44que os tatuadores do Distrito Fe<strong>de</strong>ral possuíam menos tempo <strong>de</strong> profissãocomparado aos tatuadores <strong>de</strong> São Paulo.Quando analisada a prevenção com a vacina contra hepatite B entre osentrevistados, 78,0% dos casos relataram terem recebido essa vacina,enquanto que 11,0% negaram a imunização ou não tem o conhecimento sobresua imunida<strong>de</strong> frente à hepatite B, respectivamente.Figura 4: Número <strong>de</strong> doses <strong>de</strong> hepatite B recebidas pelos tatuadores no DistritoFe<strong>de</strong>ral, 2011.Ao consi<strong>de</strong>rarem o número <strong>de</strong> doses da vacina contra hepatite B,verificou-se que 63,0% relataram terem tomado as três doses, 25,0% nãocompletaram a<strong>de</strong>quadamente o esquema, com administração <strong>de</strong> duas doses e12,0% não sabiam informar sobre o total <strong>de</strong> doses <strong>de</strong> vacina que receberam(Figura 4).Isihi (2010), em sua amostra estudada verificou que meta<strong>de</strong> dosentrevistados afirmaram ter tomado a vacina contra hepatite B, sendo quesomente 35,0% dos tatuadores <strong>de</strong> São Paulo que tomaram a vacinacompletaram o esquema <strong>de</strong> três doses. Isso revela que tanto neste estudoquanto no estudo realizado por Isihi (2010), existiu uma alta porcentagem dos
45tatuadores que mostraram <strong>de</strong>sconhecimento sobre importância <strong>de</strong>ssaprevenção, tanto para o tatuador como para o cliente.Quando analisado o conhecimento da infecção por hepatite B e hepatiteC, entre os entrevistados, eles tinham certo conhecimento sobre acontaminação do vírus. Diferentemente da população estudada por Oliveira(2009) on<strong>de</strong> manicures do estado <strong>de</strong> São Paulo <strong>de</strong>mostraram<strong>de</strong>sconhecimento sobre a transmissão <strong>de</strong> hepatite B e C.Em relação ao aci<strong>de</strong>nte com agulhas entre os tatuadores mais dameta<strong>de</strong> dos entrevistados (67,0%) relataram ter sofrido aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> trabalho, eos <strong>de</strong>mais 33,0% nunca se aci<strong>de</strong>ntaram. Scheidt (2006), traz que o risco <strong>de</strong>contaminação após exposição percutânea com o vírus HIV é <strong>de</strong> 0,3% parahepatite B e esta exposição, varia <strong>de</strong> 6,0% à 30,0%. Quanto ao risco dahepatite C ela é aproximadamente entre 3,0% à 10,0%.Cerca <strong>de</strong> 16,0% relataram que o aci<strong>de</strong>nte ocorreu no momento dalavagem dos utensílios e 17,0% no <strong>de</strong>scarte ou na preparação do material.Em relação à forma <strong>de</strong> contaminação da hepatite B, cerca <strong>de</strong> 56,0% dostatuadores acreditavam que a contaminação po<strong>de</strong>ria se dá através do contatodireto com sangue. Um total <strong>de</strong> 11,0% afirmaram que a contaminação po<strong>de</strong>riase dá no manuseio do material utilizado no processo <strong>de</strong> tatuar, e 33,0%relataram que havia outras formas <strong>de</strong> contaminação. Confirmado por Mastroeni(2006) o contato com sangue, manuseio <strong>de</strong> materiais contaminados e oaci<strong>de</strong>nte com perfurocortantes po<strong>de</strong>m ser fontes <strong>de</strong> contaminação por vírus ebactérias.Quando analisado a questão do treinamento sobre a biossegurança,78,0% dos respon<strong>de</strong>ntes afirmaram terem recebido treinamento, enquanto22,0% nunca foram treinados. Quanto as normas <strong>de</strong> biossegurança, a maioriatatuadores receberam orientação técnica através do curso <strong>de</strong> biossegurança,dados semelhantes com os observados por <strong>de</strong> Isihi (2010), em São Paulo.