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Revista Espírita (FEB) - 1860 - Autores Espíritas Clássicos

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REVISTA ESPÍRITA476O DESPERTAR DO ESPÍRITOMédium – Sra. CostelQuando o homem abandona os despojos mortais,experimenta um espanto e um deslumbramento que o deixam poralgum tempo indeciso quanto ao seu estado real; não sabe se estámorto ou vivo e suas sensações, muito confusas, demoram bastantepara aclarar-se. Pouco a pouco, os olhos do Espírito ficamdeslumbrados por diversas claridades que o cercam e ele acompanhatoda uma ordem de coisas, grandes e desconhecidas, que de iníciotem dificuldade em compreender, mas em breve reconhece que nãopassa de um ser impalpável e imaterial; procura seus despojos e sesurpreende de não os encontrar; passa-se algum tempo antes quelhe venha a memória do passado e o convença de sua identidade.Olhando a Terra, que acaba de deixar, vê os parentes e amigos queo pranteiam, como vê o corpo inerte. Finalmente seus olhos sedestacam da Terra e se elevam para o Céu; se a vontade de Deus nãoo retém no solo, ele sobe lentamente e se sente flutuar no espaço, oque é uma sensação deliciosa. Então a lembrança da vida que deixalhe aparece com uma clareza às mais das vezes desoladora, masoutras vezes consoladora. Falo-te aqui do que experimentei, eu quenão sou um Espírito mau, mas que não tenho a felicidade de ocuparuma posição elevada. Nós nos despojamos de todos os preconceitosterrenos; a verdade aparece em toda a sua luz; nada atenua as faltas,nada oculta as virtudes; vemos nossa alma tão claramente quantonum espelho; procuramos entre os Espíritos os que foramconhecidos, porque o Espírito se apavora no seu isolamento, maseles passam sem se deterem; não há relações amistosas entre osEspíritos errantes; aqueles mesmos que se amaram não trocamsinais de reconhecimento; essas formas diáfanas deslizam e não sefixam; as comunicações afetuosas são reservadas aos Espíritossuperiores, que intercambiam seus pensamentos. Quanto a nós,nosso estado transitório só serve para o nosso adiantamento, tendoem vista que nada nos distrai; as únicas comunicações que nos sãopermitidas são com os humanos, porque têm um fim de mútuautilidade, que Deus prescreve.

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