24m<strong>as</strong> também com potencialidades únic<strong>as</strong> e distint<strong>as</strong>: serenidade, experiência, maturidade eperspectiva de vida pessoal e social e de sabe<strong>do</strong>ria. Portanto, a velhice hoje é considerada umaf<strong>as</strong>e <strong>do</strong> desenvolvimento humano e não mais um perío<strong>do</strong> exclusivamente de perd<strong>as</strong>(FERRARI, 1999).O envelhecimento é <strong>as</strong>sunto complexo e exige a atuação de profissionais qualifica<strong>do</strong>s ecapacita<strong>do</strong>s, fundamenta<strong>do</strong>s em prátic<strong>as</strong> de promoção da saúde. Pesso<strong>as</strong> ama<strong>do</strong>r<strong>as</strong> ou quetenham focos apen<strong>as</strong> <strong>as</strong>sistencialist<strong>as</strong>, sem conhecimento formal adequa<strong>do</strong> não sãosuficientemente capacitad<strong>as</strong> para responder <strong>as</strong> demand<strong>as</strong> que o <strong>as</strong>sunto exige.3.2 ENVELHECIMENTO E ADOECIMENTOA velhice é uma etapa da vida em que a susceptibilidade ao aparecimento de <strong>do</strong>enç<strong>as</strong> sefaz presente, e <strong>as</strong> condições sociais e ambientais, <strong>as</strong>pectos genéticos, o estilo de vida e <strong>as</strong>maneir<strong>as</strong> de enfrentamentos que o indivíduo desenvolveu, optou ou pode ter acesso, são fatoresque podem influenciar diretamente na maneira <strong>do</strong> seu envelhecer. Em relação aoenvelhecimento e às patologi<strong>as</strong>, cabe salientar <strong>as</strong> idéi<strong>as</strong> de Papaléo Netto (1996, p.1):O envelhecimento, por sua vez, é aquele perío<strong>do</strong> da vida que sucede a f<strong>as</strong>e dematuridade e é caracteriza<strong>do</strong> por declínio d<strong>as</strong> funções orgânic<strong>as</strong> e, emdecorrência, acarreta maior susceptibilidade à eclosão de <strong>do</strong>enç<strong>as</strong>, queterminam por levar o i<strong>do</strong>so à morte. Essa diminuição da capacidadefuncional é caracteristicamente linear em função <strong>do</strong> tempo. Por outro la<strong>do</strong>,não é possível evidenciar um ponto de transição com a f<strong>as</strong>e precedente, dadaa inexistência de um marca<strong>do</strong>r biofisiológico eficaz e confiável <strong>do</strong> fenômeno.A responsabilidade pelo aparecimento de patologi<strong>as</strong>, não apen<strong>as</strong> na velhice comotambém em outr<strong>as</strong> etap<strong>as</strong> da vida, não depende exclusivamente de atitudes positiv<strong>as</strong> ouprejudiciais <strong>as</strong>sumid<strong>as</strong> na infância e na idade adulta, sabe-se que são diretamente influenciad<strong>as</strong>pelo meio ambiente e condições sociais em que o indivíduo se encontra. No entanto, sabe-seque muitos hábitos inadequa<strong>do</strong>s de vida podem propiciar o aparecimento de <strong>do</strong>enç<strong>as</strong> com op<strong>as</strong>sar <strong>do</strong>s anos. O tabagismo, etilismo, drogadição e consumo inapropria<strong>do</strong> (excessivo oudeficiente) <strong>do</strong>s alimentos são fatores reconhecidamente aceitos por indivíduos comuns e pelacomunidade acadêmica como responsáveis pelo aparecimento de vári<strong>as</strong> d<strong>as</strong> <strong>do</strong>enç<strong>as</strong> d<strong>as</strong>ociedade moderna. Além desses, também sofre a influência da violência urbana, <strong>do</strong> estressen<strong>as</strong> relações de trabalho e ainda d<strong>as</strong> relações familiares e sociais. Os profissionais de saúde,incluin<strong>do</strong> os de enfermagem devem desenvolver habilidades para estimularem <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> a
25cuidarem de si desde tenra idade, e consequentemente, evoluírem para o envelhecimentosaudável.A formação <strong>do</strong>s profissionais de saúde deve ser direcionada aos <strong>as</strong>pectos que envolvamo envelhecimento a fim de instrumentalizá-los para enfrentar os desafios de elaborar program<strong>as</strong>que auxiliem <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> a romperem com os mitos e preconceitos que cercam oenvelhecimento.As característic<strong>as</strong> fisiológic<strong>as</strong> alterad<strong>as</strong> com a idade, em termos de hora de sono,atividade física, ciclo hormonal, metabolismo, função cere<strong>br</strong>al, função cardíaca, capacidadepulmonar, fadiga, depressão, delírio pós-operatório, reação metabólica, etc., são apen<strong>as</strong> alguns<strong>as</strong>pectos de destaque que poderiam ser considera<strong>do</strong>s para o desenvolvimento de program<strong>as</strong> eprotocolos para esses <strong>paciente</strong>s (SANTOS JR., 2003).Conforme Souza e Iglesi<strong>as</strong> (2002) abordan<strong>do</strong> <strong>as</strong> alterações fisiológic<strong>as</strong> pulmonares noi<strong>do</strong>so, relatam que ocorre encurtamento torácico com aumento <strong>do</strong> diâmetro antero-posteriorcom so<strong>br</strong>ecarga da função diafragmática, espessamento d<strong>as</strong> camad<strong>as</strong> íntima e média d<strong>as</strong>artéri<strong>as</strong> pulmonares de maior cali<strong>br</strong>e, levan<strong>do</strong> ao aumento da resistência v<strong>as</strong>cular pulmonar,diminuição da resposta cardiov<strong>as</strong>cular à hipóxia e hipercapnia e da eficiência da mucosa ciliar,<strong>as</strong>sim como <strong>do</strong> número de cílios n<strong>as</strong> vi<strong>as</strong> aére<strong>as</strong>, acarretan<strong>do</strong> menor resposta aos estímulosdess<strong>as</strong> vi<strong>as</strong>.De acor<strong>do</strong> com Olivetti et al. (1991), <strong>as</strong> alterações que o processo de envelhecimentocausam às funções cardíac<strong>as</strong>, afetam a contração <strong>do</strong> miocárdio, por unidade de tempo, ficamais lenta e o poder contrátil diminui, embora a força de contração seja mantida. Ness<strong>as</strong>condições, o coração <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so é menos sensível à estimulação β-adrenérgica, o que limita onúmero máximo de batid<strong>as</strong> que pode ser alcança<strong>do</strong>.Com o processo de envelhecimento biológico a função renal também é afetada e ocorreperda gradativa <strong>do</strong> parênquima e declínio da função <strong>do</strong>s rins com a esclerose glomerular e,conseqüente, redução da taxa de filtração. Em decorrência dest<strong>as</strong> alterações, o <strong>paciente</strong> torn<strong>as</strong>emais suscetível à insuficiência renal aguda (SOUZA FILHO, 2000).As funções renal e urinária modificam-se com a idade. A taxa de filtração glomerulardiminui com a idade, começan<strong>do</strong> entre 35 e 40 anos.Um declínio anual de cerca de 1ml/mincontinua depois disso. A função tubular, incluin<strong>do</strong> a reabsorção e capacidade de concentração,também se mostra reduzida com o avançar da idade. Embora a função renal comumentepermaneça adequada apesar dess<strong>as</strong> alterações, a reserva renal é diminuída e pode reduzir acapacidade <strong>do</strong>s rins de responder efetivamente às alterações fisiológic<strong>as</strong> drástic<strong>as</strong> ou súbit<strong>as</strong>.As anormalidades estruturais ou funcionais que acontecem com o envelhecimento podem
- Page 5 and 6: DEDICATÓRIAAo meu esposo e companh
- Page 7: Se não houver frutos, valeu a bele
- Page 11 and 12: LISTA DE TABELASTABELA 1 Distribui
- Page 13 and 14: SUMÁRIO1 INTRODUÇÃO ............
- Page 15 and 16: 131 INTRODUÇÃOO processo de envel
- Page 17 and 18: 15O pós-operatório é o período
- Page 19 and 20: 17diferenciação. Para cuidar dest
- Page 21 and 22: 193 REVISÃO DA LITERATURAAs consul
- Page 23 and 24: 21Envelhecemos porque as células e
- Page 25: 23assistência e auto-realização
- Page 29 and 30: 27Pneumonia, infecções do trato u
- Page 31 and 32: 29Nos séculos XVIII e XIX, grandes
- Page 33: 31as iatrogenias decorrentes rompam
- Page 36 and 37: 34Em idosos, um alto índice de sus
- Page 38 and 39: 36neuropsiquiátricas tais como con
- Page 40 and 41: 38Tema de relevância para a enferm
- Page 42 and 43: 40envelhecer, que se caracterizam p
- Page 44 and 45: 42A Gerontologia é campo profícuo
- Page 46 and 47: 444 MATERIAIS E MÉTODOApresenta-se
- Page 48 and 49: 464.3 POPULAÇÃO E AMOSTRAA popula
- Page 50 and 51: 48Estudo qualitativo descritivo - P
- Page 52 and 53: 50e) identificação e nomeação d
- Page 54 and 55: 525 ANÁLISE DOS DADOS E INTERPRETA
- Page 56 and 57: 54problema diário organizar as dua
- Page 58 and 59: 56TABELA 01 - Distribuição das ca
- Page 60: 58abandonando sua moradia. Constata
- Page 63 and 64: 61aumentam o risco cirúrgico do cl
- Page 65 and 66: 63TABELA 4 - Distribuição dos ido
- Page 67 and 68: 65isquemia ou arritmia. Nas cirurgi
- Page 69 and 70: 67abdominais, evidenciadas no estud
- Page 71 and 72: 69TABELA 7: Distribuição dos idos
- Page 73 and 74: 71Em pacientes de idade avançada,
- Page 75 and 76: 73QUADRO 1: Distribuição das medi
- Page 77 and 78:
75As autoras op cit enfatizam a imp
- Page 79 and 80:
77A taxa de mortalidade por faixa e
- Page 81 and 82:
79GRÁFICO 4 - Associação entre i
- Page 83 and 84:
81morbidade. Transtornos depressivo
- Page 85 and 86:
83QUADRO 3: Distribuição das comp
- Page 87 and 88:
85a fatores diversos, como idade ac
- Page 89 and 90:
87(1,6%); hiperemia 5 (1,2%); evisc
- Page 91 and 92:
89Evidencia-se conforme o gráfico
- Page 93 and 94:
91ventilação mecânica prolongada
- Page 95 and 96:
93coronária, embolia pulmonar e in
- Page 97 and 98:
95conseqüentemente, pressa para ur
- Page 99 and 100:
97se a mobilização precoce do ido
- Page 101 and 102:
99de menor incidência, no entanto,
- Page 103 and 104:
101diferentes em cada indivíduo. E
- Page 105 and 106:
103A relação da equipe de enferma
- Page 107 and 108:
105dos cônjuges e desarmonia famil
- Page 109 and 110:
107F5 - “Tem que orientar, deixar
- Page 111 and 112:
109Os cuidados são realizados depe
- Page 113 and 114:
111conseqüentemente desenvolve pro
- Page 115 and 116:
113direcionadas para as necessidade
- Page 117 and 118:
115Estes achados são semelhantes a
- Page 119 and 120:
117distúrbios hidroeletrolíticos,
- Page 121 and 122:
119comprometimento com a alimentaç
- Page 123 and 124:
121A inclusão da família como age
- Page 125 and 126:
123As complicações do acesso veno
- Page 127 and 128:
125objetiva por parte dos enfermeir
- Page 129 and 130:
127Pode utilizar para tanto a assis
- Page 131 and 132:
129terminologias e teorias que sust
- Page 133 and 134:
131periodicidade dos inquéritos na
- Page 135 and 136:
133BRASIL. Ministério da Saúde. R
- Page 137 and 138:
135FREITAS, M.C. et al. Perspectiva
- Page 139 and 140:
137MENDOZA, I.Y.Q. Paciente idoso c
- Page 141 and 142:
139SANTOS JR, J.C.M. Complicações
- Page 143 and 144:
APÊNDICES141
- Page 145 and 146:
143II.II Cardiovasculares:Estase ve
- Page 147 and 148:
ANEXOS145
- Page 149:
ANEXO B147