118O cuida<strong>do</strong> aos i<strong>do</strong>sos com complicações g<strong>as</strong>trointestinais deve ser primeiro com aalimentação, é preciso explicar para a família que deve mostrar para a enfermagem o que trazpara o <strong>paciente</strong>, às vezes trazem um litro de suco, iogurte e outr<strong>as</strong> cois<strong>as</strong> que nem sempre épermiti<strong>do</strong>. Os alimentos são identifica<strong>do</strong>s e coloca<strong>do</strong>s na geladeira, iogurte e frut<strong>as</strong>. É difícilcontrolar a dieta, a família é orientada m<strong>as</strong> o hospital parece uma quitanda, porque dizem nãogostar da comida <strong>do</strong> hospital [...] então se orienta conversar com a nutricionista, ver se podemtrazer alguma coisa [...] eles têm o conceito de que a pessoa tem que comer e trazem comidade c<strong>as</strong>a e o <strong>paciente</strong> é i<strong>do</strong>so tem dificuldade de entender que não pode. Os i<strong>do</strong>sos não sãohidrata<strong>do</strong>s, então sempre deve-se administrar soro, incentivar para que tomem água. Depoisda oclusão intestinal, fazem diarréia, então tem que cuidar para tomarem água, hidratar comsoro, o <strong>paciente</strong> que não está em diarréia m<strong>as</strong> está em jejum a gente relem<strong>br</strong>a que tem queprescrever soro, medicação para <strong>as</strong> náuse<strong>as</strong> e vômitos e evitar que ele faça força, por seremi<strong>do</strong>sos, faz deiscência de sutura”.A equipe de enfermagem salienta no DSC <strong>as</strong> dificuldades que precisa enfrentar com osi<strong>do</strong>sos e familiares relacionad<strong>as</strong> às orientações dietétic<strong>as</strong> no perío<strong>do</strong> pós-operatório. Asalterações g<strong>as</strong>trointestinais causam incômo<strong>do</strong>, <strong>do</strong>r e riscos de depleção ou desequilí<strong>br</strong>iohidroeletrolítico ao i<strong>do</strong>so no perío<strong>do</strong> pós-operatório. Em virtude disto a restrição alimentarnesse perío<strong>do</strong>, muit<strong>as</strong> vezes é necessária para o organismo se restabelecer <strong>do</strong> estresse cirúrgico,entretanto nem sempre é entendida desta maneira pelos familiares e i<strong>do</strong>sos. A reprodução <strong>do</strong>shábitos alimentares familiares, no ambiente hospitalar é freqüente e muit<strong>as</strong> vezes trazemproblem<strong>as</strong> para equipe de enfermagem com <strong>as</strong> diet<strong>as</strong> necessári<strong>as</strong> para o i<strong>do</strong>so cirúrgico.Segun<strong>do</strong> Pentea<strong>do</strong> (2001, p.) “o comportamento alimentar <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos é uma estruturadifícil de se modificar, face <strong>as</strong> preferênci<strong>as</strong> de paladar, auto-indulgência, preconceito,indiferença, falta de apetite, pouca ingestão de líqui<strong>do</strong>s, apatia e me<strong>do</strong> – me<strong>do</strong> <strong>do</strong>s alimentoserra<strong>do</strong>s, me<strong>do</strong> de constipação ou me<strong>do</strong> de indigestão”.O alimento apresenta significativa manifestação cultural. Para Garine (1995) “oalimento desempenha divers<strong>as</strong> funções n<strong>as</strong> vári<strong>as</strong> sociedades human<strong>as</strong>, sen<strong>do</strong> intimamenterelaciona<strong>do</strong> com os <strong>as</strong>pectos sociais, religiosos e econômicos da vida cotidiana”.Cuidar em enfermagem é um processo no qual estão envolvi<strong>do</strong>s a equipe, o <strong>paciente</strong> esua família, sen<strong>do</strong> importante considerar a bagagem cultural que trazem consigo em um<strong>as</strong>ituação de enfermidade. Para facilitar a adesão às condut<strong>as</strong> preconizad<strong>as</strong> pelo tratamento éimprescindível o envolvimento <strong>do</strong>s familiares e i<strong>do</strong>sos. O cuida<strong>do</strong> com a dieta no perío<strong>do</strong>pós-operatório requer o entendimento de amb<strong>as</strong> <strong>as</strong> partes, familiares e profissionais por meio<strong>do</strong> diálogo educativo.As complicações g<strong>as</strong>trintestinais de maior incidência foram <strong>as</strong> náuse<strong>as</strong> e vômitos,diarréi<strong>as</strong> e obstipação intestinal que poderiam ser aborda<strong>do</strong>s pela equipe de enfermagem coma orientação à alimentação adequada, a promoção <strong>do</strong> envolvimento <strong>do</strong>s familiares no
119comprometimento com a alimentação adequada para o i<strong>do</strong>so, na manutenção <strong>do</strong> controlehídrico, no controle <strong>do</strong> peso <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so, controle da hipovolemia, diarréia, constipação evômitos, realizar monitorização <strong>do</strong>s sinais vitais, controlar a hemorragia e náuse<strong>as</strong> e vômitos,observar sinais de distensão ab<strong>do</strong>minal ou desidratação, estimular a ingesta de água, atender<strong>as</strong> diretrizes da comissão de controle de infecção hospitalar no que se refere ao cuida<strong>do</strong> comsond<strong>as</strong> e drenos.Em resposta a questão 9: como realizam os cuida<strong>do</strong>s de enfermagem aos i<strong>do</strong>sos queapresentam complicações da ferida operatória?Idéia central: cuida<strong>do</strong>s com a higiene e troca <strong>do</strong>s curativosF2 – “Eles não entendem muito bem que tem que limpar, lavar com água e sabão para depoisfazer o curativo. Os recursos de curativo aqui são os convencionais, não tem curativo especial,então os cuida<strong>do</strong>s tem que ser maiores”.F3 – “Tem que orientar para cuidar <strong>do</strong> curativo”.F4 – “A questão maior é da higiene, tem velho que não gosta de tomar banho. Aí tem queexplicar, a cirurgia foi em um local contamina<strong>do</strong>, que é o intestino, às vezes com bolsa decolostomia. Então se não quiser tomar banho de chuveiro é da<strong>do</strong> no leito m<strong>as</strong> tem que tirar dacama e levar para deambular”.F5 – Trocar com maior freqüência o curativo, porque a pele já não é boa, a cicatrização não éboa, faz lesão com mais facilidade, com micropore ou esparadrapo, [...] observações quan<strong>do</strong>se a<strong>br</strong>e um curativo, tem que ser rep<strong>as</strong>sad<strong>as</strong> logo para o médico ou enfermeira, realizar <strong>as</strong>anotações <strong>do</strong> curativo, verificar quantidade da drenagem fora <strong>do</strong> comum, e observar ossintom<strong>as</strong>... tem que ficar em cima”.F6 – “ insistir, explicar e incentivar, m<strong>as</strong> eles não querem ir para o banho.F7 – “mostrar que o curativo não pode ficar sujo nem fecha<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong> eles vão embora, nãosei como cuidam”.Discurso <strong>do</strong> sujeito coletivoEles não entendem muito bem que tem que limpar, lavar com água e sabão para depois fazer ocurativo. Os recursos de curativo aqui são os convencionais, não tem curativo especial, entãoos cuida<strong>do</strong>s têm que ser maiores, tem que orientar para cuidar <strong>do</strong> curativo, mostrar que nãopode ficar sujo nem fecha<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong> eles vão embora, não sei como cuidam. A questão maioré da higiene, tem velho que não gosta de tomar banho, tem que explicar, a cirurgia foi em um
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