Morgana Nogueira de Souza Buarque.pdf - Universidade Católica ...

vivida na América Latina, como os milhões de pobres sem terra para morar oucultivar, pela separação das camadas rica e pobre, não tendo os Estados Unidos seincomodado com os governos anteriores que não se dedicavam a diminuir essefosso, conquanto tenha se dedicado à intervenção em quase todos os paíseschamados de Terceiro Mundo.Golinder ainda propõe a seguinte reflexão apresentando idéia contrária aoconcebido internacionalmente: não seriam os Estados Unidos e não Chávez, osculpados pela tentativa de destruir a democracia venezuelana, quando declararamapoio a um ato anti-democrático, quer seja um golpe de Estado, em detrimento deeleições livres e justas, num país com os Poderes legislativo e jurídico em plenofuncionamento?A justificativa da escolha do livro, que contraria os propósitos do presentetrabalho, se justifica no sentido de evitar a glosa e estudar os diversos pontos devista em relação aos acontecimentos na Venezuela no período proposto para oestudo.2.2 Marco TeóricoPara elaboração deste projeto, foram consideradas as Escolas Realistae o paradigma Globalista das Relações Internacionais e a Teoria da DemocraciaSoberana, além das considerações acerca de teorias não democráticas, para ajustificação da caracterização do governo de Hugo Chávez.2.2.1 RealismoO paradigma realista, que data do pós-segunda guerra mundial, surgiu comoum contraponto ao idealismo de Kant. Seus conceitos encontram amparo nas obrasde Nicolau Maquiavel “O Príncipe” (1532) e no “O Leviatã” (1615) de ThomasHobbes. Na perspectiva realista, a política em ambiente global é definida pelo poderexercido de cada Estado. E a política executada internamente é distinta daquelaregida internacionalmente, sendo o Estado o ator único racional que age com basenum cálculo custo-benefício.25