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Revista Espírita (FEB) - 1860 - Autores Espíritas Clássicos

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REVISTA ESPÍRITAqueimam imediatamente. Quando um desses homens vai morrer,logo é abandonado; então, só e deitado, pensa pela primeira vez;um vago instinto o assalta; como a andorinha advertida da próximaestação, sente que nem tudo está acabado, que vai recomeçaralguma coisa desconhecida. Não é bastante inteligente para supor,temer ou esperar, mas calcula, às pressas, suas vitórias e derrotas;pensa no número de caças que abateu e se regozija ou se afligeconforme os resultados obtidos. Sua mulher – só têm uma por vez,embora possam trocá-las sempre que lhes convêm – agachada àentrada, atira seixos no ar; quando formam um montículo, ela julgaque chegou a hora e se aventura a olhar para o interior; se suasprevisões se tiverem realizado, se o homem estiver morto, ela entrasem um grito, sem uma lágrima, despoja-o da pele de animais queo envolve, vai friamente avisar seus vizinhos, que transportam ocorpo e o incineram, tão logo esfria.Os animais, que por toda parte sofrem os reflexoshumanos, são mais selvagens, mais cruéis que em qualquer outrolugar. O cão e o lobo são uma só e mesma espécie, incessantementeem luta com o homem, que, contra eles, se entrega a combatesencarniçados. Aliás, menos numerosos, menos variados que naTerra, os animais são a miniatura deles mesmos.Os elementos têm a cólera cega do caos; o mar furiososepara os continentes sem navegação possível; o vento ruge e curvaas árvores até o solo; as águas submergem as terras ingratas, quenão fecunda; o terreno não oferece as mesmas condiçõesgeológicas da Terra; o fogo não o aquece; os vulcões sãodesconhecidos; as montanhas, pouco elevadas, não oferecemnenhuma beleza; fatigam o olhar e desencorajam a exploração;enfim, por toda parte, monotonia e violência; por toda parte a florsem cor e sem perfume, por toda parte o homem sem previdência,matando para sobreviver.468Georges

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