Revista Espírita (FEB) - 1860 - Autores Espíritas Clássicos

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12.07.2015 Views

REVISTA ESPÍRITAvontade de viver e morrer como cristão, esta declaração me leva avos fazer a minha profissão de fé, e talvez vejais com que interesseminha fé religiosa acolhe naturalmente os princípios do Espiritismo.Na minha opinião, eis como as duas coisas se associam:3441. Deus: criador de todas as coisas.2. Objetivo e fim de todos os seres criados: concorrerpara a harmonia universal.3. No universo criado, três reinos principais: o reinomaterial, ou inerte; o orgânico ou vital; o intelectual e moral.4. Tudo é criado e submetido a leis.5. Os seres compreendidos nos dois primeiros reinosobedecem irresistivelmente, e por eles a harmonia jamais éperturbada.6. Como os dois primeiros, o terceiro reino estásubmetido a leis, mas goza do estranho poder de subtrair-se a elas;possui a temível faculdade de desobedecer a Deus: é o que constituio livre-arbítrio.O homem pertence simultaneamente aos três reinos: éum Espírito encarnado.7. As leis que regem o mundo moral estão formuladasno decálogo, mas se resumem neste admirável preceito de Jesus:Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a vósmesmos.8. Toda derrogação da lei constitui uma perturbação naharmonia universal. Ora, Deus não permite que tal perturbaçãopersista e a ordem deve ser necessariamente restabelecida.

A GOSTO DE 18609. Existe uma lei destinada à reparação da desordem nomundo moral, e esta lei está contida por inteiro na palavra: expiação.10. A expiação efetua-se: 1 o – pelo arrependimento e osatos de virtude; 2 o – pelo arrependimento e as provas; 3 o – pelaspreces e as provas do justo, unidas ao arrependimento do culpado.11. A prece e as provas do justo, embora concorram damaneira mais eficaz para a harmonia universal, são insuficientespara a expiação absoluta da falta; Deus exige o arrependimento dopecador; mas com esse arrependimento, a prece do justo e suapenitência em favor do culpado basta, à eterna justiça, e o crime éperdoado.12. A vida e a morte de Jesus põem em evidência estaadorável verdade.há virtude.13. Sem livre-arbítrio não há pecado, mas também não14. O que é a virtude? A coragem no bem.15. O que há de mais belo no mundo não é, como disseum filósofo, o espetáculo de uma grande alma lutando contra aadversidade; é o esforço perpétuo de uma alma progredindo nobem e, de virtude em virtude, elevando-se até o Criador.16. Qual a mais bela de todas as virtudes? A caridade.17. O que é a caridade? É o atributo especial da almaque, em suas ardentes aspirações para o bem, esquece de si mesmae se consome em esforços pela felicidade do próximo.18. O saber está muito abaixo da caridade; ele nos elevana hierarquia espírita, mas não contribui para o restabelecimentoda ordem perturbada pelo mau. O saber nada expia, nada resgata,em nada influi sobre a justiça de Deus: a caridade, ao contrário,345

A GOSTO DE <strong>1860</strong>9. Existe uma lei destinada à reparação da desordem nomundo moral, e esta lei está contida por inteiro na palavra: expiação.10. A expiação efetua-se: 1 o – pelo arrependimento e osatos de virtude; 2 o – pelo arrependimento e as provas; 3 o – pelaspreces e as provas do justo, unidas ao arrependimento do culpado.11. A prece e as provas do justo, embora concorram damaneira mais eficaz para a harmonia universal, são insuficientespara a expiação absoluta da falta; Deus exige o arrependimento dopecador; mas com esse arrependimento, a prece do justo e suapenitência em favor do culpado basta, à eterna justiça, e o crime éperdoado.12. A vida e a morte de Jesus põem em evidência estaadorável verdade.há virtude.13. Sem livre-arbítrio não há pecado, mas também não14. O que é a virtude? A coragem no bem.15. O que há de mais belo no mundo não é, como disseum filósofo, o espetáculo de uma grande alma lutando contra aadversidade; é o esforço perpétuo de uma alma progredindo nobem e, de virtude em virtude, elevando-se até o Criador.16. Qual a mais bela de todas as virtudes? A caridade.17. O que é a caridade? É o atributo especial da almaque, em suas ardentes aspirações para o bem, esquece de si mesmae se consome em esforços pela felicidade do próximo.18. O saber está muito abaixo da caridade; ele nos elevana hierarquia espírita, mas não contribui para o restabelecimentoda ordem perturbada pelo mau. O saber nada expia, nada resgata,em nada influi sobre a justiça de Deus: a caridade, ao contrário,345

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