Revista Espírita (FEB) - 1860 - Autores Espíritas Clássicos

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REVISTA ESPÍRITAgerminar e amadurecer. Essas sementes divinas são moléculas defogo que Deus faz jorrar do grande foco, centro de vida, onderesplandece o seu poder. Tais sementes são para a Humanidadeaquilo que são os germes das plantas para a terra; desenvolvem-selentamente e só amadurecem após longa permanência nosplanetas-mãe, onde se forma o começo das coisas. Falo apenas doprincípio; chegado à sua condição de homem o ser se reproduz e aobra de Deus está consumada.Por que, sendo comum o ponto de partida, são tãodiversos os destinos humanos? Por que nascem uns num meiocivilizado e outros no estado selvagem? Qual é, então, a origem dosdemônios? Retomemos a história do Espírito em sua primeiraeclosão. Apenas formadas, hesitantes e balbuciantes, as almas são,entretanto, livres de inclinar-se para o bom ou para o mau lado.Desde que viveram, os bons separam-se dos maus. A história deAbel é ingenuamente verdadeira. Apenas saídas das mãos doCriador, as almas ingratas persistem na revolta do crime; então,durante a sucessão dos séculos, elas erram, prejudicando os outrose, sobretudo, a si mesmas, até que sejam tocadas peloarrependimento, o que acontece infalivelmente. Então os primeirosdemônios são os primeiros homens culpados. Deus, na sua imensajustiça, jamais impõe sofrimentos que não sejam os resultantes dosatos maus. A Terra devia ser inteiramente povoada, mas não opoderia ser igualmente; conforme o grau de progresso obtido nasmigrações terrenas, uns nascem nos grandes centros de civilização,enquanto outros, Espíritos incertos, ainda necessitados deiniciação, nascem nas florestas recuadas. O estado selvagem épreparatório. Tudo é harmonioso, e a alma culpada e cega de umdemônio da Terra não pode reviver num centro esclarecido. Noentanto, algumas se aventuram nesse meio que não é o seu. Se aínão marchar em uníssono, oferecem o espetáculo da barbárie noseio da civilização. São seres expatriados.462

OUTUBRO DE 1860O estado embrionário é o de um ser que ainda nãosofreu migração. Não se pode estudá-lo à parte, por isso que é aorigem do homem.GeorgesOS ESPÍRITOS ERRANTESMédium – Sra. CostelOs Espíritos estão divididos em várias categorias. Aprincípio os embriões, que não possuem nenhuma faculdadedistinta; que flutuam no ar como insetos que se vêem turbilhonarnum raio de sol; que volitam sem objetivo e se encarnam sem teremfeito escolha. Tornam-se seres humanos ignorantes e grosseiros.Acima deles estão os Espíritos levianos, cujos instintosnão são maus, mas apenas maliciosos; divertem-se com os homense lhes causam aborrecimentos frívolos. São crianças, delasconservando os caprichos e a malícia pueril.Os Espíritos maus não são todos do mesmo grau; unsnão fazem outro mal, além de ligeiros enganos; não se prendem aum ser e se limitam a cometer faltas pouco graves.Os Espíritos malfeitores impelem ao mal e gozam comisto, mas ainda têm algum lampejo de piedade.Os Espíritos perversos não a têm. Todas as suasfaculdades tendem para o mal. Fazem-no por cálculo e comperseverança; gozam as torturas morais que provocam.Correspondem, no mundo dos Espíritos, aos criminosos no vosso.Chegam a tal perversidade porque desconhecem as leis de Deus;nas suas vidas carnais, sucumbem de queda em queda e passam-seséculos antes que lhes venha um pensamento de renovação. O malé o seu elemento; nele mergulham com prazer; mas, obrigados areencarnar-se, passam por tais sofrimentos e esses sofrimentos de463

REVISTA ESPÍRITAgerminar e amadurecer. Essas sementes divinas são moléculas defogo que Deus faz jorrar do grande foco, centro de vida, onderesplandece o seu poder. Tais sementes são para a Humanidadeaquilo que são os germes das plantas para a terra; desenvolvem-selentamente e só amadurecem após longa permanência nosplanetas-mãe, onde se forma o começo das coisas. Falo apenas doprincípio; chegado à sua condição de homem o ser se reproduz e aobra de Deus está consumada.Por que, sendo comum o ponto de partida, são tãodiversos os destinos humanos? Por que nascem uns num meiocivilizado e outros no estado selvagem? Qual é, então, a origem dosdemônios? Retomemos a história do Espírito em sua primeiraeclosão. Apenas formadas, hesitantes e balbuciantes, as almas são,entretanto, livres de inclinar-se para o bom ou para o mau lado.Desde que viveram, os bons separam-se dos maus. A história deAbel é ingenuamente verdadeira. Apenas saídas das mãos doCriador, as almas ingratas persistem na revolta do crime; então,durante a sucessão dos séculos, elas erram, prejudicando os outrose, sobretudo, a si mesmas, até que sejam tocadas peloarrependimento, o que acontece infalivelmente. Então os primeirosdemônios são os primeiros homens culpados. Deus, na sua imensajustiça, jamais impõe sofrimentos que não sejam os resultantes dosatos maus. A Terra devia ser inteiramente povoada, mas não opoderia ser igualmente; conforme o grau de progresso obtido nasmigrações terrenas, uns nascem nos grandes centros de civilização,enquanto outros, Espíritos incertos, ainda necessitados deiniciação, nascem nas florestas recuadas. O estado selvagem épreparatório. Tudo é harmonioso, e a alma culpada e cega de umdemônio da Terra não pode reviver num centro esclarecido. Noentanto, algumas se aventuram nesse meio que não é o seu. Se aínão marchar em uníssono, oferecem o espetáculo da barbárie noseio da civilização. São seres expatriados.462

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