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68Tratando da mortalidade Speranzini e Deutsch (2005) salientam que em metade dosidosos acima de 65 anos submetidos a cirurgias, 50% ocorrem em situação de emergência, queevoluem para o óbito em 75% dos casos.De acordo com os autores op cit os procedimentos cirúrgicos realizados em situação deemergência acarretam maiores índices de complicações, dentre elas as que ocorrem com maiorfreqüência no grupo de emergências são as pulmonares, cardiovasculares e infecciosas, asinfecções de parede abdominal, deiscências e fístulas.Conforme Johnson (2001, p. 401):independente da operação, pacientes que se submetem a procedimentos deurgência ou de emergência (procedimentos que têm de ser realizados dentrode 24 horas em uma admissão não programada) apresentam um riscoaumentado de resultados adversos que pode ser 2 a 4 vezes maior que nospacientes que foram submetidos eletivamente ao mesmo procedimento.Estudos realizados por Proenza et al. (2001) relatam que quanto maior a idade,aumenta-se a probabilidade de intervenções de urgência, o que acarreta um elevado índice decomplicações e óbitos. Portanto os esforços devem ser realizados no sentido de detectar asenfermidade cirúrgicas em idosos e tratá-las de forma programada para se obter melhoresresultados.

69TABELA 7: Distribuição dos idosos conforme as características da cirurgia: grau asa,duração, tipo de anestesia e as complicações gerais. Curitiba, 2007.CARACTERÍSTICASCOMPLICAÇÕESTOTALDA CIRURGIANãoSimn % n % n %Grau ASA Não Avaliados 5 22,7 17 77,3 22ASA I 3 60,0 2 40,0 5ASA II 24 46,2 28 53,8 52ASA III 8 19,5 33 80,5 41ASA IV 0 0,0 4 100,0 4Duração dacirurgiaTipoAnestesiaAté 60 minutos 17 58,6 12 41,4 29 23,561 a 120 minutos 14 35,9 25 64,1 39 31,5121 a 180 minutos 9 29,0 22 71,0 31 25,0181 a 240 minutos 0 0,0 19 100,0 19 15,0Acima de 240 0 0,0 6 100,0 6 5,0minutosGeral 15 21,4 55 78,6 70 56,5Peridural 2 50,0 2 50,0 4 3,2Raquidiana 23 63,8 13 36,2 36 29,0Geral + Peridural 0 0,0 10 100,0 10 8,1Geral + Raquidiana 0 0,0 4 100,0 4 3,2TOTAL 40 - 84 - 124 100,00Observa-se na tabela 7 que na avaliação de risco cirúrgico ASA, 52 ( 42%) dos idososforam classificados como ASA II (risco intermediário); 41 (33%) deles como ASA III ( altorisco); 22 (17,7 %) dos idosos não foram submetidos a avaliação de risco cirúrgico ocasionadospela urgência de suas afecções, sendo encaminhados para cirurgia sem avaliação adequada,distanciando-se, portanto do ideal.As escalas de avaliação de risco cirúrgicos são utilizadas como estratégias para reduziros riscos de complicações do paciente idoso, como preditores de risco global. Na instituiçãoem que o estudo foi realizado utiliza-se a escala do risco cirúrgico da American Society ofAnesthesiology (ASA, 1998), que considera o risco de mortalidade geral de acordo com aidade e o status de doença sistêmica associada.No que concerne aos anestésicos, a incidência de complicações evidencioucorrespondência com a anestesia geral e tempo de duração do procedimento. Verifica-se que amaioria dos pacientes 70 (56,4%) foi submetida à anestesia geral, e somando a esta as

68Tratan<strong>do</strong> da mortalidade Speranzini e Deutsch (2005) salientam que em metade <strong>do</strong>si<strong>do</strong>sos acima de 65 anos submeti<strong>do</strong>s a cirurgi<strong>as</strong>, 50% ocorrem em situação de emergência, queevoluem para o óbito em 75% <strong>do</strong>s c<strong>as</strong>os.De acor<strong>do</strong> com os autores op cit os procedimentos cirúrgicos realiza<strong>do</strong>s em situação deemergência acarretam maiores índices de complicações, dentre el<strong>as</strong> <strong>as</strong> que ocorrem com maiorfreqüência no grupo de emergênci<strong>as</strong> são <strong>as</strong> pulmonares, cardiov<strong>as</strong>culares e infeccios<strong>as</strong>, <strong>as</strong>infecções de parede ab<strong>do</strong>minal, deiscênci<strong>as</strong> e fístul<strong>as</strong>.Conforme Johnson (2001, p. 401):independente da operação, <strong>paciente</strong>s que se submetem a procedimentos deurgência ou de emergência (procedimentos que têm de ser realiza<strong>do</strong>s dentrode 24 hor<strong>as</strong> em uma admissão não programada) apresentam um riscoaumenta<strong>do</strong> de resulta<strong>do</strong>s adversos que pode ser 2 a 4 vezes maior que nos<strong>paciente</strong>s que foram submeti<strong>do</strong>s eletivamente ao mesmo procedimento.Estu<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>s por Proenza et al. (2001) relatam que quanto maior a idade,aumenta-se a probabilidade de intervenções de urgência, o que acarreta um eleva<strong>do</strong> índice decomplicações e óbitos. Portanto os esforços devem ser realiza<strong>do</strong>s no senti<strong>do</strong> de detectar <strong>as</strong>enfermidade cirúrgic<strong>as</strong> em i<strong>do</strong>sos e tratá-l<strong>as</strong> de forma programada para se obter melhoresresulta<strong>do</strong>s.

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