104inclusive so<strong>br</strong>ecarregá-los. No contexto específico de serviços públicos de saúde, queconvivem cotidianamente com a falta de recursos materiais e humanos essa compreensão podeser afetada, caben<strong>do</strong> ao enfermeiro delimitar os papéis de cada um nessa construção de cuida<strong>do</strong>coletivo.O afeto e laços de parentesco que envolvem <strong>as</strong> relações entre os familiares e i<strong>do</strong>sos, sãorepletos de sentimentos que durante a hospitalização podem ser estreita<strong>do</strong>s. Para Pena e Diogo(2005, p. 665) “a permanência próxima ao i<strong>do</strong>so, no decorrer da hospitalização, facilita aparticipação no cuida<strong>do</strong>, principalmente, quan<strong>do</strong> a relação entre o familiar e o i<strong>do</strong>so épermeada por sentimentos positivos e relação de apego”. Ressalv<strong>as</strong> são relatad<strong>as</strong> em famíli<strong>as</strong>cuj<strong>as</strong> relações são conturbad<strong>as</strong> e face às atribulações de uma hospitalização podem fazeremergir sentimentos que não venham a contribuir para a recuperação <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so.Os trabalha<strong>do</strong>res da equipe de enfermagem e os familiares reconhecem como elementosfacilita<strong>do</strong>res à aproximação <strong>do</strong> acompanhante quanto às atividades relacionad<strong>as</strong> ao cuida<strong>do</strong>,desenvolven<strong>do</strong> o aprendiza<strong>do</strong> através da observação e da oportunidade de poder fazer (Leiteapud PENA e DIOGO, 2005).A figura <strong>do</strong> cuida<strong>do</strong>r de i<strong>do</strong>sos hoje sofre alterações devi<strong>do</strong> às mudanç<strong>as</strong> de papéissociais exerci<strong>do</strong>s principalmente pel<strong>as</strong> mulheres dentro <strong>do</strong> âmbito familiar. Atualmente <strong>as</strong>mulheres jovens são responsáveis por outr<strong>as</strong> taref<strong>as</strong> da dinâmica familiar como cuidar <strong>do</strong>sfilhos, e/ou trabalhar em atividade remunerada fora <strong>do</strong> <strong>do</strong>micílio. As i<strong>do</strong>s<strong>as</strong> têm seus papéismodifica<strong>do</strong>s sen<strong>do</strong> el<strong>as</strong> também responsáveis pela criação <strong>do</strong>s netos enquanto <strong>as</strong> mães saempara trabalhar.Estu<strong>do</strong> de Santos (2006) que aborda a temática d<strong>as</strong> avós cuida<strong>do</strong>r<strong>as</strong> <strong>do</strong>s netoshospitaliza<strong>do</strong>s refere-se a el<strong>as</strong> como pesso<strong>as</strong> responsáveis por permanecer ao la<strong>do</strong> d<strong>as</strong> crianç<strong>as</strong>na hospitalização, em razão d<strong>as</strong> mães d<strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> estarem impossibilitad<strong>as</strong> de realizar essatarefa por conta de su<strong>as</strong> atividades laborais. No DSC os funcionários relatam que os familiaresnem sempre querem ou podem ficar, pois enfrentam dificuldades em deixar su<strong>as</strong> atividadesprofissionais ou os filhos sozinhos em c<strong>as</strong>a.So<strong>br</strong>e <strong>as</strong> relações familiares em prover os cuida<strong>do</strong>s aos i<strong>do</strong>sos, Cald<strong>as</strong> (2004, p. 42) trazalgum<strong>as</strong> considerações:Outra razão para que a família não seja vista como a única estrutura para ocuida<strong>do</strong> d<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> i<strong>do</strong>s<strong>as</strong> é a qualidade <strong>do</strong> relacionamento com seusparentes. Muit<strong>as</strong> abordagens so<strong>br</strong>e a o<strong>br</strong>igação que os filhos têm de cuidar<strong>do</strong>s pais são b<strong>as</strong>ead<strong>as</strong> na crença de que existe um bom relacionamento entre<strong>as</strong> gerações. É evidente que esta suposição pode ser facilmente desafiada pelaexistência de conflitos permanentes, por situações de aban<strong>do</strong>no <strong>do</strong> lar por um
105<strong>do</strong>s cônjuges e desarmonia familiar resultante de incompatibilidade depersonalidades, de valores e de estilos de vida entre jovens e i<strong>do</strong>sos.Conforme Pena e Diogo (2005) a rede de apoio familiar quan<strong>do</strong> apropriad<strong>as</strong> propiciamà reorganização d<strong>as</strong> funções e papéis na família, e ao rodízio hospitalar a fim não so<strong>br</strong>ecarregarum único mem<strong>br</strong>o, como um fator que facilita a sua participação no cuida<strong>do</strong> <strong>do</strong> i<strong>do</strong>sohospitaliza<strong>do</strong>.Idéia Central 2: Acompanhante tem espaço físico limita<strong>do</strong> na unidadeF2 – “[...] a poltrona atrapalha o serviço da enfermagem, porque eles têm direito, m<strong>as</strong> aquinão tem espaço”.F3 – “O espaço físico nosso é complica<strong>do</strong>, porque não tem cama, às vezes é só cadeira”.F5 - “[...] porque aí se é i<strong>do</strong>so vai-se buscar um leito melhor, que seja próximo <strong>do</strong> banheiro,que tenha espaço para a poltrona <strong>do</strong> acompanhante”.F7 – “às vezes a gente percebe que eles não querem ficar, querem deixar e ir embora, porquepara eles também não é fácil”.Discurso <strong>do</strong> sujeito coletivo:O espaço físico da unidade é limita<strong>do</strong> para o acompanhante, porque não tem cama, às vezes ésó cadeira, se é i<strong>do</strong>so vai-se buscar um leito melhor, que seja próximo <strong>do</strong> banheiro, que tenhaespaço para a poltrona <strong>do</strong> acompanhante, m<strong>as</strong> esta atrapalha o serviço da enfermagem, aquinão tem espaço.A presença <strong>do</strong> acompanhante durante a hospitalização <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so, foi <strong>as</strong>segurada peloMinistério de Esta<strong>do</strong> da Saúde, ao considerar os benefícios da presença <strong>do</strong> familiar no perío<strong>do</strong>de internamento hospitalar da pessoa i<strong>do</strong>sa. Estu<strong>do</strong>s comprovam que <strong>as</strong> relações familiares sãomodificad<strong>as</strong> pelo internamento hospitalar, provocan<strong>do</strong> influênci<strong>as</strong> na recuperação <strong>do</strong> i<strong>do</strong>sopelo distanciamento <strong>do</strong> convívio familiar. A Portaria Nº 280, de 7 de a<strong>br</strong>il de 1999 (BRASIL,1999), <strong>do</strong> Ministério da Saúde, <strong>as</strong>segura os recursos financeiros para a acomodação <strong>do</strong>acompanhante e traz <strong>as</strong> seguintes recomendações:Art. 1º - Tornar o<strong>br</strong>igatório nos hospitais públicos, contrata<strong>do</strong>s ouconvenia<strong>do</strong>s com o Sistema Único de Saúde - SUS, a viabilização de meiosque permitam a presença <strong>do</strong> acompanhante de <strong>paciente</strong>s maiores de 60(sessenta) anos de idade, quan<strong>do</strong> interna<strong>do</strong>s.§ 1º - Fica autorizada ao presta<strong>do</strong>r de serviços a co<strong>br</strong>ança, de acor<strong>do</strong> com <strong>as</strong>tabel<strong>as</strong> <strong>do</strong> SUS, d<strong>as</strong> despes<strong>as</strong> previst<strong>as</strong> com acompanhante, caben<strong>do</strong> aogestor, a devida formalização desta autorização de co<strong>br</strong>ança na Autorizaçãode Internação Hospitalar - AIH.§ 2º - No valor da diária de acompanhante estão incluí<strong>do</strong>s a acomodaçãoadequada e o fornecimento d<strong>as</strong> principais refeições.
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