38Tema de relevância para a enfermagem e espaço para pesquisa para muitosprofissionais, <strong>as</strong> úlcer<strong>as</strong> por pressão atingem um contingente significativo de i<strong>do</strong>sos. Incluemseportanto aqueles acama<strong>do</strong>s no <strong>do</strong>micílio ou hospitaliza<strong>do</strong>s por longos perío<strong>do</strong>sdesenvolven<strong>do</strong> fatores de risco para o desenvolvimento da patologia. A úlcera de pressão éresponsável por retardar o processo de alta hospitalar, demandar custos maiores aosprocedimentos, sofrimento e constrangimento aos i<strong>do</strong>sos, além de estarem diretamenterelacionad<strong>as</strong> ao aumento de morbidade e mortalidade.Segun<strong>do</strong> Rocha e Barros (2007) o desenvolvimento de úlcer<strong>as</strong> por pressão, é um graveproblema de enfermagem, pois freqüentemente, <strong>as</strong>socia<strong>do</strong> à má qualidade da <strong>as</strong>sistência eexige uma grande demanda de tempo e dinheiro para tratamento d<strong>as</strong> lesões, so<strong>br</strong>etu<strong>do</strong> quan<strong>do</strong>a prevenção recebe menos atenção, quan<strong>do</strong> não existem program<strong>as</strong> específicos volta<strong>do</strong>s paraesse problema.Como maneira de utilizarem-se meto<strong>do</strong>logi<strong>as</strong> validad<strong>as</strong> na prevenção deste problema,escal<strong>as</strong> vêm sen<strong>do</strong> utilizada para avaliação <strong>do</strong>s riscos de desenvolvimento de úlcer<strong>as</strong> porpressão. A maioria dess<strong>as</strong> escal<strong>as</strong> considera a idade como fator de risco, e ainda tipo de pele,condições de mobilidade, condições nutricionais, sexo, e outros. Com ess<strong>as</strong> informaçõesmedid<strong>as</strong> preventiv<strong>as</strong> são implementad<strong>as</strong> para evitar o aparecimento de úlcer<strong>as</strong> por pressão.3.5 CUIDADO GERONTOLÓGICO DE ENFERMAGEMSabemos que o ser humano cuida <strong>do</strong> outro, faz parte da natureza humana cuidar d<strong>as</strong>pesso<strong>as</strong> e d<strong>as</strong> cois<strong>as</strong> que o cercam, to<strong>do</strong>s temos a possibilidade de cuidar de outra pessoa, noentanto o enfermeiro faz <strong>do</strong> cuida<strong>do</strong> tema central de sua atividade profissional, com toda aespecificidade que o permeia. A enfermagem compartilha com o ser cuida<strong>do</strong> e seus cuida<strong>do</strong>resemoções, envolvimentos, comprometimentos e responsabilidades. Os i<strong>do</strong>sos recebem atençãoespecial da enfermagem por meio da gerontologia e <strong>do</strong>s conhecimentos adquiri<strong>do</strong>s ao longo <strong>do</strong>tempo so<strong>br</strong>e o processo saúde/<strong>do</strong>ença/cuida<strong>do</strong> e d<strong>as</strong> implicações para o desenvolvimento <strong>do</strong>cuida<strong>do</strong> digno e efetivo.O cuida<strong>do</strong> gerontológico é desenvolvi<strong>do</strong> de forma interdisciplinar, envolven<strong>do</strong> o seri<strong>do</strong>so num contexto que inclui a família, cuida<strong>do</strong>res informais e rede de apoio. A ênf<strong>as</strong>e napromoção da saúde <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so torna-se imprescindível, <strong>as</strong>sim como o cuida<strong>do</strong> que <strong>as</strong> patologi<strong>as</strong>requerem, de mo<strong>do</strong> que o i<strong>do</strong>so gerencie os cuida<strong>do</strong>s necessários para manter e melhorar aqualidade no seu processo de viver.
39A prática <strong>do</strong> cuida<strong>do</strong> gerontológico de enfermagem exige <strong>do</strong>mínio de habilidades econhecimentos, pressupõe relação dialógica <strong>do</strong> profissional com o i<strong>do</strong>so. Requer <strong>do</strong>sprofissionais de enfermagem, uma postura de permanente reflexão e investimentos efetivos,para que a <strong>as</strong>sistência prestada possa responder de forma concreta às necessidades <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so eestreitar <strong>as</strong> relações deste com o profissional. Os <strong>as</strong>pectos <strong>do</strong> contexto social e familiar devemser incluí<strong>do</strong>s, além de primar pelo cuida<strong>do</strong> com atenção individualizada, criativa e empenhadapor soluções realist<strong>as</strong> e viáveis para <strong>as</strong> necessidades diagnosticad<strong>as</strong>.É preciso fornecer atendimento adequa<strong>do</strong> por meio <strong>do</strong> cuida<strong>do</strong> específicogerontológico, alicerça<strong>do</strong> na promoção <strong>do</strong> cuida<strong>do</strong> de si <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so, valorizan<strong>do</strong> su<strong>as</strong>possibilidades e recursos para o envelhecimento ativo e saudável e merece<strong>do</strong>r de um cuida<strong>do</strong>digno.O cuida<strong>do</strong> digno é um valor, um direito a ser e ter em qualquer idade e muito mais navelhice. O cuida<strong>do</strong> digno é um determinante importante para a velhice com preservação d<strong>as</strong>aúde e da independência física e cognitiva, bem como expectativa de conquistar uma vidafeliz e satisfeita mesmo com os agravos advin<strong>do</strong>s com o processo de envelhecimento.Entende-se que o cuida<strong>do</strong> digno possa ser efetiva<strong>do</strong> na interação i<strong>do</strong>so/profissional, pormeio <strong>do</strong> atendimento respeitoso, <strong>as</strong>seguran<strong>do</strong>-se a privacidade, individualidade, igualdade da<strong>as</strong>sistência à saúde sem preconceitos ou privilégios. O cuida<strong>do</strong> dignoperp<strong>as</strong>sa esta interação individual e sofre influênci<strong>as</strong> <strong>do</strong>s determinantes de saúde dapopulação i<strong>do</strong>sa e deve persistir em conduzir o i<strong>do</strong>so ao exercício da cidadania e <strong>do</strong>s papéissociais desenvolvi<strong>do</strong>s durante sua vida.Na condução para esses caminhos podem-se utilizar os princípios desenvolvi<strong>do</strong>s pelaGeriatria e a Gerontologia, especialidades gême<strong>as</strong>, modern<strong>as</strong> e foram instituíd<strong>as</strong> na metade <strong>do</strong>século XX, com a fundação da Associação Internacional de Gerontologia, coordena<strong>do</strong>ra d<strong>as</strong>sociedades que começavam a se formar, diante <strong>do</strong> aumento considerável de pesso<strong>as</strong> quep<strong>as</strong>savam a atingir idades mais avançad<strong>as</strong> e exigiam um atendimento diferencia<strong>do</strong> (GOMES,1998).Tanto a Gerontologia como a Geriatria a<strong>br</strong>igam profissionais especializa<strong>do</strong>s dedica<strong>do</strong>sao tema da velhice, sen<strong>do</strong> ela entendida como o processo de modificações que ocorre noorganismo humano em relação à duração cronológica, acompanha<strong>do</strong> de alterações decomportamentos e de papéis sociais. Assim, em respeito a essa população, é necessário que seexamine o lugar destina<strong>do</strong> a ela e que representação se faz dela nos diferentes tempos elugares. Também a necessidade de preparar profissionais para melhor <strong>as</strong>sistir a esse grupo depesso<strong>as</strong> é importante. Não obstante, especialist<strong>as</strong> devem trabalhar <strong>as</strong> questões comuns <strong>do</strong>
- Page 5 and 6: DEDICATÓRIAAo meu esposo e companh
- Page 7: Se não houver frutos, valeu a bele
- Page 11 and 12: LISTA DE TABELASTABELA 1 Distribui
- Page 13 and 14: SUMÁRIO1 INTRODUÇÃO ............
- Page 15 and 16: 131 INTRODUÇÃOO processo de envel
- Page 17 and 18: 15O pós-operatório é o período
- Page 19 and 20: 17diferenciação. Para cuidar dest
- Page 21 and 22: 193 REVISÃO DA LITERATURAAs consul
- Page 23 and 24: 21Envelhecemos porque as células e
- Page 25 and 26: 23assistência e auto-realização
- Page 27 and 28: 25cuidarem de si desde tenra idade,
- Page 29 and 30: 27Pneumonia, infecções do trato u
- Page 31 and 32: 29Nos séculos XVIII e XIX, grandes
- Page 33: 31as iatrogenias decorrentes rompam
- Page 36 and 37: 34Em idosos, um alto índice de sus
- Page 38 and 39: 36neuropsiquiátricas tais como con
- Page 42 and 43: 40envelhecer, que se caracterizam p
- Page 44 and 45: 42A Gerontologia é campo profícuo
- Page 46 and 47: 444 MATERIAIS E MÉTODOApresenta-se
- Page 48 and 49: 464.3 POPULAÇÃO E AMOSTRAA popula
- Page 50 and 51: 48Estudo qualitativo descritivo - P
- Page 52 and 53: 50e) identificação e nomeação d
- Page 54 and 55: 525 ANÁLISE DOS DADOS E INTERPRETA
- Page 56 and 57: 54problema diário organizar as dua
- Page 58 and 59: 56TABELA 01 - Distribuição das ca
- Page 60: 58abandonando sua moradia. Constata
- Page 63 and 64: 61aumentam o risco cirúrgico do cl
- Page 65 and 66: 63TABELA 4 - Distribuição dos ido
- Page 67 and 68: 65isquemia ou arritmia. Nas cirurgi
- Page 69 and 70: 67abdominais, evidenciadas no estud
- Page 71 and 72: 69TABELA 7: Distribuição dos idos
- Page 73 and 74: 71Em pacientes de idade avançada,
- Page 75 and 76: 73QUADRO 1: Distribuição das medi
- Page 77 and 78: 75As autoras op cit enfatizam a imp
- Page 79 and 80: 77A taxa de mortalidade por faixa e
- Page 81 and 82: 79GRÁFICO 4 - Associação entre i
- Page 83 and 84: 81morbidade. Transtornos depressivo
- Page 85 and 86: 83QUADRO 3: Distribuição das comp
- Page 87 and 88: 85a fatores diversos, como idade ac
- Page 89 and 90: 87(1,6%); hiperemia 5 (1,2%); evisc
- Page 91 and 92:
89Evidencia-se conforme o gráfico
- Page 93 and 94:
91ventilação mecânica prolongada
- Page 95 and 96:
93coronária, embolia pulmonar e in
- Page 97 and 98:
95conseqüentemente, pressa para ur
- Page 99 and 100:
97se a mobilização precoce do ido
- Page 101 and 102:
99de menor incidência, no entanto,
- Page 103 and 104:
101diferentes em cada indivíduo. E
- Page 105 and 106:
103A relação da equipe de enferma
- Page 107 and 108:
105dos cônjuges e desarmonia famil
- Page 109 and 110:
107F5 - “Tem que orientar, deixar
- Page 111 and 112:
109Os cuidados são realizados depe
- Page 113 and 114:
111conseqüentemente desenvolve pro
- Page 115 and 116:
113direcionadas para as necessidade
- Page 117 and 118:
115Estes achados são semelhantes a
- Page 119 and 120:
117distúrbios hidroeletrolíticos,
- Page 121 and 122:
119comprometimento com a alimentaç
- Page 123 and 124:
121A inclusão da família como age
- Page 125 and 126:
123As complicações do acesso veno
- Page 127 and 128:
125objetiva por parte dos enfermeir
- Page 129 and 130:
127Pode utilizar para tanto a assis
- Page 131 and 132:
129terminologias e teorias que sust
- Page 133 and 134:
131periodicidade dos inquéritos na
- Page 135 and 136:
133BRASIL. Ministério da Saúde. R
- Page 137 and 138:
135FREITAS, M.C. et al. Perspectiva
- Page 139 and 140:
137MENDOZA, I.Y.Q. Paciente idoso c
- Page 141 and 142:
139SANTOS JR, J.C.M. Complicações
- Page 143 and 144:
APÊNDICES141
- Page 145 and 146:
143II.II Cardiovasculares:Estase ve
- Page 147 and 148:
ANEXOS145
- Page 149:
ANEXO B147