14Algum<strong>as</strong> característic<strong>as</strong> fazem parte <strong>do</strong> perfil da população que hoje se encontra i<strong>do</strong>sa.A principal se relaciona à presença de <strong>do</strong>enç<strong>as</strong> considerad<strong>as</strong> crônic<strong>as</strong> e que propiciam oaumento no tempo de permanência <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so n<strong>as</strong> internações hospitalares, oc<strong>as</strong>ionan<strong>do</strong> anecessidade de ampliação <strong>do</strong> número de vag<strong>as</strong> em instituições hospitalares a serem ocupad<strong>as</strong>por pesso<strong>as</strong> acima de 65 anos, fato que se verifica na realidade <strong>br</strong><strong>as</strong>ileira.As alterações decorrentes <strong>do</strong> processo de envelhecimento e <strong>as</strong> <strong>as</strong>sociad<strong>as</strong> aos processospatológicos crônicos e eventualmente afecções agud<strong>as</strong> contribuem para o aumento d<strong>as</strong>internações e de procedimentos cirúrgicos em indivíduos dessa faixa etária de maneira cadavez mais freqüente (CARVALHO FILHO; BETITO, 2005).O indivíduo que se submete à intervenção cirúrgica fica exposto às complicaçõesdecorrentes, em virtude <strong>do</strong> processo de envelhecimento e d<strong>as</strong> divers<strong>as</strong> mudanç<strong>as</strong> fisiológic<strong>as</strong>em seu organismo. De acor<strong>do</strong> com Walsh (1996) e Mendes (1993), <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> com idade de 65anos ou mais apresentam risco de necessitarem de um procedimento cirúrgico geral, três vezesmaior <strong>do</strong> que a população jovem, especialmente em situações de emergência. Estima-se queatualmente, cerca de 40% d<strong>as</strong> admissões de <strong>paciente</strong>s i<strong>do</strong>sos em hospitais gerais estejamrelacionad<strong>as</strong> à terapêutica cirúrgica e que apesar <strong>do</strong>s progressos advin<strong>do</strong>s com sofisticad<strong>as</strong>técnic<strong>as</strong> cirúrgic<strong>as</strong> e anestésic<strong>as</strong> ainda se fazem altos os índices de morbidade e mortalidadeprincipalmente atribuí<strong>do</strong>s à redução da capacidade funcional e da presença <strong>as</strong>sociada de<strong>do</strong>enç<strong>as</strong>.Durante a internação hospitalar o i<strong>do</strong>so submeti<strong>do</strong> a intervenção cirúrgica perp<strong>as</strong>sa porsituações estressantes fisiológic<strong>as</strong> e psicológic<strong>as</strong>, necessitan<strong>do</strong> de atenção de profissionaisqualifica<strong>do</strong>s para <strong>as</strong>sistí-lo e incentivá-lo ao enfrentamento positivo da situação vivenciada. Noentanto, a pessoa i<strong>do</strong>sa, muit<strong>as</strong> vezes se mostra em condições de maior vulnerabilidade aoestresse provoca<strong>do</strong> pelo evento cirúrgico, em razão d<strong>as</strong> <strong>do</strong>enç<strong>as</strong> <strong>as</strong>sociad<strong>as</strong> e déficitsfisiológicos, poden<strong>do</strong> gerar conseqüênci<strong>as</strong> indesejáveis diante da cirurgia.Referin<strong>do</strong>-se às complicações no perío<strong>do</strong> pós-operatório, Speranzini e Deutsch (2005,p. 659) salienta:existem pouc<strong>as</strong> restrições a indicação de cirurgia alicerçad<strong>as</strong> apen<strong>as</strong> na idade,m<strong>as</strong> a tolerância e a demora <strong>do</strong> diagnóstico, podem desencadear eventoscomo sangramento, deiscência de an<strong>as</strong>tomose ou infecção intracavitária,comprometen<strong>do</strong> órgãos vitais e com risco de causar óbito ao <strong>do</strong>ente. Asprincipais complicações observad<strong>as</strong> no pós-operatório (pulmonares,cardiov<strong>as</strong>culares, infeccios<strong>as</strong>) são devid<strong>as</strong> à nítida prevalência de afecçõespulmonares e cardíac<strong>as</strong> <strong>as</strong>sociad<strong>as</strong> à enfermidade cirúrgica, sen<strong>do</strong> o óbitoresultante, freqüentemente da junção dest<strong>as</strong> levan<strong>do</strong> à insuficiência demúltiplos órgãos.
15O pós-operatório é o perío<strong>do</strong> de maior risco de complicações, algum<strong>as</strong> d<strong>as</strong> quaisapresentam maior probabilidade de acontecer logo após a cirurgia. Porquanto, a recuperaçãosegura fica facilitada com avaliações freqüentes e focalizad<strong>as</strong> no <strong>paciente</strong> e nos equipamentosde monitorização. A atenção deve ser re<strong>do</strong><strong>br</strong>ada para prevenir complicações como oclusão d<strong>as</strong>vi<strong>as</strong> aére<strong>as</strong>, hemorragia, choque e embolia pulmonar, hipoxemia, íleo paralítico, retençãourinária, infecção da ferida, deiscência e evisceração (TIMBY, 2001).As principais complicações empiricamente observad<strong>as</strong> no pós-operatório <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so são<strong>as</strong> pulmonares, cardiov<strong>as</strong>culares e infeccios<strong>as</strong>, sen<strong>do</strong> o óbito resultante freqüentemente daconjunção dest<strong>as</strong>, levan<strong>do</strong> à insuficiência de múltiplos órgãos. As complicações citad<strong>as</strong> seacrescentam <strong>as</strong> comentad<strong>as</strong> por Petroianu e Pimenta (1998): a deiscência de ferida operatória,atelect<strong>as</strong>ia e pneumonia, trombose venosa profunda, embolia pulmonar, queda da função renale hipotermia.Para Küster Filho et al. (2002), em estu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> no serviço de cirurgia geral nacidade de Curitiba-Paraná, evidenciou seis principais complicações pós-operatóri<strong>as</strong> no i<strong>do</strong>so: a<strong>br</strong>oncopneumonia, sepse, Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA), pneumonia,insuficiência cardíaca congestiva e choque cardiogênico.As dificuldades de reabilitação no i<strong>do</strong>so podem se encontrar exacerbad<strong>as</strong>proporcionalmente a sua fragilidade e acarretar maior perío<strong>do</strong> de permanência hospitalar,desencadear outros agravos ou determinar seqüel<strong>as</strong> maiores, até mesmo o óbito. Com esseentendimento Freit<strong>as</strong> (1995) afirma que o perío<strong>do</strong> pós-operatório pode ser caracteriza<strong>do</strong> comode grande risco para os i<strong>do</strong>sos, principalmente quan<strong>do</strong> a resposta ao trauma cirúrgicodesencadeia alterações que aumentam a morbidade e a mortalidade. Estima-se que osindivíduos <strong>do</strong> grupo etário acima de 60 anos apresentam maior mortalidade pós-operatória,atingin<strong>do</strong> um total de 30% de to<strong>do</strong>s os <strong>paciente</strong>s cirúrgicos.Segun<strong>do</strong> o Medical Dictionary (2004), complicações operatóri<strong>as</strong> são eventos que sedesenvolvem após um procedimento, tratamento ou <strong>do</strong>ença. El<strong>as</strong> estão ligad<strong>as</strong> direta ouindiretamente aos procedimentos (risco de procedimentos), tratamentos (efeitos colaterais outoxicidade) ou <strong>do</strong>enç<strong>as</strong>. Neste estu<strong>do</strong> como complicações cirúrgic<strong>as</strong> foram considera<strong>do</strong>s oseventos ocorri<strong>do</strong>s com o i<strong>do</strong>so no perío<strong>do</strong> pós-cirúrgico, que efetivamente implicaram emdificultar a resolução <strong>do</strong>s impactos gera<strong>do</strong>s pelo procedimento acarretan<strong>do</strong>, aumento de di<strong>as</strong> deinternação, novos procedimentos e cuida<strong>do</strong>s, prescrição de medicamentos ou ainda o óbito.Foram leva<strong>do</strong>s em conta os eventos ocorri<strong>do</strong>s nos sistem<strong>as</strong> respiratório, cardiov<strong>as</strong>cular,
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