Essa espera tão longa também é uma questão delicada. Isso se dá, <strong>em</strong> partes, ao fatode cada gestão ter seus interesses e conflitos e dessa maneira o prefeito que assume o poderpode ou não considerar um banco de dados criado <strong>em</strong> outra época. A questão é que apopulação muitas vezes não é informada que a sua inscrição simplesmente perdeu a validade.Outra situação que, também, causa muita revolta.Mas, por outro lado, deve-se levar <strong>em</strong> consideração que o município de Uberlândiat<strong>em</strong> se <strong>em</strong>penhado na construção de habitações populares. No Programa Minha Casa, MinhaVida, Uberlândia t<strong>em</strong> projetos já <strong>em</strong> andamento para mais de três mil casas no bairroShopping Park e outros <strong>em</strong>preendimentos.É claro que o déficit habitacional não será zerado. A todo o momento são novasinscrições feitas, novas necessidades surgidas e os governos não t<strong>em</strong> condição de sanar todaessa d<strong>em</strong>anda, pelo menos num curto espaço de t<strong>em</strong>po. O que t<strong>em</strong> que ser pensado é comomelhor agir para amenizar esse índice que é tão grande <strong>em</strong> todo o país. Políticas eficazes,recursos da União através da Caixa Econômica Federal, seriedade e compromisso de qu<strong>em</strong>trabalha na seleção das famílias cont<strong>em</strong>pladas, sensibilidade na medida do bom senso efiscalização no pós-ocupação são alguns pontos principais para que possam ser construídosconjuntos bons que atendam a parcela mais carente da população.Deve-se pensar que a política habitacional se envolve com a política econômica e comtodas as políticas sociais e seu sucesso depende de todas as políticas se compl<strong>em</strong>entar<strong>em</strong>,potencializando seus efeitos <strong>em</strong> ações conjuntas. Com isso a população, que é o principal focodas políticas públicas, só t<strong>em</strong> a ganhar.64
REFERÊNCIASBONDUKI, N. G. Origens da Habitação Social do Brasil. Arquitetura Moderna, Lei deInquilinato e difusão da casa própria. São Paulo: Estação Liberdade, FAPESP, 1998.BONDUKI, N. G.; ROSSETTO, R. Política e Sist<strong>em</strong>a Nacional de Habitação de InteresseSocial. In: Ações Integradas de Urbanização e Assentamentos Precários. Curso à<strong>Di</strong>stância. Módulo I. <strong>Di</strong>sciplina II. Brasília: Ministério das Cidades, 2008.CARVALHO, P. F. Laudos periciais e pareceres técnicos <strong>em</strong> parcelamento do solo econstrução de habitações. In: DE MAURO, C. A. Laudos Periciais <strong>em</strong> depredaçõesambientais. 1 ed. Rio Claro – SP: Laboratório de Planejamento Municipal – DPR – ICGE –UNESP, 1997. p. 254. p. 27-79.FERREIRA, J. S. W; UEMURA, M. M. Política Urbana. In: Ações Integradas deUrbanização e Assentamentos Precários. Curso à distância. Módulo I. <strong>Di</strong>sciplina I.Brasília: Ministério das Cidades, 2008.FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO. Déficit habitacional no Brasil 2000. BeloHorizonte: Centro de Estatísticas e Informações, 2001. <strong>Di</strong>sponível <strong>em</strong>:http://www.fjp.gov.br/index.php/servicos/81-servicos-cei/70-deficit-habitacional-no-brasil.Acesso <strong>em</strong> junho de 2010.GOMES, M. F. C. M. Habitação e questão social – análise do caso brasileiro. In: ScriptaNova. Revista Electrónica de Geografia y Ciencias Sociales. Universidad de Barcelona, 2005.<strong>Di</strong>sponível <strong>em</strong>: http://www.ub.es/geocrit/sn/sn-194-26.htm. Acesso <strong>em</strong> Outubro de 2010.IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Perfil dos Municípios Brasileiros -Gestão Pública 2002, 2005. <strong>Di</strong>sponível <strong>em</strong>:http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_impressao.php?id_noticia=345.Acesso <strong>em</strong> junho de 2010.INOUYE, K. P. Indicadores físicos de urbanização para subsidiar a avaliação de custosde conjuntos habitacionais horizontais de interesse social. 202 f. <strong>Di</strong>ssertação (Mestrado<strong>em</strong> Engenharia Civil) - Universidade de São Paulo. São Paulo, 2003.INSTITUTO CIDADANIA. Projeto Moradia. São Paulo: IC, 2000.KOGA, D; NAKANO, K. Perspectivas territoriais e regionais para políticas públicasbrasileiras. In: ABONG. A Abong nas Conferências 2005 – Criança e Adolescente –Assistência Social. São Paulo: Cadernos Abong. 2005LAVINAS, L. Luta contra a pobreza urbana. Rede Urbal: Documento base URBAL 10.[Documento de Guia]. In: Rede Urbal. São Paulo: PSP/Sec. Rel. Internacionais, 2003.[mímeo].MARICATO, E. Urbanismo na periferia do mundo globalizado: metrópoles brasileiras.São Paulo <strong>em</strong> Perspectiva, v. 14, n. 465
- Page 1 and 2:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
- Page 3 and 4:
Paula Ribeiro AzevedoPolítica habi
- Page 5 and 6:
Gráfico 07 - Distribuição por pe
- Page 7 and 8:
ONU - Organização das Nações Un
- Page 9 and 10:
RESUMOO trabalho aborda os problema
- Page 11 and 12:
INTRODUÇÃOÉ sabido que o défici
- Page 13 and 14: político, econômico e social. Nã
- Page 15 and 16: junto a documentos arquivados na Pr
- Page 17 and 18: “O processo de urbanização que
- Page 19 and 20: “[...] Até meados do século XIX
- Page 21 and 22: distância entre as classes sociais
- Page 23 and 24: Em 2008, dentro do PAC Habitação,
- Page 25 and 26: • Gestão democrática com partic
- Page 27 and 28: 1.2 - Nível EstadualA questão hab
- Page 29 and 30: jovens, solteiras, sem dependentes
- Page 31 and 32: mínimos, com o kit de material de
- Page 33 and 34: na Secretaria Municipal de Habitaç
- Page 35 and 36: airro localiza-se próximo aos bair
- Page 37 and 38: urbanizados ao proprietário. Essa
- Page 39 and 40: necessários à ampliação e ou me
- Page 41 and 42: habitacional de interesse social, n
- Page 43 and 44: cursos técnicos/profissionalizante
- Page 45 and 46: nesse processo. Todos se juntam par
- Page 47 and 48: Foto 05: Jardim e horta particular.
- Page 49 and 50: 8). O material que é removido ness
- Page 51 and 52: É surpreendente como, construçõe
- Page 53 and 54: Foto 13: Construção em estágio a
- Page 55 and 56: estava no setor jurídico em decorr
- Page 57 and 58: O Gráfico 4 mostra a distribuiçã
- Page 59 and 60: mas a emancipação da Secretaria M
- Page 61 and 62: Distribuição por setor38,89%9,79%
- Page 63: graça que elas irão adquirir essa