Revista Espírita (FEB) - 1860 - Autores Espíritas Clássicos

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REVISTA ESPÍRITApraticada entre os homens, o mais afortunado seria aquele querealizasse maior soma de boas obras. Se, pois, quiserdes tornar-vosricos, meus filhos, praticai muitas ações boas. Pouco importam osbens do mundo; não é a satisfação da carne que se deve buscar, masa da alma. Aquela é efêmera; esta é eterna.Por hoje é bastante. Meditai estes conselhos e esforçaivospara pô-los em prática: aí se encontra o caminho da salvação.(Terceira sessão)Sim, meus filhos, eis-me aqui. Tende confiança emDeus, que jamais abandona os que fazem o bem. Aquilo que julgaisum mal, por vezes só o é em relação às vossas concepções. Muitasvezes, também, o mal real vem apenas de um desânimo ocasionadopor uma dificuldade, que a calma de espírito e a reflexão teriamevitado. Assim, refleti sempre e, como já vos disse, reportai tudo aDeus. Quando experimentardes qualquer pesar, longe de vosabandonar à tristeza, ao contrário, resisti e fazei todo esforço paratriunfar, pensando que nada se obtém sem trabalho, e que algumasvezes o sucesso faz-se acompanhar de dificuldades. Invocai emvosso auxílio os Espíritos benevolentes. Eles não podem, como vosensinam, fazer boas obras em vosso lugar, nem obter coisa algumade Deus para vós, pois é preciso que cada um ganhe, por si mesmo,a perfeição a que todos estamos destinados; mas podeminspirar-vos o bem, sugerir-vos conduta conveniente e ajudar-voscom o seu concurso. Não se manifestam ostensivamente, mas norecolhimento. Escutai a voz da vossa consciência, lembrando-vosde meus conselhos precedentes. Confiança em Deus, calma ecoragem.(Quarta sessão)Boa-noite, meus filhos. Sim, é preciso continuar assessões, até que um médium se manifeste, para substituir o quedeve deixar-vos. O seu papel de iniciador entre vós está cumprido:44

JANEIRO DE 1860continuai o que começastes, porque também servireis um dia àpropagação da verdade que, neste momento, é proclamada nomundo inteiro pelas manifestações espíritas. Persuadi-vos, meusfilhos, de que, em geral, o que se entende na Terra por Espírito, nãoé Espírito senão para vós. Depois que esse Espírito, ou alma,separa-se da matéria grosseira que o envolve, para vós não temmais corpo, porque vossos olhos materiais não mais o vêem. Mas ésempre matéria, relativamente aos que são mais elevados que ele.Para vós, crianças, vou fazer uma comparação muito imperfeita,mas que, no entanto, poderá dar-vos uma idéia da transformação aque chamais, impropriamente, de morte. Imaginai uma lagarta, quevedes diariamente. Quando se esgota o tempo de sua existêncianesse estado ela se transforma em crisálida; passa ainda algumtempo como tal e depois, chegado o momento, despoja-se de seuinvólucro grosseiro e dá origem a uma borboleta, que voa. Ora, alagarta, ao deixar sua natureza inferior, representa o homem quemorre; a borboleta simboliza a alma que se eleva. A lagarta arrastaseno chão, a borboleta voa para o céu; mudou de matéria, masainda é material. Se a lagarta raciocinasse não veria a borboleta que,entretanto, teria saído da carapaça apodrecida da crisálida. Portanto,o corpo não pode ver a alma, mas a alma, envolvida pela matéria,tem consciência de sua existência e o próprio materialista por vezeso sente interiormente. Então seu orgulho o impede de concordar efica com sua ciência sem crença, sem se elevar, até que finalmentelhe chegue a dúvida. Nem tudo, porém, está acabado, porque nele aluta é maior. Será apenas uma questão de tempo, porque, meusamigos, lembrai-vos de que todos os filhos de Deus foram criadospara a perfeição. Felizes os que não perdem tempo pelo caminho.A eternidade compõe-se de dois períodos: o da prova, que poderiachamar-se de incubação, e o da eclosão, ou entrada na vidaverdadeira, que chamais a felicidade dos eleitos.(Quinta sessão)Meus Caros filhos, vejo com satisfação que começais arefletir nos avisos e conselhos que vos dou. Sei que para o atual45

JANEIRO DE <strong>1860</strong>continuai o que começastes, porque também servireis um dia àpropagação da verdade que, neste momento, é proclamada nomundo inteiro pelas manifestações espíritas. Persuadi-vos, meusfilhos, de que, em geral, o que se entende na Terra por Espírito, nãoé Espírito senão para vós. Depois que esse Espírito, ou alma,separa-se da matéria grosseira que o envolve, para vós não temmais corpo, porque vossos olhos materiais não mais o vêem. Mas ésempre matéria, relativamente aos que são mais elevados que ele.Para vós, crianças, vou fazer uma comparação muito imperfeita,mas que, no entanto, poderá dar-vos uma idéia da transformação aque chamais, impropriamente, de morte. Imaginai uma lagarta, quevedes diariamente. Quando se esgota o tempo de sua existêncianesse estado ela se transforma em crisálida; passa ainda algumtempo como tal e depois, chegado o momento, despoja-se de seuinvólucro grosseiro e dá origem a uma borboleta, que voa. Ora, alagarta, ao deixar sua natureza inferior, representa o homem quemorre; a borboleta simboliza a alma que se eleva. A lagarta arrastaseno chão, a borboleta voa para o céu; mudou de matéria, masainda é material. Se a lagarta raciocinasse não veria a borboleta que,entretanto, teria saído da carapaça apodrecida da crisálida. Portanto,o corpo não pode ver a alma, mas a alma, envolvida pela matéria,tem consciência de sua existência e o próprio materialista por vezeso sente interiormente. Então seu orgulho o impede de concordar efica com sua ciência sem crença, sem se elevar, até que finalmentelhe chegue a dúvida. Nem tudo, porém, está acabado, porque nele aluta é maior. Será apenas uma questão de tempo, porque, meusamigos, lembrai-vos de que todos os filhos de Deus foram criadospara a perfeição. Felizes os que não perdem tempo pelo caminho.A eternidade compõe-se de dois períodos: o da prova, que poderiachamar-se de incubação, e o da eclosão, ou entrada na vidaverdadeira, que chamais a felicidade dos eleitos.(Quinta sessão)Meus Caros filhos, vejo com satisfação que começais arefletir nos avisos e conselhos que vos dou. Sei que para o atual45

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