90Angústia Respiratória 2 (0,4%). A dispnéia foi o evento de maior freqüência para complicaçãorespiratória, sen<strong>do</strong> registrada em 29 (23,4%) <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos investiga<strong>do</strong>s.Estes da<strong>do</strong>s são semelhantes aos encontra<strong>do</strong>s por Men<strong>do</strong>za (2006) que evidenciaram adispnéia em i<strong>do</strong>sos na proporção de 20%.Segun<strong>do</strong> Petroianu e Pimenta (1998) a pneumonia se encontra presente emaproximadamente 50% d<strong>as</strong> mortes pós-operatóri<strong>as</strong>, freqüentes em cirurgi<strong>as</strong> torácic<strong>as</strong> ouab<strong>do</strong>minais e em <strong>paciente</strong>s acama<strong>do</strong>s, <strong>as</strong> atelect<strong>as</strong>i<strong>as</strong> são freqüentes, por restrição respiratória,seja devi<strong>do</strong> à <strong>do</strong>r ou à dificuldade de expansão da caixa torácica. Colaboram ainda para essacomplicação a respiração naturalmente mais superficial <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so, redução <strong>do</strong> tono muscular <strong>do</strong>diafragma e <strong>do</strong>s músculos acessórios da respiração, enrijecimento d<strong>as</strong> cartilagens costais e oaumento <strong>do</strong> espaço vazio (morto) respiratório, por dilatação da árvore traqueo<strong>br</strong>ônquica, alémda pior ventilação alveolar.O autor op cit recomenda que se o i<strong>do</strong>so enfisematoso por tabagismo, pneumoconioseou <strong>as</strong>ma crônica, os cuida<strong>do</strong>s especiais devem iniciar no pré-operatório. Nesses c<strong>as</strong>os, o aportede oxigênio no transoperatório é muito benéfico, porém, ao se tentar extubar o <strong>do</strong>ente, pode-seencontrar dificuldade em que ele <strong>as</strong>suma sua respiração, tanto por falta de estímulo central,quanto por insuficiência muscular e <strong>do</strong>r. A antibioticoprofilaxia também está justificada nessesc<strong>as</strong>os. A hidratação adequada fluidifica melhor o muco e contribui para sua remoção da árvore<strong>br</strong>ônquica, prevenin<strong>do</strong> obstruções. Entretanto, deve-se ter o cuida<strong>do</strong> para evitar a hiperhidrataçãoque pode complicar o quadro pulmonar com excesso de transudação, chegan<strong>do</strong> até oedema, além de efeitos adversos em outr<strong>as</strong> partes <strong>do</strong> organismo.Segun<strong>do</strong> Sitta, Lapa e Macha<strong>do</strong> (2005, p. 202):O envelhecimento está <strong>as</strong>socia<strong>do</strong> à redução da el<strong>as</strong>ticidade alveolar eaumento da rigidez da parede torácica, causan<strong>do</strong> diminuição da capacidadepulmonar total e da complacência, além da diminuição corrente e dacapacidade vital forçada. Est<strong>as</strong> situações que tornam o indivíduo maissusceptível a atelect<strong>as</strong>i<strong>as</strong> e diminuição <strong>do</strong> fluxo expiratório parecem nãocontribuir de forma incisiva para ocorrência de complicações pulmonares nopós-operatório.Enquanto que Johnson (2001) atribui um risco aumenta<strong>do</strong> de complicações pulmonaresa procedimentos que consistem em incisões <strong>do</strong> abdômen superior ou tórax, recomendan<strong>do</strong>nestes c<strong>as</strong>os a investigação prévia da função pulmonar no perío<strong>do</strong> pré-operatório.As principais complicações pulmonares evidenciad<strong>as</strong> por Sitta, Lapa e Macha<strong>do</strong> (2005)no perío<strong>do</strong> pós-operatório são <strong>as</strong> atelect<strong>as</strong>i<strong>as</strong>, insuficiência respiratória, <strong>br</strong>oncoesp<strong>as</strong>mo e
91ventilação mecânica prolongada, que em decorrência da manipulação da cavidade ab<strong>do</strong>minalno procedimento cirúrgico, promove a redução da capacidade funcional residual, aumentan<strong>do</strong> aresistência d<strong>as</strong> vi<strong>as</strong> aére<strong>as</strong>.Ao analisar a evolução pós-operatória de 288 i<strong>do</strong>sos, Seymor e Vaz apud CarvalhoFilho (2005, p. 642), verificaram que <strong>as</strong> complicações respiratóri<strong>as</strong> foram <strong>as</strong> de maiorfreqüencia. Dentre <strong>as</strong> complicações pulmonares a atelect<strong>as</strong>ia ocorreu em 17% <strong>do</strong>s <strong>paciente</strong>s,traqueo<strong>br</strong>onquite aguda em 12% e pneumonia em 10%. Ess<strong>as</strong> complicações foram três vezesmais freqüentes em <strong>paciente</strong>s que sofreram abertura da cavidade torácica ou ab<strong>do</strong>minal emrelação aos que não sofreram.Pode-se se <strong>as</strong>sociar às complicações respiratóri<strong>as</strong> os fatores de risco relaciona<strong>do</strong>s aobesidade, desnutrição, tabagismo, etilismo, sedentarismo. Ainda <strong>as</strong> <strong>do</strong>enç<strong>as</strong> crônic<strong>as</strong>adquirid<strong>as</strong>, o tempo cirúrgico prolonga<strong>do</strong>, internamentos hospitalares de repetição, imobilidadeprolongada no leito, outr<strong>as</strong> <strong>do</strong>enç<strong>as</strong> osteomusculares que dificultem a mobilização e outr<strong>as</strong>.Entende-se que o olhar atento da equipe de enfermagem e o trabalho conjunto da equipede saúde possam reduzir os fatores de risco para desenvolvimento de complicaçõesrespiratóri<strong>as</strong>. As complicações respiratóri<strong>as</strong> podem causar desconforto aos i<strong>do</strong>sos além deaumentar o perío<strong>do</strong> de hospitalização, utilização de medicamentos e de procedimentos.5.3.2.6 Alterações de sinais vitais <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so no perío<strong>do</strong> pós-operatórioObserva-se no gráfico 6 que ocorreram 33 (7,4%) eventos referentes às alterações desinais vitais como: hipertensão 13 (3,0%), hipotensão 10 (2,2%), hipertermia; 5 (1,2%),taquipinéia 3 (0,7%) e hipotermia 2 (0,4%). Os padrões de freqüência cardíaca, pressãoarterial, freqüência respiratória e temperatura possuem característic<strong>as</strong> peculiares na avaliaçãode i<strong>do</strong>sos, nem sempre identificad<strong>as</strong> como anormais para profissionais que não estejamcapacita<strong>do</strong>s a identificá-l<strong>as</strong>.O organismo <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so nem sempre responde ao trauma cirúrgico de maneiraconvencional. A hipotermia foi o evento de menor incidência em nosso estu<strong>do</strong>, no entanto éevento relata<strong>do</strong> na literatura como freqüente no pós-operatório em i<strong>do</strong>sos. Estu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> porMen<strong>do</strong>za (2006) refere a hipotermia como alteração mais freqüente evidenciada na sala derecuperação pós-anestésica, justificada pela influência <strong>do</strong>s anestésicos no sistema respiratório.Associa ainda <strong>as</strong> alterações de temperatura corporal com a ocorrência de complicações.Segun<strong>do</strong> Sessler apud Men<strong>do</strong>za (2006):
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