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Untitled - DigitUMa - Universidade da Madeira

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RELATÓRIO DE ESTÁGIO IIAgradecimentosAo terminar esta etapa, queria prestar o meu agradecimento a to<strong>da</strong>s as pessoasque acompanharam o meu percurso académico. Em primeiro lugar, à minha orientadorade estágio e de relatório Mestre Gui<strong>da</strong> Mendes e ao Professor Doutor Paulo Brazãoorientador <strong>da</strong> prática de estágio do 1º Ciclo do Ensino Básico.Gostaria de agradecer a orientação e colaboração <strong>da</strong> educadora cooperante <strong>da</strong>EB1/PE <strong>da</strong> Pena que me recebeu na sua sala, à diretora <strong>da</strong> instituição e a to<strong>da</strong> a equipaque me apoiou durante a minha prática na vertente de educação pré-escolar. Ain<strong>da</strong> aqui,aos pais <strong>da</strong>s crianças <strong>da</strong> sala <strong>da</strong> Pré-A, pela sua participação e envolvimento nasativi<strong>da</strong>des desenvolvi<strong>da</strong>s, à diretora do lar “Vale Formoso” que abriu as portas às nossascrianças e aos idosos que as receberam com carinho. Também presto os meus sincerosagradecimentos ao instrutor Tiago Losa Faria, pela sua disponibili<strong>da</strong>de e dedicação emproporcionar uma sessão de Qi Gong aos docentes <strong>da</strong> EB1/PE <strong>da</strong> Pena.Agradeço, de igual modo, a orientação e colaboração <strong>da</strong> professora cooperante<strong>da</strong> EB1/PE do Galeão, à diretora e a to<strong>da</strong> a comuni<strong>da</strong>de escolar. Ao coordenador doprograma Eco-escolas <strong>da</strong> Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco, Doutor JoséManuel Silva engrandeço a sua disponibili<strong>da</strong>de e prontidão na coorganização do projetosobre a energia, bem como ao coordenador de eficiência energética, Hélder Nunes e aosseus três alunos por se deslocarem à EB1/PE do Galeão e apresentarem os seus projetos.Por fim, e não menos importante, agradeço à minha família pelo apoiopsicológico e financeiro prestado durante todo o meu percurso académico e, ain<strong>da</strong>, acolaboração e a amizade <strong>da</strong> minha colega de estágio na vertente do 1º ciclo, SaraMoreira, por ter acompanhado e auxiliado a minha prestação nesta última etapa deintervenção pe<strong>da</strong>gógica.


III RELATÓRIO DE ESTÁGIOResumoO presente relatório de estágio resulta <strong>da</strong> intervenção pe<strong>da</strong>gógica em contexto deeducação pré-escolar e de 1º ciclo do ensino básico, no âmbito do 2º ciclo de estudos emEducação Pré-escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico, <strong>da</strong> <strong>Universi<strong>da</strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>Madeira</strong>, e <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de de se organizar e transcrever todo o trabalho realizadodurante este período para fins de obtenção do grau de mestre.O estágio pe<strong>da</strong>gógico circunscreveu-se, portanto, numa primeira fase na valência préescolarna Escola Básica do 1º Ciclo com Pré- Escolar <strong>da</strong> Pena na sala <strong>da</strong> Pré-A e numasegun<strong>da</strong> fase na valência do 1º ciclo do ensino básico na Escola Básica do 1º Ciclo comPré- Escolar do Galeão na turma do 4º 1. Nesta última o estágio foi compartilhado comuma colega do mesmo curso em regime alternado no que concerne às respetivasintervenções pe<strong>da</strong>gógicas.No âmbito <strong>da</strong>s intervenções realiza<strong>da</strong>s em ambas as valências e tendo em conta operíodo de estágio decorrido nestes dois contextos, ou seja, aproxima<strong>da</strong>mente 100 horasem ca<strong>da</strong> um deles, e ain<strong>da</strong> o enfoque metodológico nas interações pontuais entre ogrupo e nas aprendizagens através de projeto, os resultados obtidos e apresentados nopresente relatório apontam, de uma forma geral, para uma ligeira evolução eestabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s crianças relativamente ao bem-estar emocional, à sua implicação nastarefas diárias e ao seu desempenho perante novas situações e/ou experiências deaprendizagem.Palavras-chave: estágio; intervenção pe<strong>da</strong>gógica; educação pré-escolar; 1º ciclo doensino básico


RELATÓRIO DE ESTÁGIO IVAbstractThis internship report is a result of the pe<strong>da</strong>gogical intervention in the context ofpreschool and 1st cycle of basic education, under the 2nd cycle of studies in EducaçãoPré-Escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino básico, promulgated by the University of<strong>Madeira</strong>. It also represents the need to organize and transcribe all the work done duringthis period for the purpose of obtaining a master's degree.In the first part, the pe<strong>da</strong>gogical internship was limited to the pre-school cycle and ittook place at Escola Básica do 1º Ciclo com Pré- Escolar <strong>da</strong> Pena in classroom Pre-A.The second part, in the valence of the 1 st cycle of basic education, took place at EscolaBásica do 1º Ciclo com Pré-Escolar do Galeão, class 4º 1.This last part of the internshipwas shared with a colleague from the same course and each one alternated in terms ofeducational interventions.In the sphere of the interventions done in both valences and taking into account theperiod of time elapsed in these two contexts, which was approximately 100 hours each,the methodological focused on specific interactions between the group and the learningby project, the results presented in this report indicate that, in general, there was a slightevolution and stability of the children in relation to their emotional well-being, theirinvolvement in the <strong>da</strong>ily tasks and their performance when facing new situations and /or learning experiences .Keywords: internship; pe<strong>da</strong>gogical intervention; pre-school education; 1º cycle of thebasic education


IX RELATÓRIO DE ESTÁGIOÍndice de TabelasTabela 1. Planificação Semanal 1 – Pré-Escolar……………………………........… 37Tabela 2. Planificação Semanal 2 – Pré-Escolar…...………………………….…… 44Tabela 3. Planificação Semanal 3 – Pré-Escolar……….…………………………... 52Tabela 4. Planificação Semanal 4 – Pré-Escolar…………………………………… 60Tabela 5. Avaliação-Diagnóstico Individual do Bem-Estar Emocional e <strong>da</strong>Implicação……………………………………………………………….………….. 73Tabela 6. Avaliação Final Individual do Bem-Estar Emocional e <strong>da</strong> Implicação…. 75Tabela 7. Avaliação-Diagnóstico do Grupo Sobre o Bem-Estar Emocional e aImplicação……………………………………………………………………….…. 78Tabela 8. Avaliação Final do Grupo Sobre o Bem-Estar Emocional e aImplicação…………………………………………………………………….……. 79Tabela 9. Avaliação <strong>da</strong>s Metas de Aprendizagem em Formação Pessoal e Social eConhecimento do Mundo………………………………………………...…..…….. 84Tabela 10. Avaliação <strong>da</strong>s Metas de Aprendizagem em Linguagem Oral e Abor<strong>da</strong>gemà Escrita e Matemática………………………………………………………...……. 85Tabela 11. Avaliação <strong>da</strong>s Metas de Aprendizagem em Expressão Musical e ExpressãoMotora…………………………………………………………………….….…..… 86Tabela 12. Avaliação <strong>da</strong>s Metas de Aprendizagem em Expressão Plástica e ExpressãoDramática……………………………………………….…………………..……… 87Tabela 13. Plano de Ação de Intervenção com a Comuni<strong>da</strong>de…………….…...... 102Tabela 14. Planificação Semanal 1 – 1º CEB…………………………………..... 126Tabela 15. Planificação Semanal 2 – 1º CEB……………………………………. 139Tabela 16. Planificação Semanal 3 – 1º CEB……………………………………. 152Tabela 17. Planificação Semanal 4 – 1º CEB……………………………………. 165Tabela 18. Avaliação <strong>da</strong>s Metas de Aprendizagem em Língua Portuguesa.….…. 174Tabela 19. Avaliação <strong>da</strong>s Metas de Aprendizagem em Matemática e Estudo doMeio………………………………………………………………………….…… 175Tabela 20. Avaliação <strong>da</strong>s Competências Sociais…………………………...….… 179Tabela 21. Plano de Ação de Intervenção com a Comuni<strong>da</strong>de……………….…. 185


RELATÓRIO DE ESTÁGIO XÍndice de AnexosAnexo A. Plano Mensal de Ativi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> Pré-A……………………………………. 198Anexo B. Plano Semanal de Ativi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> Pré-A…………………………………... 202Anexo C. Organização do Estágio na Componente de Educação de Infância………. 203Anexo D. Indicadores para a Avaliação do Bem-Estar Emocional e <strong>da</strong> Implicação... 205Anexo E. Indicadores para a Avaliação <strong>da</strong>s Metas de Aprendizagem………….….... 207Anexo F. Questionário para Avaliar as Competências Sociais……………………… 208Anexo G. Regulamento de Estágio do Curso de Mestrado em Educação Pré-Escolar eEnsino do 1º Ciclo do Ensino Básico………………………………………………... 209


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 2<strong>da</strong> intervenção pe<strong>da</strong>gógica na EB1/PE <strong>da</strong> Pena. A segun<strong>da</strong> parte do relatório ésemelhante na estrutura supramenciona<strong>da</strong>, com a exceção do processo de avaliação que,no 1º ciclo, foi feita apenas ao grupo, no geral, e <strong>da</strong> intervenção com a comuni<strong>da</strong>de que,neste âmbito, teve como principal incidência os membros <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de envolvente,incluindo as famílias <strong>da</strong>s crianças <strong>da</strong> EB1/PE do Galeão.No final do relatório, em jeito de conclusão, apresentam-se alguns pontosincidentes sobre todo o percurso efetuado em contexto de estágio bem como algumaslimitações depara<strong>da</strong>s durante o mesmo.A Educação <strong>da</strong>s CriançasMaria do Céu Roldão, no relatório nacional sobre A educação <strong>da</strong>s crianças dos0 aos 12 anos editado pelo Conselho Nacional de Educação a 20 de Maio de 2008,levanta a problemática <strong>da</strong> complexi<strong>da</strong>de do desenvolvimento no período correspondenteà infância, isto é, dos 0 aos 12 anos de i<strong>da</strong>de e dos fatores que influenciam, positiva ounegativamente, este processo, afirmando que a responsabili<strong>da</strong>de primordial do mesmorecai, regularmente, sobre as enti<strong>da</strong>des e os profissionais de ação educativa.Tendo presente os objetivos enunciados pela Lei de Bases do Sistema Educativo(LBSE) em 2005 para a educação pré-escolar e para o 1.º ciclo do ensino básico, há queconsiderar determinados fatores importantes durante as primeiras etapas do processoeducativo referencia<strong>da</strong>s por Gabriela Portugal (2008) no respetivo relatório do estudo eque vão ao encontro de tais objetivos, estabelecendo como finali<strong>da</strong>de educativa acriação de um ci<strong>da</strong>dão emancipado 1 . São eles a autoestima positiva e/ou saúdeemocional, o desenvolvimento físico e motor, o raciocínio e pensamento conceptual e1 Portugal (2008) cita Laevers (1995) na definição de ci<strong>da</strong>dão emancipado, sendo este considerado como“autêntico na interacção que estabelece com o Mundo, emocionalmente saudável, evidenciandovitali<strong>da</strong>de, com uma atitude fortemente exploratória, aberta ao mundo externo e interno, com um sentidode pertença e de ligação, e uma forte motivação para contribuir para a quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> e o universalprocesso de criação, respeitando o Homem e a Natureza” (p. 52).


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 4esquema corporal, isto é, <strong>da</strong>s tensões musculares, <strong>da</strong>s posturas e <strong>da</strong>s posições corporais(Portugal, 2008).Quanto à particulari<strong>da</strong>de <strong>da</strong> motrici<strong>da</strong>de fina, esta implica uma capaci<strong>da</strong>de demanipulação de objetos de pequenas dimensões e de instrumentos que exigem umcontrolo focalizado <strong>da</strong> mão e dos dedos, bem como uma coordenação de pequenosmovimentos, por exemplo, a utilização do lápis ou <strong>da</strong> caneta na caligrafia (Portugal,2008). Apesar de este tipo de trabalho ter maior incidência no 1º ciclo do ensino básico,o desenvolvimento <strong>da</strong> motrici<strong>da</strong>de fina é fomentado na educação pré-escolar com amanipulação de objetos que exija tal motrici<strong>da</strong>de, como arremessar e apanhar bolasutilizando as mãos ou os pés ou a própria utilização de lápis de cor para o desenho ecoloração (ME, 1997; 2004).O desenvolvimento do raciocínio e do pensamento conceptual e matemáticosubentende “a capaci<strong>da</strong>de de transcender o concreto”, isto é, usufruir <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de deabstração (Portugal, 2008, p. 54). Esta competência possibilita li<strong>da</strong>r com o número,enquanto representação de quanti<strong>da</strong>de, ordenando-o, categorizando-o e seriando-o.Também permite utilizar e li<strong>da</strong>r com conceitos relacionados com o tempo e espaço, como mundo físico, psicológico e social, com as artes e com a linguagem. O pensamentoconceptual permite, ain<strong>da</strong>, meditar sobre questões filosóficas, descobrir padrões, fazergeneralizações e retirar conclusões com base no raciocínio lógico e crítico. To<strong>da</strong>via, háque considerar, neste ponto, as conceções de Piaget (1993, citado por Sprinthall &Sprinthall) sobre a teoria do desenvolvimento e confrontá-la com os princípiosestipulados pelo sistema educativo atual.Segundo a teoria dos estádios de desenvolvimento de Piaget (1993, citado porSprinthall & Sprinthall), a criança está apta para realizar operações e classificaçõesnuméricas a partir do estádio <strong>da</strong>s operações concretas, ou seja, entre os 7 e os 11 anosde i<strong>da</strong>de, contudo, o poder de abstração e de distanciamento do concreto, segundo o


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 6raciocínio e ao pensamento conceptual matemático, o ímpeto exploratório é o queimpulsiona a compreensão do mundo físico e social e desenvolve a capaci<strong>da</strong>de de <strong>da</strong>rsignificado ao mesmo através <strong>da</strong> construção de conhecimentos, constituindo-se uma <strong>da</strong>sdimensões básicas do currículo (ME, 1997; 2004). Cabe ao educador/professorestimular essa motivação intrínseca através <strong>da</strong> diferenciação do processo deaprendizagem e <strong>da</strong> apresentação de situações estimulantes e desafiadoras, de modo aque tal impulso se expan<strong>da</strong> a todos os domínios do currículo (Portugal, 2008 & ME,1997; 2004).“Os seres humanos desenvolvem-se e aprendem em interacção com o mundoque os rodeia” (ME, 1997, p. 79). O conhecimento do mundo ou a compreensão domundo físico e social, como designado por Portugal (2008), subentende, relativamenteao mundo físico, um ímpeto exploratório pelas coisas <strong>da</strong> natureza, <strong>da</strong> ciência e <strong>da</strong>tecnologia e a compreensão de diversos aspetos <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de e do mundo circun<strong>da</strong>nte.Tal implica conhecer algumas características dos materiais e dos seres vivos e o modocomo se comportam perante determinados estímulos, implica, também, uma atitude derespeito, cui<strong>da</strong>do e proteção para com os mesmos. A nível social pressupõe umconhecimento sobre os diversos modos de vi<strong>da</strong> de determina<strong>da</strong>s populações,nomea<strong>da</strong>mente a compreensão de hábitos, regras e condições próprias defuncionamento do grupo bem como a compreensão de processos basilares relacionadoscom a economia, com a saúde, com a justiça, com a política e com a comunicação,reconhecendo as suas diversi<strong>da</strong>des (Portugal, 2008). Na mesma linha de pensamento, asOrientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar (OCEPE) de 1997 atestam queto<strong>da</strong>s as áreas de conteúdo constituem, portanto, diversas formas de conhecimento domundo. A título de exemplo tem-se a área de expressão e comunicação que possibilita aexploração <strong>da</strong>s capaci<strong>da</strong>des e limitações do corpo em si ou na relação com o espaço e osmateriais, proporcionando os meios necessários para utilizar e melhorar a expressão e a


7 RELATÓRIO DE ESTÁGIOcomunicação, contribuindo para a compreensão do mundo e <strong>da</strong> atribuição de significadoao mesmo. Relativamente à área de formação pessoal e social, este conhecimentoproporciona diferentes oportuni<strong>da</strong>des para a criança se situar num determinado meio erelacionar-se consigo mesma, com os outros e com o mundo social e físico. Já no 1ºciclo do ensino básico, a compreensão do mundo físico e social insere-se na áreacurricular do Estudo do Meio, uma vez que esta área abrange conceitos respeitantes avárias disciplinas (História, Geografia, Ciências <strong>da</strong> Natureza, Etnografia, etc.)organiza<strong>da</strong>s de maneira a contribuir para uma progressiva compreensão <strong>da</strong>s interrelaçõesentre o mundo natural e social (ME, 2004).A competência social é um aspeto que Gabriela Portugal (2008) releva naabor<strong>da</strong>gem feita sobre a compreensão do mundo social visto que este implica odesenvolvimento <strong>da</strong> competência social como condição para estabelecer uma ligaçãocom os outros. Para tal há que ministrar sentimentos de respeito e compreensão paracom as necessi<strong>da</strong>des do outro, em consonância com as necessi<strong>da</strong>des individuais eexpressar comportamentos de cooperação e interaju<strong>da</strong> a partir <strong>da</strong> adoção de umcomportamento individual em conformi<strong>da</strong>de com o papel que representa numadetermina<strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de, respeitando as regras e os princípios <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> comum.Também relaciona<strong>da</strong> com o desenvolvimento de competências socias está acomunicação que atua sobre a aptidão de reconhecer e interpretar sentimentos esignificados e expressá-los linguística ou artisticamente. O domínio <strong>da</strong> linguagem oral éum dos objetivos fun<strong>da</strong>mentais <strong>da</strong> educação pré-escolar e, como tal, requer a criação de“um clima de comunicação em que a linguagem do educador [ou professor], ou seja, amaneira como fala e se exprime, constitua um modelo para a interacção e aaprendizagem <strong>da</strong>s crianças” sob a conceção de que a linguagem oral se desenvolve apartir <strong>da</strong>s interações e <strong>da</strong>s trocas linguísticas que se estabelecem entre crianças e adultose entre as próprias crianças (ME, 1997, p. 66). As crianças, quando comunicam com


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 8outros adultos em diversos contextos (instituição educativa, meio, casa, etc.) estãoexperienciando diversas situações de comunicação o que permite que a criança seaproprie <strong>da</strong> linguagem de forma sistemática e progressiva, adequando-a a ca<strong>da</strong> situação(ME, 1997). Assim, o domínio <strong>da</strong> linguagem, enquanto instrumento de expressão deideias, sentimentos e perceções, permite não só estruturar o pensamento e expressá-lo deforma adequa<strong>da</strong>, tornando-o acessível aos outros, mas também permite, por sua vez,compreender o que os outros expressam, oralmente, por escrito e/ou por gestos.Ao entrar para a escola, a criança já tem construí<strong>da</strong>s ideias acerca <strong>da</strong> leitura e <strong>da</strong>escrita, logo, é <strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong>de do docente atender ao nível de compreensão que acriança manifesta em relação a esta forma de comunicação e fomentar o gosto pelaleitura e pela escrita proporcionando situações de prazer e de reforço <strong>da</strong> autoconfiança<strong>da</strong> criança. (Portugal, 2008 & ME, 2004).A comunicação não-verbal, enquanto suporte <strong>da</strong> comunicação oral, estáassocia<strong>da</strong> ao jogo dramático em que, através <strong>da</strong> interação com os outros, com o espaço ecom os objetos circun<strong>da</strong>ntes, a criança explora a dimensão não-verbal <strong>da</strong> linguagemsurgi<strong>da</strong>s espontaneamente a partir <strong>da</strong>s suas próprias improvisações e/ou a partir <strong>da</strong>observação e interpretação de histórias, contos ou dramatizações que também sãointerpreta<strong>da</strong>s pela criança (ME, 1997; 2004). Aponta-se para o interesse em utilizar,simultaneamente, a comunicação verbal e gestual, uma vez que, ao explorar estas duasdimensões <strong>da</strong> linguagem, a criança potencializa as suas capaci<strong>da</strong>des expressivas,facilitando a sua comunicação (Portugal, 2008 & ME, 2004). Porém, Portugal (2008)alerta para a avaliação <strong>da</strong> competência linguística <strong>da</strong> criança, visto que se tornanecessário averiguar se a criança manifesta interesse, ou não, em participar numadetermina<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de em que a linguagem tem um papel determinante.A auto-organização e capaci<strong>da</strong>de de iniciativa é também um aspeto importanterealçado pela autora e que, segundo a mesma, é frequentemente descurado pela


9 RELATÓRIO DE ESTÁGIOcomuni<strong>da</strong>de educativa. Esta dimensão está relaciona<strong>da</strong> com o modo como nosorganizamos de modo a utilizar de forma consciente, as nossas capaci<strong>da</strong>des elimitações, e os recursos disponíveis no meio físico e social circun<strong>da</strong>nte. Tal incluiaspetos como a motivação ou capaci<strong>da</strong>de de alcançar determina<strong>da</strong>s metas, de escolher edefinir, efetivamente, aquilo que se pretende, desenvolver um plano de ação com vista aatingir determinados objetivos e refletir sobre o mesmo ajustando-o se necessário. Acriativi<strong>da</strong>de, junto com a flexibili<strong>da</strong>de, tem aqui um papel de realce na competência“auto-organizativa”, pois implica olhar para as situações segundo diferentes perspetivasde forma flexível e original, desenvolvendo, assim, a capaci<strong>da</strong>de de iniciativa (Laevers,2004a citado por Portugal, 2008, p.57).Por fim, e não menos importante, a atitude básica de ligação ao mundo dizrespeito ao desenvolvimento de valores de vi<strong>da</strong> e de toma<strong>da</strong> de uma atitude positiva emrelação a si mesmo, aos outros, e à natureza (Portugal, 2008). Tal pressupõe aconstrução <strong>da</strong> identi<strong>da</strong>de e <strong>da</strong> relação com o mundo a partir do respeito pela diferença e<strong>da</strong> valorização <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de de contributos no enriquecimento do grupo, atribuindosentido à educação. O mesmo favorece a autoestima e o sentimento de pertença a umgrupo (ME, 1997 & Portugal, 2008).Gabriela Portugal (2008) acentua que to<strong>da</strong>s estas finali<strong>da</strong>des educativas sãoindispensáveis a qualquer nível educativo, porém ganha principal destaque nosprimeiros anos correspondentes à infância, isto é, dos 0 aos 12 anos, pois assumem-secomo “experiências fun<strong>da</strong>cionais, globalizantes e articula<strong>da</strong>s”. Se tais objetivos forematingidos e perpetuados em ca<strong>da</strong> nível ou ciclo de ensino pode-se afirmar, segundo aspalavras <strong>da</strong> autora, que estamos perante ci<strong>da</strong>dãos emancipados, possuidores deUma auto-estima positiva, com o seu ímpeto exploratório intacto, socialmentecompetentes, com uma visão alarga<strong>da</strong> e compreensiva <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de circun<strong>da</strong>nte,


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 10protagonistas de uma comunicação clara e atenta, autónomos e capazes deiniciativas, criativos, [e] genuínos na sua atitude básica de ligação ao mundo.(2008, p. 58)Reconhecidos os objetivos enunciados por Gabriela Portugal (2008) no relatóriosupracitado e considerando a sua perspetiva de formação de um indivíduo emancipado,crê-se ser imprescindível debruçar sobre o sistema educativo em Portugal e o modocomo este se encontra organizado em função <strong>da</strong> formação dos ci<strong>da</strong>dãos,particularmente, <strong>da</strong>s crianças que frequentam a educação pré-escolar e o 1º ciclo doensino básico.A Educação Pré-EscolarA LBSE (2005) emerge no sentido de garantir uma ação formativa permanenteque se constrói de maneira a favorecer o desenvolvimento “pleno e harmonioso” <strong>da</strong>personali<strong>da</strong>de dos indivíduos e promover a formação de ci<strong>da</strong>dãos “livres, responsáveis,autónomos e solidários” e com um papel ativo no progresso <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de e na suademocratização (Lei n.º 49/2005 de 30 de Agosto).Considerando que “a educação pré-escolar é a primeira etapa <strong>da</strong> educação básicano processo de educação ao longo <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>” (Lei n.º 5/97 de 10 de Fevereiro, p.670),revela a importância desta primeira etapa no percurso educativo de todo o indivíduo, nosentido em que cria condições para o sucesso <strong>da</strong> aprendizagem, numa i<strong>da</strong>de precoce(entre os 3 e os 6 anos de i<strong>da</strong>de) através <strong>da</strong> promoção <strong>da</strong> autoestima e <strong>da</strong> autoconfiança(ME, 1997). É, portanto, relevante salientar o que se pretende com a educação préescolare desviar a ideia de que esta se institui em função <strong>da</strong> preparação para aescolari<strong>da</strong>de obrigatória, tal como alertado pelo ME nas OCEPE (1997).


11 RELATÓRIO DE ESTÁGIOA LBSE (2005) prevê o desenvolvimento do processo educativo na educaçãopré-escolar visando determinados objetivos que consistem em estimular as capaci<strong>da</strong>des<strong>da</strong>s crianças em to<strong>da</strong>s as áreas e domínios 2 com vista a um desenvolvimento equilibrado<strong>da</strong> sua personali<strong>da</strong>de e <strong>da</strong>s suas potenciali<strong>da</strong>des; promover a estabili<strong>da</strong>de e segurançaafetivas <strong>da</strong> criança; desenvolver a formação moral e o sentido de responsabili<strong>da</strong>de, emassociação com o <strong>da</strong> liber<strong>da</strong>de; incutir hábitos de higiene e de defesa <strong>da</strong> saúde pessoal ecoletiva; auxiliar na observação e compreensão do meio natural e humano com vista auma plena integração e participação <strong>da</strong> criança, bem como, promover a sociabili<strong>da</strong>deatravés <strong>da</strong> integração <strong>da</strong> criança em diversos grupos sociais complementares <strong>da</strong> família;proceder à despistagem de irregulari<strong>da</strong>des na a<strong>da</strong>ptação, de deficiências ou deprecoci<strong>da</strong>des, fomentar um melhor encaminhamento <strong>da</strong> criança e, principalmente,contribuir para uma melhor estabili<strong>da</strong>de e segurança afetivas <strong>da</strong> criança.Atende-se ao facto de que o educador, ao encarar a heterogenei<strong>da</strong>de dos gruposem contexto pré-escolar, ao nível <strong>da</strong>s i<strong>da</strong>des, dos níveis de desenvolvimento e, portanto,dos diferentes conhecimentos e competências <strong>da</strong>s crianças, organize a sua açãoeducativa consoante as características de ca<strong>da</strong> uma delas e os objetivos que prevê que asmesmas atinjam, de maneira a promover a sua evolução no grupo. Segundo as OCEPE(1997) o educador deve ter em conta que as crianças têm a possibili<strong>da</strong>de de progredir apartir do nível em que se encontram se se proceder à diferenciação <strong>da</strong>s situações deaprendizagem, salvaguar<strong>da</strong>ndo para que a criança que se mantém na valência préescolarnão encare ativi<strong>da</strong>des repeti<strong>da</strong>s e com um mesmo grau de dificul<strong>da</strong>de eexigência. Logo, requer-se, por parte do educador, um cui<strong>da</strong>do especial, frisando umavez mais que, num mesmo grupo, podem-se encontrar crianças que estão em fase de2 As áreas referem-se aos estipulados pelas OCEPE (1997): formação pessoal e social, conhecimento domundo, expressão e comunicação, e respetivos domínios.


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 12iniciação no âmbito <strong>da</strong> educação pré-escolar e crianças que estão em fase de transiçãopara a escolari<strong>da</strong>de obrigatória, isto é, para o 1º ciclo do ensino básico (ME, 1997).Uma vez alcançados os objetivos propostos para a educação pré-escolar, supõeseque estão cria<strong>da</strong>s as condições necessárias para que as crianças possam iniciar o 1ºciclo com possibili<strong>da</strong>des de sucesso, contudo, na reali<strong>da</strong>de, nem sempre isso acontecepois grande parte <strong>da</strong>s dificul<strong>da</strong>des de a<strong>da</strong>ptação a um novo ciclo educativo advém <strong>da</strong>sdiferentes necessi<strong>da</strong>des, ritmos e percursos individuais <strong>da</strong>s crianças.“O diálogo e a colaboração entre educadores e professores do 1.º ciclo facilitama transição a uma atitude positiva <strong>da</strong> criança face à escolari<strong>da</strong>de obrigatória” (ME,1997, p. 91). Daí que se apele a uma articulação entre estas duas etapas educativascriando condições favoráveis à entra<strong>da</strong> e a<strong>da</strong>ptação <strong>da</strong> criança no 1º CEB, com vista aatingir, de forma ampla, os objetivos estipulados para este ciclo, consoante aparticulari<strong>da</strong>de de conteúdos de ca<strong>da</strong> ano letivo. Tais condições, segundo as OCEPE(1997), incluem o comportamento <strong>da</strong> criança no grupo no que concerne à aceitação ecumprimento de regras de convivência social, as suas atitudes relativamente àcuriosi<strong>da</strong>de e o desejo de aprender e, ao nível <strong>da</strong>s aprendizagens, as competênciasnecessárias para iniciação <strong>da</strong> leitura e <strong>da</strong> escrita no que diz respeito à evolução <strong>da</strong>compreensão e <strong>da</strong> comunicação oral, e <strong>da</strong> matemática em termos de noção espacial,temporal e de quanti<strong>da</strong>de.O 1º Ciclo do Ensino BásicoA LBSE (2005) determina a universali<strong>da</strong>de do ensino básico e a gratuiti<strong>da</strong>de domesmo no que concerne a propinas, taxas e emolumentos relacionados com a matrículae certificação, bem como ao uso de manuais e materiais escolares, transporte,alimentação e alojamento, se tal for requerido (Lei nº 49/2005 de 30 de Agosto).


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 14modo geral, ao desenvolvimento <strong>da</strong> linguagem oral e a iniciação e domínio <strong>da</strong> leitura e<strong>da</strong> escrita, o aperfeiçoamento <strong>da</strong>s expressões plástica, dramática, musical e motora e odesenvolvimento de noções essenciais sobre o meio físico e social e, ao nível <strong>da</strong>matemática, sobre a aritmética e o cálculo.Uma vez presente os objetivos aspirados para a educação pré-escolar e para o 1ºciclo do ensino básico, no sentido de se garantir as condições necessárias para umaintervenção pe<strong>da</strong>gógica de quali<strong>da</strong>de durante estas etapas educativas por parte dodocente, acresce-se fazer menção ao seu próprio desempenho enquanto profissional,traçando um perfil que, embora decretado especificamente para ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s valênciasnos anexos n.º 1 e n.º 2 do Decreto-Lei n.º 241 de 30 de Agosto de 2001, importaconsiderá-lo como um todo no contexto do ciclo de estudos a que se reflete o presenterelatório.O Perfil Geral do Desempenho DocenteTendo presente o princípio enunciado por Portugal e Laevers (2010) de que aquali<strong>da</strong>de na educação é reconheci<strong>da</strong> a partir de indicadores de bem-estar emocional eimplicação <strong>da</strong> criança, constatados pela observação do seu comportamento e <strong>da</strong> suaforma de estar, destaca-se a importância de o educador/professor garantir a quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>sua intervenção pe<strong>da</strong>gógica, regulamentando a sua ação em prol <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong>des <strong>da</strong>scrianças. Como tal, não se deve descurar nem desagregar a formação do docente doconceito de quali<strong>da</strong>de em educação. Teresa Vasconcelos (2008) salienta que aatribuição dos graus de licenciado ou mestre a todos os docentes, incluindo educadoresde infância, “constitui um marco importante na afirmação <strong>da</strong> profissionali<strong>da</strong>de destesdocentes e na garantia de quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> educação de infância” (p. 151). A educação de


15 RELATÓRIO DE ESTÁGIOinfância 3 assume, portanto, uma relação co dependente com as políticas educativas deformação e de capacitação dos (futuros) docentes.O Decreto-Lei nº 240/2001, de 30 de Agosto aprova o perfil geral dedesempenho do educador de infância e dos professores dos ensinos básico e secundário,delegando princípios comuns à ativi<strong>da</strong>de docente de qualquer nível educativo (educaçãopré-escolar; 1º, 2º e 3º ciclos do ensino básico, ensino profissionalizante e ensinosuperior). O mesmo aponta determina<strong>da</strong>s regras para a orientação dos projetos relativosà formação docente e ao reconhecimento <strong>da</strong> respetiva habilitação profissional. Atendese,então, às três grandes dimensões respeitantes ao reconhecimento <strong>da</strong> habilitaçãoprofissional docente, anuí<strong>da</strong>s pelo referido decreto-lei.A dimensão profissional, social e ética concerne a promoção <strong>da</strong>s aprendizagenscurriculares pelo docente que fun<strong>da</strong>menta a sua prática profissional segundo a produçãoe o uso de diversos saberes integrados em função <strong>da</strong>s ações <strong>da</strong> mesma prática, social eeticamente situa<strong>da</strong>. Desta feita, o docente assume-se como um profissional de educaçãocuja prática deverá basear-se no conhecimento que tem sobre a própria profissãoacrescido <strong>da</strong> investigação e reflexão <strong>da</strong> prática e <strong>da</strong> política educativa vigorante. Exercea sua ativi<strong>da</strong>de profissional, na instituição educativa, tendo por base um currículodefinido segundo uma perspetiva de escola inclusiva e reconhecido como necessário aodesenvolvimento integral dos educandos. Segundo este pressuposto, o profissional deeducação fomenta a quali<strong>da</strong>de dos contextos de inserção do processo educativo deforma a garantir o bem-estar do educando, o desenvolvimento <strong>da</strong> sua identi<strong>da</strong>deindividual e cultural, respeitando-as, e a sua inclusão na socie<strong>da</strong>de através <strong>da</strong> promoçãodo desenvolvimento <strong>da</strong> sua autonomia e <strong>da</strong> contenção dos processos de exclusão ediscriminação na comuni<strong>da</strong>de educativa. Ain<strong>da</strong> na dimensão profissional, social e ética,o docente assume uma posição cívica e formativa <strong>da</strong>s suas funções, com as exigências3 Entende-se por educação de infância a educação presta<strong>da</strong> às crianças dos 0 aos 12 anos.


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 16deontológicas essenciais associa<strong>da</strong>s, e manifesta uma capaci<strong>da</strong>de de relação,comunicação e equilíbrio emocional nas diversas circunstâncias <strong>da</strong> sua ativi<strong>da</strong>deprofissional.A dimensão de desenvolvimento do ensino e <strong>da</strong> aprendizagem refere-se,precisamente, à promoção <strong>da</strong>s aprendizagens pelo docente no âmbito do currículo,tendo por base as áreas que o fun<strong>da</strong>mentam e seguindo o rigor científico e metodológiconecessário a uma pe<strong>da</strong>gogia de quali<strong>da</strong>de. Neste contexto, o docente organiza epromove, individualmente ou em equipa, as opções pe<strong>da</strong>gógicas e didáticas, com a suadevi<strong>da</strong> fun<strong>da</strong>mentação, e as aprendizagens relativas às áreas do conhecimento, deacordo com os objetivos do projeto curricular de sala ou de turma. Perspetivando osucesso e a quali<strong>da</strong>de do processo de ensino-aprendizagem, o docente incute aaprendizagem sistemática dos procedimentos relativos ao trabalho intelectual, bemcomo <strong>da</strong>s diversas formas de o organizar e comunicar, e incita a participação ativa doseducandos nos processos de aprendizagem e gestão do currículo. Incentiva, de igualmodo, a intervenção dos mesmos na elaboração de regras de convivência democrática,gerindo, com segurança e flexibili<strong>da</strong>de, situações problemáticas e conflitos de naturezadiversa. Ain<strong>da</strong> na promoção <strong>da</strong>s aprendizagens, o docente desenvolve estratégiaspe<strong>da</strong>gógicas diferencia<strong>da</strong>s de acordo com a diversi<strong>da</strong>de sociocultural e aheterogenei<strong>da</strong>de dos indivíduos em termos de contextos e percursos individuais. Nestedomínio, assegura a realização de ativi<strong>da</strong>des educativas de apoio diversas, como formade detetar e acompanhar as crianças ou jovens com necessi<strong>da</strong>des educativas especiais.Do perfil geral de desempenho profissional docente, relativamente à dimensãosupramenciona<strong>da</strong>, enquadram-se os conhecimentos próprios, transversais emultidisciplinares do educador/professor, que são utilizados adequa<strong>da</strong>mente consoanteo nível de ensino em que exerce a sua especialização. Tal pressupõe a utilização <strong>da</strong>língua portuguesa de forma correta, nas suas vertentes oral e escrita. Em função <strong>da</strong>s


19 RELATÓRIO DE ESTÁGIOPrincípios Orientadores <strong>da</strong> Ação Pe<strong>da</strong>gógicaNas OCEPE (1997) estão dispostas as orientações globais que o educador deveter presente aquando <strong>da</strong> sua intervenção pe<strong>da</strong>gógica. Destas fazem parte a observação, aplanificação, a ação, a avaliação, a comunicação e a articulação.A observação constitui um método sistemático de obtenção de informação sobrea criança, sobre os seus interesses e necessi<strong>da</strong>des e sobre o contexto social e familiar emque se insere, uma vez que estes afetam, direta ou indiretamente, a sua evoluçãoeducativa. Conhecer a criança e a sua evolução possibilita, igualmente, estabelecer umamargem de manobra em termos de diferenciação pe<strong>da</strong>gógica. Neste sentido, oprofissional parte dos conhecimentos <strong>da</strong> própria criança, estabelece metas e adotaestratégias de forma que esta possa prorrogar os seus interesses e desenvolver as suaspotenciali<strong>da</strong>des (ME, 1997). Cita-se o ME (1997) e focaliza-se a conceção de que oconhecimento <strong>da</strong> criança “resulta de uma observação contínua e supõe a necessi<strong>da</strong>de dereferências tais como, produtos <strong>da</strong>s crianças e diferentes formas de registo”, ou seja,“trata-se fun<strong>da</strong>mentalmente de dispor de elementos que possam ser periodicamenteanalisados, de modo a compreender o processo desenvolvido e os seus efeitos naaprendizagem de ca<strong>da</strong> criança. A observação constitui, deste modo, a base doplaneamento e <strong>da</strong> avaliação, servindo de suporte à intencionali<strong>da</strong>de do processoeducativo” (p. 25).A planificação do processo educativo constitui uma base para a promoção deaprendizagens diversifica<strong>da</strong>s e significativas e permite ao educador refletir sobre as suasintenções educativas e sobre o modo de as adequar ao grupo, bem como, verificar eorganizar os recursos humanos e materiais necessários para uma determina<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de(ME, 1997). A ação é, portanto, colocar em prática as intenções educativas do docente.Este procedimento permite “alargar as interações <strong>da</strong>s crianças” e “enriquecer o processoeducativo” quando envolve a participação de outros adultos, sejam eles auxiliares de


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 20ação educativa, encarregados de educação ou outros membros <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de. Aavaliação surge aqui como forma de tomar consciência <strong>da</strong> ação e adequar o processoeducativo às necessi<strong>da</strong>des do grupo e à sua evolução (ME, 1997, p. 27).Acresce-se dizer que a reflexão sobre a intervenção pe<strong>da</strong>gógica é outroprocedimento a ter em conta nos processos de planificação, de ação e de avaliaçãosupramencionados sob a perspetiva de melhorar, não só a quali<strong>da</strong>de do ambienteeducativo, mas também, o seu próprio desempenho enquanto profissional de açãoeducativa. John Dewey (1989) e Zabalza (1994) apontam para a importância dopensamento reflexivo para a educação. Neste contexto, Dewey (1989) abor<strong>da</strong> opensamento como um elemento substancial à capaci<strong>da</strong>de de organização e planificação<strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des de acordo com os objetivos e as finali<strong>da</strong>des educativas previstas,presumindo os respetivos resultados. Da mesma maneira Zabalza (1994) afirma que opensamento do docente é que dirige a sua atuação, isto é, a ação pe<strong>da</strong>gógica éadministra<strong>da</strong> a partir <strong>da</strong>s suas previsões e do seu entendimento no que concerne aocontexto educativo, sob a perspetiva de que “os professores são profissionais racionais”(p. 30). Daí que nas OCEPE (1997) sugere-se, a respeito <strong>da</strong> intencionali<strong>da</strong>de educativa,um pensamento reflexivo anterior à ação, no sentido de se planear ativi<strong>da</strong>des ou projetosque acompanhem a ação e se adequem às necessi<strong>da</strong>des e interesses <strong>da</strong>s crianças demodo a <strong>da</strong>r resposta às situações imprevistas e, do mesmo modo, um pensamentoreflexivo posterior à ação como forma de se tomar consciência de todo o processoeducativo. Saliente-se, neste contexto, a importância <strong>da</strong> documentação enquantoinstrumento para a uma intervenção pe<strong>da</strong>gógica reflexiva e democrática que permite aoeducador/professor assumir a responsabili<strong>da</strong>de pela construção <strong>da</strong> sua intencionali<strong>da</strong>deeducativa e chegar às suas próprias decisões sobre o efeito <strong>da</strong> sua intervenção. É,também, importante citar que, ao refletir sobre a sua intervenção e sobre outros aspetosdecorrentes <strong>da</strong> sua profissão, o docente expande o seu “horizonte social” e constrói


21 RELATÓRIO DE ESTÁGIO“outro relacionamento para a vi<strong>da</strong>, para o trabalho e para a criativi<strong>da</strong>de” (Dahlberg,Moss & Pence, 2003, p. 190). Tal permite um progresso sistemático do docenterelativamente à sua forma de pensar, de intervir pe<strong>da</strong>gogicamente e de encarar aprofissão.Dewey (1989) atesta a divisão do pensamento reflexivo em duas fasesprincipais, a primeira corresponde a uma fase de dúvi<strong>da</strong>, de hesitação, de perplexi<strong>da</strong>de ede dificul<strong>da</strong>de mental onde se origina o pensamento, a segun<strong>da</strong> corresponde à ação emtermos de procura e de investigação, a fim de encontrar algum material que esclareça adúvi<strong>da</strong> e que dissipe a perplexi<strong>da</strong>de. Porém, o mesmo autor adverte que o pensamentoreflexivo só é concretizado quando o sujeito está disposto a suportar o “suspense” e aprosseguir para uma pesquisa sistemática e rigorosa a fim de encontrar uma justificaçãoverosímil para a sua crença.Para ser auténticos seres pensantes, debemos estar dispuestos e mantener yprolongar esse estado de du<strong>da</strong> que constituye el estímulo de la investigaciónrigurosa, así como a no aceptar ninguna idea ni realizar ninguna afirmaciónpositiva de una creencia hasta que no se hayan encontrado razones que lajustifiquen. (Dewey, 1989, p. 31)Debruçando, ain<strong>da</strong>, sobre as orientações globais para a intervenção pe<strong>da</strong>gógicado educador de infância dita<strong>da</strong>s pelas OCEPE (1997), a comunicação surge como umoutro parâmetro que influencia o conhecimento que o educador adquire <strong>da</strong> criança e <strong>da</strong>sua evolução, uma vez que permite a partilha de informações com outros adultos quecontribuem, efetivamente, na sua educação, particularmente, colegas de equipa,auxiliares de ação educativa e família.


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 22Um último aspeto a considerar no mesmo âmbito é a articulação. Esta prevêestabelecer a continui<strong>da</strong>de educativa entre o processo de entra<strong>da</strong> na educação préescolare a transição para o 1º ciclo do ensino básico. Cabe ao educador proporcionar ascondições necessárias para que a criança assimile, com sucesso, novas aprendizagens ese a<strong>da</strong>pte mais facilmente à escolari<strong>da</strong>de obrigatória, com colaboração dos pais e dosdocentes do 1º ciclo (ME, 1997).Apesar de o ME, nas OCEPE (1997) explicitar o direcionamento <strong>da</strong>s orientaçõesglobais acima explana<strong>da</strong>s sobre o educador de infância, considera-se, a partir <strong>da</strong>experiência académica pessoal dos 1ºs e 2ºs ciclos de estudo, que tais orientações sãotransversais aos professores do 1º ciclo, uma vez que to<strong>da</strong>s estas etapas são tambémrelevantes na promoção de aprendizagens ativas, significativas, diversifica<strong>da</strong>s,integra<strong>da</strong>s e socializadoras, previstas na OCP (2004) para o ensino básico, destacandoque com as OCEPE (1997) os professores de 1º ciclo podem encontrar referências “quelhes facilite a compreensão dos objectivos e práticas <strong>da</strong> educação pré-escolar” (p. 89).Por sua vez, as OCEPE (1997) patenteiam a ideia de que, ao analisar o programa do 1ºciclo do ensino básico, “os educadores poderão compreender que não há grandediferença entre os princípios e orientações gerais que aí são apresentados e os quepodem encontrar nas Orientações Curriculares” (p. 89).A OCP (2004) explicita que o professor terá de centralizar a sua atenção nasmúltiplas competências, potenciali<strong>da</strong>des e motivações dos alunos (observação),construir e utilizar instrumentos de registo que garantam a leitura do desenvolvimento<strong>da</strong>s aprendizagens de ca<strong>da</strong> aluno (planificação e avaliação) e adequar a sua intervençãoeducativa (ação) consoante a evolução dos percursos escolares dos seus alunos nasdiferentes áreas do currículo (ME, 1997; 2004). Relativamente à comunicação,considera-se necessária e imprescindível a todos os níveis de ensino, uma vez que acomunicação e a troca de opiniões com os parceiros educativos permitem um melhor


23 RELATÓRIO DE ESTÁGIOconhecimento do aluno e dos demais contextos que influenciam a sua educação, afamília e a comuni<strong>da</strong>de. Sobre a articulação de conteúdos, esta é pragmática emqualquer nível de ensino, uma vez que a finali<strong>da</strong>de é preparar o aluno para o nível deescolari<strong>da</strong>de seguinte. Portanto, tais orientações permitirão, igualmente, ao professor de1º ciclo, “uma gestão mais adequa<strong>da</strong> do estado <strong>da</strong>s aprendizagens e realizações do alunoe dos processos de ensino que o professor deverá utilizar ou corrigir para o bom êxito(…) dos alunos e dos professores” (ME, 2004, p. 25).


Parte IRELATÓRIO DE ESTÁGIO 24


25 RELATÓRIO DE ESTÁGIOEstágio Na Valência De Educação Pré-EscolarContexto de EstágioA primeira fase do estágio realiza<strong>da</strong> em contexto pré-escolar, foi efetua<strong>da</strong> naEB1/PE <strong>da</strong> Pena, Funchal, e decorreu no período compreendido entre 28 de Setembrode 2011 a 28 de Outubro do mesmo ano, portanto, com a duração de um mês.Figura 1. Escola Básica do 1º Ciclo com PréhkhyhkihEscolar <strong>da</strong> PenaA InstituiçãoA escola funciona em regime de tempo total, ou seja, <strong>da</strong>s 8h às 18h30m eencontra-se localiza<strong>da</strong> na freguesia de Santa Luzia, pertencente ao concelho do Funchal,portanto, enquadra-se num meio tipicamente urbano. Situa-se num espaço próximo aoutras instituições, nomea<strong>da</strong>mente de escolas de diversos níveis de ensino, do Centro deSaúde Bom Jesus, do Centro de Segurança Social <strong>da</strong> <strong>Madeira</strong>, do Centro deEquipamento Social, do Centro Cívico, do Lar de terceira i<strong>da</strong>de “Vale Formoso”, <strong>da</strong>Igreja de Santa Luzia e <strong>da</strong> Junta de Freguesia de Santa Luzia.


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 26Em termos de estrutura física, a escola encontra-se dividi<strong>da</strong> em dois edifíciosinterligados. O Edifício 59 possui quatro salas de ensino curricular do 1º Ciclo, uma salade informática, uma sala de inglês, uma sala de biblioteca, uma sala de professores, umgabinete de apoio administrativo e o gabinete <strong>da</strong> diretora. O outro edifício, Edifício 60,é constituído por uma sala de ensino curricular, três salas de pré-escolar, uma sala deexpressão plástica, uma sala de expressão dramática comum à área de expressãomusical, uma cantina, uma cozinha, uma despensa e quatro arreca<strong>da</strong>ções e balneáriosconvertidos em sala de apoio e de ocupação de tempos livres, possui ain<strong>da</strong> uma sala deensino especial, uma arreca<strong>da</strong>ção geral e outra para materiais de educação físicomotora.Para além destes espaços, a escola possui, no seu exterior, dois camposdescobertos e dois jardins.Recursos HumanosOs recursos, sejam eles humanos ou materiais, implicam a prospeção destesmeios como forma de melhorar as funções educativas <strong>da</strong>s instituições no que concerneàs suas potenciali<strong>da</strong>des como ambientes de aprendizagem (OCEPE, 1997; Formosinho,2009)Relativamente aos recursos humanos <strong>da</strong> EB1/PE <strong>da</strong> Pena, designa<strong>da</strong>mentedocentes e funcionários, a instituição dispões de uma diretora, 28 docentes e 18 nãodocentes. Entre os docentes há três educadoras de infância, oito professores de ensinocurricular do 1º ciclo, duas professoras de estudo e de apoio pe<strong>da</strong>gógico acrescido, doisprofessores de inglês, uma professora de informática, uma professora de expressãoplástica, dois professores de expressão físico-motora, um professor de educação eexpressão musical e dramática e duas professoras de educação especial.Entre o pessoal não docente existe uma técnica superior de biblioteca, umaassistente técnica, uma assistente operacional encarrega<strong>da</strong> de coordenação de serviços


27 RELATÓRIO DE ESTÁGIOgerais, quatro assistentes operacionais de cozinha, nove assistentes operacionais gerais esete aju<strong>da</strong>ntes socioeducativa <strong>da</strong> educação pré-escolar.A SalaA sala onde decorreu o estágio denomina-se Pré-A e tem uma equipa de trabalhoconstituí<strong>da</strong> por uma educadora e por duas assistentes operacionais. Este espaçoencontra-se provido de uma grande varie<strong>da</strong>de de equipamentos e materiais que, de umaforma geral, correspondem aos critérios de quali<strong>da</strong>de alistados pelo Ministério <strong>da</strong>Educação relativamente à aquisição de equipamentos e materiais que vão ao encontrodo projeto pe<strong>da</strong>gógico e <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s crianças (ME, 1997). Assim, pode-seencontrar a sala dividi<strong>da</strong> em váriasáreas, nomea<strong>da</strong>mente a área <strong>da</strong> CasinhaFigura 2. Área <strong>da</strong> Casinhaque possui uma cama e um armário depequenas dimensões apetrecha<strong>da</strong>s demateriais de quarto de dormir e deutensílios de cozinha respetivamente, aárea do Computador, este equipado comcolunas, impressora e acesso à internet, a área <strong>da</strong> Biblioteca, composta por uma pequenaestante preenchi<strong>da</strong> com diversos livros adequados à faixa etária em questão (de 3 a 5/6anos), a área <strong>da</strong> Televisão, esta situa<strong>da</strong> num armário provido com outros equipamentosFigura 3. Área do Tapeteaudiovisuais (leitor de DVD’s, DVD’s erádio CD), a área do Tapete, com um total detrês tapetes unidos e munidos de almofa<strong>da</strong>se, ain<strong>da</strong>, a área dos Jogos que dispõe de umaestante equipa<strong>da</strong> com materiais deconstrução, puzzles, cartões ilustrados e


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 28computadores de uso infantil.A sala possui ain<strong>da</strong> uma pia, dois armários para arreca<strong>da</strong>ção de materiaisdidáticos, maioritariamente de expressão plástica, três mesas redon<strong>da</strong>s dispostas nocentro <strong>da</strong> sala, com cadeiras de dimensões adequa<strong>da</strong>s às crianças e duas divisões, juntoà porta de entra<strong>da</strong>, devi<strong>da</strong>mente identifica<strong>da</strong>s para a colocação <strong>da</strong>s mochilas e dosadereços pessoais <strong>da</strong>s crianças.Figura 4. Planta <strong>da</strong> Sala <strong>da</strong> Pré-AO GrupoTendo presente a importância do conhecimento <strong>da</strong>s características <strong>da</strong>s crianças e<strong>da</strong> sua implicação na organização do processo educativo por parte do educador(OCEPE, 1997), procedeu-se à caracterização <strong>da</strong>s crianças <strong>da</strong> sala <strong>da</strong> Pré-A a partir <strong>da</strong>sinformações forneci<strong>da</strong>s pela educadora cooperante, dos <strong>da</strong>dos consultados nas fichas


29 RELATÓRIO DE ESTÁGIO<strong>da</strong>s crianças e <strong>da</strong>s observações que complementaram determinados aspetos relacionadoscom a caracterização do grupo.Verifica-se que o grupo, em questão, é constituído por 21 crianças, dos quais 9são do sexo masculino e 12 são do sexo feminino, cuja composição etária compreendeos 2 e os 4 anos de i<strong>da</strong>de. É de referir, contudo, que as que têm 2 anos de i<strong>da</strong>decompletam os 3 antes no final do ano de 2011.Constata-se a existência de uma criança na sala com necessi<strong>da</strong>des educativasespeciais ao nível <strong>da</strong> expressão oral. Reconhece-se que esta criança compreende ascomunicações estabeleci<strong>da</strong>s com o adulto e com outras crianças mas ela própria nãoarticula completamente as palavras, ficando-se pela primeira sílaba, por exemplo,quando quer dizer “carro”, apenas diz “ca”. Por esta razão, a mesma usufrui de apoiope<strong>da</strong>gógico com uma docente de educação especial.Uma outra criança também apresenta grandes dificul<strong>da</strong>des ao nível <strong>da</strong>comunicação. Esta parece não comunicar, de todo, com os adultos ou com os seuscolegas, nem segue as indicações dos adultos no decorrer <strong>da</strong>s rotinas diárias, apesar de amãe afirmar que a criança não apresenta quaisquer dificul<strong>da</strong>des em se expressarverbalmente quando se encontra no meio familiar.Há ain<strong>da</strong> uma criança que apresenta grandes dificul<strong>da</strong>des na a<strong>da</strong>ptação ao meioescolar, chorando, diariamente, pela ausência <strong>da</strong> mãe e solicitando, constantemente, ocolo do adulto. Não interage com as outras crianças, recusa-se a participar em qualquerativi<strong>da</strong>de e rejeita, com frequência, as refeições servi<strong>da</strong>s na instituição.O restante grupo apresenta comportamentos, atitudes e competências comuns àfaixa etária em que se inserem, sendo que, como é natural, uns demonstram maiorfacili<strong>da</strong>de na execução de determina<strong>da</strong>s tarefas e no cumprimento <strong>da</strong>s regras do queoutros. Destes últimos destacam-se quatro crianças que manifestam, com algumaregulari<strong>da</strong>de, atitudes de violência física e verbal para com os colegas.


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 30Intervenção pe<strong>da</strong>gógicaVerificou-se que o plano mensal de ativi<strong>da</strong>des (ver Anexo A) previamenteelaborado pelas profissionais <strong>da</strong> instituição, apresenta como principais competências aatingir na área de formação pessoal e social o estabelecimento de relações afetivas entrecrianças e entre estas e o adulto. Considerando a i<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s crianças (2, 3 e 4 anos), operíodo de estágio corresponder ao início do ano letivo (Setembro-Outubro) e de esteser o primeiro ano de frequência do grupo na educação pré-escolar, à exceção de umacriança com necessi<strong>da</strong>des educativas especiais cujo período de frequência corresponde adois anos, estabeleceu-se como principal priori<strong>da</strong>de, e em consonância com a educadoracooperante, a a<strong>da</strong>ptação eficaz <strong>da</strong>s crianças ao meio através do desenvolvimento <strong>da</strong>srelações afetivas.Ao trabalhar com um grupo de crianças que está a iniciar a educação pré-escolaro educador, dificilmente prevê a diversi<strong>da</strong>de de comportamentos provenientes <strong>da</strong>transição <strong>da</strong>s crianças para um meio mais ou menos novo com adultos que não conhece,pelo que esta fase inicial, segundo as OCEPE (1997), exige especial atenção por partedo educador. “A diversi<strong>da</strong>de de situações e a varie<strong>da</strong>de de reações <strong>da</strong>s crianças queiniciam a educação pré-escolar exigem uma grande atenção, flexibili<strong>da</strong>de ereceptivi<strong>da</strong>de por parte do educador para encontrar as respostas mais adequa<strong>da</strong>s”(OCEPE, p. 88). Posto isto, crê-se que as relações afetivas, uma vez estabeleci<strong>da</strong>s,contribuem em grande medi<strong>da</strong> para a a<strong>da</strong>ptação <strong>da</strong>s crianças ao meio pré-escolar namedi<strong>da</strong> em que permitem ao educador conhecer ca<strong>da</strong> criança e as suas necessi<strong>da</strong>des e,portanto, as necessi<strong>da</strong>des gerais do grupo, atuando de forma a promover odesenvolvimento <strong>da</strong>s demais competências previstas para as crianças desta faixa etáriaaos níveis <strong>da</strong>s áreas de expressão e comunicação e de conhecimento do mundo, tendosubjacente uma preocupação com a quali<strong>da</strong>de na educação.


31 RELATÓRIO DE ESTÁGIOLeavers (2003, citado por Portugal & Leavers, 2010) refere que a quali<strong>da</strong>de naeducação, em qualquer nível educativo, passa pela ascensão dos educandos em duasdimensões essenciais, o bem-estar emocional e a implicação. Define bem-estaremocional como “um estado particular de sentimentos que pode ser reconhecido pelasatisfação e prazer, enquanto a pessoa está relaxa<strong>da</strong> e expressa sereni<strong>da</strong>de interior, sentea sua energia e vitali<strong>da</strong>de e está acessível e aberta ao que a rodeia” (p. 20). Já aimplicação é vista “como uma quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> activi<strong>da</strong>de humana que pode serreconheci<strong>da</strong> pela concentração e persistência, caracterizando-se por motivação, interessee fascínio, abertura aos estímulos, satisfação e um intenso fluxo de energia” (p. 25).Ambas as dimensões, anteriormente referi<strong>da</strong>s, constituem pontos de referênciapara a melhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de do trabalho dos profissionais que visam promover odesenvolvimento e a aprendizagem <strong>da</strong>s crianças. Assim, através <strong>da</strong> observação direta,foi possível averiguar o grau de recetibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s crianças perante determina<strong>da</strong>ssituações, a sua espontanei<strong>da</strong>de, vitali<strong>da</strong>de e autoconfiança (Leavers, 2003, citado porPortugal, 2010) e permitiu apurar quais as que apresentavam um bem-estar emocionalsatisfatório. Daqui, partiu-se para um processo de desenvolvimento de ativi<strong>da</strong>des queteve como enfoque favorecer o envolvimento <strong>da</strong>s crianças nas mesmas, e portanto,contribuir para um nível de implicação igualmente satisfatório, atingindo determina<strong>da</strong>smetas de aprendizagem defini<strong>da</strong>s para o grupo.A observação permitiu, de igual modo, fazer um diagnóstico <strong>da</strong> situação - queserá objeto de análise numa fase posterior do relatório, no ponto referente à avaliação –de modo a verificar, em oposição ao que foi constatado anteriormente, quais as criançasque apresentavam um maior défice em termos de bem-estar emocional e trabalhar comelas nesta dimensão, promovendo o seu progresso, antes de as envolver em qualqueroutra ativi<strong>da</strong>de. Saliente-se contudo, que estas crianças foram sempre estimula<strong>da</strong>s, tanto


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 32pela estagiária como pela educadora cooperante, a participar <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des planea<strong>da</strong>s,consoante a seu interesse.Subjacente à preocupação anteriormente explicita<strong>da</strong> procurou-se desenvolverativi<strong>da</strong>des que fossem ao encontro <strong>da</strong>s preferências <strong>da</strong>s crianças, constata<strong>da</strong>s através <strong>da</strong>conversação com as mesmas e <strong>da</strong> observação do grupo nos momentos de brincadeiralivre. Da<strong>da</strong> a diversi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s observações/constatações realiza<strong>da</strong>s neste âmbito,verificou-se a preferência <strong>da</strong>s crianças por jogos desenvolvidos em contexto de grandegrupo, pela visualização de DVD’s animados e pela composição de trabalhos utilizandodiversos materiais que apelam à expressão plástica.PlanificaçõesO docente necessita de planificar a sua ação pois esta serve de suporte à suaprática, permitindo uma melhor organização <strong>da</strong> mesma. Uma vez que, no caso <strong>da</strong>educação pré-escolar, o educador concebe e desenvolve o próprio currículo, aplanificação assume um papel essencial no sentido em que incita a uma reflexãocui<strong>da</strong><strong>da</strong> sobre as ativi<strong>da</strong>des realiza<strong>da</strong>s e permite adequá-las em função dos resultadosobtidos <strong>da</strong> avaliação realiza<strong>da</strong> (Decreto-Lei n.º 241/2001 de 30 de Agosto).Tendo por base o perfil específico de educador de infância no que concerne àplanificação <strong>da</strong> intervenção educativa expressa nas alíneas c) e d) do 3.º ponto <strong>da</strong>conceção e desenvolvimento do currículo, a planificação <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> intervençãope<strong>da</strong>gógica, em questão, decorreu no sentido de a fazer corresponder aos <strong>da</strong>dosrecolhidos na observação e ir ao encontro <strong>da</strong>s temáticas e <strong>da</strong>s situações imprevistasdecorrentes do processo educativo, proporcionando aprendizagens nos vários domínioscurriculares, respetivamente (Decreto-Lei n.º 241/2001 de 30 de Agosto).Para além dos princípios subjacentes na conceção do perfil específico doeducador de infância em relação à planificação <strong>da</strong> ação pe<strong>da</strong>gógica, é de salientar que


33 RELATÓRIO DE ESTÁGIOesta foi também realiza<strong>da</strong> em conformi<strong>da</strong>de com o plano anual de ativi<strong>da</strong>des 4 , com oprojeto educativo de escola 5 , com o plano semanal de ativi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> sala (ver Anexo B) ecom as orientações <strong>da</strong> educadora cooperante <strong>da</strong> sala e a participação <strong>da</strong>s restanteseducadoras <strong>da</strong> instituição que colaboram, em conjunto, no planeamento semanal <strong>da</strong>sativi<strong>da</strong>des a realizar nas respetivas salas.Apresentam-se, no presente trabalho, as planificações semanais elabora<strong>da</strong>s nocontexto <strong>da</strong> intervenção pe<strong>da</strong>gógica no estágio na educação pré-escolar. Estasencontram-se formata<strong>da</strong>s em tabelas, ca<strong>da</strong> uma com a descrição <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des diáriasdesenvolvi<strong>da</strong>s ao longo de ca<strong>da</strong> semana de intervenção. De uma forma mais específica,a primeira coluna de ca<strong>da</strong> tabela corresponde às áreas de conteúdo, aos domínios deca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s áreas e às respetivas metas de aprendizagem. Para o ME e a Direção Geralde Inovação e de Desenvolvimento Curricular (2010), as metas de aprendizagem naeducação pré-escolar refletem a crescente preocupação de se estabelecer determina<strong>da</strong>saprendizagens que as crianças devem ter assimila<strong>da</strong>s no final desta etapa educativa deforma a contribuir e a promover as condições favoráveis para o sucesso escolar, umavez que a educação pré-escolar é reconheci<strong>da</strong> como sendo a “primeira etapa <strong>da</strong>educação básica no processo de educação ao longo <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>” (Lei n.º 5/97 de 10 deFevereiro, p. 670). A definição de tais metas prevê, ain<strong>da</strong>, constituir “um instrumentofacilitador do diálogo entre educadores e professores do 1º ciclo”, principalmente os quetrabalham com as crianças do primeiro ano deste ciclo de ensino, pois, cabe a estesúltimos, estabelecer uma continui<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s aprendizagens realiza<strong>da</strong>s até então. Porém,caso as crianças não beneficiem de uma educação pré-escolar, é também papel do4 Disponível em: http://escolas.madeiraedu.pt/eb1pepena/Aescola/PLANOANUALDEATIVIDADES/tabid/11872/Default.aspx5 Disponível em: http://escolas.madeiraedu.pt/eb1pepena/Aescola/ProjectoEducativo/tabid/2973/Default.aspx


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 34professor garantir que as metas previstas para esta fase sejam alcança<strong>da</strong>s (ME, 2010,s.p.).Apesar de as metas de aprendizagem para a educação pré-escolar se encontraremorganiza<strong>da</strong>s por áreas de conteúdo, semelhantes às apresenta<strong>da</strong>s nas OCEPE (1997),diferem na sua apresentação e organização interna. Esta possui algumas especificações,uma vez que adota, nas diferentes áreas de conteúdo, domínios definidos para todo oensino básico, bem como alguns conteúdos pouco eminentes nas OCEPE (1997).Segundo o ME (2010) “esta reorganização decorre <strong>da</strong> opção, que é comum à definição<strong>da</strong>s metas para todo o ensino básico, de estabelecer uma sequência <strong>da</strong>s aprendizagensque, neste caso, visa particularmente facilitar a continui<strong>da</strong>de entre a educação préescolare o ensino básico” (s.p.), assim, a preferência de se optar pelas metas deaprendizagem para a educação pré-escolar no decorrer <strong>da</strong> ação pe<strong>da</strong>gógica, emerge <strong>da</strong>necessi<strong>da</strong>de de se articular estes dois ciclos educativos “numa perspectiva decontinui<strong>da</strong>de e uni<strong>da</strong>de global de educação/ensino” (Circular nº 17/DSDC/DEPEB,2007, n.p).Gabriela Portugal (2008) salienta a importância de se ter uma visão holística dodesenvolvimento <strong>da</strong> criança mesmo que se o considere segmentado em áreasdesenvolvimentais ou curriculares. Cita Laevers (2004a) ao afirmar que, mesmoatendendo aos comportamentos específicos de ca<strong>da</strong> etapa desenvolvimental, éimportante orientar a ação pe<strong>da</strong>gógica de modo a aju<strong>da</strong>r as crianças a desenvolvercompetências e atingir determina<strong>da</strong>s metas dentro <strong>da</strong>s finali<strong>da</strong>des educativas edesenvolvimentais amplas e contextualiza<strong>da</strong>s. Esta visão evita encarar odesenvolvimento e a aprendizagem <strong>da</strong>s crianças, de diferentes faixas etárias, de umaforma automatiza<strong>da</strong> e aquém do contexto educativo (Greig, 2001 citado por Alarcão,2008). Analisando as perspetivas do ME (2010) e as considerações cita<strong>da</strong>s por Portugal(2008), conclui-se que a reorganização <strong>da</strong>s competências em metas de aprendizagem,


35 RELATÓRIO DE ESTÁGIOtanto para a educação pré-escolar como para o 1º ciclo do ensino básico, sobrevém nosentido de facilitar, não só a articulação de conteúdos entre estes dois níveis educativos,como já mencionado, mas também facilitar a tal visão abrangente acerca dodesenvolvimento e <strong>da</strong>s aprendizagens <strong>da</strong>s crianças, independentemente <strong>da</strong> respetivaetapa em que se inserem.Em relação às metas de aprendizagem consta<strong>da</strong>s nas planificações semanais, éde salientar que algumas delas foram a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>s ao contexto e às ativi<strong>da</strong>desdesenvolvi<strong>da</strong>s e, por essa mesma razão, algumas delas não constam em determina<strong>da</strong>sáreas de conteúdo e respetivos domínios apresentados. Alerta-se, ain<strong>da</strong>, quedetermina<strong>da</strong>s metas de aprendizagem, apesar de não estarem evidencia<strong>da</strong>s nasativi<strong>da</strong>des planea<strong>da</strong>s, são transversais a qualquer uma delas, nomea<strong>da</strong>mente as quedizem respeito às áreas de formação pessoal e social e de conhecimento do mundo.Uma vez menciona<strong>da</strong>s, as ativi<strong>da</strong>des desenvolvi<strong>da</strong>s, bem como as estratégiasabor<strong>da</strong><strong>da</strong>s, constam <strong>da</strong> segun<strong>da</strong> coluna <strong>da</strong>s tabelas de planificação semanal e surgemcomo meio facilitador para a organização dos procedimentos a ter antes e no decorrer deca<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de. Estes encontram-se numerados por uma questão de coadjuvar o processode leitura <strong>da</strong> coluna sobre a observação/avaliação (a qual abor<strong>da</strong>r-se-á de segui<strong>da</strong>)relativamente às situações ocorri<strong>da</strong>s em determinados pontos <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>desdesenvolvi<strong>da</strong>s. Ca<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de encontra-se identifica<strong>da</strong> com o respetivo título e situa<strong>da</strong>no espaço correspondente ao dia <strong>da</strong> semana em que a ativi<strong>da</strong>de é desenvolvi<strong>da</strong>.A terceira coluna diz respeito aos recursos materiais e humanos previstos para odesenvolvimento <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des. Esta coluna auxilia a estagiária a preparar os materiaisnecessários para ca<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de, antecipa<strong>da</strong>mente, e verificar a que alternativas deverecorrer caso não seja possível obter determinados recursos.


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 36A terceira e última coluna <strong>da</strong>s tabelas de planificação <strong>da</strong>s intervençõespe<strong>da</strong>gógicas designa-se por Observação/Avaliação e nesta consta algumas observaçõesfeitas aos comportamentos <strong>da</strong>s crianças no decorrer de determina<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de. Algumasdestas observações são realiza<strong>da</strong>s com base nas metas de aprendizagem previstas para asemana em questão, pelo que quando se redige certas observações está-se a avaliar se ogrupo e/ou a criança atingiu determina<strong>da</strong>s metas de aprendizagem e a descrever o modocomo estas foram atingi<strong>da</strong>s. Assim sendo, este é um procedimento realizado a posteriorino que concerne à etapa de planificação <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des. Esta última coluna revela,portanto, ser significativa nos momentos de avaliação do grupo e nos aspetos a ter emconta aquando <strong>da</strong> reflexão sobre a intervenção pe<strong>da</strong>gógica, designa<strong>da</strong>mente sobredetermina<strong>da</strong>s situações vivencia<strong>da</strong>s e dificul<strong>da</strong>des emergi<strong>da</strong>s no decorrer do estágiope<strong>da</strong>gógico nesta valência e que se encontram expostas num ponto mais adiante.


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 37Centro de Competência de Ciências Sociais2º Ciclo – Educação Pré-escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino BásicoEstágio e RelatórioTabela 1. – Planificação Semanal 1 – Pré-EscolarAno letivo 2011/ 2012“O outono”Instituição: EB1/PE <strong>da</strong> Pena Semana de: 03/10/2011 a 07/10/2011Sala: Pré-AI<strong>da</strong>des: 2, 3 e 4 anosEducadora Cooperante: Eliana FreitasOrientador(a) de Estágio: Gui<strong>da</strong> MendesEstu<strong>da</strong>nte Estagiária: Tanya SilvaÁREAS DE CONTEÚDODomínioMetas de AprendizagemFORMAÇÃO PESSOAL E SOCIALIdenti<strong>da</strong>de/ AutoestimaExpressa as suas necessi<strong>da</strong>des, emoções e sentimentos de forma adequa<strong>da</strong>;Ativi<strong>da</strong>des/EstratégiasRecursosObservação/Materiais eAvaliaçãoHumanosSegun<strong>da</strong>-feira1. Acolhimento: adultos ecrianças dão os bons diasdentro <strong>da</strong> sala,normalmente, ou através deuma canção; Placar <strong>da</strong>s 2. As crianças


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 38Reconhece laços de pertença a diferentes grupos (família, escola, comuni<strong>da</strong>de entre outros);2. Marcação <strong>da</strong>s presençaspresenças eencarregaram-se <strong>da</strong>sIndependência/Autonomiapelas crianças;do tempotarefas que seIdentifica e compreende os diferentes momentos <strong>da</strong> rotina diária <strong>da</strong> sala, reconhecendo a sua sucessão;2.1. Em grupo, identificamcomprometeramEncarrega-se <strong>da</strong>s tarefas que se comprometeu realizar e executa-as de forma autónoma;o dia <strong>da</strong> semana e o tempo,realizar, mas ain<strong>da</strong>Demonstra empenho nas ativi<strong>da</strong>des que realiza (por iniciativa própria ou propostas pelo educador), concluindo oenquanto a educadoranão as executamque foi decidido fazer e procurando fazê-lo com cui<strong>da</strong>do;assinala no placar;autónoma eConhece e pratica normas básicas de segurança e cui<strong>da</strong>dos de saúde e higiene, compreendendo a sua necessi<strong>da</strong>de;3. Brincam livrementeespontaneamente semAceita algumas frustrações e insucessos (perder ao jogo, dificul<strong>da</strong>des de realizar ativi<strong>da</strong>des e tarefas) sempelas diferentes áreas.a orientação dodesanimar, procurando formas de as ultrapassar e de melhorar.O Outonoadulto.Cooperação1. Ouvem a música do2.1. Apenas umaPartilha brinquedos e outros materiais com colegas;outono e cantam-na emcriança distinguiu,Dá oportuni<strong>da</strong>de aos outros de intervirem nas conversas e jogos e espera a sua vez para intervir;grupo;História: Acorretamente, o dia <strong>da</strong>Demonstra comportamentos de apoio e entreaju<strong>da</strong>, por iniciativa própria ou quando solicitado;1.1. Mimam a música comQuica vai àsemana e a estação doConvivência Democrática/ Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>niao auxílio do adulto.Escola deano.Contribui para a elaboração <strong>da</strong>s regras de vi<strong>da</strong> em grupo, reconhece a sua razão e necessi<strong>da</strong>de e procura cumpri-2. Conto <strong>da</strong> história ACarmen Rojo1.1. A grande maiorialas;Quica vai à escola;(et.al.);do grupo utilizou, deAceita a resolução de conflitos pelo diálogo;2.1. Colocar questões àsIlustraçõesdiferentes modos, osManifesta respeito pelas necessi<strong>da</strong>des, sentimentos, opiniões culturas e valores dos outros (crianças e adultos),crianças sobre a história;de folhas dovários segmentos doesperando que respeitem os seus;2.2. Explorar oralmente,outono;corpo em resposta aosManifesta atitudes e comportamentos de conservação <strong>da</strong> natureza e de respeito pelo ambiente;com as crianças senta<strong>da</strong>s noTintas;estímulos fornecidosSoli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de/ Respeito pela Diferençatapete, a relação entre oRolhas;pelo adultoAceita que meninos e meninas, homens e mulheres podem fazer as mesmas coisas em casa e fora de casa;começo <strong>da</strong> “escola” e oPapel crepe;2. A maioria <strong>da</strong>s


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 39início do outono e osPapel decrianças procurouCONHECIMENTO DO MUNDOfenómenos naturais quelustro;predizer osLocalização no Espaço e no TempoLocaliza elementos dos seus espaços de vivência e movimento (exemplos: sala de ativi<strong>da</strong>des, escola, habitação,outros);Identifica elementos conhecidos numa fotografia e confrontados com a reali<strong>da</strong>de observa<strong>da</strong>;Distingue uni<strong>da</strong>des de tempo básicas (dia e noite, manhã e tarde, semana, estações do ano, ano);Nomeia, ordena e estabelece sequências de diferentes momentos <strong>da</strong> rotina diária e reconhece outros momentosimportantes de vi<strong>da</strong> pessoal;Conhecimento do Ambiente Natural e SocialIdentifica elementos do ambiente natural;Formula questões sobre lugares, contextos e acontecimentos que observa (direta ou indiretamente) no seuquotidiano;Estabelece semelhanças e diferenças entre materiais e entre materiais e objetos, segundo algumas proprie<strong>da</strong>dessimples (exemplos: textura, cor, cheiro, resistência, dureza, som que produzem…);Expressa um sentido de conhecimento de si mesma e de pertença a um lugar e a um tempo;A criança antecipa ações simples para o seu futuro próximo e mais distante, a partir de contextos presentes;Dinamismo <strong>da</strong>s Inter-relações Natural-SocialSitua-se socialmente numa família (relacionando graus de parentesco simples) e também noutros grupos sociaisde pertença, reconhecendo a sua identi<strong>da</strong>de pessoal e cultural;Manifesta comportamentos de preocupação com a conservação <strong>da</strong> natureza e respeito pelo ambiente, indicandoalgumas práticas adequa<strong>da</strong>s;ocorrem nesta época:chuva, frio, que<strong>da</strong> emu<strong>da</strong>nça de cor <strong>da</strong>s folhas<strong>da</strong>s árvores.3. Organizar o grupo nasmesas de trabalho,sugerindo que fiquemquatro ou cinco crianças emca<strong>da</strong> mesa;3.1. Informar as criançasque irão participar naelaboração de um placarpara a sala referente aooutono;3.2. As crianças iniciam oprocesso de estampagem,rasgagem e colagem demateriais.Cola.Papel crepe;Papel delustro;Cola.Cores depauApara-lápisacontecimentos <strong>da</strong>história através <strong>da</strong>silustrações;2. A Ana, a Joana e oHugo fizeramcomentários ao longo<strong>da</strong> história,demonstrando quecompreenderam ainformaçãotransmiti<strong>da</strong>oralmente;2.1. Apenas as quatrocrianças referi<strong>da</strong>sconseguiramdescrever,corretamente, aspersonagens/objetos<strong>da</strong> história. O restantegrupo repetia o que


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 40Identifica sequências de ciclos de vi<strong>da</strong> de diferentes fenómenos que estão relacionados com a sua vi<strong>da</strong> diária (aTerça-feiraestas crianças diziam;noite e o dia, as estações do ano, os estados do tempo, com a forma de vestir, com as ativi<strong>da</strong>des a realizar);1. As crianças ouvem um2.2. IdentificaramUsa e justifica algumas razões de práticas de higiene corporal, alimentar, saúde e segurança;CD com canções sobre oelementos nasoutono, enquanto brincamLivroimagens eEXPRESSÃO PLÁSTICAnas diferentes áreas por elasPCconfrontaram-nasDesenvolvimento <strong>da</strong> Capaci<strong>da</strong>de de Expressão e Comunicaçãoescolhi<strong>da</strong>s.Papel crepe;com a reali<strong>da</strong>deRepresenta vivências individuais, temas, histórias, paisagens entre outros, através de vários meios de expressãoPapel deobserva<strong>da</strong>;(pintura, desenho, colagem, modelagem, entre outros meios expressivos);Quinta-feiralustro;3.2. Utilizaram, deDesenvolvimento <strong>da</strong> Criativi<strong>da</strong>de1. Continuação <strong>da</strong>sCola;forma autónoma, osEmite juízos sobre os seus trabalhos e sobre as formas visuais (obras de arte, natureza, objetos), indicando algunsativi<strong>da</strong>des de rasgagem,Cores dediferentes materiaiscritérios <strong>da</strong> sua avaliação;estampagem e colagem depau;disponibilizados.Utiliza, de forma autónoma, diferentes materiais e meios de expressão;materiais pelas crianças queApara-lápis.Houve duas criançasain<strong>da</strong> não tinham concluídoque demonstraramos seus trabalhos para agrande dificul<strong>da</strong>de naEXPRESSÃO DRAMÁTICAconclusão do placar dorasgagem.Desenvolvimento <strong>da</strong> Capaci<strong>da</strong>de de Expressão e ComunicaçãoInterage com outros em ativi<strong>da</strong>des de faz-de-conta, espontâneas ou sugeri<strong>da</strong>s, recorrendo também à utilização deformas anima<strong>da</strong>s como facilitadoras e/ou intermediárias em situações de comunicação verbal e não-verbal;Exprime de forma pessoal, corporalmente e/ou vocalmente, estados de espírito, movimentos <strong>da</strong> natureza, ações esituações do quotidiano;Exprime opiniões pessoais, em situações de experimentação/criação e de fruição;Desenvolvimento <strong>da</strong> Criativi<strong>da</strong>deoutono;2. Com o restante gruposentado no tapete, aestagiária relembra algumascaracterísticas <strong>da</strong> estaçãodo ano vigente (mu<strong>da</strong>nçado tempo, <strong>da</strong> temperatura, oComputadorcom acesso à2. Cerca de trêscrianças (Joana, Hugoe Ana) distinguiramuni<strong>da</strong>des de tempobásicas relaciona<strong>da</strong>scom as estações doano.


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 41Utiliza e recria o espaço e os objetos, atribuindo-lhes significados múltiplos em ativi<strong>da</strong>des “livres”, situaçõesimaginárias e de recriação de experiências do quotidiano;Inventa e experimenta personagens e situações de faz-de-conta ou de representação, por iniciativa própria e/ou apartir de diferentes estímulos, diversificando as formas de concretização;Expõe e discute ideias e propõe soluções para desafios criativos, em contexto de faz-de-conta ou derepresentação;EXPRESSÃO MUSICALDesenvolvimento <strong>da</strong> Capaci<strong>da</strong>de de Expressão e ComunicaçãoReproduz motivos rítmicos em métrica binária e ternária, em simultâneo com um modelo <strong>da</strong>do e em eco,utilizando a voz e o corpo;Reproduz motivos melódicos sem texto (onomatopeias);Interpreta canções de caráter diferente e em estilos diversos, controlando elementos expressivos de intensi<strong>da</strong>de ede an<strong>da</strong>mento;Experimenta movimentos locomotores e não locomotores básicos e movimenta-se e expressa-se de formacoordena<strong>da</strong>, utilizando o corpo no espaço, no tempo e com diferentes dinâmicas;Sincroniza-se com o ritmo <strong>da</strong> marcha/corri<strong>da</strong> e com estruturas rítmicas simples;EXPRESSÃO MOTORAComunicação e InterpretaçãoControla elementos expressivos de intensi<strong>da</strong>de e de an<strong>da</strong>mento;que acontece às folhas dealgumas árvores, roupa eacessórias que devemosusar e os frutoscaracterísticos <strong>da</strong> época);3. Pintura de ilustrações defrutos do outono com lápisde pau e/ou com as aparas<strong>da</strong>s cores, consoante apreferência de ca<strong>da</strong> criança.Sexta-Feira1. Relembrar algumascaracterísticas do outono,explorando, em grandegrupo, as imagens de umlivro <strong>da</strong> área <strong>da</strong> biblioteca,alusivas à época (folhas acair <strong>da</strong>s árvores, as roupasdos meninos, guar<strong>da</strong>chuvas,frutos, etc..);internet;Folha brancaA4;Cores


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 42Experimenta movimentos locomotores e não locomotores básicos e movimenta-se e expressa-se de formacoordena<strong>da</strong>, utilizando o corpo no espaço, no tempo e com diferentes dinâmicas;Sincroniza-se com o ritmo <strong>da</strong> marcha/corri<strong>da</strong> e com estruturas rítmicas simples;Desenvolvimento <strong>da</strong> Criativi<strong>da</strong>deRealiza ações motoras diferencia<strong>da</strong>s e mobiliza diferentes quali<strong>da</strong>des de movimento como forma de reação aocaráter, ao ritmo, à intensi<strong>da</strong>de e à organização formal de uma canção ou de obras musicais grava<strong>da</strong>s;Utiliza, de diferentes modos, os vários segmentos do corpo em resposta aos estímulos fornecidos por um adulto(mexer a cabeça, o pé, a mão, os dedos e o tronco);Identifica movimentos básicos locomotores (an<strong>da</strong>r, correr, saltitar, saltar, rodopiar) e não-locomotores (alongar,encolher, puxar, empurrar, tremer, torcer);Conhece, e interpreta com o corpo, trajetórias curvas e retilíneasPratica Jogos Infantis, cumprindo as suas regras, selecionando e realizando com intencionali<strong>da</strong>de e oportuni<strong>da</strong>deas ações características desses jogos.LINGUAGEM ORAL E ABORDAGEM À ESCRITAConhecimento <strong>da</strong>s Convenções GráficasSabe como pegar corretamente num livro;Sabe que a escrita e os desenhos transmitem informação;Atribui significado à escrita em contexto;Prediz acontecimentos numa narrativa através <strong>da</strong>s ilustrações;Compreensão de Discursos Orais e Interação VerbalFaz perguntas e responde, demonstrando que compreendeu a informação transmiti<strong>da</strong> oralmente;1.1. Dialogar com ascrianças sobre algumascaracterísticas <strong>da</strong>s restantesestações do ano que sedistinguem <strong>da</strong>s do outono,com o apoio <strong>da</strong>s imagenspresentes no mesmo livro.2. Propor um jogorelacionado com osdiferentes comportamentosa ter na mu<strong>da</strong>nça deestações do ano.2.1. Jogo do outono:2.1.1. Explicar eexemplificar o jogo: aestu<strong>da</strong>nte estagiária diz, emvoz alta, o estado do tempo,chuva, sol ou vento, e ascrianças representam ca<strong>da</strong>um dos conceitos, an<strong>da</strong>ndoem bicos de pés, passeandonormalmente e rodopiando,2. No jogo,distinguiram asuni<strong>da</strong>des de temporepresentando-ascorretamente, atravésdos movimentos docorpo, emboraalgumas criançasimitassem o restantegrupo;2.1.2. A maioriainterpretou asdiferentesintensi<strong>da</strong>des <strong>da</strong>música e controlou oselementos expressivosde intensi<strong>da</strong>de e de


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 43Questiona para obter informação sobre algo que lhe interessa;Relata e recria experiências e papéis;Descreve acontecimentos, narra histórias com a sequência apropria<strong>da</strong>, incluindo as principais personagens;Reconta narrativas ouvi<strong>da</strong>s;Descreve pessoas, objetos e ações;Partilha informação oralmente através de frases coerentes;Recita rimas simples e canções.MATEMÁTICANúmeros e OperaçõesConta quantos objetos têm uma <strong>da</strong><strong>da</strong> proprie<strong>da</strong>de, utilizando gravuras e desenhos;Enumera e utiliza os nomes dos números em contextos familiares;Geometria e Medi<strong>da</strong>sDescreve as posições relativas de objetos usando termos como acima de, abaixo de, ao lado de, em frente de, atrásde, e a seguir a;Usa expressões como maior do que e menor do que;Usa a linguagem do dia-a-dia relaciona<strong>da</strong> com o tempo;Conhece a rotina <strong>da</strong> semana e do dia <strong>da</strong> sua sala.respetivamente, ao ritmo <strong>da</strong>música;2.1.2. Colocar a música deVivaldi, Quatro Estações e<strong>da</strong>r início ao jogo;Em continui<strong>da</strong>de do jogoanterior, as criançasformam uma ro<strong>da</strong> e ca<strong>da</strong>uma, à vez, dirige-se aocentro e representa um dostrês movimentos (sol,chuva ou vento) a gosto;3. As crianças que tenhamtrabalhos por terminar, paracolocar no painel dooutono, terminam-nos. Asrestantes optam por brincarlivremente pela sala oufazer um desenho livre.an<strong>da</strong>mento,instintivamente;2.1.2. Aorepresentarem omovimento ao meio<strong>da</strong> ro<strong>da</strong>, apenas umacriança ficou para<strong>da</strong>,as restantesrepresentaram um dosmovimentos à suaescolha.


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 46(crianças e adultos), esperando que respeitem os seus;crianças que se mostrarem predispostasapoio e entreaju<strong>da</strong>, porManifesta atitudes e comportamentos de conservação <strong>da</strong> natureza e de respeito pelo ambiente;a intervir no jogo.iniciativa própria sempreSoli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de/ Respeito pela Diferençaque algum colega tinhaAceita que meninos e meninas, homens e mulheres podem fazer as mesmas coisas em casa e foraQuarta-Feiradificul<strong>da</strong>des emde casa;1. Acolhimento;identificar o fruto;2. Em pequenos grupos de quatro ouLã de cor2. O grupo revelouCONHECIMENTO DO MUNDOcinco crianças, e com ocastanha;grande curiosi<strong>da</strong>de eacompanhamento do adulto, as criançasTesouras;desejo em utilizar aLocalização no Espaço e no Tempocortam pequenos fragmentos de lã eCola;tesoura. AlgumasUtiliza noções espaciais relativas a partir <strong>da</strong> sua perspetiva como observador (exemplos: empreenchem a ilustração de um esquilo;Cores decrianças mostraramcima/em baixo, dentro/fora, entre, perto/ longe, atrás/ à frente, à esquer<strong>da</strong>/à direita.);2.1. Colam a lã na cau<strong>da</strong> do esquilo epau;dificul<strong>da</strong>des emLocaliza elementos dos seus espaços de vivência e movimento (exemplos: sala de ativi<strong>da</strong>des,pintam o corpo do animal com cores;Cores de ceraposicionar a tesoura deescola, habitação, outros);2.2. Os adultos recortam os esquilosforma correta e a recortarIdentifica elementos conhecidos numa fotografia e confronta-os com a reali<strong>da</strong>de observa<strong>da</strong>;decorados pelas crianças e colocam noa lã, contudo houveDistingue uni<strong>da</strong>des de tempo básicas (dia e noite, manhã e tarde, semana, estações do ano, ano);painel do outono.muitos sucessos no meioNomeia, ordena e estabelece sequências de diferentes momentos <strong>da</strong> rotina diária e reconhecede várias tentativas.outros momentos importantes de vi<strong>da</strong> pessoal;Quinta-Feira2. O “chefe” do diaConhecimento do Ambiente Natural e Social1. Acolhimento;encarregou-se <strong>da</strong>s tarefasIdentifica elementos do ambiente natural;2. A educadora seleciona o “chefe” doe executou-as,Formula questões sobre lugares, contextos e acontecimentos que observa (direta oudia. Este marca o tempo no placar einicialmente, de formaindiretamente) no seu quotidiano;ficará responsável por chamar os colegasautónoma. Contudo, numEstabelece semelhanças e diferenças entre materiais e entre materiais e objetos, segundo algumase orientá-los na deslocação, dirigindo omomento posterior,


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 47proprie<strong>da</strong>des simples (exemplos: textura, cor, cheiro, resistência, dureza, som que produzem…);“comboio”. Este procedimento terárecusou-se a cumprirVerifica que os animais apresentam características próprias e únicas;continui<strong>da</strong>de todos os dias <strong>da</strong> semana.com o seu papel e depoisReconstrói relatos acerca de situações do presente e do passado, pessoal, local ou outro, e3. As crianças brincam nas áreas <strong>da</strong> sala,quis, novamente, assumirdistingue situações reais (épocas antigas e modernas) de ficcionais (exemplos: contos de fa<strong>da</strong>s,consoante a orientação <strong>da</strong> educadora eo cargo.homem aranha…);<strong>da</strong> estagiária.A criança antecipa ações simples para o seu futuro próximo e mais distante, a partir de contextos4. A estu<strong>da</strong>nte estagiária apresenta umCesto com:presentes;cesto com diversas frutas <strong>da</strong> época;Maçãs;Dinamismo <strong>da</strong>s Inter-Relações Natural-Social4.1. Ca<strong>da</strong> criança retira uma peça deLaranjas;4.1. Apesar de o contactoSitua-se socialmente numa família (relacionando graus de parentesco simples) e também noutrosfruta de dentro do cesto e mostra-a aoUvas;direto com os frutos,grupos sociais de pertença, reconhecendo a sua identi<strong>da</strong>de pessoal e cultural;restante grupo. Os mesmos identificam oBananas;algumas criançasIdentifica sequências de ciclos de vi<strong>da</strong> de diferentes fenómenos que estão relacionados com a suanome <strong>da</strong> fruta;Kiwis;demonstraram nãovi<strong>da</strong> diária (a noite e o dia, as estações do ano, os estados do tempo, com a forma de vestir, com as4.2. A estagiária explora os frutos comNozes;reconhecer a castanha e aativi<strong>da</strong>des a realizar);o grupo, questionado sobre a cor e oCastanhasnoz.Usa e justifica algumas razões de práticas de higiene corporal, alimentar, saúde e segurança;tamanho.4.2. A grande maioriaestabeleceu semelhançasEXPRESSÃO PLÁSTICASexta-Feirae diferenças entre osCompreensão <strong>da</strong>s Artes no Contexto1. Introdução ao número 1:frutos, segundo algumasDescreve o que vê em diferentes formas visuais através do contacto com diferentes mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des1.1. O grupo senta-se no tapeteproprie<strong>da</strong>des simplesexpressivas e em diferentes contextos;enquanto reflete, junto com a estu<strong>da</strong>nte(cor e tamanho).Apropriação <strong>da</strong> Linguagem Elementar <strong>da</strong>s Artesestagiária, sobre a importância dos1.4. As criançasIdentifica alguns elementos <strong>da</strong> Comunicação Visual na observação de formas visuais e utiliza-osnúmeros para quantificação de objetos;revelaram grandenas suas composições plásticas;1.2. É apresentado um cartaz com aCartaz cominteresse e concentração


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 48Produz composições plásticas a partir de temas reais ou imaginados, utilizando os elementos <strong>da</strong>representação do número um (1);o número 1;no conto <strong>da</strong> história;comunicação visual em conjunto ou per si;1.3. O adulto pede que as criançasHistória do1.4. Três criançasDesenvolvimento <strong>da</strong> Criativi<strong>da</strong>derepresentem, com o número correto denúmero 1;expressaram-seEmite juízos sobre os seus trabalhos e sobre as formas visuais (obras de arte, natureza, objetos);dedos <strong>da</strong> mão, o número um.Ilustraçõesconstantemente ao longo1.4. Conto <strong>da</strong> história do número 1;com o<strong>da</strong> história a fim deEXPRESSÃO DRAMÁTICA1.5. Reconto oral <strong>da</strong> história pelasnúmero 1;prever os acontecimentosDesenvolvimento <strong>da</strong> Capaci<strong>da</strong>de de Expressão e Comunicaçãocrianças, com o auxílio do adulto;Cores deatravés <strong>da</strong>s ilustrações,Interage com outros em ativi<strong>da</strong>des de faz-de-conta, espontâneas ou sugeri<strong>da</strong>s, recorrendo também2. Apresentação de uma ilustração compau;descrever;à utilização de formas anima<strong>da</strong>s como facilitadoras e/ou intermediárias em situações deo número 1 e pintura do mesmo pelasCores de1.4. A maioria fezcomunicação verbal e não-verbal;crianças;ceraperguntas e respondeu,Exprime de forma pessoal, corporalmente e/ou vocalmente, estados de espírito, movimentos <strong>da</strong>2.1. Apresentação de uma ficha comdemonstrando quenatureza, ações e situações do quotidiano;vários grafismos do número 1 e decompreendeu aExprime opiniões pessoais, em situações de experimentação/criação e de fruição;outros números para as criançasinformação transmiti<strong>da</strong>Desenvolvimento <strong>da</strong> Criativi<strong>da</strong>deidentificarem e pintarem apenas osoralmente;Utiliza e recria o espaço e os objetos, atribuindo-lhes significados múltiplos em ativi<strong>da</strong>desnúmeros 1.1.4. Questionaram para“livres”, situações imaginárias e de recriação de experiências do quotidiano;2.2. As crianças optam pela que queremobter informação sobreInventa e experimenta personagens e situações de faz-de-conta ou de representação, por iniciativafazer.um momento ou outroprópria e/ou a partir de diferentes estímulos, diversificando as formas de concretização;que lhe interessou mais ecerca de cinco criançasEXPRESSÃO MUSICALpartilharam informaçãoDesenvolvimento <strong>da</strong> Capaci<strong>da</strong>de de Expressão e Comunicaçãooralmente através deExperimenta movimentos locomotores e não locomotores básicos e movimenta-se e expressa-sefrases coerentes;


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 49de forma coordena<strong>da</strong>, utilizando o corpo no espaço, no tempo e com diferentes dinâmicas;Desenvolvimento <strong>da</strong> Criativi<strong>da</strong>deUtiliza de diferentes modos os vários segmentos do corpo em resposta aos estímulos fornecidospor um adulto (mexer a cabeça, o pé, a mão, os dedos e o tronco);Apropriação <strong>da</strong> Linguagem Elementar <strong>da</strong> Música/DançaReconhece auditivamente sons vocais e corporais, sons do meio ambiente próximo (isolados esimultâneos), sons <strong>da</strong> natureza e sons instrumentais;Identifica movimentos básicos locomotores (an<strong>da</strong>r, correr, saltitar, saltar, rodopiar) e nãolocomotores(alongar, encolher, puxar, empurrar, tremer, torcer);2. Utilizaram de formaautónoma, diferentesmateriais e meios deexpressão;2.1. Reconheceram onúmero 1 e utilizaram,oralmente, os númerosordinais,espontaneamente.EXPRESSÃO MOTORAComunicação e InterpretaçãoControla elementos expressivos de intensi<strong>da</strong>de e de an<strong>da</strong>mento;Experimenta movimentos locomotores e não locomotores básicos e movimenta-se e expressa-sede forma coordena<strong>da</strong>, utilizando o corpo no espaço, no tempo e com diferentes dinâmicas;Sincroniza-se com o ritmo <strong>da</strong> marcha/corri<strong>da</strong> e com estruturas rítmicas simples;Desenvolvimento <strong>da</strong> Criativi<strong>da</strong>deRealiza ações motoras diferencia<strong>da</strong>s e mobiliza diferentes quali<strong>da</strong>des de movimento como formade reação ao caráter, ao ritmo, à intensi<strong>da</strong>de e à organização formal de uma canção ou de obrasmusicais grava<strong>da</strong>s;Utiliza, de diferentes modos, os vários segmentos do corpo em resposta aos estímulos fornecidospor um adulto (mexer a cabeça, o pé, a mão, os dedos e o tronco);


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 50Identifica movimentos básicos locomotores (an<strong>da</strong>r, correr, saltitar, saltar, rodopiar) e nãolocomotores(alongar, encolher, puxar, empurrar, tremer, torcer);Conhece, e interpreta com o corpo, trajetórias curvas e retilíneasPratica Jogos Infantis, cumprindo as suas regras, selecionando e realizando com intencionali<strong>da</strong>dee oportuni<strong>da</strong>de as ações características desses jogos.LINGUAGEM ORAL E ABORDAGEM À ESCRITAReconhecimento e Escrita de PalavrasUsa diversos instrumentos de escrita;Conhecimento <strong>da</strong>s Convenções GráficasSabe como pegar corretamente num livro;Sabe que a escrita e os desenhos transmitem informação;Atribui significado à escrita em contexto;Prediz acontecimentos numa narrativa através <strong>da</strong>s ilustrações;Compreensão de Discursos Orais e Interação VerbalFaz perguntas e responde, demonstrando que compreendeu a informação transmiti<strong>da</strong> oralmente;Questiona para obter informação sobre algo que lhe interessa;Relata e recria experiências e papéis;Descreve acontecimentos, narra histórias com a sequência apropria<strong>da</strong>, incluindo as principaispersonagens;Reconta narrativas ouvi<strong>da</strong>s;Descreve pessoas, objetos e ações;


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 51Partilha informação oralmente através de frases coerentes.MATEMÁTICANúmeros e OperaçõesConta quantos objetos têm uma <strong>da</strong><strong>da</strong> proprie<strong>da</strong>de, utilizando gravuras e desenhos;Enumera e utiliza os nomes dos números em contextos familiares;Utiliza, oralmente, os números ordinais em diferentes contextos (até 5);Reconhece os números como identificação do número de objetos de um conjunto;Reconhece o número 1;Geometria e Medi<strong>da</strong>sCriança identifica semelhanças e diferenças entre objetos e agrupa-os de acordo com diferentescritérios;Descreve as posições relativas de objetos usando termos como acima de, abaixo de, ao lado de,em frente de, atrás de, e a seguir a;Usa expressões como maior do que e menor do que;Usa a linguagem do dia-a-dia relaciona<strong>da</strong> com o tempo;Conhece a rotina <strong>da</strong> semana e do dia <strong>da</strong> sua sala;Compreende que os objetos têm atributos medíveis, como comprimento ou volume ou massa;Organização e Tratamento de DadosEvidencia os atributos dos objetos utilizando linguagens ou representações adequa<strong>da</strong>s;Interpreta <strong>da</strong>dos apresentados em tabelas e pictogramas simples, em situações do seu quotidiano.


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 52Centro de Competência de Ciências Sociais2º Ciclo – Educação Pré-escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino BásicoUni<strong>da</strong>de Curricular de Supervisão Pe<strong>da</strong>gógicaTabela 3. – Planificação Semanal 3 – Pré-Escolar2º Semestre – 2010/ 2011“O pão por Deus”/ “O número 1”Instituição: EB1/PE <strong>da</strong> Pena Semana de: 17/10/2011 a 21/10/2011Sala: Pré-AI<strong>da</strong>des: 2, 3 e 4 anosEducadora Cooperante: Eliana FreitasOrientador(a) de Estágio: Gui<strong>da</strong> MendesEducadoras Estagiária: Tanya SilvaRecursosÁREAS DE CONTEÚDOAtivi<strong>da</strong>des/EstratégiasMateriais eObservação/AvaliaçãoHumanosDomínioSegun<strong>da</strong>-FeiraMetas de Aprendizagem1. Acolhimento: adultos e criançasFORMAÇÃO PESSOAL E SOCIALdão os bons dias dentro <strong>da</strong> sala,normalmente, ou através de uma


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 53Identi<strong>da</strong>de/ Autoestimacanção;Expressa as suas necessi<strong>da</strong>des, emoções e sentimentos de forma adequa<strong>da</strong>;2. Marcação <strong>da</strong>s presenças pelasPlacar <strong>da</strong>sReconhece laços de pertença a diferentes grupos (família, escola, comuni<strong>da</strong>de entre outros);crianças;presenças;Independência/Autonomia3. Marcação do tempo pelo “chefe”Placar doIdentifica e compreende os diferentes momentos <strong>da</strong> rotina diária <strong>da</strong> sala, reconhecendo a sua4. As crianças brincam nas áreas,temposucessão;consoante a orientação do adulto e/ouDVD5. O grupo demonstrouEncarrega-se <strong>da</strong>s tarefas que se comprometeu realizar e executa-as de forma autónoma;visualizam um DVD com desenhosGarrafões deempenho na ativi<strong>da</strong>deDemonstra empenho nas ativi<strong>da</strong>des que realiza (por iniciativa própria ou propostas peloanimados.5L de águarealiza<strong>da</strong>, concluindo oeducador), concluindo o que foi decidido fazer e procurando fazê-lo com cui<strong>da</strong>do;5. As crianças decoram os cestos paracom a baseque foi decidido fazer eConhece e pratica normas básicas de segurança e cui<strong>da</strong>dos de saúde e higiene, compreendendo ao pão por Deus, previamente cortadosrecorta<strong>da</strong>;procurando fazê-lo comsua necessi<strong>da</strong>de;pelos adultos, com papel de se<strong>da</strong> dePapel de se<strong>da</strong>cui<strong>da</strong>do;Aceita algumas frustrações e insucessos (perder ao jogo, dificul<strong>da</strong>des de realizar ativi<strong>da</strong>des evárias cores;recortado aos5. Algumas criançastarefas) sem desanimar, procurando formas de as ultrapassar e de melhorar.5.1. Identificam-se ca<strong>da</strong> um dos cestosquadrados;emitiram juízos sobre osCooperaçãoe deixa-se a secar.Cola branca;seus trabalhos e sobre osPartilha brinquedos e outros materiais com colegas;Pincéistrabalhos dos colegas,Dá oportuni<strong>da</strong>de aos outros de intervirem nas conversas e jogos e espera a sua vez para intervir;Terça-Feirapor iniciativa própria;Demonstra comportamentos de apoio e entreaju<strong>da</strong>, por iniciativa própria ou quando solicitado;1. Continuação <strong>da</strong> decoração dos5. A maioria <strong>da</strong>s criançasConvivência Democrática/ Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>niacestos do pão por Deus com papel deutilizou, de formaContribui para a elaboração <strong>da</strong>s regras de vi<strong>da</strong> em grupo, reconhece a sua razão e necessi<strong>da</strong>de ese<strong>da</strong>;autónoma, os diferentesprocura cumpri-las;1.1. As crianças que tiverem terminadomateriais.Aceita a resolução de conflitos pelo diálogo;a ativi<strong>da</strong>de anterior, procedem à5. Poucas necessitaramSoli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de/ Respeito pela Diferençacoloração de imagens de frutos para,<strong>da</strong> intervenção do adulto


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 54Aceita que meninos e meninas, homens e mulheres podem fazer as mesmas coisas em casa e foradepois de recortados pelo adulto, aspara aplicar a cola. Asde casa;crianças colarem nos seus cestos, a seucrianças mais novasgosto.apresentaramCONHECIMENTO DO MUNDOdificul<strong>da</strong>des emLocalização no Espaço e no TempoUtiliza noções espaciais relativas a partir <strong>da</strong> sua perspetiva como observador (exemplos: emcima/em baixo, dentro/fora, entre, perto/ longe, atrás/ à frente, à esquer<strong>da</strong>/à direita.);Localiza elementos dos seus espaços de vivência e movimento (exemplos: sala de ativi<strong>da</strong>des,escola, habitação, outros);Distingue uni<strong>da</strong>des de tempo básicas (dia e noite, manhã e tarde, semana, estações do ano, ano);Nomeia, ordena e estabelece sequências de diferentes momentos <strong>da</strong> rotina diária e reconheceoutros momentos importantes de vi<strong>da</strong> pessoal;Representa (através de desenho ou de outros meios) lugares reais ou imaginários e descreve-osoralmente;Conhecimento do Ambiente Natural e SocialIdentifica elementos do ambiente natural;Formula questões sobre lugares, contextos e acontecimentos que observa (direta ouindiretamente) no seu quotidiano;Estabelece semelhanças e diferenças entre materiais e entre materiais e objetos, segundo algumasproprie<strong>da</strong>des simples (exemplos: textura, cor, cheiro, resistência, dureza, som que produzem…);Criança antecipa ações simples para o seu futuro próximo e mais distante, a partir de contextospresentes;Quarta-Feira1. Jogo do número 1:1.1. A estagiária representa, no chão <strong>da</strong>sala, o número 1 e pede que umacriança de ca<strong>da</strong> vez faça o percursocorreto, indicado pela orientação dospés representados no chão.1.2. As crianças deitam-se de costas notapete <strong>da</strong> sala ou no chão e ouvem umamelodia relaxante;1.3. A estagiária solicita que, uma auma, ca<strong>da</strong> criança se levante, repita opercurso do número 1 representado nochão e se dirija à porta <strong>da</strong> sala paraformar o “comboio” para poderem iralmoçar.Sexta-FeiraFita adesiva decor;Representações de pés emcartolinaPC;Músicamanusear o pincel;5. O Afonso, apósconcluir o seu cesto,demonstroucomportamentos deapoio e entreaju<strong>da</strong>, poriniciativa própria, nadecoração do cesto docolega;Jogo do número 11. A ativi<strong>da</strong>de com onúmero 1 não fluiu comoesperava, pois as criançasdemonstraram grandeagitação e o tempodestinado ao jogo foireduzido;1.1. As crianças, no


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 55Dinamismo <strong>da</strong>s Inter-Relações Natural-SocialA CastanhaOuriçosgeral, cumpriram com asSitua-se socialmente numa família (relacionando graus de parentesco simples) e também noutros1. Exploração <strong>da</strong> castanha através doCastanhasregras do jogo,grupos sociais de pertença, reconhecendo a sua identi<strong>da</strong>de pessoal e cultural;diálogo com as crianças que, senta<strong>da</strong>srealizando comIdentifica sequências de ciclos de vi<strong>da</strong> de diferentes fenómenos que estão relacionados com a suano tapete, observam e manipulam asintencionali<strong>da</strong>de evi<strong>da</strong> diária (a noite e o dia, as estações do ano, os estados do tempo, com a forma de vestir, com ascastanhas e tocam, com cui<strong>da</strong>do, nosoportuni<strong>da</strong>de as açõesativi<strong>da</strong>des a realizar);ouriços;características doUsa e justifica algumas razões de práticas de higiene corporal, alimentar, saúde e segurança;1.1. O diálogo desenvolver-se-á emmesmo, designa<strong>da</strong>mente:torno <strong>da</strong>s características <strong>da</strong> castanha,posições de equilíbrio eEXPRESSÃO PLÁSTICAdo ouriço, do modo como a castanhadeslocamentos em passoDesenvolvimento <strong>da</strong> Capaci<strong>da</strong>de de Expressão e ComunicaçãoRepresenta vivências individuais, temas, histórias, paisagens entre outros, através de vários meiosde expressão (pintura, desenho, colagem, modelagem, entre outros meios expressivos);Compreensão <strong>da</strong>s Artes no ContextoDescreve o que vê em diferentes formas visuais através do contacto com diferentes mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>desexpressivas e em diferentes contextos;Apropriação <strong>da</strong> Linguagem Elementar <strong>da</strong>s ArtesIdentifica alguns elementos <strong>da</strong> Comunicação Visual na observação de formas visuais e utiliza-osnas suas composições plásticas;Produz composições plásticas a partir de temas reais ou imaginados, utilizando os elementos <strong>da</strong>comunicação visual em conjunto ou per si;Produz plasticamente, de um modo livre ou mediado, a representação <strong>da</strong> figura humana integra<strong>da</strong>em cenas do quotidiano, histórias inventa<strong>da</strong>s ou sugeri<strong>da</strong>s;pode ser consumi<strong>da</strong>, <strong>da</strong> denominação<strong>da</strong> árvore que abona este fruto, etc.1.2. Conto <strong>da</strong> história: MariaCastanha;1.3. Reconto <strong>da</strong> história pelas crianças,com o auxílio do adulto;1.4. Registo <strong>da</strong> história através dodesenho;1. Jogo <strong>da</strong> castanha:1.1. As crianças sentam-se nascadeiras, formando uma ro<strong>da</strong>;1.2. Ao som de uma música, acastanha é <strong>da</strong><strong>da</strong> a uma criança que teráHistória <strong>da</strong>MariaCastanha;Folhasbrancas A4;Cores de pau;Cores de cera.lento;A Castanha1.2. As criançasquestionaram para obterinformação sobre algoque lhes interessou eresponderam,demonstrando quecompreenderam ainformação transmiti<strong>da</strong>oralmente durante oconto <strong>da</strong> história;1. 2. Descreveram


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 56Desenvolvimento <strong>da</strong> Criativi<strong>da</strong>deEmite juízos sobre os seus trabalhos e sobre as formas visuais (obras de arte, natureza, objetos),indicando alguns critérios <strong>da</strong> sua avaliação;Utiliza, de forma autónoma, diferentes materiais e meios de expressão;EXPRESSÃO DRAMÁTICADesenvolvimento <strong>da</strong> Capaci<strong>da</strong>de de Expressão e ComunicaçãoInterage com outros em ativi<strong>da</strong>des de faz-de-conta, espontâneas ou sugeri<strong>da</strong>s, recorrendo tambémà utilização de formas anima<strong>da</strong>s como facilitadoras e/ou intermediárias em situações decomunicação verbal e não-verbal;Exprime de forma pessoal, corporalmente e/ou vocalmente, estados de espírito, movimentos <strong>da</strong>natureza, ações e situações do quotidiano;Exprime opiniões pessoais, em situações de experimentação/criação e de fruição;Desenvolvimento <strong>da</strong> Criativi<strong>da</strong>deUtiliza e recria o espaço e os objetos, atribuindo-lhes significados múltiplos em ativi<strong>da</strong>des“livres”, situações imaginárias e de recriação de experiências do quotidiano;Inventa e experimenta personagens e situações de faz-de-conta ou de representação, por iniciativaprópria e/ou a partir de diferentes estímulos, diversificando as formas de concretização;Expõe e discute ideias e propõe soluções para desafios criativos, em contexto de faz-de-conta oude representação;de passá-la ao colega, sentado ao lado,o mais rapi<strong>da</strong>mente possível. Para tal aestagiária pede que imaginem que acastanha foi assa<strong>da</strong> e está quente;1.3. Quando a música parar, a criançaque tiver a castanha na mão senta-seno tapete.pessoas, objetos e ações;Jogo <strong>da</strong> Castanha1. O jogo foi realizadocom uma bola, uma vezque a castanha possuipequenas dimensões e,num jogo que envolviarapidez, foi mais fácilrealizá-lo com um objetomaior;1. A Catarina recusou-sea participar no jogo,inicialmente, só queriaparticipar se o adulto sesentasse a seu lado ecooperasse com ela nojogo;1.2. Utilizaram o objeto,atribuindo-lhesignificados múltiplos


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 57EXPRESSÃO MUSICALDesenvolvimento <strong>da</strong> Capaci<strong>da</strong>de de Expressão e ComunicaçãoExperimenta movimentos locomotores e não locomotores básicos e movimenta-se e expressa-sede forma coordena<strong>da</strong>, utilizando o corpo no espaço, no tempo e com diferentes dinâmicas;Desenvolvimento <strong>da</strong> Criativi<strong>da</strong>deRealiza ações motoras diferencia<strong>da</strong>s e mobiliza diferentes quali<strong>da</strong>des de movimento como formade reação ao caráter, ao ritmo, à intensi<strong>da</strong>de e à organização formal de uma canção ou de obrasmusicais grava<strong>da</strong>s;Apropriação <strong>da</strong> Linguagem Elementar <strong>da</strong> Música/DançaReconhece auditivamente sons vocais e corporais, sons do meio ambiente próximo (isolados esimultâneos), sons <strong>da</strong> natureza e sons instrumentais;Identifica movimentos básicos locomotores (an<strong>da</strong>r, correr, saltitar, saltar, rodopiar) e nãolocomotores(alongar, encolher, puxar, empurrar, tremer, torcer);Conhece, e interpreta com o corpo, trajetórias curvas e retilíneas;em situação imaginária;1.3. A Maria e o Manuelmostraram algumafrustração por terem sidoexcluí<strong>da</strong>s do jogo;EXPRESSÃO MOTORAComunicação e InterpretaçãoControla elementos expressivos de intensi<strong>da</strong>de e de an<strong>da</strong>mento;Experimenta movimentos locomotores e não locomotores básicos e movimenta-se e expressa-se


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 58de forma coordena<strong>da</strong>, utilizando o corpo no espaço, no tempo e com diferentes dinâmicas;Sincroniza-se com o ritmo <strong>da</strong> marcha/corri<strong>da</strong> e com estruturas rítmicas simples;Desenvolvimento <strong>da</strong> Criativi<strong>da</strong>deRealiza ações motoras diferencia<strong>da</strong>s e mobiliza diferentes quali<strong>da</strong>des de movimento como formade reação ao caráter, ao ritmo, à intensi<strong>da</strong>de e à organização formal de uma canção ou de obrasmusicais grava<strong>da</strong>s;Utiliza, de diferentes modos, os vários segmentos do corpo em resposta aos estímulos fornecidospor um adulto (mexer a cabeça, o pé, a mão, os dedos e o tronco);Identifica movimentos básicos locomotores (an<strong>da</strong>r, correr, saltitar, saltar, rodopiar) e nãolocomotores(alongar, encolher, puxar, empurrar, tremer, torcer);Conhece, e interpreta com o corpo, trajetórias curvas e retilíneasPratica Jogos Infantis, cumprindo as suas regras, selecionando e realizando com intencionali<strong>da</strong>dee oportuni<strong>da</strong>de as ações características desses jogos.LINGUAGEM ORAL E ABORDAGEM À ESCRITAConhecimento <strong>da</strong>s Convenções GráficasSabe como pegar corretamente num livro;Sabe que a escrita e os desenhos transmitem informação;Atribui significado à escrita em contexto;Prediz acontecimentos numa narrativa através <strong>da</strong>s ilustrações;Compreensão de Discursos Orais e Interação VerbalFaz perguntas e responde, demonstrando que compreendeu a informação transmiti<strong>da</strong> oralmente;


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 59Questiona para obter informação sobre algo que lhe interessa;Relata e recria experiências e papéis;Descreve acontecimentos, narra histórias com a sequência apropria<strong>da</strong>, incluindo as principaispersonagens;Reconta narrativas ouvi<strong>da</strong>s;Descreve pessoas, objetos e ações;Partilha informação oralmente através de frases coerentes;MATEMÁTICANúmeros e OperaçõesUtiliza, oralmente, os números ordinais em diferentes contextos (até 5);Geometria e Medi<strong>da</strong>sIdentifica semelhanças e diferenças entre objetos e agrupa-os de acordo com diferentes critérios;Descreve as posições relativas de objetos usando termos como acima de, abaixo de, ao lado de,em frente de, atrás de, e a seguir a;Usa expressões como maior do que e menor do que;Usa a linguagem do dia-a-dia relaciona<strong>da</strong> com o tempo;Conhece a rotina <strong>da</strong> semana e do dia <strong>da</strong> sua sala;Organização e Tratamento de DadosEvidencia os atributos dos objetos utilizando linguagens ou representações adequa<strong>da</strong>s;Interpreta <strong>da</strong>dos apresentados em tabelas e pictogramas simples, em situações do seu quotidiano.


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 60Centro de Competência de Ciências Sociais2º Ciclo – Educação Pré-escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino BásicoEstágio e RelatórioAno letivo 2011/ 2012Tabela 4. – Planificação Semanal 4 – Pré-Escolar“O outono” e “O pão por Deus”Instituição: EB1/PE <strong>da</strong> Pena Semana de: 24/10/2011 a 28/10/2011Sala: Pré-AI<strong>da</strong>des: 2, 3 e 4 anosEducadora Cooperante: Eliana FreitasOrientador(a) de Estágio: Gui<strong>da</strong> MendesEstu<strong>da</strong>nte Estagiária: Tanya SilvaÁREAS DE CONTEÚDODomínioMetas de AprendizagemFORMAÇÃO PESSOAL E SOCIALIdenti<strong>da</strong>de/ AutoestimaExpressa as suas necessi<strong>da</strong>des, emoções e sentimentos de forma adequa<strong>da</strong>;Reconhece laços de pertença a diferentes grupos (família, escola, comuni<strong>da</strong>de entre outros);Ativi<strong>da</strong>des/EstratégiasSegun<strong>da</strong>-Feira1. Acolhimento: adultos e crianças dão osbons dias dentro <strong>da</strong> sala, normalmente, ouatravés de uma canção;RecursosMateriais eHumanosObservação/Avaliação


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 61Identifica e compreende os diferentes momentos <strong>da</strong> rotina diária <strong>da</strong> sala, reconhecendo a sua2. Marcação <strong>da</strong>s presenças pelas crianças;Placar <strong>da</strong>ssucessão;3. Marcação do tempo pelo “chefe”presenças eEncarrega-se <strong>da</strong>s tarefas que se comprometeu realizar e executa-as de forma autónoma;4. Conversar com o grupo todo, no tapete,do tempoDemonstra empenho nas ativi<strong>da</strong>des que realiza (por iniciativa própria ou propostas pelosobre o que fizeram no fim-de-semana.educador), concluindo o que foi decidido fazer e procurando fazê-lo com cui<strong>da</strong>do;O Lápis PerdidoComputador;O Lápis PerdidoConhece e pratica normas básicas de segurança e cui<strong>da</strong>dos de saúde e higiene, compreendendo1. A estagiária conta uma história,Televisão;1. As crianças revelarama sua necessi<strong>da</strong>de;apresenta<strong>da</strong> em multimédia, sobre umCabo degrande interesse eAceita algumas frustrações e insucessos (perder ao jogo, dificul<strong>da</strong>des de realizar ativi<strong>da</strong>des eesquilo que elabora uma obra de arte sobreligação;concentração no conto <strong>da</strong>tarefas) sem desanimar, procurando formas de as ultrapassar e de melhorar.o outono com vários objetos recolhidos naFolhas A3;história;Cooperaçãofloresta;Tintas;1. Expressaram-sePartilha brinquedos e outros materiais com colegas;1.1. Solicita a participação <strong>da</strong>s crianças, emPincéis;constantemente ao longoDá oportuni<strong>da</strong>de aos outros de intervirem nas conversas e jogos e espera a sua vez parapequenos grupos, na elaboração de umaRecipientes<strong>da</strong> história a fim deintervir;“obra de arte” a seu gosto, utilizando osde plástico;prever os acontecimentosDemonstra comportamentos de apoio e entreaju<strong>da</strong>, por iniciativa própria ou quando solicitado;mesmos materiais abor<strong>da</strong>dos na história.Cola líqui<strong>da</strong>;através <strong>da</strong>s imagens;Convivência Democrática/ Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>niaTerça-FeiraFolhas secas;1. A maioria fezContribui para a elaboração <strong>da</strong>s regras de vi<strong>da</strong> em grupo, reconhece a sua razão e necessi<strong>da</strong>de1. As crianças ouvem e cantam, com aCastanhas;perguntas e respondeu,e procura cumpri-las;educadora e a estu<strong>da</strong>nte estagiária, umademonstrando queAceita a resolução de conflitos pelo diálogo;canção sobre castanhas;Biombo;compreendeu aManifesta respeito pelas necessi<strong>da</strong>des, sentimentos, opiniões culturas e valores dos outros2. Brincam nas áreas <strong>da</strong> sala consenti<strong>da</strong>sFantoches deinformação transmiti<strong>da</strong>(crianças e adultos), esperando que respeitem os seus;pelo adulto.frutos.oralmente;Manifesta atitudes e comportamentos de conservação <strong>da</strong> natureza e de respeito pelo ambiente;Teatro de fantoches sobre os frutos e o Pão1. Questionaram paraSoli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de/ Respeito pela Diferençapor Deus, com a intervenção de to<strong>da</strong>s asobter informação sobre


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 62Aceita que meninos e meninas, homens e mulheres podem fazer as mesmas coisas em casa eeducadoras <strong>da</strong> instituição, incluindo aum momento ou outrofora de casa;estu<strong>da</strong>nte estagiáriaque lhe interessou mais;CONHECIMENTO DO MUNDOComputadorPartilharam informaçãoQuarta-FeiraMúsica <strong>da</strong>soralmente através deLocalização no Espaço e no Tempo1. As crianças relembram a cançãoCastanhinhasfrases coerentes;Utiliza noções espaciais relativas a partir <strong>da</strong> sua perspetiva como observador (exemplos: emaprendi<strong>da</strong> sobre as castanhas e cantam-na1. Descreveram pessoas,cima/em baixo, dentro/fora, entre, perto/ longe, atrás/ à frente, à esquer<strong>da</strong>/à direita.);com o auxílio <strong>da</strong> educadora e <strong>da</strong> estagiária,objetos e ações <strong>da</strong>Localiza elementos dos seus espaços de vivência e movimento (exemplos: sala de ativi<strong>da</strong>des,mimando-a.narrativa;escola, habitação, outros);1.1. A estagiária coloca a música <strong>da</strong> canção1.1. DemonstraramIdentifica elementos conhecidos numa fotografia/vídeo e confronta-os com a reali<strong>da</strong>deaprendi<strong>da</strong>;grande entusiasmo naobserva<strong>da</strong>;1.2. As crianças ouvem o som e, com oIngredientesutilização de novosDistingue uni<strong>da</strong>des de tempo básicas (dia e noite, manhã e tarde, semana, estações do ano,auxílio dos adultos, cantam a cançãopara o bolomateriais de pintura eano);acompanhando a música;(trazidosverificou-se a intençãoNomeia, ordena e estabelece sequências de diferentes momentos <strong>da</strong> rotina diária e reconhece1.3. As crianças formam uma ro<strong>da</strong> e imitampelos pais);que tinham de elaboraroutros momentos importantes de vi<strong>da</strong> pessoal;os movimentos de <strong>da</strong>nça sugeridos pelaBatedeirauma obra de arteRepresenta (através de desenho ou de outros meios) lugares reais ou imaginários e descreve-osestagiária, enquanto cantam a canção.elétrica;semelhante à <strong>da</strong>oralmente;Colher depersonagem <strong>da</strong> história.Conhecimento do Ambiente Natural e SocialQuinta-Feirapau;Identifica elementos do ambiente natural;Confeção de um Bolo3 taças;1. Cantaram a canção,Formula questões sobre lugares, contextos e acontecimentos que observa (direta ou1. Na sala, as crianças, juntamente com osAbre-latas;utilizando a memória,indiretamente) no seu quotidiano;pais, participam na elaboração de um bolo;Faca;com controlo progressivoEstabelece semelhanças e diferenças entre materiais e entre materiais e objetos, segundo1.1. As crianças devem seguir a receita comRaspador.<strong>da</strong> melodia, <strong>da</strong> estrutura


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 63algumas proprie<strong>da</strong>des simples (exemplos: textura, cor, cheiro, resistência, dureza, som queas imagens dos ingredientes e asrítmica (pulsação eproduzem…);quanti<strong>da</strong>des ilustra<strong>da</strong>s, com a colaboraçãoacentuação) e <strong>da</strong>Antecipa ações simples para o seu futuro próximo e mais distante, a partir de contextos<strong>da</strong> estagiária;respiração, bem como ospresentes;1.2. Os pais devem apoiar-se nas instruçõesvários segmentos doDinamismo <strong>da</strong>s Inter-Relações Natural-Social<strong>da</strong>s crianças;corpo em resposta aosSitua-se socialmente numa família (relacionando graus de parentesco simples) e também1.3. A estu<strong>da</strong>nte estagiária deve certificar-estímulos fornecidos pelonoutros grupos sociais de pertença, reconhecendo a sua identi<strong>da</strong>de pessoal e cultural;se de que as instruções <strong>da</strong><strong>da</strong>s pelas criançasadulto (que mima aManifesta comportamentos de preocupação com a conservação <strong>da</strong> natureza e respeito peloestão corretas, acompanhando-as;canção);ambiente, indicando algumas práticas adequa<strong>da</strong>s;1.4. As crianças colocam no recipiente osConfeção de um BoloIdentifica sequências de ciclos de vi<strong>da</strong> de diferentes fenómenos que estão relacionados com aingredientes medidos juntamente com os1.1. A receita com assua vi<strong>da</strong> diária (a noite e o dia, as estações do ano, os estados do tempo, com a forma de vestir,pais ou familiares;imagens foi explora<strong>da</strong>com as ativi<strong>da</strong>des a realizar);1.5. O produto final é colocado em duasantes de se <strong>da</strong>r início àUsa e justifica algumas razões de práticas de higiene corporal, alimentar, saúde e segurança;formas separa<strong>da</strong>s;confeção do bolo, pois asReconhece a diversi<strong>da</strong>de de características e hábitos de outras pessoas e grupos, manifestando2. A estagiária, juntamente com as crianças,crianças desconheciamatitudes de respeito pela diversi<strong>da</strong>de;agradece a presença e colaboração dos pais;alguns dos ingredientes2.1. A estagiária dirige-se à cozinha eBolopelo que houve aEXPRESSÃO PLÁSTICAcoloca o bolo no forno. Depois de cozido,Fornonecessi<strong>da</strong>de de deixá-lasDesenvolvimento <strong>da</strong> Capaci<strong>da</strong>de de Expressão e Comunicaçãoum deles é partilhado com os familiares, àobservar e provar algunsRepresenta vivências individuais, temas, histórias, paisagens entre outros, através de váriosmedi<strong>da</strong> que vão buscando os educandos àdeles;meios de expressão (pintura, desenho, colagem, modelagem, entre outros meios expressivos);instituição, e com a equipa que colaborou1.2. Quando os paisCompreensão <strong>da</strong>s Artes no Contextodireta e indiretamente na confeção do bolo.começaram a fazer oDescreve o que vê em diferentes formas visuais através do contacto com diferentesbolo, as crianças


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 64mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des expressivas e em diferentes contextos;Apropriação <strong>da</strong> Linguagem Elementar <strong>da</strong>s ArtesIdentifica alguns elementos <strong>da</strong> Comunicação Visual na observação de formas visuais e utilizaosnas suas composições plásticas;Produz composições plásticas a partir de temas reais ou imaginados, utilizando os elementos<strong>da</strong> comunicação visual em conjunto ou per si;Desenvolvimento <strong>da</strong> Criativi<strong>da</strong>deEmite juízos sobre os seus trabalhos e sobre as formas visuais (obras de arte, natureza,objetos), indicando alguns critérios <strong>da</strong> sua avaliação;Utiliza, de forma autónoma, diferentes materiais e meios de expressão;EXPRESSÃO DRAMÁTICADesenvolvimento <strong>da</strong> Capaci<strong>da</strong>de de Expressão e ComunicaçãoInterage com outros em ativi<strong>da</strong>des de faz-de-conta, espontâneas ou sugeri<strong>da</strong>s, recorrendotambém à utilização de formas anima<strong>da</strong>s como facilitadoras e/ou intermediárias em situaçõesde comunicação verbal e não-verbal;Exprime opiniões pessoais, em situações de experimentação/criação e de fruição;Desenvolvimento <strong>da</strong> Criativi<strong>da</strong>deUtiliza e recria o espaço e os objetos, atribuindo-lhes significados múltiplos em ativi<strong>da</strong>des“livres”, situações imaginárias e de recriação de experiências do quotidiano;Inventa e experimenta personagens e situações de faz-de-conta ou de representação, poriniciativa própria e/ou a partir de diferentes estímulos, diversificando as formas deSexta-FeiraVisita ao Lar1. Saí<strong>da</strong> ao exterior <strong>da</strong> Pré-A, com visita aolar de idosos;2. As crianças cantam a canção <strong>da</strong>sCastanhinhas aos idosos;2.1. Oferecem o bolo à instituição e fazemum pequeno lanche com partilha do boloconfecionado pelas crianças e familiares nodia anterior.quiseram logo observar eparticipar, facto quelevou ao descontrole <strong>da</strong>organização do grupo nasala;1.4. To<strong>da</strong>s as criançasdemonstraram grandeimplicação na preparaçãodo bolo, exceto a Mariaque preferiu brincar nasáreas;Visita ao Lar1. A primeira saí<strong>da</strong> <strong>da</strong>scrianças, ao exterior, foiorganiza<strong>da</strong> e as criançascumpriram com as regrasabor<strong>da</strong><strong>da</strong>s na sala, antes<strong>da</strong> saí<strong>da</strong>, reconhecendo asua razão e necessi<strong>da</strong>dede cumpri-las, emborahouvesse sempre ocontrolo do adulto


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 65concretização;Expõe e discute ideias e propõe soluções para desafios criativos, em contexto de faz-de-contaou de representação;Compreensão <strong>da</strong>s Artes no ContextoComenta os espetáculos a que assiste, recorrendo a vocabulário adequado e específico eexpressando uma interpretação pessoal.durante o percurso.2. As criançasdemonstraramsentimentos de bem-estare entusiasmo durante eapós a visita.EXPRESSÃO MUSICALDesenvolvimento <strong>da</strong> Capaci<strong>da</strong>de de Expressão e ComunicaçãoCanta canções utilizando a memória, com controlo progressivo <strong>da</strong> melodia, <strong>da</strong> estruturarítmica (pulsação e acentuação) e <strong>da</strong> respiração;Sincroniza-se com o ritmo <strong>da</strong> marcha/corri<strong>da</strong> e com estruturas rítmicas simples;Desenvolvimento <strong>da</strong> Criativi<strong>da</strong>deRealiza ações motoras diferencia<strong>da</strong>s e mobiliza diferentes quali<strong>da</strong>des de movimento comoforma de reação ao caráter, ao ritmo, à intensi<strong>da</strong>de e à organização formal de uma canção ou deobras musicais grava<strong>da</strong>s;EXPRESSÃO MOTORADesenvolvimento <strong>da</strong> Capaci<strong>da</strong>de de Expressão e ComunicaçãoExperimenta movimentos locomotores e não locomotores básicos e movimenta-se e expressasede forma coordena<strong>da</strong>, utilizando o corpo no espaço, no tempo e com diferentes dinâmicas;


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 66Desenvolvimento <strong>da</strong> Criativi<strong>da</strong>deUtiliza de diferentes modos os vários segmentos do corpo em resposta aos estímulos fornecidospor um adulto (mexer a cabeça, o pé, a mão, os dedos e o tronco);LINGUAGEM ORAL E ABORDAGEM À ESCRITAConhecimento <strong>da</strong>s Convenções GráficasSabe como pegar corretamente num livro;Sabe que a escrita e os desenhos transmitem informação;Prediz acontecimentos numa narrativa através <strong>da</strong>s ilustrações;Compreensão de Discursos Orais e Interação VerbalFaz perguntas e responde, demonstrando que compreendeu a informação transmiti<strong>da</strong>oralmente;Questiona para obter informação sobre algo que lhe interessa;Relata e recria experiências e papéis;Descreve acontecimentos, narra histórias com a sequência apropria<strong>da</strong>, incluindo as principaispersonagens;Reconta narrativas ouvi<strong>da</strong>s;Descreve pessoas, objetos e ações;Partilha informação oralmente através de frases coerentes;


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 67MATEMÁTICANúmeros e OperaçõesUtiliza, oralmente, os números ordinais em diferentes contextos (até 5);Geometria e Medi<strong>da</strong>sIdentifica semelhanças e diferenças entre objetosDescreve as posições relativas de objetos usando termos como acima de, abaixo de, ao lado de,em frente de, atrás de, e a seguir a;Usa expressões como maior do que e menor do que;Usa a linguagem do dia-a-dia relaciona<strong>da</strong> com o tempo;Conhece a rotina <strong>da</strong> semana e do dia <strong>da</strong> sua sala;Organização e Tratamento de DadosEvidencia os atributos dos objetos utilizando linguagens ou representações adequa<strong>da</strong>s;Interpreta <strong>da</strong>dos apresentados em tabelas e pictogramas simples, em situações do seuquotidiano.


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 68AvaliaçõesPara a avaliação do grupo de crianças, no geral, e de uma criança, em particular,como previsto e regulamentado no documento em anexo (ver Anexo C) sobre aorganização do estágio na componente de educação de infância, elaborado pelasdocentes Mestre Gui<strong>da</strong> Mendes e Mestre Conceição Sousa, e pelas razões anteriormentereferi<strong>da</strong>s sobre a intervenção pe<strong>da</strong>gógica, optou-se por utilizar dois tipos de avaliação,um que incide sobre o bem-estar emocional e implicação, segundo as perspetivas deGabriela Portugal e Ferre Laevers (2010) e outra sobre as metas de aprendizagemhomologa<strong>da</strong>s pelo ME (2010).A principal razão pela qual foram aplica<strong>da</strong>s dois tipos de avaliação incidiu nasparticulari<strong>da</strong>des que ca<strong>da</strong> uma delas abrange, designa<strong>da</strong>mente, o estado de espírito e asmotivações <strong>da</strong> criança no que respeita ao bem-estar emocional e implicação, e osconhecimentos, habili<strong>da</strong>des e atitudes <strong>da</strong> criança no que concerne às metas deaprendizagem a serem alcança<strong>da</strong>s. Saliente-se que <strong>da</strong>s metas de aprendizagem defini<strong>da</strong>spara a educação pré-escolar constam determina<strong>da</strong>s descrições que possibilitam aavaliação do bem-estar emocional e <strong>da</strong> implicação <strong>da</strong> criança nas ativi<strong>da</strong>des, porém, nãode uma forma tão precisa e clara como a que se apresenta no Sistema deAcompanhamento <strong>da</strong>s Crianças (SAC) 6 <strong>da</strong> autoria de Portugal e Laevers (2010).Uma outra razão para se adotar dois instrumentos de avaliação é a grandeheterogenei<strong>da</strong>de do grupo ao nível <strong>da</strong>s i<strong>da</strong>des (2, 3 e 4 anos) e <strong>da</strong> grande divergência denecessi<strong>da</strong>des de ca<strong>da</strong> uma delas. Para determina<strong>da</strong>s crianças pareceu fazer mais sentidoavaliar o bem-estar emocional e a implicação nas ativi<strong>da</strong>des, uma vez que estavam a termuitas dificul<strong>da</strong>des na a<strong>da</strong>ptação à instituição e, por isso, não se mostravam recetivas às6 O sistema de acompanhamento de crianças (SAC) foi construído com base num ciclo contínuo deobservação, avaliação, reflexão e ação, com principal incidência nos níveis de bem-estar emocional e deimplicação, na organização do ambiente educativo e na aprendizagem e desenvolvimento <strong>da</strong>s crianças.


69 RELATÓRIO DE ESTÁGIOativi<strong>da</strong>des sugeri<strong>da</strong>s, tanto pela estu<strong>da</strong>nte estagiária como pela educadora cooperante.Para outras, que já demonstravam uma relação positiva com o meio institucional 7 ,procurou-se estabelecer metas que definissem as aprendizagens a realizar em ca<strong>da</strong> uma<strong>da</strong>s áreas de forma global e integra<strong>da</strong>, como prevê o ME (2010).Para a avaliação do bem-estar emocional e implicação <strong>da</strong>s crianças, segundo asperspetivas de Portugal e Laevers (2010), o educador tem como pontos de referência asexpressões, as palavras e os gestos <strong>da</strong> criança e estes oferecem uma forma respeitadorade o adulto “sentir, pensar e fazer em educação de infância”, possibilitando umaadequação do processo de intervenção pe<strong>da</strong>gógica, consoante os resultados obtidos.Laevers (1997, 2005b, citado por Portugal & Laevers, 2010) considera asatisfação <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong>des básicas 8 como sendo determinantes ao bem-estar emocional<strong>da</strong> criança, sendo, portanto, um indicador de que a relação existente entre ela e ocontexto é uma relação de quali<strong>da</strong>de. Este indicador possibilita, igualmente, aosprofissionais de educação melhorar a quali<strong>da</strong>de do seu trabalho com vista a promover odesenvolvimento e a aprendizagem (Laevers, 2003, citado por Portugal & Laevers,2010).Relativamente à implicação, o mesmo autor aponta para a necessi<strong>da</strong>de doprofissional de educação refletir sobre o nível de implicação dos seus educandos, umavez que este depende, em grande medi<strong>da</strong>, <strong>da</strong>s ofertas educativas e <strong>da</strong>s condiçõesambientais e do impacto que estas têm nas crianças. Por esta razão é que o nível deimplicação, quer do grupo em geral, ou de uma criança em particular, reflete a7 Meio institucional refere-se à instituição em si, aos profissionais de ação educativa, às outras crianças eàs rotinas <strong>da</strong> sala.8 Entende-se por necessi<strong>da</strong>des básicas a satisfação adequa<strong>da</strong> de alimentação, de repouso, de afeto, desegurança, de reconhecimento e de respeito, bem como <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de de se sentir competente e terobjetivos de vi<strong>da</strong> (Laevers et al., 1997, 2005b, citado por Portugal & Laevers, 2010).


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 70quali<strong>da</strong>de do contexto educativo, como mencionado anteriormente (Portugal & Laevers,2010).É de frisar que o processo de avaliação <strong>da</strong> implicação, segundo Portugal eLaevers (2010) baseia-se num sistema intuitivo e empático, logo, pressupõe que odocente se coloque na pele <strong>da</strong> criança para que possa, de uma forma utópica, sentir ecompreender aquilo que está a experienciar. Este procedimento denomina-se de atitudeexperiencial.Assim, a implicação não descreve uma característica mais ou menos fixa <strong>da</strong>criança, mas a maneira como esta funciona num determinado contextoeducativo. Trata-se de um conceito dinâmico, que não pode levar ao rotular deuma criança em termos de preguiça, incapaci<strong>da</strong>de ou falta de atenção, sendoresultado de uma interação entre características do contexto educativo,características do educador e características <strong>da</strong> criança (Portugal & Laevers,2010, p.26).Da necessi<strong>da</strong>de de colocar em prática esta avaliação, Portugal e Laevers (2010)desenvolveram escalas próprias para a avaliação do bem-estar emocional e <strong>da</strong>implicação. Os autores propõem como principais indicadores do bem-estar emocional aabertura e recetivi<strong>da</strong>de, a flexibili<strong>da</strong>de em a<strong>da</strong>ptar-se a diferentes situações, aautoconfiança e autoestima, a assertivi<strong>da</strong>de, no sentido de se opor às pressões do grupose estas colidirem com os seus interesses, a vitali<strong>da</strong>de, evidencia<strong>da</strong> pela sua forma deestar, a tranquili<strong>da</strong>de, a alegria e a ligação consigo mesma, conhecendo e aceitando assuas necessi<strong>da</strong>des, desejos, sentimentos e pensamentos. Quanto à implicação nasativi<strong>da</strong>des, sugere a observação de indicadores de concentração, de energia, de


71 RELATÓRIO DE ESTÁGIOcomplexi<strong>da</strong>de e criativi<strong>da</strong>de, de expressão facial e postura, de persistência, de precisão,não na execução em si, mas na preocupação com os pormenores, de tempo de reaçãoque, quando implica<strong>da</strong>s e expostas a estímulos interessantes, é rápido, de expressãoverbal e de satisfação, ambos evidenciados pelos comentários que a criança faz e pelomodo como toca e aprecia o seu trabalho, respetivamente.Todos os indicadores expressos, quer para a avaliação do bem-estar emocionalquer para a avaliação <strong>da</strong> implicação, são organizados, pelos mesmos autores, consoantediferentes níveis de caráter quantitativo, isto é, 1; 2; 3; 4 e 5, que se traduzem numaavaliação qualitativa correspondente aos níveis muito baixo; baixo; médio; alto e muitoalto, respetivamente. To<strong>da</strong>via, estas classificações apresentam características específicasde ca<strong>da</strong> parâmetro que devem servir como ponto de referência para quem está a utilizareste método de avaliação (ver Anexo D).Avaliação de uma CriançaO bem-estar emocional e a implicação nas ativi<strong>da</strong>des e nas rotinas do dia-a-diarelacionam-se diretamente com a a<strong>da</strong>ptação <strong>da</strong> criança ao jardim-de-infância. Umacriança bem a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong> demonstra, pontualmente, sinais de bem-estar e interesse nodesenvolvimento <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des propostas e na execução de determina<strong>da</strong>s tarefas, jáuma criança com dificul<strong>da</strong>des na a<strong>da</strong>ptação apresenta alguma frustração e tristeza e,consequentemente, evita envolver-se nas ativi<strong>da</strong>des do grupo e nas tarefas solicita<strong>da</strong>s.Neste sentido, a opção de elaborar uma avaliação-diagnóstico e uma avaliação final dosníveis de implicação e de bem-estar emocional surgiu <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de de se constatar aevolução <strong>da</strong> criança, em relação a estes dois aspetos, durante o período de intervençãope<strong>da</strong>gógica. Considerando que este é correspondente ao período estipulado pelaeducadora cooperante para a a<strong>da</strong>ptação <strong>da</strong>s crianças à instituição, uma avaliação inicial


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 72e final permite constatar o impacto que a intervenção <strong>da</strong> estu<strong>da</strong>nte estagiária teve,relativamente a este aspeto tão importante na vi<strong>da</strong> desta e de to<strong>da</strong>s as crianças do grupo.As tabelas apresenta<strong>da</strong>s segui<strong>da</strong>mente traduzem as apreciações feitas à criançaescolhi<strong>da</strong> para uma avaliação particular, a Paula. Na Tabela 5. consta a avaliaçãodiagnósticoindividual aos níveis do bem-estar emocional e <strong>da</strong> implicação realiza<strong>da</strong>entre a primeira e a segun<strong>da</strong> semana de estágio. Nesta primeira avaliação evidenciam-semuito baixos níveis de bem-estar emocional e de implicação. A Paula é uma criança queapresenta, constantemente, momentos de choro e aparenta ter grandes dificul<strong>da</strong>des emse envolver com o grupo e em participar <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des desenvolvi<strong>da</strong>s na sala. Estecomportamento ocorre com maior frequência durante a parte <strong>da</strong> manhã, maisprecisamente no momento em que a mãe a deixa na sala. Quando acarinha<strong>da</strong> eacompanha<strong>da</strong> pelo adulto, a criança estabiliza a sua crise de choro, contudo, passa arequerer a sua atenção exclusiva recusando-se a participar em qualquer ativi<strong>da</strong>de queenvolva o restante grupo.


ImplicaçãoBem-estar emocionalRELATÓRIO DE ESTÁGIO 73Tabela 5. - Avaliação-Diagnóstico Individual do Bem-Estar Emocional e <strong>da</strong> ImplicaçãoIndicadoresNíveis1 2 3 4 5AvaliaçãoAbertura e recetivi<strong>da</strong>deXNão se mostra recetiva ao contexto nem disponível para interagir e explorar. Relaciona-se bem com o adulto masevidencia comportamentos evitantes em relação a outras crianças.Flexibili<strong>da</strong>de XResiste a situações novas ou diferentes, evidenciando alguma perturbação. Não se sente à vontade para secomprometer com as ativi<strong>da</strong>des desenvolvi<strong>da</strong>s.Autoconfiança e autoestima XApenas se expressa nos momentos de choro, revelando o motivo do seu desconforto. Quando confronta<strong>da</strong> comnovos desafios, recusa-se a fazer parte deles.Adota uma atitude assertiva no seu grupo, procurando ser ti<strong>da</strong> em consideração e respeita<strong>da</strong> por aquilo que é.Assertivi<strong>da</strong>deX Evidencia forca suficiente para pedir aju<strong>da</strong> ou conforto. Não aceita as sugestões do grupo se estas colidirem como seu interesse pessoal.Vitali<strong>da</strong>deXApresenta alguma lassidão e, por vezes, falta de iniciativa para se movimentar, permanecendo imóvel enquantoobserva o grupo.Tranquili<strong>da</strong>deXNão evidencia tensão muscular nem movimentos bruscos. Apresenta-se calma quando não demonstra sinais dedesconforto.AlegriaXDemonstra sinais de descontentamento, com alguma frequência, em oscilação com comportamentos de sereni<strong>da</strong>dee indiferença em determinados momentos. Não demonstra retirar prazer de qualquer situação.Ligação consigo próprioXReconhece as suas necessi<strong>da</strong>des, desejos, sentimentos e pensamentos. Frequentemente conhece sentimentosnegativos e desagradáveis mas tem dificul<strong>da</strong>de em aceita-los e li<strong>da</strong>r com eles.Concentração XNão se envolve nas ativi<strong>da</strong>des. O olhar <strong>da</strong> criança fixa-se, essencialmente, no comportamento dos colegas e, porvezes, vagueia.Nas rotinas do dia-a-dia demonstra falta de energia, fisicamente. Pela expressão facial, parece revelar algumaEnergiaXenergia mental que evidencia a sua concentração sobre algum objeto ou alguém. Contudo, esta concentração élimita<strong>da</strong> e superficial.Complexi<strong>da</strong>de/criativi<strong>da</strong>de X Não é observável pois a criança não se envolve nas ativi<strong>da</strong>des.Expressão facial e postura XPor vezes é possível distinguir olhos perdidos no vazio. A postura apresenta-se neutra e indiferente perante asativi<strong>da</strong>des propostas.Persistência X Não se envolve nas ativi<strong>da</strong>des. Apenas demonstra persistência sobre aquilo que não quer fazer.Precisão X Não se aplica.Tempo de reação X Responde com neutrali<strong>da</strong>de a estímulos relevantes.Expressão verbal X Comenta apenas o seu desconfortoSatisfação X Não demonstra grande prazer na realização de tarefas simples.Legen<strong>da</strong>:1 – Muito Baixo; 2 – Baixo; 3 – Médio/Neutro; 4 – Alto; 5 – Muito Alto


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 74Na Tabela 6. consta a avaliação-final individual <strong>da</strong> criança aos níveis do bemestaremocional e <strong>da</strong> implicação, realiza<strong>da</strong> na última semana de estágio. A mesmasugere uma evolução geral positiva nos níveis de bem-estar e de implicação, sendo oprimeiro parâmetro o que mais se evidencia. Verifica-se uma evolução significativa (donível 1 para o nível 4) na alegria, na autoconfiança e na autoestima <strong>da</strong> Paula. Relacionasemelhor com os colegas, manifesta momentos de alegria e confia que a mãe irá buscalano final do dia. Já participa nalgumas ativi<strong>da</strong>des e demonstra orgulho com o trabalhoque faz, especialmente se este é elogiado pelo adulto. Quanto aos restantes indicadores,houve também uma melhoria geral, à exceção <strong>da</strong> assertivi<strong>da</strong>de que sempre demonstrouter, <strong>da</strong> expressão facial e postura, pois ain<strong>da</strong> é possível distinguir um olhar perdido novazio e uma postura ain<strong>da</strong> pouco recetiva no que se refere às ativi<strong>da</strong>des orienta<strong>da</strong>s, e <strong>da</strong>precisão, apesar de atualmente participar nalgumas ativi<strong>da</strong>des orienta<strong>da</strong>s e, como járeferido, demonstrar satisfação ao ser elogia<strong>da</strong> pelo seu trabalho constata-se, ain<strong>da</strong>,alguma falta de preocupação com a quali<strong>da</strong>de dos trabalhos que faz.


ImplicaçãoBem-estar emocionalRELATÓRIO DE ESTÁGIO 75Tabela 6. – Avaliação Final Individual do Bem-Estar Emocional e <strong>da</strong> ImplicaçãoIndicadoresAbertura e recetivi<strong>da</strong>deNíveis1 2 3 4 5AvaliaçãoEstá recetiva ao contexto e disponível para interagir e explorar. Já não tem comportamentos evitantes emXrelação a outras crianças. Apresenta recetivi<strong>da</strong>de a algumas ativi<strong>da</strong>des em oferta.Flexibili<strong>da</strong>de X Perante situações novas ou diferentes, a criança não evidencia perturbação significativa.Autoconfiança e autoestimaXExpressa-se com algum à vontade e, quando confronta<strong>da</strong> com novos desafios tenta enfrentá-los, arriscando apossibili<strong>da</strong>de de insucesso. Demonstra e expressa a sua satisfação quando é capaz de cumprir com umadetermina<strong>da</strong> tarefa autonomamente. Ex: comer sozinha.Assertivi<strong>da</strong>deXAdota uma atitude assertiva no seu grupo, procurando ser ti<strong>da</strong> em consideração e respeita<strong>da</strong> por aquilo que é.Evidencia força suficiente para pedir aju<strong>da</strong> ou conforto. Contudo aceita mais as sugestões do grupo, mesmo seestas colidirem com o seu interesse pessoal.Vitali<strong>da</strong>de X Demonstra vi<strong>da</strong> e energia, claramente visíveis na sua expressão facial, postura e comportamento.XNão evidencia tensão muscular nem movimentos bruscos. Apresentou-se, ocasionalmente, mais tranquila nosmomentos mais críticos para si, quando se despedia <strong>da</strong> mãe.AlegriaXDemonstra contentamento e retira prazer do que está a fazer e a experienciar, expressando-o, na maior parte <strong>da</strong>svezes, de forma discreta.XReconhece as suas necessi<strong>da</strong>des, desejos, sentimentos e pensamentos. Ocasionalmente, conhece sentimentosnegativos e desagradáveis mas consegue li<strong>da</strong>r com eles um pouco melhor.XA atenção <strong>da</strong> criança focaliza-se, por breves momentos, na ativi<strong>da</strong>de que realiza, contudo, basta um pequenoestímulo externo para distrair a criança.Energia X A criança apenas investe alguma energia na ativi<strong>da</strong>de orienta<strong>da</strong>, quando estimula<strong>da</strong> pelo adulto.Tranquili<strong>da</strong>deLigação consigo próprioConcentraçãoComplexi<strong>da</strong>de/criativi<strong>da</strong>deXMobiliza as suas capaci<strong>da</strong>des, de forma razoável, para se dedicar a uma ativi<strong>da</strong>de mais complexa mas nãointroduz na<strong>da</strong> de inesperado ou novo.Expressão facial e postura X Por vezes é possível distinguir olhos perdidos no vazio e uma postura de tédio nas ativi<strong>da</strong>des orienta<strong>da</strong>s.Persistência X É pouco persistente relativamente ao nível de concentração numa ativi<strong>da</strong>de.Precisão X Preocupa-se pouco com a quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> realização e com detalhes, preocupando-se sobretudo em “despachar”.Tempo de reação X Reage, com alguma rapidez a estímulos interessantes, tendo em conta a sua i<strong>da</strong>de.Os comentários descrevem o seu entusiasmo sobre o que fez ou o que está a fazer, apesar de a implicaçãoExpressão verbalXdurante a ativi<strong>da</strong>de não ser intensa e continua<strong>da</strong>. Ex: “Olha, já acabei!”Satisfação X A satisfação está implicitamente presente ao longo do dia, mas não propriamente nas ativi<strong>da</strong>des orienta<strong>da</strong>s.Legen<strong>da</strong>:1 – Muito Baixo; 2 – Baixo; 3 – Médio/Neutro; 4 – Alto; 5 – Muito Alto


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 76Atenta à coluna correspondente à avaliação, em ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s tabelasdiagnóstico e final, constatam-se algumas situações e comportamentos observados nacriança e que correspondem, de forma descritiva, aos indicadores explanados porPortugal e Laevers (2010). Saliente-se a relevância desta ponderação, uma vez quepermite ter uma melhor consciência dos níveis a atribuir que de uma forma unicamentenumérica seria menos precisa.Estabelecidos os níveis dos indicadores de bem-estar emocional e de implicação,procedeu-se a uma avaliação geral do nível destes últimos. Para tal calculou-se a média,através <strong>da</strong> soma de ca<strong>da</strong> indicador e <strong>da</strong> respetiva divisão pelo número de indicadores deca<strong>da</strong> parâmetro. Por exemplo, considerando a tabela de avaliação-diagnóstico para obem-estar emocional, procedeu-se <strong>da</strong> seguinte maneira: (2+1+1+4+2+3+1+2) : 8 = 2.Portanto, a média do nível de bem-estar emocional <strong>da</strong> criança, na avaliação-diagnósticoé 2, ou seja, numa perspetiva geral e segundo a avaliação-diagnóstico, a criança possuium nível de bem-estar emocional baixo. Relativamente ao nível geral de implicação <strong>da</strong>criança o procedimento foi o mesmo: (1+2+1+2+1+1+1+1+1) : 9 = 1,2(2). Conclui-seque a média do nível de implicação <strong>da</strong> criança, na avaliação-diagnóstico, é 1, isto é,muito baixo. Este mesmo método foi utilizado para a avaliação final individual <strong>da</strong>criança, cuja avaliação do bem-estar emocional corresponde ao nível 4, isto é, alto e aimplicação nas ativi<strong>da</strong>des ao nível 2, baixo. A média destes mesmos níveis, bem comoos constatados na avaliação-diagnóstico, encontra-se incluí<strong>da</strong> na Tabela 7. e na Tabela8. referentes às avaliações diagnóstico e final geral do grupo.Avaliação do GrupoUma vez calculados os níveis gerais de bem-estar e de implicação <strong>da</strong> criança,tanto na fase de diagnóstico como na fase final, prosseguiu-se à a<strong>da</strong>ptação e ao


77 RELATÓRIO DE ESTÁGIOpreenchimento <strong>da</strong>s tabelas de avaliação geral do grupo, diagnóstico e final, organiza<strong>da</strong>ssegundo a orientação de Gabriela Portugal (2010) em conformi<strong>da</strong>de com o SACrelativamente ao bem-estar emocional e implicação.Convém reforçar que o regulamento sobre organização do estágio nacomponente de educação de infância (Anexo C) prevê uma avaliação geral do grupo e,por essa razão, a avaliação dos restantes elementos não seguiu um processo rigoroso àsemelhança do <strong>da</strong> criança supramenciona<strong>da</strong>, mas sim um apuramento geral dos níveisde bem-estar emocional e de implicação e o preenchimento direto <strong>da</strong>s tabelas deavaliação geral do grupo diagnóstico, Tabela 7., e final, Tabela 8. Nestas, constamalguns comentários realizados sobre determina<strong>da</strong>s crianças que apresentaramcomportamentos pontuais e cuja descrição dos mesmos serve de referência para oavaliador, neste caso, para a educadora estagiária refletir sobre eles e ajustar a suaintervenção pe<strong>da</strong>gógica em função dos mesmos. A avaliação geral do bem-estaremocional e <strong>da</strong> implicação do grupo compõe-se nas tabelas seguintes.


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 78Tabela 7. - Avaliação-Diagnóstico do Grupo Sobre o Bem-Estar Emocional e a ImplicaçãoCriançasNível geral deNível geral deComentáriosbem-estarImplicaçãoNomes 1 2 3 4 5 ? 1 2 3 4 5 ?1. Abílio x x2. Afonso x x Apresenta dificul<strong>da</strong>des ao nível <strong>da</strong> fala (apenaspronuncia as primeiras sílabas <strong>da</strong>s palavras).3. Alberto x x4. Alexandra x x5. Ana x x Choraminga muito pela ausência <strong>da</strong> mãe6. Beatriz x x7. Bela x x Entrou na sala dia 28 de Setembro mas a<strong>da</strong>ptou-se comfacili<strong>da</strong>de ao meio, às pessoas e às rotinas <strong>da</strong> sala.8. Bruna x x9. Catarina x x Apresenta níveis de bem-estar elevados na sala, masrecusa-se a participar nas ativi<strong>da</strong>des de outros docentes,nomea<strong>da</strong>mente, do sexo masculino (apurado emmomento de conversa informal com a criança).10. David x x11. Fabiana x x12. Gonçalo x x13. Hugo x x14. Joana x x15. Liliana x x16. Mafal<strong>da</strong> x x17. Maria x x18. Niza x x Não demonstra sinais de desconforto e apresentamomentos intensos nas ativi<strong>da</strong>des, contudo não seexpressa oralmente com os adultos nem com os seuscolegas.19. Manuel x x20. Paula x x Recusa-se a fazer qualquer tipo de ativi<strong>da</strong>de, chora pelaausência <strong>da</strong> mãe e requer sempre o colo do adulto.21. Ricardo x x Choraminga muito pela ausência <strong>da</strong> mãe


79 RELATÓRIO DE ESTÁGIOTabela 8. – Avaliação Final do Grupo Sobre o Bem-Estar Emocional e a ImplicaçãoCriançasNível geral debem-estarNível geral deImplicaçãoComentáriosNomes 1 2 3 4 5 ? 1 2 3 4 5 ?1. Abílio x x2. Afonso x x Apresenta mu<strong>da</strong>nças repentinas de humor. Não foramverificados progressos ao nível <strong>da</strong> fala.3. Alberto x x Apresentou, com alguma frequência, comportamentos deagressivi<strong>da</strong>de para com os colegas.4. Alexandra x x5. Ana x x Nas últimas duas semanas, evoluiu relativamente aonúmero de vezes que choramingou pela ausência <strong>da</strong> mãe.6. Beatriz x x Choraminga em certos momentos para chamar a atenção<strong>da</strong> estu<strong>da</strong>nte estagiária7. Bela x x8. Bruna x x Parece não se relacionar muito com os colegas eapresenta diversos motivos para não comer o almoço.Faltou diversas vezes durante o mês de Outubro, pelo quea avaliação do nível de implicação, em diversasativi<strong>da</strong>des, não foi observável.9. Catarina x x Já participa nas aulas dos outros docentes; manifestachoro e receio em participar em ativi<strong>da</strong>des que envolvamcerto tipo de competição10. David x x11. Fabiana x x12. Gonçalo x x13. Hugo x x14. Joana x x15. Liliana x x16. Mafal<strong>da</strong> x x17. Maria x x Evoluiu no nível de implicação nas ativi<strong>da</strong>des.18. Niza x x Já se expressa oralmente, e por iniciativa própria, com oscolegas e com os adultos.19. Manuel x x É agressivo com os colegas, oral e fisicamente; quebra,constantemente, as regras <strong>da</strong> sala; ultimamente, temurinado na cama, mesmo acor<strong>da</strong>do.20. Paula x x Participa nalgumas ativi<strong>da</strong>des acompanha<strong>da</strong> pelo adulto ese o seu nível de bem-estar for elevado nesse momento.21. Ricardo x X Já não chora pela mãe e implica-se nas ativi<strong>da</strong>des, umasmais do que outras.


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 80De uma forma geral as crianças evoluíram ao nível do bem-estar emocional e <strong>da</strong>implicação, tal evidencia-se comparando ambas as tabelas anteriormente apresenta<strong>da</strong>s.Contudo, atendendo à conceção de Portugal e Laevers (2010) relativamente àsubjetivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> avaliação destes parâmetros, não se deve considerar os valoresapresentados como sendo rigorosos no que concerne à sua equiparação com a reali<strong>da</strong>de.As avaliações realiza<strong>da</strong>s atendem ao parecer <strong>da</strong> estu<strong>da</strong>nte estagiária em confronto comas <strong>da</strong> educadora cooperante e que, por vezes, não coincidem, uma vez que duas pessoas,apesar de presentes num mesmo espaço, não observam nem experienciam momentos deforma igual. Apesar disto, há uma concordância no que se refere à evolução do grupoaos níveis do bem-estar emocional e <strong>da</strong> implicação o que evidencia uma crescentea<strong>da</strong>ptação do grupo ao contexto educativo.Avaliação <strong>da</strong>s Metas de AprendizagemA avaliação <strong>da</strong>s metas de aprendizagem cinge-se a uma única avaliação no finaldo período de estágio pe<strong>da</strong>gógico, uma vez que só se pode verificar se determina<strong>da</strong>smetas foram atingi<strong>da</strong>s a partir do conhecimento que se tem <strong>da</strong>s crianças e do produtodos trabalhos <strong>da</strong>s mesmas. Portanto, uma avaliação-diagnóstico <strong>da</strong>s metas, em termospráticos, e tendo em conta o período de estágio, não seria plausível de se cumprirquando, à parti<strong>da</strong>, não se conhece o grupo, as suas capaci<strong>da</strong>des e as suas limitaçõesrelativamente a to<strong>da</strong>s as áreas de conteúdo abrangentes. Nesta mesma ideia, sugere-se aavaliação <strong>da</strong>s crianças, segundo as metas de aprendizagem estipula<strong>da</strong>s, no final deperíodos de tempo mais longos, por exemplo, no final de ca<strong>da</strong> período letivo, de formaa recolher <strong>da</strong>dos suficientes e proceder a uma análise mais rigorosa <strong>da</strong>s competências deca<strong>da</strong> criança. Ain<strong>da</strong> assim, propõe-se apresentar uma visão geral <strong>da</strong> avaliação <strong>da</strong>s metasa partir <strong>da</strong>s informações adquiri<strong>da</strong>s ao longo do período de estágio, correspondente, no


81 RELATÓRIO DE ESTÁGIOtotal, a 100 horas de intervenção, e atendendo a que as classificações apresenta<strong>da</strong>sforam pondera<strong>da</strong>s de forma geral e não devem, por isso, ser considera<strong>da</strong>s comoavaliações rigorosas que correspondem, na íntegra, à reali<strong>da</strong>de, mas sim, uma visãoaproxima<strong>da</strong> <strong>da</strong> mesma consoante as perspetivas <strong>da</strong> estu<strong>da</strong>nte estagiária. Considerando aavaliação enquanto “acto de empatia”, convém ter em mente que a mesma é feita tendoem conta todo um conjunto de significados percecionados pelo sujeito que está a avaliar(Portugal & Laevers, 2010, p. 30). Neste sentido, apesar de representa<strong>da</strong>quantitativamente, por uma questão de economia de palavras, a avaliação é claramentequalitativa e depende de uma diversi<strong>da</strong>de de fatores, de entre os quais o próprioavaliador, a relação que estabelece com as crianças e o conhecimento que adquire <strong>da</strong>smesmas e aquilo que considera ser relevante no processo de avaliação. Encontra-se,deste modo, perante uma avaliação qualitativa e, portanto, subjetiva que se apresentasempre como uma redução <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de (Portugal & Laevers, 2010).“As Metas de Aprendizagem constituem (…) instrumentos de apoio à gestão docurrículo, e são disponibiliza<strong>da</strong>s para serem utiliza<strong>da</strong>s voluntária e livremente pelosprofessores [e educadores] no seu trabalho quotidiano”. Tendo por base este princípio econsiderando que o projeto que envolve a elaboração <strong>da</strong>s metas de aprendizagemencontra-se em desenvolvimento até 2013, segundo o ME (2010), ain<strong>da</strong> não seencontram disponibilizados exemplos de avaliações coerentes com as metas estipula<strong>da</strong>s.Deste modo, optou-se por proceder à avaliação <strong>da</strong>s metas de aprendizagem para aeducação pré-escolar utilizando cinco níveis, à semelhança dos utilizados na avaliaçãodo bem-estar emocional e <strong>da</strong> implicação, o 1, o 2, o 3, o 4 e o 5, correspondentes aosníveis muito baixo, baixo, médio, alto e muito alto, respetivamente, atendendo aosindicadores definidos para ca<strong>da</strong> nível, consoante apresentado na tabela em anexo (verAnexo E) e no respetivo exemplo ilustrado.


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 82Reduzir a experiência <strong>da</strong> criança a um número é reduzir a reali<strong>da</strong>de, como refereGabriela Portugal (2010). “O extremamente rico sentido <strong>da</strong> experiencia <strong>da</strong> outra pessoa,percebido através de uma atenta observação, é agora interpretado e reduzido a umnumero que se situa entre 1 e 5. Este continuum é a expressão quantitativa de umsignificado qualitativo” (Portugal & Laevers, 2010, p. 31). Deste modo, optou-se pornão utilizar o 0 (zero) em representação numérica do nível mais baixo, mesmo que estecorrespon<strong>da</strong> à não abrangência de nenhuma meta. Considerar o nível mais baixo comosendo 0 (zero) é assumir que uma criança não é capaz de atingir qualquer meta e,portanto, é reduzir, alegoricamente, as suas competências a na<strong>da</strong>, uma vez que o nívelzero é demasiado direto e explícito e traz consigo uma conotação demasiado negativa.Existem muitas outras situações e comportamentos que, por vezes, o educadornão consegue apurar logo à parti<strong>da</strong>. Tal como citado num ponto anterior, para oeducador conhecer a criança é necessário “uma observação contínua e supõe anecessi<strong>da</strong>de de referências tais como, produtos <strong>da</strong>s crianças e diferentes formas deregisto” e é a partir de tais observações e referências que se pode fun<strong>da</strong>mentar aavaliação que se faz <strong>da</strong> criança (ME, 1997, p.25).Como forma de concluir a ideia anterior, o nível 1 corresponde ao nível maisbaixo porque nem todos os contextos são observados pela pessoa que avalia um grandegrupo de crianças e pelo facto de uma criança não atingir determina<strong>da</strong> meta numaqualquer ativi<strong>da</strong>de, livre ou planea<strong>da</strong>, não significa que não possui competências paratal. Há que considerar que existe uma série de fatores internos e externos que podeminfluenciar o seu desempenho no momento em que está a ser observa<strong>da</strong>,designa<strong>da</strong>mente a motivação intrínseca e os estímulos que o ambiente oferece,respetivamente.


83 RELATÓRIO DE ESTÁGIOUm outro aspeto a salientar é que a avaliação <strong>da</strong>s metas de aprendizagem dogrupo geral baseou-se no procedimento apresentado junto com o exemplo em anexo(Anexo E), ain<strong>da</strong> assim, não seguiu um processo avaliativo rigoroso em todos osdomínios apresentados. O que está apresentado no Anexo E. é apenas umaesquematização <strong>da</strong> ponderação efetua<strong>da</strong> para se proceder à classificação <strong>da</strong>s metas comos seus respetivos níveis.Segundo o documento <strong>da</strong> organização do estágio na componente de educação deinfância (Anexo C) está patenteado que o estu<strong>da</strong>nte estagiário deverá intervir nadimensão <strong>da</strong> avaliação perspetivando a sua prática pe<strong>da</strong>gógica e do impacto que estateve no grupo de crianças, em geral, e numa criança em particular. Daí que a avaliaçãodo grupo deverá ser pondera<strong>da</strong> e analisa<strong>da</strong> no sentido lato.Quanto à avaliação <strong>da</strong> criança em particular, de nome fictício Paula, pode-seconsiderar que a apreciação feita é mais precisa, uma vez que a Paula foi alvo de umaobservação mais rigorosa, em comparação com as restantes crianças do grupo. Apesardos resultados numéricos apresentados nas tabelas de avaliação <strong>da</strong>s metas deaprendizagem apontarem para um nível geral baixo, o impacto do seu progresso énotado quando comparados os resultados <strong>da</strong>s tabelas de avaliação de bem-estar e deimplicação, diagnóstico e final.“A avaliação do processo permite reconhecer a pertinência e sentido <strong>da</strong>soportuni<strong>da</strong>des educativas proporciona<strong>da</strong>s, saber se estas estimularam odesenvolvimento de to<strong>da</strong>s e ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s crianças e alargaram os seus interesses,curiosi<strong>da</strong>de e desejo de aprender” (ME, 1997, p. 93).


Níveis de AvaliaçãoRELATÓRIO DE ESTÁGIO 84Tabela 9. Avaliação <strong>da</strong>s Metas de Aprendizagem em Formação Pessoal e Social e Conhecimento do MundoFormação Pessoal e SocialÁREAS DE CONTEÚDOConhecimento do MundoNomesDomíniosConvivência Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de/Conhecimento do DinamismoIdenti<strong>da</strong>de/ Independência/ CooperaçãoLocalização noDemocrática/ Respeito pelaAmbiente Natural e <strong>da</strong>s Inter-relaçõesAutoestima AutonomiaEspaço e no TempoCi<strong>da</strong><strong>da</strong>niaDiferençaSocialNatural SocialAbílio 3 2 3 3 N/O 3 3 N/OAfonso 3 2 2 2 N/O 2 2 2Alberto 3 2 3 2 N/O 4 4 2Alexandra 4 2 2 2 N/O 4 4 2Ana 4 3 4 3 N/O 4 4 N/OBeatriz 4 2 2 3 N/O 4 4 N/OBela 3 2 3 3 N/O 2 2 N/OBruna 4 N/O N/O N/O N/O 4 3 N/OCatarina 2 3 3 4 N/O 4 4 N/ODavid 4 2 3 3 N/O 4 3 N/OFabiana 5 4 5 5 N/O 5 5 5Gonçalo 3 3 3 3 N/O 3 4 N/OHugo 5 4 5 4 N/O 5 5 5Joana 5 4 5 4 N/O 4 5 5Liliana 4 3 3 3 N/O 3 3 N/OMafal<strong>da</strong> 5 4 4 3 N/O 4 4 N/OMaria 4 2 1 1 2 4 3 3Niza 4 2 2 3 N/O 2 2 N/OManuel 3 2 1 1 2 4 3 2Paula 4 1 3 3 N/O 3 2 2Ricardo 5 4 5 5 N/O 4 4 N/OLegen<strong>da</strong>:1 – Muito Baixo; 2 – Baixo; 3 – Médio; 4 – Alto; 5 – Muito Alto; N/O – Não observado


Níveis de AvaliaçãoRELATÓRIO DE ESTÁGIO 85Tabela 10. Avaliação <strong>da</strong>s Metas de Aprendizagem em Linguagem Oral e Abor<strong>da</strong>gem à Escrita e MatemáticaÁREAS DE CONTEÚDOLinguagem Oral e Abor<strong>da</strong>gem à EscritaMatemáticaNomesDomíniosConhecimento <strong>da</strong>s Compreensão de DiscursosNúmeros e OperaçõesConvenções Gráficas Orais e Interação VerbalGeometria eMedi<strong>da</strong>sOrganização eTratamento de DadosAbílio N/O 4 N/O N/O 3Afonso 2 3 4 4 5Alberto 3 4 5 N/O 3Alexandra 4 4 5 3 3Ana 4 5 5 4 5Beatriz 3 4 4 N/O 4Bela 3 1 N/O N/O 3Bruna N/O N/O N/O N/O 3Catarina 4 5 4 N/O 4David N/O 4 N/O N/O 3Fabiana 4 5 5 4 4Gonçalo N/O 3 N/O N/O 2Hugo 4 5 5 5 4Joana 4 5 5 5 4Liliana N/O 3 N/O N/O 3Mafal<strong>da</strong> 4 5 4 4 4Maria 4 4 4 4 3Niza 3 1 N/O 1 2Manuel 3 3 N/O 3 3Paula 2 2 N/O 2 3Ricardo 4 5 4 4 4Legen<strong>da</strong>:1 – Muito Baixo; 2 – Baixo; 3 – Médio; 4 – Alto; 5 – Muito Alto; N/O – Não observado


Níveis de AvaliaçãoRELATÓRIO DE ESTÁGIO 86Tabela 11. Avaliação <strong>da</strong>s Metas de Aprendizagem em Expressão Musical e Expressão MotoraNomesApropriação<strong>da</strong>LinguagemElementar <strong>da</strong>MúsicaExpressão MusicalDesenvolvimento <strong>da</strong>Capaci<strong>da</strong>de deExpressão eComunicaçãoDesenvolvimento<strong>da</strong>Criativi<strong>da</strong>deCompreensão<strong>da</strong>s Artes noContextoÁREAS DE CONTEÚDODomíniosDeslocamentose EquilíbrioJogosExpressão MotoraDesenvolvimento <strong>da</strong>Capaci<strong>da</strong>de deExpressão eComunicaçãoDesenvolvimento<strong>da</strong>Criativi<strong>da</strong>deApropriação <strong>da</strong>LinguagemElementar <strong>da</strong>DançaCompreensão <strong>da</strong>s Artesno ContextoAbílio 4 4 3 3 5 4 5 3 4 4Afonso 4 2 4 3 5 3 4 4 4 3Alberto 3 4 3 4 5 4 5 4 4 3Alexandra 4 4 4 3 5 4 5 4 4 3Ana 5 5 4 5 5 5 5 4 4 4Beatriz 4 5 4 3 5 4 5 4 4 3Bela 3 3 2 1 4 3 5 3 3 2Bruna N/O N/O N/O N/O N/O N/O N/O N/O N/O N/OCatarina 5 5 4 3 4 3 5 4 4 2David 3 4 3 3 5 4 5 3 4 3Fabiana 5 5 4 5 5 5 5 4 4 4Gonçalo 3 4 4 3 5 5 5 3 4 3Hugo 5 5 4 4 5 5 5 4 4 3Joana 5 5 4 4 5 5 5 4 4 4Liliana 4 4 3 3 5 5 5 3 4 3Mafal<strong>da</strong> 5 5 4 4 5 5 5 3 4 3Maria 5 4 4 3 5 4 5 4 4 4Niza 3 4 4 1 4 2 4 4 2 2Manuel 4 4 3 3 5 4 5 4 4 3Paula 4 2 3 1 4 3 3 2 3 1Ricardo 4 5 3 4 5 5 5 4 4 4Legen<strong>da</strong>:1 – Muito Baixo; 2 – Baixo; 3 – Médio; 4 – Alto; 5 – Muito Alto; N/O – Não observado


Níveis de AvaliaçãoRELATÓRIO DE ESTÁGIO 87Tabela 12. Avaliação <strong>da</strong>s Metas de Aprendizagem em Expressão Plástica e Expressão DramáticaNomesDesenvolvimento<strong>da</strong>Capaci<strong>da</strong>de deExpressão eComunicaçãoExpressão PlásticaDesenvolvimento<strong>da</strong> Criativi<strong>da</strong>deCompreensão<strong>da</strong>s Artes noContextoÁREAS DE CONTEÚDOApropriação <strong>da</strong>LinguagemElementar <strong>da</strong>sArtesDomíniosDesenvolvimento<strong>da</strong> Capaci<strong>da</strong>de deExpressão eComunicaçãoExpressão DramáticaDesenvolvimento<strong>da</strong> Criativi<strong>da</strong>deCompreensão <strong>da</strong>sArtes no ContextoApropriação <strong>da</strong>LinguagemElementar <strong>da</strong>Exp. DramáticaAbílio N/O 4 3 N/O 4 4 N/O N/OAfonso 2 3 1 N/O 2 2 N/O N/OAlberto 3 4 3 N/O 5 4 N/O N/OAlexandra 4 4 3 4 5 4 N/O N/OAna 3 4 5 4 5 5 5 5Beatriz 3 4 4 N/O 5 4 N/O N/OBela 2 1 2 N/O 2 4 N/O N/OBruna N/O 4 3 N/O 3 4 N/O N/OCatarina 4 4 5 4 5 5 4 5David 3 4 3 N/O 5 4 N/O N/OFabiana 5 4 5 4 5 5 4 5Gonçalo 4 4 3 4 4 4 N/O N/OHugo 5 4 5 4 5 5 N/O 5Joana 4 4 5 4 5 5 4 5Liliana 3 4 3 N/O 4 4 N/O N/OMafal<strong>da</strong> 4 4 4 4 5 5 N/O 3Maria 3 4 3 N/O 5 5 N/O 4Niza 2 2 2 2 3 4 N/O 1Manuel 3 4 3 N/O 4 4 N/O 3Paula 2 2 3 N/O 2 2 N/O 1Ricardo 4 4 4 4 5 4 N/O 3Legen<strong>da</strong>:1 – Muito Baixo; 2 – Baixo; 3 – Médio; 4 – Alto; 5 – Muito Alto; N/O – Não observado


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 88Reflexão Sobre a Intervenção Pe<strong>da</strong>gógicaComo componente imprescindível para o desenvolvimento do processo deformação profissional e pessoal <strong>da</strong> estu<strong>da</strong>nte estagiária, a reflexão sobre a intervençãope<strong>da</strong>gógica na valência pré-escolar é aqui abor<strong>da</strong><strong>da</strong> segundo as perspetivas <strong>da</strong> mesma eem concordância com as perspetivas <strong>da</strong> educadora cooperante sobre alguns aspetosconsiderados relevantes e a ter em conta na planificação e na intervenção pe<strong>da</strong>gógicacom respetivo grupo de crianças. A natureza deste trabalho reflexivo coincide, portanto,com o pensamento de Zabalza (1994) relativamente à perspetiva pessoal que o docenteatribui e encara a sua própria atuação em contexto pe<strong>da</strong>gógico.A temática <strong>da</strong> reflexão que se apresenta opera sobre três dimensões principais: ogrupo de crianças com quem se desenvolveu a prática, a relação com a comuni<strong>da</strong>de e otrabalho com os elementos <strong>da</strong> equipa profissional <strong>da</strong> instituição. Particularmente, aprimeira dimensão referi<strong>da</strong> encontra-se subdividi<strong>da</strong> em diferentes temas sobre os quaiso pensamento reflexivo, decorrido durante to<strong>da</strong> a intervenção pe<strong>da</strong>gógica na valênciapré-escolar, teve maior incidência, e de entre os quais destacam-se a problemática <strong>da</strong>distribuição do grupo pelas diferentes áreas <strong>da</strong> sala; o (in)cumprimento <strong>da</strong>s regras <strong>da</strong>sala: diálogo em grande grupo e conclusão de tarefas e comportamentos <strong>da</strong> criança: omedo do insucesso.Em termos de organização interna <strong>da</strong>s reflexões elabora<strong>da</strong>s, propôs-se seguir, nogeral, as recomen<strong>da</strong>ções de Dewey (1989) relativamente às principais etapas dopensamento reflexivo, designa<strong>da</strong>mente, o surgimento <strong>da</strong> dúvi<strong>da</strong> ou do problema, arespetiva descrição e a procura de informações que o esclareça, apontando direções paraa resolução do mesmo.


89 RELATÓRIO DE ESTÁGIOA Problemática <strong>da</strong> Distribuição do Grupo pelas Diferentes Áreas <strong>da</strong> SalaAs primeiras observações feitas ao grupo de crianças <strong>da</strong> sala <strong>da</strong> Pré-A nosmomentos de brincadeira livre 9 permitiram verificar as opções <strong>da</strong>s criançasrelativamente às áreas <strong>da</strong> sala com que mais se identificavam. Gabriela Portugal (2008),no seu estudo sobre a educação <strong>da</strong>s crianças dos 0 aos 12 anos, refere que o momento debrincadeira livre pode ser um meio de aprendizagem “extremamente poderoso” pois énesta circunstância que se observa a criança totalmente implica<strong>da</strong> na sua ativi<strong>da</strong>de,atuando consoante o seu próprio nível de desenvolvimento e de desafio (p. 51). Aoobservar tal momento, o educador conhece os interesses individuais <strong>da</strong>s crianças e, apartir <strong>da</strong>í, intervém, pe<strong>da</strong>gogicamente, no sentido de proporcionar momentos deaprendizagem que vão ao encontro de tais interesses e que, simultaneamente, colmatemas necessi<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s crianças, com a essencial preocupação de promover odesenvolvimento global e equilibrado <strong>da</strong> criança numa perspetiva de educação para aci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia (Lei n.º 5/97 de 10 de Fevereiro).Verificou-se uma grande preferência do grupo pelas áreas <strong>da</strong> Casinha, <strong>da</strong>Biblioteca e do Computador. Na primeira há uma grande diversi<strong>da</strong>de de materiais,provavelmente mais do que nas outras áreas <strong>da</strong> sala, pelo que poderá ser uma forte razãopara a preferência <strong>da</strong>s crianças pela mesma, uma vez que a varie<strong>da</strong>de de recursosgeralmente apela mais ao interesse <strong>da</strong>s crianças, proporcionando melhoresoportuni<strong>da</strong>des para se envolverem no jogo simbólico. Segundo as OCEPE (1997), esteverifica-se com a recriação de experiências <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> quotidiana e/ou de situaçõesimaginárias e a atribuição de significados múltiplos aos diferentes objetos através dodenominado jogo simbólico.9 Brincadeira livre refere-se ao momento em que as crianças exploram os recursos <strong>da</strong> sala e brincamlivremente sem a intervenção direta do educador.


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 90Reconhece-se que o jogo simbólico é um comportamento intuitivo <strong>da</strong>s criançasque se encontram neste período de desenvolvimento. Segundo Piaget (s.d., citado porSprinthall & Sprinthall 1993), é no estádio pré-operatório (dos 0 aos 6 anos) que ascrianças desenvolvem abruptamente a sua linguagem, deliciando-se a imitar sons e aexperimentar diferentes palavras. Nesta perspetiva, o jogo simbólico encontra-seintimamente ligado ao desenvolvimento <strong>da</strong> linguagem. Enquanto principal intuição <strong>da</strong>criança, a imitação através <strong>da</strong> recriação de experiências imaginárias constituem,precisamente, meios de experimentação <strong>da</strong> linguagem que propiciam condições para acriança se ensinar a si mesma neste âmbito. A grande aderência pela área <strong>da</strong> Casinhapoderá servir-se, portanto, <strong>da</strong> riqueza dos recursos em temos de quanti<strong>da</strong>de e quali<strong>da</strong>dee <strong>da</strong> vontade que as crianças têm em colocar a sua linguagem em prática e dedesempenhar diversos papéis sociais a partir <strong>da</strong> imitação que fazem dos adultos.A constatação anteriormente explana<strong>da</strong>, relativamente à área <strong>da</strong> Casinha comosendo a área de eleição <strong>da</strong>s crianças, constitui uma problemática quando interfere comas regras <strong>da</strong> sala em questão. Pretende-se, em termos de organização, que o grupoexplore as diferentes áreas <strong>da</strong> sala de forma equilibra<strong>da</strong> e como tal a educadora <strong>da</strong> salateria estipulado uma regra que consentia a exploração <strong>da</strong> área <strong>da</strong> Casinha apenas com aautorização do adulto. O problema que aqui surge é que as crianças quase nunca pediamautorização ao adulto e brincavam na Casinha por livre e espontânea vontade, o quegerava algum conflito entre as crianças e a dinâmica <strong>da</strong> organização do espaço e dosmateriais. A principal razão incidente sobre este facto é que quando as crianças sedeslocavam à referi<strong>da</strong> área nem sempre a educadora ou as assistentes operacionaisintervinham. Não tendo, à parti<strong>da</strong>, conhecimento de tal regra também não se interveioneste sentido nos primeiros dias de estágio. Quando se gerava algum conflito aeducadora <strong>da</strong> sala declarava em voz alta que a Casinha estava “fecha<strong>da</strong>” e, portanto, que


91 RELATÓRIO DE ESTÁGIOninguém podia lá ir brincar, contudo havia sempre alguma criança que se deslocava àmesma área ou por não ter ouvido a condição <strong>da</strong> educadora ou porque simplesmente nãoquis “<strong>da</strong>r ouvidos” e optou por satisfazer a sua vontade. A posição intermitente doadulto sobre esta questão contribui, em grande medi<strong>da</strong>, para que a criança efetivamentenão “dê ouvidos”. Uma vez estabeleci<strong>da</strong> a regra, esta só será consistente e váli<strong>da</strong> para acriança se o adulto for persistente e manter uma posição firme sobre a mesma, já que acriança tem tendência a testar o adulto na tentativa de fazer prevalecer a sua vontade.Um outro aspeto a salientar é o consentimento dos adultos entrar em conflito,pois num mesmo momento, um pode consentir a criança a ir brincar na Casinha e outropode não o fazer, tal como sucedeu num determinado momento. A divergência deopiniões não só confunde a criança como também transmite alguma incerteza por partedo adulto e <strong>da</strong>s suas convicções. Para evitar que tal situação se repetisse, optou-se pornão intervir diretamente e questionar a educadora e/ou solicitar que a própria criança ainterrogasse no sentido de <strong>da</strong>r o seu parecer sobre o consentimento, ou não, <strong>da</strong>exploração <strong>da</strong> área <strong>da</strong> Casinha. Ain<strong>da</strong> que pareça uma solução oportuna não se descurao facto de ser a educadora cooperante a ter a palavra final, porém, considera<strong>da</strong>s ascircunstâncias do período de tempo relativo à intervenção pe<strong>da</strong>gógica <strong>da</strong> estu<strong>da</strong>nteestagiária (um mês), não se descura o delineamento de uma possível solução para oproblema. A materialização <strong>da</strong>s regras sobre a permanência <strong>da</strong>s crianças emdetermina<strong>da</strong>s áreas permitiria criar oportuni<strong>da</strong>des para que elas as identificassem e ascolocassem em prática mais facilmente, utilizando, por exemplo, um número limite decolares, imagens, símbolos ou fotografias <strong>da</strong>s próprias crianças para ca<strong>da</strong> área, de modoa que consentissem/desautorizassem a sua exploração. Deste modo, ca<strong>da</strong> criançapoderia interpretar, por si mesma, quando é que era permitido, ou não, brincar em talárea, sem a intervenção constante do adulto, cumprindo, de forma independente, as


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 92regras <strong>da</strong> sala. Há que ressalvar que estas propostas não foram introduzi<strong>da</strong>s uma vez queo problema foi constatado já numa fase final de estágio e havia outras preocupaçõesrelativamente ao término de alguns projetos que, obrigatoriamente, teriam de serdesenvolvidos durante este período, nomea<strong>da</strong>mente o desenvolvimento de ativi<strong>da</strong>desque envolveram o meio, as famílias <strong>da</strong>s crianças e a equipa pe<strong>da</strong>gógica <strong>da</strong> instituição,para além <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des sobre a temática do Outono que estavam previstas a seremdesenvolvi<strong>da</strong>s em conformi<strong>da</strong>de com as restantes salas de educação pré-escolar <strong>da</strong>EB1/PE <strong>da</strong> Pena. Apesar disto, saliente-se que esta será uma preocupação inicial a ter naativi<strong>da</strong>de profissional futura.O (In)Cumprimento <strong>da</strong>s Regras <strong>da</strong> Sala: o Diálogo em Grande Grupo e aConclusão de TarefasAo ponderar sobre as intervenções anteriores à uni<strong>da</strong>de curricular de Relatório eEstágio, verifica-se uma discrepância relativamente ao controle que se tem sobre umdeterminado grupo. Um grupo de crianças que já tenha assimilado as regras e as rotinas<strong>da</strong> sala, em particular, e/ou <strong>da</strong> instituição, no geral, constitui uma via facilitadora para ainserção do estagiário naquele contexto e a sua emancipação nesse âmbito. Adverte-seque não se considera o mencionado como um princípio integral e aplicável a todos oscontextos, uma vez que ca<strong>da</strong> grupo, ca<strong>da</strong> sala, ca<strong>da</strong> instituição e ca<strong>da</strong> meio possuemcaracterísticas próprias que podem influenciar o desempenho do estagiário. Apenas sefocou tal situação por esta ter sido uma dificul<strong>da</strong>de reconheci<strong>da</strong> durante a intervençãope<strong>da</strong>gógica e pelo facto de se mencionar a problemática do cumprimento <strong>da</strong>s regras <strong>da</strong>sala pelas crianças, uma vez que o profissional em educação apresenta-se comomediador <strong>da</strong> aquisição deste tipo de competências por parte do grupo.


93 RELATÓRIO DE ESTÁGIOAtendendo às premissas supramenciona<strong>da</strong>s as principais lacunas constata<strong>da</strong>s nadinâmica pe<strong>da</strong>gógica foram a eficácia do diálogo em grande grupo e a conclusão <strong>da</strong>starefas inicia<strong>da</strong>s pelas crianças.Ao longo de to<strong>da</strong> a intervenção pe<strong>da</strong>gógica desenvolveram-se ativi<strong>da</strong>des cujoteor se circunscreveu em torno <strong>da</strong>s temáticas relativas ao Outono, tais como asmu<strong>da</strong>nças meteorológicas e as mu<strong>da</strong>nças do vestuário <strong>da</strong>s pessoas, a que<strong>da</strong> <strong>da</strong>s folhas<strong>da</strong>s árvores, os frutos característicos <strong>da</strong> época, o Pão por Deus, entre outras jámenciona<strong>da</strong>s num ponto anterior. No decorrer de tais ativi<strong>da</strong>des, procurou-se ter sempreem consideração a contextualização <strong>da</strong>s mesmas, através do diálogo, sobre o tema a serexplorado, atendendo a que as crianças interviessem e partilhassem os seusconhecimentos relativos ao mesmo. Tal fun<strong>da</strong>menta-se com as perspetivas de LilianKatz (2003) que afirma que as crianças pequenas adquirem competências ao nível <strong>da</strong>comunicação através do diálogo e que, ao conversar entre si e com o adulto, ocorre umainteração significativa na medi<strong>da</strong> em que ca<strong>da</strong> participante contribui para a sequência deideias dos outros participantes e, a partir desta troca de ideias, ca<strong>da</strong> elemento contribuipara a construção do conhecimento.Durante a intervenção pe<strong>da</strong>gógica, os momentos de diálogo foram realizados emgrande grupo, pelo que, naturalmente, houve uma participação de determina<strong>da</strong>scrianças, mais do que de outras e, geralmente, não apresentavam um nível deatenção/concentração que permitisse explorar o tema como inicialmente tinha-seprevisto. Por ser um grupo heterogéneo, designa<strong>da</strong>mente ao nível <strong>da</strong>s i<strong>da</strong>des, notou-seque as crianças mais “velhas” apresentam maior aptidão para permanecer no tapete efocar a sua atenção na educadora estagiária, estabelecendo um diálogo mútuo, do que ascrianças mais “pequenas”, pelo que, na maioria <strong>da</strong>s ocasiões, aquilo que se pretendiaque as crianças tomassem conhecimento e interesse sobre um determinado assunto não


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 94ocorria. Após confrontação <strong>da</strong> situação com a educadora cooperante e alguma pesquisabibliográfica a fim de a remeter para uma metodologia eficaz nestes contextos,verificou-se a importância de se formar pequenos grupos durante os momentos dediálogo. Lilian Katz (2003) aponta para tal perspetiva de modo a que se estabeleça umacomunicação mais eficaz entre os elementos de um mesmo grupo sem que surjademasia<strong>da</strong>s interrupções aquando do comportamento <strong>da</strong>s crianças neste momento.Parece, deste modo, ser mais conveniente organizar tais grupos consoante as i<strong>da</strong>des dosrespetivos elementos, uma vez que, à parti<strong>da</strong>, apresentam um nível de linguagem maisaproximado.A estratégia anteriormente explana<strong>da</strong> revelou ser mais eficaz do que a abor<strong>da</strong><strong>da</strong>numa primeira fase de intervenção pe<strong>da</strong>gógica. Atendendo ao tempo curriculardiminuto, devido às ativi<strong>da</strong>des extra curriculares disponibiliza<strong>da</strong>s pela instituição àssalas <strong>da</strong> pré e do 1.º ciclo, optou-se por organizar as crianças em grupos distintos edesenvolver as ativi<strong>da</strong>des planea<strong>da</strong>s antes de se proceder à contextualização <strong>da</strong> mesma.À medi<strong>da</strong> que se acompanhava ca<strong>da</strong> grupo, em conjunto com os restantes adultospresentes na sala, procedia-se, então, à contextualização <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de mantendo odiálogo com o grupo a fim de verificar os seus conhecimentos e curiosi<strong>da</strong>des sobre otema.Um outro aspeto a relevar relativamente aos obstáculos deparados aquando dodesenvolvimento <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des foi a mu<strong>da</strong>nça repentina <strong>da</strong>s atitudes de algumas <strong>da</strong>scrianças na iniciação e conclusão de pequenas ativi<strong>da</strong>des. Quando iniciavam umadetermina<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de demonstravam grande motivação para tal, mas após pouco tempojá não queriam <strong>da</strong>r continui<strong>da</strong>de à mesma. Pensa-se que uma <strong>da</strong>s principais razõesprende-se com o facto de observarem algumas crianças a brincar livremente pelas árease quererem acompanhá-las, mesmo quando de início tiveram a oportuni<strong>da</strong>de de optar


95 RELATÓRIO DE ESTÁGIOpor aquilo que queriam fazer. Tomando como exemplo o ocorrido com uma criança quese mostrou relutante em terminar o seu trabalho e a educadora <strong>da</strong> sala interveiosolicitando que a mesma o terminasse, resultando no desconforto <strong>da</strong> criançamanifestado pelo choro, surge uma ambigui<strong>da</strong>de de conceções. Deve-se exigir que acriança termine o trabalho, mesmo indo contra os seus interesses, naquele momento, emque se recusa a concluir o mesmo e manifesta comportamentos de mal-estar emocional?Ou deixá-la abdicar <strong>da</strong> sua tarefa e ir brincar com os colegas, instigando a ideia de queos compromissos poderão ser adiados e trocados por momentos de lazer?Provavelmente este comportamento surge devido à diversi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> oferta educativa aolongo <strong>da</strong> semana, para além <strong>da</strong> que é proporciona<strong>da</strong> pela educadora <strong>da</strong> sala e em que ascrianças sentem a necessi<strong>da</strong>de de ocupar o seu pouco tempo livre com brincadeiras aseu gosto. Uma outra possibili<strong>da</strong>de será o facto de as crianças não terem interiorizado,ain<strong>da</strong>, as regras <strong>da</strong> sala, no que diz respeito à mu<strong>da</strong>nça de ativi<strong>da</strong>des/tarefas com oconsentimento do adulto. A opção recorri<strong>da</strong> para esta situação foi dialogar com ascrianças, em pequenos grupos, sobre quais os comportamentos a ter neste tipo desituação, levando-as a compreender que quando escolhem fazer algo deverão terminarantes de partir para outra ativi<strong>da</strong>de. Em casos pontuais de transição de momentos do diae com o consentimento do adulto poderão guar<strong>da</strong>r os seus trabalhos, comprometendo-sea terminá-los noutro momento. To<strong>da</strong>via há que considerar que a compenetração destetipo de atitudes/comportamentos concretizar-se-á com o devido tempo e ritmos própriosde ca<strong>da</strong> criança, à medi<strong>da</strong> que se familiarizam com as regras <strong>da</strong> sala.Comportamentos <strong>da</strong> Criança: o Medo do InsucessoDa<strong>da</strong> uma situação pontual de uma criança que, no seu dia-a-dia, demonstrava sinaisde bem-estar emocional e mantinha uma boa relação com os colegas e com os adultos,


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 96sente-se a necessi<strong>da</strong>de de refletir sobre o seu comportamento face a situações queintimavam a sua participação em determinados jogos de movimento e que exigiam ocumprimento de regras específicas.Logo nos primeiros momentos de intervenção pe<strong>da</strong>gógica em contexto de estágio nasala <strong>da</strong> Pré-A constatou-se que a criança acima referencia<strong>da</strong> é extroverti<strong>da</strong>, possui muitoboas competências na área <strong>da</strong> expressão e comunicação oral, considerando a sua i<strong>da</strong>de(3 anos), e colabora com a educadora incentivando os próprios colegas naexecução/participação em determina<strong>da</strong>s tarefas/ativi<strong>da</strong>des. Em suma, trata-se de umacriança que se destaca pela positiva no que concerne aos seus comportamentos e às suasatitudes. O problema que se destaca, com grande evidência, é o facto de, numa faseinicial, se recusar a participar <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des de expressão físico-motora e de expressãomusical. Em conversa com a educadora <strong>da</strong> sala e com a própria criança, verificou-se queesta situação sucedia porque a criança demonstrava relutância em participar <strong>da</strong>sativi<strong>da</strong>des orienta<strong>da</strong>s por docentes do sexo masculino. Segundo a mesma, não queriaparticipar porque “o professor fala muito alto e usa aquele apito” (referindo-se aodocente coordenador <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des físico-motoras). Porém, o docente de educaçãomusical fala num tom de voz ligeiramente mais baixo do que o de educação física e nãoutiliza o apito e a criança mantém o mesmo tipo de comportamento, recusa-se aparticipar e choraminga na antecipação <strong>da</strong>quelas ativi<strong>da</strong>des extracurriculares. Salientese,ain<strong>da</strong>, que o docente de expressão físico-motora mantém uma relação muito próximae amigável com as crianças e quando se desloca à sala <strong>da</strong> Pré-A é sempre afagado pelascrianças e a sua presença não parece incomo<strong>da</strong>r a criança em questão, apenas quandoesta tem conhecimento que irá ter uma ativi<strong>da</strong>de de expressão físico-motora, neste caso.A explicação para o facto constatado, inicialmente, pareceu ser clara, a criançasente-se perturba<strong>da</strong> quando incluí<strong>da</strong> em ativi<strong>da</strong>des orienta<strong>da</strong>s por docentes do sexo


97 RELATÓRIO DE ESTÁGIOmasculino. A averiguação <strong>da</strong> educadora cooperante e a afirmação <strong>da</strong> própria criançaparecem coincidir. Pensa-se que o falar muito alto, parece estar associado, nãopropriamente ao tom de voz que o docente utiliza, mas à figura masculina e às suascaracterísticas que, geralmente, se encontram associa<strong>da</strong>s à autori<strong>da</strong>de e à robustez físicae psíquica, o que poderá provocar algum receio por parte <strong>da</strong> criança. To<strong>da</strong>via,constataram-se duas situações que envolviam jogos de movimento de teor mais oumenos competitivo no contexto de sala e com a orientação quer <strong>da</strong> educadoracooperante, quer <strong>da</strong> estu<strong>da</strong>nte estagiária, em que a criança demonstrou o mesmocomportamento supramencionado, ou seja, começou a chorar e a dizer que não queriaparticipar. Em ambas as situações a criança começa, inicialmente, por se envolver naativi<strong>da</strong>de e, em breves momentos, mesmo sem qualquer interferência menos positivapor parte dos colegas, demonstra-se angustia<strong>da</strong> referindo que não quer participar <strong>da</strong>ativi<strong>da</strong>de. Neste caso já não diz respeito somente ao facto de li<strong>da</strong>r com adultos do sexomasculino, uma vez que os adultos presentes na sala, durante estes momentos, são todosdo sexo feminino e extremamente afáveis com a criança e com o grupo em geral.Deu-se particular atenção a esta criança durante alguns momentos de intervençãope<strong>da</strong>gógica no sentido de compreender o porquê deste comportamento e, pelasaveriguações efetua<strong>da</strong>s, a razão mais próxima que o justifique parece ser o medo que acriança tem de não ser bem-sucedi<strong>da</strong>, particularmente, neste tipo de ativi<strong>da</strong>des, uma vezque se constatou que a mãe <strong>da</strong> criança é professora de educação física e, provavelmente,a criança sente-se intrinsecamente pressiona<strong>da</strong> para ser bem-sucedi<strong>da</strong> nestas ativi<strong>da</strong>des.No relatório nacional, uma vez mencionado, Gabriela Portugal (2008) assume queas causas a que as crianças atribuem o seu sucesso ou o seu fracasso podem ser internasou externas, explicando que se a criança sente que a quali<strong>da</strong>de do seu desempenhodepende de si mesma e do esforço que dispõe em determina<strong>da</strong> tarefa, numa situação de


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 98fracasso, presumivelmente responderá de maneira mais positiva numa próxima tarefa, sepelo contrário, sente que o seu desempenho é condicionado por fatores externos, isto é,que não dependem de si, responderá de forma mais negativa perante o fracasso e“desistirão facilmente assumindo que, por muito que tentem, não serão capazes de serbem-sucedi<strong>da</strong>s” (p. 15). Portugal (2008) interpreta este circuito afirmando que umabaixa autoestima pode resultar numa baixa motivação e, por sua vez, num esforçoreduzido que resulta num desempenho pobre. Considerando a perspetiva inversa <strong>da</strong>situação, ou seja, uma criança que possui uma autoestima eleva<strong>da</strong>, presumivelmente,terá uma motivação também eleva<strong>da</strong> o que, por sua vez, conduzirá a um esforçoacrescido, resultando num desempenho rico no que concerne à sua intervenção emdetermina<strong>da</strong>s tarefas/ativi<strong>da</strong>des.Provavelmente a criança utiliza o facto de os professores serem do sexo masculinocomo pretexto para não se envolver em ativi<strong>da</strong>des de movimento <strong>da</strong><strong>da</strong> a suainsegurança perante as mesmas. Como as ativi<strong>da</strong>des de expressão musical envolvemmuito o movimento corporal, para a criança pode parecer-lhe estar perante umaativi<strong>da</strong>de de expressão físico-motora, o que faz aumentar a sua insegurança e reduzir asua autoestima, recusando-se a participar deste tipo de ativi<strong>da</strong>des. Seguindo a linha depensamento de Portugal (2008), o facto de a mãe <strong>da</strong> criança ser professora de educaçãofísica poderá ser considerado um fator externo que afeta o seu desempenho, isto é, umfator que não depende de si e que faz com que desista facilmente deste tipo deativi<strong>da</strong>des por sentir que não será bem-sucedi<strong>da</strong>.Uma estratégia adota<strong>da</strong> para resolver este problema foi acompanhar, sempre quepossível, esta criança nestas ativi<strong>da</strong>des, mantendo o contato físico e a afetivi<strong>da</strong>denecessária para garantir a sua estabili<strong>da</strong>de emocional de forma a querer envolver-se nasativi<strong>da</strong>des extracurriculares de educação físico-motora e de expressão musical, bem


99 RELATÓRIO DE ESTÁGIOcomo nos jogos de movimentos realizados na sala. Deste modo, a estu<strong>da</strong>nte estagiáriaempenhou-se na sua intervenção pe<strong>da</strong>gógica no sentido de contribuir na elevação <strong>da</strong>autoestima <strong>da</strong>s crianças, especialmente <strong>da</strong>quelas que demonstram evidências de umaautoestima baixa 10 . Como tal, propôs-se colocar desafios que exigissem“responsabili<strong>da</strong>des razoáveis” por parte <strong>da</strong>s crianças, proporcionando-lhes tarefasacessíveis e exequíveis junto com outras crianças com quem possam competir eestabelecendo regras adequa<strong>da</strong>s às suas capaci<strong>da</strong>des que lhes permitam assumir ocontrolo sobre as mesmas. Promoveu-se, ain<strong>da</strong>, momentos de negociação entre adulto ecriança de modo a impulsionar a sua segurança emocional e, consequentemente, a suaautoestima, elogiando-a nos pequenos sucessos e não lhe pressionando para que sejasempre bem-sucedi<strong>da</strong> (Portugal, 2008, p. 16 & Brazelton, 2002).Intervenção com a comuni<strong>da</strong>deUma vez ciente <strong>da</strong> relevância <strong>da</strong> intervenção <strong>da</strong>s instituições educativas com acomuni<strong>da</strong>de, sendo esta uma dimensão patente no Decreto-Lei nº 240/2001, de 30 deAgosto de 2001 que aprova o perfil geral do desempenho docente, já focado numa parteinicial do relatório e tendo em conta a dimensão correspondente à relação com acomuni<strong>da</strong>de que é pedi<strong>da</strong> no regulamento referente à organização do estágio nacomponente de educação de infância (Anexo C), propôs-se desenvolver um conjunto deativi<strong>da</strong>des/projetos que envolvessem as famílias <strong>da</strong>s crianças <strong>da</strong> sala <strong>da</strong> Pré-A, oestabelecimento educativo e respetivos elementos, com colegas do mesmo núcleo deestágio ou que estejam colocados em estabelecimentos mais próximos e, ain<strong>da</strong>, o meioenvolvente.10 A autoestima pode ser avalia<strong>da</strong> através <strong>da</strong>s metas de aprendizagem defini<strong>da</strong>s para a área de conteúdo deformação pessoal e social presente nas tabelas de planificação no domínio designado porIdenti<strong>da</strong>de/Autoestima, ou de uma forma mais pormenoriza<strong>da</strong> a partir <strong>da</strong> avaliação do bem-estaremocional e <strong>da</strong> implicação <strong>da</strong> criança (ver Tabela 8. e Tabela 9.)


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 100É importante a salientar que, apesar de haver a possibili<strong>da</strong>de de se desenvolverum projeto comum com as colegas de estágio tal não se sucedeu em contexto préescolar.A principal razão para tal foi a localização <strong>da</strong> instituição educativa nãocoincidir com a de outras colegas de estágio. O critério de proximi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s instituiçõeseducativas é determinante para comunhão de interesses e é mais vantajoso em termos deeventuais deslocações. Outras razões envolveram a reunião por conveniência deafini<strong>da</strong>des, um fator também relevante a qualquer prática profissional mas cujo teorpermanece aquém do controle pessoal.Coloca<strong>da</strong> a possibili<strong>da</strong>de de se desenvolver tais projetos individualmente, eperante as razões supramenciona<strong>da</strong>s, optou-se por concretizá-los seguindo o mesmoprocesso.Para melhor compreender todo o procedimento decorrente <strong>da</strong> intervençãope<strong>da</strong>gógica com a comuni<strong>da</strong>de educativa, e como instrumento de orientação de todo oprocedimento relativa à mesma, elaborou-se um plano de ação de intervenção com acomuni<strong>da</strong>de que consubstancia a sua implementação. Este enquadra-se numa tabeladividi<strong>da</strong>, horizontalmente, em três linhas e, verticalmente, em sete colunas. Ca<strong>da</strong> uma<strong>da</strong>s linhas corresponde ao plano de ação de ca<strong>da</strong> interveniente, ou seja, a família, aequipa e o meio, por sua vez, em ca<strong>da</strong> coluna estão descritas as ativi<strong>da</strong>des realiza<strong>da</strong>s, osobjetivos de ca<strong>da</strong> uma delas, os recursos humanos e materiais necessários aodesenvolvimento <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des, a descrição <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des, a calen<strong>da</strong>rização <strong>da</strong>smesmas e as respetivas avaliações. Esta última diz respeito ao modo como as ativi<strong>da</strong>desdecorreram. Tal como é necessária a observação e avaliação <strong>da</strong>s crianças para oeducador, progressivamente, adequar a sua intervenção pe<strong>da</strong>gógica em função <strong>da</strong>snecessi<strong>da</strong>des do grupo (Decreto-Lei n.º 240/2001, de 30 de Agosto, 2001 & ME, 1997)é, também, necessária a observação de indicadores que servirão de base para a avaliação


101 RELATÓRIO DE ESTÁGIO<strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des/projetos relacionados com a comuni<strong>da</strong>de, mesmo que estas não envolvamas crianças de forma direta, há que considerar que esta dimensão é, também, critério deavaliação do desempenho profissional docente, tal como anuído no ponto 1 do art. 4.ºdo Decreto Regulamentar n.º 2 de 23 de Junho de 2010, relativamente às dimensões edomínios <strong>da</strong> avaliação.


Tabela 13. – Plano de Ação de Intervenção com a Comuni<strong>da</strong>deIntervenientes FamíliaAtivi<strong>da</strong>des Confeçãode um boloObjetivos gerais eespecíficos Promover a interaçãoentre os pais e ascrianças no espaçoeducativo; Motivar as crianças eaumentar o seu nível deimplicação nasativi<strong>da</strong>des que envolvema família na sala.Recursos humanos emateriais Educadora estagiária; Educadora cooperante; Assistentesoperacionais; Encarregados deeducação; Tabela de ingredientes Convite aos pais 3 cópias <strong>da</strong> receita 1 cartaz com a receitailustra<strong>da</strong> Ingredientes para obolo: 3 cenouras; óleo;açúcar; farinha; 2 pacotesde coco; nozes;1 pacotede natas; 9 ovos; 2 latasde ananás; canela em pó;mel; bicarbonato desódio 2 Formas redon<strong>da</strong>s; FornoAtivi<strong>da</strong>des /ação Elaborar e afixar no placar <strong>da</strong> sala umatabela com os ingredientes necessáriospara o “Bolo de Cenoura Rico”; Informar aos pais e solicitar a suacolaboração na obtenção dos ingredientes; Registar na tabela os ingredientes queca<strong>da</strong> encarregado de educação irá trazer; Elaborar e afixar no placar <strong>da</strong> sala umconvite para os pais participarem naconfeção do bolo; Elaborar e colocar cópias <strong>da</strong> receita emcima <strong>da</strong>s mesas <strong>da</strong> sala; Elaborar e colocar no placar <strong>da</strong> salauma receita ilustra<strong>da</strong> para as crianças; Dividir os passos <strong>da</strong> receita e solicitar aparticipação de ca<strong>da</strong> encarregado deeducação na elaboração de ca<strong>da</strong> passo,juntamente com os seus educandos. Partilhar um dos bolos com os pais àmedi<strong>da</strong> que regressam à escola para buscaros filhos.RELATÓRIO DE ESTÁGIO 102Calendário 17 a 24 deOutubro 25 a 27 deOutubro 27 deOutubroIndicadores deavaliação <strong>da</strong>sativi<strong>da</strong>des Implicação <strong>da</strong>scrianças naativi<strong>da</strong>de; Capaci<strong>da</strong>de decooperação <strong>da</strong>scrianças; Comportamento<strong>da</strong>s crianças; Aderência eparticipação dospais; Interação entre ascrianças e osencarregados deeducação Comportamento<strong>da</strong>s crianças napresença dosencarregados deeducação.


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 103 Equipa Sessão de Proporcionar Educadora estagiária; Pesquisar na internet academias de 10 a 14 de Averiguação doQi Gong (Chimomentos de bem-estar e Educadora cooperante;meditação, Yoga, Qi Gong, etc. noOutubrograu de dificul<strong>da</strong>deKung)relaxamento aosprofissionais de ensino; Incutir o gosto pelaprática de exercíciosfísicos e mentaisbenéficos à saúdehumana. Instrutor de Qi Gong; Docentes <strong>da</strong> EB1/PE<strong>da</strong> Pena Computador comacesso à internet; Sala de música; Panfletos; Convites.Funchal Contactar a academia e agen<strong>da</strong>r umasessão de Qi Gong para avaliar a quali<strong>da</strong>dee a pertinência do exercício; Informar e pedir a autorização <strong>da</strong>diretora <strong>da</strong> escola para a realização <strong>da</strong>sessão de Qi Gong no estabelecimento deensino; Convi<strong>da</strong>r o instrutor <strong>da</strong> academia para 14 a 17 deOutubro 17 a 19 deOutubro 19 a 21 de<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de e aadequação, ou não,<strong>da</strong> mesma aosdestinatários; Aderência <strong>da</strong>comuni<strong>da</strong>deeducativainstitucional; Feedback dosrealizar uma sessão de Qi Gong naOutubroparticipantes.EB1/PE <strong>da</strong> Pena com a equipa doestabelecimento de ensino e agen<strong>da</strong>r a <strong>da</strong>tae a hora; Verificar, com a diretora e outros 21 a 24 dedocentes, as salas disponíveis para oOutubroevento; Elaborar panfletos e convites para asessão de Qi Gong e distribuí-los àcomuni<strong>da</strong>de educativa profissional <strong>da</strong>escola; Sessão de Qi Gong 27 deOutubro


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 104 Meio Pão por Compreender o Educadora estagiária; Contactar a diretora do lar “Vale 10 a 21 de Conhecimento <strong>da</strong>sDeus: oconceito por detrás do Educadora cooperante;Formoso”, verificar a sua disponibili<strong>da</strong>de eOutubrocrianças sobre osentido <strong>da</strong>partilha“Pão por Deus” epromover o sentido departilha; Contactar com osmembros <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>deenvolvente; Assistentesoperacionais; Diretora do lar “ValeFormoso” Idosos Contato <strong>da</strong> diretora dolar; Autorizações para osencarregados deeducação; Bolocombinar o dia e a hora <strong>da</strong> visita <strong>da</strong>scrianças à instituição; Elaborar e entregar aos encarregados deeducação as autorizações para a saí<strong>da</strong> <strong>da</strong>scrianças <strong>da</strong> escola; Ensaiar uma canção de Outono para ascrianças cantar no dia <strong>da</strong> visita; Conversar com as crianças sobre oconceito de partilha e informá-las <strong>da</strong> visitaao lar e o seu propósito; Conversar com as crianças sobre oscomportamentos a ter durante as saí<strong>da</strong>s <strong>da</strong> 24 a 27 deOutubro 26 a 28 deOutubro 28 desentido <strong>da</strong> visita aolar; Recetivi<strong>da</strong>de dosidosos e dosprofissionais quetrabalham no lar Comportamento<strong>da</strong>s crianças durantea sua saí<strong>da</strong> aoexterior.escola;Outubro Entregar o bolo e cantar, com ascrianças, a canção ensaia<strong>da</strong>.


105 RELATÓRIO DE ESTÁGIOPerante as ativi<strong>da</strong>des planea<strong>da</strong>s e desenvolvi<strong>da</strong>s nas diferentes dimensõespreconiza<strong>da</strong>s pela organização do estágio na componente de educação de infância,procedeu-se à respetiva avaliação no sentido de detetar as principais falhas e/ou êxitosdecorrentes <strong>da</strong>s mesmas, tendo por base os indicadores de avaliação listados na tabelaacima apresenta<strong>da</strong>.Relativamente à ativi<strong>da</strong>de desenvolvi<strong>da</strong> com as famílias, verificou-se que ascrianças estiveram fortemente implica<strong>da</strong>s na ativi<strong>da</strong>de, à exceção de uma criança queestava constantemente distraí<strong>da</strong> a falar com um familiar e a brincar com o bebé que esteacompanhava. Ao nível <strong>da</strong> cooperação, as crianças compreenderam e aceitaram que osseus colegas contribuíssem com sua parte na confeção do bolo, quer fosse a adicionar osFigura 5. Confeção do Boloingredientes, quer fosse a misturálos,embora se mostrassemansiosas em participar naativi<strong>da</strong>de. Não apresentaramcomportamentoscontraproducentes, porém, ogrande interesse em participarativamente na confeção do bolooriginou o não cumprimento de determina<strong>da</strong>s regras <strong>da</strong> sala, como por exemplo, esperarpela sua vez. Em termos de aderência dos familiares foram nove os encarregados deeducação que compareceram e participaram na confeção do bolo, e outros, apesar denão comparecer, justificaram a sua ausência e demonstraram vontade em participar <strong>da</strong>ativi<strong>da</strong>de. Apenas um pai ficou a observar a ativi<strong>da</strong>de e a registá-la com a máquinafotográfica, uma vez que a mãe <strong>da</strong> respetiva criança estava presente e a participar <strong>da</strong>mesma. Em relação à interação entre encarregados de educação e crianças, estas últimas


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 106demonstraram atitudes de respeito e cooperação perante os encarregados de educaçãopresentes, mesmo os que não lhe eram familiares.Da<strong>da</strong> a natureza <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de que envolveu a equipa, pareceu ser imprescindíveluma averiguação prévia <strong>da</strong> mesma a fim de detetar o seu grau de dificul<strong>da</strong>de e a suaadequação aos intervenientes. Assim, numa primeira fase verificou-se na testagem <strong>da</strong>sessão de Qi Gong que o orientador definiu com clareza os benefícios <strong>da</strong> práticacontínua deste tipo de exercício e que estes são básicos em termos de grau dedificul<strong>da</strong>de e, portanto, adequados a pessoas de qualquer i<strong>da</strong>de e/ou estatura física,embora exija alguma concentração e sereni<strong>da</strong>de mental. Em termos de aderência <strong>da</strong>comuni<strong>da</strong>de educativa, foram cinco os docentes, do sexo feminino, que participaram <strong>da</strong>sessão de Qi Gong. Refere-se, contudo, que os profissionais <strong>da</strong> instituição educativa quenão participaram <strong>da</strong> sessão de Qi Gong justificaram a sua ausência por não teremdisponibili<strong>da</strong>de para participar <strong>da</strong> sessão no horário estabelecido (às 14h00m). To<strong>da</strong>via,releva-se que este horário foi ajustado em conformi<strong>da</strong>de com a disponibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>maioria dos elementos <strong>da</strong> equipa pe<strong>da</strong>gógica. Quando se propôs realizar a sessão emhorário pós-laboral a aderência foi diminuta, pelo que a única solução foi marcar parauma hora em que a maiori<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s pessoas pudesse confirmar a sua comparência.Quanto ao feedback dos participantes, foi muito positivo. Todos os elementos queparticiparam <strong>da</strong> sessão afirmaram ter apreciado a experiência, sendo que dois delesdemonstraram especial agrado, conversando e projetando uma continui<strong>da</strong>de destassessões com o orientador, fora <strong>da</strong> instituição. Uma docente afirmou, ain<strong>da</strong>, que seria“ótimo” se a própria instituição educativa proporcionasse este tipo de ativi<strong>da</strong>dessemanalmente.A ativi<strong>da</strong>de desenvolvi<strong>da</strong> no âmbito <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de previu, antes de mais, <strong>da</strong>r aconhecer às crianças o sentido <strong>da</strong> visita ao lar de idosos. Após tal contextualização,apenas uma criança conseguiu explicar a razão <strong>da</strong> visita e enquadrá-la na temática do


107 RELATÓRIO DE ESTÁGIOPão por Deus, porém a explicação desta criança serviu para que as outras criançascompreendessem e respondessem <strong>da</strong> mesma forma quando confrontados com estaFigura 6. Visita ao Lar de Idososquestão. A recetivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> diretorae dos profissionais que trabalhamno lar foi positiva, embora fossenecessária alguma perseverançapara se poder estabelecer umcontacto com a diretora do lar eagen<strong>da</strong>r o dia <strong>da</strong> visita <strong>da</strong>s crianças,apesar disso, uma vez estabelecido,a diretora disponibilizou-se a criar uma parceria com as outras salas de pré <strong>da</strong> EB1/PE<strong>da</strong> Pena em ocasiões futuras, nomea<strong>da</strong>mente no Natal e no dia de Reis. Quanto aosidosos, estes receberam as crianças com muita emoção e incentivaram-nas para quevoltassem a visitá-los. Analisando o comportamento do grupo durante a sua primeiradeslocação ao espaço exterior ao estabelecimento, verificou-se que as criançascomportaram-se de acordo com as regras discuti<strong>da</strong>s na sala anteriormente à saí<strong>da</strong>, isto é,deram sempre a mão a um colega e/ou a um adulto; deslocaram-se em fila; nãocorreram, estiveram atentos ao espaço rodoviário e comportaram-se adequa<strong>da</strong>menterespeitando o espaço, os idosos e os profissionais que trabalham no lar.Anui-se que a consciencialização <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des e dos projetos queenvolvem a comuni<strong>da</strong>de educativa, e a sua respetiva ponderação, deve ser uma práticacorrente do profissional de educação pois a quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> relação com a comuni<strong>da</strong>dereflete a quali<strong>da</strong>de geral do ambiente educativo.


Parte IIRELATÓRIO DE ESTÁGIO 108


109 RELATÓRIO DE ESTÁGIOEstágio na Valência do 1º Ciclo do Ensino BásicoContexto de EstágioA segun<strong>da</strong> fase do estágio, correspondente ao 1º ciclo do ensino básico, foidesenvolvi<strong>da</strong> na Escola Básica do 1º Ciclo com Pré-Escolar do Galeão em parceria comuma colega do mesmo núcleo de estágio do curso de Educação Pré-Escolar e Ensino do1º Ciclo do Ensino Básico. O referido estágio decorreu no período compreendido entre8 de Novembro a 13 de Dezembro de 2011, especificamente, em três intervençõessemanais (segun<strong>da</strong>s, terças e quartas-feiras) e em regime compartimentado com aintervenção pe<strong>da</strong>gógica <strong>da</strong> colega. Como tal, procurou-se estabelecer uma divisãoequitativa dos respetivos dias de intervenção.O presente relatório de estágio de que é alvo a respetiva intervenção pe<strong>da</strong>gógicacorresponde, na vertente do 1º ciclo do ensino básico, a dois dias de intervenção durantea primeira semana de estágio (8 e 9 de Novembro), posteriormente, a duas semanasconsecutivas de intervenção (de 28 de Novembro a 7 de Dezembro) e a um último dia(13 de Dezembro) correspondente ao período final de estágio.A InstituiçãoA Escola Básica do1ª Ciclo/PE do Galeão está localiza<strong>da</strong> na freguesia de SãoRoque do concelho do Funchal. Pela sua concentração demográfica, com cerca de 9.274habitantes 11 , infraestruturas e serviços, incluindo escolas, igrejas, centros de dia, centrode saúde e um centro cívico, bem como centros de comércio, pode-se dizer que ainstituição está inseri<strong>da</strong> num meio suburbano com características urbanas. De acordo11 Esta informação diz respeito aos resultados dos censos demográficos <strong>da</strong> Região Autónoma <strong>da</strong> <strong>Madeira</strong>em 2001 (INE, 2002, p.1). Saliente-se, contudo, que os resultados preliminares <strong>da</strong> Direção Regional deEstatística <strong>da</strong> <strong>Madeira</strong> (DREM) sobre os censos realizados em 2011 concluem que São Roque foi uma<strong>da</strong>s freguesias que contribuiu para o aumento <strong>da</strong> população do concelho do Funchal em 1,5%.Fonte: http://estatistica.govmadeira.pt/DRE_SRPC/EmFoco/Populacao_Socie<strong>da</strong>de/Demografia/Censos/Emfoco.htm


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 110com o regulamento interno <strong>da</strong> escola (2010), a mesma abarca alunos de diferentes sítios,sendo eles Galeão, Lombo Jamboeiro, Cova, Água de Mel, Santana, Olival e Quinta.O edifício em si possui um total de quatro pisos. O piso -1 está equipado comdois balneários, três instalações sanitárias e duas arreca<strong>da</strong>ções, uma para materialFigura 7. Escola Básica do 1º Ciclo com PrégkigigigiEscolar do Galeãodesportivo e outra para materialde jardinagem. Na parte exteriordo mesmo piso encontram-se umcampo de jogos para ativi<strong>da</strong>desfísicas, um átrio semicoberto ezonas com pequenos jardins. Nopiso 0 encontram-se duasarreca<strong>da</strong>ções, dois balneários,uma sala de apoio, uma sala de música, uma de expressão plástica e uma sala deatendimento aos pais e encarregados de educação. Possui, ain<strong>da</strong>, um átrio coberto e umazona com varan<strong>da</strong>. O piso 1 é constituído por um gabinete de direção e outro deadministração, três instalações sanitárias, três salas de educação pré-escolar, umrefeitório, uma cozinha e uma despensa. Também no exterior do referido piso há umátrio coberto, uma zona com varan<strong>da</strong>, um parque infantil e, também, algumas zonasajardina<strong>da</strong>s. O último piso, correspondente ao piso 2, está equipado com uma instalaçãosanitária, sete salas para o 1º ciclo, uma sala de informática, uma sala de apoio apequenos grupos, uma biblioteca, uma sala de professores e uma arreca<strong>da</strong>ção.Ao nível do funcionamento, a instituição cumpre o regime de escola a tempointeiro decreta<strong>da</strong> pela Portaria n.º 133/98 de 31 de Agosto e reformula<strong>da</strong> pela Portarian.º 110/2002 de 14 de Agosto. O horário de entra<strong>da</strong> na escola é às 8h15m, sendo que aporta abre às 8h00m com a presença de um segurança que permite a entra<strong>da</strong> <strong>da</strong>s


111 RELATÓRIO DE ESTÁGIOcrianças à medi<strong>da</strong> que vão chegando ao estabelecimento, e o horário de saí<strong>da</strong> é às18h15m.As turmas correspondentes aos 1ºs e 2ºs anos de escolari<strong>da</strong>de desenvolvem assuas ativi<strong>da</strong>des curriculares durante o turno <strong>da</strong> manhã e usufruem de ativi<strong>da</strong>des decomplemento curricular durante o período <strong>da</strong> tarde, enquanto as turmas de 3º e 4º anofuncionam no turno <strong>da</strong> tarde e têm ativi<strong>da</strong>des de complemento curricular durante a parte<strong>da</strong> manhã. Porém, no art.º 16º do regulamento interno (2010) está eminente apossibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> troca de turno caso surja vaga no horário pretendido.A instituição dispõe de momentos de apoio pe<strong>da</strong>gógico acrescido às criançascom dificul<strong>da</strong>des na aprendizagem orientado por dois docentes, um para ca<strong>da</strong> turno, eque trabalham em estreita articulação com os docentes titulares. Disponibiliza, também,o apoio especializado, em horário estabelecido pela própria equipa de docentes desteramo, às crianças que foram sujeitas à respetiva observação, a pedido dos docentestitulares.Recursos HumanosSegundo o Regulamento Interno <strong>da</strong> EB1/PE do Galeão elaborado em 2010, ainstituição abrange, aproxima<strong>da</strong>mente, 280 crianças <strong>da</strong>s quais cerca de 200 frequentamo 1º ciclo do ensino básico, distribuídos por um total de 10 turmas. Quanto ao préescolarafere-se um número aproximado de 80 crianças dispostas nas três salas deeducação pré-escolar, constituindo uma média de 25 crianças em ca<strong>da</strong> sala ou turma,distribuídos de forma mais ou menos equitativa entre rapazes e raparigas, tanto navertente pré-escolar como no 1º ciclo, respetivamente.Outros recursos humanos incluem a diretora, o subdiretor, o pessoal docente enão docente. Do corpo docente fazem parte cerca de 30 elementos e do pessoal nãodocente 16, não especificados no regulamento interno <strong>da</strong> escola.


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 112A SalaA sala onde decorrem as ativi<strong>da</strong>des curriculares do 4º 1 está situa<strong>da</strong> no piso 2,em concreto, na segun<strong>da</strong> divisão posiciona<strong>da</strong> no extremo sudoeste do edifício escolar.Esta dispõe de dois quadros deardósia fixados à parede eFigura 8. Sala do 4º 1vários placares na paredeoposta, para fins de afixação detabelas de registo, no caso do 4º1, de presença, decomportamento, de avaliação<strong>da</strong> leitura, de trabalhos de casa,de tarefas semanais e do tempo meteorológico, bem como de calendários anuais e deoutra documentação pertinente. Na parede disposta à direita dos placares encontram-sevários armários e mesas para fins de arreca<strong>da</strong>ção de todo o tipo de materiais utilizadosnas ativi<strong>da</strong>des curriculares, incluindo os manuais escolares.A sala dispõe de uma boa iluminação natural, uma vez que dispõe de quatrojanelas de grandes dimensões assenta<strong>da</strong>s na parede situa<strong>da</strong> no extremo sul do edifício,com a possibili<strong>da</strong>de de regulação luminosa através de estores.Existem, na sala, cerca de 22 mesas e cadeiras, para além <strong>da</strong> secretária dodocente, que variam consoante a necessi<strong>da</strong>de e os recursos disponíveis nas outras salas.Saliente-se que a disposição <strong>da</strong>s mesas é altera<strong>da</strong> consoante as exigências <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>dese <strong>da</strong>s estratégias utiliza<strong>da</strong>s.Situa-se, ain<strong>da</strong>, junto à porta <strong>da</strong> sala, um bengaleiro para a colocação devestuário e no solo encontram-se pequenos contentores para papéis, embalagens evidros, separados e identificados com a devi<strong>da</strong> coloração, azul, amarelo e verde,respetivamente, para além de um contentor geral de resíduos sólidos.


113 RELATÓRIO DE ESTÁGIOFigura 9. Planta <strong>da</strong> Sala do 4º 1A TurmaA turma é constituí<strong>da</strong> por 22 alunos, 10 raparigas e 12 rapazes, com i<strong>da</strong>descompreendi<strong>da</strong>s entre os 8 e os 11 anos, todos eles residentes no concelho do Funchal e amaioria na freguesia de São Roque.Dois alunos encontram-se a repetir o 4º ano de escolari<strong>da</strong>de pela segun<strong>da</strong> vez,sendo que um deles beneficia de apoio especializado por apresentar imensasdificul<strong>da</strong>des na aprendizagem. Outras duas crianças também beneficiam de apoioespecializado, uma <strong>da</strong>s quais pertencente a uma família problemática em termos deconsumo de álcool e de outros estupefacientes que, de forma direta ou indireta afeta orendimento escolar <strong>da</strong> criança. Perfaz, assim, um total de três alunos <strong>da</strong> turma a dotar deensino especial.De acordo com os <strong>da</strong>dos disponibilizados pela professora titular, quatro, dogrupo de alunos, vivem num contexto de família monoparental, um vive com umafamília de acolhimento e outro terá sido adotado. Estes dois últimos apresentamespeciais dificul<strong>da</strong>des ao nível <strong>da</strong> concentração que se refletem num obstáculo à


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 114aprendizagem de conteúdos. Em conversa com a professora cooperante e através <strong>da</strong>própria constatação <strong>da</strong>s estagiárias mediante as suas intervenções pe<strong>da</strong>gógicas, é desalientar que a criança adota<strong>da</strong> apresenta muitas dificul<strong>da</strong>des no relacionamento e baixaautoestima, emocionando-se, através do choro ou <strong>da</strong> agressivi<strong>da</strong>de verbal, sempre que échama<strong>da</strong> à atenção.Para além <strong>da</strong>s últimas duas crianças referi<strong>da</strong>s, outros três alunos beneficiam deApoio Pe<strong>da</strong>gógico Acrescido (APA) por apresentar dificul<strong>da</strong>des em determina<strong>da</strong>s áreascurriculares e por no ano transato terem tido um aproveitamento pouco satisfatório,segundo os relatos <strong>da</strong> professora. São, portanto, cinco crianças que frequentam osmomentos de APA. Ressalva-se, ain<strong>da</strong>, que o APA é orientado por uma docente emregime de substituição que assegura as faltas <strong>da</strong><strong>da</strong>s pelas professoras titulares e,portanto, a frequência do APA depende <strong>da</strong> disponibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> respetiva docente emrelação à situação explicita<strong>da</strong>.Intervenção pe<strong>da</strong>gógicaCom base nos objetivos enunciados pela LBSE (2005) para o 1º CEB e no perfilespecífico do docente do 1º ciclo (Decreto-Lei n.º 241/2001 de 30 de Agosto),particularmente, sobre a conceção e desenvolvimento do currículo, uma vez que, aocontrário do educador de infância, o professor não concebe o próprio currículo mas simdesenvolve o anuído pelo ME (2004) ”mobilizando e integrando os conhecimentoscientíficos <strong>da</strong>s áreas que o fun<strong>da</strong>mentam e as competências necessárias à promoção <strong>da</strong>aprendizagem dos alunos” (Decreto-Lei n.º 241/2001 de 30 de Agosto, p. 5574),consagrou-se a intervenção pe<strong>da</strong>gógica no 1º ciclo, em contexto de estágio, com vista àsatisfação <strong>da</strong>s exigências educativas inseri<strong>da</strong>s no período e no ano de escolari<strong>da</strong>de emquestão e <strong>da</strong>s orientações <strong>da</strong> professora cooperante que está a par <strong>da</strong>s particulari<strong>da</strong>descognitivas dos seus alunos. Neste sentido, coube às estu<strong>da</strong>ntes estagiárias apropriar as


115 RELATÓRIO DE ESTÁGIOrespetivas intervenções pe<strong>da</strong>gógicas através <strong>da</strong> introdução de novos conteúdosprogramáticos e do aprofun<strong>da</strong>mento dos que já haviam sido preconizados pelaprofessora cooperante.Dos vários momentos de intervenção pe<strong>da</strong>gógica pretende-se atribuir especialatenção àqueles que, efetivamente, tiveram maior impacto no processo de aprendizagem<strong>da</strong>s crianças em termos de transformação <strong>da</strong> dinâmica <strong>da</strong>s aulas. Destes, destacam-se otrabalho em projeto e a diferenciação pe<strong>da</strong>gógica. Para além destas novas dinâmicasprocurou-se circunscrever to<strong>da</strong> a intervenção pe<strong>da</strong>gógica em torno do trabalhocooperativo e <strong>da</strong> promoção de circuitos de comunicação e de expressão livre dos alunos,enquanto fatores essenciais ao desenvolvimento mental e à formação social <strong>da</strong>s crianças(Freinet, s.d., citado por Niza, 1998).O trabalho em projeto teve início logo na primeira semana de intervenção, emconformi<strong>da</strong>de com o que teria sido discutido em reunião informal com a professoracooperante, e teve por base os pressupostos teóricos de Sérgio Niza (1998)relativamente ao Movimento <strong>da</strong> Escola Moderna (MEM). Segundo este movimento, otrabalho em projeto é realizado a pares ou em pequeno grupo de três ou quatroelementos, eleitos, livremente, pelos mesmos e poderá decorrer de um dos conteúdosdos programas de Estudo do Meio ou de qualquer outra circunstância que,eventualmente, possa surgir (Niza, 1998).O trabalho em projeto exige tempos próprios para a respetiva organização,desenvolvimento e comunicação. Todos estes tempos requerem, <strong>da</strong> parte do docente, oapoio aos grupos e a orientação dos trabalhos de forma rotativa, garantindo acolmatação <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong>des de todos os grupos de trabalho (Niza, 1998).Partiu-se, então, para a concretização <strong>da</strong> metodologia de projeto per si que, emtraços gerais, concretizou-se segundo três etapas fun<strong>da</strong>mentais sendo elas aidentificação/formulação do problema, a pesquisa/produção e a apresentação/avaliação


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 116final (Leite, Malpique & Santos, 1994). Porém, há que ter presente a conceção de que oreferido método serve apenas como instrumento de trabalho “que não é, de modoalgum, único, absoluto, fixo, nem sequer definitivo; é algo que se poderá alterar se seencontrarem novos valores que melhor se adequem ao processo” (Leite, Malpique &Santos, 1994, p. 75). Para estas autoras, a formulação de etapas e as estratégias deabor<strong>da</strong>gem dos problemas dependem <strong>da</strong> criativi<strong>da</strong>de do grupo que irá adequar estametodologia consoante os seus interesses e necessi<strong>da</strong>des.Tal como explícito na primeira planificação <strong>da</strong> intervenção pe<strong>da</strong>gógica no 1ºCEB (ver Tabela 14.) optou-se organizar os alunos em grupos de dois elementos,atribuindo-lhes as tarefas de escolherem o par com quem iriam trabalhar e o subtemaeleito a partir <strong>da</strong>s propostas apresenta<strong>da</strong>s referente ao tema História de Portugal.Organizados os grupos e definidos os respetivos conteúdos a serem trabalhados, apurouse,junto dos mesmos, as pré-conceções que os grupos tenham relativamente aossubtemas escolhidos e ao tema História de Portugal, no sentido lato, e aquilo quepretendiam conhecer, <strong>da</strong>s quais retiram-se as seguintes ideias:O que sei:Houve uma passagem <strong>da</strong> Monarquia para a República. (Helena e Tânia)A História de Portugal é grande e houve uma revolução entre os portugueses contra orei. (Catarina e Óscar)No início não existia Monarquia nem República. (Amélia e Divo)Quando D. Henrique morreu D. Teresa ficou a governar enquanto D. Afonso Henriquesera pequeno. (Cátia e Manuel)O primeiro rei de Portugal foi D. Afonso Henriques. (Mónica e Rúben)Os reis foram conquistando territórios. (Valter e Sílvia)


117 RELATÓRIO DE ESTÁGIOO que quero saber:Como foi a vi<strong>da</strong> dos reis. (Catarina)Quantos reis houve. (Gregório)O que fizeram [os reis] de importante. (Valter)Onde é que viviam [os reis]. (Carmen)O que fizeram ao longo do tempo [os reis]. (Gregório)Como é que tudo começou. (Cátia)Esta etapa serviu, não só para fins de identificação dos conhecimentos dosalunos acerca do tema, mas também, para que as crianças ficassem conscientes dos seuspróprios conhecimentos e dos conhecimentos dos colegas relativamente ao tema a serestu<strong>da</strong>do. Daqui partiu-se para a formulação <strong>da</strong> dinâmica de trabalho de grupo em queca<strong>da</strong> um se responsabilizou pela sugestão de métodos de pesquisa e pela divisão detarefas entre elementos.Todos os procedimentos anteriormente descritos correspondem à primeira etapado trabalho em projeto que se iniciou na primeira semana de intervenção pe<strong>da</strong>gógica<strong>da</strong>s estu<strong>da</strong>ntes estagiárias e que teve a duração de cerca de uma hora.A segun<strong>da</strong> etapa - pesquisa/produção – corresponde ao trabalho de campo, ouseja, ao período de pesquisas efetua<strong>da</strong>s pelos alunos, ao tratamento dos <strong>da</strong>dosrecolhidos com a intervenção direta <strong>da</strong>s estu<strong>da</strong>ntes estagiárias e a produção de texto apartir <strong>da</strong>s informações, já organiza<strong>da</strong>s, <strong>da</strong>s pesquisas anteriores. Envolve, portanto,grande parte do processo <strong>da</strong> metodologia do trabalho em projeto e que, em contexto deestágio, teve a duração total de sete dias, repartidos por dois ou três momentos semanais(segun<strong>da</strong>s, terças e, por vezes, quartas-feiras) e com a respetiva duração de uma horaca<strong>da</strong>.


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 118A terceira e última etapa diz respeito à apresentação e avaliação dos trabalhosdos alunos. Todos os grupos apresentaram utilizando o método <strong>da</strong> exposição oral, poropção própria. À medi<strong>da</strong> que terminavam as apresentações dedicava-se-lhes ummomento para a avaliação e o parecer geral <strong>da</strong> turma em relação aos trabalhosapresentados pelos colegas com a instigação <strong>da</strong>s estagiárias para a formulação decomentários pertinentes e críticas construtivas. A intervenção <strong>da</strong>s estagiárias, nestemomento, emergiu no sentido de consciencializar a turma para a avaliação global detodo o processo decorrente dos trabalhos realizados em projeto e não apenas o momentode apresentação dos mesmos.Acrescido do momento de apresentação dos trabalhos, a elaboração de resumossobre os conteúdos apresentados em contexto de grande grupo surgiu <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de dese constituir um instrumento facilitador ao estudo e à assimilação dos mesmos por parte<strong>da</strong>s crianças. Ressalva-se que o modo como o trabalho em projeto foi abor<strong>da</strong>do edesenvolvido com as respetivas estratégias de intervenção pe<strong>da</strong>gógica, encontra-sedetalha<strong>da</strong>mente descrito nas respetivas planificações expostas adiante na colunareferente às ativi<strong>da</strong>des/estratégias.A diferenciação pe<strong>da</strong>gógica no contexto de sala de aula é abor<strong>da</strong><strong>da</strong> porTomlinson (2008) como uma oportuni<strong>da</strong>de para os alunos disporem de “múltiplasopções de conseguir informação, reflectir sobre ideias e expressar o que acabaram deaprender”, ou seja, a diferenciação pe<strong>da</strong>gógica ou o ensino diferenciado, comodesignado pelo mesmo autor, possibilita a aprendizagem de conteúdos através de umconjunto de ideias diferentes e do desenvolvimento de soluções divergentes de modo afazer sentido ao raciocínio do aluno e, assim, ministrar diversas vias para umaaprendizagem eficaz (p. 13). O autor ressalva, no entanto, que tal não pressupõeestabelecer um nível específico para ca<strong>da</strong> aluno, até porque é uma utopia longe de setornar real e eficaz para os alunos e para o próprio professor <strong>da</strong><strong>da</strong> à constituição <strong>da</strong>s


119 RELATÓRIO DE ESTÁGIOturmas e o número de docentes disponibilizados para ca<strong>da</strong> uma delas, <strong>da</strong>í que afirmaque “o ensino diferenciado não é o ensino individualizado” (p. 14). O trabalho dodocente deve, por vezes, incidir sobre to<strong>da</strong> a turma, visto que se pretende que atinjamobjetivos comuns (LBSE, 2005), outras vezes sobre pequenos grupos que apresentemdificul<strong>da</strong>des similares ou até mesmo divergentes e cuja orientação do professor e aintervenção dos próprios alunos auxilia na aprendizagem de um ou outro elemento dogrupo, e ain<strong>da</strong> sobre ca<strong>da</strong> aluno, particularmente, consoante as suas necessi<strong>da</strong>desindividuais. Esta variabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> intervenção do docente é importante para que ca<strong>da</strong>aluno progri<strong>da</strong> na sua aprendizagem e para que se estabeleça um sentimento decooperação e de comuni<strong>da</strong>de no grupo (Tomlinson, 2008).A relevância que se atribui ao planeamento <strong>da</strong> intervenção pe<strong>da</strong>gógica dodocente conecta-se niti<strong>da</strong>mente com a diferenciação em educação. Com uma atitudeproactiva, o professor planeia a sua intervenção de modo a providenciar experiências deaprendizagem que se ajustem, <strong>da</strong> melhor forma, a todos os seus alunos tendo por base oconhecimento que tem sobre eles. “Numa turma diferencia<strong>da</strong>, o professor planeia deforma pró-activa diversas abor<strong>da</strong>gens ao conteúdo, processo e produto numaantecipação e resposta às diferenças de nível de preparação, interesse e necessi<strong>da</strong>deseducativas dos alunos” (Tomlinson, 2008, p. 20).O planeamento <strong>da</strong> intervenção pe<strong>da</strong>gógica em contexto de estágio seguiu estepressuposto. Ain<strong>da</strong> que de forma ténue, procurou-se atender às necessi<strong>da</strong>des dos alunosde forma diferencia<strong>da</strong> através do acompanhamento dos mesmos em pequenos grupos eindividualmente consoante os conhecimentos adquiridos sobre as característicasindividuais dos alunos durante o período de estágio. Considerando a duração do mesmo,fazer-se corresponder às necessi<strong>da</strong>des de todos os alunos seria ambicionar algoinexequível na prática, uma vez que se adquire um conhecimento comedido sobre asparticulari<strong>da</strong>des do grupo quando se trabalha com o mesmo durante um período de


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 120tempo considerado razoável. Segundo a experiência pessoal adquiri<strong>da</strong> no estágio, prevêseque, geralmente, no final de um mês o docente conheça as características maisevidentes dos seus alunos em termos de ritmo, processos e dificul<strong>da</strong>des deaprendizagem. Tal período pode variar consoante a constituição do grupo e o perfil dopróprio docente e a sua apetência e/ou capaci<strong>da</strong>de que tem para reconhecer taiscaracterísticas e adequar a sua intervenção no sentido de colmatar os obstáculos queinterfiram na eficaz aprendizagem dos alunos.Ressalva-se, ain<strong>da</strong>, que o conhecimento adquirido sobre o grupo, no geral, eca<strong>da</strong> criança, em particular deveu-se, em grande medi<strong>da</strong>, ao auxílio e colaboração <strong>da</strong>professora cooperante <strong>da</strong> sala, ain<strong>da</strong> que, as dificul<strong>da</strong>des dos alunos constata<strong>da</strong>s pelamesma fossem relata<strong>da</strong>s de forma muito geral segundo as áreas curriculares de Estudodo Meio, Língua Portuguesa e Matemática.Com efeito, as planificações elabora<strong>da</strong>s numa fase inicial de estágio sugeremativi<strong>da</strong>des com níveis de desafio comuns a to<strong>da</strong> a turma.Na fase final do estágio no 1º CEB procurou-se, então, conceber ativi<strong>da</strong>desdiferentes destina<strong>da</strong>s a pequenos grupos organizados pela estu<strong>da</strong>nte estagiária consoanteas dificul<strong>da</strong>des e os interesses comuns aos elementos de ca<strong>da</strong> grupo. Constatou-segrandes limitações ao nível <strong>da</strong> matemática nalguns alunos, nomea<strong>da</strong>mente nainterpretação de problemas. Reconhecendo que “nem todos os alunos possuem o mesmonível de compreensão” e que as “compreensões posteriores devem ser basea<strong>da</strong>s emcompreensões anteriores” (Tomlinson, 2008, p. 18), constata<strong>da</strong>s as incompreensões aonível de conteúdos abor<strong>da</strong>dos previamente, providenciou-se uma experiência deaprendizagem relaciona<strong>da</strong> com a resolução de problemas com níveis de desafioadequados a ca<strong>da</strong> grupo, distinguindo-os como desafiador, médio, simples e muitosimples e classificando-os com as letras A, B, C e D, respetivamente. Os grupos foramorganizados de modo a que não houvesse nenhum problema repetido num mesmo grupo


121 RELATÓRIO DE ESTÁGIOpara que ca<strong>da</strong> elemento se concentrasse somente no seu problema, evitando asfrequentes tentativas de transcrição do mesmo.Uma outra dificul<strong>da</strong>de deteta<strong>da</strong> aquando <strong>da</strong> resolução de problemas e deexercícios foi a falta de compreensão e/ou concentração sobre o efeito <strong>da</strong>s operaçõesnos números naturais, em termos concretos, dificilmente conseguiam fazer estimativas eoutros exercícios que exigiam um raciocínio mais abstrato para chegar a um produtofinal. Com efeito, propôs-se uma ativi<strong>da</strong>de de caráter mais lúdico denominado de Jogodo 24 e em que a diferenciação pe<strong>da</strong>gógica esteve patente. O Jogo do 24, criado porRobert Sun 12 , consiste em organizar grupos de quatro elementos ca<strong>da</strong> e ca<strong>da</strong> grupodispõe de uma carta com quatro algarismos cujo objetivo é utilizá-los todos, sem osrepetir, para efetuar operações, de modo que o produto final seja 24. Apesar deorganizados em grupos, o jogo é individual e de caráter competitivo, ganhando aqueleque chegar ao resultado correto mais rapi<strong>da</strong>mente.No contexto desta ativi<strong>da</strong>de, a disposição dos grupos é feita de maneira a quepermaneçam organizados segundo níveis de aprendizagem semelhantes para que a cartaa ser entregue seja adequado ao nível do grupo, havendo, no total, três níveis distintosde dificul<strong>da</strong>de.Como referido anteriormente, a diferenciação pe<strong>da</strong>gógica não implicanecessariamente a variabili<strong>da</strong>de de exercícios e de ativi<strong>da</strong>des na expetativa de os fazercorresponder às necessi<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s crianças (Tomlinson, 2008) pelo que se considera queesta esteve presente em vários momentos <strong>da</strong> intervenção pe<strong>da</strong>gógica, em contexto deestágio no que respeita ao acompanhamento dos alunos na tentativa de os aju<strong>da</strong>r aultrapassar algumas <strong>da</strong>s suas dificul<strong>da</strong>des individuais.12 Robert Sun é presidente executivo <strong>da</strong> Suntex International Inc. e inventor de diversos jogos educativos,incluindo o Jogo do 24 que tem vindo a ser utilizado por milhares de estu<strong>da</strong>ntes em todo o mundo comorecurso ao desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático e à compreensão <strong>da</strong> relação existente entreos números. Segundo o mesmo “What's important in mathematics is not what a number 'means' but how itcan connect with other numbers”(Suntex International Inc., 2011). Disponível em:http://www.firstinmath.com/pdfs/RobertSUN2pgbio.pdf


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 122Destaca-se, ain<strong>da</strong>, a necessi<strong>da</strong>de de fazer corresponder a intervenção <strong>da</strong>estu<strong>da</strong>nte estagiária às expetativas <strong>da</strong> professora cooperante, salientando a suapreocupação em preparar os alunos em termos de conteúdos do programa de 1º ciclo(ME, 2004) e de se fazer cumprir com os momentos de avaliação preestabelecidos pelamesma. Ao se fazer uma análise pormenoriza<strong>da</strong> <strong>da</strong>s planificações elabora<strong>da</strong>s e expostasadiante verifica-se, então, que algumas <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des foram planea<strong>da</strong>s tendo em menteesta mesma preocupação.PlanificaçõesNeste ponto, importa referir o modo como a intervenção pe<strong>da</strong>gógica na EB1/PEdo Galeão foi planea<strong>da</strong> e justificar a conceção e utilização deste instrumento deplanificação <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des por questões de promoção de uma leitura facilita<strong>da</strong> dopresente trabalho e com a preocupação em manter uma conexão lógica e sequencial dorelatório de estágio.Em primeiro lugar ajustou-se uma hora semanal com a professora cooperantepara fins de atendimento <strong>da</strong>s estu<strong>da</strong>ntes estagiárias no sentido de as orientar nasrespetivas intervenções, sugerindo os conteúdos a serem abor<strong>da</strong>dos em ca<strong>da</strong> semanabem como algumas ativi<strong>da</strong>des que poderiam ser desenvolvi<strong>da</strong>s, salvaguar<strong>da</strong>ndo que aestagiária, a intervir na mesma semana, ficaria responsável pela conceção e organização<strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des a desenvolver. A colega estagiária com quem se compartiu os momentosde intervenção também cooperou na sugestão de algumas ativi<strong>da</strong>des, porém, importasalientar que a conceção integral <strong>da</strong>s mesmas e a respetiva re<strong>da</strong>ção nas tabelas deplanificação, presentes em anexo, ficou, exclusivamente, a cargo <strong>da</strong> estagiáriaresponsável por intervir na respetiva semana.Uma vez patente a reali<strong>da</strong>de do professor do ensino básico no que concerne aodesenvolvimento de um currículo predefinido pelos órgãos competentes do ME, a


123 RELATÓRIO DE ESTÁGIOplanificação <strong>da</strong> sua intervenção é desenvolvi<strong>da</strong> no sentido de organizar o processoeducativo e desenvolver a sua ação com base na análise que faz do grupo com quem irátrabalhar e <strong>da</strong>s características do mesmo, como indicado pelo DL n.º 241 de 30 deAgosto de 2001 na alínea c) do ponto n.º 2 referente à conceção e desenvolvimento docurrículo no 1º ciclo do ensino básico.As planificações elabora<strong>da</strong>s no âmbito do estágio do 1º ciclo do ensino básico naturma do 4º 1 <strong>da</strong> EB1/PE do Galeão foram idea<strong>da</strong>s em consideração à asserçãosupramenciona<strong>da</strong> e à necessi<strong>da</strong>de de se constituir um instrumento de planificação <strong>da</strong>intervenção <strong>da</strong> estu<strong>da</strong>nte estagiária para ser alvo de ponderação por parte <strong>da</strong> professoracooperante que a orientava no sentido de harmonizar o contexto pe<strong>da</strong>gógico às suasexpetativas e ideologias bem como às necessi<strong>da</strong>des dos alunos. As planificaçõesencontram-se formata<strong>da</strong>s em tabelas destaca<strong>da</strong>s segundo quatro intervenções semanais.À semelhança <strong>da</strong>s apresenta<strong>da</strong>s na Parte I referente à valência de educação pré-escolar,ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s planificações descreve as ativi<strong>da</strong>des desenvolvi<strong>da</strong>s nos diferentes dias deintervenção pe<strong>da</strong>gógica, os recursos necessários para o desenvolvimento <strong>da</strong>s mesmas, asobservações/avaliações realiza<strong>da</strong>s ao grupo no geral, e a uma ou outra criança emparticular, bem como as metas de aprendizagem prenuncia<strong>da</strong>s para o 1º CEB pelo ME(2010) a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>s ao contexto e previstas para ca<strong>da</strong> semana de ativi<strong>da</strong>des.A conceção <strong>da</strong>s metas de aprendizagem para o 1º CEB insere-se no projetocoordenado por Natércio Afonso com a mesma designação concebido a partir dereferentes de gestão curricular para ca<strong>da</strong> área disciplinar e desenvolvidos,sequencialmente, pelos anos de escolari<strong>da</strong>de de ca<strong>da</strong> ciclo de ensino, abrangendo as deeducação pré-escolar menciona<strong>da</strong>s num ponto <strong>da</strong> primeira parte do relatório (ME,2010).Segundo a mesma fonte, as metas de aprendizagem foram concebi<strong>da</strong>s com osentido de se identificar a concretização <strong>da</strong>s aprendizagens dos alunos a partir <strong>da</strong>s


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 124competências e desempenhos que se espera deles em ca<strong>da</strong> área curricular e nas áreastransversais prescritas nos documentos de referência, concretamente, o currículonacional e programas do ensino básico (2004) e as orientações curriculares para aeducação pré-escolar (1997).No âmbito do 1º ciclo do ensino básico, as metas encontram-se organiza<strong>da</strong>s poruni<strong>da</strong>des estruturantes de ca<strong>da</strong> disciplina consoante a lógica interna <strong>da</strong> mesma. A equipaorganizadora deste projeto adotou termos próprios para a identificação <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong>desestruturantes <strong>da</strong><strong>da</strong> a sua diversi<strong>da</strong>de, classificando-os em domínios e subdomínios. Atítulo de exemplo, para a área de Estudo do Meio tem-se como domínio principal aLocalização no Espaço e no Tempo com os subdomínios Localização/CompreensãoEspacial e Temporal; Terra no Espaço: Universo e Sistema Solar e Localização eCompreensão Espacial: A Terra No Sistema Solar (ME, 2010).Como referido na primeira parte do presente relatório de estágio, relativo àvalência de educação pré-escolar, o projeto que envolve a conceção e aplicação <strong>da</strong>smetas de aprendizagem ain<strong>da</strong> se encontra em fase de desenvolvimento, com a respetivaconclusão prevista para 2013. Contudo, atendendo à recente deliberação do Ministério<strong>da</strong> Educação e Ciência (2011) no Despacho n.º 17169 de 12 de Dezembro de 2011,relativamente a refutação do documento Currículo Nacional do Ensino Básico —Competências Essenciais como componente orientador do ensino básico em Portugal,torna-se essencial atualizar, o quanto antes, as perspetivas dos profissionais emeducação sobre o que importa relevar no processo de concretização <strong>da</strong>s aprendizagensdos alunos em ca<strong>da</strong> área curricular, em termos de competências e de desempenho (ME,2010). As metas de aprendizagem organizam-se neste sentido quando propõem a análisede ca<strong>da</strong> nível e/ou ciclo de ensino, antecedente e subsequente, pelos docentes com ointuito de estabelecer uma articulação entre os conteúdos de ca<strong>da</strong> etapa educativa e <strong>da</strong>rcontinui<strong>da</strong>de à aprendizagem dos alunos, tendo subjacente uma “visão vertical <strong>da</strong>


125 RELATÓRIO DE ESTÁGIOprogressão <strong>da</strong> aprendizagem dos alunos ao longo do currículo” e a preocupação sobre aquali<strong>da</strong>de do ensino (ME, 2010, Notas Finais, para. 1).


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 126Tabela 14. – Planificação Semanal 1 – 1º CEBCentro de Competência de Ciências Sociais2º Ciclo – Educação Pré-escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino BásicoEstágio e RelatórioAno letivo 2011/ 2012Trabalho em projeto; exercícios de funcionamento <strong>da</strong> língua e resolução de problemasInstituição: EB1/PE do Galeão Semana de: 08/11/2011 a 09/11/2011Turma: 4º 1I<strong>da</strong>des: 9, 10 e 11 anosProfessora Cooperante: Maria José AndradeOrientador(a) de Estágio: Paulo BrazãoEstu<strong>da</strong>nte(s) Estagiária(s): Tanya Silva e Sara MoreiraÁREA CURRICULARAtivi<strong>da</strong>des/EstratégiasRecursos Materiais eHumanosObservação/AvaliaçãoDomínioMetasTerça-feira1. Acolhimento <strong>da</strong>s crianças na sala.Estu<strong>da</strong>ntes estagiáriasProfessora cooperanteLÍNGUA PORTUGUESACompreender Discursos Orais e Cooperar em Situação deInteraçãoRetém o essencial <strong>da</strong>s narrativas e exposições que ouve eidentifica o que aprendeu;2. Realização <strong>da</strong>s tarefas diárias:2.1. As crianças realizam as tarefas relaciona<strong>da</strong>s com amarcação <strong>da</strong>s presenças, o registo <strong>da</strong> <strong>da</strong>ta no quadro, oregisto do tempo no calendário, o preenchimento docalendário e a rega <strong>da</strong> planta <strong>da</strong> sala.AlunosPlacar de tarefas e cartõescom as fotos e os nomesdos alunos;Quadro de ardósia;


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 127Faz perguntas relevantes sobre exposições orais;2.2. A distribuição <strong>da</strong>s tarefas é realiza<strong>da</strong> no início <strong>da</strong>GizReconta narrativas ou eventos contados, ao vivo ou gravados, esemana (às segun<strong>da</strong>s-feiras) e é feita consoante as escolhasQuadro <strong>da</strong>s presenças;expressa a sua opinião sobre o que ouve;dos próprios alunos que são selecionados por ordemCalendário;Identifica alguns traços que caracterizam diversos tipos dealfabética. Estes cumprem com as mesmas tarefas durantePlanta; regador e água.discurso oral (e.g.: imperativo/ presente ou pretérito perfeito;to<strong>da</strong> a semana.Material riscador,tu/você; Era uma vez);borrachas e apara-lápisContribui na discussão a pares ou em pequeno grupo para aMatemática –consecução de um objetivo comum (e.g.: planeamento de tarefas;Interpretação de <strong>da</strong>dos num gráfico de barras eMatemáticadistribuição de papéis);constatação <strong>da</strong> mo<strong>da</strong>2. Verificou-se que todosFormula pedidos, dá ordens e informações, tendo em conta a1. A estu<strong>da</strong>nte estagiária solicita a distribuição dosManuais de matemáticaos alunos realizaram ossituação e o interlocutor;manuais, dos cadernos e dos cadernos de problemas de“O Mundo <strong>da</strong> Carochinhaexercícios enviados paraUsa formas de tratamento adequa<strong>da</strong>s ao contexto escolar;matemática pelos alunos designados a cumprir com tais– 4º ano”;casa pela professoraInterage verbalmente de uma forma confiante e participa natarefas no início <strong>da</strong> semana.Cadernos de matemática;cooperante, contudo, foidiscussão a pares ou em pequeno grupo.2. Questiona e verifica, com o auxílio <strong>da</strong> colega estagiária,Cadernos de problemasapurado que alguns dosExprimir Oralmente Ideias e Conhecimentosse os alunos fizeram os trabalhos enviados para casa,“O Mundo <strong>da</strong> Carochinhaque frequentam asNarra com pormenores descritivos situações vivi<strong>da</strong>s e imagina<strong>da</strong>s;nomea<strong>da</strong>mente questões de interpretação de <strong>da</strong>dos para– 4º ano”ativi<strong>da</strong>desDescreve cenas (e.g.: paisagens; imagens) e objetos observados;descobrir um determinado número e o desafio <strong>da</strong> semanaextracurriculares, duranteUsa vocabulário diversificado;número 5 proposto pelo caderno de problemas.a parte <strong>da</strong> manhã,Recorre a estruturas sintáticas complexas ao narrar e descrever em3. A estagiária redige os enunciados <strong>da</strong>s questões envia<strong>da</strong>srealizam os seuscontexto escolar;para casa e solicita aos alunos que se dirijam ao quadro, àtrabalhos de casa noUsa o tom de voz e a expressivi<strong>da</strong>de adequados ao narrar umavez, e apresentem os seus resultados no quadro, explicandotempo do Estudo e, porhistória e ao recitar um poema;o seu raciocínio.vezes, este trabalho não é


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 128Toma a palavra com confiança para narrar e descrever;Compreender e Interpretar TextosIdentifica as ideias centrais do texto;Usa pormenores do texto para a compreensão do seu sentidoglobal;Identifica a sequência cronológica e lógica de eventos ou de factosdo texto;Parafraseia frases do texto;Identifica conclusões expressas no texto;Identifica as sequências de um texto narrativo;Estabelece relações entre elementos do texto (e.g.: título / notícia;sonori<strong>da</strong>de e rima);Usa informação gráfica (e.g.: mapas; fotografias) como auxiliar <strong>da</strong>compreensão do texto;Estabelece relações entre informação apresenta<strong>da</strong> no texto e oconhecimento que tem sobre o assunto;Identifica temas ou tópicos idênticos em diferentes textos;Identifica vocabulário específico do tema do texto;Descobre o significado de palavras desconheci<strong>da</strong>s em contexto;Identifica palavras ou expressões que no texto marcam relaçõestemporais, causais e finais;Compara versões <strong>da</strong> mesma história (e.g.: caracterização <strong>da</strong>s4. Para a discussão e resolução do desafio <strong>da</strong> semana, aestagiária representa um esquema no quadro de forma afacilitar a compreensão do problema pelos alunos queapresentarem maiores dificul<strong>da</strong>des nesta matéria.5. Na correção do desafio <strong>da</strong> semana a estu<strong>da</strong>nte estagiáriabasear-se-á nas sugestões dos alunos e representará noquadro o raciocínio dos mesmos, atendendo a que todoscompreen<strong>da</strong>m as etapas de resolução do mesmo.6. A estu<strong>da</strong>nte estagiária pede para os alunos abrirem omanual na página 28. Solicita a leitura em voz alta dosenunciados por um aluno que se voluntarie para tal.7. Analisa, oralmente, o gráfico de barras apresentado namesma página, juntamente com os alunos, e explica, poroutras palavras, o que ca<strong>da</strong> questão pretende em relação aomesmo.8. Os alunos procedem à resolução dos exercícios <strong>da</strong>mesma página, individualmente.8.1. As estu<strong>da</strong>ntes estagiárias movem-se pela sala a fim deprestar orientações aos alunos na resolução dos exercícios,sempre que for necessário e verificar as respostas de ca<strong>da</strong>aluno.8.2. A correção é feita oralmente com a intervenção dosrealizado de formaautónoma como épretendido.3. A Mariana, a Améliao Divo e a Sílvia foramao quadro corrigir ostrabalhos de casa.4. A Sílvia foi a que maisapresentou dificul<strong>da</strong>desna explicação do seuraciocínio, apesar de oresultado apresentado porela estar correto. Mesmocom a orientação <strong>da</strong>estagiária e <strong>da</strong> professoracooperante, ela nãosoube explicar porpalavras suas o resultadoa que chegou.5. Após a resolução dodesafio <strong>da</strong> semana foipedido à Maria que se


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 129personagens; desenvolvimento <strong>da</strong> ação);alunos que responderão por iniciativa própria ou pordirigisse ao quadro eIdentifica no texto elementos semelhantes e contrastantes;solicitação <strong>da</strong> estagiária.voltasse a explicar aReconhece no texto elementos de pertença a outra época (e.g.:9. Explana-se o exercício 1. <strong>da</strong> página seguinte (p. 29)resolução do mesmo,vestuário; transportes; mobiliário);relacionado com a representação de um gráfico de barras euma vez que aparentavaIdentifica o padrão típico <strong>da</strong> construção narrativa;a constatação <strong>da</strong> mo<strong>da</strong>.não ter compreendido oElaborar e Divulgar Textos9.1. Os alunos procedem à resolução <strong>da</strong>s alíneas do mesmoproblema e se limitara aRedige com correção formal e sintática, respeitando asexercício.copiar a resolução feitaconvenções ortográficas, construindo frases completas e9.2. A correção é feita com acompanhamento individualno quadro. Apesar deestabelecendo as relações de concordância entre os seus<strong>da</strong>s estu<strong>da</strong>ntes estagiárias a ca<strong>da</strong> um dos alunos, à medi<strong>da</strong>alguma hesitaçãoelementos;que estes vão terminando a resolução dos exercícios.conseguiu explicar, deUsa vocabulário diversificado, nomea<strong>da</strong>mente conectores;forma razoável, o seuRecorre a frases simples e a frases complexas;Língua Portuguesa -raciocínio e apresentouUsa as convenções <strong>da</strong> pontuação;Leitura e interpretação de um textoos resultados corretos.Usa os períodos para estruturar as ideias nos parágrafos;1. A estu<strong>da</strong>nte estagiária solicita a abertura do manual naManual de língua9.1. A maioria dos alunosIdentifica passagens com repetições desnecessárias ou ausência depágina 16.portuguesa “Pasta Mágicateve dificul<strong>da</strong>des numaelementos fun<strong>da</strong>mentais e procede à sua reformulação, com ou2. Os alunos leem a primeira parte do texto “D. Afonso– 4º ano”questão que envolvia asem apoio;Henriques – O rei de todos os portugueses”, <strong>da</strong> páginasubtração de variáveisIdentifica no texto incorreções ortográficas, ausência de elementosindica<strong>da</strong>, silenciosamente.conheci<strong>da</strong>s <strong>da</strong> suaessenciais <strong>da</strong> frase e falhas de concordância e corrige-as;2.1. A estu<strong>da</strong>nte estagiária faz questões orais detotali<strong>da</strong>de para aReconhecer e Produzir Diferentes Géneros e Tipos de Textosinterpretação do texto e verifica quais os alunos que tomamdescoberta de umaReconhece e aplica a distinção entre pretérito perfeito e imperfeitoa iniciativa em respondê-las colocando os dedos no ar evariável desconheci<strong>da</strong>,na elaboração de parágrafos narrativos;respondendo às questões indica<strong>da</strong>s.pelo que foi necessário


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 130Responde, por escrito, a questões sobre o essencial de informação2.2. A partir <strong>da</strong>s questões coloca<strong>da</strong>s, são consoli<strong>da</strong><strong>da</strong>s asexplicar individualmenteli<strong>da</strong>;informações do texto com o auxílio <strong>da</strong> estu<strong>da</strong>nte estagiária.e, por fim, em grandeParafraseia períodos e parágrafos;2.3. A estagiária redige, no quadro, algumas <strong>da</strong>s questõesCadernos de línguagrupo. Utilizando, paraDescreve fenómenos e relata factos, recorrendo a léxicode interpretação do texto coloca<strong>da</strong>s oralmente.portuguesaisso, diversos esquemasapropriado;2.4. Os alunos copiam as questões para os seus cadernos eque envolviam doisConhecer as Proprie<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s Palavras e Alargar o Capitalrespondem-nas, individualmente, enquanto as estu<strong>da</strong>ntespossíveis raciocínios paraLexicalestagiárias circulam pela sala orientando os alunos semprea resolução do problema.Usa as regras gerais de acentuação gráfica e usa o hífen emque necessário;Foi necessário oenclíticos (e.g., escrevem-lhe);3. Solicita-se a participação dos alunos para responder àsacompanhamentoFaz a translineação nos casos simples e em palavras comperguntas de interpretação.individualizado, efetuadoconsoantes duplas (e.g.,: car-regar; passado);3.1. Ca<strong>da</strong> aluno, que se voluntarie, lê a sua resposta epelas estu<strong>da</strong>ntesReconhece e usa relações de semelhança e de oposição entreconsoante o parecer <strong>da</strong> estu<strong>da</strong>nte estagiária, irá redigi-la noestagiárias, na elaboraçãosignificados;quadro. Caso não seja uma resposta clara e completa,do gráfico de barras porIdentifica a rede de significados e usos <strong>da</strong>s palavras polissémicassolicita a outro aluno que leia a sua resposta, e assimca<strong>da</strong> aluno nos respetivosque conhece;sucessivamente.cadernos, uma vez queSeleciona as palavras e expressões mais apropria<strong>da</strong>s para exprimirdemonstraram algunsas ideias que quer transmitir;Estudo do Meioerros comuns naReconhece e respeita as proprie<strong>da</strong>des de seleção dos verbosIntrodução à História de Portugalconstrução do mesmo.principais que fazem parte do seu capital lexical;1. Os alunos abrem o manual na página 34.Manual de estudo doLíngua PortuguesaIdentifica e usa os paradigmas de flexão nominal (número,1.1. A estu<strong>da</strong>nte estagiária solicita, a um voluntário, ameio “Pasta Mágica – 4º2.1. O Valter, a Amélia,género);leitura em voz alta <strong>da</strong>s informações presentes na mesmaano”a Cátia e a Tânia foramIdentifica e usa as formas dos verbos regulares <strong>da</strong> 1.ª, 2.ª e 3ªpágina, enquanto os restantes alunos acompanham a leitura,os que mais intervieram.


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 131conjugação (tempo e modo; pessoa e número);Identifica e usa os prefixos e os sufixos mais frequentes eprodutivos;Reconhece e usa expressões fixas recorrentes;Usa pistas contextuais para descobrir o significado de palavrasdesconheci<strong>da</strong>s;Usa a estrutura interna para descobrir o significado de palavrasdesconheci<strong>da</strong>s;Associa, semântica e fonologicamente, as palavras aprendi<strong>da</strong>s aoutras que já conhecia.Estruturar e Analisar Uni<strong>da</strong>des SintáticasIdentifica os constituintes principais <strong>da</strong> frase e as suas funçõessintáticas;Identifica nomes (próprios/comuns), verbos e adjetivos(qualificativos) e mobiliza esse conhecimento na compreensão ena produção de textos;Identifica e aplica os processos de concordância sujeito-verbo esujeito-predicativo do sujeito, bem como os processos deconcordância internos ao grupo nominal;Distingue significados associados a processos sintáticos deformação de frases complexas (e.g., enumeração e sequênciatemporal / contraste, em estruturas coordena<strong>da</strong>s; causa ou razão /silenciosamente.1.2. A estu<strong>da</strong>nte estagiária explora, oralmente, juntamentecom os alunos, o significado dos conceitos apresentados nomanual: História; historiador; arqueólogo; vestígiosarqueológicos e antepassados.1.3. Na mesma página, os alunos preenchem o exercícioproposto, no manual, completando frases com as palavrasexplora<strong>da</strong>s anteriormente, tendo em conta o seu significado.2. Procede-se à correção oral dos exercícios.3. A estu<strong>da</strong>nte estagiária informa aos alunos que iniciar-seáo tema de História de Portugal e que irão trabalhar emgrupos, de dois alunos ca<strong>da</strong>, organizando o seu trabalho soba forma de projeto.4. As estu<strong>da</strong>ntes estagiárias sugerem que os alunosconversem entre si e escolham um par, informando osnomes de ca<strong>da</strong> elemento do grupo às docentes estagiárias;4.1. Os alunos conversam e decidem com quem queremtrabalhar, informando os nomes de ca<strong>da</strong> elemento do grupoàs docentes estagiárias;4.2. Os alunos deverão consultar os subtemas <strong>da</strong> Históriade Portugal presentes entre as páginas 36 e 55 do manual e,ca<strong>da</strong> grupo, escolher o tema pretende trabalharContudo, todos osalunos, demonstraram terdificul<strong>da</strong>des nacompreensão <strong>da</strong>sinformações do texto ena expressão oral <strong>da</strong>ssuas ideias, à exceção doValter.2.4. A maioria dosalunos apresentamdificul<strong>da</strong>des naconstrução de frasescompletas, em particulare mais agravante, aMariana, a Mónica, oBruno e o Manuel.Estudo do Meio1.2. A maioria dos alunosnão reconheceu osignificado de algunsconceitos abor<strong>da</strong>dos.Apenas tinham


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 132tempo / fim em estruturas subordina<strong>da</strong>s) e mobiliza esse5. A estu<strong>da</strong>nte estagiária organiza e redige os temas noconhecimento doconhecimento na compreensão e na produção de textos;quadro e questiona os grupos a fim de saber qual o tema deconceito de historiador eeleição de ca<strong>da</strong> um.História.MATEMÁTICA5.1. Ca<strong>da</strong> grupo informa o tema escolhido, enquanto a1.3. A Amélia conseguiuCapaci<strong>da</strong>des Transversaisestu<strong>da</strong>nte estagiária redige os nomes dos grupos e osexplicar, por palavrasCompreende o problema: identifica o objetivo e a informaçãorespetivos temas no quadro.suas, o significado derelevante para a resolução de um <strong>da</strong>do problema; identifica5.2. Com orientação <strong>da</strong>s estu<strong>da</strong>ntes estagiárias, os alunosantepassados.problemas com informação irrelevante, <strong>da</strong>dos insuficientes ou semdeverão redigir nos cadernos os nomes dos elementos do1.3. A Helena e o Brunosolução;seu grupo; o tema escolhido pelo grupo; as fontes defizeram comentários queConcebe estratégias de resolução de problemas: concebepesquisa e as tarefas que irão ser cumpri<strong>da</strong>s por ca<strong>da</strong>revelaram algumaestratégias diversifica<strong>da</strong>s de resolução de problemas, como a)elemento do grupo.confusão entre osresolve um problema análogo mas mais simples; b)explora casos5.3. As estu<strong>da</strong>ntes estagiárias orientam as opções de ca<strong>da</strong>conceitos de História, noparticulares;grupo, certificando que estabeleceram a divisão de tarefassentido lato, e de históriaAplica estratégias de resolução de problemas e avalia a adequaçãoentre elementos e que optaram por pesquisar em, pelode uma narrativa.dos resultados obtidos: põe em prática estratégias de resolução demenos, duas fontes diferentes (para além do manual)4. A escolha dos pares eproblemas; utiliza estratégias do mesmo tipo em diferentes5.4. São feitas questões orais aos alunos no sentido de ficardos temas por ca<strong>da</strong> grupoproblemas e identifica estratégias diferentes na resolução doa saber o que conhecem ou o que pensam conhecer sobre afoi feito de formamesmo problema; verifica a adequação dos resultados obtidos eHistória de Portugal.organiza<strong>da</strong> e apazigua<strong>da</strong>.dos processos utilizados;5.5. A estu<strong>da</strong>nte estagiária redige as ideias dos alunos noFolhas pauta<strong>da</strong>sOs alunosJustifica as estratégias de resolução de problemas: explica equadro, identificando os respetivos autores, enquanto umcompreenderam bem quejustifica as estratégias adota<strong>da</strong>s e os processos utilizados;outro aluno copia-as para uma folha para depois entregar àsse um tema forJustifica resultados matemáticos: explica ideias e processosdocentes estagiárias.escolhido, deverão optar


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 133matemáticos, oralmente e por escrito; justifica os resultados6. A estu<strong>da</strong>nte estagiária sugere que os alunos deem iníciopor outro.matemáticos obtidos;às suas pesquisas em casa e/ou na escola, em colaboração5.2. A Cátia sugeriu,Interpreta informação matemática: interpreta informação e ideiascom o seu colega de grupo.como fonte de pesquisa,matemáticas representa<strong>da</strong>s de diversas formas;7. Solicita que arrumem os materiais consoante as tarefasjornais. Foi uma boaRepresenta ideias matemáticas: representa informação e ideiasatribuí<strong>da</strong>s a ca<strong>da</strong> um.sugestão e a mesma foimatemáticas de diversas formas, recorrendo a diversos tipos devaloriza<strong>da</strong> pelas docentesrepresentação (desenhos, palavras, símbolos, tabelas, esquemas eQuarta-feiraestagiárias, contudo, foigráficos;1. Acolhimento <strong>da</strong>s crianças na salaexplicado que seriaExprime ideias matemáticas: expressa ideias e processos2. Realização <strong>da</strong>s tarefas diárias: escrever a <strong>da</strong>ta nonecessário ter acesso amatemáticos, oralmente e por escrito, utilizando linguagem equadro, marcar as presenças, marcar o tempo, distribuir osjornais <strong>da</strong> época,vocabulário próprios;manuais e os cadernos <strong>da</strong> área curricular decorrente.relativamente ao seuDiscute ideias matemáticas: discute resultados, processos e ideiastema (2ª Dinastia), oumatemáticos.Língua Portuguesaseja, entre 1385 e 1582, oNúmeros e OperaçõesLeitura e interpretação de um textoque não é possível de seCompreende a noção de número natural;1. A estu<strong>da</strong>nte estagiária relembra, oralmente e junto comManuais e cadernos deconcretizar. Contudo,Compreende a noção de número racional não negativo;os alunos, o conteúdo <strong>da</strong> primeira parte do texto “D. Afonsolíngua portuguesa;este tipo de fonte foiCompreende as operações com números naturais e racionais nãoHenriques – O rei de todos os portugueses” abor<strong>da</strong>do no diareforçado, possibilitandonegativos na representação decimal;anterior.à criança de recorrer àOpera com números naturais e racionais não negativos2. A estu<strong>da</strong>nte estagiária procede à leitura, em voz alta, <strong>da</strong>mesma se achasse querepresentados na forma decimal, usando proprie<strong>da</strong>des dossegun<strong>da</strong> parte do texto correspondente à página 17 doconseguiria encontrarnúmeros e <strong>da</strong>s operações;manual, enquanto os alunos acompanham a mesma.informações sobre o seuResolve problemas em contextos numéricos, envolvendo as2.1. Os alunos leem o referido texto, silenciosamente.tema em jornais,


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 134operações aritméticas;2.2. Discussão oral, em grande grupo, sobre o conteúdo doredigi<strong>da</strong>s numa épocaCompreende o efeito <strong>da</strong>s operações sobre os números;texto a fim de verificar se o mesmo foi assimilado pormais recente.Estima e avalia a razoabili<strong>da</strong>de dos resultados;todos.5.4. Grande parte do queElabora sequências de números segundo uma <strong>da</strong><strong>da</strong> lei de3. A estagiária redige, no quadro, algumas <strong>da</strong>s questões deas crianças afirmaramformação e investiga regulari<strong>da</strong>des numéricas;interpretação do texto coloca<strong>da</strong>s oralmente bem comoconhecer sobre HistóriaResolve problemas que envolvam o raciocínio proporcional;exercícios gramaticais relacionados com frases e palavrasde Portugal surgiu <strong>da</strong>Geometria e Medi<strong>da</strong>retira<strong>da</strong>s do texto.exploração do textoCompreende a grandeza dinheiro;3.1. Os alunos copiam as questões de interpretação e ossobre D. AfonsoCompreende as grandezas comprimento, área, massa, capaci<strong>da</strong>deexercícios de gramática para os seus cadernos e resolvem-Henriques, na áreae volume;nos, individualmente, enquanto as estu<strong>da</strong>ntes estagiáriascurricular de línguaCompreende o que é uma uni<strong>da</strong>de de medi<strong>da</strong> e o processo decirculam pela sala orientando os alunos sempre queportuguesamedir;necessário;Realiza estimativas e medições e relaciona diferentes uni<strong>da</strong>des de4. Solicita-se a participação dos alunos para responder àsLíngua Portuguesamedi<strong>da</strong> convencionais e não convencionais;perguntas de interpretação.1. Os alunos que maisCompreende a noção de perímetro;4.1. Ca<strong>da</strong> aluno, que se voluntarie, lê a sua resposta e,participaram oralmenteCompreende as noções de tempo e de intervalo de tempo econsoante o parecer <strong>da</strong> estu<strong>da</strong>nte estagiária, irá redigi-la noforam o Valter, a Cátia, acompara a duração de acontecimentos;quadro. Também deverá solicitar a participação de outrosAmélia e o Filipe. Ca<strong>da</strong>Resolve problemas envolvendo situações temporais;alunos que, aparentemente, não possuem iniciativa deum deles mencionouOrganização e Tratamento de Dadosintervenção.algumas <strong>da</strong>s partes queAnalisa e interpreta informação de natureza estatística organiza<strong>da</strong>retiveram sobre o textode diversas formas;Matemática<strong>da</strong> aula anterior,Recolhe e organiza <strong>da</strong>dos de natureza diversa (qualitativos eIntrodução ao diagrama de caule e folhasManuais e cadernos decomplementando-se uns


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 135quantitativos discretos) utilizando diferentes representações;1. Uma vez que os alunos tiveram conhecimento <strong>da</strong>matemática;aos outros.Usa informação de natureza estatística para interpretar oucotação <strong>da</strong>s suas notas na ficha de língua portuguesa,Tabela com a avaliação3. Alguns dos conteúdoscomparar informação.representa-se as mesmas numa tabela no quadro sob o títulodos alunos na ficha degramaticais abor<strong>da</strong>dos,“Notas <strong>da</strong> ficha de avaliação de língua portuguesa doslíngua portuguesaneste momento, foramESTUDO DO MEIOalunos do 4º 1”.relembrados por algunsInterpreta fontes diversas e, com base nestas e em conhecimentos1.1. Após uma análise geral <strong>da</strong> tabela, em conjunto com osalunos enquanto outrosprévios, produz informação e inferências váli<strong>da</strong>s e pertinentesalunos, a estu<strong>da</strong>nte estagiária expõe que <strong>da</strong>do um grandeain<strong>da</strong> pareciamsobre o passado pessoal e familiar, local, nacional e europeu;número de <strong>da</strong>dos numéricos (neste caso, 22) representadosdesconhecê-los,Sistematiza conhecimentos de si próprio, <strong>da</strong> sua família,em tabela ou por extenso, é difícil proceder a uma leiturademonstrandocomuni<strong>da</strong>de, história local, nacional e europeia relativamente aoespecífica a fim de verificar quais os <strong>da</strong>dos que se repetemdificul<strong>da</strong>des empassado próximo e ao passado mais longínquo;mais, qual o valor mais alto, qual o valor mais baixo, etc.compreender aquilo queReconhece e respeita identi<strong>da</strong>des sociais e culturais à luz doprincipalmente quando os <strong>da</strong>dos estão organizadosse pedia, como foi o casopassado próximo e longínquo, tendo em conta o contributo dosaleatoriamente em termos de valor numérico, como no caso<strong>da</strong> Mónica, <strong>da</strong> Sílvia e dodiversos patrimónios e culturas para a vi<strong>da</strong> social, presente e<strong>da</strong> tabela representa<strong>da</strong>.Óscar. Foi necessária afutura;2. A estagiária introduz e representa no quadro como seintervenção e explicaçãoMobiliza e integra vocabulário e conceitos substantivosdeverá proceder para a construção de um diagrama de cauledos conteúdos pelaespecíficos dos diferentes conteúdos, temas e problemase folhas, explanando que a leitura dos <strong>da</strong>dos neste tipo deestagiária – família deexplorados;diagrama será muito mais facilita<strong>da</strong>.palavras eUtiliza adequa<strong>da</strong>mente diversas formas de comunicação e2.1. Após os alunos observarem e ouvirem, atentamente, asinónimos/antónimos.expressão relaciona<strong>da</strong>s com o meio natural e social, no presente eexplicação <strong>da</strong> estu<strong>da</strong>nte estagiária, passam para os cadernos3.1. As criançasno passado;a tabela com os <strong>da</strong>dos e a representação dos mesmos noestiveram implica<strong>da</strong>s nodiagrama de caule e folhas.exercício, uma vez que


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 136Estrutura, comunica e debate conhecimentos sobre o meio naturale social, utilizando as TIC como recurso;Dinamismo <strong>da</strong>s Inter-relações Natural-SocialDemonstra conhecimento e aplica normas e cui<strong>da</strong>dos de saúde esegurança, a nível individual e comunitário, com vista aoequilíbrio natural;2.2. A estagiária incentiva os alunos a proceder àconstrução do diagrama a partir dos <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> tabela, ouseja, tentar representar o diagrama sem ter que,necessariamente, copiá-lo do quadro, para depoisverificarem se o que construíram corresponde ao que aestagiária representou no quadro. Também servirá paraapurar se os alunos realmente compreenderam comorepresentar um diagrama deste tipo.3. Os alunos abrem o manual na página 29.3.1. A pedido <strong>da</strong> estagiária, um aluno lê, em voz alta, oexercício número 2 <strong>da</strong> referi<strong>da</strong> página, enquanto os colegasacompanham a leitura.3.2. Todos os alunos procedem à resolução <strong>da</strong>s alíneas doexercício número 2, individualmente.3.3. As estu<strong>da</strong>ntes estagiárias circulam pelas mesas pararetirar dúvi<strong>da</strong>s, auxiliar e acompanhar a resolução doseste dizia respeito àsnotas obti<strong>da</strong>s na ficha deavaliação de LínguaPortuguesa <strong>da</strong> turma.Matemática2.2. Os alunos pareceramcompreender, não sócomo se procede paraconstruir um diagrama decaule e folhas, mastambém a razão <strong>da</strong>organização e disposiçãodos <strong>da</strong>dos de tal maneira,ou seja, para proceder auma análise facilita<strong>da</strong>dos <strong>da</strong>dos.


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 137exercícios pelos alunos.3.4. Procede-se à correção oral dos exercícios. Os alunosque respeitarem as regras de intervenção oral (colocar odedo no ar e falar só quando lhe é solicitado) <strong>da</strong>rão a suaresposta, enquanto os restantes colegas ouvem e corrigemeventuais erros.4. Resolução dos exercícios <strong>da</strong>s páginas 13 e 14 do livro defichas, referente à interpretação de <strong>da</strong>dos no gráfico debarras e no diagrama de caule e folhas e constatação <strong>da</strong>mo<strong>da</strong>.4.1. As estu<strong>da</strong>ntes estagiárias circulam pelas mesas pararetirar dúvi<strong>da</strong>s, auxiliar e acompanhar a resolução dosexercícios pelos alunos, procedendo à sua correção,individualmente.Livro de fichas dematemática “O Mundo <strong>da</strong>Carochinha – 4º ano”Estudo do MeioTrabalho em projeto: História de Portugal1. A estu<strong>da</strong>nte estagiária pede para os alunos se juntaremaos seus grupos de trabalho, definidos no dia anterior, eambas as estagiárias circulam pelos grupos apurando quaisos que trouxeram informações pesquisa<strong>da</strong>s sobre o seu temade trabalho.Documentos com aspesquisas dos alunos;Manual de estudo do meio


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 1382. Em ca<strong>da</strong> grupo, a estu<strong>da</strong>nte estagiária procede à leituraconjunta <strong>da</strong>s pesquisas dos elementos do grupo e pede quesublinhem as informações que considerarem relevantes,tendo como base as informações do tema apresenta<strong>da</strong>s narespetiva página do manual de estudo do meio. Os gruposque não trouxeram informações, procedem à leitura do textodo manual, referente ao seu tema. Sublinham e definemquais os aspetos, referidos no texto, que deverão ser alvo depesquisa, dividindo os mesmos pelos elementos do grupopara que ca<strong>da</strong> um fique responsável por pesquisar sobre talaspeto.2.1. A estu<strong>da</strong>nte estagiária pede para que os alunos deeminício e/ou continuem as suas pesquisas e que as tragam napróxima semana, ressalvando para que selecionem apenas ainformação que considerarem pertinente e cujas estagiáriasorientaram nesse sentido.3. Solicita que arrumem os materiais consoante as tarefasatribuí<strong>da</strong>s a ca<strong>da</strong> um.


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 139Tabela 15. – Planificação Semanal 2 – 1º CEBCentro de Competência de Ciências Sociais2º Ciclo – Educação Pré-escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino BásicoEstágio e RelatórioAno letivo 2011/ 2012Planificação Semanal 2 – Trabalho de texto; trabalho em projeto; exercícios de preparação para a ficha de avaliação trimestral de língua portuguesa eresolução de problemasInstituição: EB1/PE do Galeão Semana de: 28/11/2011 a 30/11/2011Turma: 4º 1I<strong>da</strong>des: 9, 10 e 11 anosProfessora Cooperante: Maria José AndradeOrientador(a) de Estágio: Paulo BrazãoEstu<strong>da</strong>nte(s) Estagiária(s): Tanya SilvaRecursosÁREA CURRICULARAtivi<strong>da</strong>des/EstratégiasMateriais eObservação/AvaliaçãoHumanosDomínioMetasSegun<strong>da</strong>-feira1. Acolhimento <strong>da</strong>s crianças na sala.Estu<strong>da</strong>ntesestagiárias;LÍNGUA PORTUGUESA2. Distribuição de tarefas para a semana: aProfessora2. Este é um procedimento já


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 140Compreender Discursos Orais e Cooperar em Situação de Interaçãoestu<strong>da</strong>nte estagiária seleciona por ordemcooperante;inserido pela professoraRetém o essencial <strong>da</strong>s narrativas e exposições que ouve e identifica o quealfabética as crianças que irão participar <strong>da</strong>sAlunos;cooperante, pelo que os alunosaprendeu;tarefas diárias durante a respetiva semana.Placar de tarefasencontram-se já familiarizadosFaz perguntas relevantes sobre exposições orais;Estas escolhem qual a tarefa que quereme cartões com ascom esta rotina.Reconta narrativas ou eventos contados, ao vivo ou gravados, e expressa a suaexecutar de entre as expostas no quadro defotos e os nomesopinião sobre o que ouve;tarefas: chefe <strong>da</strong> sala, que fica responsáveldos alunos;Identifica alguns traços que caracterizam diversos tipos de discurso oral (e.g.:por marcar as presenças o comportamento eQuadro deimperativo/ presente ou pretérito perfeito; tu/você; Era uma vez);registar a <strong>da</strong>ta no quadro; registo <strong>da</strong> <strong>da</strong>ta e doardósia e giz;Contribui na discussão a pares ou em pequeno grupo para a consecução de umtempo no respetivo placar; distribuição dosQuadro <strong>da</strong>sobjetivo comum (e.g.: planeamento de tarefas; distribuição de papéis);manuais; distribuição dos cadernos;presenças;Formula pedidos, dá ordens e informações, tendo em conta a situação e odistribuição de cores e outros materiais e regaCalendário;interlocutor;<strong>da</strong> planta <strong>da</strong> sala.Planta; regador4. A Catarina, a Helena, o Filipe, oUsa formas de tratamento adequa<strong>da</strong>s ao contexto escolar;3. Realização <strong>da</strong>s tarefas diárias.e água;Valter, a Amélia, a Maria, a LuísaInterage verbalmente de uma forma confiante e participa na discussão a pares ou4. Partilha de experiências sobre o fim-de-Materiale a Mónica partilharam as suasem pequeno grupo.semana.riscador,experiências sobre o fim-de-Exprimir Oralmente Ideias e Conhecimentosborrachas esemana.Narra com pormenores descritivos situações vivi<strong>da</strong>s e imagina<strong>da</strong>s;Língua Portuguesa -apara-lápis;Língua PortuguesaDescreve cenas (e.g.: paisagens; imagens) e objetos observados;Leitura e interpretação do textoManuais de2. A Tânia, o Manuel, o Paulo, oUsa vocabulário diversificado;1. Leitura do texto “D. João I rei do povo elínguaGregório e a Maria leram em vozRecorre a estruturas sintáticas complexas ao narrar e descrever em contextopai de Henrique, o navegador” <strong>da</strong>s páginasportuguesaalta. O Manuel foi o queescolar;34 e 35 do manual, em voz alta, pelademonstrou ter maioresUsa o tom de voz e a expressivi<strong>da</strong>de adequados ao narrar uma história e aoestu<strong>da</strong>nte estagiária e, posteriormente, emdificul<strong>da</strong>des na leitura,


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 141recitar um poema;Toma a palavra com confiança para narrar e descrever;Compreender e Interpretar TextosIdentifica as ideias centrais do texto;Usa pormenores do texto para a compreensão do seu sentido global;Identifica a sequência cronológica e lógica de eventos ou de factos do texto;Parafraseia frases do texto;Identifica conclusões expressas no texto;Identifica as sequências de um texto narrativo;Estabelece relações entre elementos do texto (ex: título / notícia; sonori<strong>da</strong>de erima);Identifica diferentes tipos de textos (e.g.: listagens; receitas; poemas; textos parateatro) pela mancha gráfica <strong>da</strong> página;Consulta obras de referência, em suporte de papel ou digital, (e.g.: dicionários;enciclopédias) para melhor compreensão do texto;Usa informação gráfica (e.g.: mapas; fotografias) como auxiliar <strong>da</strong> compreensãodo texto;Estabelece relações entre informação apresenta<strong>da</strong> no texto e o conhecimento quetem sobre o assunto;Identifica temas ou tópicos idênticos em diferentes textos;Antecipa o conteúdo e a forma do texto e confirma essas previsões;Identifica vocabulário específico do tema do texto;silêncio, pelos alunos.2. Selecionam-se três ou quatro crianças paralerem um parágrafo do texto,sucessivamente, em voz alta.3. Exploração do texto através <strong>da</strong> discussão,em grande grupo, sobre factos históricosabor<strong>da</strong>dos nos textos do manual de línguaportuguesa e de estudo do meio, explorados,anteriormente, interligando-os com o texto“D. João I rei do povo e pai de Henrique, onavegador”4. Questões orais de interpretação do texto:4.1. Porque o povo não gostava <strong>da</strong> ideia deter D. Beatriz como rainha de Portugal?4.2. Quem é que o povo queria como rei?Porquê?4.3. Porque é que um rei escolhido pelo povoera “coisa pouco vista”?4.4. Quando é que terminou a 1ª Dinastia? /Quando é que começou a 2ª Dinastia?5. Quantos filhos teve D. João I?6. Porque é que o infante D. Henrique ficounomea<strong>da</strong>mente na pronúncia e noritmo. A Maria e o Paulo leemadequa<strong>da</strong>mente, porém, num tommuito baixo.3. Os que mais intervieram,oralmente, na exploração do textoe mostraram ter compreendido omesmo foram a Cátia, o Rúben, oValter, o Filipe, a Tânia e aAmélia.4. As questões apresenta<strong>da</strong>sserviram de base para a exploraçãooral do texto, pelo que nãoseguiram uma estrutura rigorosa <strong>da</strong>que se apresenta no respetivoplano de ativi<strong>da</strong>des, mas sim a quefez mais sentido consoante asintervenções dos alunos.


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 142Descobre o significado de palavras desconheci<strong>da</strong>s em contexto;conhecido por “o navegador”?Identifica palavras ou expressões que no texto marcam relações temporais,7. Quem é que é armado cavaleiro na batalhacausais e finais;de conquista de Ceuta?Compara versões <strong>da</strong> mesma história (e.g.: caracterização <strong>da</strong>s personagens;8. Porque o infante quis fazer aliança com odesenvolvimento <strong>da</strong> ação);Preste João <strong>da</strong>s índias?Reconhece modos de representação <strong>da</strong> expressivi<strong>da</strong>de (e.g.: adjetivação;9. O que sugere o final <strong>da</strong> história?comparação; personificação);Cadernos de1. Os parágrafos do texto sãoIdentifica no texto elementos semelhantes e contrastantes;Trabalho de textolínguacompostos por frases curtas, peloReconhece no texto elementos de pertença a outra época (e.g.: vestuário;1. A estagiária sugere a elaboração de umportuguesaque o resumo, por exemplo, dostransportes; mobiliário);resumo do texto, em contexto de grandetrês primeiros parágrafos nãoIdentifica o padrão típico <strong>da</strong> construção narrativa;grupo: solicita que um aluno diga, porconstitui demasia<strong>da</strong> informaçãoEstabelece relações entre texto escrito e outros modos de representação (e.g.:palavras suas, o que refere os primeiros 3para ser assimila<strong>da</strong> pelo aluno. Aimagem; ban<strong>da</strong> desenha<strong>da</strong>; filme);parágrafos do texto. Com a orientação e asmaioria do grupo participouLê textos narrativos multimo<strong>da</strong>is em suporte digital.sugestões <strong>da</strong><strong>da</strong>s pelos alunos, um delesespontaneamente no trabalho deElaborar e Divulgar Textosescreve no quadro as frases sugeri<strong>da</strong>s detexto <strong>da</strong>ndo sugestões para o seuSeleciona o conhecimento relevante para construir o texto;forma a resumir estes parágrafos, mesmomelhoramento, mesmo aqueles queRegista palavras e ideias-chave sobre o tema do texto a escrever;com eventuais erros. Quando é termina<strong>da</strong> aapresentam dificul<strong>da</strong>des naRedige com correção formal e sintática, respeitando as convenções ortográficas,frase, procede-se à leitura <strong>da</strong> mesma, em vozelaboração de textos. Quando estesconstruindo frases completas e estabelecendo as relações de concordância entrealta, para que os alunos se apercebam dos<strong>da</strong>vam sugestões que não eram asos seus elementos;erros de pontuação e de concordância,mais corretas, em termos deUsa vocabulário diversificado, nomea<strong>da</strong>mente conectores;fazendo as suas próprias correções. O mesmoconstrução frásica e de relações deRecorre a frases simples e a frases complexas;será feito para os restantes parágrafos até seconcordância entre elementos,


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 143Usa as convenções <strong>da</strong> pontuação;obter um resumo do texto.apercebiam-se, por si mesmos eUsa os períodos para estruturar as ideias nos parágrafos;2. Uma ou duas crianças procedem à leiturapelos colegas que a sua sugestãoIdentifica passagens com repetições desnecessárias ou ausência de elementosdo resumo elaborado, em voz alta;não estabelecia um fio condutorfun<strong>da</strong>mentais e procede à sua reformulação, com ou sem apoio;3. Depois de se corrigir eventuais erros, oscom o restante parágrafo eIdentifica no texto incorreções ortográficas, ausência de elementos essenciais <strong>da</strong>alunos redigem o resumo nos respetivosapresentava falhas defrase e falhas de concordância e corrige-as;cadernos.concordância, pelo que este foi umElabora uma versão final graficamente cui<strong>da</strong><strong>da</strong> do texto, escrevendo-oMatemática –exercício que contribuiu para amanualmente ou utilizando o computador;Resolução de problemas e de operaçõesCaderno desensibilização dos processosReconhecer e Produzir Diferentes Géneros e Tipos de Textoscom o algoritmo <strong>da</strong> multiplicaçãoproblemasutiliza<strong>da</strong>s na elaboração de textos.Redige narrativas que apresentam os elementos estruturais básicos, com base em1. Correção do problema <strong>da</strong> semana n.º 8 doA Maria e a Luísa foram as queexperiências reais ou ficcionais (e.g.: conto maravilhoso; fábula; len<strong>da</strong>; relato decaderno de problemas:menos participaram no trabalho deexperiência vivi<strong>da</strong>; diário);1.1. O problema é lido, em voz alta, por umtexto e estavam constantementeRelata e/ou reconta um episódio ou uma série de eventos, respeitando a ordemaluno enquanto os restantes acompanham adistraí<strong>da</strong>s.cronológica do narrado;leitura;MatemáticaReconhece e aplica a distinção entre pretérito perfeito e imperfeito na elaboração1.3. Solicita-se um voluntário para fazer a1.3. A Carmen foi ao quadrode parágrafos narrativos;resolução do problema no quadroresolver o problema <strong>da</strong> semanaElabora a descrição de uma situação, objeto, paisagem ou personagem;apresentando e explicando aos colegas o seucontudo não soube justificar asResponde, por escrito, a questões sobre o essencial de informação li<strong>da</strong>;raciocínio;estratégias adota<strong>da</strong>s e os processosParafraseia períodos e parágrafos;1.4. A estagiária confirma com a restanteutilizados.Regista palavras e ideias-chave de uma exposição ouvi<strong>da</strong> ou li<strong>da</strong>;turma se o resultado apresentado está correto,1.4. A maioria dos alunos teveOrganiza por categorias informação sobre o tópico, recorrendo a léxicofazendo questões de forma a saber quais osdificul<strong>da</strong>des em conceberapropriado;alunos que chegaram ao mesmo resultado eestratégias para a resolução do


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 144Descreve fenómenos e relata factos, recorrendo a léxico apropriado;quais os que obtiveram um resultadoproblema, à exceção do Valter queSeleciona duas ou três razões para justificar a sua opinião;diferente, discutindo, com o grupo, as váriasconseguiu justificar a estratégiaConhecer as Proprie<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s Palavras e Alargar o Capital Lexicalhipóteses e possibili<strong>da</strong>des de raciocínio;utiliza<strong>da</strong>, porém, os alunos tiveramUsa as regras gerais de acentuação gráfica e usa o hífen em enclíticos (e.g.,1.5. Os alunos que apresentarem umdificul<strong>da</strong>des em compreender.escrevem-lhe);raciocínio diferente também se dirigem aoOptou-se por esquematizar oFaz a translineação nos casos simples e em palavras com consoantes duplasquadro a fim de explicar aos colegas oproblema no quadro através do(e.g.: carregar; passado);método utilizado e de proceder à resoluçãodesenho, uma vez que este implicaReconhece e usa relações de semelhança e de oposição entre significados;do problema.um raciocínio lógico-matemáticoIdentifica a rede de significados e usos <strong>da</strong>s palavras polissémicas que conhece;1.6. Circula-se pelas carteiras, a fim deinverso, onde se parte do resultadoSeleciona as palavras e expressões mais apropria<strong>da</strong>s para exprimir as ideias quedetetar eventuais dúvi<strong>da</strong>s por parte <strong>da</strong>se organizam-se os <strong>da</strong>dosquer transmitir;crianças, enquanto estas corrigem e/ouintermédios para chegar ao <strong>da</strong>doReconhece e respeita as proprie<strong>da</strong>des de seleção dos verbos principais que fazemredigem as possíveis resoluções para oManual deinicial. Após a esquematização doparte do seu capital lexical;problema, atendendo àquelas que,matemáticaproblema as crianças conseguiramIdentifica e usa os paradigmas de flexão nominal (número, género);normalmente, apresentam maioresCadernos deperceber o processo, inclusive aIdentifica e usa as formas dos verbos regulares <strong>da</strong> 1.ª, 2.ª e 3ª conjugação (tempodificul<strong>da</strong>des na respetiva área curricular.matemáticaMaria que apresenta grandese modo; pessoa e número);2. Solicita-se aos alunos que abram o manualdificul<strong>da</strong>des na área <strong>da</strong>Identifica e usa os prefixos e os sufixos mais frequentes e produtivos;na página 39 e procede à leitura em voz altamatemática, mas que soube,Identifica nos textos que lê radicais eruditos (latinos e gregos) mais frequentes;do problema n.º 3, enquanto as criançasatravés do desenho, explicar oIdentifica e usa resultados de processos de composição (compostos maisacompanham a leitura;processo de resolução dofrequentes);3. Individualmente, as crianças resolvem oproblema.Reconhece e usa expressões fixas recorrentes;problema5. A maioria <strong>da</strong>s criançasUsa pistas contextuais para descobrir o significado de palavras desconheci<strong>da</strong>s;4. Circula-se pelas carteiras, acompanhando ecompreende o raciocínio utilizado


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 145Usa a estrutura interna para descobrir o significado de palavras desconheci<strong>da</strong>s;auxiliando as crianças que apresentaremno algoritmo <strong>da</strong> multiplicação,Associa, semântica e fonologicamente, as palavras aprendi<strong>da</strong>s a outras que jádúvi<strong>da</strong>s na resolução do problema;contudo as principais dificul<strong>da</strong>desconhecia.5. As crianças que terminarem a resolução doe erros que surgiram deveram-se àEstruturar e Analisar Uni<strong>da</strong>des Sintáticasproblema, corretamente, efetuam asfalta de estudo sobre as tabua<strong>da</strong>s.Identifica os constituintes principais <strong>da</strong> frase e as suas funções sintáticas;operações <strong>da</strong> página 39 do manual propostas7. Por questões de gestão do tempoIdentifica nomes (próprios/comuns), verbos e adjetivos (qualificativos) epelo exercício n.º 4, através <strong>da</strong> utilização donão se procedeu à correção domobiliza esse conhecimento na compreensão e na produção de textos;algoritmo <strong>da</strong> multiplicação.problema no quadro, contudo,Identifica classes (preposições) e subclasses fecha<strong>da</strong>s de palavras (artigos,6. Verifica-se, individualmente, se aprocedeu-se à correção individualdemonstrativos, possessivos; pronomes pessoais) e mobiliza esse conhecimentoresolução <strong>da</strong>s operações está correta.dos raciocínios dos alunos àna compreensão e na produção de textos;7. Procede-se à correção do problema nomedi<strong>da</strong> que estes mostravam àIdentifica subclasses de advérbios (advérbios de polari<strong>da</strong>de, de tempo, de lugar,quadro, seguindo o mesmo procedimentoestagiária a resolução do problema.de modo) e mobiliza esse conhecimento na compreensão e na produção deenunciado nos passos de 1.1. a 1.6. para aTrabalhos dosÉ uma estratégia adota<strong>da</strong> pelatextos;resolução do problema <strong>da</strong> semanagruposprofessora cooperante e revela serIdentifica e aplica os processos de concordância sujeito-verbo e sujeito-mais eficaz em termos <strong>da</strong> deteçãopredicativo do sujeito, bem como os processos de concordância internos aoEstudo do Meio –de dificul<strong>da</strong>des individuais dosgrupo nominal;Trabalho em projeto: História de Portugalalunos.Distingue significados associados a processos sintáticos de formação de frases1. Trabalho em projeto: conclusão de algunsEstudo do Meiocomplexas (e.g., enumeração e sequência temporal / contraste, em estruturastrabalhos de grupo sobre diversas temáticas2. O grupo <strong>da</strong> Cátia e do Manuel écoordena<strong>da</strong>s; causa ou razão / tempo / fim em estruturas subordina<strong>da</strong>s) e<strong>da</strong> História de Portugal, no contexto doo que se encontra mais atrasadomobiliza esse conhecimento na compreensão e na produção de textos;passado nacional, inseri<strong>da</strong>s na organizaçãoem termos de trabalho. O do FilipeUsa as proprie<strong>da</strong>des de seleção de tempo e de modo dos verbos superiores e doscurricular e programas para o 1º ciclo doe <strong>da</strong> Maria é o que se encontraconectores que fazem parte do seu capital lexical na compreensão e na produçãoensino básico, concretamente para o 4º anoManual demais adiantado.


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 146de frases complexas;de escolari<strong>da</strong>de.estudo do meioO Óscar, a Mónica, a Mariana e aPontua corretamente as frases simples, incluindo as convenções que marcam2. Procede-se ao acompanhamento dosTânia cometem erros ortográficosvalores discursivos (e.g., travessão para assinalar o discurso direto);trabalhos dos grupos, lendo e sugerindo asgraves, mesmo na transcrição deAssocia certas estruturas sintáticas a contextos orais informais.devi<strong>da</strong>s alterações/correções a serem feitas.palavras. Apresentam,3. Os grupos que terminarem os seusconstantemente, falta de atenção etrabalhos devem ler/estu<strong>da</strong>r, autonomamenteTabela dosconcentração no trabalho que estáMATEMÁTICAe em silêncio, as páginas 44 e 45 do manualcomportamentosa ser realizado.Capaci<strong>da</strong>des Transversaisde sobre a 2ª dinastia e responder às questõesCompreende o problema: identifica o objetivo e a informação relevante para a1, 2, 3 e 4 <strong>da</strong> página 47.resolução de um <strong>da</strong>do problema; identifica problemas com informaçãoirrelevante, <strong>da</strong>dos insuficientes ou sem solução;Fase final do diaConcebe estratégias de resolução de problemas: concebe estratégias1. O chefe <strong>da</strong> sala marca o comportamentodiversifica<strong>da</strong>s de resolução de problemas, como a) resolve um problema análogodos alunos mediante a opinião de todos e <strong>da</strong>smas mais simples; b)explora casos particulares;estu<strong>da</strong>ntes estagiárias;Aplica estratégias de resolução de problemas e avalia a adequação dos resultados2. Cumprimento <strong>da</strong>s tarefas e arrumação <strong>da</strong>obtidos: põe em prática estratégias de resolução de problemas; utiliza estratégiassala.do mesmo tipo em diferentes problemas e identifica estratégias diferentes naresolução do mesmo problema; verifica a adequação dos resultados obtidos e dosTerça-feiraManuais deprocessos utilizados;1. Acolhimento <strong>da</strong>s crianças na sala.matemáticaMatemáticaJustifica as estratégias de resolução de problemas: explica e justifica as2. Realização <strong>da</strong>s tarefas diárias.Quadro de1. O Óscar e o Manuelestratégias adota<strong>da</strong>s e os processos utilizados;ardósia e gizausentaram-se <strong>da</strong> aula e foram paraJustifica resultados matemáticos: explica ideias e processos matemáticos,Matemática –Cadernos deo apoio pe<strong>da</strong>gógico acrescido de


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 147oralmente e por escrito; justifica os resultados matemáticos obtidos;Resolução de problemas e de operaçõesmatemáticamatemática. A Maria, a Helena, aFormula e testa conjeturas: formula e testa conjeturas relativas a situaçõesutilizando o algoritmo <strong>da</strong> multiplicaçãoBelin<strong>da</strong>, a Maria, a Mariana e amatemáticas simples. (Por exemplo, observando regulari<strong>da</strong>des e relações1. Solicita-se aos alunos que apresentemMónica foram ao quadro resolvernuméricas nas tabua<strong>da</strong>s);maiores dificul<strong>da</strong>des na resolução deas operações acerta<strong>da</strong>mente,Interpreta informação matemática: interpreta informação e ideias matemáticasoperações utilizando o algoritmo <strong>da</strong>contudo a Mónica apresentourepresenta<strong>da</strong>s de diversas formas;multiplicação, para que se dirijam ao quadrodificul<strong>da</strong>des nas tabua<strong>da</strong>s e aRepresenta ideias matemáticas: representa informação e ideias matemáticas dee proce<strong>da</strong>m à resolução e explicação, em vozBelin<strong>da</strong> não soube explicar adiversas formas, recorrendo a diversos tipos de representação (desenhos,alta, dos procedimentos utilizados paraestratégia utiliza<strong>da</strong> na resolução <strong>da</strong>palavras, símbolos, tabelas, esquemas e gráficos;resolver as operações sugeri<strong>da</strong>s pelo manualoperação. O Bruno errou noExprime ideias matemáticas: expressa ideias e processos matemáticos, oralmentena página 39, sendo eles: a Maria, o Bruno, aresultado <strong>da</strong> operação mas oe por escrito, utilizando linguagem e vocabulário próprios;Helena, o Óscar, a Belin<strong>da</strong>, a Maria, araciocínio estava corretoDiscute ideias matemáticas: discute resultados, processos e ideias matemáticos.Mariana, a Mónica e o Manuel. Outros dois2. A Carmen e o Valter resolveramNúmeros e Operaçõesalunos que se voluntariem resolvem asos problemas com grandeCompreende a noção de número natural;restantes duas operações, seguindo o mesmofacili<strong>da</strong>de. A Belin<strong>da</strong> e a MónicaCompreende as operações com números naturais e racionais não negativos naprocedimento.têm dificul<strong>da</strong>des em interpretarrepresentação decimal;2. Leitura e resolução individual dosproblemas e preocupam-se apenasOpera com números naturais e racionais não negativos representados na formaproblemas 1, 2 e 3 <strong>da</strong> página 40 do manualem saber qual o algoritmo adecimal, usando proprie<strong>da</strong>des dos números e <strong>da</strong>s operações;3. Circula-se pelas carteiras e acompanha-seutilizar, sem proceder a umaResolve problemas em contextos numéricos, envolvendo as operaçõesa resolução dos problemas pelos alunos,utilização lógica dos <strong>da</strong>dos.aritméticas;clarificando quaisquer dúvi<strong>da</strong>s que possamApresentam, também, dificul<strong>da</strong>desCompreende o efeito <strong>da</strong>s operações sobre os números;surgir.na compreensão do efeito <strong>da</strong>sEstima e avalia a razoabili<strong>da</strong>de dos resultados;4. Após correções individuais dos problemas,operações sobre os números, por


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 148Resolve problemas que envolvam o raciocínio proporcional;procede-se à correção oral dos mesmos, emTrabalhos dosexemplo, numa divisão, nãoGeometria e Medi<strong>da</strong>grande grupo, em que ca<strong>da</strong> alunogruposidentificam se o quociente seráResolve problemas geométricos em contextos diversos;solicitado/voluntário explica, por palavrasmaior ou menor do que oCompreende a grandeza dinheiro;suas, o raciocínio efetuado, indicando odividendoCompreende as grandezas comprimento, área, massa, capaci<strong>da</strong>de e volume;resultado final.A restante turma apresentouCompreende o que é uma uni<strong>da</strong>de de medi<strong>da</strong> e o processo de medir;algumas dúvi<strong>da</strong>s na compreensãoRealiza estimativas e medições e relaciona diferentes uni<strong>da</strong>des de medi<strong>da</strong>Estudo do Meiodos problemas, contudo,convencionais e não convencionais;Trabalho em projeto: História de Portugalconseguiram resolvê-los. A maiorCompreende a noção de perímetro;1. Continuação e conclusão dos trabalhosparte mostrou não relembrar oCompreende as noções de tempo e de intervalo de tempo e compara a duração dedesenvolvidos, com o devidoprocesso que envolve o algoritmoacontecimentos;acompanhamento <strong>da</strong>s estu<strong>da</strong>ntes estagiárias.<strong>da</strong> divisãoResolve problemas envolvendo situações temporais;Estudo do MeioOrganização e Tratamento de DadosFase final do dia1. Os grupos encontram-se muitoAnalisa e interpreta informação de natureza estatística organiza<strong>da</strong> de diversas1. O chefe <strong>da</strong> sala marca o comportamentodesequilibrados em termos deformas;dos alunos mediante a opinião de todos e <strong>da</strong>sprogresso do seu trabalho. O grupoRecolhe e organiza <strong>da</strong>dos de natureza diversa (qualitativos e quantitativosestu<strong>da</strong>ntes estagiárias;<strong>da</strong> Tânia, do Bruno, <strong>da</strong> Belin<strong>da</strong> ediscretos) utilizando diferentes representações;2. Cumprimento <strong>da</strong>s tarefas e arrumação <strong>da</strong>do Rúben são os que estão maisUsa informação de natureza estatística para interpretar ou comparar informação.sala.atrasados, pelo que procurou-seTrabalhos dosorientá-los mais afinca<strong>da</strong>mente emESTUDO DO MEIOQuarta-feiragruposrelação aos restantes grupos.Localização no Espaço e no TempoUtiliza diferentes uni<strong>da</strong>des/convenções temporais e situa no tempo rotinas, <strong>da</strong>tas,1. Acolhimento <strong>da</strong>s crianças na sala.2. Realização <strong>da</strong>s tarefas diárias.Manuais de1. O grupo composto pela Améliae pelo Divo foi o primeiro a


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 149eventos e personagens <strong>da</strong> História e <strong>da</strong>s comuni<strong>da</strong>des atuais;estudo do meioterminar o seu trabalho.Constrói linhas de tempo relaciona<strong>da</strong>s com rotinas e <strong>da</strong>tas significativas para aEstudo do Meio -2. Por volta <strong>da</strong>s 15h15m a grandehistória pessoal, local e nacional;Trabalho em projeto: História de Portugalmaioria <strong>da</strong>s crianças saiu <strong>da</strong> sala, aIdentifica mu<strong>da</strong>nças e permanências ao longo do tempo pessoal, local e nacional,1. Continuação e conclusão dos trabalhospedido do professor de música,reconhecendo diferentes ritmos (mu<strong>da</strong>nça gradual ou de rutura) e direçõesdesenvolvidos, com o devidopara ensaiar para o ato de natal que(progresso, ciclo, permanência, simultanei<strong>da</strong>de);acompanhamento <strong>da</strong>s estu<strong>da</strong>ntes estagiárias;será apresentado na festa <strong>da</strong>Conhecimento do Meio Natural e Social2. Os grupos que terminarem os seusescola. Ficaram apenas 9 criançasCaracteriza elementos naturais e humanos de lugares e regiões através de recolhatrabalhos devem responder às questões <strong>da</strong>na sala cujos respetivos parceirose mobilização adequa<strong>da</strong> de informação;página 43 do manual.de grupo encontravam-se ausentes,Interpreta a reali<strong>da</strong>de natural, humana e social, a partir de questões geográficas,pelo que não foi possível adiantarhistóricas e sociais, sobre a reali<strong>da</strong>de que observa;Língua Portuguesa –Cadernos deos respetivos trabalhos de grupo.Interpreta fontes diversas e, com base nestas e em conhecimentos prévios,Preparação para a ficha de avaliaçãolínguaOptou-se por proceder à resoluçãoproduz informação e inferências váli<strong>da</strong>s e pertinentes sobre o passado pessoal etrimestralportuguesa;<strong>da</strong>s questões <strong>da</strong> página 43 dofamiliar, local, nacional e europeu;1. Solicita-se a intervenção oral dos alunosmanual, em grande grupo. Após aSistematiza conhecimentos de si próprio, <strong>da</strong> sua família, comuni<strong>da</strong>de, históriapara que recordem o texto trabalhado natroca de ideias e de sugestões delocal, nacional e europeia relativamente ao passado próximo e ao passado maissegun<strong>da</strong>-feira, nomea<strong>da</strong>mente sobre asresposta, um aluno redigiu alongínquo;principais informações destaca<strong>da</strong>s no resumoresposta correta e completa noReconhece e respeita identi<strong>da</strong>des sociais e culturais à luz do passado próximo eefetuado pela turma;quadro e os restanteslongínquo, tendo em conta o contributo dos diversos patrimónios e culturas para2. Redige-se, no quadro, os seguintestranscreveram-nas.a vi<strong>da</strong> social, presente e futura;exercícios de funcionamento <strong>da</strong> língua,Língua PortuguesaMobiliza e integra vocabulário e conceitos substantivos específicos dosenquanto as crianças copiam para os seus2. Procedeu-se à leitura em vozdiferentes conteúdos, temas e problemas explorados;cadernos:alta dos exercícios apresentados no


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 150Reconhece a diversi<strong>da</strong>de na organização <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> em socie<strong>da</strong>de ao longo dostempos e a sua relação com as condições naturais;Dinamismo <strong>da</strong>s Inter-relações Natural-SocialDemonstra conhecimento e aplica normas e cui<strong>da</strong>dos de saúde e segurança, anível individual e comunitário, com vista ao equilíbrio natural;Reconhece a existência de relações entre lugares e regiões (áreas de produção/deconsumo; áreas de habitação/de trabalho; áreas de residência/de férias; áreas defornecimento de matérias-primas/ de transformação), expondo elementos queevidenciem a existência <strong>da</strong>s mesmas;Refere elementos <strong>da</strong> sua identi<strong>da</strong>de cultural, diferenciadores e comuns àidenti<strong>da</strong>de de membros de outras culturas, manifestando o sentido de pertença eo respeito pela diversi<strong>da</strong>de de culturas.TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃOInformaçãoUtiliza recursos digitais online e offline para pesquisar, selecionar e tratar ainformação, de acordo com os objetivos definidos e as orientações forneci<strong>da</strong>spelo professor.Exercícios de funcionamento <strong>da</strong> língua sobreo texto <strong>da</strong>s páginas 34 e 35 do manual:2.1. Localiza a ação do texto no tempo (emséculos)2.2. Classifica morfologicamente as palavrasdo texto:Portugal –morreu –importantes –misterioso –mouros –2.3. Reescreve a seguinte frase no singular:“Os tempos que se seguem são muitodifíceis”2.4. Completa com os sinónimos <strong>da</strong>sseguintes palavras:próximo –governado –aclamado –escolhido –2.5. Classifica as seguintes palavras deacordo com a sua acentuação: odiava; livre;quadro, uma vez que as criançasapresentavam algumas dúvi<strong>da</strong>ssobre determinados conceitos esobre aquilo que se pretendia.Apenas a Helena e o Divo é quesouberam explicar o que sepretendia com a questão n.º 2. Amaioria não se recor<strong>da</strong>va o que sepretendia com a classificaçãomorfológica <strong>da</strong>s palavras.2.4. Algumas crianças ain<strong>da</strong> nãosabem diferenciar os conceitos desinónimo e antónimo, o mesmoacontece com a área vocabular depalavras e a família de palavras (2.6.).2.5. Apresentaram dificul<strong>da</strong>des naclassificação de palavras de acordocom a acentuação.Fase final do dia1. A turma tem grande consciênciado comportamento dos colegas e,


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 151aclamar; Índia; Ceuta; aquiAgu<strong>da</strong>s –Graves –Esdrúxulas –2.6. Escreve palavras <strong>da</strong> área vocabular debatalha3. Os alunos procedem à resolução,individual, dos respetivos exercícios;4. Acompanha-se os alunos que apresentaremmais dificul<strong>da</strong>des e outros que solicitem aintervenção <strong>da</strong> estagiária.5. Correção oral e por escrito, no quadro, dosexercícios pelos alunos.Fase final do dia1. O chefe <strong>da</strong> sala marca o comportamentodos alunos mediante a opinião de todos e <strong>da</strong>sestu<strong>da</strong>ntes estagiárias;2. Cumprimento <strong>da</strong>s tarefas e arrumação <strong>da</strong>sala.Tabela docomportamentonormalmente, há sempre acordo naclassificação dos comportamentos,sendo que uns têm mais facili<strong>da</strong>deem justificar e <strong>da</strong>r exemplosconcretos do comportamento docolega do que outros.Apesar de a classificação seguir oparecer <strong>da</strong> turma, alerta-se para anecessi<strong>da</strong>de de se considerar ointeresse e a participação nasaulas. Por exemplo, se um alunoencontra-se mais agitado emdeterminado dia, porém, participoue interveio pertinentemente naaula, esta atitude deve ser ti<strong>da</strong> emconsideração na avaliação docomportamento do mesmo.


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 152Tabela 16. – Planificação Semanal 3 – 1º CEBCentro de Competência de Ciências Sociais2º Ciclo – Educação Pré-escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino BásicoEstágio e RelatórioAno letivo 2011/ 2012Resolução de problemas diferenciados pe<strong>da</strong>gogicamente; conclusão e apresentação dos trabalhos em projeto e produção de textoInstituição: EB1/PE do Galeão Semana de: 05/12/2011 a 07/12/2011Turma: 4º 1I<strong>da</strong>des: 9, 10 e 11 anosProfessora Cooperante: Maria José AndradeOrientador(a) de Estágio: Paulo BrazãoEstu<strong>da</strong>nte(s) Estagiária(s): Tanya SilvaRecursosÁREA CURRICULARAtivi<strong>da</strong>des/EstratégiasMateriais eObservação/AvaliaçãoHumanosDomínioMetasSegun<strong>da</strong>-feira1. Acolhimento <strong>da</strong>s crianças na sala.Estu<strong>da</strong>ntesestagiárias;LÍNGUA PORTUGUESACompreender Discursos Orais e Cooperar em Situação de InteraçãoRetém o essencial <strong>da</strong>s narrativas e exposições que ouve e identifica o que aprendeu;Faz perguntas relevantes sobre exposições orais;2. Distribuição de tarefas para a semana:a estu<strong>da</strong>nte estagiária seleciona por ordemalfabética as crianças que irão participar <strong>da</strong>starefas diárias durante a respetiva semana.Professoracooperante;Alunos;Placar de tarefas


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 153Reconta narrativas ou eventos contados, ao vivo ou gravados, e expressa a sua opiniãoEstas escolhem qual a tarefa que quereme cartões com assobre o que ouve;executar de entre as expostas no quadro defotos e os nomesIdentifica alguns traços que caracterizam diversos tipos de discurso oral (e.g.: imperativo/tarefas: chefe <strong>da</strong> sala, que fica responsáveldos alunos;presente ou pretérito perfeito; tu/você; Era uma vez);por marcar as presenças o comportamento eQuadro deContribui na discussão a pares ou em pequeno grupo para a consecução de um objetivoregistar a <strong>da</strong>ta no quadro; registo <strong>da</strong> <strong>da</strong>ta eardósia e giz;comum (e.g.: planeamento de tarefas; distribuição de papéis);do tempo no respetivo placar; distribuiçãoQuadro <strong>da</strong>sFormula pedidos, dá ordens e informações, tendo em conta a situação e o interlocutor;dos manuais; distribuição dos cadernos;presenças;Usa formas de tratamento adequa<strong>da</strong>s ao contexto escolar;distribuição de cores e outros materiais eCalendário;4. A Amélia, o Filipe e oInterage verbalmente de uma forma confiante e participa na discussão a pares ou emrega <strong>da</strong> planta <strong>da</strong> sala.Planta; regadorGregório falaram sobre opequeno grupo.3. Realização <strong>da</strong>s tarefas diárias.e água.que fizeram no fim-de-Exprimir Oralmente Ideias e Conhecimentos4. Partilha de experiências sobre o fim-de-semana por opção dosNarra com pormenores descritivos situações vivi<strong>da</strong>s e imagina<strong>da</strong>s;semana.colegas de turma, uma vezDescreve cenas (e.g.: paisagens; imagens) e objetos observados;que se pretendia que esteUsa vocabulário diversificado;Matemática –momento fosse breveRecorre a estruturas sintáticas complexas ao narrar e descrever em contexto escolar;Diferenciação pe<strong>da</strong>gógica: resolução dedevido às intervenções queUsa o tom de voz e a expressivi<strong>da</strong>de adequados ao narrar uma história e ao recitar umproblemasiriam surgir no decorrer dopoema;1. Correção dos exercícios <strong>da</strong> ficha n.º 9 do- Cadernos dehorário curricular,Toma a palavra com confiança para narrar e descrever;livro de fichas enviados para casa pelamatemáticadesigna<strong>da</strong>mente aCompreender e Interpretar Textosprofessora cooperante. Estes são corrigidosintervenção de psicólogasIdentifica as ideias centrais do texto;oralmente, em grande grupo, e depois noàs 14h00m.Usa pormenores do texto para a compreensão do seu sentido global;quadro para eventuais correções que osMatemáticaIdentifica a sequência cronológica e lógica de eventos ou de factos do texto;alunos tenham de fazer.2. A Carmen resolveu o


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 154Parafraseia frases do texto;2. Distribuição de um problema por ca<strong>da</strong>- Problemasseu problema com grandeIdentifica conclusões expressas no texto;aluno, sendo que no total serão cincofacili<strong>da</strong>de;Identifica as sequências de um texto narrativo;problemas diferentes, distribuídos- A Maria, apesar de terEstabelece relações entre elementos do texto (ex: título / notícia; sonori<strong>da</strong>de e rima);consoante o grau de dificul<strong>da</strong>de e aum problema com um grauIdentifica diferentes tipos de textos (e.g.: listagens; receitas; poemas; textos para teatro)localização dos alunos na sala para quede dificul<strong>da</strong>de reduzido,pela mancha gráfica <strong>da</strong> página;tenham a possibili<strong>da</strong>de de resolver oteve dificul<strong>da</strong>des emUsa informação gráfica (e.g.: mapas; fotografias) como auxiliar <strong>da</strong> compreensão do texto;problema individualmente sem aresolvê-lo;Estabelece relações entre informação apresenta<strong>da</strong> no texto e o conhecimento que temintervenção dos colegas de carteira.- Alguns alunos quesobre o assunto;3. À correção dos cinco problemas é feitaterminaram os seusIdentifica temas ou tópicos idênticos em diferentes textos;no quadro pelas crianças, com a devi<strong>da</strong>problemas ofereceram-seIdentifica vocabulário específico do tema do texto;explicação para que os seus colegas tenhampara aju<strong>da</strong>r os colegas queDescobre o significado de palavras desconheci<strong>da</strong>s em contexto;conhecimento do problema e compreen<strong>da</strong>mtinham mais dificul<strong>da</strong>des.Identifica palavras ou expressões que no texto marcam relações temporais, causais eo raciocínio utilizado por quem está aFomentou-se esta atitudefinais;explicar, intervindo, com a solicitação <strong>da</strong>alertando para que asCompara versões <strong>da</strong> mesma história (e.g.: caracterização <strong>da</strong>s personagens;estagiária, ou não, com eventuaiscrianças não resolvessem odesenvolvimento <strong>da</strong> ação);observações ou dúvi<strong>da</strong>s que possam ter.problema dos colegas masIdentifica no texto elementos semelhantes e contrastantes;apenas explicassem o seuReconhece no texto elementos de pertença a outra época (e.g.: vestuário; transportes;Estudo do Meio –conteúdo de modo a que osmobiliário);Trabalho em projeto: conclusão ecolegas percebam.Identifica o padrão típico <strong>da</strong> construção narrativa;apresentação- Trabalhos dos3. Não foi possívelEstabelece relações entre texto escrito e outros modos de representação (e.g.: imagem;1. Conclusão dos restantes trabalhos dealunos;proceder à correçãoban<strong>da</strong> desenha<strong>da</strong>; filme);grupo;- Cadernos deprevista por uma questão


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 155Elaborar e Divulgar Textos2. Distribuição dos cadernos de estudo doestudo do meio;de gestão de tempo,Seleciona o conhecimento relevante para construir o texto;meio;contudo procedeu àRegista palavras e ideias-chave sobre o tema do texto a escrever;2. Início <strong>da</strong>s apresentações dos trabalhos.correção individual dosRedige com correção formal e sintática, respeitando as convenções ortográficas,Estas seguem a estrutura cronológica <strong>da</strong>sproblemas à medi<strong>da</strong> que seconstruindo frases completas e estabelecendo as relações de concordância entre os seustemáticas de forma a estabelecer acirculava pelas carteiras.elementos;continui<strong>da</strong>de dos factos históricos emEstudo do MeioUsa vocabulário diversificado, nomea<strong>da</strong>mente conectores;estudo:1. Enquanto alguns gruposRecorre a frases simples e a frases complexas;2.1. O primeiro grupo a apresentar é o doterminavam os seusUsa as convenções <strong>da</strong> pontuação;Filipe e <strong>da</strong> Maria com o tema “Os primeirostrabalhos, os restantesUsa os períodos para estruturar as ideias nos parágrafos;povos”;preparavam as respetivasIdentifica passagens com repetições desnecessárias ou ausência de elementos2.2. A turma intervém e opina sobre aapresentações, lendo ofun<strong>da</strong>mentais e procede à sua reformulação, com ou sem apoio;apresentação dos colegas;trabalho e definindo o queIdentifica no texto incorreções ortográficas, ausência de elementos essenciais <strong>da</strong> frase e2.3. Redigem-se no quadro as informaçõesca<strong>da</strong> elemento apresenta.falhas de concordância e corrige-as;essenciais que a turma reteve <strong>da</strong>2.1. O Filipe apresentou oElabora uma versão final graficamente cui<strong>da</strong><strong>da</strong> do texto, escrevendo-o manualmente ouapresentação dos colegas;trabalho sem recorrerutilizando o computador;2.4. Os alunos redigem nos seus cadernosdemasiado ao textoIlustra o texto com desenhos ou imagens, com ou sem recurso a meios informáticos;as informações apresenta<strong>da</strong>s no quadro;elaborado;Reconhecer e Produzir Diferentes Géneros e Tipos de Textos2.5. A Tânia e a Helena apresentam “Os2.2. A turma não seRedige narrativas que apresentam os elementos estruturais básicos, com base emMuçulmanos”;manifestou,experiências reais ou ficcionais (e.g.: conto maravilhoso; fábula; len<strong>da</strong>; relato de2.6. Procede-se do mesmo modo quevoluntariamente, sobre aexperiência vivi<strong>da</strong>; diário);explanado nos pontos 2.2 a 2.4.apresentação do primeiroRelata e/ou reconta um episódio ou uma série de eventos, respeitando a ordem cronológica2.7. A Amélia e o Divo apresentam “Agrupo;


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 156do narrado;Reconquista Cristã”;2.3. Verificou-se que aReconhece e aplica a distinção entre pretérito perfeito e imperfeito na elaboração de2.8. Procede-se do mesmo modo quemaioria não prestouparágrafos narrativos;explanado nos pontos 2.2 a 2.4.atenção à primeiraIntroduz sequências dialogais e descritivas na narrativa;2.9. A Luísa e a Maria apresentam “Aapresentação pelo que oElabora a descrição de uma situação, objeto, paisagem ou personagem;Formação de Portugal”;próprio grupo é queReconhece e utiliza processos de introdução de personagens novas num texto (e.g.:2.10. Procede-se do mesmo modo queinterveio no sentido deexpressões indefini<strong>da</strong>s; sujeitos pós-verbais em frases com verbos de movimento);explanado nos pontos 2.2 a 2.4.destacar as informaçõesResponde, por escrito, a questões sobre o essencial de informação li<strong>da</strong>;mais relevantes doParafraseia períodos e parágrafos;Fase final do dia- Tabela dostrabalho;Organiza por categorias informação sobre o tópico, recorrendo a léxico apropriado;1. O chefe <strong>da</strong> sala marca o comportamentocomportamentos2.5. Após uma chama<strong>da</strong> deDescreve fenómenos e relata factos, recorrendo a léxico apropriado;dos alunos mediante a opinião de todos eatenção <strong>da</strong> estagiária aSeleciona duas ou três razões para justificar a sua opinião;<strong>da</strong>s estu<strong>da</strong>ntes estagiárias;turma começou a intervirConhecer as Proprie<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s Palavras e Alargar o Capital Lexical2. Cumprimento <strong>da</strong>s tarefas e arrumação <strong>da</strong>mais na apresentação dosUsa as regras gerais de acentuação gráfica e usa o hífen em enclíticos (e.g., escrevem-lhe);sala.colegas. A Tânia e aFaz a translineação nos casos simples e em palavras com consoantes duplas (e.g.: carregar;Helena leram o trabalho epassado);Terça-feirafalaram num tom baixo.Reconhece e usa relações de semelhança e de oposição entre significados;1. Acolhimento <strong>da</strong>s crianças na sala.Foi necessário relembra-Identifica a rede de significados e usos <strong>da</strong>s palavras polissémicas que conhece;2. Realização <strong>da</strong>s tarefas diárias.las que demonstrassem asSeleciona as palavras e expressões mais apropria<strong>da</strong>s para exprimir as ideias que querimagens à turma;transmitir;Matemática –2.7. A Amélia e o DivoReconhece e respeita as proprie<strong>da</strong>des de seleção dos verbos principais que fazem parte doExercícios de revisão para a ficha deleram o texto e falaramseu capital lexical;avaliação- Caderno denum tom alto;


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 157Identifica e usa os paradigmas de flexão nominal (número, género);1. Correção do problema n.º 9 do cadernoproblemas;2.9. A Luísa leu o trabalhoIdentifica e usa as formas dos verbos regulares <strong>da</strong> 1.ª, 2.ª e 3ª conjugação (tempo e modo;de problemas, man<strong>da</strong>do para casa pela- Cadernos decom alguma dificul<strong>da</strong>de. Apessoa e número);professora cooperante:matemática;Maria leu com um tom deIdentifica e usa os prefixos e os sufixos mais frequentes e produtivos;1.1. Um aluno voluntário lê, em voz alta, ovoz baixo.Identifica e usa resultados de processos de composição (compostos mais frequentes);problema;Reconhece e usa expressões fixas recorrentes;1.2. Interpreta-se o problema oralmente eUsa pistas contextuais para descobrir o significado de palavras desconheci<strong>da</strong>s;em grande grupoUsa a estrutura interna para descobrir o significado de palavras desconheci<strong>da</strong>s;1.3. Discutem-se, oralmente, as estratégiasAssocia, semântica e fonologicamente, as palavras aprendi<strong>da</strong>s a outras que já conhecia.de resolução do problema adota<strong>da</strong>s pelosEstruturar e Analisar Uni<strong>da</strong>des Sintáticasalunos;Identifica os constituintes principais <strong>da</strong> frase e as suas funções sintáticas;1.4. Solicita-se a um grupo de alunos, cujosIdentifica nomes (próprios/comuns), verbos e adjectivos (qualificativos) e mobiliza esseraciocínios para a resolução do problemaconhecimento na compreensão e na produção de textos;diferem entre si, para que apresentem aMatemáticaIdentifica classes (preposições) e subclasses fecha<strong>da</strong>s de palavras (artigos, demonstrativos,respetiva resolução no quadro;1.5. A Maria e a Sílvia nãopossessivos; pronomes pessoais) e mobiliza esse conhecimento na compreensão e na1.5. Caso se verifique outras possibili<strong>da</strong>descompreenderam oprodução de textos;de resolução do problema que os alunos nãoproblema pelo que tiveramIdentifica subclasses de advérbios (advérbios de polari<strong>da</strong>de, de tempo, de lugar, de modo)tenham explanado solicita-se que,muitas dificul<strong>da</strong>des nae mobiliza esse conhecimento na compreensão e na produção de textos;individualmente, apresentem outraelaboração de uma novaIdentifica e aplica os processos de concordância sujeito-verbo e sujeito-predicativo doestratégia que poderia ter sido adota<strong>da</strong>.estratégia para a resoluçãosujeito, bem como os processos de concordância internos ao grupo nominal;2. Redige-se, no quadro, um exercício dedo mesmo. A MariaDistingue significados associados a processos sintáticos de formação de frases complexasrevisão relativo à utilização do diagrama dedemonstra ter grandes(e.g., enumeração e sequência temporal / contraste, em estruturas coordena<strong>da</strong>s; causa oucaule e folhas para o tratamento edificul<strong>da</strong>des em termos de


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 158razão / tempo / fim em estruturas subordina<strong>da</strong>s) e mobiliza esse conhecimento nacompreensão e na produção de textos;Usa as proprie<strong>da</strong>des de seleção de tempo e de modo dos verbos superiores e dosconectores que fazem parte do seu capital lexical na compreensão e na produção de frasescomplexas;Pontua corretamente as frases simples, incluindo as convenções que marcam valoresdiscursivos (e.g., travessão para assinalar o discurso direto);Associa certas estruturas sintáticas a contextos orais informais.MATEMÁTICACapaci<strong>da</strong>des TransversaisCompreende o problema: identifica o objetivo e a informação relevante para a resoluçãode um <strong>da</strong>do problema; identifica problemas com informação irrelevante, <strong>da</strong>dosinsuficientes ou sem solução;Concebe estratégias de resolução de problemas: concebe estratégias diversifica<strong>da</strong>s deresolução de problemas, como a) resolve um problema análogo mas mais simples;b)explora casos particulares;Aplica estratégias de resolução de problemas e avalia a adequação dos resultados obtidos:põe em prática estratégias de resolução de problemas; utiliza estratégias do mesmo tipoem diferentes problemas e identifica estratégias diferentes na resolução do mesmoproblema; verifica a adequação dos resultados obtidos e dos processos utilizados;Justifica as estratégias de resolução de problemas: explica e justifica as estratégiasinterpretação de <strong>da</strong>dos numéricos;3. As crianças redigem o exercício nosrespetivos cadernos e resolvem-noindividualmente;4. Circula-se pela sala a fim de prestarapoio às crianças que apresentarem maioresdificul<strong>da</strong>des na resolução e interpretação doexercício;5. Á medi<strong>da</strong> que os alunos terminem aresolução do exercício, procede-se àrespetiva correção individual de modo aapurar em que circunstâncias os alunoserram mais.Estudo do MeioTrabalho em projeto: apresentação1. Continuação <strong>da</strong> apresentação dostrabalhos dos grupos sobre as temáticasinseri<strong>da</strong>s no tema História de Portugal:1.1. O Valter e a Sílvia apresentam “A 1.ªDinastia”;1.2. A turma intervém e opina sobre a- Trabalhos dosalunos;atenção e de concentração.2. As criançasrelembraram com algumafacili<strong>da</strong>de as estratégiasutiliza<strong>da</strong>s para aelaboração e interpretaçãodo diagrama de caule efolhas.Estudo do Meio1.1. Apenas o Valterapresentou, recorrendopoucas vezes ao texto. ASílvia limitou-se a ficar ao


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 159adota<strong>da</strong>s e os processos utilizados;Justifica resultados matemáticos: explica ideias e processos matemáticos, oralmente e porescrito; justifica os resultados matemáticos obtidos;Formula e testa conjeturas: formula e testa conjeturas relativas a situações matemáticassimples. (Por exemplo, observando regulari<strong>da</strong>des e relações numéricas nas tabua<strong>da</strong>s);Interpreta informação matemática: interpreta informação e ideias matemáticasrepresenta<strong>da</strong>s de diversas formas;Representa ideias matemáticas: representa informação e ideias matemáticas de diversasformas, recorrendo a diversos tipos de representação (desenhos, palavras, símbolos,tabelas, esquemas e gráficos;Exprime ideias matemáticas: expressa ideias e processos matemáticos, oralmente e porescrito, utilizando linguagem e vocabulário próprios;Discute ideias matemáticas: discute resultados, processos e ideias matemáticos.Números e OperaçõesCompreende a noção de número natural;Explicita a noção de par e ímpar como uma proprie<strong>da</strong>de dos números. Exemplo: Sabeexplicar que os números pares são múltiplos de 2 e que a sua divisão por 2 dá resto zeromas a divisão dos números ímpares por 2 dá resto 1;Resolve problemas em contextos numéricos, envolvendo as operações aritméticas;Compreende o efeito <strong>da</strong>s operações sobre os números;Estima e avalia a razoabili<strong>da</strong>de dos resultados;Elabora sequências de números segundo uma <strong>da</strong><strong>da</strong> lei de formação e investigaapresentação dos colegas;1.3. Redigem-se no quadro as informaçõesessenciais que a turma reteve <strong>da</strong>apresentação dos colegas;1.4. Os alunos redigem nos seus cadernosas informações apresenta<strong>da</strong>s no quadro;1.5. A Cátia e o Manuel apresentam “A 2.ªDinastia”;1.6. Procede-se do mesmo modo queenunciado nos pontos de 1.2. a 1.4.;1.7. O Rúben e a Mónica apresentam “A 3ªDinastia”;1.8. Procede-se do mesmo modo queenunciado nos pontos de 1.2. a 1.4.;1.9. A Belin<strong>da</strong> e o Gregório apresentam “A4.ª Dinastia”;1.10. Procede-se do mesmo modo queenunciado nos pontos de 1.2. a 1.4.;1.11. O Óscar e a Catarina apresentam “DaMonarquia à República”;1.12. Procede-se do mesmo modo queenunciado nos pontos de 1.2. a 1.4.;seu lado a assistir àapresentação. Quandoconfrontados com asituação não souberamjustificar o porquê;1.3. Os alunos fazemconfusão com D. AfonsoHenriques e D. Henrique(seu pai);1.5. Ambos leram o texto.O Manuel demonstrougrandes dificul<strong>da</strong>des naleitura e na entoação,revelando a falta depreparação para aapresentação do trabalho.A Cátia leu bem e com umtom de voz adequado.1.7. Ambos os elementosdo grupo leram o trabalhocom alguma timidez e numtom de voz baixo;


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 160regulari<strong>da</strong>des numéricas;1.13. A Carmen e o Bruno apresentam “A1.9. A Belin<strong>da</strong> pareceuResolve problemas que envolvam o raciocínio proporcional;República”;confusa, teve dificul<strong>da</strong>desGeometria e Medi<strong>da</strong>1.14. Procede-se do mesmo modo queem ler o próprio trabalho.Resolve problemas geométricos em contextos diversos;enunciado nos pontos de 1.2. a 1.4.;O Gregório apresentouCompreende a grandeza dinheiro;1.15. O Paulo e a Mariana apresentam “Abem mas com um tom deCompreende as grandezas comprimento, área, massa, capaci<strong>da</strong>de e volume;Democracia”voz baixo;Compreende o que é uma uni<strong>da</strong>de de medi<strong>da</strong> e o processo de medir;1.16. Procede-se do mesmo modo que1.11. A CatarinaRealiza estimativas e medições e relaciona diferentes uni<strong>da</strong>des de medi<strong>da</strong> convencionais eenunciado nos pontos de 1.2. a 1.4.;apresentou bem. O Óscarnão convencionais;2. Solicita-se o parecer geral <strong>da</strong> turma sobreleu a sua parte comCompreende a noção de perímetro;a apresentação dos trabalhos dos grupos,algumas dificul<strong>da</strong>des;Compreende as noções de tempo e de intervalo de tempo e compara a duração dedesigna<strong>da</strong>mente, o modo de apresentação,1.13. Ambos leram. Oacontecimentos;se fez uma leitura prolonga<strong>da</strong> do trabalhoBruno demonstrou muitoResolve problemas envolvendo situações temporais;ou se demonstrou ter conhecimento sobre abaixo entusiasmo durante aOrganização e Tratamento de Dadosmatéria apresenta<strong>da</strong>, se pronunciou bem asapresentação.Analisa e interpreta informação de natureza estatística organiza<strong>da</strong> de diversas formas;palavras, se falou num tom audível por1.15. O Paulo conseguiuRecolhe e organiza <strong>da</strong>dos de natureza diversa (qualitativos e quantitativos discretos)todos <strong>da</strong> sala, entre outras observações.apresentar a sua parte doutilizando diferentes representações;trabalho sem recorrerUsa informação de natureza estatística para interpretar ou comparar informação;Fase final do dia- Tabela dosmuitas vezes ao texto,Reconhece situações aleatórias, utilizando vocabulário apropriado.1. O chefe <strong>da</strong> sala marca o comportamentocomportamentosdemonstrando que estava ados alunos mediante a opinião de todos epar do conteúdo do seuESTUDO DO MEIO<strong>da</strong>s estu<strong>da</strong>ntes estagiárias;trabalho. A Mariana leu


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 161Localização no Espaço e no TempoUtiliza diferentes uni<strong>da</strong>des/convenções temporais e situa no tempo rotinas, <strong>da</strong>tas, eventose personagens <strong>da</strong> História e <strong>da</strong>s comuni<strong>da</strong>des atuais;Constrói linhas de tempo relaciona<strong>da</strong>s com rotinas e <strong>da</strong>tas significativas para a históriapessoal, local e nacional;Identifica mu<strong>da</strong>nças e permanências ao longo do tempo pessoal, local e nacional,reconhecendo diferentes ritmos (mu<strong>da</strong>nça gradual ou de rutura) e direções (progresso,ciclo, permanência, simultanei<strong>da</strong>de);Conhecimento do Meio Natural e SocialCaracteriza elementos naturais e humanos de lugares e regiões através de recolha emobilização adequa<strong>da</strong> de informação;Interpreta a reali<strong>da</strong>de natural, humana e social, a partir de questões geográficas, históricase sociais, sobre a reali<strong>da</strong>de que observa;Interpreta fontes diversas e, com base nestas e em conhecimentos prévios, produzinformação e inferências váli<strong>da</strong>s e pertinentes sobre o passado pessoal e familiar, local,nacional e europeu;Sistematiza conhecimentos de si próprio, <strong>da</strong> sua família, comuni<strong>da</strong>de, história local,nacional e europeia relativamente ao passado próximo e ao passado mais longínquo;Reconhece e respeita identi<strong>da</strong>des sociais e culturais à luz do passado próximo e longínquo,tendo em conta o contributo dos diversos patrimónios e culturas para a vi<strong>da</strong> social,presente e futura;Mobiliza e integra vocabulário e conceitos substantivos específicos dos diferentes2. Cumprimento <strong>da</strong>s tarefas e arrumação <strong>da</strong>sala.Quarta-feira1. Acolhimento <strong>da</strong>s crianças na sala.2. Realização <strong>da</strong>s tarefas diárias.Matemática –Ficha de avaliação1. Organiza-se as mesas <strong>da</strong> sala em fila, deforma a que permaneça um aluno por mesa;2. Entregam-se as fichas de avaliação aosalunos;3. Procede-se à leitura, em voz alta, dosexercícios apresentados na ficha e àeventual clarificação de dúvi<strong>da</strong>spertinentes;4. As crianças iniciam a resolução dosexercícios <strong>da</strong> ficha;5. A estagiária circula pela sala observandoos alunos e tirando eventuais dúvi<strong>da</strong>s.- Fichas deavaliação dematemáticacom alguma dificul<strong>da</strong>de.Matemática4. A Helena, a Mariana, aTânia, o Gregório, aMaria, a Maria e a Sílvia,demonstraram algumainsegurança e falta deconcentração naquilo queestão a fazer, solicitando oauxílio <strong>da</strong> estagiária para


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 162conteúdos, temas e problemas explorados;Língua Portuguesa –dúvi<strong>da</strong>s pouco pertinentes.Reconhece a diversi<strong>da</strong>de na organização <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> em socie<strong>da</strong>de ao longo dos tempos e aProdução de texto- Manual desua relação com as condições naturais;1. Lê-se, em voz alta, o texto <strong>da</strong> página 58línguaLíngua PortuguesaDinamismo <strong>da</strong>s Inter-relações Natural-Social(não possui título) do manual, enquanto osportuguesa;3. A Carmen leu baixo eDemonstra conhecimento e aplica normas e cui<strong>da</strong>dos de saúde e segurança, a nívelalunos acompanham a leitura;- Cadernos desem entoação; o Rúben lêindividual e comunitário, com vista ao equilíbrio natural;2. Pede-se que as crianças leiam o texto,línguabem mas sem muitaReconhece a existência de relações entre lugares e regiões (áreas de produção/desilenciosamente;portuguesa;entoação; a Helena lê bem;consumo; áreas de habitação/de trabalho; áreas de residência/de férias; áreas de3. Solicita-se a leitura do texto, em voz alta,com devi<strong>da</strong> entoação efornecimento de matérias-primas/ de transformação), expondo elementos que evidenciempor alguns alunos;tom de voz; a Maria lêa existência <strong>da</strong>s mesmas;4. Questiona-se às crianças o quemuito baixo; a Tânia lê deRefere elementos <strong>da</strong> sua identi<strong>da</strong>de cultural, diferenciadores e comuns à identi<strong>da</strong>de deinterpretaram do texto;forma razoável; a Marianamembros de outras culturas, manifestando o sentido de pertença e o respeito pela5. Solicita-se que as crianças atribuam umlê com dificul<strong>da</strong>de e comdiversi<strong>da</strong>de de culturas;título ao texto, individualmente, e ouvem-sepouca entoação.algumas sugestões;4. No geral, as crianças6. As crianças resolvem os exercícios docompreenderam bem otexto apresentados na página 59;conteúdo do texto.7. A estagiária circula pela sala a fim deauxiliar os alunos no esclarecimento deeventuais dúvi<strong>da</strong>s.8. Procede-se à correção dos exercícios noquadro:


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 1638.1. Solicita-se a alguns alunos que leiam assuas respostas e escolham, com a estagiária,a que estiver mais completa e/ou que façamais sentido para depois redigir no quadro,e assim sucessivamente. Atende-se a quetodos os alunos participem com sugestõesde respostas.9. Sugere-se a elaboração de textosindividuais tendo por base a ideia do textolido, apelando, contudo, à criativi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>scrianças:9.1. Redige-se no quadro a frase inicial dotexto a ser elaborado “Se eu recebesse umapren<strong>da</strong> embrulha<strong>da</strong> em papel e fita de corvermelha…”;9.2. Sugere-se que relatem o tipo de reaçãoque iriam ter, como é que iriam abrir apren<strong>da</strong>, o que estaria dentro (pelo menosdois objetos), o que fariam com essesobjetos, etc.10. Os alunos iniciam as suas produções detexto nos cadernos e, uma vez corrigi<strong>da</strong>s- Folhaspauta<strong>da</strong>s;10. Algumas criançasreferiram algumas ideiascriativas, mas no geraltiveram muitasdificul<strong>da</strong>des em organizaras ideias no texto, apenas o


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 164pela estagiária, são reescritos numa folhapauta<strong>da</strong>;11. Circula-se pelas carteiras e dão-sesugestões para enriquecimento dos textos seassim parecer necessário, auxiliando ascrianças que apresentam maioresdificul<strong>da</strong>des na organização <strong>da</strong>s ideias notexto.Valter conseguiu elaborarum texto com um fiocondutor lógico.Fase final do dia1. O chefe <strong>da</strong> sala marca o comportamentodos alunos mediante a opinião de todos e<strong>da</strong>s estu<strong>da</strong>ntes estagiárias;2. Cumprimento <strong>da</strong>s tarefas e arrumação <strong>da</strong>sala.- Tabela doscomportamentos


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 165Tabela 17. – Planificação Semanal 4 – 1º CEBCentro de Competência de Ciências Sociais2º Ciclo – Educação Pré-escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino BásicoEstágio e RelatórioAno letivo 2011/ 2012Desafios matemáticos; jogo lúdico-didático; postais de NatalInstituição: EB1/PE do Galeão Semana: 13/12/2011Turma: 4º 1I<strong>da</strong>des: 9, 10 e 11 anosProfessora Cooperante: Maria José AndradeOrientador(a) de Estágio: Paulo BrazãoEstu<strong>da</strong>nte(s) Estagiária(s): Tanya SilvaRecursosÁREA CURRICULARAtivi<strong>da</strong>des/EstratégiasMateriais eObservação/AvaliaçãoHumanosDomínioMetasLÍNGUA PORTUGUESASegun<strong>da</strong>-feira1. Acolhimento <strong>da</strong>s crianças nasala.2. Distribuição de tarefas para aEstu<strong>da</strong>ntesestagiárias;Professoracooperante;Compreender Discursos Orais e Cooperar em Situação de Interaçãosemana: a estu<strong>da</strong>nte estagiáriaAlunos;Retém o essencial <strong>da</strong>s narrativas e exposições que ouve e identifica o que aprendeu;seleciona por ordem alfabética asPlacar de tarefas e


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 166Faz perguntas relevantes sobre exposições orais;Contribui na discussão a pares ou em pequeno grupo para a consecução de um objetivo comum(e.g.: planeamento de tarefas; distribuição de papéis);Formula pedidos, dá ordens e informações, tendo em conta a situação e o interlocutor;Usa formas de tratamento adequa<strong>da</strong>s ao contexto escolar;Interage verbalmente de uma forma confiante e participa na discussão a pares ou em pequenogrupo.Exprimir Oralmente Ideias e ConhecimentosUsa vocabulário diversificado;Usa o tom de voz e a expressivi<strong>da</strong>de adequados ao narrar uma história e ao recitar um poema;Toma a palavra com confiança para narrar e descrever;Compreender e Interpretar TextosIdentifica as ideias centrais do texto;Usa pormenores do texto para a compreensão do seu sentido global;Identifica a sequência cronológica e lógica de eventos ou de factos do texto;Parafraseia frases do texto;Identifica conclusões expressas no texto;Usa informação gráfica (e.g.: mapas; fotografias) como auxiliar <strong>da</strong> compreensão do texto;Estabelece relações entre informação apresenta<strong>da</strong> no texto e o conhecimento que tem sobre oassunto;Elaborar e Divulgar TextosSeleciona o conhecimento relevante para construir o texto;crianças que irão participar <strong>da</strong>starefas diárias durante a respetivasemana. Estas escolhem qual atarefa que querem executar de entreas expostas no quadro de tarefas:chefe <strong>da</strong> sala, que fica responsávelpor marcar as presenças ocomportamento e registar a <strong>da</strong>ta noquadro; registo <strong>da</strong> <strong>da</strong>ta e do tempono respetivo placar; distribuiçãodos manuais; distribuição doscadernos; distribuição de cores eoutros materiais e rega <strong>da</strong> planta <strong>da</strong>sala.3. Realização <strong>da</strong>s tarefas diárias.4. Partilha de experiências sobre ofim-de-semana.Matemática –Desafios matemáticos e “Jogo do24”1. Resolução de desafioscartões com asfotos e os nomesdos alunos;Quadro de ardósia egiz;Quadro <strong>da</strong>spresenças;Calendário;Planta; regador eágua.- Cadernos de Matemática


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 167Regista palavras e ideias-chave sobre o tema do texto a escrever;matemáticos sugeridos pelasmatemática1. A Carmen, o Rúben,Redige com correção formal e sintática, respeitando as convenções ortográficas, construindopáginas 33 e 41 do manual nas- Manual “Oo Paulo, o Valter, ofrases completas e estabelecendo as relações de concordância entre os seus elementos;secções “Pensa bem”;Mundo <strong>da</strong>Filipe, o Óscar, a Cátia,Usa vocabulário diversificado, nomea<strong>da</strong>mente conectores;1.1. Acompanha-se os alunos, porCarochinha – 4ºa Amélia, o Bruno e oRecorre a frases simples e a frases complexas;grupos, auxiliando e orientando osano”Divo estiveram bastanteUsa as convenções <strong>da</strong> pontuação;seus raciocínios na resolução dos- Material riscador,implicados na resoluçãoUsa os períodos para estruturar as ideias nos parágrafos;desafios e recor<strong>da</strong>ndo algunsborracha e apara-dos desafios propostosIdentifica passagens com repetições desnecessárias ou ausência de elementos fun<strong>da</strong>mentais econteúdos matemáticos jálápis;pelo manual, sendo queprocede à sua reformulação, com ou sem apoio;abor<strong>da</strong>dos.a Carmen foi quemIdentifica no texto incorreções ortográficas, ausência de elementos essenciais <strong>da</strong> frase e falhas2. Jogo do 24: reorganiza-se osconseguiu resolvê-losde concordância e corrige-as;alunos em quatro grupos, consoantecom mais facili<strong>da</strong>de;Elabora uma versão final graficamente cui<strong>da</strong><strong>da</strong> do texto, escrevendo-o manualmente ouos diferentes níveis deutilizando o computador;aprendizagem;Ilustra o texto com desenhos ou imagens, com ou sem recurso a meios informáticos;2.1. Distribui-se por ca<strong>da</strong> grupo um- Cinco cópias <strong>da</strong>sConhecer as Proprie<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s Palavras e Alargar o Capital Lexicaldocumento com as regras do jogo;regras do jogoUsa as regras gerais de acentuação gráfica e usa o hífen em enclíticos (e.g., escrevem-lhe);2.2. Solicita-se a leitura do mesmoFaz a translineação nos casos simples e em palavras com consoantes duplas (e.g.: carregar;em voz alta por um aluno, enquantopassado);se explicita as regras, garantindo2.3. A maioria <strong>da</strong>sReconhece e usa relações de semelhança e de oposição entre significados;que to<strong>da</strong>s as compreen<strong>da</strong>m;crianças parece terIdentifica a rede de significados e usos <strong>da</strong>s palavras polissémicas que conhece;2.3. Apresenta-se um exemplo nocompreendido as regrasSeleciona as palavras e expressões mais apropria<strong>da</strong>s para exprimir as ideias que querquadro sobre como se devee as estratégias de jogo atransmitir;proceder para efetuar o cálculo dospartir do exemplo <strong>da</strong>do;


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 168Reconhece e respeita as proprie<strong>da</strong>des de seleção dos verbos principais que fazem parte do seunúmeros presentes nas cartas de2.4. Dado que era acapital lexical;modo a que o resultado dê 24;primeira vez que osIdentifica e usa os paradigmas de flexão nominal (número, género);2.4. Distribui-se folhas de rascunho- Folhas dealunos participavamIdentifica e usa as formas dos verbos regulares <strong>da</strong> 1.ª, 2.ª e 3ª conjugação (tempo e modo;a ca<strong>da</strong> aluno e uma carta por ca<strong>da</strong>rascunhodeste jogo, foipessoa e número);grupo. As cartas que tenham- Jogo do 24autoriza<strong>da</strong> a utilizaçãoReconhece e usa expressões fixas recorrentes;simbolizado um ponto (•) destinam-(cartas);de material de suporteEstruturar e Analisar Uni<strong>da</strong>des Sintáticasse aos grupos com maiores(folhas de rascunho)Identifica e aplica os processos de concordância sujeito-verbo e sujeito-predicativo do sujeito,dificul<strong>da</strong>des ao nível do raciocíniopara a formulação debem como os processos de concordância internos ao grupo nominal;matemático, as que têm dois pontosoperações, uma vez quePontua corretamente as frases simples, incluindo as convenções que marcam valores(••) são distribuí<strong>da</strong>s pelos gruposo jogo original nãodiscursivos (e.g., travessão para assinalar o discurso direto).com algumas dificul<strong>da</strong>des e/ouautoriza qualquercapaci<strong>da</strong>des medianas na mesmamaterial de suporte.MATEMÁTICAárea e as de três pontos (•••) sãoMesmo assim, a grandeCapaci<strong>da</strong>des Transversaispara os grupos com maioresmaioria teveAplica estratégias de resolução de problemas e avalia a adequação dos resultados obtidos: põecapaci<strong>da</strong>des de raciocíniodificul<strong>da</strong>des noem prática estratégias de resolução de problemas; utiliza estratégias do mesmo tipo emmatemático;raciocínio;diferentes problemas e identifica estratégias diferentes na resolução do mesmo problema;2.5. Caso os grupos tenhamverifica a adequação dos resultados obtidos e dos processos utilizados;dificul<strong>da</strong>des na resolução <strong>da</strong>sJustifica as estratégias de resolução de problemas: explica e justifica as estratégias adota<strong>da</strong>s erespetivas cartas, e se consentidoos processos utilizados;por todos os elementos do grupo,Justifica resultados matemáticos: explica ideias e processos matemáticos, oralmente e portroca-se a mesma por outra com oescrito; justifica os resultados matemáticos obtidos;mesmo nível de dificul<strong>da</strong>de ou com


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 169Formula e testa conjeturas: formula e testa conjeturas relativas a situações matemáticassimples. (Por exemplo, observando regulari<strong>da</strong>des e relações numéricas nas tabua<strong>da</strong>s);Interpreta informação matemática: interpreta informação e ideias matemáticas representa<strong>da</strong>s dediversas formas;Representa ideias matemáticas: representa informação e ideias matemáticas de diversas formas,recorrendo a diversos tipos de representação (desenhos, palavras, símbolos, tabelas, esquemas egráficos;Exprime ideias matemáticas: expressa ideias e processos matemáticos, oralmente e por escrito,utilizando linguagem e vocabulário próprios;Discute ideias matemáticas: discute resultados, processos e ideias matemáticos.Números e OperaçõesResolve problemas em contextos numéricos, envolvendo as operações aritméticas;Compreende o efeito <strong>da</strong>s operações sobre os números;Elabora sequências de números segundo uma <strong>da</strong><strong>da</strong> lei de formação e investiga regulari<strong>da</strong>desnuméricas;Organização e Tratamento de DadosRecolhe e organiza <strong>da</strong>dos de natureza diversa (qualitativos e quantitativos discretos) utilizandodiferentes representações;ESTUDO DO MEIODinamismo <strong>da</strong>s Inter-relações Natural-SocialDemonstra conhecimento e aplica normas e cui<strong>da</strong>dos de saúde e segurança, a nível individual eum nível de dificul<strong>da</strong>de menor sefor possível;2.6. 1. Intervém-se, igualmente,para auxiliar um grupo que solicitea orientação <strong>da</strong> estu<strong>da</strong>nte estagiária,<strong>da</strong>ndo pistas para odesenvolvimento do raciocínio, afim de verificar se o grupoconsegue proceder ao cálculocorretamente.2.7. À medi<strong>da</strong> que ca<strong>da</strong> elementodecifra o cálculo e chegue aoresultado pretendido <strong>da</strong> carta (24)entregue ao seu grupo, redige-se onome do mesmo no quadro e trocasea carta por outra do mesmonível;2.8. No final do jogo procede-se àanálise, em conjunto, dos nomesredigidos no quadro e dos gruposque conseguiram mais conseguiramdecifrar as suas cartas.2.6.1. Mesmo comcartas de nível 1 (•), aMaria, a Sílvia e aMónica nãocompreenderam osprocedimentos a ter paraa conceção deestratégias e deresolução do desafio <strong>da</strong>scartas, mesmo com oacompanhamento eorientação <strong>da</strong> estagiária.Contudo, a Maria quepertence a este grupo,apesar <strong>da</strong>s dificul<strong>da</strong>desna área <strong>da</strong> matemática,conseguiu compreendero raciocínio por detrásdo jogo e conseguiudecifrar duas cartas deforma autónoma.2.7. A Maria “ganhou”


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 170comunitário, com vista ao equilíbrio natural.Língua Portuguesa/ Estudo doduas vezes com o nívelMeio1 (•); o Divo, com o- Elaboração de um Postal denível 2 (••) venceu duasEXPRESSÕES ARTÍSTICASNatal em 3Dvezes; a Carmen e oExpressão Plástica - Apropriação <strong>da</strong> Linguagem Elementar <strong>da</strong>s ArtesAdquire e aplica a linguagem elementar <strong>da</strong>s artes visuais para identificar e analisar, com umvocabulário específico e adequado, conceitos, contextos e técnicas em obras artísticas e noutrasnarrativas visuais, em situações de observação e/ou <strong>da</strong> sua criação plástica;Descreve a cor em situações do mundo que nos rodeia (natureza, obras de arte, arquitetura,design, objetos do quotidiano, entre outros objetos culturais) e explicita a sua importância naaparência visual dos objetos;Reconhece e relaciona as diferentes formas dos objetos no património natural (natureza,objetos do quotidiano) e no património artístico (pintura, escultura, arquitetura, entre outros),compreendendo a diferença entre valor utilitário e estético <strong>da</strong>s formas;Expressão Plástica - Desenvolvimento <strong>da</strong> Capaci<strong>da</strong>de de Expressão e ComunicaçãoManifesta capaci<strong>da</strong>des expressivas e comunicativas nas suas produções plásticas, assim comona observação <strong>da</strong>s diferentes formas visuais;Expressão Plástica - Desenvolvimento <strong>da</strong> Criativi<strong>da</strong>deTransforma os conhecimentos adquiridos em novos modos de apreciação <strong>da</strong>s formas visuais(obra de arte, natureza, entre outros objetos culturais) e em novos modos de representação.1. Distribuição dos materiais;2. Solicita-se aos alunos queelaborem um pequeno texto ouquadra relativa ao Natal paracolocarem num postal;2.1. Circula-se pela sala verificandoas elaborações dos alunos,orientando, <strong>da</strong>ndo ideias ecorrigindo eventuais errosortográficos.3. Apresenta-se à turma doisexemplares de postais de Natal em3D, previamente elaborados, paraque possam optar por um <strong>da</strong> suapreferência;2.1. Antes de se proceder àdistribuição dos modelos, explana-- Tesouras, lápis decor, cores de feltro,colas batom ebrilhantes- Cadernos deLíngua Portuguesa;- Exemplares dosdois postais deNatal;Óscar venceram, ca<strong>da</strong>um, uma vez, tambémcom o nível 2; a Cátiavenceu uma vez com onível 3 (•••), tal como aCatarina.Língua Portuguesa2. O Óscar, o Bruno, oManuel e a Tâniatiraram ideias de umpoema de Natal presenteno manual de línguaportuguesa;2.1. Apesar <strong>da</strong>explicação efetua<strong>da</strong>, aturma encontrava-se umpouco agita<strong>da</strong> pelo quese perante to<strong>da</strong> a turma ofoi necessário


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 171procedimento para a elaboração deca<strong>da</strong> um deles;2.2. Distribui-se os moldes e ascapas (cartolinas) para os postais aca<strong>da</strong> aluno, consoante a suapreferência no modelo do molde ena cor <strong>da</strong> capa;2.3. Circula-se pela sala orientandonos procedimentos para aelaboração dos postais;2.4. À medi<strong>da</strong> que terminam ospostais, os alunos redigem otexto/poema previamente revistopela estu<strong>da</strong>nte estagiária;2.5. Com os materiaisdisponibilizados, as criançasilustram/decoram os postais agosto.- Vinte e doismoldes dos postaisAnjo e árvore deNatal em papel A4;- Cartolinas A4 devárias coresacompanhar ca<strong>da</strong> aluno,individualmente, eprecisar os passos para aelaboração dos postais;


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 172AvaliaçõesA avaliação, enquanto elemento integrante e regulador <strong>da</strong> prática educativa,permite “uma recolha sistemática de informações que, uma vez analisa<strong>da</strong>s, apoiam atoma<strong>da</strong> de decisões adequa<strong>da</strong>s à promoção <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s aprendizagens” (SecretariaRegional <strong>da</strong> Educação e Recursos Humanos, 2011, p. 4). Por outras palavras a avaliaçãosurge como instrumento de apoio ao processo educativo que permite reajustar projetoscurriculares, determina<strong>da</strong>s metodologias e recursos consoante as necessi<strong>da</strong>deseducativas dos alunos, possibilitando o seu sucesso no contexto escolar. Como tal, odespacho normativo n.º 4 de 28 de Dezembro de 2011 que altera o de 18 de novembrode 2010 que regulamenta a avaliação <strong>da</strong>s aprendizagens do ensino básico na RAM,prevê a certificação <strong>da</strong>s aprendizagens e <strong>da</strong>s competências adquiri<strong>da</strong>s pelos alunos nofinal de ca<strong>da</strong> ciclo de ensino através <strong>da</strong> avaliação sumativa. A avaliação sumativaconsiste “na formulação de um juízo globalizante sobre o desenvolvimento <strong>da</strong>saprendizagens do aluno e <strong>da</strong>s competências defini<strong>da</strong>s para ca<strong>da</strong> disciplina e áreacurricular” e ocorre no final de ca<strong>da</strong> período e ano letivos, bem como no final de ca<strong>da</strong>ciclo (Secretaria Regional <strong>da</strong> Educação e Recursos Humanos, 2011, p. 6). No casoparticular <strong>da</strong> intervenção pe<strong>da</strong>gógica no 1º ciclo do ensino básico em regime de estágiope<strong>da</strong>gógico, apesar de se ter circunscrito num período de tempo reduzido, procedeu-se àavaliação <strong>da</strong>s metas de aprendizagem e <strong>da</strong>s competências sociais adquiri<strong>da</strong>s/constata<strong>da</strong>sno final do mesmo em função dos pressupostos definidos pelo respetivo regulamento doestágio pe<strong>da</strong>gógico do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º ciclo doEnsino Básico (MEPEE1CEB) <strong>da</strong> <strong>Universi<strong>da</strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>Madeira</strong> (ver Anexo E), no que dizrespeito aos aspetos metodológicos relativos à avaliação dos processos e dos produtosresultantes <strong>da</strong> intervenção pe<strong>da</strong>gógica do estagiário.Em termos práticos, tanto a avaliação <strong>da</strong>s metas de aprendizagem como a <strong>da</strong>scompetências sociais dos alunos tiveram proveniência nas observações realiza<strong>da</strong>s


173 RELATÓRIO DE ESTÁGIOdurante as intervenções de ambas as estagiárias e nas conversações informais entre asmesmas e a professora cooperante sobre os aspetos relevantes e a serem considerados naavaliação <strong>da</strong> turma. À semelhança <strong>da</strong> avaliação realiza<strong>da</strong> no pré-escolar, a avaliação <strong>da</strong>smetas de aprendizagem no 1º CEB encontra-se formata<strong>da</strong> em cinco níveis representadosnumericamente desde o nível 1 ao 5, correspondente, segundo uma sequênciaorganiza<strong>da</strong> dos níveis por ordem crescente, às nomenclaturas muito baixo, baixo, médio,alto e muito alto, respetivamente, atendendo aos descritores de ca<strong>da</strong> nível (ver Anexo E)e a sua confrontação com as metas previstas.Ressalvando, uma vez mais, a identi<strong>da</strong>de de ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s crianças com aatribuição de nomes fictícios, apresenta-se, de segui<strong>da</strong>, as respetivas avaliações segundoas metas de aprendizagem previstas para o 1º CEB, no contexto de ca<strong>da</strong> planificação, esegundo as competências sociais alista<strong>da</strong>s, em formato de questionário, por Lopes eSantos (2009) a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>s de Goldstein (1989) em Habili<strong>da</strong>des sociales y autocontrol enla adolescência - Un programa de enseñanza (ver Anexo F).


Níveis de AvaliaçãoRELATÓRIO DE ESTÁGIO 174Tabela 18. – Avaliação <strong>da</strong>s Metas de Aprendizagem em Língua PortuguesaNomesCompreender DiscursosOrais e Cooperar emSituação de InteraçãoExprimir OralmenteIdeias eConhecimentosCompreender eInterpretarTextosÁREA CURRICULARLíngua PortuguesaDomíniosElaborar eDivulgar TextosReconhecer eProduzirDiferentes Génerose Tipos de TextosConhecer as Proprie<strong>da</strong>des<strong>da</strong>s Palavras e Alargar oCapital LexicalAna 5 4 5 4 3 4 3Amélia 5 4 4 4 3 4 3Belin<strong>da</strong> 1 1 1 1 1 1 1Bruno 2 2 2 1 1 3 1Cátia 5 4 5 4 4 5 4Carmen 3 3 5 3 3 4 4Divo 5 3 5 3 2 3 3Filipe 5 4 5 3 3 4 3Gregório 3 3 4 3 2 3 2Helena 2 2 3 2 1 2 2Luísa 3 2 4 4 2 3 3Manuel 3 2 3 2 1 2 1Maria 2 1 2 2 1 2 1Mariana 1 1 3 1 1 2 1Mónica 2 1 3 1 1 2 1Óscar 2 1 2 1 1 2 1Paulo 3 2 3 2 1 2 2Pedro 4 2 3 3 2 4 2Rúben 4 3 4 3 2 3 2Sílvia 1 1 1 1 1 1 1Tânia 2 2 3 2 1 3 2Valter 5 4 5 5 4 5 4Legen<strong>da</strong>: 1 – Muito Baixo; 2 – Baixo; 3 – Médio; 4 – Alto; 5 – Muito Alto; N/O – Não observadoEstruturar e AnalisarUni<strong>da</strong>des Sintáticas


Níveis de AvaliaçãoRELATÓRIO DE ESTÁGIO 175Tabela 19. – Avaliação <strong>da</strong>s Metas de Aprendizagem em Matemática e Estudo do MeioNomesCapaci<strong>da</strong>desTransversaisNúmeros eOperaçõesMatemáticaGeometria eMedi<strong>da</strong>ÁREAS DE CONTEÚDODomíniosOrganização eTratamento deDadosLocalização noEspaço e noTempoEstudo do MeioConhecimentodo Meio Naturale SocialDinamismo <strong>da</strong>sInter-relaçõesNatural-SocialAna 4 4 4 4 4 3 3Amélia 4 4 4 3 4 4 3Belin<strong>da</strong> 1 2 1 1 2 1 3Bruno 3 4 3 3 2 2 3Cátia 5 4 5 5 4 4 4Carmen 5 5 5 5 4 3 4Divo 3 5 4 4 3 3 3Filipe 3 4 4 4 4 4 4Gregório 3 4 4 3 3 3 3Helena 2 4 3 2 3 2 3Luísa 4 4 4 3 3 3 3Manuel 3 3 4 3 3 2 3Maria 3 3 3 2 2 2 2Mariana 2 3 1 2 2 1 1Mónica 2 3 2 2 2 1 2Óscar 2 2 2 2 2 2 2Paulo 3 4 4 4 3 3 3Pedro 5 4 4 4 3 3 3Rúben 4 4 4 4 4 3 3Sílvia 1 2 1 2 2 1 3Tânia 2 3 3 4 3 2 3Valter 5 5 5 5 4 5 4


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 176Com base nos <strong>da</strong>dos fornecidos pela professora cooperante no que respeita àavaliação dos alunos <strong>da</strong> turma do 4º 1 no ano letivo transato procedeu-se a uma análisegeral do desempenho dos mesmos ao equiparar estes <strong>da</strong>dos com as avaliações feitaspela estu<strong>da</strong>nte estagiária no âmbito <strong>da</strong>s áreas curriculares <strong>da</strong> Língua Portuguesa (Tabela18.), <strong>da</strong> Matemática e do Estudo do Meio (Tabela 19.).Segundo a avaliação geral <strong>da</strong> docente cooperante, tem-se que:A [Mariana] continua com imensas dificul<strong>da</strong>des ao nível <strong>da</strong> Matemática,quer no cálculo mental, quer no raciocínio lógico. No entanto tem feitoum esforço para melhorar apesar de continuar muito imatura e poucoresponsável. O [Paulo], o [Manuel] a [Helena] e a [Luísa] continuam comalgumas dificul<strong>da</strong>des essencialmente na Língua Portuguesa, sendo o caso<strong>da</strong> [Helena] o mais problemático. Estes seis alunos continuam abeneficiar de apoio pe<strong>da</strong>gógico acrescido [incluindo a área <strong>da</strong>Matemática] quando é possível (Maria José Andrade, 2011).Ao debruçar sobre a avaliação <strong>da</strong>s metas de aprendizagem apresenta<strong>da</strong>s naTabela 18. e na Tabela 19. verifica-se uma evolução geral de alguns alunos, emconcreto, os supracitados. A Mariana apresentou um melhor desempenho ao nível <strong>da</strong>Matemática e tal se refletiu no resultado na ficha de avaliação <strong>da</strong> mesma disciplina, emcomparação com o resultado <strong>da</strong>s fichas anteriores, to<strong>da</strong>via esta evolução deveu-se a umconstante acompanhamento e orientação de ambas as estagiárias é, portanto, umacriança que necessita de muito apoio e insistência por parte do adulto para que seconcentre nas suas tarefas e melhore o seu desempenho. Quanto ao Paulo, este beneficiade APA na área <strong>da</strong> Matemática, contudo tem-se empenhado durante as aulas desta área


177 RELATÓRIO DE ESTÁGIOcurricular, participando por iniciativa própria e demonstrando compreender aquilo que éexplanado no momento. A Luísa apresenta alguma imaturi<strong>da</strong>de perante determina<strong>da</strong>ssituações e, apesar de isto poder implicar um obstáculo no melhoramento do seudesempenho, pede, com alguma frequência, o apoio <strong>da</strong> estagiária, admitindo as suasdificul<strong>da</strong>des e esforçando-se por cumprir aquilo que lhe é pedido, mesmo que seequivoque durante este processo. Quanto ao Manuel, embora tenha dificul<strong>da</strong>des em seconcentrar nas aulas, quando se empenha atinge resultados satisfatórios, principalmentenas activi<strong>da</strong>des que exigem o raciocínio lógico-matemático. Na Língua Portuguesa,porém, apresenta alguns entraves no que se refere à ortografia e à organização de ideiasna elaboração de texto. A Helena continua a ter imensas dificul<strong>da</strong>des na LínguaPortuguesa sendo que, no geral, a maior parte dos alunos apresenta dificul<strong>da</strong>des nestaárea, principalmente na interpretação de texto e na ortografia, salvo algumas exceçõescomo a Ana, a Amélia, a Cátia, o Filipe e o Valter.Uma vez que no Estudo do Meio trabalha-se, simultaneamente, a LínguaPortuguesa, os alunos que apresentam dificul<strong>da</strong>des nesta última coincidem, de formaaproxima<strong>da</strong>, com os que têm dificul<strong>da</strong>des no Estudo do Meio, já que nesta área setrabalha a interpretação e a compreensão de textos informativos.A opção de se avaliar as competências sociais dos alunos justifica-se em funçãodos objetivos apontados pela LBSE (2005) no que concerne à educação para a ci<strong>da</strong><strong>da</strong>niados quais citam-se os seguintes, “proporcionar aos alunos experiências que favoreçam asua maturi<strong>da</strong>de cívica e sócio-afectiva, criando neles atitudes e hábitos positivos derelação e cooperação, quer no plano dos seus vínculos de família, quer no <strong>da</strong>intervenção consciente e responsável na reali<strong>da</strong>de circun<strong>da</strong>nte” e “proporcionar aaquisição de atitudes autónomas, visando a formação de ci<strong>da</strong>dãos civicamenteresponsáveis e democraticamente intervenientes na vi<strong>da</strong> comunitária (p. 5126). Com


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 178efeito, a Secretaria Regional de Educação e Recursos Humanos (2011) constitui asaprendizagens relativas à educação para a ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia objeto de avaliação em to<strong>da</strong>s asáreas curriculares.Uma vez que não consta, explicitamente, a área de conteúdo de formaçãopessoal e social nas metas defini<strong>da</strong>s para o 1º ciclo do ensino básico no projeto em tese,como acontece para a educação pré-escolar, optou-se por avaliar as competênciassociais dos alunos tendo como referência o questionário de avaliação de Lopes e Santos(2009). Este representa, de forma clara, algumas <strong>da</strong>s competências sociais comuns aocontexto escolar e de sala de aula, importantes para a avaliação global dos alunos e paraa obtenção de informação sobre quais as competências que necessitam de maior atençãopor parte do grupo. Uma vez que o questionário de Lopes e Santos (2009) assenta numaavaliação individual, em que o mesmo questionário deve ser repetido para ca<strong>da</strong> aluno,optou-se por a<strong>da</strong>ptá-lo de forma que, numa mesma tabela (Tabela 20.), conste aavaliação dos alunos, na sua totali<strong>da</strong>de, atendendo às menções do questionário original.


Presta atençãoFormula perguntasAgradeceApresenta-seDiz amabili<strong>da</strong>desPede aju<strong>da</strong>ParticipaConhece os própriossentimentosExpressa sentimentosCompreende ossentimentos dos outrosAuto recompensa-sePede licençaReparte algoAju<strong>da</strong> os outrosNegoceiaEmprega oautocontroleDefende os própriosdireitosNão entra em brigasou disputasResponde aoInsucessoEnfrenta as pressõesde grupoToma iniciativasResolve os problemasde acordo com a suaimportânciaRELATÓRIO DE ESTÁGIO 179Tabela 20. – Avaliação <strong>da</strong>s Competências SociaisCompetênciasNomesAna 4 4 5 4 4 5 5 4 4 4 3 5 4 4 3 4 3 5 4 4 4 3Amélia 4 5 4 4 4 5 5 4 4 4 4 4 3 4 4 3 4 4 4 4 5 4Belin<strong>da</strong> 2 2 3 2 4 3 2 3 3 3 3 4 3 2 3 3 3 3 1 3 2 2Bruno 2 3 4 4 4 2 4 3 3 3 4 4 3 2 4 3 3 3 3 4 3 3Cátia 4 5 4 4 3 5 5 4 5 4 4 3 3 4 4 3 4 5 4 5 5 4Carmen 4 3 3 3 3 4 3 3 3 3 4 3 4 4 3 4 3 5 4 4 4 4Divo 4 4 4 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 3 4 4 5 4 3 3 3Filipe 3 5 5 4 4 4 4 4 4 4 4 3 4 3 4 4 4 5 4 4 4 4Gregório 3 3 4 3 3 4 2 3 3 3 3 4 4 4 3 4 3 5 3 2 3 3Helena 2 3 4 2 4 5 3 4 4 3 4 4 3 3 3 3 3 4 3 3 2 3Luísa 3 4 4 2 4 4 2 4 4 4 3 4 3 3 4 3 3 3 3 3 3 3Manuel 2 3 4 4 3 4 3 4 4 4 4 4 3 3 4 3 4 3 3 4 4 3Maria 2 2 4 2 2 4 2 3 2 3 2 4 4 4 2 3 2 5 3 2 3 3Mariana 2 2 4 1 4 3 1 3 5 2 2 3 2 2 2 1 3 2 1 4 2 2Mónica 3 3 4 2 4 5 3 4 4 4 3 4 4 4 3 4 3 5 3 3 3 3Óscar 2 3 3 2 3 5 2 3 4 2 4 3 3 2 4 2 4 3 3 4 3 2Paulo 2 3 3 2 4 5 3 3 2 2 4 3 3 2 3 2 3 2 3 3 2 2Pedro 5 2 3 2 2 4 2 3 2 4 3 4 4 4 2 5 3 5 4 3 4 4Rúben 4 4 4 3 4 5 3 3 4 4 4 4 3 3 4 4 3 5 3 4 3 4Sílvia 2 2 3 1 4 5 1 3 3 4 2 4 3 2 2 4 1 5 1 2 2 2Tânia 2 3 3 3 4 4 3 3 3 4 2 3 3 3 2 3 2 4 3 3 2 2Valter 4 5 4 4 4 4 5 3 3 4 5 4 4 5 4 5 4 5 4 4 5 4Escala: 1 – Nunca utiliza esta competência; 2 – Utiliza muito poucas vezes esta competência; 3 – Utiliza algumas vezes esta competência;4 – Utiliza frequentemente esta competência; 5 – Utiliza sempre esta competênciaA<strong>da</strong>ptado de Lopes e Santos (2009) in A Aprendizagem Cooperativa na Sala de Aula – Um Guia Prático para o Professor, pp. 48-49


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 180Reflexões Sobre a Intervenção Pe<strong>da</strong>gógicaÀ semelhança do conteúdo <strong>da</strong>s reflexões elabora<strong>da</strong>s na valência de educaçãopré-escolar, procede-se, para o 1º ciclo do ensino básico, a uma reflexão sobre algunspontos emergentes <strong>da</strong> intervenção pe<strong>da</strong>gógica nesse âmbito. Procurou-se seguir, de umaforma geral, a estrutura <strong>da</strong>s etapas do pensamento reflexivo abor<strong>da</strong><strong>da</strong>s por Dewey(1989) uma vez já menciona<strong>da</strong>s no ponto Reflexões sobre a intervenção pe<strong>da</strong>gógica naParte I do presente relatório de estágio.Prós e Contras do Apoio Pe<strong>da</strong>gógico Acrescido (APA)Apoio pe<strong>da</strong>gógico ou apoio pe<strong>da</strong>gógico acrescido “consiste no apoio lectivosuplementar individualizado ou em pequenos grupos e tem carácter temporário”(Decreto-Lei n.º 319/91, p. 4391). Tem por base a contribuição do docente no querespeita à facili<strong>da</strong>de de aquisição de conhecimentos e competências por parte dosalunos, bem como ao desenvolvimento de atitudes e valores consagrados no currículoem vigor (Despacho n.º 178-A/ME/93).Da<strong>da</strong> a semelhança de intencionali<strong>da</strong>des educativas perante os alunos queapresentam dificul<strong>da</strong>des de aprendizagem, torna-se oportuno fazer uma brevediferenciação entre os termos apoio pe<strong>da</strong>gógico acrescido e diferenciação pe<strong>da</strong>gógica,uma vez que esta última parece coexistir nos termos acima referenciados. Outroramencionado num momento precedente, a diferenciação pe<strong>da</strong>gógica é a diferenciação deabor<strong>da</strong>gens a um determinado conteúdo, processo e/ou produto na tentativa de fazercorresponder ao nível de interesse, de preparação e de necessi<strong>da</strong>des educativas dosalunos (Tomlinson, 2008). O apoio pe<strong>da</strong>gógico acrescido partilha <strong>da</strong> mesmaintencionali<strong>da</strong>de, contudo, em termos práticos e em contexto do estágio desenvolvido naEB1/PE do Galeão, esta abor<strong>da</strong>gem ocorre durante o horário curricular, fora <strong>da</strong> sala e


181 RELATÓRIO DE ESTÁGIOacompanhado por um docente especializado para isso e que, abor<strong>da</strong> conteúdos játrabalhados pela docente titular mas que estes alunos não conseguiram acompanhar. Poroutro lado, os momentos de diferenciação pe<strong>da</strong>gógica preconizados pela estu<strong>da</strong>nteestagiária ocorriam na própria sala e visavam a aprendizagem conjunta de determinadosconteúdos com uma preparação/planificação prévia do tipo de estratégias a abor<strong>da</strong>rjunto dos alunos que apresentam maiores dificul<strong>da</strong>des na respetiva área curricular,consoante aquilo que se conhece deles.O facto de os momentos de apoio pe<strong>da</strong>gógico acrescido ocorrerem fora <strong>da</strong> salaacabava por interferir no planeamento de determina<strong>da</strong>s tarefas para esses mesmosalunos, por estarem ausentes <strong>da</strong> sala não poderiam participar <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des prepara<strong>da</strong>spara eles. Também se tornou um obstáculo à intervenção <strong>da</strong>s estagiárias o facto de osalunos serem “escolhidos” aleatoriamente e no próprio momento para se retirarem <strong>da</strong>sala e se deslocarem à sala de APA o que se tornou numa incógnita prever quais osalunos que estariam ausentes em determina<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de. Tal situação implicava,igualmente, que a abor<strong>da</strong>gem de novos conteúdos ocorresse nos momentos em que osalunos se encontravam no APA, constituindo-se um ciclo vicioso, pois quandoregressavam à sala não conseguiam acompanhar os colegas e, consequentemente, teriamque abor<strong>da</strong>r esse mesmo conteúdo no APA numa fase posterior.Acresce-se fazer menção que o tempo de APA era, normalmente, de uma hora,ao passo que o período de tempo destinado à área curricular de matemática, em contextode estágio, era maior do que uma hora, chegando, por vezes a atingir três horas detempo, consoante o tipo de ativi<strong>da</strong>de desenvolvi<strong>da</strong>. Neste sentido, quando o grupo dealunos regressava do APA necessitava de um apoio individualizado para poderacompanhar o trabalho junto com a restante turma. Adiante-se que o esforço acrescidosob a perspetiva de inclusão de todos os alunos num mesmo contexto de trabalho e


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 182aprendizagem conjunta revelou ser compensador em termos de classificação final <strong>da</strong>ficha de avaliação de matemática e, portanto, em termos <strong>da</strong>s aprendizagens efetua<strong>da</strong>s,principalmente dos alunos que revelam maiores dificul<strong>da</strong>des nesta área curricular. Osenão aqui é este processo só ter sido possível com o acompanhamento <strong>da</strong> colegaestagiária. Embora a intervenção pe<strong>da</strong>gógica decorresse de forma individual e emsemanas específicas para ca<strong>da</strong> estagiária, neste tipo de situações era exigido oacompanhamento do trabalho <strong>da</strong> turma, no geral, e também do grupo que apresentavadificul<strong>da</strong>des e/ou que esteve ausente <strong>da</strong> sala no período de tempo decorrido no APA.Este acompanhamento revelou ser algo delicado, uma vez que a turma não tem porhábito trabalhar autonomamente no sentido de construir as suas próprias aprendizagenssem necessitar, constantemente, <strong>da</strong> intervenção do docente. Desta feita, as estagiáriasoptaram por intervir num mesmo momento, neste tipo de situações, com a intenção decolmatar as necessi<strong>da</strong>des de ca<strong>da</strong> grupo e tendo a preocupação de veicular umaintervenção educativa de quali<strong>da</strong>de que abrangesse todos os grupos de diversos níveis eritmos de aprendizagem.Verifica<strong>da</strong>s, de uma forma geral, as vantagens do APA no que concerne aoacompanhamento de crianças com dificul<strong>da</strong>des de aprendizagem, e a desvantagem deesta ocorrer fora <strong>da</strong> sala, pois os alunos são “excluídos” <strong>da</strong> turma e não acompanham oprocesso de aprendizagem dos colegas em contexto de grande grupo, há que considerara última situação supramenciona<strong>da</strong> no âmbito <strong>da</strong> monodocência. Caso não houvesseoutro adulto dentro <strong>da</strong> própria sala que acompanhasse as crianças com dificul<strong>da</strong>des deaprendizagem, provavelmente a evolução verifica<strong>da</strong> neste grupo durante a intervençãope<strong>da</strong>gógica no âmbito do estágio, não ocorreria. Ressalta-se aqui a importância <strong>da</strong>comunicação e articulação de conteúdos entre docentes de diferentes áreas curricularese/ou de diferentes áreas profissionais, neste caso, entre o docente titular <strong>da</strong> sala e o


183 RELATÓRIO DE ESTÁGIOdocente do APA e aponta-se para uma aglutinação dos momentos de APA e <strong>da</strong>s aulascurriculares, ou seja, em termos práticos, o docente que presta APA deslocava-se à salae interviria num determinado grupo com dificul<strong>da</strong>des, apoiando-o e orientando-o sobreos conteúdos abor<strong>da</strong>dos naquele mesmo momento de ativi<strong>da</strong>de curricular.Provavelmente, esta seria uma solução eficaz para as situações problemáticasconstata<strong>da</strong>s uma vez que, fora do presente contexto de estágio, apenas estaria umdocente na sala a se deparar com a dificul<strong>da</strong>de de fazer chegar o seu apoio a todos osalunos.Intervenção com a Comuni<strong>da</strong>deAtenta à importância <strong>da</strong> relação com a comuni<strong>da</strong>de, enquanto parceirasocioeducativa <strong>da</strong>s instituições de educação na medi<strong>da</strong> em que contribui para a suaeficácia organizacional (Nóvoa 1992), e às diretrizes aponta<strong>da</strong>s no regulamento deestágio do curso de MEPEE1CEB (Anexo G) no que concerne à participação doestagiário “em projetos de trabalho em colaboração com a comuni<strong>da</strong>de educativa”,realizou-se, neste âmbito, um projeto em parceria com as professoras do 4º ano <strong>da</strong>EB1/PE do Galeão e que envolveu a comuni<strong>da</strong>de educativa. Este projeto teve comofinali<strong>da</strong>de confrontar os problemas concretos <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de no que concerne ao gastode energia e a sua implicação sobre a gestão económico-financeira <strong>da</strong>s famíliasatendendo ao tema do projeto organizado pelos quartos anos de escolari<strong>da</strong>de, Energia, eem conformi<strong>da</strong>de com as perspetivas do programa Eco Escolas 13 .13 “O Eco-Escolas é um Programa Internacional que pretende encorajar acções e reconhecer o trabalho de quali<strong>da</strong>dedesenvolvido pela escola, no âmbito <strong>da</strong> Educação Ambiental/EDS. Fornece fun<strong>da</strong>mentalmente metodologia,formação, materiais pe<strong>da</strong>gógicos, apoio e enquadramento ao trabalho desenvolvido pela escola” (AssociaçãoBandeira Azul <strong>da</strong> Europa, 2009). Disponível em http://www.abae.pt/programa/EE/inicio.php


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 184Com vista a fazer-se compreender melhor todo o processo decorrente <strong>da</strong>intervenção com a comuni<strong>da</strong>de, elaborou-se um plano de ação de intervenção, àsemelhança do que foi realizado no estágio em valência pré-escolar, anteriormenteapresentado. Do plano de ação que de segui<strong>da</strong> se apresenta fazem parte trêsintervenções essenciais, quer junto <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de, quer junto dos alunos, uma vez queestes últimos também fazem parte <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de e podem contribuir ativamente noplano de poupança de energia nas suas próprias casas, modificando alguns hábitosmenos corretos e assimilando, desde a infância, outros hábitos considerados maiscorretos de forma a contribuir para a sustentabili<strong>da</strong>de dos recursos do planeta.


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 185Tabela 21. – Plano de Ação de Intervenção com a Comuni<strong>da</strong>deAtivi<strong>da</strong>des Vídeo pe<strong>da</strong>gógico-Objetivos gerais eespecíficos Relembrar osRecursos humanos emateriais Estu<strong>da</strong>ntesAtivi<strong>da</strong>des /ação Edição de vídeosCalendário18 a 21 deAvaliação <strong>da</strong>sativi<strong>da</strong>des Compreensão dodidático: “O que é aconceitos relacionadosestagiárias;pe<strong>da</strong>gógico-didáticosNovembroconceito de energia porenergia?”com os diferentes tipos Professora cooperanterelacionados com a23 de Novembroparte <strong>da</strong>s crianças e dosde energia Professora do 4º 2energia;conteúdos abor<strong>da</strong>dos no Elaboração de umforno solar Ação desensibilização sobre asenergias renováveis:“Como poupar energiaem tempos de crise” Despertar o interessee curiosi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>scrianças sobre apotenciali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>senergias renováveis,nomea<strong>da</strong>mente aenergia solar Professor <strong>da</strong>eficiência energética <strong>da</strong>EBS 14 Gonçalves Zarcoe seus três alunos; Alunos Comuni<strong>da</strong>de Exposição do vídeo finalà turma do 4º 1; Debate sobre osconteúdos do vídeo: o queé a energia, exemplos deenergias renováveis e nãorenováveis ecomportamentos a adotarpara a poupança de energia;1 a 9 de Dezembro12 a 14 deDezembro30 de Novembrovídeo; Participação dosalunos na elaboração doforno solar; Eficácia do fornosolar; Aderência <strong>da</strong>comuni<strong>da</strong>de na ação desensibilização Alertar a população Pesquisa sobre ospara as vantagens <strong>da</strong>utilização de energiasrenováveisprocessos de construção deforno solar e preparaçãodos materiais;1 a 9 de Dezembro15 de Dezembro Relembrar aos alunos aimportância <strong>da</strong> utilização14 Escola Básica e Secundária


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 186de energias renováveis eexplicitar o efeito de umforno que utiliza a energiado sol para cozinharalimentos; Elaborar, com ascrianças, um forno solar; Testar o forno solar; Visita à EBS GonçalvesZarco a fim de averiguar ointeresse e disponibili<strong>da</strong>dedo coordenador <strong>da</strong>eficiência energética; Acertar a <strong>da</strong>ta e oconteúdo <strong>da</strong> ação desensibilização; Elaborar o cartaz e osconvites para a ação desensibilização; Ação de sensibilização.


187 RELATÓRIO DE ESTÁGIOAntes de se proceder à ativi<strong>da</strong>de de intervenção com a comuni<strong>da</strong>de,propriamente dita, sentiu-se a necessi<strong>da</strong>de, em primeiro lugar, de contextualizar o tema<strong>da</strong> energia junto <strong>da</strong>s crianças pelas razões supramenciona<strong>da</strong>s. Todo o processodecorrente desde a compreensão do conceito de energia, a sua utilização e as respetivasimplicações no dia-a-dia constitui passos importantes desencadeadores <strong>da</strong> intervençãorealiza<strong>da</strong> com a comuni<strong>da</strong>de.Na abor<strong>da</strong>gem do conceito de energia através <strong>da</strong> demonstração de um vídeope<strong>da</strong>gógico-didático, verificou-se que os alunos relembraram, com alguma facili<strong>da</strong>de,os conteúdos abor<strong>da</strong>dos no mesmo uma vez que, segundo a professora cooperante, jáhavia sido focado no ano letivo anterior.Aquando <strong>da</strong> elaboração do forno solar as crianças demonstraram estarfortemente implica<strong>da</strong>s na ativi<strong>da</strong>de,Figura 10. Construção do Forno Solarorientando-se pelos procedimentosprojetados numa tela através dorecurso ao computador e ao<strong>da</strong>tashow. Também auxiliaram ospróprios colegas que estiveramausentes no momento <strong>da</strong> explicaçãodo propósito <strong>da</strong> construção do forno solar, esclarecendo o mesmo e <strong>da</strong>ndo a conhecer ospassos para a sua construção. Após a conclusão do forno, que teve a duração de cerca dequatro horas reparti<strong>da</strong>s por dois dias, procedeu-se à testagem do mesmo no dia seguintede forma que a mesma decorresse nos momentos do dia em que o sol estivesse maisforte, ou seja, entre as 11h00m e as 15h00m, como garantia de que o resultado esperadosobreviesse. Marcou-se, numa fase posterior, um dia para que os alunos pudessem testaro forno, no entanto, no dia marcado as condições climatéricas não foram as mais


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 188favoráveis. To<strong>da</strong>via, fomentou-se que os alunos testassem noutro dia em que estivessesol.Optou-se por denominar a ação de sensibilização deste modo (Como pouparenergia em tempos de crise) com o propósito de atrair a comuni<strong>da</strong>de que partilha destapreocupação. O cartaz e os convites foram também elaborados nesse sentido e por umaquestão de controlar a afluência dos participantes na ação. Os convites foramdirecionados aos encarregados de educação <strong>da</strong>s turmas do 4º ano 1 e do 4º ano 2, umavez que foram estas as turmas envolvi<strong>da</strong>s no projeto e aos docentes <strong>da</strong> EB1/PE doGaleão.A ação de sensibilização desenrolou-se em torno do projeto <strong>da</strong>s energiasrenováveis com três apresentações dos alunos do professor <strong>da</strong> eficiência energética,Figura 11. Ação de Sensibilizaçãosendo elas sobre o sistema deaproveitamento de águas pluviaispara usos que dispensem a águapotável, nomea<strong>da</strong>mente emedifícios, sobre um veículo movidoa energia elétrica e sobre umaestação de carregamento de energiaao referido veículo elétrico. Para além destes projetos individuais, foram abor<strong>da</strong><strong>da</strong>salgumas medi<strong>da</strong>s para a redução do consumo de energia nas habitações e,consequentemente, para a redução <strong>da</strong>s despesas.Apesar <strong>da</strong> fraca aderência dos pais verificou-se um grande interesse dosdocentes em assistir à ação de sensibilização. No total, estiveram presentes 15 pessoas,entre os quais os encarregados de educação, os próprios alunos, alguns docentes,incluindo a professora cooperante e as coordenadoras do projeto Eco-Escolas <strong>da</strong>


189 RELATÓRIO DE ESTÁGIOEB1/PE do Galeão, o orientador do estágio pe<strong>da</strong>gógico na valência do 1º ciclo doensino básico e uma colega do curso de MEPEE1CEB, que demonstraram grandeinteresse sobre as apresentações realiza<strong>da</strong>s, colocando várias questões aosdinamizadores <strong>da</strong> ação.Considerações FinaisAo rever to<strong>da</strong>s as etapas decorrentes deste último semestre de frequência nocurso de MEPEE1CEB, sejam elas de formação, estágio, acompanhamento de estágio erespetivo relatório, torna-se premente fazer uma sistematização dos pontos consideradosmais pertinentes a serem aludidos na presente conclusão final.É do conhecimento geral que qualquer profissional, seja qual for a sua área,necessita de uma formação inicial de maneira a se criar condições essenciais a umdesempenho profissional de quali<strong>da</strong>de. Quando se trata de educação, há um vastoconjunto de autores e de modelos pe<strong>da</strong>gógicos que visam garantir uma educação dequali<strong>da</strong>de nos estabelecimentos de ensino, sejam eles mais direcionados à educação préescolar,cite-se HighScope, Reggio Emilia e Waldorf, por exemplo, ou ao 1º CEB eoutros ciclos de ensino, designa<strong>da</strong>mente o MEM. Ressalva-se aqui a existência deoutros modelos pe<strong>da</strong>gógicos, inclusive, abor<strong>da</strong>dos durante os quatro anos de formaçãoacadémica, (três de licenciatura e um de mestrado), porém apenas se mencionou estesquatro modelos pelas particulari<strong>da</strong>des que ca<strong>da</strong> um tem e que, de uma forma especial,identificam-se com algumas preferências pessoais. O HighScope pela possibili<strong>da</strong>de deliderança que se atribui às crianças e que as torna, desde cedo, em seres responsáveis econscientes <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de; o modelo Reggio Emillia pela importância atribuí<strong>da</strong> àeducação pela arte e às famílias no que concerne ao seu envolvimento na educação <strong>da</strong>scrianças; Waldorf pela visão holística que faz do ser humano e a importância que atribuià sua espirituali<strong>da</strong>de; e o MEM pela promoção do sentido de democracia e <strong>da</strong>


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 190participação ativa <strong>da</strong>s crianças na construção <strong>da</strong>s suas próprias aprendizagens. Concluise,portanto, que todos estes conhecimentos teóricos adquiridos durante o curso são degrande utili<strong>da</strong>de e que tal se verifica, de forma efetiva, quando se está na prática.A realização do referido estágio, embora tivesse decorrido num período detempo reduzido, em comparação com outros cursos <strong>da</strong> mesma área científica de anosletivos anteriores, tornou-se numa experiência gratificante tanto a nível profissionalcomo a nível pessoal. É, efetivamente, na prática que se verifica as potenciali<strong>da</strong>despessoais enquanto profissionais de educação. É neste momento que se tem aoportuni<strong>da</strong>de de aplicar os conteúdos abor<strong>da</strong>dos e os conhecimentos adquiridos nodecorrer do curso. A nível pessoal também se progride, tanto nos relacionamentos quese estabelece com as crianças e com os profissionais de ca<strong>da</strong> instituição, como nacapaci<strong>da</strong>de de li<strong>da</strong>r com os conflitos sobrevindos nestes dois contextos. Verifica-se,neste âmbito, a importância do diálogo e <strong>da</strong> coordenação entre os elementos <strong>da</strong> equipade modo a tornar a integração <strong>da</strong> estu<strong>da</strong>nte estagiária mais facilita<strong>da</strong> e, previsivelmente,contribuir para uma intervenção pe<strong>da</strong>gógica gratificante e motivadora que levará àpromoção <strong>da</strong>s aprendizagens <strong>da</strong>s crianças. Estas são ilações relevantes que não seaprende na teoria, mas com as quais se depara em qualquer meio profissional e,principalmente, em situações de estágio, pelo que a prática é que oferece uma noção<strong>da</strong>quilo que é a reali<strong>da</strong>de.O acompanhamento do estágio pelos orientadores de ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s valências epelos respetivos docentes cooperantes de ca<strong>da</strong> estabelecimento de ensino onde decorreuo estágio foi, igualmente, importante na medi<strong>da</strong> em que contribuíram na orientação <strong>da</strong>sintervenções pe<strong>da</strong>gógicas e dos projetos desenvolvidos em parceria com a comuni<strong>da</strong>deem ca<strong>da</strong> contexto.


191 RELATÓRIO DE ESTÁGIOQuanto ao presente relatório de estágio e à respetiva estrutura, torna-sepremente referir que ca<strong>da</strong> um dos dois períodos de estágio pe<strong>da</strong>gógico circunscreveu-sesegundo as suas particulari<strong>da</strong>des no que concerne ao número de horas de intervenção,ao regime de estágio (individual ou de grupo), e, ain<strong>da</strong>, aos requisitos e orientaçõesindividuais propostas pelos orientadores de ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s valências. Por esta razão éque, apesar de a Parte I e a Parte II apresentarem uma estrutura semelhante, surgem noseu conteúdo algumas dissemelhanças, designa<strong>da</strong>mente nas partes referentes à avaliação<strong>da</strong>s crianças, aos intervenientes nas ativi<strong>da</strong>des relaciona<strong>da</strong>s com a comuni<strong>da</strong>de e, ain<strong>da</strong>,à porção de situações de teor reflexivo, em ca<strong>da</strong> valência, nas partes denomina<strong>da</strong>s deReflexões Sobre a Intervenção Pe<strong>da</strong>gógica.Segundo as orientações para o estágio no 1ºCEB não estava prevista a avaliaçãode uma criança em particular, tal como foi proposto na vertente de educação pré-escolar<strong>da</strong>í que na Parte I, quanto à educação pré-escolar, se apresentam pontos específicossobre a avaliação de uma criança, em particular, que não constam <strong>da</strong> Parte II referenteao 1º CEB.No que respeita à intervenção com a comuni<strong>da</strong>de, no 1º CEB havia apossibili<strong>da</strong>de de se optar por uma <strong>da</strong>s vertentes, família, equipa e/ou comuni<strong>da</strong>deextraescolar, sendo as de maior realce a família e a comuni<strong>da</strong>de extraescolar. Uma vezque se propôs envolver a família no projeto direcionado à comuni<strong>da</strong>de, associou-seambos os intervenientes num único projeto – Como poupar energia em tempos de crise-, atingindo, assim, a finali<strong>da</strong>de de se estabelecer a inter-relação escola/comuni<strong>da</strong>de napartilha de interesses comuns. No caso do pré-escolar, a mesma finali<strong>da</strong>de foiconcretiza<strong>da</strong>, complementando-se com o envolvimento <strong>da</strong> equipa pe<strong>da</strong>gógica numaativi<strong>da</strong>de específica, tal como se pode verificar na secção referente à intervenção com acomuni<strong>da</strong>de, Parte I. To<strong>da</strong>via, o facto de as ativi<strong>da</strong>des desenvolvi<strong>da</strong>s, neste contexto,


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 192implicarem uma maior porção de intervenientes, revelou ser um desafio projetar eorganizar este tipo de eventos no espaço de um mês de estágio, para além <strong>da</strong>preocupação de intervir pe<strong>da</strong>gogicamente segundo aquilo que foi aprendido ao longo deto<strong>da</strong> a formação académica.Relativamente às reflexões efetua<strong>da</strong>s sobre ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s intervençõespe<strong>da</strong>gógicas, devido à dissemelhança do número de horas de intervenção, foi possívelverificar, com maior eficiência, aspetos a serem alvo de um pensamento reflexivo comperspetivas a uma adequação <strong>da</strong> intervenção pe<strong>da</strong>gógica no âmbito do pré-escolar, emcomparação com o 1º CEB. Esta diferença em termos de porção de trabalho reflexivo aolongo do relatório, é justifica<strong>da</strong> pelo tempo passado em ambas as valências. Apossibili<strong>da</strong>de de intervenção no pré-escolar foi maior que a do primeiro ciclo devido àdivisão de tarefas com a colega estagiária e o número de dias dedicados à práticape<strong>da</strong>gógica. Assim sendo, o tempo total de intervenção pe<strong>da</strong>gógica, em ca<strong>da</strong> uma delas,é proporcional à deteção e toma<strong>da</strong> de conhecimento de situações de teor reflexivo. Ofator tempo constituiu, assim, uma limitação à intervenção pe<strong>da</strong>gógica que, se noutrascondições, poder-se-ia ter ambicionado desenvolver projetos mais duradouros e comativi<strong>da</strong>des mais ricas sob o ponto de vista qualitativo e/ou quantitativo.O que se pretende reter como conclusão final de to<strong>da</strong>s as experiênciaspe<strong>da</strong>gógicas decorri<strong>da</strong>s enquanto estu<strong>da</strong>nte dos cursos de licenciatura em EducaçãoBásica e MEPEE1CEB é que perante o objetivo comum de desenvolver as capaci<strong>da</strong>des<strong>da</strong>s crianças e “favorecer a sua formação e o desenvolvimento equilibrado de to<strong>da</strong>s assuas potenciali<strong>da</strong>des” (LBSE, 2005, p. 5125), o docente confronta-se com diversassituações que exigem, para além de uma formação profissional, um equilíbrio pessoal.Entende-se por equilíbrio pessoal a postura e a psique do indivíduo perante obstáculos esituações desafiadoras que possam surgir na sua profissão, principalmente quando opta


193 RELATÓRIO DE ESTÁGIOpela carreira docente. Uma vez presente este equilíbrio, acredita-se que estãoconstituí<strong>da</strong>s as condições básicas necessárias para que o docente se integre no meioinstitucional de forma eficaz e concilie as aprendizagens provenientes <strong>da</strong> sua formaçãocom as condições que ca<strong>da</strong> contexto oferece. Nesta linha de pensamento, econsiderando a panóplia de modelos pe<strong>da</strong>gógicos abor<strong>da</strong>dos ao longo dos quatro anosletivos de formação académica, conclui-se ser oportuno organizar a intervençãope<strong>da</strong>gógica em função <strong>da</strong> perspetiva pessoal enquanto profissional de educação, nãodescurando do panorama teórico que ca<strong>da</strong> modelo dispõe e <strong>da</strong>s respetivas metodologiasde trabalho, mas olhar para ca<strong>da</strong> um deles, ponderar a sua versatili<strong>da</strong>de e ser capaz dediscriminar aquilo que considera que ca<strong>da</strong> pe<strong>da</strong>gogia tem de melhor para oferecer àscrianças.ReferênciasAmerican Psychological Association (2010). Publication Manual of the AmericanPsychological Association. (6ª ed.). Washington DC.Brazelton, T. (2002) O Grande Livro <strong>da</strong> Criança: O Desenvolvimento Emocional e doComportamento Durante os Primeiros Anos. (4ª ed.). Editorial Presença: LisboaConselho Nacional de Educação. (2009). A educação <strong>da</strong>s crianças dos 0 aos 12 anos.Lisboa: Editorial do Ministério <strong>da</strong> Educação.Dalhberg, G., Moss, P. & Pence, A. (2003). Quali<strong>da</strong>de na Educação <strong>da</strong> PrimeiraInfância: Perspetivas Pós-Modernas. Porto Alegre: ARTMED Editora.Decreto Legislativo Regional n.º 26/2001/M. Diário <strong>da</strong> República n.º 197— I SÉRIE-A.Assembleia Legislativa Regional. Disponível em http://www.madeiraedu.pt/LinkClick.aspx?fileticket=579m_DLRpEw%3d&tabid=1904&language=pt-PT


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 194Decreto-Lei n.º 240/2001 de 30 de Agosto. Diário <strong>da</strong> República n.º 201/2001 - I Série –A. Ministério <strong>da</strong> Educação. Disponível emhttp://dre.pt/pdf1sdip/2001/08/201A00/55695572.pdfDecreto-Lei n.º 6/2001 de 18 de Janeiro. Diário <strong>da</strong> República n.º 15— I Série-A.Ministério <strong>da</strong> Educação. Disponível em http://www.gave.minedu.pt/np3content/?newsId=31&fileName=decreto_lei_6_2001.pdfDespacho n.º 32081/2008 de 16 de Dezembro. Diário <strong>da</strong> República n.º 242 - 2.ª Série.Disponível em http://www.uma.pt/portal/html/noticias/748/5030850310.pdfDecreto Regulamentar n.º 2/2010 de 23 de Junho. Diário <strong>da</strong> República, 1.ª Série — N.º120. Disponível em http://legislacao.minedu.pt/np4/np3content/?newsId=4945&fileName=decreto_regulamentar_2_2010.pdfDespacho n.º 17169/2011. Diário <strong>da</strong> República, 2.ª série — N.º 245. Ministério <strong>da</strong>Educação e Ciência. Disponível em http://www.madeiraedu.pt/LinkClick.aspx?fileticket=Hnl4OWGCcUY%3d&tabid=1904Dewey, J. (1989). Cómo pensámos: nueva exposición de la relación entre pensamientoy proceso educativo. Barcelona: Paidós.EB1/PE <strong>da</strong> Pena. (2011/2014). Projecto Educativo – Ler Mais, Comunicar e EscreverMelhor. Disponível em http://escolas.madeiraedu.pt/eb1pepena/Aescola/ProjectoEducativo/tabid/2973/Default.aspxEB1/PE do Galeão. (2010). Regulamento Interno. Disponível emhttp://pt.scribd.com/doc/46005431/Regulamento-<strong>da</strong>-EB1-PE-do-Galeao-2010Formosinho, O. (2009). Desenvolvendo a quali<strong>da</strong>de em parcerias. Lisboa: Editorial doMinistério <strong>da</strong> Educação.


195 RELATÓRIO DE ESTÁGIOInstituto Nacional de Estatística (2002). Censos 2001: Resultados Definitivos - RegiãoAutónoma <strong>da</strong> <strong>Madeira</strong>. INE: LisboaKatz, L. (2003). The Right of the Child to Develop and Learn in Quality Environments.International Journal of Early Childhood, 35, 1-2.Lei n.º 49/2005 de 30 de Agosto (Lei de Bases do Sistema Educativo). Diário <strong>da</strong>República n.º 166 – I Série - A. Assembleia <strong>da</strong> República. Disponível emhttp://www.madeiraedu.pt/LinkClick.aspx?fileticket=JEQFCpOFEZU%3d&tabid=1904&language=pt-PTLeite, E., Malpique, M. & Santos, M. (1994). Trabalho de Projecto – Aprender porprojectos centrados em problemas. (3ª ed.). Edições Afrontamento: PortoLopes, J., Silva, H. (2009). A Aprendizagem Cooperativa na Sala de Aula. Lisboa:LIDEL – Edições Técnicas, L<strong>da</strong>.Ministério <strong>da</strong> Educação (1997). Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar. Disponível emhttp://www.educacao.te.pt/images/downloads/documentos/orientacoes_curriculares_pre_escolar.pdfMinistério <strong>da</strong> Educação (2004). Organização Curricular e Programas: Ensino Básico— 1.º Ciclo. (4ª ed.). Mem Martins: Editorial do Ministério <strong>da</strong> EducaçãoMinistério <strong>da</strong> Educação (2007). Gestão do Currículo na Educação Pré-Escolar -Contributos para a sua Operacionalização. Disponível emhttp://www.dgidc.min-edu.pt/educacaoinfancia/index.php?s=directorio&pid=1Ministério <strong>da</strong> Educação - Direção Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular(2010). Metas de Aprendizagem – Apresentação. Disponível emhttp://www.metasdeaprendizagem.min-edu.pt/sobre-o-projecto/apresentacao/


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 196Ministério <strong>da</strong> Educação (2011). Metas de Aprendizagem – Sobre o Projecto. Disponívelem http://www.metasdeaprendizagem.min-edu.pt/sobre-o-projecto/apresentacao/Ministério <strong>da</strong> Educação (2011). As Metas no Ensino Básico. Disponível emhttp://www.metasdeaprendizagem.min-edu.pt/ensino-basico/apresentacao/Ministério <strong>da</strong> Educação (2011). As Metas na Educação Pré-Escolar. Disponível emhttp://www.metasdeaprendizagem.min-edu.pt/educacao-preescolar/apresentacao/Niza, S. (1998). A Organização Social do Trabalho de Aprendizagem no 1º Ciclo doEnsino Básico. Inovação, v. 11, pp. 77-98.Nóvoa, A. (1992). Reformas Educativas e Formação de Professores. Lisboa: EDUCAPortugal, G. & Leavers, F. (2010). Avaliação Em Educação Pré-Escolar - Sistema deAcompanhamento <strong>da</strong>s Crianças. Porto: Porto EditoraSecretaria Regional <strong>da</strong> Educação e Recursos Humanos (2011). Despacho Normativo n.º4/2011 que altera o Despacho Normativo n.º 4/2010 de 18 de Novembro queregulamenta a avaliação <strong>da</strong>s aprendizagens do ensino básico na Região.Disponível em http://www.madeiraedu.pt/LinkClick.aspx?fileticket=WHOgEOomtks%3d&tabid=1904Secretaria Regional de Educação (2002). Regime de Criação e Funcionamento <strong>da</strong>sEscolas a Tempo Inteiro. Disponível emhttp://www3.uma.pt/nunosilvafraga/wp-content/uploads/2007/07/portaria-n-110-2002-define-o-regime-a-aplicar-na-criacao-e-no-funcionamento-<strong>da</strong>s-escola-atempo-inteiro.pdfSprinthall, N. & Sprinthall, R. (1993). Psicologia Educacional. (5ª ed.). Amadora:Editora McGraw-Hill de Portugal, L<strong>da</strong>.


197 RELATÓRIO DE ESTÁGIOTomlinson, C. (2008). Diferenciação Pe<strong>da</strong>gógica e Diversi<strong>da</strong>de – Ensino de Alunos emTurmas com Diferentes Níveis de Capaci<strong>da</strong>de. Porto: Porto Editora.Zabalza, M. (1994). Diários de Aula – Contributo para o Estudo dos Dilemas Práticosdos Professores. Porto: Porto Editora, LDA.


AnexosRELATÓRIO DE ESTÁGIO 198


ÁREA DE EXPRESSÃOE COMUNICAÇÂODOMÍNIO DASEXPRESSÕESRELATÓRIO DE ESTÁGIO 199Anexo A. Plano Mensal de Ativi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> Pré-AAno Lectivo 2011/2012 PLANIFICAÇÃO MENSAL CONTEÚDOS: Outono, Pão por Deus, Inicio <strong>da</strong> numeraçãoEDUCADORA:ElianaFreitasMÊS: OUTUBROSALA: PRÉ AÁREAS DE CONTEÚDO COMPETÊNCIAS ACTIVIDADES RECURSOS AVALIAÇÃOÁREA DE FORMAÇÃOPESSOAL E SOCIALEstabelecer relaçãoafectiva com :Ciança/criançaCriança/adultoCriança/grupoAceitar e cumprir regrasColaborar em activi<strong>da</strong>descom o grupoUtilizar correctamentemateriais e instrumentosinerentes às activi<strong>da</strong>desPermitir a partilha e aparticipação democráticaElaboração do quadro deaniversáriosPainel de Outono(trabalho de grupo)Festa do Pão por DeusObservação <strong>da</strong>scaracterísticas <strong>da</strong> estaçãodo anoColaboração <strong>da</strong> famíliacom a escolaMateriais:CartolinasFotosPapel autocolantetransparenteFolhas secasTintasVários frutos do OutonoHumanos:CriançasEducadoraAuxiliaresObservação directaRegistosDiálogosMOTORADiversificar as formas deutilizar e sentir o seucorpoControlarvoluntariamente os seusmovimentosDesenvolver amotrici<strong>da</strong>de finaManipular correctamentediversos objectos (lápis,Aula de educação físicaJogos de movimentoJogos de ro<strong>da</strong>Rasgagem e colagemJogos com a bolaMateriais:Vários materiais pararasgagem e colagemLápis de cor/lápis deceraPincéisHumanos:Professor de educaçãofísicaObservação directaRegisto <strong>da</strong> forma como osalunos tiram partido <strong>da</strong>ssituações,passos emateriais


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 200pincel)CriançasEducadoraAuxiliaresDRAMÁTICAExplorar o jogosimbólicoExplorar diferentesformas de movimentoExplorar o espaçocircun<strong>da</strong>nteImprovisar e participarna elaboração oral dehistóriasHistóriasJogos musicaisDramatização dehistóriase de situaçõesreais/imagináriasActivi<strong>da</strong>des na área dofaz de contaMateriais:HistóriasÁrea do faz de contaHumanos:CriançasEducadoraAuxiliaresObservação directaRegisto do modo como osalunos vivenciamdiferentesformas e atitudescorporaisPLÁSTICAExplorar diferentestécnicasDesenvolver amotrici<strong>da</strong>de fina e acriativi<strong>da</strong>deEstampar elementosnaturaisModelagemPainel de OutonoPintura-ilustração dedesenhos ,fichas.RasgagemConfecção do cesto doPão por DeusColagemcarimbagemMateriais:PlasticinaFolhas secasColaLápis de cor/lápis deceraFolhas de pintura e dedesenhoTintas,pincéisVários materiaisCaixas de cereaisLãsObservação directaRegistosHumanos:Crianças


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 201EducadoraAuxiliaresMUSICALDesenvolver o gosto pelamúsicaIncentivar a audiçãoExperimentar percussãocorporalAprender cançõesAulas de expressãomusicalCantar cançoes alusivasao temaMimar cançõesAudição de cdsBatimentos rítmicos esua repetiçãoMateriais:CançõesCdsO corpoHumanos:Professor de expr.musicalCriançasEducadoraAuxiliaresObservação e registo <strong>da</strong>ssuas capaci<strong>da</strong>desexpressivas e criativasDOMÍNIO DALINGUAGEM EABORDAGEM ÀESCRITAEnriquecer o vocabulárioDesenvolver o gosto pelaleituraParticipar num diálogorespeitando e utilizandoregrasPartilhar oralmentevivênciasIdentificar o nomeUtizar o livro e outrossuportes escritosInventar históriasHistóriasPreencher o quadro<strong>da</strong>s presnçasPoemasLengas-lengasObservação de históriasRegistosObservação de livros erevistasMateriais:Livros dehistórias,poemas elengas-lengasRevistasQuadro <strong>da</strong>s presençasFichasLápis,borrachaHumanos:CriançasEducadoraAuxiliaresObservação e registo <strong>da</strong>autonomia e clareza nacomunicação


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 202DOMÍNIO DAMATEMÁTICAÁREA DO CONHECIMENTODO MUNDOFomentar a construçãode noções matemáticasDiferenciar os momentosao longo do diaClassificar e ordenarCorrespondência entreobjecto/corIdentificar o nº1Contar espontâneamenteDespertar o interesse <strong>da</strong>scrianças nas tradições <strong>da</strong>comuni<strong>da</strong>deReconhecer e nomeardiferentes coresReconhecer algumas <strong>da</strong>scaracterísticas doOutono/naturezaJogos de mesaJogosAgrupar objectossegundo uma corPinturaPreencher quadro <strong>da</strong>spresençasRealização de fichas detrabalhoPuzzlesPasseio ao jardim <strong>da</strong>escolaObservar a naturezaJogos de identificaçãode coresObservação de dvds doOutonoMateriais:JogosObjectos de várias coresTintas,pincéis,folhas depinturaQuadro <strong>da</strong>s presençasFichasPuzzlesHumanos:CriançasEducadoraAuxiliaresMateriais:DvdsAparelhagem de dvdHumanos:CriançasEducadoraAuxiliaresApreciação <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>dee do cálculo mentalDiálogo para confirmar seos objectivos foramatingidos


Anexo B. Plano Semanal de Ativi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> Pré-ARELATÓRIO DE ESTÁGIO 203PLANO SEMANALPRÉ AEDUCADORA COOPERANTE: ELIANA FREITASDIA:2ª FEIRADIA:3ªFEIRADIA:4ª FEIRADIA:5ª FEIRADIA:6ª FEIRA8:00/9:00 ACOLHIMENTO9:00/9.30 MÚSICA9:30/10.00 LANCHE10:00/10:30 RECREIO10:30/11:00 INGLÊS 10:30/11:15EDUCAÇÃOFÍSICAINFORMÁTICA11:00/11:45 11:00/11:30BIBLIOTECA11:45/12:15 ALMOÇO12:15/15:00 SONO15:00/15:30 LANCHE15:30/16:00 RECREIO16:00/18:00 ACTIVIDADES LIVRES E SAÍDA


Anexo C. Organização do Estágio na Componente de Educação de InfânciaRELATÓRIO DE ESTÁGIO 204<strong>Universi<strong>da</strong>de</strong> <strong>da</strong> madeiraCentro de competência de ciências sociaisDepartamento de ciências <strong>da</strong> educaçãoMestrado em educação pré-escolar e ensino do 1º ciclo do ensino básicoAno lectivo 2011/2012Organização do estágioComponente de educação de infânciaO estágio decorrerá de três a cinco dias semanais in loco, de modo a perfazer as 100 Horas deestágio, na componente de educação de infância, conforme o dec. Lei nº 242 16 de dezembro de2008, despacho nº 32081/2008, com a carga horária de cinco (5) horas diárias na componentedirecta em horário a combinar com o orientador cooperante.A reflexão sobre a intervenção educativa é um momento imprescindível para o desenvolvimento detodo o processo de formação profissional e pessoal do estu<strong>da</strong>nte estagiário. Assim, esta decorrerá nacomponente indirecta, juntamente com o orientador cooperante e, quando necessário, com oorientador <strong>da</strong> UMa.A programação <strong>da</strong> intervenção educativa do estagiário deverá ser feita conforme a orientação doeducador cooperante, em momentos a combinar com este e <strong>da</strong>ndo conhecimento, de forma regular,aos orientadores <strong>da</strong> UMa.Os estu<strong>da</strong>ntes estagiários serão colocados individualmente em salas de creche, infantário, jardins deinfância ou pré-escola.O estágio está organizado em diferentes fases, a saber:1º fase – orientação e integração dos estu<strong>da</strong>ntes estagiários nos respectivos núcleos de estágioInício: 19/09/2011 fim: 30/09/20112º fase – intervenção educativa dos estu<strong>da</strong>ntes estagiáriosInício: setembro de 2011………………………………… fim: novembro de 2011Docentes: Conceição Sousa e Gui<strong>da</strong> Mendes


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 205INTERVENÇÃO EDUCATIVAOs estu<strong>da</strong>ntes estagiários deverão intervir nas seguintes dimensões:Científica e pe<strong>da</strong>gógica- Na concepção e desenvolvimento do currículo com o grupo de crianças com quem realizará oestágio (i.e., organização do ambiente educativo, observação, planificação coopera<strong>da</strong> e avaliação <strong>da</strong>relação e acção educativa);- Na integração do currículo (tendo por base as áreas <strong>da</strong>s orientações curriculares, as metas deaprendizagem preconiza<strong>da</strong>s pelo ministério <strong>da</strong> educação e as características específicas e interesses<strong>da</strong>s crianças);- Na avaliação reflexiva do trabalho realizado e o seu impacto no grupo de crianças e numa criançaem particular.Relação com a comuni<strong>da</strong>de:- No trabalho com a comuni<strong>da</strong>de educativa <strong>da</strong> instituição onde ficou colocado (i.e., trabalho com afamília, com o estabelecimento educativo e respectivos elementos, com os colegas do seu núcleo deestágio ou com os mais próximos e, ain<strong>da</strong>, com o meio envolvente).Desenvolvimento pré-profissional- Na participação activa nos momentos de formação organizados no âmbito <strong>da</strong> UC de estágio erelatórioNota:Os estu<strong>da</strong>ntes estagiários deverão elaborar um relatório de estágio resultado <strong>da</strong> sua intervençãoeducativa o qual será alvo de provas públicas na uma, segundo o regulamento do mesmo.Docentes: Conceição Sousa e Gui<strong>da</strong> Mendes


Anexo D. Indicadores para a Avaliação do Bem-Estar Emocional e <strong>da</strong> ImplicaçãoRELATÓRIO DE ESTÁGIO 206Indicadores de bem-estar emocionalAbertura e receptivi<strong>da</strong>de — a criança estáreceptiva ao contexto e disponivel para interagir eexplorar; não evidencia comportamentos evitantesem relação ao adulto ou outras crianças, estímulosou activi<strong>da</strong>des em oferta.Flexibili<strong>da</strong>de — perante situações novas oudiferentes, a criança não evidencia perturbaçãosignificativa, a<strong>da</strong>ptando-se rapi<strong>da</strong>mente edesfrutando bem <strong>da</strong>s novas oportuni<strong>da</strong>des. Assituações-problema ou frustrações não manietam acriança, apresentando uma orientação paraconsiderar varias alternativas ou para fazercompromissos.Autoconfiança e auto-estima — a criança irradiaautoconfiança. Expressa-se a vontade e, quandoconfronta<strong>da</strong> com novos desafios, enfrenta-os,arriscando a possibili<strong>da</strong>de de insucesso. Se esteacontece, a criança não fica “arrasa<strong>da</strong>”, nem atribuiesse fracasso ao seu falhanço enquanto pessoa.Admite que há coisas que (ain<strong>da</strong>) não e capaz defazer sem se sentir um zero enquanto pessoa.Assertivi<strong>da</strong>de — a criança que se sente bem, avontade, adopta uma atitude assertiva no seu grupo,procurando ser ti<strong>da</strong> em consideração e respeita<strong>da</strong> poraquilo que e. Evidencia forca suficiente para pediraju<strong>da</strong> ou conforto e sabe solicitar algo de formaapropria<strong>da</strong> (e.g., pedir um brinquedo); se algo deinjusto e dito ou feito, a criança e capaz de objectar.A criança assertiva não aceita facilmente assugestões ou pressões do grupo, se estas colidiremcom o seu interesse ou ideia.Vitali<strong>da</strong>de — a criança transbor<strong>da</strong> de vi<strong>da</strong> eenergia, visíveis nas suas expressão facial e postura.Os olhos brilham e raramente se detecta lassidão oulentidão de movimentos. Trata-se de uma forma deestar que se distancia <strong>da</strong>quela <strong>da</strong> criança de olharvazio, que frequentemente parece cansa<strong>da</strong>, esfregaos olhos, e a ultima a levantar-se.Indicadores de ImplicaçãoConcentração — a atenção <strong>da</strong> criançafocaliza-se na activi<strong>da</strong>de que realiza.Apenas estímulos intensos parecem poderatingir e possivelmente distrair a criança. Oprincipal ponto de referência para oobservador e o olhar <strong>da</strong> criança (este fixa-seessencialmente na activi<strong>da</strong>de ou vagueiapela sala?).Energia — a criança investe muito esforçoe entusiasmo na activi<strong>da</strong>de. Esta energia efrequentemente demonstra<strong>da</strong> pelo falar altoou pela pressão que faz sobre o objecto queutiliza. A energia mental pode ser inferi<strong>da</strong>através <strong>da</strong>s expressões faciais, as quaisrevelam que a criança está concentra<strong>da</strong> noque esta a fazer, mentalmente activa.Complexi<strong>da</strong>de e criativi<strong>da</strong>de —observáveis quando a criança mobiliza assuas capaci<strong>da</strong>des para se dedicar a umaactivi<strong>da</strong>de mais complexa e desafiadora doque uma mera rotina. A criança altamenteimplica<strong>da</strong> esta a <strong>da</strong>r o seu melhor, encontrasenos limites <strong>da</strong>s suas actuais capaci<strong>da</strong>des.Criativi<strong>da</strong>de significa que a criança introduzum toque pessoal na forma como realiza aactivi<strong>da</strong>de, introduzindo novos elementos oumostrando algo inesperado e novo.Expressão facial e postura — osindicadores não verbais são de extremaimportância para apreciar o nível deimplicação <strong>da</strong> criança. É possível distinguirolhos perdidos no vazio e deambulantes,sem direcção, de um olhar intenso efocalizado. A postura pode revelar altaconcentração, entusiasmo ou tédio. Pelaexpressão facial e postura adivinham-sesentimentos e, mesmo de costas, e possívelperceber na criança a forma como esta vivea activi<strong>da</strong>de em cursoPersistência — quando concentra<strong>da</strong>s, ascrianças dirigem a sua atenção e energiapara um ponto, que é o <strong>da</strong> sua activi<strong>da</strong>de.Não abandonam facilmente o que estão afazer. A persistência refere-se ao tempo deconcentração. Procuram a sensação desatisfação que a realização <strong>da</strong> activi<strong>da</strong>delhes traz, resistindo a estímulos distractorese atraentes que possam surgir. O tempo deconcentração depende, naturalmente, <strong>da</strong>


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 207Tranquili<strong>da</strong>de — trata-se de vitali<strong>da</strong>de/activi<strong>da</strong>de,mas associa<strong>da</strong> a um estado de calma e relaxamento.Globalmente, a postura muscular não evidenciatensão e os movimentos são suaves. Depois de umaactivi<strong>da</strong>de mais excitante ou de um jogo maisintenso, a criança retoma facilmente o estado detranquili<strong>da</strong>de.Alegria — a criança demonstra contentamento,retira prazer do que esta a fazer e a experienciar, <strong>da</strong>forma “certa” (não se trata do prazer associado aomagoar os outros, destruir material, humilhar umcolega, etc.). Se a alegria <strong>da</strong> criança e, muitas vezes,visível e audível (e.g., rir, cantar espontaneamente,olhos a brilhar), outras vezes, as crianças poderãoexpressar o seu prazer e entusiasmo de formas muitomais discretas.Ligação consigo próprio — a criança queexperiencia bem-estar estabelece uma boa relação econtacto consigo própria, conhecendo as suasnecessi<strong>da</strong>des, desejos, sentimentos e pensamentos.Temporariamente, a criança pode conhecersentimentos negativos e desagradáveis, mas aceitaose li<strong>da</strong> com eles de uma forma construtiva, não osreprimindo, expressando-os adequa<strong>da</strong>mente, namaior parte <strong>da</strong>s vezes. A criança está bem consigomesma e estabelece uma boa ligação com o mundo.i<strong>da</strong>de e nível de desenvolvimento <strong>da</strong> criançaPrecisão — as crianças muito implica<strong>da</strong>smostram um cui<strong>da</strong>do especial como seutrabalho, sendo meticulosas e atentas aospormenores. As crianças pouco implica<strong>da</strong>spreocupam-se pouco com a quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>realização e com detalhes, preocupando-sesobretudo em “despachar”.Tempo de reação — as crianças que estãoimplica<strong>da</strong>s estão atentas e reagem comrapidez a estímulos interessantes. Corrempara a activi<strong>da</strong>de e evidenciam grandemotivação para passar a acção. Tambémrespondem com e vivaci<strong>da</strong>de a estímulosrelevantes que ocorram no decurso do jogoou <strong>da</strong> tarefa.Expressão verbal — os comentários que ascrianças realizam são também indicadoresdo seu grau de implicação (‘e tao bom!”,“fazemos outra vez, sim?!”), bem como asdescrições entusiásticas sobre o que fizeramou o que estão a fazer, o que descobriram, oque conseguiram.Satisfação — eleva<strong>da</strong> implicação associase,normalmente, a prazer. Se este prazeresta, muitas vezes, implicitamente presente,também é possível percebê-lo quando acriança aprecia o seu trabalho ou realização,com satisfação, tocando e acariciando o seuresultado.In Portugal, G. & Leavers, F. (2010). Avaliação Em Educação Pré-Escolar - Sistema de Acompanhamento <strong>da</strong>sCrianças. Porto: Porto Editora


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 208Níveis de avaliaçãoNível 5Nível 4Nível 3Nível 2Nível 1DescritoresMuito Bom – To<strong>da</strong>s as metas foramatingi<strong>da</strong>s na sua totali<strong>da</strong>deBoas – Quase to<strong>da</strong>s as metas foramatingi<strong>da</strong>s, embora uma ou outra tenha sidode forma parcial (ex: expõe e discuteideias mas não propõe soluções paradesafios criativos)Médio – Cerca de metade <strong>da</strong>s metasforam atingi<strong>da</strong>sBaixo – Menos de metade <strong>da</strong>s metasforam atingi<strong>da</strong>sMuito Baixo – Nenhuma meta foiatingi<strong>da</strong>Exemplo:Área de conteúdo: Expressão dramáticaDomínio: Desenvolvimento <strong>da</strong> Criativi<strong>da</strong>deMetas:1. Utiliza e recria o espaço e os objetos, atribuindo-lhes significados múltiplos em ativi<strong>da</strong>des“livres”, situações imaginárias e de recriação de experiências do quotidiano? Não2. Inventa e experimenta personagens e situações de faz-de-conta ou de representação, por iniciativaprópria e/ou a partir de diferentes estímulos, diversificando as formas de concretização? Sim3. Expõe e discute ideias e propõe soluções para desafios criativos, em contexto de faz-de-conta oude representação? NãoAvaliação: Nível 2 – Baixo.


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 209Anexo F. Questionário para Avaliar as Competências SociaisIn Lopes, J., Silva, H. (2009). A Aprendizagem Cooperativa na Sala de Aula. Lisboa: LIDEL – Edições Técnicas, L<strong>da</strong>


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 210Anexo G. Regulamento de Estágio do Curso de Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensinodo 1º Ciclo do Ensino BásicoCentro de Competência de Ciências SociaisDepartamento de Ciências <strong>da</strong> EducaçãoRegulamento do Estágio Pe<strong>da</strong>gógicodoMestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º ciclo do Ensino BásicoArtigo 1ºObjectoO presente regulamento estabelece os princípios orientadores, a orgânica e as normas defuncionamento do estágio pe<strong>da</strong>gógico do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.ºciclo do Ensino Básico <strong>da</strong> <strong>Universi<strong>da</strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>Madeira</strong> (UMa).Artigo 2.ºNatureza e objectivos1. O estágio e<strong>da</strong>gógico é uma uni<strong>da</strong>de curricular do plano de estudos do Mestrado em EducaçãoPré-Escolar e Ensino do 1.º ciclo do Ensino Básico, ocorrendo no 3º semestre do curso, com osseguintes objectivos:a. Participar em projectos de trabalho em colaboração com a comuni<strong>da</strong>de educativa onde decorre oestágio.b. Privilegiar o desenvolvimento de uma atitude reflexiva ao longo de to<strong>da</strong> a intervençãope<strong>da</strong>gógica.c. Integrar de forma significativa, na prática pe<strong>da</strong>gógica, os conteúdos científicos adquiridos.d. Valorizar o trabalho em colaboração com a comuni<strong>da</strong>de educativa, ao longo de to<strong>da</strong> a acçãodesenvolvi<strong>da</strong>.e. Mobilizar relações interpessoais positivas nos grupos de estágio e na comuni<strong>da</strong>de educativa.2. Esta Uni<strong>da</strong>de Curricular pressupõe a utilização dos seguintes aspectos metodológicos:a. Pesquisa e selecção de informação.b. Reflexão sobre os conteúdos do programa e dos projectos <strong>da</strong> instituição cooperante.c. Selecção de recursos para avaliação e caracterização de contextos educativos.d. Elaboração, implementação e reflexão de projectos de sala e de planos de aula ou activi<strong>da</strong>des navertente de trabalho colaborativo, tendo em vista a resolução de problemas detectados.e. Avaliação dos processos e dos produtos.f. Realização de um relatório de activi<strong>da</strong>desArtigo 3.ºOrientação e organização1. Os estágios pe<strong>da</strong>gógicos regulam-se por protocolos assinados pela enti<strong>da</strong>de de formação – OCentro de Competência de Ciências Sociais (CCCS) - Departamento de Ciências <strong>da</strong> Educação


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 211(DCE) <strong>da</strong> UMa –, a Secretaria Regional de Educação e Cultura (SREC) e os estabelecimentos <strong>da</strong>Educação Pré-Escolar e escolas do 1.º ciclo do Ensino Básico onde decorrerão os estágios.2. No caso <strong>da</strong>s escolas e estabelecimentos de educação privados, a regulação pode assumirconvenções anuais, assina<strong>da</strong>s pela enti<strong>da</strong>de de formação – O Centro de Competência de CiênciasSociais (CCCS) - Departamento de Ciências <strong>da</strong> Educação (DCE) <strong>da</strong> UMa e os estabelecimentos <strong>da</strong>Educação Pré-Escolar ou do 1.º ciclo do Ensino Básico, onde decorrerão os estágios.3. Compete ao DCE <strong>da</strong> UMa:a. A orientação científica <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des de estágio.b. A avaliação <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des de estágio.c. A organização e coordenação <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des de estágio em articulação com a SREC e a rede deescolas do 1.º ciclo do Ensino Básico e instituições de educação onde os estagiários irãodesenvolver a sua activi<strong>da</strong>de.d. A formação dos estagiários e colaboração na formação contínua dos orientadores de estágio.e. A distribuição dos estagiários pelos diversos núcleos.4. Compete à UMa garantir os mecanismos de segurança dos estagiários durante o estágio.Artigo 4.ºFuncionamento1. As activi<strong>da</strong>des de estágio têm início, no 3º semestre de ca<strong>da</strong> ano lectivo e terminam no finaldesse semestre.2. As sessões para preparação e planificação <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des pe<strong>da</strong>gógicas, análise de conteúdoscurriculares, na perspectiva <strong>da</strong> sua aplicação pe<strong>da</strong>gógica, têm lugar na instituição de formação, oDCE-UMa, sempre que possível sob a responsabili<strong>da</strong>de conjunta do supervisor de estágio e doorientador cooperante.3. A avaliação final deverá estar concluí<strong>da</strong> até ao final do semestre.Artigo 5.ºFormação de núcleos1. A distribuição dos estagiários pelos diferentes núcleos de estágio respeitará, sempre que possível,a escolha pessoal dos candi<strong>da</strong>tos, observando-se, sucessivamente, os seguintes critérios:a. Colocação num núcleo de estágio no qual o candi<strong>da</strong>to não tenha tido ain<strong>da</strong> experiência.b. A nota do candi<strong>da</strong>to, na anterior prática supervisiona<strong>da</strong>.c. Os casos de empate serão resolvidos pelo orientador de estágio.2. A lista <strong>da</strong> distribuição dos alunos pelos diversos núcleos de estágio será <strong>da</strong><strong>da</strong> a conhecer aosinteressados por meio de edital afixado no DCE-UMa no início do estágio.3. Esgotado o prazo de cinco dias úteis para reclamações, após a afixação do edital referido noponto anterior, a UMa comunicará à SREC a lista ordena<strong>da</strong> dos alunos que estagiarão em ca<strong>da</strong>estabelecimento escolar.4. Em caso de reprovação ou desistência devi<strong>da</strong>mente justifica<strong>da</strong>, os estagiários poderão repetir oestágio, candi<strong>da</strong>tando-se às vagas sobrantes, entendendo-se estas como as não preenchi<strong>da</strong>s pelosdemais candi<strong>da</strong>tos.Artigo 6.ºÓrgãos1. A estrutura do estágio pe<strong>da</strong>gógico compreende os seguintes órgãos:a. Coordenador-geral do estágio.b. Comissão de estágio.c. Núcleos de estágio.


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 212Artigo 7.ºCoordenador-geral do estágio1. O coordenador-geral do estágio é o coordenador científico <strong>da</strong> prática pe<strong>da</strong>gógica. É um professordo Departamento de Ciências <strong>da</strong> Educação <strong>da</strong> UMa, nomeado pela respectiva Comissão Científica.2. Compete ao coordenador-geral do estágio:a. Coordenar as activi<strong>da</strong>des de estágio, em articulação com os órgãos gestão <strong>da</strong> UMa, <strong>da</strong> SREC edos estabelecimentos cooperantes.b. Definir orientações de carácter geral, nomea<strong>da</strong>mente critérios para a selecção dos orientadorescooperantes - regências, assistências, observação de aulas, critérios e prazos de avaliação, depois deouvidos a Comissão de Estágio e o Conselho de Curso.c. Propor acções de formação para os estagiários e os orientadores de estágio.3. O coordenador-geral do estágio poderá reunir e consultar directamente os orientadores de estágio,sempre que tal se mostre necessário.Artigo 8.ºComissão de Estágio1. A Comissão de Estágio é constituí<strong>da</strong> pelos orientadores <strong>da</strong> UMa, pelos orientadores cooperantese por representantes dos estagiários.2. A Comissão será presidi<strong>da</strong> por um orientador <strong>da</strong> <strong>Universi<strong>da</strong>de</strong>, eleito pelos seus pares.3. Compete ao Presidente <strong>da</strong> Comissão de Estágio:a. Promover reuniões para planificar e coordenar os trabalhos dos diferentes núcleos que a integram.b. Manter o Conselho de Curso informado sobre o an<strong>da</strong>mento <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des de estágio.4. Compete à Comissão de Estágio:a. Elaborar a planificação anual <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des de estágio, a apresentar ao Conselho de Curso paraaprovação.b. Propor, ao coordenador-geral do estágio, orientações de carácter geral, nomea<strong>da</strong>mente sobreregências, assistências, observação de aulas, critérios e prazos de avaliação.5. A Comissão de Estágio reúne, ordinariamente, uma vez por trimestre ou, extraordinariamente,mediante convocatória do seu presidente.Artigo 9.Núcleos de estágio1. Ca<strong>da</strong> núcleo de estágio é constituído pelo(s) supervisor(es) <strong>da</strong> UMa, pelo(s) orientador(es)cooperante(s) e estagiários do estabelecimento cooperante.2. Compete a ca<strong>da</strong> núcleo:a. Organizar sessões semanais para preparação e planificação <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des lectivas e análise deconteúdos programáticos / curriculares, na perspectiva <strong>da</strong> sua aplicação pe<strong>da</strong>gógica.


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 213Artigo 10.ºOrientador de estágio1. Os Orientadores <strong>da</strong> UMa são designados pelo DCE, de entre os docentes doutorados, assistentesou assistentes convi<strong>da</strong>dos com experiência e aptidão pe<strong>da</strong>gógicas reconheci<strong>da</strong>s pela ComissãoCientífica do respectivo Departamento.2. Só em casos excepcionais, o orientador <strong>da</strong> UMa poderá ultrapassar metade do seu horário comacompanhamento a estágios.3. Aos Orientadores <strong>da</strong> UMa compete:a. Dinamizar activi<strong>da</strong>des de carácter científico ou seminários, definidos pela Comissão de Estágio.b. Proporcionar, nas referi<strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des, momentos de discussão e reflexão sobre temas de índolecientífica, relacionados, de preferência, com os conteúdos que integram os programas / ÁreasCurriculares pelos estagiários.c. Orientar os estagiários do seu núcleo no tratamento de temas de carácter científico que serãoapresentados de acordo com o estipulado pela respectiva Comissão de Estágio.d. Assistir a aulas / activi<strong>da</strong>des dos estagiários e participar na discussão <strong>da</strong>s mesmas.e. Reflectir com os orientadores cooperantes sobre a progressão de ca<strong>da</strong> estagiário.f. Participar na avaliação dos estagiários, atribuindo-lhes uma classificação final.Artigo 11.ºCo-Orientadores <strong>da</strong> Educação Pré-Escolar e do 1º Ciclo do Ensino Básico1. Os docentes dos estabelecimentos cooperantes que colaboram na formação como orientadorescooperantes são escolhidos pelo Coordenador Geral do Estágio, colhi<strong>da</strong> a prévia anuência dospróprios e a concordância <strong>da</strong> direcção executiva do estabelecimento cooperante, nos termos doArt.19 do Dec-Lei nº 43/2007 de 22 de Fevereiro e do Despacho 8322 de 2011 de 16 de Junho.2. Aos Orientadores cooperantes compete:a. Planificar as activi<strong>da</strong>des do Núcleo de Estágio a desenvolver ao longo do estágio, de acordo comas deliberações <strong>da</strong> Comissão de Estágio.b. Apoiar os estagiários.c. Dinamizar as reuniões semanais de âmbito pe<strong>da</strong>gógico-didáctico, tendo em conta a planificação,preparação e discussão <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des lectivas / pe<strong>da</strong>gógicas.d. Promover o debate em torno de problemáticas <strong>da</strong> turma / grupo.e. Participar nas reuniões <strong>da</strong> Comissão de Estágio e outras para que sejam convocados.f. Promover a integração dos estagiários nas activi<strong>da</strong>des desenvolvi<strong>da</strong>s no estabelecimentoeducativo, relevantes no contexto do estágio.g. Apoiar o núcleo na preparação <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des que visem dinamizar o estabelecimento educativo.h. Proporcionar aos estagiários a assistência às activi<strong>da</strong>des.i. Assistir às activi<strong>da</strong>des dos estagiários.j. Participar na avaliação dos estagiários, atribuindo-lhes uma classificação final.Artigo 12.ºEstagiários1. No decurso do estágio, o estagiário está obrigado ao cumprimento dos regulamentos <strong>da</strong> UMa e<strong>da</strong>s normas de funcionamento interno do estabelecimento onde realiza o estágio.2. Compete a ca<strong>da</strong> estagiário:


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 214a. Eleger, no início do ano lectivo, o representante do seu núcleo na Comissão de Estágio.b. Prestar serviço docente na turma / grupo que lhe for atribuí<strong>da</strong> e em rotativi<strong>da</strong>de com os restantescolegas de estágio, no caso dos núcleos em salas de 1º Ciclo de Ensino Básico.c. Planificar, preparar e discutir as activi<strong>da</strong>des lectivas / pe<strong>da</strong>gógicas do seu grupo/ turma deestágio.d. Assistir e cooperar na intervenção do orientador cooperante e dos restantes estagiários do seugrupo.e. Participar nas activi<strong>da</strong>des de natureza científica e pe<strong>da</strong>gógica a realizar na UMa, sob orientaçãode professores <strong>da</strong> UMa.f. Participar nas sessões de natureza pe<strong>da</strong>gógico-didáctica, dinamiza<strong>da</strong>s pelo(s) orientador(es).g. Realizar os trabalhos propostos pelo(s) orientador(es), de acordo com as decisões <strong>da</strong> Comissão deEstágio.h. Organizar ou participar em activi<strong>da</strong>des que visem dinamizar o estabelecimento educativo,fomentando: a formação docente numa perspectiva interdisciplinar; a interacção escolacomuni<strong>da</strong>de;a relação humana na comuni<strong>da</strong>de escolar; a autoformação contínua nos diversosdomínios <strong>da</strong> activi<strong>da</strong>de docente.i. Elaborar o Relatório de Estágio.Artigo 13.ºAvaliação1. A avaliação deve constituir uma prática sistemática no estágio pe<strong>da</strong>gógico, visando a análise ediscussão <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des individuais e de grupo, no sentido de superar erros ou dificul<strong>da</strong>des e,consequentemente, conduzir o estagiário a um aperfeiçoamento contínuo <strong>da</strong> activi<strong>da</strong>de docente.2. A avaliação do Estágio é constituí<strong>da</strong> por duas partes: incidência na intervenção prática, nocontexto educativo; a elaboração do relatório e defesa, com o peso de 50% em ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s partes.3. A avaliação <strong>da</strong> intervenção prática tem em conta os critérios definidos pelo coordenador-geral doestágio.4. A avaliação do relatório terá em conta os parâmetros definidos no Regulamento deste Curso deMestrado.5. O orientador deverá <strong>da</strong>r a conhecer por escrito, aos estagiários, os critérios de avaliação, antes doinício do estágio.6. No final do estágio, a avaliação será apresenta<strong>da</strong> na escala de zero a vinte.7. A aprovação implica, obrigatoriamente, a frequência de um número mínimo de dois terços <strong>da</strong>saulas práticas. Só serão aceites justificações com atestados médicos.Artigo 14ºClassificação <strong>da</strong> intervenção prática do estágio1. A classificação <strong>da</strong> intervenção prática do estágio deverá resultar de um acordo entre osorientadores <strong>da</strong> UMa e os Cooperantes <strong>da</strong>s escolas de acolhimento, resultando na atribuição de umvalor na escala de zero a vinte. Considera-se aprovado o aluno cuja classificação não seja inferior adez valores.2. Sempre que os orientadores envolvidos não cheguem a acordo na atribuição <strong>da</strong> classificação, estaserá calcula<strong>da</strong>, <strong>da</strong> seguinte forma:E = O*0,65 + C*0,35


RELATÓRIO DE ESTÁGIO 215E é a classificação final <strong>da</strong> componente prática do estágio, arredon<strong>da</strong><strong>da</strong> às uni<strong>da</strong>des, considerandocomo uni<strong>da</strong>de a fracção não inferior a cinco décimas;O é a nota <strong>da</strong><strong>da</strong> pelo Orientador <strong>da</strong> UMa, na escala de 0 a 20;C é a nota atribuí<strong>da</strong> pelo Orientador Cooperante, na escala de 0 a 20.3. Considera-se reprovado na intervenção prática do estágio o aluno que obtenha um valor inferior adez valores na classificação (arredon<strong>da</strong><strong>da</strong> às uni<strong>da</strong>des, considerando como uni<strong>da</strong>de a fracção nãoinferior a cinco décimas).4. O aluno que reprovar na intervenção prática do estágio está impedido de entregar e realizar asprovas públicas do relatório, defini<strong>da</strong>s no regulamento deste curso.Artigo 15.ºDesistências e Reprovações1. A desistência do estágio pe<strong>da</strong>gógico deverá ser apresenta<strong>da</strong> por escrito ao coordenador-geral doestágio.2. Os alunos que não obtiveram aprovação nas duas ou numa <strong>da</strong>s componentes práticas do estágionão poderão apresentar relatório e respectiva defesa pública.3. Os alunos que não obtiveram aprovação nas componentes práticas do estágio poderão inscreversenesta uni<strong>da</strong>de curricular no ano seguinte, para realizá-lo novamente na sua totali<strong>da</strong>de.Artigo 16ºDisposições finais1. O presente regulamento entra imediatamente em vigor, após a sua aprovação.2. As alterações ao presente regulamento carecem de aprovação, <strong>da</strong> Comissão Científica doDepartamento de Ciências <strong>da</strong> Educação, bem como do Conselho Científico do Centro deCompetência de Ciências Sociais <strong>da</strong> UMa.3. As dúvi<strong>da</strong>s na aplicação do presente regulamento, ou as suas lacunas, deverão ser resolvi<strong>da</strong>s pordespacho do Magnífico Reitor.

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