94De acor<strong>do</strong> com Timby (2001) a administração de hemoderiva<strong>do</strong>s devem seguir algum<strong>as</strong>determinações padronizad<strong>as</strong>. O cali<strong>br</strong>e da agulha deve ser no mínino 20, pois um cali<strong>br</strong>e menorpode prolongar a administração ultrap<strong>as</strong>san<strong>do</strong> os limites de segurança para o procedimento.A equipe de enfermagem deve realizar a administração de componenteshemoderiva<strong>do</strong>s, seguin<strong>do</strong> rigorosamente tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> recomendações preconizad<strong>as</strong>, conferin<strong>do</strong> omaterial envia<strong>do</strong> com a prova cruzada entre <strong>do</strong>a<strong>do</strong>r e receptor, observan<strong>do</strong> <strong>as</strong> prescrições noprontuário, registran<strong>do</strong> <strong>as</strong> informações de identificação <strong>do</strong> material administra<strong>do</strong>. Permanecerobservan<strong>do</strong> <strong>as</strong> reações <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so durante to<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong> de administração <strong>do</strong>s hemoderiva<strong>do</strong>s,verifican<strong>do</strong> sinais vitais freqüentemente.Segun<strong>do</strong> Timby (2001) sugere algum<strong>as</strong> ações na administração <strong>do</strong>s hemoderiva<strong>do</strong>s:Verificar a identidade <strong>do</strong> <strong>paciente</strong>; determinar a necessidade ou não deconsentimento por escrito; verificar o tamanho <strong>do</strong> equipamento atual devenopunção, c<strong>as</strong>o esteja sen<strong>do</strong> infundida solução intravenosa; revisar oprontuário médico na busca de resulta<strong>do</strong>s so<strong>br</strong>e o tipo sangüíneo e oscruzamentos; verificar sinais vitais frequentemente para estabelecerparâmetros comparativos durante a transfusão.A autora op cit recomenda verificar os prazos de validade <strong>do</strong> sangue, examine o <strong>as</strong>pecto<strong>do</strong> material conti<strong>do</strong> na bolsa, interromper a administração aos sinais de incompatibilidade,sen<strong>do</strong> eles fe<strong>br</strong>e, septicemia, alergia, tremor modera<strong>do</strong>, so<strong>br</strong>ecarga e hipocalcemia.5.3.2.8 Complicações urológic<strong>as</strong> <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so no perío<strong>do</strong> pós-operatórioConstata-se no gráfico 6 que <strong>as</strong> complicações urológic<strong>as</strong> foram identificad<strong>as</strong> em 20(4,1%) <strong>do</strong>s eventos apresenta<strong>do</strong>s por 19 (15,3%) i<strong>do</strong>sos, distribuíd<strong>as</strong> em 6 (1,4%) dificuldadesde controle de esfíncter; 5 (1,2%) anúria; 4 (0,9%) hematúria; 3 (0,7%) de i<strong>do</strong>sos com globovesical; e 2 (0,4%) de infecções <strong>do</strong> trato urinário. Est<strong>as</strong> complicações ficaram abaixo <strong>do</strong>espera<strong>do</strong>, na prática <strong>do</strong> cuida<strong>do</strong> cotidiano, percebe-se que são freqüentes <strong>as</strong> intervenções deenfermagem para auxiliar os i<strong>do</strong>sos n<strong>as</strong> dificuldades em eliminar espontaneamente a urinaproduzida no pós-operatório, ou nos problem<strong>as</strong> que a utilização de cateteres vesicaisprovocam.A anúria refere-se à ausência de urina ou a uma eliminação de até 100 ml em 24 hor<strong>as</strong>.Se os rins estão forman<strong>do</strong> urina, pode ser usa<strong>do</strong> o termo supressão urinária. A característicamais marcante da supressão urinária é o fato de a bexiga estar vazia, não haven<strong>do</strong>,
95conseqüentemente, pressa para urinar. A retenção urinária é identificada através de uma bexigaprogressivamente distendida (TIMBY, 2001).Conforme Dutie e Katz (2002) os <strong>paciente</strong>s com sond<strong>as</strong> de demora apresentam urinainfectada freqüentemente e que a incidência de bacteriúria após inserção de cateter é de 7 a 8%ao dia, sen<strong>do</strong> que em um perío<strong>do</strong> de 3 a 4 seman<strong>as</strong> virtualmente to<strong>do</strong>s os <strong>paciente</strong>s apresentamsebacteriúricos.Os autores op cit referem que ainda são esc<strong>as</strong>sos os estu<strong>do</strong>s detalha<strong>do</strong>s so<strong>br</strong>e <strong>as</strong>alterações <strong>do</strong> trato urinário inferior em i<strong>do</strong>sos, sabe-se que em ambos os sexos, a prevalênciade contrações involuntári<strong>as</strong>, bacteriúria e de volume residual pós-miccional aumenta. Essareserva pós-miccional <strong>as</strong>sociada a outros fatores de risco predispõem o i<strong>do</strong>so às infecções.Após a cirurgia a <strong>do</strong>r, a restrição no leito a redução da tonicidade da bexiga, o me<strong>do</strong>, ospu<strong>do</strong>res em utilizar-se de recipientes para eliminação da urina, diferentes <strong>do</strong> encontra<strong>do</strong> no<strong>do</strong>micílio, inibem a eliminação de urina espontânea no i<strong>do</strong>so. Se <strong>as</strong> mano<strong>br</strong><strong>as</strong> de estimulaçãoespontânea não obtiverem sucesso recomenda-se o cateterismo, sen<strong>do</strong> o intermitente preferívelao de demora. No entanto, se este não for possível, os cuida<strong>do</strong>s com a sondagem de demoradevem seguir rigorosamente <strong>as</strong> técnic<strong>as</strong> preconizad<strong>as</strong> a fim de restringir a possibilidade decomplicações..5.3.2.9 Complicações de restrição de mobilidade <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so no perío<strong>do</strong> pós-operatórioVerifica-se no quadro 3 que 10 (2,3%) <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos mostraram problem<strong>as</strong> commobilidade <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos, dentre esta a própria deambulação 10 (2,3%); lombalgia 5 (1,2%) e aqueda 2 (0,4%).A imobilidade no leito está <strong>as</strong>sociada à perda de capacidade funcional além deaumentar a probabilidade de desenvolver outr<strong>as</strong> complicações, como <strong>as</strong> respiratóri<strong>as</strong>,v<strong>as</strong>culares e neuropsiquiátric<strong>as</strong>.A lombalgia é relatada em alguns estu<strong>do</strong>s como resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> posicionamento cirúrgico,por vezes longo, dificultan<strong>do</strong> a mobilização <strong>do</strong> <strong>paciente</strong>.ver autorA queda é conseqüência de outros eventos que podem acometer o i<strong>do</strong>so. O repousoprolonga<strong>do</strong>, a perda de líqui<strong>do</strong>s no intra-operatório, ação de medicamentos, a fraquezaprovocada por anemi<strong>as</strong> crônic<strong>as</strong> e vômitos e diarréi<strong>as</strong> de repetição, podem propiciar ahipotensão ortostática.Segun<strong>do</strong> Maciel (2002, p. 18):
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