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76podendo o tempo de hospitalização ser aumentado em dependência de resultados de examesdiagnósticos ou administração de medicamentos no pós-operatório que exijam hospitalização.Infelizmente os serviços de apoio além muros do hospital ainda não se encontramsintonizados para trabalhar em equipe. É preciso encontrar alternativas viáveis dentro dosrecursos municipais, estaduais e federais para levar cuidados complexos, de maneira segura ecompetente para o domicílio. Algumas iniciativas têm sido evidenciadas com os programas desaúde da família e em planos de saúde privados, no entanto ainda insipientes e insuficientespara a demanda da população.QUADRO 2: Taxa dos óbitos ocorridos no período pós-operatório por faixa etária, sexo,caráter da cirurgia, tipo de cirurgia e grau asa. Curitiba, 2007.CARACTERÍSTICAS DOSÓBITOSDESCRIÇÃON DE ÓBITOSPORCATEGORIA*TOTAL DEIDOSOS PORCATEGORIA*TAXA % DEMORTALIDADEÓbitos por faixa etária De 65 a 69 anos 6 45 13,3De 70 a 74 anos 4 47 8,5De 75 a 79 anos 2 21 9,5≥ 80 anos 3 11 27,2Óbitos por sexo Feminino 10 58 17,2Masculino 5 66 7,5Óbitos por caráter da cirurgia Eletiva 3 73 4,1Emergência 12 51 23,5Óbitos por tipo de cirurgia Laparotomias exploratória 4 10 40,0Colecistectomia 2 33 6,0Cirurgia intestinal/gástrica 7 38 18,4Herniorrafia + outra cirurgia 2 43 4,6Óbitos e Grau ASA Não avaliados para ASA 5 22 22,7ASA II 3 52 5,7ASA I 0 5 0ASA III 4 41 9,7ASA IV 3 4 75,0TOTAL 15 124 12,0Entende-se categoria como sendo as subdivisões dos grupos de idosos.Evidencia-se no quadro 2 que 15 (12%) do total de 124 idosos foram a óbito após oprocedimento cirúrgico. Considera-se que algumas patologias com altos índices de mortalidadecomo as neoplasias intestinais e as outras patologias associadas contribuíram para ocorrênciado óbito.
77A taxa de mortalidade por faixa etária se apresentou maior para os idosos com idadeigual ou acima de 80 anos representando 27%. Os óbitos para os de 65 a 70 anos, apresentoutaxa de 13% maior quando comparados aos grupos imediatamente mais velhos. Entende-seportanto, que os idosos com idade entre 70 a 79 anos apresentaram taxas menores que a dosoutros grupos. Portanto, no grupo de idosos pesquisados a idade avançada isoladamente nãorepresentou maior mortalidade para todos os grupos.O gênero feminino (17%) apresentou taxa de mortalidade 9,5% maior que a do grupomasculino (7,5%).A realização da cirurgia em caráter de emergência (23,5%) apresentou-se significativase comparada ao grupo que realizou cirurgia em caráter eletivo (4%). A literaturagerontológica é incisiva em relatar o aumento de riscos de morbidade e mortalidade paraprocedimentos cirúrgicos de emergência em idosos, principalmente porque os procedimentosde correção dos fatores de risco associados como a presença de doenças crônicas e aestabilização do quadro clínico nem sempre podem ser realizados.A técnica cirúrgica da laparotomia exploratória, utilizada em pacientes com abdomeagudo e conseqüentemente de comportamento emergencial foi o tipo de cirurgia com a maiortaxa de mortalidade (40%), seguida das cirurgias abdominais intestinais e gástricas com 18,4%.As colecistectomias por videolaparoscopia ou por técnica convencional foram identificadas em6% dos óbitos. Dos pacientes submetidos a herniorrafias, caracterizadas frequentemente porserem procedimentos realizados de maneira eletiva apresentaram taxa de mortalidade menorescom 4,6%.Os pacientes que evoluíram para óbitos totalizaram 216 dias de internação hospitalar,com média de 14,4 dias por paciente, mínimo de 0 dias de internação e máximo de 49 dias.Dos 15 idosos que foram à óbito, 5 (33,3%) chegaram a ser reoperados por complicações daintervenção cirúrgica, 3 (20%) receberam alta hospitalar e foram reinternados em curto espaçode tempo (inferior a 10 dias) e 4 (26,6%) destes idosos foram encaminhados a UTI.A ocorrência de óbitos em 15 (12%) é taxa de mortalidade superior ao referenciado pelaliteratura consultada. Entretanto, entende-se alguns fatores que poderiam se constituir emvieses da pesquisa precisam ser adequados para traçar comparações, além de se buscar osmesmos critérios de inclusão, exclusão, condições ambientais e sociais da população estudada.A literatura traz algumas considerações sobre a mortalidade em cirurgias abdominaisem idosos. Segundo Speranzini e Deutsch (2005, p. 658):a mortalidade fica reduzida nas doenças benignas, nas operações dasextremidades, na parede tóraco-abdominal ou fora das cavidades abdominal e
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77A taxa de mortalidade por faixa etária se apresentou maior para os i<strong>do</strong>sos com idadeigual ou acima de 80 anos representan<strong>do</strong> 27%. Os óbitos para os de 65 a 70 anos, apresentoutaxa de 13% maior quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong>s aos grupos imediatamente mais velhos. Entende-seportanto, que os i<strong>do</strong>sos com idade entre 70 a 79 anos apresentaram tax<strong>as</strong> menores que a <strong>do</strong>soutros grupos. Portanto, no grupo de i<strong>do</strong>sos pesquisa<strong>do</strong>s a idade avançada isoladamente nãorepresentou maior mortalidade para to<strong>do</strong>s os grupos.O gênero feminino (17%) apresentou taxa de mortalidade 9,5% maior que a <strong>do</strong> grupom<strong>as</strong>culino (7,5%).A realização da cirurgia em caráter de emergência (23,5%) apresentou-se significativ<strong>as</strong>e comparada ao grupo que realizou cirurgia em caráter eletivo (4%). A literaturagerontológica é incisiva em relatar o aumento de riscos de morbidade e mortalidade paraprocedimentos cirúrgicos de emergência em i<strong>do</strong>sos, principalmente porque os procedimentosde correção <strong>do</strong>s fatores de risco <strong>as</strong>socia<strong>do</strong>s como a presença de <strong>do</strong>enç<strong>as</strong> crônic<strong>as</strong> e aestabilização <strong>do</strong> quadro clínico nem sempre podem ser realiza<strong>do</strong>s.A técnica cirúrgica da laparotomia exploratória, utilizada em <strong>paciente</strong>s com ab<strong>do</strong>meagu<strong>do</strong> e conseqüentemente de comportamento emergencial foi o tipo de cirurgia com a maiortaxa de mortalidade (40%), seguida d<strong>as</strong> cirurgi<strong>as</strong> ab<strong>do</strong>minais intestinais e gástric<strong>as</strong> com 18,4%.As colecistectomi<strong>as</strong> por videolaparoscopia ou por técnica convencional foram identificad<strong>as</strong> em6% <strong>do</strong>s óbitos. Dos <strong>paciente</strong>s submeti<strong>do</strong>s a herniorrafi<strong>as</strong>, caracterizad<strong>as</strong> frequentemente porserem procedimentos realiza<strong>do</strong>s de maneira eletiva apresentaram taxa de mortalidade menorescom 4,6%.Os <strong>paciente</strong>s que evoluíram para óbitos totalizaram 216 di<strong>as</strong> de internação hospitalar,com média de 14,4 di<strong>as</strong> por <strong>paciente</strong>, mínimo de 0 di<strong>as</strong> de internação e máximo de 49 di<strong>as</strong>.Dos 15 i<strong>do</strong>sos que foram à óbito, 5 (33,3%) chegaram a ser reopera<strong>do</strong>s por complicações daintervenção cirúrgica, 3 (20%) receberam alta hospitalar e foram reinterna<strong>do</strong>s em curto espaçode tempo (inferior a 10 di<strong>as</strong>) e 4 (26,6%) destes i<strong>do</strong>sos foram encaminha<strong>do</strong>s a UTI.A ocorrência de óbitos em 15 (12%) é taxa de mortalidade superior ao referencia<strong>do</strong> pelaliteratura consultada. Entretanto, entende-se alguns fatores que poderiam se constituir emvieses da pesquisa precisam ser adequa<strong>do</strong>s para traçar comparações, além de se buscar osmesmos critérios de inclusão, exclusão, condições ambientais e sociais da população estudada.A literatura traz algum<strong>as</strong> considerações so<strong>br</strong>e a mortalidade em cirurgi<strong>as</strong> ab<strong>do</strong>minaisem i<strong>do</strong>sos. Segun<strong>do</strong> Speranzini e Deutsch (2005, p. 658):a mortalidade fica reduzida n<strong>as</strong> <strong>do</strong>enç<strong>as</strong> benign<strong>as</strong>, n<strong>as</strong> operações d<strong>as</strong>extremidades, na parede tóraco-ab<strong>do</strong>minal ou fora d<strong>as</strong> cavidades ab<strong>do</strong>minal e