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Revista Espírita (FEB) - 1860 - Autores Espíritas Clássicos

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REVISTA ESPÍRITAsabe que, inumeráveis como os seixos da praia, seus sofrimentoshaverão de durar na sucessão interminável dos séculos. Dizes quepodes suavizá-los! Que palavra vazia! Onde encontrar a coragem, aesperança para tanto? Procura, pois, cérebro limitado, compreendero que é um dia que jamais acaba. Será um dia, um ano, um século?Que sei eu? As horas não se marcam; as estações não variam.Eterno e lento como a água que brota do rochedo, esse diaexecrado, esse dia maldito, pesa sobre mim como um relicário dechumbo... Sofro!... Nada vejo à minha volta, senão sombrassilenciosas e indiferentes... Sofro!Entretanto, sei que, acima desta miséria reina Deus, oPai, o Senhor, aquele para o qual tudo se encaminha. Quero pensarnisto. Quero implorar-lhe socorro.Debato-me e me arrasto como um estropiado, que penaum longo caminho. Não sei que poder me atrai para ti; talvez seja asalvação. Retiro-me de ti um pouco calma, um pouco renovada,como um velho tiritando de frio, reanimada por um raio de sol.Minha alma enregelada haure uma vida nova ao aproximar-se de ti.556IIClaireMinha desgraça cresce dia-a-dia, à medida que oconhecimento da eternidade se desenvolve em mim. Ó miséria!quanto vos maldigo, horas culpadas, horas de egoísmo e deesquecimento em que, desconhecendo toda caridade, tododevotamento, só pensava em meu bem-estar! Convencionalismohumano, sede maldito! vãs preocupações dos interesses materiais!Sede malditos, vós que me haveis enceguecido e perdido! Soucorroída pelo incessante pesar do tempo transcorrido. Que direi ati, que me escutas? Vigia incessantemente sobre ti; ama aos outrosmais que a ti mesma; não te demores nos caminhos do bem-estar;não sobrecarregues teu corpo à custa de tua alma. Vigia, como dizia

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