34Em i<strong>do</strong>sos, um alto índice de suspeita e um alerta para os sintom<strong>as</strong> insidiosos de <strong>do</strong>ençaab<strong>do</strong>minal aguda são o<strong>br</strong>igatórios. O i<strong>do</strong>so sofre ao máximo de deiscência de ferid<strong>as</strong> e temmaiores tax<strong>as</strong> de complicações <strong>do</strong> que <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> mais jovens. A apendicite é menos comumem i<strong>do</strong>sos <strong>do</strong> que no jovem, no entanto a mortalidade em i<strong>do</strong>sos é maior em até 10%, motivadapela dificuldade em se estabelecer o diagnóstico precoce. Nem sempre os sintom<strong>as</strong> clássicosaparecem no i<strong>do</strong>so, retardan<strong>do</strong> o diagnóstico e a mortalidade qu<strong>as</strong>e sempre é devida aperfuração ou gangrena <strong>do</strong> intestino na cirurgia (BURNS, 1985, p. 695).A <strong>do</strong>ença d<strong>as</strong> vi<strong>as</strong> biliares é a indicação mais comum para cirurgia ab<strong>do</strong>minal no i<strong>do</strong>so,sen<strong>do</strong> responsável por 6 a 40% d<strong>as</strong> <strong>do</strong>enç<strong>as</strong> ab<strong>do</strong>minais agud<strong>as</strong>. Entre <strong>paciente</strong>s comcolecistite supurativa, um quarto pode não ter sensibilidade ab<strong>do</strong>minal, um terço pode não terelevação da temperatura, um terço pode não ter elevação na contagem <strong>do</strong>s leucócitos e umterço pode não ter sinais peritoneais. Devi<strong>do</strong> ao fato de o i<strong>do</strong>so ter muito freqüentementeacha<strong>do</strong>s mínimos com uma peritonite florida, a colecistite aguda deve ser considerada umaindicação para cirurgia de emergência (WILSON, 2001).O volvo pode estar presente com distensão ab<strong>do</strong>minal intensa m<strong>as</strong> somente um levegrau de desconforto. A sepse, o choque e a <strong>do</strong>r grave ocorrem tardiamente na evoluçãoposterior, com o aumento da tensão na parede <strong>do</strong> intestino. Pacientes com volvo tipicamentetem co-morbidades ou <strong>do</strong>enç<strong>as</strong> respiratóri<strong>as</strong>, cardíac<strong>as</strong>, neurológic<strong>as</strong> ou psiquiátric<strong>as</strong> graves,com inatividade ou constipação crônica. Embora o volvo <strong>do</strong> sigmóide constitua somente cercade 55% d<strong>as</strong> obstruções <strong>do</strong> intestino grosso, a sutileza da apresentação precisa de consideraçãoespecial no i<strong>do</strong>so com quaisquer sinais ou sintom<strong>as</strong> de ab<strong>do</strong>me agu<strong>do</strong>. A diverticulite é comume muit<strong>as</strong> vezes recorrente nos i<strong>do</strong>sos (WILSON, 2001).Dentre <strong>as</strong> intercorrênci<strong>as</strong> gerais no i<strong>do</strong>so, <strong>as</strong> relativ<strong>as</strong> às cirurgi<strong>as</strong> ab<strong>do</strong>minais exigemum diagnóstico preciso de <strong>do</strong>ença ab<strong>do</strong>minal para planejamento oportuno e operaçõesapropriad<strong>as</strong>. Entretanto, os sinais clínicos de <strong>do</strong>ença ab<strong>do</strong>minal como <strong>do</strong>r à palpação, <strong>do</strong>r,rigidez muscular e fe<strong>br</strong>e são frequentemente menos óbvios em <strong>paciente</strong>s i<strong>do</strong>sos. O uso comumde drog<strong>as</strong> antinflamatóri<strong>as</strong> não-esteróides pode m<strong>as</strong>carar sintom<strong>as</strong> ou mesmo predispor<strong>paciente</strong>s i<strong>do</strong>sos à <strong>do</strong>ença ab<strong>do</strong>minal aguda (MEEKER; ROTHROCK, 1997).A cirurgia <strong>do</strong> trato biliar constitui a maioria <strong>do</strong>s procedimentos ab<strong>do</strong>minais e demortalidade cirúrgica nos i<strong>do</strong>sos. Um terço d<strong>as</strong> cirurgi<strong>as</strong> ab<strong>do</strong>minais de emergência em<strong>paciente</strong>s com mais de 70 anos é por <strong>do</strong>ença biliar (BURNS; PARIKH, 1990).Em relação ao atendimento de emergência em i<strong>do</strong>sos e a mortalidade, a pesquisa deAbb<strong>as</strong> et al. (2003), estu<strong>do</strong>u a evolução perioperatória de 180 <strong>paciente</strong>s acima de 80 anos deidade submeti<strong>do</strong>s a operações ab<strong>do</strong>minais grandes, apresentan<strong>do</strong> morbidade global de 33%,
35maior entre os <strong>paciente</strong>s opera<strong>do</strong>s de urgência. O número de morte foi alto (29%) esignificativamente maior entre <strong>as</strong> urgênci<strong>as</strong> <strong>do</strong> que entre <strong>as</strong> operações eletiv<strong>as</strong> (7,5%), às cust<strong>as</strong><strong>do</strong> que ocorreu no perío<strong>do</strong> perioperatório (30 di<strong>as</strong>). Os resulta<strong>do</strong>s de análise feita ao longo <strong>do</strong>tempo foram, no entanto, iguais. Isso foi motivo para que os autores concluíssem que a idadenão deve ser o único critério para a decisão da terapêutica cirúrgica em <strong>paciente</strong>s i<strong>do</strong>sos.No estresse decorrente da cirurgia ou da <strong>do</strong>ença aguda, a resposta <strong>do</strong> <strong>paciente</strong> i<strong>do</strong>so aotrauma diminui significativamente, em conseqüência da diminuição na reserva fisiológica, oque faz com que haja um maior risco de mortalidade, morbidez e complicações pós-operatóri<strong>as</strong>(PETROIANU; PIMENTA, 1998).Tem-se observa<strong>do</strong> empiricamente, que devi<strong>do</strong> às complicações no pós-operatório <strong>do</strong>s<strong>do</strong>entes nessa faixa etária, aumenta conseqüentemente o tempo de permanência nos hospitais eos custos com a hospitalização, a recidiva de sinais clínicos que dificultam a recuperação apósa cirurgia, tais como quadros de pneumonia, hipertensão arterial e diabete melitodescompensa<strong>do</strong>s devem ser estabilizad<strong>as</strong> no pré-operatório e mantid<strong>as</strong> sob controle no decorrer<strong>do</strong> perío<strong>do</strong> perioperatório.Os <strong>paciente</strong>s i<strong>do</strong>sos, quan<strong>do</strong> considera<strong>do</strong>s em conjunto, apresentam maior morbidade emortalidade <strong>do</strong> que os indivíduos mais jovens. Isto, mais <strong>do</strong> que a idade cronológica, éconseqüência de <strong>do</strong>enç<strong>as</strong> <strong>as</strong>sociad<strong>as</strong>, d<strong>as</strong> peculiaridades fisiológic<strong>as</strong> <strong>do</strong>s órgãos vitais e da mánutrição. Nesse senti<strong>do</strong>, é marcante a constatação de haver progressão crescente <strong>do</strong> número deenfermidades <strong>as</strong>sociad<strong>as</strong>, de complicações pós-operatóri<strong>as</strong> e de elevação da mortalidade,quan<strong>do</strong> se considera indivíduos em décad<strong>as</strong> crescentes de 60 a 90 anos.A trombose venose profunda constitui uma complicação comum nos i<strong>do</strong>sos,especialmente naqueles que apresentam os seguintes fatores de risco: Sexo m<strong>as</strong>culino,obesidade, <strong>do</strong>ença maligna, história prévia de trombose venosa profunda (TVP), operaçõesortopédic<strong>as</strong>, neurocirúrgic<strong>as</strong>, urológic<strong>as</strong>, ab<strong>do</strong>minais alt<strong>as</strong>, ou qualquer operação de grandeporte e cirurgia vídeo-en<strong>do</strong>scópica (PETROIANU; PIMENTA, 1998). Em <strong>paciente</strong>s cirúrgicosi<strong>do</strong>sos, a imobilização no leito e a est<strong>as</strong>e venosa são os fatores que mais levam a essacomplicação (FRANCIS, 1992).No concernente às complicações neuropsiquiátric<strong>as</strong>, cabe uma abordagem melhordetalhada visto que esta pode desencadear uma série de outros agravos que venham acomprometer a capacidade funcional <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so e aumentar os riscos de morbidade emortalidade.O delirium, também conheci<strong>do</strong> como esta<strong>do</strong> confusional agu<strong>do</strong>, é um transtorno geral<strong>do</strong> metabolismo cere<strong>br</strong>al e da neurotransmissão que resulta em manifestações
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