74Os antimicrobianos foram utiliza<strong>do</strong>s por 61 (49,2%) investiga<strong>do</strong>s. O uso deantimicrobianos pelos i<strong>do</strong>sos <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>, muit<strong>as</strong> vezes foi utiliza<strong>do</strong> de maneira preventiva, noperío<strong>do</strong> pré-cirúrgico, conduta aceitável e praticada em cirurgi<strong>as</strong> potencialmente contaminad<strong>as</strong>e com risco de desenvolvimento de infecções posteriores. Para Carvalho Filho (p. 642, 2005)“em i<strong>do</strong>sos é conveniente administrar, profilaticamente, um antibiótico 30 minutos antes <strong>do</strong>início da cirurgia. C<strong>as</strong>o o ato cirúrgico dure mais de du<strong>as</strong> hor<strong>as</strong>, deve-se administrar uma <strong>do</strong>seadicional, e deve-se manter a terapêutica antibiótica no pós-operatório, pelo menos, <strong>do</strong>is di<strong>as</strong>”.O aparecimento d<strong>as</strong> <strong>do</strong>enç<strong>as</strong> no i<strong>do</strong>so gera a conseqüente necessidade de utilização demedicações para o tratamento dest<strong>as</strong> patologi<strong>as</strong>. As medicações de uso crônico, <strong>as</strong>sociad<strong>as</strong> àsexigênci<strong>as</strong> <strong>do</strong> procedimento cirúrgico aumentammedicações utilizad<strong>as</strong> neste perío<strong>do</strong>.consideravelmente a quantidade deDurante a hospitalização o número de drog<strong>as</strong> prescrit<strong>as</strong> aumenta com a idade e com otempo de permanência, de mo<strong>do</strong> que uma avaliação contínua da possibilidade de interaçõescom antibióticos e outros agentes deve ser contínua.Com o progredir da idade os indivíduos p<strong>as</strong>sam a consumir uma quantidade maior demedicamentos, denominada polifarmácia. Evidencia-se que os indivíduos com 65 anos ou maisconsomem mais de um terço d<strong>as</strong> drog<strong>as</strong> prescrit<strong>as</strong> para toda a população. A freqüência deiatrogenia medicamentosa aumenta exponencialmente com o número de drog<strong>as</strong> utilizad<strong>as</strong>,indican<strong>do</strong> que o efeitos d<strong>as</strong> drog<strong>as</strong> não é simplesmente aditivo (NOLAN e O`MAILLEY,1988).A <strong>as</strong>sociação de um número maior de drog<strong>as</strong> segun<strong>do</strong> Fleming (2001, p. 564):pode estar relacionada à gravidade d<strong>as</strong> enfermidades necessári<strong>as</strong> paraestabilizar o quadro <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos que estão em f<strong>as</strong>e de processos cirúrgicos. Aidade avançada, o sexo feminino, o baixo peso corporal, a insuficiência renalou hepática, a polifarmácia e uma história de reação a drog<strong>as</strong> estão to<strong>do</strong>s<strong>as</strong>socia<strong>do</strong>s com o risco aumenta<strong>do</strong> de reações advers<strong>as</strong>Aponta-se no quadro 1 a quantidade de medicações recebid<strong>as</strong> simultaneamente pelosi<strong>do</strong>sos, destaca-se o grupo com 04 medicações 32 (25,8%), 3 medicações <strong>as</strong>sociad<strong>as</strong> 30(24,2%) e 05 medicações 24 (19,4%).Segun<strong>do</strong> Blanski e Lenardt (2005) afirmam:o v<strong>as</strong>to universo de medicamentos lança<strong>do</strong>s a cada ano, não garante maiorbenefício ao <strong>paciente</strong>, pois junto com <strong>as</strong> vantagens d<strong>as</strong> possibilidadesterapêutic<strong>as</strong> surge o risco de efeitos indeseja<strong>do</strong>s, interações medicamentos<strong>as</strong>e cronicidade <strong>do</strong>s problem<strong>as</strong> de saúde, provoca<strong>do</strong>s em sua maioria pela faltade entendimento d<strong>as</strong> informações rep<strong>as</strong>sad<strong>as</strong> acerca da terapêuticamedicamentosa.
75As autor<strong>as</strong> op cit enfatizam a importância de que os profissionais diretamenteenvolvi<strong>do</strong>s com o medicamento e o i<strong>do</strong>so participem de forma mais efetiva e compromissadacom esses usuários, por meio de prátic<strong>as</strong> educativ<strong>as</strong> em linguagem acessível à compreensão <strong>do</strong>i<strong>do</strong>so e de sua família.TABELA 8: Associação entre tempo de internação e a incidência de complicações.Curitiba, 2007.TEMPO DE INTERNAÇÃO COMPLICAÇÃO TOTALNãoSimn % n %De 0 a 4 di<strong>as</strong> 38 58,5 27 41,5 65 52,4De 5 a 9 di<strong>as</strong> 0 0,00 26 100,0 26 21,1De 10 a 14 di<strong>as</strong> 1 5,9 16 94,1 17 13,7De 15 a 19 di<strong>as</strong> 1 12,5 7 87,5 8 6,4Acima de 20 di<strong>as</strong> 0 0,00 8 100,0 8 6,4TOTAL 40 - 84 - 124 100Visualiza-se na tabela 8 que <strong>paciente</strong>s com perío<strong>do</strong>s de internamento prolonga<strong>do</strong>sregistraram maiores percentuais de complicações. Dos i<strong>do</strong>sos que permaneceram interna<strong>do</strong>spor perío<strong>do</strong>s mais <strong>br</strong>eves 65 (52,4%) manifestaram algum tipo de complicação pós-operatória;<strong>do</strong>s interna<strong>do</strong>s por um perío<strong>do</strong> de 5 a 9 di<strong>as</strong> to<strong>do</strong>s apresentaram complicações; de 10 a 14 di<strong>as</strong>16 (94%) obtiveram registros de complicações; de 15 a 19 di<strong>as</strong> 87,5% e acima de vinte di<strong>as</strong>to<strong>do</strong>s os i<strong>do</strong>sos evidenciaram complicações.Ressalta-se que os riscos são proporcionalmente aumenta<strong>do</strong>s conforme o tempo dehospitalização, poden<strong>do</strong> ser a hospitalização originada pelo aparecimento de complicaçãorelacionada direta ou indiretamente ao procedimento cirúrgico. A hospitalização prolongadarepercute no esta<strong>do</strong> global <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so interferin<strong>do</strong> no processo de convalescença. No entanto,entende-se que muit<strong>as</strong> vezes não é possível reduzir o tempo de permanência de hospitalizaçãofato que pode ser origina<strong>do</strong> por vários fatores, incluin<strong>do</strong> a ausência de um cuida<strong>do</strong>r familiar no<strong>do</strong>micílio, necessidade de administração de medicamentos injetáveis, distúrbios endócrinos eoutros tantos. Não se pode inferir portanto, somente na variável tempo de internação pelaocorrência de complicação e sim como fator de risco importante a ser considera<strong>do</strong>.No serviço em que o estu<strong>do</strong> foi realiza<strong>do</strong> preconiza-se a alta hospitalar precoce, noentanto a realidade vivenciada em hospitais públicos nem sempre são favoráveis a esta prática,
- Page 5 and 6:
DEDICATÓRIAAo meu esposo e companh
- Page 7:
Se não houver frutos, valeu a bele
- Page 11 and 12:
LISTA DE TABELASTABELA 1 Distribui
- Page 13 and 14:
SUMÁRIO1 INTRODUÇÃO ............
- Page 15 and 16:
131 INTRODUÇÃOO processo de envel
- Page 17 and 18:
15O pós-operatório é o período
- Page 19 and 20:
17diferenciação. Para cuidar dest
- Page 21 and 22:
193 REVISÃO DA LITERATURAAs consul
- Page 23 and 24:
21Envelhecemos porque as células e
- Page 25 and 26: 23assistência e auto-realização
- Page 27 and 28: 25cuidarem de si desde tenra idade,
- Page 29 and 30: 27Pneumonia, infecções do trato u
- Page 31 and 32: 29Nos séculos XVIII e XIX, grandes
- Page 33: 31as iatrogenias decorrentes rompam
- Page 36 and 37: 34Em idosos, um alto índice de sus
- Page 38 and 39: 36neuropsiquiátricas tais como con
- Page 40 and 41: 38Tema de relevância para a enferm
- Page 42 and 43: 40envelhecer, que se caracterizam p
- Page 44 and 45: 42A Gerontologia é campo profícuo
- Page 46 and 47: 444 MATERIAIS E MÉTODOApresenta-se
- Page 48 and 49: 464.3 POPULAÇÃO E AMOSTRAA popula
- Page 50 and 51: 48Estudo qualitativo descritivo - P
- Page 52 and 53: 50e) identificação e nomeação d
- Page 54 and 55: 525 ANÁLISE DOS DADOS E INTERPRETA
- Page 56 and 57: 54problema diário organizar as dua
- Page 58 and 59: 56TABELA 01 - Distribuição das ca
- Page 60: 58abandonando sua moradia. Constata
- Page 63 and 64: 61aumentam o risco cirúrgico do cl
- Page 65 and 66: 63TABELA 4 - Distribuição dos ido
- Page 67 and 68: 65isquemia ou arritmia. Nas cirurgi
- Page 69 and 70: 67abdominais, evidenciadas no estud
- Page 71 and 72: 69TABELA 7: Distribuição dos idos
- Page 73 and 74: 71Em pacientes de idade avançada,
- Page 75: 73QUADRO 1: Distribuição das medi
- Page 79 and 80: 77A taxa de mortalidade por faixa e
- Page 81 and 82: 79GRÁFICO 4 - Associação entre i
- Page 83 and 84: 81morbidade. Transtornos depressivo
- Page 85 and 86: 83QUADRO 3: Distribuição das comp
- Page 87 and 88: 85a fatores diversos, como idade ac
- Page 89 and 90: 87(1,6%); hiperemia 5 (1,2%); evisc
- Page 91 and 92: 89Evidencia-se conforme o gráfico
- Page 93 and 94: 91ventilação mecânica prolongada
- Page 95 and 96: 93coronária, embolia pulmonar e in
- Page 97 and 98: 95conseqüentemente, pressa para ur
- Page 99 and 100: 97se a mobilização precoce do ido
- Page 101 and 102: 99de menor incidência, no entanto,
- Page 103 and 104: 101diferentes em cada indivíduo. E
- Page 105 and 106: 103A relação da equipe de enferma
- Page 107 and 108: 105dos cônjuges e desarmonia famil
- Page 109 and 110: 107F5 - “Tem que orientar, deixar
- Page 111 and 112: 109Os cuidados são realizados depe
- Page 113 and 114: 111conseqüentemente desenvolve pro
- Page 115 and 116: 113direcionadas para as necessidade
- Page 117 and 118: 115Estes achados são semelhantes a
- Page 119 and 120: 117distúrbios hidroeletrolíticos,
- Page 121 and 122: 119comprometimento com a alimentaç
- Page 123 and 124: 121A inclusão da família como age
- Page 125 and 126: 123As complicações do acesso veno
- Page 127 and 128:
125objetiva por parte dos enfermeir
- Page 129 and 130:
127Pode utilizar para tanto a assis
- Page 131 and 132:
129terminologias e teorias que sust
- Page 133 and 134:
131periodicidade dos inquéritos na
- Page 135 and 136:
133BRASIL. Ministério da Saúde. R
- Page 137 and 138:
135FREITAS, M.C. et al. Perspectiva
- Page 139 and 140:
137MENDOZA, I.Y.Q. Paciente idoso c
- Page 141 and 142:
139SANTOS JR, J.C.M. Complicações
- Page 143 and 144:
APÊNDICES141
- Page 145 and 146:
143II.II Cardiovasculares:Estase ve
- Page 147 and 148:
ANEXOS145
- Page 149:
ANEXO B147