Revista Espírita (FEB) - 1860 - Autores Espíritas Clássicos

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REVISTA ESPÍRITAUm Espírito muito atrasado que reencarnasse num povo civilizado,aí estaria deslocado e não poderia sustentar a sua posição; voltandoaos selvagens em nova existência, apenas retomará o lugar quehavia deixado cedo demais; mas as idéias que houver adquiridodurante sua estada entre os homens mais esclarecidos não serãoperdidas. Deve se dar o mesmo com os homens que irão concorrerpara a formação de um mundo novo. Encontrando-se deslocadosna Terra melhorada, irão para um mundo em consonância com seuestado moral.Estudos:1 o Evocação do negro do navio Constant, já evocado a30 de setembro de 1859. Ele dá novas explicações sobre ascircunstâncias que acompanharam a sua morte.Três comunicações espontâneas: a primeira, deChateaubriand, pelo Sr. Roze; a segunda, de Platão, pelo Sr. Colin;a terceira, de Charlet, pelo Sr. Didier Filho, em continuação aotrabalho por ele começado sobre a natureza dos animais.70Os Espíritos Glóbulos 4A vontade de ver os Espíritos é coisa muito natural econhecemos poucas pessoas que não desejariam fruir dessafaculdade. Infelizmente é uma das mais raras, sobretudo quandopermanente. As aparições espontâneas são bastante freqüentes,mas acidentais, e quase sempre motivadas por uma circunstânciatoda individual, baseada nas relações que podem ter existidoentre o vidente e o Espírito que lhe aparece. Uma coisa é verfortuitamente um Espírito; outra é vê-lo habitualmente e nascondições normais ordinárias. Ora, é aí que está o que constitui, abem dizer, a faculdade dos médiuns videntes. Ela resulta de uma4 N. do T.: Vide O Livro dos Médiuns – Segunda Parte – Capítulo VI –item 108.

FEVEREIRO DE 1860aptidão especial, cuja causa ainda é desconhecida e que podedesenvolver-se, mas que em vão seria provocada se não existisse apredisposição natural. É necessário, pois, que nos acautelemoscontra as ilusões que podem nascer do desejo de possui-la, e quederam lugar a estranhos sistemas. Tanto combatemos as teoriastemerárias pelas quais são atacadas as manifestações, sobretudoquando essas teorias denotam a ignorância dos fatos, quantodevemos procurar, no interesse da verdade, destruir idéias queprovam mais entusiasmo que reflexão e que, por isso mesmo,fazem mais mal do que bem, levando ao ridículo.A teoria das visões e das aparições é hoje perfeitamenteconhecida. Desenvolvemo-la em vários artigos, especialmente nosnúmeros de dezembro de 1858, fevereiro e agosto de 1859, e nonosso O Livro dos Médiuns, ou Espiritismo Experimental 5 . Portanto,não a repetiremos aqui; lembraremos apenas alguns pontosessenciais, antes de chegar ao exame do sistema dos glóbulos.Os Espíritos podem ser vistos sob diferentes aspectos;o mais freqüente é a forma humana. Sua aparição geralmenteocorre sob uma forma vaporosa e diáfana, às vezes vagae imprecisa. A princípio quase sempre é uma claridadeesbranquiçada, cujos contornos pouco a pouco se vão delineando.De outras vezes as linhas são mais acentuadas e os menores traçosda fisionomia são desenhados com tal precisão que permite darlhesdescrição mais exata. Nesses momentos, certamente um pintorpoderia fazer o seu retrato com tanta facilidade quanto faria o deuma pessoa viva. As maneiras e o aspecto são os mesmos que tinhao Espírito quando encarnado. Podendo dar todas as aparências aoseu perispírito, que constitui seu corpo etéreo, ele se apresenta soba que melhor o faça reconhecível. Assim, embora como Espíritonão mais tenha nenhuma das enfermidades corpóreas que pudesseter experimentado como homem, mostrar-se-á estropiado, coxo oucorcunda, se o julga conveniente para atestar a sua identidade.5 N. do T.: Vide O Livro dos Médiuns, Segunda Parte, capítulo VI:Manifestações visuais.71

FEVEREIRO DE <strong>1860</strong>aptidão especial, cuja causa ainda é desconhecida e que podedesenvolver-se, mas que em vão seria provocada se não existisse apredisposição natural. É necessário, pois, que nos acautelemoscontra as ilusões que podem nascer do desejo de possui-la, e quederam lugar a estranhos sistemas. Tanto combatemos as teoriastemerárias pelas quais são atacadas as manifestações, sobretudoquando essas teorias denotam a ignorância dos fatos, quantodevemos procurar, no interesse da verdade, destruir idéias queprovam mais entusiasmo que reflexão e que, por isso mesmo,fazem mais mal do que bem, levando ao ridículo.A teoria das visões e das aparições é hoje perfeitamenteconhecida. Desenvolvemo-la em vários artigos, especialmente nosnúmeros de dezembro de 1858, fevereiro e agosto de 1859, e nonosso O Livro dos Médiuns, ou Espiritismo Experimental 5 . Portanto,não a repetiremos aqui; lembraremos apenas alguns pontosessenciais, antes de chegar ao exame do sistema dos glóbulos.Os Espíritos podem ser vistos sob diferentes aspectos;o mais freqüente é a forma humana. Sua aparição geralmenteocorre sob uma forma vaporosa e diáfana, às vezes vagae imprecisa. A princípio quase sempre é uma claridadeesbranquiçada, cujos contornos pouco a pouco se vão delineando.De outras vezes as linhas são mais acentuadas e os menores traçosda fisionomia são desenhados com tal precisão que permite darlhesdescrição mais exata. Nesses momentos, certamente um pintorpoderia fazer o seu retrato com tanta facilidade quanto faria o deuma pessoa viva. As maneiras e o aspecto são os mesmos que tinhao Espírito quando encarnado. Podendo dar todas as aparências aoseu perispírito, que constitui seu corpo etéreo, ele se apresenta soba que melhor o faça reconhecível. Assim, embora como Espíritonão mais tenha nenhuma das enfermidades corpóreas que pudesseter experimentado como homem, mostrar-se-á estropiado, coxo oucorcunda, se o julga conveniente para atestar a sua identidade.5 N. do T.: Vide O Livro dos Médiuns, Segunda Parte, capítulo VI:Manifestações visuais.71

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