36neuropsiquiátric<strong>as</strong> tais como confusão, insônia e agitação. O delirium é relata<strong>do</strong> em 11 a 24%<strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos no momento da admissão hospitalar e se desenvolve em outros 5 a 35% <strong>do</strong>s<strong>paciente</strong>s. A incidência aumenta com a idade e a gravidade da <strong>do</strong>ença, além disso o <strong>paciente</strong>com o quadro pode ter dificuldade de compreender os planos de <strong>as</strong>sistência, de participar nareabilitação e de dar consentimento para os procedimentos propostos (FLEMING, 2001, p.565).É um problema comum e potencialmente sério no <strong>paciente</strong> cirúrgico i<strong>do</strong>so,necessitan<strong>do</strong> de monitoramento adequa<strong>do</strong> e avaliação. Agitação, ansiedade, insônia, tremores enáusea podem ser equivocadamente atribuí<strong>do</strong>s a outr<strong>as</strong> caus<strong>as</strong> quan<strong>do</strong> o delirium não éconsidera<strong>do</strong>. Acredita-se que muitos medicamentos colaboram com o seu desenvolvimento,ten<strong>do</strong> como os mais importantes o uso de neurolépticos e de opióides, meperidina pósoperatóriae benzodiazepínicos e drog<strong>as</strong> anticolinérgic<strong>as</strong> de ação prolongada. Embora não sejaclaro se a privação sensorial (p. ex. comprometimento da visão e da audição, leitos emcômo<strong>do</strong>s sem janel<strong>as</strong>), privação <strong>do</strong> sono ou transferência para ambientes estranhos possamcausar o delirium e o agravam no i<strong>do</strong>so (FLEMING, 2001, p. 567).As observações e os registros da equipe de enfermagem <strong>do</strong>s sinais manifesta<strong>do</strong>s pelosi<strong>do</strong>sos hospitaliza<strong>do</strong>s podem auxiliar ajuste de <strong>do</strong>se da medicação e outr<strong>as</strong> medid<strong>as</strong> que evitemo transtorno. A equipe de saúde precisa conhecer <strong>as</strong> dificuldades <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos para que ele nãoseja exposto a sofrimentos e constrangimentos desnecessários, visto que não é incomum acontenção no leito, procedimento questiona<strong>do</strong> eticamente e que, com mudança decomportamentos e protocolos da equipe, poderia se tornar totalmente desnecessário.Petroianu e Pimenta (1998) afirmam que <strong>as</strong> complicações operatóri<strong>as</strong> mais freqüentesem i<strong>do</strong>sos são <strong>as</strong> respiratóri<strong>as</strong> e o choque. Para os autores, o choque tem si<strong>do</strong> causa de mortemais freqüente entre os <strong>paciente</strong>s i<strong>do</strong>sos, pois possuem artéri<strong>as</strong> esclerótic<strong>as</strong> e com o choque,desenvolvem hipotensão, que desencadeia grave redução na perfusão <strong>do</strong>s v<strong>as</strong>os coronarianos ecere<strong>br</strong>ais. Portanto, os cuida<strong>do</strong>s com a infusão de líqui<strong>do</strong>s e hemotransfusão simultaneamente,devem ser acompanha<strong>do</strong>s minuciosamente quanto ao equilí<strong>br</strong>io hidroeletrolítico balancean<strong>do</strong> aadministração de infusões e registran<strong>do</strong> <strong>as</strong> eliminações.As complicações respiratóri<strong>as</strong> podem ocorrer no pós-operatório imediato emconseqüência da depressão <strong>do</strong> sistema respiratório, devi<strong>do</strong> aos medicamentos recebi<strong>do</strong>s na f<strong>as</strong>ede anestesia. Incentivar a expansão pulmonar por meio da mudança de decúbito, de exercíciosrespiratórios e de deambulação precoce no dia da cirurgia ou manhã seguinte, auxiliam naprevenção de complicações respiratóri<strong>as</strong>.
37Como resulta<strong>do</strong> da <strong>do</strong>r, da fadiga e <strong>do</strong> mal-estar generaliza<strong>do</strong>, os <strong>paciente</strong>s i<strong>do</strong>sos queprecisam de hospitalização para uma <strong>do</strong>ença ou uma cirurgia preferem, muit<strong>as</strong> vezes,permanecer no leito. Entretanto, o repouso contínuo no leito, rapidamente leva aodescondicionamento cardíaco e muscular e predispõe os <strong>paciente</strong>s a úlcer<strong>as</strong> de pressão e aconstipação. Além disso, <strong>as</strong> qued<strong>as</strong> relacionad<strong>as</strong> à hipertensão ortostática e ao desequilí<strong>br</strong>iodevi<strong>do</strong> à perda <strong>do</strong> tônus neuromuscular são um risco significativo (FLEMING, 2001, p. 567).Conforme Pereira (2005) <strong>as</strong> úlcer<strong>as</strong> de pressão têm uma representação significativa nos<strong>paciente</strong>s com restrição de mobilidade, que <strong>as</strong>sociada à predisposição em adquiri-la e ao tempode permanência no leito, retardam o processo de recuperação <strong>do</strong> <strong>paciente</strong>, aumentan<strong>do</strong> o riscode desenvolver complicações.Consideram-se ainda <strong>as</strong> complicações relacionad<strong>as</strong> a utilização de cateteres intravenosos.Brezenger et al.apud Pereira e Zanetti (2000) relatam que estima-se que anualmentesão realizad<strong>as</strong> 150 milhoes de infusões por meio de dispositivos venosos periféricos. Pereira eZanetti (200) acrescentam que este acesso é feito principalmente através da rede venosa <strong>do</strong>rsald<strong>as</strong> mãos e ante<strong>br</strong>aços.Os autores op cit reafirmam que apesar <strong>do</strong>s vários dispositivos encontra<strong>do</strong>s nomerca<strong>do</strong>, sofren<strong>do</strong> variáveis de tamanho, tipo de material e revestimento, ainda são causa decomplicações ao <strong>paciente</strong>, como obstrução <strong>do</strong> dispositivo, infiltrações locais, inflamações,infecções, com possível septicemia sen<strong>do</strong> que a mais freqüente del<strong>as</strong> é a tromboflebite.De acor<strong>do</strong> Brannen e Surette apud Pereira e Zanetti (2000) os fatores de risco paradesenvolver essa complicação pode estar relaciona<strong>do</strong> a fatores físicos, técnica de inserção,anatomia <strong>do</strong> local, tamanho e tipo <strong>do</strong> dispositivo, número de inserções, cateter in situ por maisde 72 hor<strong>as</strong>, a gravidade da <strong>do</strong>ença e infecções preexistentes. Ainda relacionam os fatoresquímicos, como infusão de drog<strong>as</strong> irritantes, drog<strong>as</strong> hiper ou hipotônic<strong>as</strong>.Sabe-se que a enfermagem é responsável por administrar soluções intra-venos<strong>as</strong> nos<strong>paciente</strong>s interna<strong>do</strong>s e que os cuida<strong>do</strong>s com esse procedimento devem ser executa<strong>do</strong>s comrigor ético e extrema habilidade técnica e científica. Não foram encontra<strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s relatan<strong>do</strong><strong>as</strong> dificuldades punção, preservação e punção venosa em i<strong>do</strong>sos, fican<strong>do</strong> mais essa lacuna <strong>do</strong>conhecimento a ser investiga<strong>do</strong>. No entanto sabe-se que os cuida<strong>do</strong>s de enfermagem são defundamental importância para que o acesso venoso periférico não se torne um problema a maispara ser enfrenta<strong>do</strong> pelo i<strong>do</strong>so hospitaliza<strong>do</strong>. Norwood et al. apud Pereira e Zanetti (2000),referem que a idade constitui um <strong>do</strong>s fatores de risco predisponentes a infecção relacionadacom cateter venoso central e periférico, pois altera os mecanismos de defesa orgânica <strong>do</strong>indivíduo.
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