60TABELA 3: Distribuição <strong>do</strong> número de <strong>do</strong>enç<strong>as</strong> crônic<strong>as</strong> adquirid<strong>as</strong>. Curitiba, 2007.DOENÇAS CRÔNICASTOTALn* %Hipertensão arterial sistêmica 77 35,6Diabetes melito 29 13,4Cardiopati<strong>as</strong> 28 13,0DPOC 22 10,2Neopl<strong>as</strong>i<strong>as</strong> 22 10,2Demência 3 1,4Outra <strong>do</strong>ença crônica 35 16,2Total 216 100Média por <strong>paciente</strong> 1,74*O percentual foi distribuí<strong>do</strong> pelo total de <strong>do</strong>enç<strong>as</strong> registrad<strong>as</strong> = 216Evidencia-se na tabela 3 que a <strong>do</strong>ença crônica de maior prevalência identificada foihipertensão arterial sistêmica, encontrada em 77 i<strong>do</strong>sos. Consideran<strong>do</strong> a amostra <strong>do</strong>s <strong>paciente</strong>s<strong>do</strong> estu<strong>do</strong> (124), encontra-se uma incidência de 62%, que são da<strong>do</strong>s próximos aos de CarvalhoFilho (2005, p. 637) ao relatar a freqüência de 60% de hipertensão arterial sistêmica emindivíduos com mais de 65 anos de idade. Sabe-se que essa é <strong>do</strong>ença crônica que maisacomete a população adulta e i<strong>do</strong>sa mundialmente, poden<strong>do</strong> ser considerada uma “epidemia”.O diabetes melito foi identifica<strong>do</strong> em 29 i<strong>do</strong>sos; a <strong>do</strong>ença pulmonar obstrutiva crônica(DPOC), <strong>as</strong> cardiopati<strong>as</strong> e <strong>as</strong> neopl<strong>as</strong>i<strong>as</strong> foram diagnosticad<strong>as</strong> em 22 (10,2%) i<strong>do</strong>sos para cadapatologia; ainda 35 (16,2%) apresentavam outr<strong>as</strong> <strong>do</strong>enç<strong>as</strong> crônic<strong>as</strong> dentre <strong>as</strong> quais incluíam-seo hipotireoidismo, depressão e síndrome de pânico, obesidade mórbida dentre outr<strong>as</strong> commenor incidência. As <strong>do</strong>enç<strong>as</strong> crônic<strong>as</strong> em i<strong>do</strong>sos são fatores de risco para a realização decirurgi<strong>as</strong>, portanto o diagnóstico, tratamento e estabilização <strong>do</strong> quadro clínico são relevantespara prevenção de complicações em to<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong> perioperatório.A redução de custos e de sofrimentos preconiza<strong>do</strong>s pelo cuida<strong>do</strong> gerontológico, naconstrução <strong>do</strong> envelhecimento pauta<strong>do</strong> em atitudes saudáveis e adquirid<strong>as</strong> durante o curso devida, pode ser o caminho para se chegar a velhice com o menor número possível decomorbidades e ônus menores aos serviços públicos de saúde.Para o i<strong>do</strong>so em situação cirúrgica Black e Mat<strong>as</strong>sarin-Jacobs (1996) ressalta que odiabetes melito predispõe à infecção, à cicatrização tecidual deficiente e a variações daglicemia, mais profund<strong>as</strong> que o habitual. As complicações cardiov<strong>as</strong>culares e renais igualmente
61aumentam o risco cirúrgico <strong>do</strong> cliente com diabetes; <strong>paciente</strong>s com o diabetes controla<strong>do</strong> têmpropensão a responder melhor a cirurgia.As neopl<strong>as</strong>i<strong>as</strong> apareceram como a quarta <strong>do</strong>ença crônica de maior freqüência nosi<strong>do</strong>sos pesquisa<strong>do</strong>s. Conforme Men<strong>do</strong>nça e Teixeira (1995), no Br<strong>as</strong>il, o câncer é a segundacausa de morte por <strong>do</strong>ença, só supera<strong>do</strong> pel<strong>as</strong> <strong>do</strong>enç<strong>as</strong> cardiov<strong>as</strong>culares. Fatores como aurbanização, a industrialização e o aumento da expectativa de vida, contribuem para oaparecimento de um maior número de c<strong>as</strong>os de <strong>do</strong>enç<strong>as</strong>, entre el<strong>as</strong> o câncer. Ele atingepre<strong>do</strong>minantemente indivíduos de faix<strong>as</strong> etári<strong>as</strong> mais i<strong>do</strong>s<strong>as</strong> e torna-se um sério problema desaúde para este estrato da população. Acima <strong>do</strong>s 50 anos de idade, a incidência de câncer émais elevada entre <strong>as</strong> mulheres, ao p<strong>as</strong>so que após os 60 anos ela aumenta entre os homens.Pesquisa de Paes (2000) investigan<strong>do</strong> a mortalidade por caus<strong>as</strong> <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos no Br<strong>as</strong>il,refere que a mortalidade adulta por câncer de estômago entre 1980-1991, apresentou umamenor representatividade e uma diminuição no perío<strong>do</strong>. Essa tendência de redução tem si<strong>do</strong>descrita em diversos países desenvolvi<strong>do</strong>s e investigações epidemiológic<strong>as</strong> sugerem estarmais relaciona<strong>do</strong>s a mudanç<strong>as</strong> de alguns hábitos alimentares e a progressiva substituição deantigos processos de conservação <strong>do</strong>s alimentos pela refrigeração. A Neopl<strong>as</strong>ia Maligna <strong>do</strong>Cólon apareceu na população i<strong>do</strong>sa como uma importante causa de óbito, fato não verifica<strong>do</strong>entre os adultos (10 a 64 anos), ocorren<strong>do</strong> uma tendência geral de acréscimo na mortalidadepor essa categoria de neopl<strong>as</strong>ia para ambos os sexos. Assim como verifica<strong>do</strong> para a populaçãoadulta, os cânceres ginecológicos apresentaram um papel de destaque na mortalidade i<strong>do</strong>sapor <strong>do</strong>ença neoplásica.A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) apresentou uma freqüência de 22(17,7%) <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos investiga<strong>do</strong>s. Com relação ao risco cirúrgico por <strong>paciente</strong>s i<strong>do</strong>sosporta<strong>do</strong>res de <strong>do</strong>ença pulmonar grave, (2005, p. 203) ressalta que nesse grupo “o risco decomplicações pulmonares pós-operatóri<strong>as</strong> é cerca de quatro a seis vezes maior”.Nos <strong>paciente</strong>s cuj<strong>as</strong> cirurgi<strong>as</strong> foram realizad<strong>as</strong> em caráter de emergência, a avaliaçãodetalhada foi prejudicada, pois nem sempre o i<strong>do</strong>so em situação de emergência pode informarcom segurança seu histórico clínico. Ainda pode não se encontrar acompanha<strong>do</strong> por pessoapróxima, que saiba relatar com fidedignidade <strong>as</strong> <strong>do</strong>enç<strong>as</strong> pré-existentes. Portanto, os da<strong>do</strong>srelativos à ausência de <strong>do</strong>enç<strong>as</strong> crônic<strong>as</strong> podem ter si<strong>do</strong> subestima<strong>do</strong>s e supõe-se que umainvestigação com a coleta de da<strong>do</strong>s primários poderia apresentar percentuais maiores para apresença de <strong>do</strong>enç<strong>as</strong> crônic<strong>as</strong>.
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