8 | 14 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2006 | SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |BREVES■<strong>Leiria</strong>Recuperação<strong>de</strong> pontesAs obras <strong>de</strong> recuperação das ponteslocalizadas na Confraria, EiraVelha e Serra do Branco, freguesia<strong>de</strong> Colmeias, danificadaspela recente intempérie, foramadjudicadas na última reunião<strong>de</strong> câmara por cerca <strong>de</strong> 300 mileuros. Segundo Fernando Carvalho,vereador das Obras Municipais,as propostas para o arranjodas três pontes da Caranguejeiraparcialmente <strong>de</strong>struídas pelo mautempo, <strong>de</strong>verão ser abertas nospróximos dias, <strong>de</strong> forma a que aadjudicação aconteça antes doNatal e as obras nas duas freguesiaspossam arrancar até aofinal do ano.Visitas guiadasao teatroA Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> irá promover,no sábado, visitas guiadasao renovado Teatro José Lúcioda Silva, cuja reabertura oficialestá marcada para 15 <strong>de</strong> Janeiro.Abertas à população, as visitascomeçam às 15 horas e inserem-senas comemorações dos30 anos do po<strong>de</strong>r local <strong>de</strong>mocrático.Essas celebrações começaramna terça-feira e contemplamuma homenagem a Carlosdos Santos Pimenta, primeiro presi<strong>de</strong>nteda Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> eleitoapós o 25 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 1974. Asessão solene é amanhã às 17:30horas nos paços do concelho,on<strong>de</strong> discursará Tomás OliveiraDias, primeiro presi<strong>de</strong>nte da AssembleiaMunicipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.Protestoscontra fechoda GNRA intenção do Governo <strong>de</strong> fecharo posto da GNR <strong>de</strong> Monte Real,no âmbito da reestruturação nacionaldaquela força <strong>de</strong> segurança,levou a Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> a aprovar,na quinta-feira passada, umprotesto contra o eventual encerramento.Na missiva, a enviar aoGoverno Civil <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e ao Ministérioda Administração Interna,a autarquia manifesta “total oposição”ao encerramento do quartel,porque Monte Real “não po<strong>de</strong>ser visto apenas pela dimensãogeográfica e pelo número <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ntes”,mas também pelo turismo,que <strong>de</strong>verá ter um incrementosignificativo face aosinvestimentos previstos para astermas. Representantes da juntareuniram na semana passada como governador civil, on<strong>de</strong> lhe foidito que “não há <strong>de</strong>cisão tomada,mas que a hipótese tambémestá <strong>de</strong>scartada <strong>de</strong> lado”, revelao presi<strong>de</strong>nte da autarquia. ■Moradores do Telheiro, <strong>Leiria</strong>, ameaçam apresentar queixa-crime contra técnicoDespacho da câmara dá por concluídasobras que não foram feitasEm Junho, o chefe <strong>de</strong> Divisão<strong>de</strong> Parques e Espaços Ver<strong>de</strong>s(DPEV) da Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> assinouum <strong>de</strong>spacho dando contaque o projecto <strong>de</strong> arranjos exterioresdo loteamento <strong>de</strong> uma urbanizaçãono Telheiro, tinha sido“executado conforme a proposta”.Como tal, propunha a “recepção<strong>de</strong>finitiva do espaço em questão”e o levantamento da cauçãobancária. Há cerca <strong>de</strong> dois meses,o mesmo técnico emitiu um novo<strong>de</strong>spacho, reconhecendo que, afinal,as intervenções não tinhamsido executadas.Leirienses <strong>de</strong>scontentes po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>sabafar em blogueTaxa <strong>de</strong> saneamento po<strong>de</strong>rá ser revistaO caso foi <strong>de</strong>nunciado pormoradores da urbanização nareunião <strong>de</strong> câmara da semanapassada, on<strong>de</strong> a vereadora doAmbiente, Neusa Magalhães, justificouo primeiro parecer com ofacto <strong>de</strong> haver “um acordo verbal”com o empreiteiro, que “secomprometeu a executar as obras”:a construção <strong>de</strong> espaços ver<strong>de</strong>s,<strong>de</strong> um circuito <strong>de</strong> manutenção e<strong>de</strong> um parque infantil e a plantação<strong>de</strong> árvores.“Existiu uma falha no processo,que o técnico está a assumir.Mas, trata-se <strong>de</strong> um erro semA Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> admite reverno próximo ano a fórmula <strong>de</strong> cálculoda taxa <strong>de</strong> conservação <strong>de</strong>saneamento, cujos valores têmsido contestados por centenas <strong>de</strong>munícipes, que se viram confrontadoscom aumentos superioresa 200 por cento. IsabelDamasceno, presi<strong>de</strong>nte da autarquia,explica que a possível alteraçãoao cálculo da taxa preten<strong>de</strong>“encontrar uma solução maisjusta para os munícipes”.A edil sublinha que se trata<strong>de</strong> uma tarifa in<strong>de</strong>xada ao valorpatrimonial dos prédios, que estáa ser revisto pelas Finanças, peloque os aumentos da taxa “nãoconsequências, porque a obranão foi recebida”, afirma a autarca,que prometeu agendar parabreve uma reunião com o promotorda urbanização, para queos arranjos exteriores sejam feitos.Caso isso não aconteça, “aautarquia accionará a cauçãobancária”, adianta a presi<strong>de</strong>nte,Isabel Damasceno, assegurandoque “serão pedidas responsabilida<strong>de</strong>s”pelo procedimento “incorrecto”do técnico.Os moradores pon<strong>de</strong>ram apresentaruma queixa-crime, alegandoque a acção do chefe da DPEVresultam <strong>de</strong> qualquer agravamento<strong>de</strong>liberado pela câmara,mas sim da reavaliação dos imóveis”,no âmbito da aplicação doImposto Municipal sobre Imóveis.Subindo o valor patrimonial,“automaticamente aumentouo valor da taxa a pagar”,concretiza.“provocou danos” e que os prejuízossó não foram maiores, porquereclamaram a tempo, evitando arecepção da obra. Numa exposiçãoenviada à autarquia, a que oJORNAL DE LEIRIA teve acesso,os resi<strong>de</strong>ntes dizem-se “<strong>de</strong>fraudados”,porque “nenhuma” das intervençõesprevistas para o exteriorda urbanização foi executada e<strong>de</strong>nunciam o “cenário <strong>de</strong> abandonoe <strong>de</strong> mato que grassa pelos espaçosenvolventes, não sendo estessequer utilizáveis para qualquerfim lúdico”. ■Maria Anabela SilvaProjecto contempla habitação, comércio e serviços em <strong>Leiria</strong>Construção na antiga Casa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> aprovadaA construção <strong>de</strong> um edifíciopara habitação, comércio e serviçosna zona da antiga Casa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> foi aprovada na quinta-feirapassada em reunião <strong>de</strong>câmara. O empreendimento, promovidopelas empresas Mansos eHabiruivo, implicará um investimentona or<strong>de</strong>m dos 15 milhões<strong>de</strong> euros.A fachada da antiga Casa <strong>de</strong>Saú<strong>de</strong> será mantida, ao contrárioda proposta inicial que apontavapara a <strong>de</strong>molição, estando projectadaa sua recuperação e integraçãona nova edificação. A volumetriado edifício a construir variaentre os cinco pisos, no alçado viradopara a Rua Machado Santos, eos três andares, na frente que confrontacom a Rua <strong>de</strong> Alcobaça.Dois dos andares <strong>de</strong>stinam-se exclusivamentea comércio, enquantoum terceiro terá lojas e serviços.Os restantes serão para habitação,prevendo-se a construção <strong>de</strong> 12fogos.O projecto contempla ainda cincopisos subterrâneos para estacionamento,com cerca <strong>de</strong> 370 lugares,e a manutenção do jardimexistente atrás da antiga Casa <strong>de</strong>Saú<strong>de</strong>. A zona on<strong>de</strong> está a palmeirareverterá para o municípioe será transformada numa praceta<strong>de</strong> utilização pública.O processo <strong>de</strong> licenciamentoDREmpreendimento custará cerca <strong>de</strong> 15 milhões <strong>de</strong> euros<strong>de</strong>u entrada na câmara há cerca<strong>de</strong> seis anos. Em Fevereiro <strong>de</strong> 2002,foi <strong>de</strong>molida a antiga se<strong>de</strong> do CDS--PP, que funcionou nesse quarteirãoe on<strong>de</strong> nasceu o historiadorJosé Mattoso. A autarquia remeteuo projecto para o Instituto Portuguêsdo Património Arquitectónicoe para a Comissão <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>naçãoe Desenvolvimento Regionaldo Centro.Esta entida<strong>de</strong> impôs o “reajustamento<strong>de</strong> cérceas”, uma exigênciaque “os promotores <strong>de</strong>morarama aceitar”, o que motivou oarrastar do processo, explicou IsabelGonçalves, vereadora das ObrasParticulares na Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,na reunião <strong>de</strong> executivo da semanapassada. ■MASPara “mostrar o <strong>de</strong>scontentamentocom as absurdas actualizações”dos valores da taxa <strong>de</strong>saneamento foi criado um blogue.Clicando em http://eluis.noip.com/leiria/,os leirienses “<strong>de</strong>scontentes”po<strong>de</strong>m expressar asua “perplexida<strong>de</strong>” face aosaumentos registados. ■
| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE |14 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2006 | 9Sócrates anunciou investimento total <strong>de</strong> 185 milhõesGoverno investe 9.6 milhões <strong>de</strong> eurosem equipamentos sociaisJACINTO SILVA DUROSócrates dá preferência às crechesO primeiro-ministro, José Sócrates,e o ministro do Trabalho eda Solidarieda<strong>de</strong> Social, Vieirada Silva, estiveram na EscolaSuperior <strong>de</strong> Tecnologia e Gestão<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> para anunciar a criação<strong>de</strong> novos equipamentos sociais<strong>de</strong> apoio à infância, terceira ida<strong>de</strong>e cidadãos portadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência,no âmbito do Programa<strong>de</strong> Alargamento da Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> EquipamentosSociais (PARES).Segundo o ministro do Trabalhoe Solidarieda<strong>de</strong> Social, <strong>Leiria</strong>foi escolhida para a apresentaçãodo PARES <strong>de</strong>vido à “boaqualida<strong>de</strong> das propostas das InstituiçõesPrivadas <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong>Social (IPSS) do distrito”.Dos 271 novos equipamentose 15.589 novos lugares para utentes,avaliados em 185 milhões <strong>de</strong>euros <strong>de</strong> investimento, com umacomparticipação pública <strong>de</strong> 92milhões, criados a nível nacional,coube a <strong>Leiria</strong> uma parteimportante.São 31 novos equipamentos,56 novas respostas, 1836 lugarespara utentes, 528 novos postos<strong>de</strong> trabalho e um investimentoglobal <strong>de</strong> 19.8 milhões <strong>de</strong> euros,com uma comparticipação pública<strong>de</strong> 9.6 milhões <strong>de</strong> euros.O apoio aos idosos recebeu amaior tranche distrital, com acriação <strong>de</strong> 1346 lugares parautentes, correspon<strong>de</strong>ntes a 41respostas, 15.5 milhões <strong>de</strong> euros<strong>de</strong> investimento e uma comparticipaçãopública <strong>de</strong> 7.3 milhões.Já os equipamentos sociais<strong>de</strong>stinados à infância, que, segundoo ministro Vieira da Silva,representam a maior aposta, emtermos nacionais, do PARES, sãoapenas <strong>de</strong>z, no distrito, representando393 lugares para utentese um investimento <strong>de</strong> 3.3milhões <strong>de</strong> euros, com uma comparticipaçãopública <strong>de</strong> 1.6 milhões.Em último lugar, em termos<strong>de</strong> investimento na região, apareceo apoio aos cidadãos portadores<strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência, com cinconovas respostas, 100 lugarespara utentes e 2.1 milhões <strong>de</strong>euros <strong>de</strong> investimento, dos quais0.7 são suportados pelo Estado.José Sócrates frisou a importânciada opção em dar priorida<strong>de</strong>às creches como medidaque po<strong>de</strong> potenciar a natalida<strong>de</strong>a nível nacional. “Queremos ajudaras famílias e compatibilizara vida profissional com a familiar”,referiu. ■Jacinto Silva DuroPrimeiro-ministroescolhe Travasso como exemploO projecto para a criação <strong>de</strong> uma creche da Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong>Social e Melhoramentos <strong>de</strong> Travasso e Circunvizinhos, Pombal, foi oescolhido para a primeira homologação <strong>de</strong> um contrato <strong>de</strong> financiamentono âmbito do PARES. O espaço vai acolher, a partir do ano que vem,33 crianças num equipamento avaliado em 153 mil euros, com 73 mil<strong>de</strong> comparticipação pública. “Foi uma honra termos sido escolhidospara ser os primeiros a homologar o contrato com o primeiro-ministro”,diz José Pascoal, presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>sta IPSS criada há um ano. ■Empresa <strong>de</strong> PombalADM solidarizou-secom APEPI e CercipomA empresa A<strong>de</strong>lino Duarte da Mota(ADM), se<strong>de</strong>ada em Meirinhas, Pombal,doou, na segunda-feira, uma verba <strong>de</strong> <strong>de</strong>zmil euros, dividida em partes iguais, àAssociação <strong>de</strong> Pais e Educadores para aInfância e à Cercipom, cooperativa <strong>de</strong>apoio e inserção <strong>de</strong> cidadãos portadores<strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência, também <strong>de</strong> Pombal, parafazer face aos estragos provocados pelascheias.O presi<strong>de</strong>nte da Cercipom, Manuel Escalhorda,alertou para o facto <strong>de</strong>, <strong>de</strong>pois dosincêndios e das cheias, as empresas doconcelho terem bastante dificulda<strong>de</strong> emapoiar as instituições <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong>social, <strong>de</strong>vido aos prejuízos que elas própriassofreram. O responsável pediu aindaapoio para auxiliar o pagamento dosencargos <strong>de</strong>correntes da construção <strong>de</strong>um lar para pessoas com elevado grau <strong>de</strong><strong>de</strong>ficiência ou cujas famílias não po<strong>de</strong>mcuidar <strong>de</strong>les.O empresário A<strong>de</strong>lino Duarte da Motaescutou o apelo e, mostrando-se sensibilizado,assegurou que iria ter em atençãoo pedido. Recentemente, a ADM tambémcontribuiu para a reconstrução <strong>de</strong> váriashabitações <strong>de</strong>vastadas por incêndios. ■Personalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>batem cidadaniaMário Soares mo<strong>de</strong>ra congressoem OurémMário Soares será o mo<strong>de</strong>rador da primeirasessão do congresso Cidadania activa– um país com futuro, que <strong>de</strong>corre hojee amanhã no cine-teatro <strong>de</strong> Ourém, organizadopela Civilis – Socieda<strong>de</strong> em Defesada Cidadania.O encontro começa hoje, às 18 horas,com um <strong>de</strong>bate subordinado ao tema Cida<strong>de</strong>e cidadania: urbanismo e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vida, com a presença <strong>de</strong> Macário Correia(presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> câmara <strong>de</strong> Tavira), seguindo--se um colóquio sobre Violência, criminalida<strong>de</strong>e segurança, on<strong>de</strong> intervirão o criminologistaFrancisco Moita Flores e NunoMagalhães (ex-secretário <strong>de</strong> Estado da AdministraçãoInterna). A cultura como eixo estratégicoserá <strong>de</strong>batida amanhã, a partir das9:30 horas, num painel que terá a participação<strong>de</strong> António Mega Ferreira (directordo Centro Cultural <strong>de</strong> Belém) e <strong>de</strong> FernandoRosas (historiador e dirigente do Bloco<strong>de</strong> Esquerda). Cultura e património e a Mobilizaçãodos cidadãos: os novos movimentos<strong>de</strong> cidadãos são outros dos temas a abordar.O congresso <strong>de</strong>correrá até Fevereiro do próximoano, com sessões em Abrantes, Constância,Ferreira do Zêzere, Santarém e TorresNovas. ■