128realidade <strong>br</strong><strong>as</strong>ileira, sem requererem custos eleva<strong>do</strong>s. Estes protocolos incluem <strong>as</strong> escal<strong>as</strong> deavaliação de risco de tromboembolismo, cardíaco, de delirium entre outr<strong>as</strong> disponíveis.As <strong>do</strong>enç<strong>as</strong> <strong>as</strong>sociad<strong>as</strong> àquel<strong>as</strong> de porte cirúrgico merecem destaque, visto a altaprevalência, a maioria considerada de caráter crônico, como a hipertensão arterial sistêmicaevidenciada neste estu<strong>do</strong>. Os problem<strong>as</strong> de alimentação na faixa etária <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos incluemtanto a desnutrição como o consumo excessivo de calori<strong>as</strong> por meio de diet<strong>as</strong> ric<strong>as</strong> emgordur<strong>as</strong>, sal e açúcares, e po<strong>br</strong>es em nutrientes originários de frut<strong>as</strong> e verdur<strong>as</strong>/legumes.Est<strong>as</strong> diet<strong>as</strong> suprem uma quantidade insuficiente de fi<strong>br</strong><strong>as</strong> e vitamin<strong>as</strong> que, combinad<strong>as</strong> aosedentarismo, são fatores de riscos importantes para <strong>as</strong> complicações cirúrgic<strong>as</strong>. Este da<strong>do</strong>merece reflexão no senti<strong>do</strong> de salientar a necessidade da intersetorialidade entre os serviçosque atendem o i<strong>do</strong>so no seu cotidiano e aquele que o recebe para realizar procedimentocirúrgico. O setor primário tem função primordial de estabelecer orientação e controle d<strong>as</strong><strong>do</strong>enç<strong>as</strong> crônic<strong>as</strong>. Os i<strong>do</strong>sos apresentariam condições de saúde mais estáveis, <strong>as</strong> quaisminimizariam os riscos de complicações cirúrgic<strong>as</strong>.Os conhecimentos gerontológicos difundi<strong>do</strong>s pel<strong>as</strong> equipes de saúde n<strong>as</strong> instânci<strong>as</strong>primári<strong>as</strong> e secundári<strong>as</strong> podem auxiliar na detecção precoce de sinais que evidenciempossibilidades de complicações e imprimem maior agilidade para interromper ou prevenir suainstalação. Mesmo na presença de complicações, acredita-se que os conhecimentosgerontológicos auxiliam os mem<strong>br</strong>os da equipe a optar quanto <strong>as</strong> melhores alternativ<strong>as</strong> paraotimização <strong>do</strong>s cuida<strong>do</strong>s à pessoa i<strong>do</strong>sa.Organizar a b<strong>as</strong>e de conhecimentos de enfermagem, prever os cuida<strong>do</strong>s necessários auma população específica e orientar a seleção de elementos no serviço de cirurgia necessita deconhecimento amplo, que torne a equipe capaz de realizar um julgamento clínico eficientenão só na formulação de diversos diagnósticos, m<strong>as</strong> também na escolha de intervençõesadequad<strong>as</strong>. Isto inclui também a priorização criteriosa <strong>do</strong>s diagnósticos, diminuin<strong>do</strong> a ênf<strong>as</strong>ena opinião de especialist<strong>as</strong>, na sabe<strong>do</strong>ria convencional, e aumentan<strong>do</strong> o destaque na evidênciareal, o que é essencial especialmente nos <strong>paciente</strong>s com grande número de diagnósticos comoé o c<strong>as</strong>o <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos.Os diagnósticos dirigi<strong>do</strong>s e elabora<strong>do</strong>s aos i<strong>do</strong>sos por meio d<strong>as</strong> perd<strong>as</strong> com o intuitode minimizá-l<strong>as</strong> e compensá-l<strong>as</strong> são necessários na situação cirúrgica. Entretanto, precisamser evidencia<strong>do</strong>s por informações focad<strong>as</strong> n<strong>as</strong> concepções d<strong>as</strong> avaliações dirigid<strong>as</strong>,especificamente a faixa etária i<strong>do</strong>sa. Do contrário, trabalha-se diante d<strong>as</strong> aparênci<strong>as</strong> de mo<strong>do</strong>simplista, excluin<strong>do</strong> <strong>as</strong> possibilidades <strong>do</strong> cuida<strong>do</strong> gerontológico. O desenvolvimento dagerontologia na enfermagem exige <strong>do</strong>s profissionais conhecimentos so<strong>br</strong>e conceitos,
129terminologi<strong>as</strong> e teori<strong>as</strong> que sustentam o tema, principalmente frente às peculiaridades destaárea cirúrgica que muito mu<strong>do</strong>u na última década.O cuida<strong>do</strong> cirúrgico para o i<strong>do</strong>so é coletivo, constituí<strong>do</strong> pela totalidade d<strong>as</strong> prátic<strong>as</strong>,d<strong>as</strong> atitudes e de conhecimento <strong>do</strong>s vários profissionais que dão sustentação à dinâmica <strong>do</strong>cuida<strong>do</strong>. Assim sen<strong>do</strong>, é necessária a utilização criteriosa, explícita e conscienciosa d<strong>as</strong>evidênci<strong>as</strong> disponíveis para tomar decisões so<strong>br</strong>e os cuida<strong>do</strong>s de cada <strong>paciente</strong>. Segun<strong>do</strong>Erdmann (2007, p. 183) é preciso “um esforço incansável na busca de nov<strong>as</strong> form<strong>as</strong> deação/interação, isto é, na busca <strong>do</strong> novo, a partir daquilo que existe <strong>do</strong> real”. Partes dest<strong>as</strong>evidênci<strong>as</strong> são disponibilizad<strong>as</strong> pela pesquis<strong>as</strong> que avaliam a efetividade d<strong>as</strong> intervenções <strong>do</strong>scuida<strong>do</strong>s.A investigação contínua acerca d<strong>as</strong> complicações <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> pós-operatório em i<strong>do</strong>sosauxilia na formação de um corpo de conhecimentos específicos para esta faixa etária, vistoque parte considerável da literatura que contempla o perío<strong>do</strong> perioperatório e os cuida<strong>do</strong>s éalicerçada em pesquis<strong>as</strong> desenvolvid<strong>as</strong> com pesso<strong>as</strong> mais jovens, que reagem de formadiferente ao processo cirúrgico. A identificação d<strong>as</strong> principais complicações cirúrgic<strong>as</strong> <strong>do</strong>i<strong>do</strong>so no perío<strong>do</strong> pós-operatório, obtid<strong>as</strong> por meio da pesquisa quantitativa retrospectiva,orientou <strong>as</strong> entrevist<strong>as</strong> com a equipe de enfermagem na elaboração de algum<strong>as</strong> consideraçõesacerca <strong>do</strong>s cuida<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>s aos i<strong>do</strong>sos na clínica cirúrgica.A participação da enfermagem em to<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong> perioperatório <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so,instrumentalizada com os conhecimentos gerontológicos, proporciona avaliar e detectarfragilidades e necessidades especiais <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so em vári<strong>as</strong> dimensões (condição de saúde, devida e econômica; identidade social; concepções religios<strong>as</strong>, familiares e outr<strong>as</strong>) tanto quantopotencializar os recursos particulares de cada i<strong>do</strong>so para enfrentar de maneira positiva <strong>as</strong>ituação cirúrgica.O crescimento da população i<strong>do</strong>sa que se submete aos procedimentos cirúrgicos levainevitavelmente a um aumento de recursos humanos e materiais nos serviços. Segun<strong>do</strong> Ver<strong>as</strong>(2003), o aumento <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos na população implica, em termos de utilização <strong>do</strong>s serviços desaúde, um maior número de problem<strong>as</strong> de longa duração, que freqüentemente exigemintervenções custos<strong>as</strong>, envolven<strong>do</strong> tecnologia complexa para um cuida<strong>do</strong> adequa<strong>do</strong>. Pode-seconsiderar que a redução da incidência de complicações possibilita redução de custosfinanceiros, sociais e de sofrimentos para os i<strong>do</strong>sos.A Política Nacional <strong>do</strong> I<strong>do</strong>so (Br<strong>as</strong>il, 1994) está comprometida com <strong>as</strong> demand<strong>as</strong> <strong>do</strong>envelhecimento, entretanto a efetividade <strong>do</strong> plano de ação ainda inicia seus primeiros p<strong>as</strong>sos.Uma constatação desta afirmação anterior, d<strong>as</strong> tant<strong>as</strong> observad<strong>as</strong> no cotidiano d<strong>as</strong> instituições,
- Page 5 and 6:
DEDICATÓRIAAo meu esposo e companh
- Page 7:
Se não houver frutos, valeu a bele
- Page 11 and 12:
LISTA DE TABELASTABELA 1 Distribui
- Page 13 and 14:
SUMÁRIO1 INTRODUÇÃO ............
- Page 15 and 16:
131 INTRODUÇÃOO processo de envel
- Page 17 and 18:
15O pós-operatório é o período
- Page 19 and 20:
17diferenciação. Para cuidar dest
- Page 21 and 22:
193 REVISÃO DA LITERATURAAs consul
- Page 23 and 24:
21Envelhecemos porque as células e
- Page 25 and 26:
23assistência e auto-realização
- Page 27 and 28:
25cuidarem de si desde tenra idade,
- Page 29 and 30:
27Pneumonia, infecções do trato u
- Page 31 and 32:
29Nos séculos XVIII e XIX, grandes
- Page 33:
31as iatrogenias decorrentes rompam
- Page 36 and 37:
34Em idosos, um alto índice de sus
- Page 38 and 39:
36neuropsiquiátricas tais como con
- Page 40 and 41:
38Tema de relevância para a enferm
- Page 42 and 43:
40envelhecer, que se caracterizam p
- Page 44 and 45:
42A Gerontologia é campo profícuo
- Page 46 and 47:
444 MATERIAIS E MÉTODOApresenta-se
- Page 48 and 49:
464.3 POPULAÇÃO E AMOSTRAA popula
- Page 50 and 51:
48Estudo qualitativo descritivo - P
- Page 52 and 53:
50e) identificação e nomeação d
- Page 54 and 55:
525 ANÁLISE DOS DADOS E INTERPRETA
- Page 56 and 57:
54problema diário organizar as dua
- Page 58 and 59:
56TABELA 01 - Distribuição das ca
- Page 60:
58abandonando sua moradia. Constata
- Page 63 and 64:
61aumentam o risco cirúrgico do cl
- Page 65 and 66:
63TABELA 4 - Distribuição dos ido
- Page 67 and 68:
65isquemia ou arritmia. Nas cirurgi
- Page 69 and 70:
67abdominais, evidenciadas no estud
- Page 71 and 72:
69TABELA 7: Distribuição dos idos
- Page 73 and 74:
71Em pacientes de idade avançada,
- Page 75 and 76:
73QUADRO 1: Distribuição das medi
- Page 77 and 78:
75As autoras op cit enfatizam a imp
- Page 79 and 80: 77A taxa de mortalidade por faixa e
- Page 81 and 82: 79GRÁFICO 4 - Associação entre i
- Page 83 and 84: 81morbidade. Transtornos depressivo
- Page 85 and 86: 83QUADRO 3: Distribuição das comp
- Page 87 and 88: 85a fatores diversos, como idade ac
- Page 89 and 90: 87(1,6%); hiperemia 5 (1,2%); evisc
- Page 91 and 92: 89Evidencia-se conforme o gráfico
- Page 93 and 94: 91ventilação mecânica prolongada
- Page 95 and 96: 93coronária, embolia pulmonar e in
- Page 97 and 98: 95conseqüentemente, pressa para ur
- Page 99 and 100: 97se a mobilização precoce do ido
- Page 101 and 102: 99de menor incidência, no entanto,
- Page 103 and 104: 101diferentes em cada indivíduo. E
- Page 105 and 106: 103A relação da equipe de enferma
- Page 107 and 108: 105dos cônjuges e desarmonia famil
- Page 109 and 110: 107F5 - “Tem que orientar, deixar
- Page 111 and 112: 109Os cuidados são realizados depe
- Page 113 and 114: 111conseqüentemente desenvolve pro
- Page 115 and 116: 113direcionadas para as necessidade
- Page 117 and 118: 115Estes achados são semelhantes a
- Page 119 and 120: 117distúrbios hidroeletrolíticos,
- Page 121 and 122: 119comprometimento com a alimentaç
- Page 123 and 124: 121A inclusão da família como age
- Page 125 and 126: 123As complicações do acesso veno
- Page 127 and 128: 125objetiva por parte dos enfermeir
- Page 129: 127Pode utilizar para tanto a assis
- Page 133 and 134: 131periodicidade dos inquéritos na
- Page 135 and 136: 133BRASIL. Ministério da Saúde. R
- Page 137 and 138: 135FREITAS, M.C. et al. Perspectiva
- Page 139 and 140: 137MENDOZA, I.Y.Q. Paciente idoso c
- Page 141 and 142: 139SANTOS JR, J.C.M. Complicações
- Page 143 and 144: APÊNDICES141
- Page 145 and 146: 143II.II Cardiovasculares:Estase ve
- Page 147 and 148: ANEXOS145
- Page 149: ANEXO B147