Revista Espírita (FEB) - 1860 - Autores Espíritas Clássicos

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REVISTA ESPÍRITAdias aumentam. Para isto, e sem o querer, muito contribuiu a crítica,porque, como dissemos, seu efeito é o de provocar o exame.Querem ver o pró e o contra e ficam admirados por encontraremuma doutrina racional, lógica, consoladora, que acalma as angústiasda dúvida, resolvendo o que nenhuma filosofia pôde resolver,quando pensavam apenas encontrar uma crença ridícula. Quantomais conhecido o nome do contraditor, mais repercussão tem a suacrítica e mais bem ela pode fazer, chamando a atenção dosindiferentes. A esse respeito, a obra do Sr. Figuier está nas melhorescondições: além de escrita de maneira muito séria, não se arrasta nalama das injúrias grosseiras e do personalismo, únicos argumentosdos críticos de baixo nível. Desde que pretende tratar o assunto doponto de vista científico, e sua posição lho permite, ver-se-á nissoa última palavra da Ciência contra esta doutrina e então o públicosaberá a quantas se anda. Se a douta obra do Sr. Figuier não tiver opoder de lhe dar o golpe de misericórdia, duvidamos que outrossejam mais felizes. Para combatê-la com eficácia, ele só tem ummeio, que lhe indicamos com prazer. Não se destrói uma árvorecortando-lhe os galhos, mas a raiz. É necessário, pois, atacar oEspiritismo pela raiz, e não nos ramos, que renascem à medida quesão cortados. Ora, as raízes do Espiritismo, desta alucinação doséculo dezenove, para nos servirmos de sua expressão, são a almae os seus atributos. Que, pois, ele prove que a alma não existe e nãopode existir, porquanto sem almas não há mais Espíritos. Quandotiver provado isto, o Espiritismo não terá mais razão de ser e nósnos confessaremos vencidos. Se o seu cepticismo não chega atéesse ponto, que prove, não por uma simples negação, mas por umademonstração matemática, física, química, mecânica, fisiológica ouqualquer outra:1 o Que o ser que pensa em vida é incapaz de pensarapós a morte;2 o Que, se pensa, não deve mais querer comunicar-secom aqueles a quem amou;416

S ETEMBRO DE 18603 o Que, se pode estar em toda parte, não pode estar aonosso lado;conosco;4 o Que, se está ao nosso lado, não pode comunicar-se5 o Que, por seu envoltório fluídico, não pode agir sobrea matéria inerte;6 o Que, se pode agir sobre a matéria inerte, não podeagir sobre um ser animado;7 o Que, se pode agir sobre um ser animado, não podedirigir-lhe a mão para fazê-lo escrever;8 o Que, podendo fazê-lo escrever, não pode responderàs suas perguntas e lhe transmitir o pensamento.Quando os adversários do Espiritismo nos tiveremdemonstrado que isso é impossível, através de razões tão patentesquanto aquelas pelas quais Galileu demonstrou que não é o Sol quegira em torno da Terra, então poderemos dizer que suas dúvidassão fundadas. Infelizmente, até este dia, toda a sua argumentação sereduz nestas palavras: Não creio; logo é impossível. Sem dúvida dirãoque a nós cabe provar a realidade das manifestações; nós asprovamos pelos fatos e pelo raciocínio; se não admitem nem uns,nem o outro, se negam o que vêem, a eles cabe provar que nossoraciocínio é falso e que os fatos são impossíveis.Em outro artigo examinaremos a teoria do Sr. Figuier.Fazemos votos para que seja de melhor qualidade que a teoria domúsculo estalante de Jobert (de Lamballe).417

REVISTA ESPÍRITAdias aumentam. Para isto, e sem o querer, muito contribuiu a crítica,porque, como dissemos, seu efeito é o de provocar o exame.Querem ver o pró e o contra e ficam admirados por encontraremuma doutrina racional, lógica, consoladora, que acalma as angústiasda dúvida, resolvendo o que nenhuma filosofia pôde resolver,quando pensavam apenas encontrar uma crença ridícula. Quantomais conhecido o nome do contraditor, mais repercussão tem a suacrítica e mais bem ela pode fazer, chamando a atenção dosindiferentes. A esse respeito, a obra do Sr. Figuier está nas melhorescondições: além de escrita de maneira muito séria, não se arrasta nalama das injúrias grosseiras e do personalismo, únicos argumentosdos críticos de baixo nível. Desde que pretende tratar o assunto doponto de vista científico, e sua posição lho permite, ver-se-á nissoa última palavra da Ciência contra esta doutrina e então o públicosaberá a quantas se anda. Se a douta obra do Sr. Figuier não tiver opoder de lhe dar o golpe de misericórdia, duvidamos que outrossejam mais felizes. Para combatê-la com eficácia, ele só tem ummeio, que lhe indicamos com prazer. Não se destrói uma árvorecortando-lhe os galhos, mas a raiz. É necessário, pois, atacar oEspiritismo pela raiz, e não nos ramos, que renascem à medida quesão cortados. Ora, as raízes do Espiritismo, desta alucinação doséculo dezenove, para nos servirmos de sua expressão, são a almae os seus atributos. Que, pois, ele prove que a alma não existe e nãopode existir, porquanto sem almas não há mais Espíritos. Quandotiver provado isto, o Espiritismo não terá mais razão de ser e nósnos confessaremos vencidos. Se o seu cepticismo não chega atéesse ponto, que prove, não por uma simples negação, mas por umademonstração matemática, física, química, mecânica, fisiológica ouqualquer outra:1 o Que o ser que pensa em vida é incapaz de pensarapós a morte;2 o Que, se pensa, não deve mais querer comunicar-secom aqueles a quem amou;416

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