22<strong>as</strong>pectos econômicos, e com os rumos da economia; m<strong>as</strong> também reconheceque os atores criam significa<strong>do</strong> e até a estrutura tem nuances distint<strong>as</strong>, deacor<strong>do</strong> com o mo<strong>do</strong> como é vista pelos atores. Talvez a transição maisimportante tenha si<strong>do</strong> o reconhecimento de que o envelhecimento é umprocesso b<strong>as</strong>ea<strong>do</strong> em experiênci<strong>as</strong>, não ocorre isoladamente, e é altamenteinfluencia<strong>do</strong> pel<strong>as</strong> condições <strong>do</strong> entorno. Exemplos de teori<strong>as</strong> sociológic<strong>as</strong>da terceira geração: Teoria <strong>do</strong> Contrucionismo Social; Teoria Crítica;Perspectiva <strong>do</strong> Curso de vida.A crença de que a velhice está <strong>as</strong>sociada invariavelmente com a profunda debilidadeintelectual e física é um mito. A maioria d<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> retém su<strong>as</strong> capacidades cognitiv<strong>as</strong> efísic<strong>as</strong> em um grau notável até atingirem idades avançad<strong>as</strong>. Existem variações significativ<strong>as</strong>relacionad<strong>as</strong> ao esta<strong>do</strong> de saúde, participação e níveis de independência entre pesso<strong>as</strong> maisvelh<strong>as</strong> que possuem a mesma idade.Até 2025, segun<strong>do</strong> a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Br<strong>as</strong>il será o sexto país<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> em número de i<strong>do</strong>sos. Ainda é grande a desinformação so<strong>br</strong>e a saúde <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so e <strong>as</strong>particularidades e desafios <strong>do</strong> envelhecimento populacional para a saúde pública em nossocontexto social. Entre 1980 e 2000 a população com 60 anos ou mais cresceu 7,3 milhões,totalizan<strong>do</strong> mais de 14,5 milhões em 2000. O crescimento da expectativa média de vidatambém aumentou acentuadamente no país e precisa ser acompanha<strong>do</strong> da melhoria oumanutenção da saúde e qualidade de vida. Acredita-se que a saúde deva ser vista a partir deuma perspectiva ampla, resulta<strong>do</strong> de um trabalho intersetorial e transdisciplinar de promoçãode mo<strong>do</strong>s de vida saudável em tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> idades. Cabe aos profissionais da saúde liderarem osdesafios <strong>do</strong> envelhecimento saudável para que os i<strong>do</strong>sos sejam um recurso cada vez maisvalioso para su<strong>as</strong> famíli<strong>as</strong>, comunidades e para o país, como afirma<strong>do</strong> na Declaração da OMSso<strong>br</strong>e Envelhecimento e Saúde, em Br<strong>as</strong>ília, em 1996 (WHO, 2005).Atualmente o foco de discussão em torno dessa temática tem si<strong>do</strong> o envelhecimentoativo e saudável, para que o i<strong>do</strong>so possa chegar a idades mais avançad<strong>as</strong> com grau deindependência e autonomia cada vez maiores. Atuar na prevenção d<strong>as</strong> <strong>do</strong>enç<strong>as</strong>, no incentivo àmudança de hábitos de vida e na promoção da saúde pode ser uma d<strong>as</strong> alternativ<strong>as</strong> viáveisrumo ao envelhecimento ativo e saudável.O termo “envelhecimento ativo” foi a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> pela Organização Mundial da Saúde nofinal <strong>do</strong>s anos 90 e procura transmitir uma mensagem mais a<strong>br</strong>angente <strong>do</strong> que “envelhecimentosaudável”, e reconhecer, além <strong>do</strong>s cuida<strong>do</strong>s com a saúde, outros fatores que afetam o mo<strong>do</strong>como os indivíduos e <strong>as</strong> populações envelhecem (KALACHE e KICKBUSCH, 1997).A abordagem <strong>do</strong> envelhecimento ativo b<strong>as</strong>eia-se no reconhecimento <strong>do</strong>s direitoshumanos d<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> mais velh<strong>as</strong> e nos princípios de independência, participação, dignidade,
23<strong>as</strong>sistência e auto-realização estabeleci<strong>do</strong>s pela Organização d<strong>as</strong> Nações Unid<strong>as</strong>. Assim, oplanejamento estratégico deixa de ter um enfoque b<strong>as</strong>ea<strong>do</strong> n<strong>as</strong> necessidades (que considera <strong>as</strong>pesso<strong>as</strong> mais velh<strong>as</strong> como alvos p<strong>as</strong>sivos) e p<strong>as</strong>sa a ter uma abordagem b<strong>as</strong>eada em direitos, oque permite o reconhecimento <strong>do</strong>s direitos <strong>do</strong>s mais velhos à igualdade de oportunidades etratamento em to<strong>do</strong>s os <strong>as</strong>pectos da vida à medida que envelhecem. Essa abordagem apóia aresponsabilidade <strong>do</strong>s mais velhos no exercício de sua participação nos processos políticos e emoutros <strong>as</strong>pectos da vida em comunidade (WHO, 2005).No meio científico, vários trabalhos so<strong>br</strong>e o envelhecer vêm sen<strong>do</strong> divulga<strong>do</strong>s,principalmente devi<strong>do</strong> ao crescente conhecimento na Gerontologia. Já a área da saúde teminvestiga<strong>do</strong> <strong>as</strong> morbidades mais freqüentes entre os i<strong>do</strong>sos, <strong>as</strong>sociad<strong>as</strong> muit<strong>as</strong> vezes aoprocesso de envelhecimento. O envelhecimento da população implica uma série de alteraçõesfísico-biológico-sociais, possibilitan<strong>do</strong> aumentar o grau de <strong>do</strong>enç<strong>as</strong>, acarretan<strong>do</strong> mais g<strong>as</strong>tospara o Sistema de Saúde. Outro <strong>as</strong>pecto a ser considera<strong>do</strong> é que têm-se eleva<strong>do</strong> o número deaposenta<strong>do</strong>ri<strong>as</strong>, oneran<strong>do</strong> a Previdência Social Br<strong>as</strong>ileira, consideran<strong>do</strong> que, cada vez mais, apopulação ativa tem saí<strong>do</strong> <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> de trabalho (SILVEIRA; RODRIGUES; COSTA JR.,2002).Pesquis<strong>as</strong> de caráter biofisiológico puderam estabelecer que, com o avançar <strong>do</strong>s anos,vão ocorren<strong>do</strong> alterações estruturais e funcionais que, embora variem de um indivíduo a outro,são encontrad<strong>as</strong> em to<strong>do</strong>s os i<strong>do</strong>sos e são própri<strong>as</strong> <strong>do</strong> processo de envelhecimento (PAPALÉONETTO; PONTE, 1996).Segun<strong>do</strong> definição da Organização Panamericana de Saúde (OPAS, 1993),envelhecimento pode ser compreendi<strong>do</strong> como “um processo seqüencial, individual,cumulativo, não patológico, universal, de deterioração de um organismo maduro, próprio ato<strong>do</strong>s os mem<strong>br</strong>os de uma espécie, que torna, com o p<strong>as</strong>sar <strong>do</strong> tempo, o organismo menoscapaz de fazer frente ao estresse <strong>do</strong> meio aumentan<strong>do</strong> sua possibilidade de morte”.O envelhecimento é uma etapa natural e inevitável <strong>do</strong> ciclo de vida de to<strong>do</strong>s os seresvivos. O p<strong>as</strong>sar <strong>do</strong>s anos exerce o seu papel no processo de envelhecimento, no entantocaracterístic<strong>as</strong> ambientais, sociais e genétic<strong>as</strong> exercem influência direta so<strong>br</strong>e a maneira comoele acontece para cada indivíduo, portanto a idade cronológica não pode ser o único indica<strong>do</strong>rde envelhecimento e nem o mais confiável.A velhice não pode ser definida pela simples cronologia e sim pel<strong>as</strong> condições físic<strong>as</strong>,funcionais, psicológic<strong>as</strong> e sociais d<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> i<strong>do</strong>s<strong>as</strong>. Cada indivíduo tem o seu envelhecimentoparticular e singular. O processo de envelhecimento é mais uma etapa da vida, comcaracterística e realidade própri<strong>as</strong>, diferenciada d<strong>as</strong> etap<strong>as</strong> de vida anteriores, com limitações,
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