na área ambiental, estabelecimento <strong>de</strong> ligação hidrográfica entre asbacias do Amazonas e do Orinoco e a ampliação do Acordo <strong>de</strong>Transporte Terrestre <strong>de</strong> Carga 51 .Consi<strong>de</strong>ra-se, portanto <strong>de</strong> suma importância para o relacionamento bilateralentre os países os regimes <strong>de</strong> Carlos Andrés Perez e Rafael Cal<strong>de</strong>ra, este últimoinclusive manifestara publicamente o ingresso do Brasil como membro permanentedo Conselho <strong>de</strong> Segurança da ONU como representante da América Latina quandodo seu discurso na XLIX Assembléia Geral das Nações Unidas.Somente em 1999 Chávez ascen<strong>de</strong>ria à presidência da Venezuela, contudo,<strong>de</strong>sta vez por meios legítimos, oriundo das urnas. A política externa venezuelana,<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a ascensão <strong>de</strong> Chávez privilegiou acentuadamente o relacionamento com ospaíses vizinhos em função da integração latino-americana. O país assumiu umimportante papel estratégico para as relações <strong>de</strong> norte a sul no subcontinente sulamericano.Ele então direcionou os esforços da sua política externa para quatroáreas: a Atlântica, a Caribenha, a Andina e a Amazônica.Todavia, como já mencionado anteriormente Chávez exerce a sua diplomaciaao sabor do seu estilo extremista, <strong>de</strong>sagradando, inclusive alguns dirigentes <strong>de</strong>outros países, a exemplo da Colômbia.No que tange ao Brasil, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a ascensão <strong>de</strong> Hugo Chávez foram firmados22 atos bilaterais entre os anos <strong>de</strong> 2000 a 2008, conforme a tabela 52 <strong>de</strong> tratadosbilateraisEsta tabela diagnostica a relevância do Brasil para a implementação dosprojetos venezuelanos como também, em contrapartida, a importância da Venezuelano que remete ao fornecimento energético, gasoso e petrolífero. Entretanto, nãoobstante a importância do fornecimento dos combustíveis, ele ainda é poucodiversificado. Já em 2001 o petróleo correspondia a 88% das exportaçõesvenezuelanas com <strong>de</strong>stino ao Brasil. O restante se refere às áreas <strong>de</strong> mineração,si<strong>de</strong>rurgia e tecnologia espacial. É, ainda assim um importante parceiro para aalimentação energética para a região amazônica, inclusive em relação à segurança,nos marcos do acordo relativo aos sobrevôos na área <strong>de</strong> fronteira, como também,para coação <strong>de</strong> práticas irregulares nos limites entre esse países como onarcotráfico e a exploração das jazidas <strong>de</strong> minérios.51 Ib<strong>de</strong>m, p. 7052 Vi<strong>de</strong> anexos.51
5.2 VENEZUELA NO MERCOSUL: UMA AMEAÇA À HEGEMONIABRASILEIRA NO SUBCONTINENTE?Em 1995 a Venezuela manifestou interesse em aproximar-se do Mercosul,antes que houvesse uma consolidação da ALCA. Para a articulação <strong>de</strong>ssaconvergência <strong>de</strong> interesses, data <strong>de</strong> 1999 as negociações do Brasil com aComunida<strong>de</strong> Andina, bloco li<strong>de</strong>rado pela Venezuela. Essas negociações se referemao acordo <strong>de</strong> preferência alfan<strong>de</strong>gária para 2.728 produtos até fins <strong>de</strong> 2000 53 . Esseacordo, portanto lançou bases para a subscrição acordo <strong>de</strong> livre comércio entre osdois blocos, o que ensejou, por ocasião da visita <strong>de</strong> Hugo Chávez a Brasília em2001 a solicitação da entrada da Venezuela no Mercosul.Des<strong>de</strong> 2002, portanto a presidência brasileira fora assumida por umpresi<strong>de</strong>nte esquerdista, Luís Inácio Lula da Silva, que, segundo a sua políticaexterna, o Brasil primaria pela multilateralida<strong>de</strong> nos foros internacionais, <strong>de</strong>alinhamento não automático com os Estados Unidos e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo o seuposicionamento, voltado à solução <strong>de</strong> outras questões como a superação dosproblemas econômico-sociais. Nesse contexto, a América do Sul tinha umacorrelação <strong>de</strong> intenções <strong>de</strong> atos políticos, o que transformava a região emestratégica para o Brasil.Nosso objetivo era articular a América do Sul, num primeiromomento, para criar uma solidarieda<strong>de</strong> regional. Numa conjunturaadversa, tentamos mudar a correlação <strong>de</strong> forças internacional. Po<strong>de</strong>parecer pretensioso, mas ou se aceita passivamente a correlação <strong>de</strong>forças, ou se tenta alterá-la. Nós interviemos para mudarsignificativamente a região. Penso que tivemos sucesso. Hoje há umgran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> governos <strong>de</strong> esquerda e <strong>de</strong> centro-esquerda que,embora distintos entre si, buscam pontos <strong>de</strong> convergência. Mesmoadministrações mais conservadoras foram empurradas para essadiretriz feral <strong>de</strong> unida<strong>de</strong> sul-americana 54 .Todos esses atos coadunam com a intenção do Brasil se tornar lí<strong>de</strong>r perantea sua real proeminência no subcontinente e <strong>de</strong>vido ao prestígio adquirido no cenáriointernacional, além e, principalmente, mediante a observância da convergência <strong>de</strong>interesses, que, entre outros é transformar a América do Sul mais in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte esoberana por meio da integração.53 CERVO, 2001, p. 176.54 GARCIA, 2006: 0352
- Page 1 and 2: UNIVERSIDADECATÓLICA DEBRASÍLIAPR
- Page 3 and 4: Monografia defendida e aprovada com
- Page 5: AgradecimentosÀ Maria Luísa, luz
- Page 8 and 9: LISTA DE TABELAS E QUADROSTabela 1
- Page 10 and 11: SIPAM - Sistema de proteção da Am
- Page 12 and 13: 7.1.2 Jornais, revistas e periódic
- Page 14 and 15: extemporâneas. Desde então, ficou
- Page 16 and 17: Chávez dividiu a Venezuela. Para a
- Page 18 and 19: Qualquer nota oriunda da imprensa e
- Page 20 and 21: entre eles, considerarão a naturez
- Page 22 and 23: internacionalmente, o que pode repr
- Page 24 and 25: 2 REFERENCIAL TEÓRICO2.1 Revisão
- Page 26 and 27: vivida na América Latina, como os
- Page 28 and 29: ambiente doméstico para, então, p
- Page 30 and 31: da guerra e militarização, inquie
- Page 32 and 33: que em seu contexto apresente diver
- Page 34 and 35: A ditadura de Pérez Jimenéz foi e
- Page 36 and 37: primordialmente pela receita petrol
- Page 38 and 39: para um estado abjeto de pobreza e
- Page 40 and 41: Ainda assim, a Assembléia ameaçou
- Page 42 and 43: Bolivariana (unificados os três ra
- Page 44 and 45: Por mais instruídos que e confiáv
- Page 46 and 47: possibilidade de que as eleições
- Page 48 and 49: Esse caráter de escolha por negoci
- Page 50 and 51: O Brasil demonstrou interesse em de
- Page 54 and 55: A grande diferenciação do Brasil
- Page 56 and 57: 6 CONCLUSÃOO relacionamento do Bra
- Page 58 and 59: país. Ademais, o estilo chavista e
- Page 60 and 61: 7 REFERÊNCIAS7.1 Mídia impressa7.
- Page 62 and 63: SCHUMPETER, Joseph A (Editado por G
- Page 64 and 65: Acesso em 31 de julho de 2009.MACHA
- Page 66 and 67: ANEXOSTabela 2 - Atos bilaterais en