Revista Espírita (FEB) - 1860 - Autores Espíritas Clássicos

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REVISTA ESPÍRITAsenão que vos manter em guarda, se não vos quiserdes transformarem apóstolo, mau grado vosso.Não vedes no Espiritismo mais que charlatanismomoral e comercial. Nós outros, futuros inquilinos do hospício, neleencontramos a solução de uma porção de problemas contra osquais a Humanidade se debatia há muitos séculos, a saber: oreconhecimento raciocinado de Deus em todas as suas obras materiaise espirituais; a certeza da imortalidade e da individualidade da alma,provada pelas manifestações dos Espíritos; a ciência das leis dajustiça divina, estudada nas diversas encarnações dos Espíritos, etc.,etc. Se nos déssemos ao trabalho de aprofundar um pouco essesassuntos, poderíamos ver que se acham acima de todos ossarcasmos e de todas as zombarias. Por mais que nos considereissonhadores e alucinados, todos diremos, em lugar do E pur si muovede Galileu: Todavia, Deus está lá!Rogo aceiteis, etc.Brion d’OrgevalPrimeiro baixo da ópera cômica do teatro deToulouse, ex-pensionista do Sr. Carvalho.”Observação – Não é de nosso conhecimento que o Sr.Oscar Comettant tenha publicado esta resposta, bem como anossa. Ora, atacar sem admitir a defesa não é um combate leal.“Meu caro colega,Bruxelas, 23 de dezembro de 1859.Venho submeter-vos algumas reflexões etnográficassobre o mundo dos Espíritos, com a intenção de corrigir umaopinião assaz generalizada, mas, a meu ver, muito errada no querespeita ao estado do homem após a sua espiritualização.50

JANEIRO DE 1860Imagina-se erroneamente que um imbecil, umignorante, um bruto, torna-se imediatamente um gênio, um sábio,um profeta, desde que deixou seu casulo. É um erro análogo ao dequem admitisse que um celerado, liberto da camisa de força, iriatornar-se honesto; um tolo ficará esperto e um fanático raciocinará,tão-somente porque transpuseram a fronteira do mundo espiritual.Não é nada disso. Levamos conosco todas as nossasconquistas morais, nosso caráter, nossa ciência, nossos vícios evirtudes, à exceção dos que se prendem à matéria: os coxos, oszarolhos e os corcundas não mais o são; mas os velhacos, osavarentos e os supersticiosos ainda o são. Não é, pois, de admirarque ouçamos os Espíritos a pedir preces, desejar que façamos asperegrinações que haviam prometido e, mesmo, que se descubra oque haviam escondido, a fim de dá-lo à pessoa a quem o haviamdestinado e que a indicam exatamente, estando ela encarnada.Em suma, o Espírito que tinha um desejo, um plano,uma opinião, uma crença na Terra, quer vê-los realizados. Assim,Hahnemann exclamava: “Coragem, meus amigos, minha doutrinatriunfa; que satisfação para minha alma!”Quanto ao Dr. Gall, sabeis o que ele pensa de suaciência, assim como Lavater, Swedenborg e Fourier, o qual me disseque seus alunos haviam truncado a sua doutrina, querendoultrapassar a fase do garantismo, que ele me felicita por continuar.Numa palavra, todos os Espíritos que professam umareligião, uma idolatria ou um cisma, por convicção, persistem nasmesmas crenças, até serem esclarecidos pelo estudo e pela reflexão.Tal é o móvel de minhas preocupações neste momento, eevidentemente é um Espírito lógico que as dita, porque, há umahora, não pensava senão em recolher-me ao leito e acabar a leiturado excelente opúsculo da Sra. Henry Gaugain, sobre os piedosospreconceitos dos baixo-bretões contra as novas invenções.51

REVISTA ESPÍRITAsenão que vos manter em guarda, se não vos quiserdes transformarem apóstolo, mau grado vosso.Não vedes no Espiritismo mais que charlatanismomoral e comercial. Nós outros, futuros inquilinos do hospício, neleencontramos a solução de uma porção de problemas contra osquais a Humanidade se debatia há muitos séculos, a saber: oreconhecimento raciocinado de Deus em todas as suas obras materiaise espirituais; a certeza da imortalidade e da individualidade da alma,provada pelas manifestações dos Espíritos; a ciência das leis dajustiça divina, estudada nas diversas encarnações dos Espíritos, etc.,etc. Se nos déssemos ao trabalho de aprofundar um pouco essesassuntos, poderíamos ver que se acham acima de todos ossarcasmos e de todas as zombarias. Por mais que nos considereissonhadores e alucinados, todos diremos, em lugar do E pur si muovede Galileu: Todavia, Deus está lá!Rogo aceiteis, etc.Brion d’OrgevalPrimeiro baixo da ópera cômica do teatro deToulouse, ex-pensionista do Sr. Carvalho.”Observação – Não é de nosso conhecimento que o Sr.Oscar Comettant tenha publicado esta resposta, bem como anossa. Ora, atacar sem admitir a defesa não é um combate leal.“Meu caro colega,Bruxelas, 23 de dezembro de 1859.Venho submeter-vos algumas reflexões etnográficassobre o mundo dos Espíritos, com a intenção de corrigir umaopinião assaz generalizada, mas, a meu ver, muito errada no querespeita ao estado do homem após a sua espiritualização.50

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