124Discurso <strong>do</strong> sujeito coletivoA enfermagem não registra os cuida<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>s não por falta de tempo e sim de hábito.Também tem outros problem<strong>as</strong>, porque o funcionário não tem treinamento e quan<strong>do</strong> tem agente não consegue liberar o funcionário, porque eles tem que fazer o curso durante o horáriode serviço, só que a enfermagem tem <strong>do</strong>is ou três empregos, e não pode vir fazer o curso fora<strong>do</strong> horário de trabalho. A gente anota, m<strong>as</strong> importante mesmo é fazer certinho, cuidar para obem <strong>do</strong> <strong>paciente</strong>. Quanto a prescrição e anotações, a gente às vezes faz e não anota, m<strong>as</strong> to<strong>do</strong>sque p<strong>as</strong>sam visita olham <strong>as</strong> anotações, eles usam o que a gente registrou. Tem que daratenção para os que precisam, ver <strong>as</strong> prioridades, então a gente faz, m<strong>as</strong> nem sempre temtempo de anotar tu<strong>do</strong> o que faz. As enfermeir<strong>as</strong> não fazem evolução e também não podemparticipar de nenhum curso por falta de funcionário. Esses cuida<strong>do</strong>s a gente só vê aqui dentroda clínica, porque no papel, nos registros não aparece, os registros são bem resumi<strong>do</strong>s, m<strong>as</strong>tem o que precisa saber. A gente sabe que precisa melhorar, se fosse informatiza<strong>do</strong> seria maisfácil.O DSC revela a realidade comum <strong>do</strong>s hospitais públicos no que se refere aos registrosda enfermagem. A equipe de enfermagem n<strong>as</strong> unidades de internação hospitalares sãoresponsáveis por registrar em to<strong>do</strong>s os turnos os cuida<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>s com os <strong>paciente</strong>s sob suatutela. Durante <strong>as</strong> consult<strong>as</strong> aos prontuários pode-se observar que os Durante <strong>as</strong> consult<strong>as</strong> aosprontuários pode-se observar que os registros de enfermagem são suscintos, com errosortográficos e nenhuma padronização.Para Santos et al (2003), a enfermagem produz diariamente muit<strong>as</strong> informaçõesinerentes ao cuida<strong>do</strong> <strong>do</strong>s <strong>paciente</strong>s. Estima-se que seja responsável por mais de 50% d<strong>as</strong>informações contid<strong>as</strong> nos prontuários <strong>do</strong>s <strong>paciente</strong>s.Na unidade cirúrgica diariamente os profissionais médicos fazem prescrições deorientações e de medicação de forma informatizada e padronizada, <strong>as</strong> imprimem e osmem<strong>br</strong>os da equipe de enfermagem seguem <strong>as</strong> orientações. As enfermeir<strong>as</strong> realizam <strong>as</strong>prescrições igualmente informatizad<strong>as</strong> e padronizad<strong>as</strong>, este modelo atualmente exigereformulação. O sistema que prevalece n<strong>as</strong> anotações de enfermagem é o de registro manual.Sabe-se que a escrita é um hábito que só se desenvolve com o exercício, necessitan<strong>do</strong>empenho intelectual para desenvolvê-lo, o que acarreta algum<strong>as</strong> dificuldades para algunsmem<strong>br</strong>os da equipe de enfermagem com baixo nível de escolaridade. No DSC demonstramter consciência da necessidade de melhorar os registros de enfermagem, referin<strong>do</strong> importânciaa educação em serviço.Para Santos et al. (2003) é problemático compilar esta m<strong>as</strong>sa de informação que:[...] cresce em progressão geométrica nos protocolos e registros manuais,torna ineficiente o gerenciamento para uma tomada de decisão racional e
125objetiva por parte <strong>do</strong>s enfermeiros. Além disso, há o fato de que <strong>as</strong> anotaçõessão inconsistentes, ilegíveis e subjetiv<strong>as</strong>, não haven<strong>do</strong> uma definiçãometo<strong>do</strong>lógica estruturada.Conforme DSC, os profissionais de enfermagem não fazem registros por falta detempo, m<strong>as</strong> sim por hábito. Os hábitos segun<strong>do</strong> C<strong>as</strong>tilho e Vásquez (2006, p. 76) são: “form<strong>as</strong>de comportamento que estão arraigad<strong>as</strong> por meio da repetição. To<strong>do</strong> o hábito representa aresposta a satisfação de uma necessidade. A erradicação de tal hábito, não é possível a menosque se permute por outra melhor forma de satisfazer tal necessidade”.Os registros no prontuário <strong>do</strong> <strong>paciente</strong> são realiza<strong>do</strong>s por enfermeiros, auxiliares etécnicos de enfermagem e de outros profissionais, que se utilizam d<strong>as</strong> informações registrad<strong>as</strong>por to<strong>do</strong>s da equipe de saúde para decisões clínic<strong>as</strong> e diagnóstic<strong>as</strong>. O alto manuseio <strong>do</strong>sprontuários, trazem falh<strong>as</strong> nos méto<strong>do</strong>s de registros.Segun<strong>do</strong> Fernandes et al. (1981, p. 64):esses problem<strong>as</strong> devem ser considera<strong>do</strong>s, visto que o prontuário é um<strong>do</strong>cumento <strong>do</strong> <strong>paciente</strong> e os registros efetua<strong>do</strong>s tem efeito legal paraeventuais questionamentos jurídicos. Ainda, que muit<strong>as</strong> informações sãodesperdiça<strong>do</strong>s para questões de pesquisa, motiva<strong>do</strong>s pel<strong>as</strong> falh<strong>as</strong> nosregistros. O registro d<strong>as</strong> ações de enfermagem no prontuário é uminstrumento de grande significa<strong>do</strong> na <strong>as</strong>sistência de enfermagem, sen<strong>do</strong>indispensável para a adequada prestação <strong>do</strong> cuida<strong>do</strong> ao <strong>paciente</strong>.Os méto<strong>do</strong>s modernos de registros são necessários porque agilizam a tarefa epossibilitam maior visibilidade ao trabalho da enfermagem, que realiza muito mais <strong>do</strong> queregistra. O registro de enfermagem é um poderoso instrumento que descreve diariamente, demaneira objetiva, concisa e precisa o comportamento físico, psíquico e clínico <strong>do</strong> <strong>paciente</strong> quese encontra sob os cuida<strong>do</strong>s de enfermagem.A comunicação escrita <strong>do</strong>cumenta, de mo<strong>do</strong> permanente, no prontuário, sãoinformações relevantes so<strong>br</strong>e os cuida<strong>do</strong>s presta<strong>do</strong>s ao <strong>paciente</strong>, e cabe ao enfermeiro aresponsabilidade de mantê-lo atualiza<strong>do</strong> (IYER et al,1993).- os eventos de maior incidência evidencia<strong>do</strong>s nos diferentes tipos de complicaçõesforam: <strong>do</strong>r, náuse<strong>as</strong> e vômitos, dispnéia, edema, anemia, alteração <strong>do</strong> padrão de sono econfusão mental;- <strong>as</strong> característic<strong>as</strong> relacionad<strong>as</strong> à maior incidência <strong>do</strong>s óbitos foram: <strong>paciente</strong>s nafaixa etária de 65 a 74 anos; mulheres; cirurgi<strong>as</strong> de emergência; tempo cirúrgico superior a121 minutos; cirurgia <strong>do</strong> tipo laparotomia exploratória; avaliação de risco cirúrgico grau ASAIV e os i<strong>do</strong>sos não submeti<strong>do</strong>s à avaliação para risco cirúrgico.
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