203.1 PROCESSO DE ENVELHECIMENTOEnvelhecer faz parte da vida humana e também de to<strong>do</strong>s os seres vivos. Da<strong>do</strong>sepidemiológicos freqüentemente informam que o mun<strong>do</strong> está envelhecen<strong>do</strong> de maneiraacelerada e que muitos indivíduos têm consegui<strong>do</strong> atingir idade avançada. Estu<strong>do</strong>s vêm sen<strong>do</strong>desenvolvi<strong>do</strong>s com o propósito de elucidar os processos biológicos que oc<strong>as</strong>ionam oenvelhecimento <strong>do</strong>s indivíduos, tanto quanto o papel social <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so na sociedade atual.O acentua<strong>do</strong> processo de envelhecimento populacional é resulta<strong>do</strong> da <strong>as</strong>sociação dealguns fatores: diminuição da mortalidade (mortalidade infantil, mortalidade entre adultos emais recentemente, a mortalidade entre os i<strong>do</strong>sos); diminuição da fecundidade e aumento daexpectativa de vida (DUARTE, 2005).Esses eventos tiveram início no final da década de 60, quan<strong>do</strong> ocorreu um rápi<strong>do</strong> egeneraliza<strong>do</strong> declínio da taxa de fecundidade no Br<strong>as</strong>il, p<strong>as</strong>san<strong>do</strong> a fecundidade total de 5,8,em 1970, para algo em torno de 2,3 filhos, por mulher, em 2000 (TOBIAS; LEMOS, 2005, p.564).Na tentativa de encontrar resposta aos fenômenos que cercam o processo deenvelhecimento, foram desenvolvid<strong>as</strong> teori<strong>as</strong> que buscam responder aos mistérios em torno <strong>do</strong>tema. Ess<strong>as</strong> delimitam campos distintos: o biológico e o social. Ess<strong>as</strong> teori<strong>as</strong> são considerad<strong>as</strong>recentes e começaram a ser investigad<strong>as</strong> com maior propriedade a partir de mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> séculoXX. Após a segunda guerra mundial, esforços foram realiza<strong>do</strong>s para gerar teori<strong>as</strong> queexplic<strong>as</strong>sem o processo de envelhecimento, no entanto, cada área focan<strong>do</strong> em seus objetos semcompor interação entre <strong>as</strong> mesm<strong>as</strong>. Assim, a Biologia desenvolveu teori<strong>as</strong> biológic<strong>as</strong> so<strong>br</strong>e oenvelhecimento e <strong>as</strong> Ciênci<strong>as</strong> Human<strong>as</strong> e Sociais aperfeiçoaram teori<strong>as</strong> psicológic<strong>as</strong> e sociais.O processo de envelhecimento biológico, é representa<strong>do</strong> por teori<strong>as</strong> oriund<strong>as</strong> detrabalhos experimentais, porém a causa efetiva que desencadeia o envelhecimento humano éainda obscura. Du<strong>as</strong> linh<strong>as</strong> de hipóteses podem sintetizar os trabalhos experimentais: a hipótese“aleatória”, que entende o processo de envelhecimento resultante d<strong>as</strong> contingênci<strong>as</strong> de viver,desg<strong>as</strong>te progressivo, acúmulo de produtos g<strong>as</strong>tos, entre outros; e a hipótese fundamentalista,que entende o envelhecimento como geneticamente programa<strong>do</strong> por mecanismos biológicoslocaliza<strong>do</strong>s n<strong>as</strong> célul<strong>as</strong>, nos teci<strong>do</strong>s e coadjuvantes no envelhecimento em outros teci<strong>do</strong>s,incluin<strong>do</strong> a região central <strong>do</strong> cére<strong>br</strong>o.Pela lógica da seleção natural, envelhecemos após o perío<strong>do</strong> reprodutivo, garantin<strong>do</strong>com isso a perpetuação da espécie. Torna-se evidentemente que esta teoria, nem qualquer outrapode ser aceita como a verdadeira e a única razão para se elucidar o envelhecimento.
21Envelhecemos porque <strong>as</strong> célul<strong>as</strong> envelhecem; com el<strong>as</strong> os teci<strong>do</strong>s e conseqüentemente maufuncionamento <strong>do</strong>s órgãos. O envelhecimento é considera<strong>do</strong> um processo inexorável e comuma to<strong>do</strong>s os seres vivos. Algum<strong>as</strong> teori<strong>as</strong> enfatizam que mesmo que tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> caus<strong>as</strong> de mortefossem retirad<strong>as</strong>, a expectativa de vida continuaria fixa (GUIMARÃES, 2006, p 174).As teori<strong>as</strong> biológic<strong>as</strong> <strong>do</strong> envelhecimento examinam o <strong>as</strong>sunto sob a ótica dadegeneração da função e estrutura <strong>do</strong>s sistem<strong>as</strong> orgânicos e célul<strong>as</strong>. De forma geral, podem sercl<strong>as</strong>sificad<strong>as</strong> em du<strong>as</strong> categori<strong>as</strong>: <strong>as</strong> de natureza genético- desenvolvimentista e <strong>as</strong> de naturezaestocástica. As primeir<strong>as</strong> entendem o envelhecimento no contexto de um continuum controla<strong>do</strong>geneticamente, enquanto <strong>as</strong> últim<strong>as</strong> trabalham com a hipótese de que o processo advém <strong>do</strong>acúmulo de agressões ambientais (FARINATTI, 2002, p. 129). O que se evidencia é que <strong>as</strong>teori<strong>as</strong> propost<strong>as</strong> não comportam tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> respost<strong>as</strong> deixan<strong>do</strong> lacun<strong>as</strong> a serem investigad<strong>as</strong>.Entenden<strong>do</strong>-se o processo de envelhecimento como multifatorial não se fazem suficientesrespost<strong>as</strong> que abordem o tema apen<strong>as</strong> sob o ponto de vista biológico.A entrada na velhice depende de vários <strong>as</strong>pectos que ultrap<strong>as</strong>sam os limites da idadecronológica. Acredita-se que cada indivíduo reage de maneira única ao p<strong>as</strong>sar <strong>do</strong>s anos,construin<strong>do</strong> paulatinamente a sua velhice a cada dia vivi<strong>do</strong>, para o que concorrem variáveisbiológic<strong>as</strong> e sociais, que exercem funções determinantes aos processos individuais deenvelhecimento.As teori<strong>as</strong> sociais <strong>do</strong> envelhecimento encontram-se dividid<strong>as</strong> em três gerações distint<strong>as</strong>de conceituações, apresentad<strong>as</strong> conforme Cald<strong>as</strong> (2006, p 28): As teori<strong>as</strong> da primeira geração: de 1949 a 1969 que se b<strong>as</strong>eavam emfatores micro, Nível de análise : microssocial, foco no indivíduo; enfoque emfatores como papéis sociais e norm<strong>as</strong> de conduta para justificar comoacontece o ajustamento de um indivíduo ao inexorável declínio <strong>as</strong>socia<strong>do</strong> aoenvelhecimento; propunha-se que fossem modelos de aplicação universal,não dependentes de contexto social. As teori<strong>as</strong> da segunda geração, de 1970 a 1985: nível de análise :macrossocial. As pesso<strong>as</strong> envelhecem de acor<strong>do</strong> com a maneira que <strong>as</strong>ociedade se organiza, com a agenda política e com o posicionamento <strong>do</strong>sindivíduos na hierarquia social . A unidade de análise d<strong>as</strong> teori<strong>as</strong> destageração é a circunstância estrutural, não os atributos <strong>do</strong> indivíduo.Considera-se que <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> envelhecem de acor<strong>do</strong> com a maneira que <strong>as</strong>ociedade se organiza, com a agenda política e com o posicionamento <strong>do</strong>sindivíduos na hierarquia social. As teori<strong>as</strong> da terceira geração: buscam uma posição intermediária. Osatores são vistos como contribuintes ativos para os seus próprios mun<strong>do</strong>s. Aperspectiva é fazer a síntese d<strong>as</strong> du<strong>as</strong> gerações anteriores. A terceira geraçãoincorpora a preocupação estruturalista com a distribuição <strong>do</strong>s recursos, com
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