42A Gerontologia é campo profícuo para a enfermagem atuar na prevenção e promoçãoda saúde, sen<strong>do</strong> crescente <strong>as</strong> publicações de estu<strong>do</strong>s tratan<strong>do</strong> dessa temática nos últimos anos.É certo que os mesmos buscam modificar os rumos <strong>do</strong> envelhecimento no Br<strong>as</strong>il, designan<strong>do</strong>outr<strong>as</strong> perspectiv<strong>as</strong> para os i<strong>do</strong>sos <strong>do</strong> futuro com menores índices de a<strong>do</strong>ecimento edebilidades. No entanto é preciso cuidar de maneira apropriada <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos em condições devulnerabilidade, como os hospitaliza<strong>do</strong>s.Um <strong>do</strong>s campos de atuação que merecem especial atenção da enfermagem é ahospitalar. Obviamente existem muitos profissionais de enfermagem inseri<strong>do</strong>s no processo decuidar hospitalar, no entanto, poucos têm conhecimento d<strong>as</strong> questões pertinentes à Geriatria e aGerontologia os <strong>do</strong>s benefícios que estes podem trazer para os i<strong>do</strong>sos hospitaliza<strong>do</strong>s.A atuação da enfermagem com o i<strong>do</strong>so em situação cirúrgica inicia-se na internação,com a realização de exame físico, histórico de enfermagem e prescrição <strong>do</strong>s cuida<strong>do</strong>s, atuan<strong>do</strong>preventivamente n<strong>as</strong> possíveis complicações. O i<strong>do</strong>so, por se encontrar em um ambientedesconheci<strong>do</strong>, pode se sentir vulnerável, caben<strong>do</strong> ao enfermeiro manter postura de simpatia,acolhimento, transmitir-lhe confiança e manter-se disponível para os questionamentos edúvid<strong>as</strong> que certamente estarão rondan<strong>do</strong> o imaginário <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos e de seus familiares. Asorientações a respeito da cirurgia, informações so<strong>br</strong>e o local da incisão, sond<strong>as</strong>, tipo deanestesia e outr<strong>as</strong> que se fizerem pertinentes, fazem com que o i<strong>do</strong>so esteja orienta<strong>do</strong> quantoaos procedimentos e dessa maneira possa colaborar com o tratamento. A atuação <strong>do</strong> enfermeirodeve ser de evitar complicações, para isso torna-se imprescindível conhecer o processo deenvelhecimento biológico para poder distinguir <strong>as</strong> alterações patológic<strong>as</strong> d<strong>as</strong> normais <strong>do</strong>envelhecimento.Uma abordagem funcionalista, que busca a eficiência e a eficácia <strong>as</strong>sumin<strong>do</strong> atitudesprescritiv<strong>as</strong> trata de um cotidiano impessoal. A organização <strong>do</strong>s serviços de saúde em condut<strong>as</strong>sistematizad<strong>as</strong> podem ser complementad<strong>as</strong> com <strong>as</strong> abordagens que busquem a compreensãoalém da explicação para que a prática esteja bem fundamentada cientificamente (CALDAS,2004).O modelo de cuida<strong>do</strong> em que os profissionais de saúde e da enfermagem se apóiampara desenvolver o seu ofício, vem historicamente sen<strong>do</strong> desenvolvi<strong>do</strong> para o adulto jovem.Obviamente, <strong>as</strong> divisões relacionad<strong>as</strong> à Pediatria e a Saúde da mulher trouxeram umadiferenciação necessária, m<strong>as</strong> quan<strong>do</strong> a temática é a Gerontologia, a prática cotidiana ainda seencontra insipiente. A Gerontologia pode auxiliar no desenvolvimento <strong>do</strong>s conhecimentosespecíficos ao cuida<strong>do</strong> com os i<strong>do</strong>sos, no senti<strong>do</strong> de dar suporte à equipe para trabalhar com os
43problem<strong>as</strong> característicos da f<strong>as</strong>e da vida que este vivencia tanto no ambiente social, familiar eda comunidade, quanto em situações de hospitalização.Conforme descrito n<strong>as</strong> alterações <strong>do</strong> processo de envelhecimento a maior incidência eprevalência de eventos mórbi<strong>do</strong>s nos i<strong>do</strong>sos resultam em uma demanda relativamente maior<strong>do</strong>s serviços de saúde, com maior número de consult<strong>as</strong>, maior tempo médio de internação, quetêm por conseqüência a exigência de maior e melhor <strong>as</strong>sistência nos cuida<strong>do</strong>s presta<strong>do</strong>s eprincipalmente n<strong>as</strong> orientações de cuida<strong>do</strong>s fornecid<strong>as</strong> pelos profissionais de enfermagem quefrequentemente se configuram n<strong>as</strong> prátic<strong>as</strong> de cuida<strong>do</strong> aprendi<strong>do</strong>s na academia e, portanto,considera<strong>do</strong>s de cunho científico, e isto nos faz refletir e questionar até que ponto essacaracterística d<strong>as</strong> orientações <strong>do</strong>s cuida<strong>do</strong>s atinge positivamente aos <strong>do</strong>entes (LENARDT etal., 2005).Embora possa parecer que a <strong>as</strong>sistência de enfermagem, em essência, não seja diferentepara <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> i<strong>do</strong>s<strong>as</strong>, o conhecimento d<strong>as</strong> característic<strong>as</strong> inerentes dessa f<strong>as</strong>e <strong>do</strong> ciclo vitalimpõe aos profissionais de enfermagem uma atenção especial para intervir de forma adequadae segura, enfatizan<strong>do</strong> ainda que: quanto mais a enfermeira conhecer a respeito <strong>do</strong> seu <strong>paciente</strong>e estar disponível para ele, melhor será a <strong>as</strong>sistência que ela poderá prestar (CAMPEDELLI,1983).No que concerne ao i<strong>do</strong>so em situação hospitalar, necessita-se que a enfermagemgerontológica encontre os caminhos para os campos de atuação de maneira que possacompartilhar com os outros profissionais e mem<strong>br</strong>os da equipe de enfermagem conhecimentosque resultem em melhoria <strong>do</strong> cuida<strong>do</strong> presta<strong>do</strong> específico ao i<strong>do</strong>so. Para tanto <strong>as</strong> diferenç<strong>as</strong>provocad<strong>as</strong> pelo processo de envelhecimento nos <strong>as</strong>pectos biológico, social, psicológico e <strong>as</strong>condições de vida peculiares aos i<strong>do</strong>sos no Br<strong>as</strong>il devem ser considerad<strong>as</strong> como relevantes paraque <strong>as</strong> adequações sejam realizad<strong>as</strong> com sucesso.
- Page 5 and 6: DEDICATÓRIAAo meu esposo e companh
- Page 7: Se não houver frutos, valeu a bele
- Page 11 and 12: LISTA DE TABELASTABELA 1 Distribui
- Page 13 and 14: SUMÁRIO1 INTRODUÇÃO ............
- Page 15 and 16: 131 INTRODUÇÃOO processo de envel
- Page 17 and 18: 15O pós-operatório é o período
- Page 19 and 20: 17diferenciação. Para cuidar dest
- Page 21 and 22: 193 REVISÃO DA LITERATURAAs consul
- Page 23 and 24: 21Envelhecemos porque as células e
- Page 25 and 26: 23assistência e auto-realização
- Page 27 and 28: 25cuidarem de si desde tenra idade,
- Page 29 and 30: 27Pneumonia, infecções do trato u
- Page 31 and 32: 29Nos séculos XVIII e XIX, grandes
- Page 33: 31as iatrogenias decorrentes rompam
- Page 36 and 37: 34Em idosos, um alto índice de sus
- Page 38 and 39: 36neuropsiquiátricas tais como con
- Page 40 and 41: 38Tema de relevância para a enferm
- Page 42 and 43: 40envelhecer, que se caracterizam p
- Page 46 and 47: 444 MATERIAIS E MÉTODOApresenta-se
- Page 48 and 49: 464.3 POPULAÇÃO E AMOSTRAA popula
- Page 50 and 51: 48Estudo qualitativo descritivo - P
- Page 52 and 53: 50e) identificação e nomeação d
- Page 54 and 55: 525 ANÁLISE DOS DADOS E INTERPRETA
- Page 56 and 57: 54problema diário organizar as dua
- Page 58 and 59: 56TABELA 01 - Distribuição das ca
- Page 60: 58abandonando sua moradia. Constata
- Page 63 and 64: 61aumentam o risco cirúrgico do cl
- Page 65 and 66: 63TABELA 4 - Distribuição dos ido
- Page 67 and 68: 65isquemia ou arritmia. Nas cirurgi
- Page 69 and 70: 67abdominais, evidenciadas no estud
- Page 71 and 72: 69TABELA 7: Distribuição dos idos
- Page 73 and 74: 71Em pacientes de idade avançada,
- Page 75 and 76: 73QUADRO 1: Distribuição das medi
- Page 77 and 78: 75As autoras op cit enfatizam a imp
- Page 79 and 80: 77A taxa de mortalidade por faixa e
- Page 81 and 82: 79GRÁFICO 4 - Associação entre i
- Page 83 and 84: 81morbidade. Transtornos depressivo
- Page 85 and 86: 83QUADRO 3: Distribuição das comp
- Page 87 and 88: 85a fatores diversos, como idade ac
- Page 89 and 90: 87(1,6%); hiperemia 5 (1,2%); evisc
- Page 91 and 92: 89Evidencia-se conforme o gráfico
- Page 93 and 94: 91ventilação mecânica prolongada
- Page 95 and 96:
93coronária, embolia pulmonar e in
- Page 97 and 98:
95conseqüentemente, pressa para ur
- Page 99 and 100:
97se a mobilização precoce do ido
- Page 101 and 102:
99de menor incidência, no entanto,
- Page 103 and 104:
101diferentes em cada indivíduo. E
- Page 105 and 106:
103A relação da equipe de enferma
- Page 107 and 108:
105dos cônjuges e desarmonia famil
- Page 109 and 110:
107F5 - “Tem que orientar, deixar
- Page 111 and 112:
109Os cuidados são realizados depe
- Page 113 and 114:
111conseqüentemente desenvolve pro
- Page 115 and 116:
113direcionadas para as necessidade
- Page 117 and 118:
115Estes achados são semelhantes a
- Page 119 and 120:
117distúrbios hidroeletrolíticos,
- Page 121 and 122:
119comprometimento com a alimentaç
- Page 123 and 124:
121A inclusão da família como age
- Page 125 and 126:
123As complicações do acesso veno
- Page 127 and 128:
125objetiva por parte dos enfermeir
- Page 129 and 130:
127Pode utilizar para tanto a assis
- Page 131 and 132:
129terminologias e teorias que sust
- Page 133 and 134:
131periodicidade dos inquéritos na
- Page 135 and 136:
133BRASIL. Ministério da Saúde. R
- Page 137 and 138:
135FREITAS, M.C. et al. Perspectiva
- Page 139 and 140:
137MENDOZA, I.Y.Q. Paciente idoso c
- Page 141 and 142:
139SANTOS JR, J.C.M. Complicações
- Page 143 and 144:
APÊNDICES141
- Page 145 and 146:
143II.II Cardiovasculares:Estase ve
- Page 147 and 148:
ANEXOS145
- Page 149:
ANEXO B147