88Como fatores de risco para complicações locais da ferida operatória locais podem-secitar: vômitos incoercíveis, soluços, tosse, peritonites, íleos prolonga<strong>do</strong>s, queimadur<strong>as</strong> prévi<strong>as</strong>da parede ab<strong>do</strong>minal que alteram a sua irrigação, distensão ab<strong>do</strong>minal, manipulação excessiva<strong>do</strong>s teci<strong>do</strong>s, homeost<strong>as</strong>ia inadequada, infecção de parede, utilização de fios inadequa<strong>do</strong>s,insuficiente força tensora <strong>do</strong> nó, degermação insuficiente, entre outros (ALEXANDER ePRUDDEN, 1996).5.3.2.3 Complicações cardiov<strong>as</strong>culares <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so no perío<strong>do</strong> pós-operatórioConstata-se no gráfico 6 que <strong>as</strong> complicações cardiov<strong>as</strong>culares foram identificad<strong>as</strong> em48 (11,0%) de eventos afetan<strong>do</strong> 23 (18,5%) <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos investiga<strong>do</strong>s. Os eventos registra<strong>do</strong>sforam: edema 15 (3,5%), arritmi<strong>as</strong> 14 (3,2%), parada cardiorespiratória 11 (2,4%),hipovolemia 5 (1,2%), hemorragia 3 (0,7%).Para Johnson (2001, p. 404), os problem<strong>as</strong> pós-operatórios mais importantes são <strong>as</strong><strong>do</strong>ença cardíaca isquêmica, insuficiência cardíaca, arritmi<strong>as</strong>, eventos tromboembólicos,complicações respiratóri<strong>as</strong>, delirium e descondicionamento geral.Seymor e Vaz apud Carvalho Filho (p. 642, 2005) encontraram em seus estu<strong>do</strong>s 13%de c<strong>as</strong>os de complicações cardiov<strong>as</strong>culares que oc<strong>as</strong>ionaram 11 óbitos, n<strong>as</strong> primeir<strong>as</strong> hor<strong>as</strong> <strong>do</strong>perío<strong>do</strong> pós-operatório, infarto agu<strong>do</strong> <strong>do</strong> miocárdio, insuficiência cardíaca e arritmi<strong>as</strong>. ParaAshton et al e Goldman apud Johnson (2001), ocorre infarto <strong>do</strong> miocárdio em 1 a 10% <strong>do</strong>sprocedimentos não cardíacos, com risco de 1 a 5% de morte. Para <strong>paciente</strong>s com eventos pósoperatórioso risco de infarto apareceu em 4,1% <strong>do</strong>s <strong>paciente</strong>s de alto risco, defini<strong>do</strong>s comoaqueles com <strong>do</strong>ença coronariana conhecida; em 0,8% <strong>do</strong>s <strong>paciente</strong>s de risco intermediário,defini<strong>do</strong>s como aqueles com fatores de risco conheci<strong>do</strong>s para aterosclerose, tais comohipertensão, diabete e idade avançada, m<strong>as</strong> sem quaisquer sintom<strong>as</strong> cardíacos ou v<strong>as</strong>culares.De acor<strong>do</strong> com o autor op cit <strong>as</strong> complicações cardíac<strong>as</strong> e pulmonares merecem atençãoespecial em razão da magnitude potencial <strong>do</strong>s eventos adversos e <strong>do</strong> potencial de melhoraress<strong>as</strong> conseqüênci<strong>as</strong> quan<strong>do</strong> identificad<strong>as</strong> antes da cirurgia. Os eventos tromboembólicos,trombos venosos profun<strong>do</strong>s proximais e distais e embolia pulmonar, são outra grande questãogeral importante que deve ser considerada em to<strong>do</strong>s os c<strong>as</strong>os. Os <strong>paciente</strong>s que se submeterama cirurgia de um câncer de pelve ou abdômen, com história de trombose venosa profunda eembolia pulmonar estão em uma categoria de alto risco.5.3.2.4 Complicações neuropsiquiátric<strong>as</strong> <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so no perío<strong>do</strong> pós-operatório
89Evidencia-se conforme o gráfico 6 alterações neuropsiquiátric<strong>as</strong> que perfazem 47(10,6%) <strong>do</strong>s eventos, identifica<strong>do</strong>s em 29 (23,3%) <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos. Os eventos de maior evidênciaforam <strong>as</strong> alterações <strong>do</strong> padrão <strong>do</strong> sono encontrada em 10 (2,3%); a seguir a ansiedade com 9(2,0%); confusão mental 9 (2,0%); apatia 8 (1,8%); cefaléia 6 (1,4%) e agitação 5 (1,2%).As alterações neuropsiquiátric<strong>as</strong> evidenciad<strong>as</strong> no estu<strong>do</strong>, foram considerad<strong>as</strong> comodelirium no perioperatório. Segun<strong>do</strong> Sitta, Lapa e Macha<strong>do</strong> (2005), o delirium, pode sercaracteriza<strong>do</strong> por alteração de consciência, dificuldade de focalizar a atenção, prejuízocognitivo, pensamento desorganiza<strong>do</strong>, e pode estar <strong>as</strong>socia<strong>do</strong> a distúrbios da percepção.Durante a hospitalização, aproximadamente 30% <strong>do</strong>s <strong>paciente</strong>s i<strong>do</strong>sos desenvolvem quadro dedelirium. Dentre os <strong>paciente</strong>s cirúrgicos, este risco varia de 10% a 50%, <strong>as</strong>socian<strong>do</strong>-se a i<strong>do</strong>sosmais frágeis e a procedimentos mais complexos.De acor<strong>do</strong> com o autor op cit a confusão mental moderada pode responder à medid<strong>as</strong>ambientais. O ambiente hospitalar caracteriza<strong>do</strong> por ruí<strong>do</strong>s, má iluminação, ausência dejanel<strong>as</strong>, uso de contensão física, contribui para a piora <strong>do</strong> quadro. Contato sensorial freqüente eorientação verbal de pessoa familiar diminuem a agitação.Conforme Johnson (2001), o uso de opióides no pós-operatório pode ser correlaciona<strong>do</strong>ao delirium, sen<strong>do</strong> a interrupção <strong>do</strong> medicamento necessária nesses c<strong>as</strong>os. A ansiedademanifestada no perío<strong>do</strong> pós-operatório está relacionada à entubação, à monitoração, às infusõesintra-venos<strong>as</strong>, aos cuida<strong>do</strong>s respiratórios e eventualmente a permanência na unidade de terapiaintensiva. A ansiedade pode causar elevação da pressão arterial, taquicardia, extra-sistolia,taquicardia paroxística. Geralmente o tratamento com pequen<strong>as</strong> <strong>do</strong>ses de benzodiazepínicos ésuficiente para controlar essa manifestação e su<strong>as</strong> complicações.A redução <strong>do</strong>s fatores de estresse pré e pós-operatórios podem auxiliar na prevenção ecorreção <strong>do</strong>s fatores de risco para aparecimento de delirium. O enfermeiro ao utilizar oprocesso de enfermagem como instrumento de trabalho pode efetuar os diagnósticos deenfermagem e planejar <strong>as</strong> ações de maneira preventiva.5.3.2.5 Complicações respiratóri<strong>as</strong> <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so no perío<strong>do</strong> pós- operatórioDestaca-se no quadro 3 que foram detecta<strong>do</strong>s 42 (8,8%) de eventos relaciona<strong>do</strong>s àscomplicações respiratóri<strong>as</strong>, identificad<strong>as</strong> em 33 (26,6%) <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos investiga<strong>do</strong>s. Os eventosidentifica<strong>do</strong>s foram: dispnéia 29 (6,7%), tosse 9 (2,0%), pneumonia 2 (0,4%) e Síndrome da
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