strong> ação dirigidos à pessoa idosa.• Realização e participação em campanhaseducativas que <strong>de</strong>em visibilida<strong>de</strong>às especificida<strong>de</strong>s dosegmento idoso.4243


<strong>Plano</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>para</strong> a <strong>Pessoa</strong> <strong>Idosa</strong>Futurida<strong>de</strong>Referências bibliográficasMarcia Alves• Articulação dos parceiros pre<strong>de</strong>finidos no Acordo <strong>de</strong> Cooperação eno Protocolo <strong>de</strong> Intenções do programa Futurida<strong>de</strong>, acionados segundoas <strong>de</strong>mandas apresentadas nos planos <strong>de</strong> ação municipais.Barroso, Áurea E. Soares. Trajetória do Interfórum do Cidadão Idoso e dosFóruns Regionais <strong>de</strong> Cidadãos Idosos: um sujeito coletivo e político –1995/2005. Revista A Terceira Ida<strong>de</strong>, Estudos sobre Envelhecimento, São Paulo,Sesc-Geti, p. 7-21, 2008.Costa, Maria Fernanda Lima; Barreto, Sandhi; Giatti, Luana; Uchoa, Elizabeth.Desigualda<strong>de</strong> social e saú<strong>de</strong> entre idosos brasileiros: um estudo baseadona Pesquisa Nacional por Amostra <strong>de</strong> Domicílios. Ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública,Rio <strong>de</strong> Janeiro, v. 19, n. 3, p. 745-757, 2003.Mercadante, Elisabeth Frohlich. A construção da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e da subjetivida<strong>de</strong>do idoso. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) – Pontifícia Universida<strong>de</strong>Católica <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, 1997.. Contrageneralização. Revista Kairós, São Paulo, v. 7, n. 1, p. 197-199,jun. 2004.Organização Mundial da Saú<strong>de</strong>. Envelhecimento ativo: uma política <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.Tradução <strong>de</strong> Susana Gontijo. Brasília: Organização Pan-Americana <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>,2005.9. Resultados esperadosSão esperados em longo prazo, com a implantação do programaFuturida<strong>de</strong>, os seguintes resultados:• Gestores sociais instrumentalizados <strong>para</strong> a atuação qualificada como público idoso.• Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção ao idoso fortalecida no Estado.• Po<strong>de</strong>r público estadual integrado <strong>para</strong> apoio às ações municipais.• Socieda<strong>de</strong> civil mobilizada <strong>para</strong> a <strong>de</strong>fesa e promoção dos direitosda pessoa idosa.• Possibilida<strong>de</strong>s e oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inclusão e reconhecimento dapessoa idosa geradas.4445


Futurida<strong>de</strong>Anexos47


<strong>Plano</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>para</strong> a <strong>Pessoa</strong> <strong>Idosa</strong>Futurida<strong>de</strong>Anexo IEstrutura da SeadsA <strong>Secretaria</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>de</strong> Assistência e Desenvolvimento Social( Seads) conta com duas estruturas: uma central, composta porquatro coor<strong>de</strong>nadorias e quatro <strong>de</strong>partamentos, e uma <strong>de</strong>scentralizada,formada por 26 Diretorias Regionais <strong>de</strong> Assistência e DesenvolvimentoSocial (Drads). As Drads têm entre suas principaisatribuições orientar e assistir municípios e entida<strong>de</strong>s sociais na implementaçãoe no acompanhamento <strong>de</strong> políticas e programas <strong>de</strong>assistência e <strong>de</strong>senvolvimento social sob orientação técnica daCoor<strong>de</strong>nadoria <strong>de</strong> Ação Social (CAS).Coor<strong>de</strong>nadorias e <strong>de</strong>partamentos da Seads• Coor<strong>de</strong>nadoria <strong>de</strong> Ação Social – CAS• Coor<strong>de</strong>nadoria <strong>de</strong> Desenvolvimento Social – CDS• Coor<strong>de</strong>nadoria <strong>de</strong> Gestão Estratégica – CGE• Coor<strong>de</strong>nadoria <strong>de</strong> Administração <strong>de</strong> Fundos e Convênios – CAF• Departamento <strong>de</strong> Recursos Humanos – DRH• Departamento <strong>de</strong> Normatização e Informática – DNI• Departamento <strong>de</strong> Administração – DA• Departamento <strong>de</strong> Comunicação Institucional – DCI4849


50<strong>Plano</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>para</strong> a <strong>Pessoa</strong> <strong>Idosa</strong>Diretorias Regionais <strong>de</strong> Assistência e DesenvolvimentoSocial (Drads)Drads Municípios PopulaçãoPopulação comvulnerabilida<strong>de</strong> social média,alta e muito alta (IPVS 4, 5, 6)Total %Alta Noroeste (Araçatuba) 43 704.527 431.224 61,21Alta Paulista (Dracena) 22 240.682 184.101 76,49Alta Sorocabana (Presi<strong>de</strong>nte Pru<strong>de</strong>nte) 32 584.429 357.472 61,17Araraquara 26 923.753 423.300 45,82Avaré 29 492.417 312.096 63,38Baixada Santista (Santos) 9 1.625.115 619.930 38,15Barretos 19 417.747 269.826 64,59Bauru 39 1.028.893 519.897 50,53Botucatu 13 263.204 136.511 51,86Campinas 43 3.753.015 1.377.547 36,70Capital (São Paulo) 1 1.074.4060 3.671.822 34,18Fernandópolis 49 419.192 300.899 71,78Franca 23 696.537 372.805 53,52Gran<strong>de</strong> São Paulo ABC (Santo André) 7 2.510.669 900.377 35,86Gran<strong>de</strong> São Paulo Leste (Mogi das Cruzes) 10 1.437.787 779.132 54,19Gran<strong>de</strong> São Paulo Norte (Guarulhos) 6 1.737.107 939.555 54,09Gran<strong>de</strong> São Paulo Oeste (Osasco) 15 2.700.832 1.485.601 55,00Itapeva 18 349.188 266.053 76,19Marília 38 723.211 412.658 57,06Mogiana (São João da Boa Vista) 20 779.308 403.297 51,75Piracicaba 27 1.383.901 571.243 41,28Ribeirão Preto 25 1.147.195 498.324 43,44São José do Rio Preto 47 974.493 495.322 50,83Sorocaba 31 1.840.882 835.231 45,37Vale do Paraíba (São José dos Campos) 39 2.185.111 843.503 38,60Vale do Ribeira (Registro) 14 286.232 191.439 66,88Total: 26 645 39.949.487 17.599.165 44,05Futurida<strong>de</strong>Anexo IIEstruturas municipais <strong>de</strong> assistência socialCentro <strong>de</strong> Referência <strong>de</strong> Assistência Social (Cras)O Centro <strong>de</strong> Referência <strong>de</strong> Assistência Social (Cras) é uma unida<strong>de</strong>pública estatal <strong>de</strong> base territorial, localizada em áreas <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong>social, responsável por executar serviços <strong>de</strong> proteção básica eorganizar e coor<strong>de</strong>nar a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços socioassistenciais locais daPolítica <strong>de</strong> Assistência Social. Existem hoje 672 Cras no Estado<strong>de</strong> São Paulo (dados PMAS 2009).Os serviços <strong>de</strong> proteção social básica são executados <strong>de</strong> forma diretanos Cras e em outras unida<strong>de</strong>s básicas e públicas <strong>de</strong> assistência social,assim como <strong>de</strong> forma indireta nas entida<strong>de</strong>s e organizações <strong>de</strong> assistênciasocial da área <strong>de</strong> abrangência dos Cras.Centro <strong>de</strong> Referência Especializado <strong>de</strong> Assistência Social ( Creas)O Centro <strong>de</strong> Referência Especializado <strong>de</strong> Assistência Social (Creas),integrante do Sistema Único <strong>de</strong> Assistência Social (Suas), constitui-seem uma unida<strong>de</strong> pública estatal, responsável pela oferta <strong>de</strong> atençõesespecializadas <strong>de</strong> média e alta complexida<strong>de</strong>. Atualmente, são 102unida<strong>de</strong>s no Estado (dados PMAS 2009), e estas incluem apoio,orientação e acompanhamento a indivíduos e famílias com um oumais <strong>de</strong> seus membros em situação <strong>de</strong> ameaça ou violação <strong>de</strong> direitos,por meio <strong>de</strong> equipe multidisciplinar.O Creas po<strong>de</strong> ter abrangência local ou regional, <strong>de</strong> acordo com oporte, nível <strong>de</strong> gestão e <strong>de</strong>manda dos municípios, além do grau<strong>de</strong> incidência e complexida<strong>de</strong> das situações <strong>de</strong> risco e violação <strong>de</strong>direitos, tais como:• Serviços <strong>de</strong> proteção social especial <strong>de</strong> média complexida<strong>de</strong> – São<strong>de</strong>stinados a indivíduos e famílias cujos direitos já foram violados,mas que ainda têm vínculo familiar e comunitário.51


<strong>Plano</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>para</strong> a <strong>Pessoa</strong> <strong>Idosa</strong>• Serviços <strong>de</strong> proteção social especial <strong>de</strong> alta complexida<strong>de</strong> – Aten<strong>de</strong>mindivíduos e famílias que tiveram os direitos violados e o vínculofamiliar rompido. Garantem proteção integral – moradia,alimentação, trabalho – <strong>para</strong> quem está em situação <strong>de</strong> ameaça,necessitando <strong>de</strong>ixar o núcleo familiar ou comunitário. Abrigos ealbergues são exemplos <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> serviços.− −Objetivos: fortalecer as re<strong>de</strong>s sociais <strong>de</strong> apoio à família; contribuirno combate a estigmas e preconceitos; assegurar proteção socialimediata e atendimento interdisciplinar às pessoas em situação <strong>de</strong>violência, visando a sua integrida<strong>de</strong> física, mental e social; preveniro abandono e a institucionalização; fortalecer os vínculos familiarese a capacida<strong>de</strong> protetiva da família.− −Público-alvo: crianças, adolescentes, jovens, mulheres, idosos,pessoas com <strong>de</strong>ficiência, incluindo suas famílias, que vivenciamsituações <strong>de</strong> ameaça e violação <strong>de</strong> direitos por ocorrência <strong>de</strong>abandono, violência física, psicológica ou sexual, exploraçãosexual comercial, situação <strong>de</strong> rua, vivência <strong>de</strong> trabalho infantile outras formas <strong>de</strong> submissão a situações que provocam danos eagravos a sua condição <strong>de</strong> vida e os impe<strong>de</strong>m <strong>de</strong> usufruir autonomiae bem-estar.Anexo IIIÍndice Futurida<strong>de</strong> 1Dimensões do Índice Futurida<strong>de</strong>Futurida<strong>de</strong>Ações <strong>de</strong> proteção social básica e especial <strong>para</strong> o idoso• Porcentagem <strong>de</strong> atendimentos realizados na re<strong>de</strong> <strong>de</strong> proteção socialbásica, no total <strong>de</strong> idosos potencialmente alvo <strong>de</strong>ssa proteção.• Porcentagem <strong>de</strong> atendimentos realizados na re<strong>de</strong> <strong>de</strong> proteção socialespecial (média e alta complexida<strong>de</strong>), no total <strong>de</strong> idosos potencialmentealvo <strong>de</strong>ssa proteção.Participação• Existência <strong>de</strong> Conselho Municipal do Idoso.• Oferta <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s e/ou programas <strong>de</strong> cultura, esporte e turismopela prefeitura à população idosa.Condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da pessoa idosa• Taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoas entre 60 e 69 anos.• Proporção <strong>de</strong> óbitos <strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong> 60 a 69 anos, no total <strong>de</strong> óbitos<strong>de</strong> 60 anos e mais.1. Fonte:Fundação Sea<strong>de</strong>.5253


<strong>Plano</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>para</strong> a <strong>Pessoa</strong> <strong>Idosa</strong>Futurida<strong>de</strong>Dimensão: Ações <strong>de</strong> proteção social básicae especial <strong>para</strong> o idosoParticipação institucionalComponenteIndicador sintéticoComponentesPorcentagem <strong>de</strong> atendimentos realizados na re<strong>de</strong> <strong>de</strong> proteção socialbásica, no total <strong>de</strong> idosos potencialmente alvo <strong>de</strong>ssa proteção:• 10% da população idosa <strong>para</strong> municípios acima <strong>de</strong> 25 mil habitantes• 12% da população idosa <strong>para</strong> municípios com até 25 mil habitantesPorcentagem <strong>de</strong> atendimentos realizados na re<strong>de</strong> <strong>de</strong> proteção socialespecial (média e alta complexida<strong>de</strong>), no total <strong>de</strong> idosos potencialmentealvo <strong>de</strong>ssa proteção:• 5% da população idosaDimensão: ParticipaçãoParticipação socioculturalComponentesC1: Ativida<strong>de</strong>s e/ou programas <strong>de</strong> cultura• Oficinas culturais• Oficinas <strong>de</strong> artesanato• Canto e coral• Grupos <strong>de</strong> teatro• Grupos <strong>de</strong> dança• Visita a museus• Resgate da memória histórica• Outras ativida<strong>de</strong>s e/ou programas <strong>de</strong> culturaC2: Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> esporte e lazer• Jogos <strong>de</strong> salão• Jogos <strong>de</strong> cancha/campo• Maratonas, corridas• Cursos (natação, ioga etc.)• Bailes• Gincanas• Outras ativida<strong>de</strong>s relacionadas a esporte e lazerC3: Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> turismo• Passeios a pontos turísticos• Viagens a outras localida<strong>de</strong>s• Ecoturismo• Outras ativida<strong>de</strong>s relacionadas a turismoIndicador sintéticoMédia aritmética dosindicadores setoriaisPontuaçãoMunicípio recebevalor 1 se <strong>de</strong>clarouoferecer alguma <strong>de</strong>ssasativida<strong>de</strong>sMunicípio recebevalor 1 se <strong>de</strong>clarouoferecer alguma <strong>de</strong>ssasativida<strong>de</strong>sMunicípio recebevalor 1 se <strong>de</strong>clarouoferecer alguma <strong>de</strong>ssasativida<strong>de</strong>sC4: Conselho Municipal do IdosoNota: 357 municípios têm Conselho Municipal do Idoso.Município recebe valor 1se possui ConselhoIndicador <strong>de</strong> participação institucional: C4.Indicador sintético <strong>de</strong> participação: média aritmética dos indicadores<strong>de</strong> participação.Dimensão: Condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da pessoa idosaComponentes• Taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoas entre 60 e 69 anos (média trienal)• Proporção <strong>de</strong> óbitos <strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong> 60 a 69 anos, no total <strong>de</strong> óbitos <strong>de</strong> 60e mais (média trienal)Indicador sintéticoMédia aritmética dosindicadores setoriaisCorrelação entre a taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> e a proporção: 0,716.Indicador <strong>de</strong> participação sociocultural: média aritmética dos componentesC1, C2 e C3.5455


<strong>Plano</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>para</strong> a <strong>Pessoa</strong> <strong>Idosa</strong>Contribuições <strong>de</strong> cada dimensão <strong>para</strong> o indicador sintéticoDimensõesContribuição <strong>para</strong>o indicador sintéticoAções <strong>de</strong> proteção básica e especial <strong>para</strong> o idoso 0,45Condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da pessoa idosa 0,45Participação 0,10Indicador sintéticoMédia pon<strong>de</strong>radados trêscomponentesMédia aritmética dos três indicadores setoriais na escala <strong>de</strong> 0 a 1Estatísticas <strong>de</strong>scritivasIndicadorsintético<strong>de</strong> proteçãosocialIndicadorsintético<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>Indicadorsintético <strong>de</strong>participaçãoÍndice Futurida<strong>de</strong>Municípios com informação 645 645 645 645Municípios sem informação 0 0 0 0Mínimo 0,000 0,067 0,000 0,158Máximo 1,000 0,941 1,000 0,862Decis10 0,064 0,409 0,167 0,32520 0,128 0,466 0,333 0,37425 0,186 0,478 0,333 0,39330 0,223 0,495 0,500 0,41340 0,315 0,530 0,500 0,444Mediana 0,405 0,558 0,667 0,48360 0,493 0,583 0,833 0,50970 0,500 0,612 0,833 0,54275 0,500 0,631 1,000 0,56180 0,507 0,648 1,000 0,58190 0,636 0,703 1,000 0,629Futurida<strong>de</strong>Anexo IVÍndice Paulista <strong>de</strong> Vulnerabilida<strong>de</strong> Social (IPVS)Dimensões consi<strong>de</strong>radas na construção do índiceDimensão socioeconômicaLevou-se em consi<strong>de</strong>ração que níveis baixos <strong>de</strong> renda <strong>de</strong>finem a situação<strong>de</strong> pobreza, enquanto a escassez <strong>de</strong> fontes <strong>de</strong> rendimentos segurose regulares <strong>de</strong>limita situações concretas <strong>de</strong> riscos à pobreza. Entre osmaiores riscos <strong>de</strong>stacam-se o <strong>de</strong>semprego e a inserção precária nomercado <strong>de</strong> trabalho, que, além da irregularida<strong>de</strong> dos rendimentos,<strong>de</strong>ixam gran<strong>de</strong>s contingentes <strong>de</strong> indivíduos excluídos dos benefíciosdisponíveis <strong>para</strong> aqueles que trabalham <strong>de</strong> forma regular.O montante <strong>de</strong> renda auferido pela família foi expresso pela rendado chefe do domicílio, e o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> geração e manutenção regular <strong>de</strong>renda, medido pelo nível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> <strong>de</strong>le (anos <strong>de</strong> estudo e acessoà educação básica). 2 Tendo em vista que a baixa instrução<strong>de</strong> um indivíduo potencializa o risco <strong>de</strong> pior inserçãono mercado <strong>de</strong> trabalho e acarreta maiorprobabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> experimentar situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego,concluiu-se que um indicador <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> seria a<strong>de</strong>quado<strong>para</strong> tal mensuração. Assim, setores censitários queconcentram parcelas expressivas <strong>de</strong> chefes <strong>de</strong> família combaixa renda e/ou pouca escolarida<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m ser associados a condiçõesvulneráveis à pobreza.Dimensão <strong>de</strong>mográficaRelacionada ao ciclo <strong>de</strong> vida das famílias, foi expressa pela ida<strong>de</strong> doresponsável e pela presença <strong>de</strong> crianças <strong>de</strong> até 4 anos. Diferentementeda dimensão socioeconômica, não há relação imediata entre pobrezae ciclo <strong>de</strong> vida. Mesmo assim, o ciclo <strong>de</strong> vida ten<strong>de</strong> a atuar como2. A escolha do chefe dodomicílio <strong>de</strong>corre do fato <strong>de</strong>que, na maioria das famílias,é ele o principal provedor.De acordo com a Pesquisa<strong>de</strong> Condições <strong>de</strong> Vida, em1998, no Estado <strong>de</strong> São Paulo,o responsável pela famíliarespondia por mais <strong>de</strong> 70%da renda familiar total.5657


<strong>Plano</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>para</strong> a <strong>Pessoa</strong> <strong>Idosa</strong>Futurida<strong>de</strong>fator que potencializa o risco à pobreza. Ou seja, uma família jovem,com crianças pequenas e baixos ativos cognitivos e econômicos, ten<strong>de</strong>a estar mais exposta a riscos sociais do que outra com os mesmosrecursos, mas em uma fase posterior do ciclo <strong>de</strong> vida, quando os filhosjá atingiram a ida<strong>de</strong> adulta, por exemplo.Descrição dos grupos <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong>• Grupo 1: Nenhuma vulnerabilida<strong>de</strong>Engloba os setores censitários em melhor situação socioeconômica(muito alta), cujos chefes do domicílio possuem os mais elevadosníveis <strong>de</strong> renda e escolarida<strong>de</strong>. Apesar <strong>de</strong> o estágio das famíliasno ciclo <strong>de</strong> vida não ser um <strong>de</strong>finidor do grupo, seus responsáveisten<strong>de</strong>m a ser mais velhos, e há menor presença <strong>de</strong> crianças pequenase <strong>de</strong> moradores nos domicílios, quando com<strong>para</strong>dos com oconjunto do Estado <strong>de</strong> São Paulo.• Grupo 5: Vulnerabilida<strong>de</strong> altaEngloba os setores censitários com as piores condições na dimensãosocioeconômica (baixa), constituindo um dos dois grupos emque os chefes do domicílio apresentam, em média, os níveis maisbaixos <strong>de</strong> renda e escolarida<strong>de</strong>. Concentra famílias mais velhas,com menor presença <strong>de</strong> crianças pequenas.• Grupo 6: Vulnerabilida<strong>de</strong> muito altaÉ o segundo dos dois piores grupos na escala da dimensão socioeconômica(baixa), com gran<strong>de</strong> concentração <strong>de</strong> famílias jovens. Acombinação entre chefes jovens com baixos níveis <strong>de</strong> renda e escolarida<strong>de</strong>e a presença significativa <strong>de</strong> crianças pequenas permiteminferir ser esse o grupo <strong>de</strong> maior vulnerabilida<strong>de</strong> à pobreza.• Grupo 2: Vulnerabilida<strong>de</strong> muito baixaAbrange os setores censitários que se classificam em segundo lugar,no Estado, no âmbito da dimensão socioeconômica (média ou alta).Neles estão concentradas, em média, famílias mais velhas.• Grupo 3: Vulnerabilida<strong>de</strong> baixaÉ formado pelos setores censitários que se encontram nos níveisalto ou médio da dimensão socioeconômica. Seu perfil <strong>de</strong>mográficocaracteriza-se pela predominância <strong>de</strong> famílias jovens e adultas.• Grupo 4: Vulnerabilida<strong>de</strong> médiaCompreen<strong>de</strong> os setores que apresentam nível médio na dimensãosocioeconômica, ocupando o quarto lugar na escala <strong>de</strong> renda eescolarida<strong>de</strong> do responsável pelo domicílio. Nessas áreas concentram-sefamílias jovens, isto é, com forte presença <strong>de</strong> chefes commenos <strong>de</strong> 30 anos e <strong>de</strong> crianças pequenas.5859


<strong>Plano</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>para</strong> a <strong>Pessoa</strong> <strong>Idosa</strong>Futurida<strong>de</strong>Anexo VÍndice Paulista <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> Social (IPRS)Descrição dos grupos <strong>de</strong> municípios (edição 2002)A i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> cinco grupos <strong>de</strong> municípios, com padrões <strong>de</strong> condições<strong>de</strong> vida similares, baseou-se em técnicas <strong>de</strong> estatística multivariadas.Para tanto, os três indicadores sintéticos foram transformadosem uma escala discreta formada pelas categorias baixa, média ealta (no caso do indicador <strong>de</strong> riqueza municipal, utilizaram-se apenasas categorias baixa e alta). Os limites <strong>de</strong> corte são atualizados em cadaedição do IPRS, dado o caráter relativo do indicador, <strong>de</strong>finido combase na situação apresentada por todos os 645 municípios do Estadono ano em questão. Uma <strong>de</strong>scrição geral <strong>de</strong> cada grupo, <strong>para</strong> 2002,é apresentada a seguir.• Grupo 1Municípios localizados ao longo dos principais eixos rodoviáriosdo Estado (vias Anhanguera e Presi<strong>de</strong>nte Dutra), que se interceptamno município <strong>de</strong> São Paulo. Em 2002, os 71 municípios quecompunham esse grupo abrigavam 19 milhões <strong>de</strong> pessoas (50%da população estadual), tornando-o o maior <strong>de</strong> todos em população.Faziam parte <strong>de</strong>le gran<strong>de</strong>s municípios paulistas (São Paulo,Campinas, São José dos Campos, São Bernardo do Campo, Sorocabae Ribeirão Preto), além <strong>de</strong> importantes polos regionais(Presi<strong>de</strong>nte Pru<strong>de</strong>nte, São José do Rio Preto, Araçatuba, São Carlose Araraquara). Os municípios <strong>de</strong>sse grupo caracterizam-se porelevado nível <strong>de</strong> riqueza e bons indicadores sociais. No entanto,sobretudo nos maiores, existem significativas disparida<strong>de</strong>s nascondições <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> sua população, não perceptíveis nos indicadoresmunicipais agregados.• Grupo 2Municípios que, embora tenham nível <strong>de</strong> riqueza elevado, não sãocapazes <strong>de</strong> atingir bons indicadores sociais, situando-se, basicamente,nas áreas metropolitanas do Estado e em seu entorno. Em2002, esse grupo incluía 81 municípios, que contavam com mais<strong>de</strong> 10 milhões <strong>de</strong> habitantes. I<strong>de</strong>ntificavam-se nele três importantessegmentos: municípios industriais localizados em regiões metropolitanas(Mauá, Cubatão, Dia<strong>de</strong>ma, Santo André e Guarulhos);municípios com condomínios <strong>de</strong> alto padrão (Cotia, Santana <strong>de</strong>Parnaíba e Itapecerica da Serra); e municípios turísticos (Santose Guarujá).• Grupo 3Municípios pequenos e médios com nível <strong>de</strong> riqueza baixo, mas bonsindicadores sociais. Esse grupo englobava 201 municípios, compopulação <strong>de</strong> 3 milhões <strong>de</strong> pessoas em 2002 (média <strong>de</strong> 15,1 milhabitantes por município; apenas Marília possuía mais <strong>de</strong> 100 mil).Uma das possíveis explicações <strong>para</strong> a emergência <strong>de</strong>ssas localida<strong>de</strong>sé o pequeno tamanho populacional, que, em tese, é um elementoque po<strong>de</strong>ria tornar mais transparentes e eficazes os instrumentos <strong>de</strong>política <strong>de</strong> <strong>de</strong>scentralização em saú<strong>de</strong> e educação. Além disso, osdados <strong>de</strong>mográficos disponíveis apontam a continuida<strong>de</strong> do padrãohistórico <strong>de</strong> emigração nessas áreas. Em princípio, tal elementotorna menos premente a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investimentos em infraestruturaviária <strong>para</strong> a urbanização <strong>de</strong> novas áreas.• Grupo 4Municípios com níveis <strong>de</strong> riqueza baixo e <strong>de</strong> longevida<strong>de</strong> e/ouescolarida<strong>de</strong> médios. Em 2002, compunham esse grupo 188 municípios(3,4 milhões <strong>de</strong> habitantes), dispersos em todas as regiõesdo Estado, sobretudo nas áreas tradicionalmente consi<strong>de</strong>radasproblemáticas.6061


<strong>Plano</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>para</strong> a <strong>Pessoa</strong> <strong>Idosa</strong>Futurida<strong>de</strong>• Grupo 5Municípios com baixos níveis <strong>de</strong> riqueza, longevida<strong>de</strong> e escolarida<strong>de</strong>.Em 2002, os 104 municípios <strong>de</strong>sse grupo englobavam uma população<strong>de</strong> aproximadamente 2,1 milhões <strong>de</strong> pessoas. Localizados emáreas bem específicas do Estado (parte do Vale do Paraíba, Vale doRibeira e Pontal do Paranapanema), são os mais <strong>de</strong>sfavorecidos, tantoem riqueza como nos indicadores sociais.Esses grupos permitem traçar um retrato do Estado <strong>de</strong> São Paulo, <strong>de</strong>acordo com os critérios estabelecidos.Agrupados segundo as 15 regiões administrativas estaduais, <strong>para</strong>facilitar o uso das informações e a com<strong>para</strong>ção intermunicipal, osresultados <strong>de</strong>ssa edição do IPRS foram publicados em nove volumes.Oito contêm, além da apresentação geral das regiões administrativas,a análise agregada do IPRS <strong>para</strong> o Estado <strong>de</strong> São Paulo e essas regiões,a análise <strong>de</strong> uma região específica e a <strong>de</strong> cada um dos municípiosque a compõem. O nono volume reúne uma síntese <strong>de</strong> todasas regiões. Em razão das mudanças metodológicas realizadas, osindicadores referentes a 2000 foram refeitos <strong>para</strong> permitir a com<strong>para</strong>çãono período <strong>de</strong> 2000 a 2002.Outro <strong>de</strong>staque é a necessida<strong>de</strong> apontada pelo IPRS <strong>de</strong> localizar osbolsões <strong>de</strong> pobreza não só nos municípios que possuem indicadoressociais <strong>de</strong>sfavoráveis, como também naqueles que, apesar <strong>de</strong> apresentarembons índices sociais, mantêm em seu território populações emsituações <strong>de</strong> sua vulnerabilida<strong>de</strong> social preocupantes.Anexo VIInstrumental <strong>para</strong> o levantamento <strong>de</strong> ações dosórgãos parceiros <strong>para</strong> o público idosoFicha <strong>de</strong> levantamento <strong>de</strong> programas, projetos e açõesNome da instituiçãoNome do programa/projeto/ação e serviçoTipoCódigo do programa PPACódigo da ação PPALei <strong>de</strong> Diretrizes OrçamentáriasCoor<strong>de</strong>nadoria responsávelGestor do projetoCapacitação dos <strong>Plano</strong>s Municipais <strong>de</strong> Assistência Social (versão 2010)Nome:E-mail:Tel.:Data <strong>de</strong> início / /Tipo <strong>de</strong> parceiro1.2.3.Forma <strong>de</strong>execuçãoFaixa etária (anos) 1 Inicial Final Não especificadaTempo <strong>de</strong> permanência noprograma/projeto (meses)Categoria do beneficiárioMeta prevista1 Inicial Prorrogação Sem limiteTipo <strong>de</strong>beneficiadoPeríodoUnida<strong>de</strong> <strong>de</strong> medidaOrçamento anualNúmero <strong>de</strong> atendidosURL externa6263


<strong>Plano</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>para</strong> a <strong>Pessoa</strong> <strong>Idosa</strong>Ficha <strong>de</strong> levantamento <strong>de</strong> programas, projetos e açõesObjetivos gerais doprograma/projetoObjetivos específicos doprograma/projetoPrincipais parceirosCritérios <strong>de</strong> elegibilida<strong>de</strong>Critérios <strong>de</strong> condicionalida<strong>de</strong>Público-alvo do programa/projeto/açãoPúblico-alvo1.2.3.4.5.Ativida<strong>de</strong>s/ações/serviços <strong>de</strong>senvolvidos1.2.3.4.5.1.2.Abrangência territorial do atendimentoAbrangência territorial do programa (municípios do Estado <strong>de</strong> São Paulo atendidos)1.2.3.4.64

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