12.07.2015 Views

Revista Espírita (FEB) - 1860 - Autores Espíritas Clássicos

Revista Espírita (FEB) - 1860 - Autores Espíritas Clássicos

Revista Espírita (FEB) - 1860 - Autores Espíritas Clássicos

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

REVISTA ESPÍRITA8 o O Espiritismo não pode considerar crítico sério,senão aquele que tudo tenha visto, estudado e aprofundado com apaciência e a perseverança de um observador consciencioso; quedo assunto saiba tanto quanto qualquer adepto instruído; que haja,por conseguinte, haurido seus conhecimentos algures, que não nosromances da ciência; aquele a quem não se possa opor fato algumque lhe seja desconhecido, nenhum argumento de que já não tenhacogitado e cuja refutação faça, não por mera negação, mas por meiode outros argumentos mais peremptórios; aquele, finalmente, quepossa indicar, para os fatos averiguados, causa mais lógica do que aque lhes aponta o Espiritismo. Tal crítico ainda está por aparecer.Nem é preciso dizer que os críticos do maravilhoso,com mais forte razão, relegam os milagres para o âmbito dasquimeras da imaginação. Algumas palavras a respeito, emboracolhidas de um artigo precedente, encontram aqui seu lugar natural,e não será inútil lembrá-las: 31Na sua acepção primitiva, e por sua etimologia, apalavra milagre significa coisa extraordinária, coisa admirável de ver.Mas, como tantas outras, esta palavra perdeu o sentido original ehoje se diz, segundo a Academia, de um ato do poder divino contrárioàs leis comuns da Natureza. Tal, com efeito, a acepção vulgar, demodo que só por comparação e por metáfora a palavra se aplica àscoisas vulgares que nos surpreendem, e cuja causa é desconhecida.Não entra de modo algum em nossas cogitações se Deus poderiajulgar útil, em certas circunstâncias, derrogar leis por ele mesmoestabelecidas. Nosso objetivo é apenas demonstrar que osfenômenos espíritas, por mais extraordinários que sejam, nãoderrogam absolutamente essas leis, não têm nenhum carátermiraculoso, como não são maravilhosos ou sobrenaturais. Omilagre não se explica; os fenômenos espíritas, ao contrário,explicam-se da maneira mais racional. Não são, pois, milagres, mas40231 N. do T.: Com algumas modificações, Allan Kardec inseriu partedeste texto no capítulo XIII de A Gênese, derradeiro livro daCodificação Espírita, publicado em 1868. (Características dos Milagres).

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!