64TABELA 5: Distribuição <strong>do</strong>s registros de exames laboratoriais pré-operatórios por<strong>paciente</strong>. Curitiba, 2007.TIPO DE EXAME LABORATORIAL n %Hematócrito 111 89,5Creatinina 109 87,9Hemoglobina 107 86,3Glicemia de Jejum 106 85,5Plaquet<strong>as</strong> 104 83,9Potássio 104 83,9Sódio 101 81,5Leucócitos 69 55,6* distribuição percentual <strong>do</strong>s exames laboratoriais foi realizada pelo total de <strong>paciente</strong>s e não total de examesrealiza<strong>do</strong>s.Observa-se na tabela 5 que a contagem de leucócitos apresentou menor registro derealização 69 (55,6%) consideran<strong>do</strong>-se os 124 i<strong>do</strong>sos <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>; equilí<strong>br</strong>io eletrolítico <strong>do</strong>sódio 101 (81,5%); potássio 104 (83,9%) e coagulação sangüínea 104 (83,9%). Os examesrealiza<strong>do</strong>s em percentual maior de <strong>paciente</strong>s foram o hematócrito 111 (89,5%), creatinina 109(87,9%), hemoglobina 107 (86,3%) e hemoglobina 107 (86,3%).A maioria <strong>do</strong>s <strong>paciente</strong>s apresentavam resulta<strong>do</strong>s de exames anteriores ao internamento,no entanto alguns hospitaliza<strong>do</strong>s em caráter de emergência, não foram submeti<strong>do</strong>s a examespré-operatórios conforme preconiza<strong>do</strong>. Os protocolos <strong>do</strong> serviço para cirurgi<strong>as</strong> de emergência,incluem avaliações <strong>do</strong>s riscos para o <strong>paciente</strong>, a urgência da intervenção e a avaliação <strong>do</strong>esta<strong>do</strong> geral <strong>do</strong> <strong>paciente</strong>. O tempo que antecede a decisão para realização da cirurgia éconsidera<strong>do</strong> fator importante quan<strong>do</strong> envolve situações de emergência com i<strong>do</strong>sos, poden<strong>do</strong>ser um grande alia<strong>do</strong> se utiliza<strong>do</strong> racionalmente.As recomendações <strong>do</strong>s protocolos para exames clínicos pré-cirúrgicos incluem ohemograma completo para avaliar qualquer infecção ou anemia; glicemia de jejum parar<strong>as</strong>treamento <strong>do</strong> diabetes, os eletrólitos como uréia e creatinina para determinar o risco dearritmi<strong>as</strong> cardíac<strong>as</strong> e insuficiência renal pós-operatória, o grupo sanguíneo, fator Rh e teste decoagulabilidade sanguínea para detectar distúrbios da coagulação <strong>do</strong> sangue,conseqüentemente risco de hemorragia e choque hipovolêmico durante e após a cirurgia. Asradiografi<strong>as</strong> de tórax para r<strong>as</strong>trear a <strong>do</strong>ença pulmonar e eletrocardiograma para detectar
65isquemia ou arritmia. N<strong>as</strong> cirurgi<strong>as</strong> ab<strong>do</strong>minais acrescentam-se a estes os exames de urina efezes (JOHNSON, 2001).Em cirurgi<strong>as</strong> eletiv<strong>as</strong> a investigação atenta <strong>do</strong>s exames laboratoriais no perío<strong>do</strong> préoperatóriopode e deve ser utilizada para se proceder <strong>as</strong> correções necessári<strong>as</strong> a fim depromover o equilí<strong>br</strong>io funcional <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so antes da cirurgia.De acor<strong>do</strong> com Sitta, Lapa e Macha<strong>do</strong> (2005) a avaliação pré-operatória procuraidentificar e quantificar os possíveis fatores de risco para promover intervenções denormalização ou controle d<strong>as</strong> disfunções, preparan<strong>do</strong> o i<strong>do</strong>so para melhor enfrentar o estresse<strong>do</strong> evento cirúrgico. Atenção especial a história <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so, freqüentemente mais extensa e commaiores detalhes que em outros <strong>paciente</strong>s, ao exame físico e exames laboratoriais básicosauxiliam a predizer com certa segurança os riscos perioperatórios.No i<strong>do</strong>so, apen<strong>as</strong> os exames laboratoriais não são suficientes para identificar riscos edeficiênci<strong>as</strong>, sen<strong>do</strong> necessário <strong>as</strong>sociar outros recursos. Os serviços de geriatria recomendam ainserção da avaliação global <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so como um recurso poderoso para identificar problem<strong>as</strong> ereduzir riscos em procedimentos cirúrgicos. Segun<strong>do</strong> Moraes (2008, p. 64):a avaliação multidimensional <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so é a sistematização desse “novo olhar”, a partir<strong>do</strong> qual se pode valorizar e “enxergar” os problem<strong>as</strong> biopsicossociais trazi<strong>do</strong>s pelo<strong>paciente</strong> e sua família, apontan<strong>do</strong> um plano de cuida<strong>do</strong>s capaz de recuperar oumanter a sua autonomia e independência, ten<strong>do</strong> em mente que “sempre é possívelmelhorar alguma coisa” mesmo que isso signifique, pelo menos, “não piorar a vidadesse i<strong>do</strong>so.5.2.2 Característic<strong>as</strong> <strong>do</strong>s registros da cirurgia e <strong>do</strong>s fatores de risco <strong>as</strong>socia<strong>do</strong>s àscomplicações e óbitosApresentam-se a seguir os acha<strong>do</strong>s referentes aos fatores de risco para realização d<strong>as</strong>cirurgi<strong>as</strong>, que incluem: tipo de cirurgia, tempo de cirurgia, tipo de anestesia, caráter daanestesia, avaliação <strong>do</strong> risco A.S.A., medicações utilizad<strong>as</strong> no perío<strong>do</strong> pós-operatório erelações dest<strong>as</strong> informações com <strong>as</strong> complicações gerais.
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