12.07.2015 Views

as complicações pós-operatórias do paciente idoso ... - Ppgenf.ufpr.br

as complicações pós-operatórias do paciente idoso ... - Ppgenf.ufpr.br

as complicações pós-operatórias do paciente idoso ... - Ppgenf.ufpr.br

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

29Nos séculos XVIII e XIX, grandes progressos foram realiza<strong>do</strong>s, possibilitan<strong>do</strong> adentraro ab<strong>do</strong>mem de uma pessoa e esta so<strong>br</strong>eviver. Para Thorwald (2002) a história da cirurgia ouavanços significativos a partir da primeira narcotização anestésica, realizada em 1846. A partirdesse marco histórico a cirurgia aban<strong>do</strong>nou um campo de estagnização , anteriormentereduzi<strong>do</strong> ao poder impie<strong>do</strong>so da <strong>do</strong>r n<strong>as</strong> operações, e restrit<strong>as</strong>, por me<strong>do</strong> à fe<strong>br</strong>e traumática, arar<strong>as</strong> intervenções de extrema necessidade. Transpunha-se então o limiar de tempos deescuridão e progressos inimagináveis se desenvolveram no campo <strong>do</strong> conhecimento so<strong>br</strong>ecirurgi<strong>as</strong>.Contribuição inegável foi o aparecimento de Florence Nightingale, uma inglesan<strong>as</strong>cida em família ab<strong>as</strong>tada, que anunciou ter si<strong>do</strong> chamada por Deus para tornar-seenfermeira. Preparou-se convenientemente durante o seu estágio como aprendiz e iniciou umaf<strong>as</strong>e importante na reforma e gerenciamento <strong>do</strong>s cuida<strong>do</strong>s de mulheres. O grupo treina<strong>do</strong> porFlorence limpou a sujeira e os vermes <strong>do</strong>s campos de tratamento de feri<strong>do</strong>s da guerra daCriméia, melhorou <strong>as</strong> condições de ventilação, nutrição e sanitarismo atribuíd<strong>as</strong> adeterminação e dedicação d<strong>as</strong> su<strong>as</strong> aprendizes, obten<strong>do</strong> resulta<strong>do</strong>s impressionantes para aépoca. Afugentan<strong>do</strong> a putrefação, reduziram a taxa de mortalidade de 60% para 1%, fatoinédito para a época e que rendeu reconhecimento e gratidão <strong>do</strong>s solda<strong>do</strong>s por ela salvos damorte (TIMBY, 2001 ).Assim, a história da cirurgia foi se desenvolven<strong>do</strong>. Após os tempos em que já seemancipara da <strong>do</strong>r n<strong>as</strong> intervenções cirúrgic<strong>as</strong> não deveria ter se prolonga<strong>do</strong> por mais que trêsdécad<strong>as</strong> a demora em resolver outr<strong>as</strong> deficiênci<strong>as</strong> para o procedimento. A Semmelweis seatribui o mérito de ter si<strong>do</strong> pioneiro no agravo da “infecção de contato” e pela primeira vez,<strong>do</strong>mina<strong>do</strong> amplamente o problema na prática. Semmelweis transcorreu um caminho penoso elongo pois por volta de 1847, os recursos tecnológicos e os conhecimentos so<strong>br</strong>e amicrobiologia ainda eram incipientes, su<strong>as</strong> descobert<strong>as</strong> empíric<strong>as</strong> não tinham como sercomprovad<strong>as</strong> com exatidão, o que dificultou que cheg<strong>as</strong>se a conclusões definitiv<strong>as</strong> e pudesseconvencer os coleg<strong>as</strong> <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s positivos (GOMES, 1998).Em 1866, Joseph Lister contribuiu com avanços resolutivos na infecção d<strong>as</strong> <strong>do</strong>enç<strong>as</strong>traumátic<strong>as</strong> com a apresentação de seu manuscrito intitula<strong>do</strong> “So<strong>br</strong>e o Princípio Antisséptico,na clínica cirúrgica”. A partir de então os avanços não cessaram, possibilitan<strong>do</strong> menoresimpactos durante a cirurgia e consequentemente redução <strong>do</strong> trauma, facilitanto o processo derecuperação no perío<strong>do</strong> pós-operatório (GOMES, 1998). Esse progresso certamente contribuiupara o aumento da expectativa de vida da população e da e <strong>as</strong>socia<strong>do</strong> à redução da mortalidadepor <strong>do</strong>enç<strong>as</strong> contagios<strong>as</strong>.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!