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Revista Espírita (FEB) - 1860 - Autores Espíritas Clássicos

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FEVEREIRO DE <strong>1860</strong>“Meus amigos, isto são ninharias, palavras vazias desentido, frases ocas, desvios ambíguos, enigmas que nemcompreendeis. Toda a diferença que há entre nós e nossosantepassados é que, para negar um mistério, forjamos cem outros,ao passo que para aquela boa gente um gato era um gato e o diabo,o diabo. Temos a pretensão de dotar a Natureza de forças que elanão tem, nem pode ter; nossos velhos, mais sábios e mais francosdiziam, sem muitos rodeios, que havia operações sobrenaturais,tratando-as, muito ingenuamente, de feitiçaria.“Entretanto, menos versados do que nós noconhecimento dos fenômenos naturais, sem dúvida chegaramalgumas vezes a tomar por um efeito prodigioso coisas que nãosaem da ordem natural, ao passo que os modernos, muito maisesclarecidos, não deixam de olhar bom número de charlatanicesdos magnetizadores como efeito misterioso das leis secretas daNatureza, e as operações realmente diabólicas como passes demagia mais ou menos sutis. Mas os homens mais cristãos do velhotempo bem sabiam que os Espíritos maus, evocados por meio decertos sinais, de certas conjurações, de certos pactos, apareciam,respondiam, alucinavam a imaginação, impressionando de milmaneiras e, sobretudo, fazendo o maior mal que podiam aos quecom eles conversavam. Confessai, pois, de boa-fé que, mesmo emnossos dias, em maior número que antigamente, temos os nossosnecromantes, encantadores e feiticeiros, com a diferença de que osnossos pobres pais tinham horror a esses malefícios, por elespraticados em segredo, nas trevas, nas cavernas, nas florestas, e quemuitos se arrependiam, confessavam-se e faziam penitência; hoje,porém, são exercidos nos salões resplandecentes de ouro e luz, napresença de curiosos, de moças, crianças e mães, sem o menorescrúpulo e muitas vezes se deleitando com as superstições daIdade Média.“Crede-me: em todas as épocas os homens quiserammanter negócios com o demônio, e esse espírito astucioso, embora81

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