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Morgana Nogueira de Souza Buarque.pdf - Universidade Católica ...

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Embora sem admitir abertamente, Bart Jones privilegia bastante a pessoa <strong>de</strong>Chávez, diversas vezes no livro se referindo a ele como um incansável comandantecom objetivos, por mais que sejam obscuros seus meios, claros e nobres, que aindaos julga indiscutíveis. Ainda assim, não omite e nem abranda as atitu<strong>de</strong>s esdrúxulasdo comandante contra a imprensa, por exemplo.Por fim, o autor alinha Chávez à visão do presi<strong>de</strong>nte que prima cuidar daVenezuela fazendo o que há <strong>de</strong> mais óbvio e mais emergencial – numa visão guiadapelo senso comum e não ao sabor <strong>de</strong> conveniências.Anterior à publicação <strong>de</strong> Jones, o livro <strong>de</strong> Cristina Marcano e Alberto BarreraTyszka, Hugo Chávez sem uniforme – uma história pessoal, no mesmo diapasãotrata da vida <strong>de</strong> Chávez e da influência personalida<strong>de</strong> do presi<strong>de</strong>nte. Logo noprefácio, assinado pelo Professor Titular <strong>de</strong> História Mo<strong>de</strong>rna e Contemporânea daUFRJ, Francisco Carlos Teixeira da Silva, traça-se um panorama sobre a Venezuela,fazendo um paralelo entre a era pré e pós Chávez, não olvidando elencar orelacionamento <strong>de</strong> cada país latino-americano com os Estados Unidos.No livro <strong>de</strong> Eva Golin<strong>de</strong>r, El Código Chávez, a autora, advogadavenezuelana – norte-americana especializada em leis internacionais <strong>de</strong> direitoshumanos e imigração, relata ter iniciado sua pesquisa a respeito da ingerência norteamericanana Venezuela em meados <strong>de</strong> 2003, após o golpe <strong>de</strong> 2002, no qualafirma, consubstanciada em documentos ultra-secretos da CIA (Agência Central <strong>de</strong>Inteligência) obtidos por ela em 2004, que os Estados Unidos tiveram participaçãoveemente no referido golpe: seja por apoio aberto e reconhecimento imediato, nosentido <strong>de</strong> legitimar Carmona (o breve sucessor <strong>de</strong> Chávez), seja pelo financiamentoestimado em mais <strong>de</strong> US$20 milhões para grupos anti-chavistas.Em seu livro, a autora <strong>de</strong>nota certa revolta com a maquiagem feita pelosEstados Unidos para a Venezuela. As <strong>de</strong>clarações da ex-secretária <strong>de</strong> EstadoCondoleeza Rice, em janeiro <strong>de</strong> 2005 (ano em que foi nomeada ao cargo), na qualRice <strong>de</strong>clarou a Venezuela como parte do “eixo do Mal” latino-americano(naturalmente unida a Cuba), induzindo a opinião pública internacional a pensar quealgo <strong>de</strong>veria ser feito contra Chávez, por <strong>de</strong>srespeito a proprieda<strong>de</strong> privada e outroscrimes não especificados abertamente. Todavia, argumenta Golin<strong>de</strong>r, o ato quecaracterizava tal ação para os Estados Unidos se tratava somente <strong>de</strong> uma reformaagrária consentida até mesmo por muitos empresários que concordavam emeliminar as terras ociosas. A revolta da advogada remete ao <strong>de</strong>sprezo pela realida<strong>de</strong>24

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