16g<strong>as</strong>trintestinal, urológico, tegumentar, hematológico, na ferida operatória, alterações <strong>do</strong>s sinaisvitais, acesso venoso prejudica<strong>do</strong> e restrições de locomoção ou mobilidade física.As complicações são extremamente mal tolerad<strong>as</strong> pelo i<strong>do</strong>so, o que torna importante aavaliação da condição geral e da capacidade funcional <strong>do</strong>s diversos sistem<strong>as</strong> orgânicos paraque os fatores de risco sejam identifica<strong>do</strong>s e controla<strong>do</strong>s (CARVALHO FILHO, 2005, p. 633).A tolerância d<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> i<strong>do</strong>s<strong>as</strong> ao estresse cirúrgico com freqüência é menor,consequentemente su<strong>as</strong> necessidades perioperatóri<strong>as</strong> diferem daquel<strong>as</strong> d<strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> maiores,a<strong>do</strong>lescentes e adultos. As alterações fisiológic<strong>as</strong> característic<strong>as</strong> <strong>do</strong> envelhecimento e apresença de <strong>do</strong>enç<strong>as</strong> crônic<strong>as</strong> como <strong>as</strong> <strong>do</strong> sistema cardiov<strong>as</strong>cular, pulmonar, músculoesquelético,g<strong>as</strong>trintestinal, hepático e renal podem afetar o prognóstico cirúrgico (BLACK;MATASSARIN-JACOBS, 1996).A diminuição de reserva funcional <strong>as</strong>sociada à idade conforme Medeiros (1998), fazcom que haja maior risco de mortalidade, morbidez e complicações pós-operatóri<strong>as</strong>. Oprocedimento cirúrgico é entendi<strong>do</strong> como o tratamento de <strong>do</strong>ença, lesão ou deformidadeexterna e/ou interna com o objetivo de reparar, corrigir ou aliviar um problema físico por meiode intervenção cirúrgica. Por conta <strong>do</strong>s agravos e riscos <strong>do</strong> procedimento, o i<strong>do</strong>so necessita decuida<strong>do</strong>s durante to<strong>do</strong> o processo, desde a f<strong>as</strong>e inicial até a resolução ou desfecho. Nestesenti<strong>do</strong>, a enfermagem, pode exercer papel fundamental no cuida<strong>do</strong> ao <strong>paciente</strong> i<strong>do</strong>socirúrgico.Para Kawamoto, Horton e Fishman (1999), o <strong>paciente</strong> cirúrgico é to<strong>do</strong> aquele <strong>do</strong>entecujo principal tratamento é a cirurgia, caben<strong>do</strong> a enfermagem lhe proporcionar <strong>as</strong>sistência n<strong>as</strong>três f<strong>as</strong>es cirúrgic<strong>as</strong>, sen<strong>do</strong> el<strong>as</strong> pré-operatória, transoperatória e pós-operatória. Os cuida<strong>do</strong>sdevem ter como foco principal a precaução de eventos que possam desencadear complicações,principalmente aquel<strong>as</strong> com possibilidades de serem evitad<strong>as</strong> com medid<strong>as</strong> preventiv<strong>as</strong>.Os agravos detecta<strong>do</strong>s neste estu<strong>do</strong> contemplaram o perío<strong>do</strong> pós-operatório imediato etardio em que o i<strong>do</strong>so se encontrava hospitaliza<strong>do</strong> a fim de se restabelecer <strong>do</strong> evento cirúrgico.Segun<strong>do</strong> Peniche (1995) e Timby (2001), o perío<strong>do</strong> pós-operatório imediato caracteriza-se pelomomento da alta <strong>do</strong> <strong>paciente</strong> da sala de recuperação anestésica até <strong>as</strong> primeir<strong>as</strong> 48 hor<strong>as</strong> pósoperatóri<strong>as</strong>e após esse perío<strong>do</strong> até a alta médica <strong>do</strong> <strong>paciente</strong> designa-se pós-operatório tardio.Frente às possibilidades de complicações pós-operatóri<strong>as</strong> no i<strong>do</strong>so entende-se que oscuida<strong>do</strong>s de enfermagem a serem desenvolvi<strong>do</strong>s são peculiares, demandam conhecimento e
17diferenciação. Para cuidar destes i<strong>do</strong>sos segun<strong>do</strong> LENARDT et al. (2006, p.118), osprofissionais de enfermagem precisam:estar presentes como pesso<strong>as</strong> capazes de saber e fazer o cuida<strong>do</strong> específico<strong>do</strong> i<strong>do</strong>so. Do contrário, a capacidade para compreender, responder e serelacionar torna-se limitada. A falta de diálogo e compreensão tem pauta<strong>do</strong> ocotidiano profissional, muit<strong>as</strong> vezes se cuida de i<strong>do</strong>sos com os mesmosconceitos de cuida<strong>do</strong>s que se empregam para os adultos ou, pior, para <strong>as</strong>crianç<strong>as</strong>.Para Leite (2002), são poucos os enfermeiros que realizam procedimentos diferencia<strong>do</strong>spara com o <strong>paciente</strong> i<strong>do</strong>so. As informações fornecid<strong>as</strong> so<strong>br</strong>e o perío<strong>do</strong> são imprescindíveis,so<strong>br</strong>etu<strong>do</strong> para o <strong>paciente</strong> i<strong>do</strong>so, para quem a cirurgia está cercada de mitos reais e irreais queprecisam ser bem explora<strong>do</strong>s e trabalha<strong>do</strong>s. Reafirman<strong>do</strong> esta necessidade, e outr<strong>as</strong> mais aPolítica Nacional de Saúde da Pessoa I<strong>do</strong>sa (Br<strong>as</strong>il, 2006) determina a capacitação <strong>do</strong>sprofissionais para a realização <strong>do</strong> cuida<strong>do</strong> gerontológico, em razão d<strong>as</strong> deficiênci<strong>as</strong> e distânci<strong>as</strong><strong>do</strong> cuida<strong>do</strong> ideal.O cuida<strong>do</strong> gerontológico de enfermagem alicerça<strong>do</strong> nos frutos d<strong>as</strong> prátic<strong>as</strong>investigativ<strong>as</strong> conduz ao cuida<strong>do</strong> sustentável, que se entende como o cuida<strong>do</strong> preventivo quetem como meta evitar o surgimento de complicações cirúrgic<strong>as</strong> e minimizar <strong>as</strong> conseqüênci<strong>as</strong> eriscos da intervenção no i<strong>do</strong>so. A prática <strong>do</strong> cuida<strong>do</strong> gerontológico destaca-se de acor<strong>do</strong> comHammerschmidt, Borghi e Lenardt (2007), como sen<strong>do</strong> um processo fundamenta<strong>do</strong> nainterpretação <strong>do</strong>s diagnósticos situacionais com ênf<strong>as</strong>e na relevância e função da equipe e nosfundamentos da gerontologia. As ações de cuida<strong>do</strong> gerontológico devem ser pautad<strong>as</strong> na éticae estética incluin<strong>do</strong> a participação efetiva <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so, valorizan<strong>do</strong> <strong>as</strong> experiênci<strong>as</strong> e incentivan<strong>do</strong>o profissional a buscar a visão da responsabilização, crian<strong>do</strong> condições para a existência emelhoria na qualidade de vida d<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> i<strong>do</strong>s<strong>as</strong>.Diante dest<strong>as</strong> considerações tem-se a seguinte questão nortea<strong>do</strong>ra para o estu<strong>do</strong>: “quaisos cuida<strong>do</strong>s gerontológicos de enfermagem desenvolvi<strong>do</strong>s frente às complicações cirúrgic<strong>as</strong>pós-operatóri<strong>as</strong> imediat<strong>as</strong> e tardi<strong>as</strong>?”.
- Page 5 and 6: DEDICATÓRIAAo meu esposo e companh
- Page 7: Se não houver frutos, valeu a bele
- Page 11 and 12: LISTA DE TABELASTABELA 1 Distribui
- Page 13 and 14: SUMÁRIO1 INTRODUÇÃO ............
- Page 15 and 16: 131 INTRODUÇÃOO processo de envel
- Page 17: 15O pós-operatório é o período
- Page 21 and 22: 193 REVISÃO DA LITERATURAAs consul
- Page 23 and 24: 21Envelhecemos porque as células e
- Page 25 and 26: 23assistência e auto-realização
- Page 27 and 28: 25cuidarem de si desde tenra idade,
- Page 29 and 30: 27Pneumonia, infecções do trato u
- Page 31 and 32: 29Nos séculos XVIII e XIX, grandes
- Page 33: 31as iatrogenias decorrentes rompam
- Page 36 and 37: 34Em idosos, um alto índice de sus
- Page 38 and 39: 36neuropsiquiátricas tais como con
- Page 40 and 41: 38Tema de relevância para a enferm
- Page 42 and 43: 40envelhecer, que se caracterizam p
- Page 44 and 45: 42A Gerontologia é campo profícuo
- Page 46 and 47: 444 MATERIAIS E MÉTODOApresenta-se
- Page 48 and 49: 464.3 POPULAÇÃO E AMOSTRAA popula
- Page 50 and 51: 48Estudo qualitativo descritivo - P
- Page 52 and 53: 50e) identificação e nomeação d
- Page 54 and 55: 525 ANÁLISE DOS DADOS E INTERPRETA
- Page 56 and 57: 54problema diário organizar as dua
- Page 58 and 59: 56TABELA 01 - Distribuição das ca
- Page 60: 58abandonando sua moradia. Constata
- Page 63 and 64: 61aumentam o risco cirúrgico do cl
- Page 65 and 66: 63TABELA 4 - Distribuição dos ido
- Page 67 and 68: 65isquemia ou arritmia. Nas cirurgi
- Page 69 and 70:
67abdominais, evidenciadas no estud
- Page 71 and 72:
69TABELA 7: Distribuição dos idos
- Page 73 and 74:
71Em pacientes de idade avançada,
- Page 75 and 76:
73QUADRO 1: Distribuição das medi
- Page 77 and 78:
75As autoras op cit enfatizam a imp
- Page 79 and 80:
77A taxa de mortalidade por faixa e
- Page 81 and 82:
79GRÁFICO 4 - Associação entre i
- Page 83 and 84:
81morbidade. Transtornos depressivo
- Page 85 and 86:
83QUADRO 3: Distribuição das comp
- Page 87 and 88:
85a fatores diversos, como idade ac
- Page 89 and 90:
87(1,6%); hiperemia 5 (1,2%); evisc
- Page 91 and 92:
89Evidencia-se conforme o gráfico
- Page 93 and 94:
91ventilação mecânica prolongada
- Page 95 and 96:
93coronária, embolia pulmonar e in
- Page 97 and 98:
95conseqüentemente, pressa para ur
- Page 99 and 100:
97se a mobilização precoce do ido
- Page 101 and 102:
99de menor incidência, no entanto,
- Page 103 and 104:
101diferentes em cada indivíduo. E
- Page 105 and 106:
103A relação da equipe de enferma
- Page 107 and 108:
105dos cônjuges e desarmonia famil
- Page 109 and 110:
107F5 - “Tem que orientar, deixar
- Page 111 and 112:
109Os cuidados são realizados depe
- Page 113 and 114:
111conseqüentemente desenvolve pro
- Page 115 and 116:
113direcionadas para as necessidade
- Page 117 and 118:
115Estes achados são semelhantes a
- Page 119 and 120:
117distúrbios hidroeletrolíticos,
- Page 121 and 122:
119comprometimento com a alimentaç
- Page 123 and 124:
121A inclusão da família como age
- Page 125 and 126:
123As complicações do acesso veno
- Page 127 and 128:
125objetiva por parte dos enfermeir
- Page 129 and 130:
127Pode utilizar para tanto a assis
- Page 131 and 132:
129terminologias e teorias que sust
- Page 133 and 134:
131periodicidade dos inquéritos na
- Page 135 and 136:
133BRASIL. Ministério da Saúde. R
- Page 137 and 138:
135FREITAS, M.C. et al. Perspectiva
- Page 139 and 140:
137MENDOZA, I.Y.Q. Paciente idoso c
- Page 141 and 142:
139SANTOS JR, J.C.M. Complicações
- Page 143 and 144:
APÊNDICES141
- Page 145 and 146:
143II.II Cardiovasculares:Estase ve
- Page 147 and 148:
ANEXOS145
- Page 149:
ANEXO B147